aula norma operacional e pacto pela saúde
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Instituto de Medicina Integral Professor Fernando FigueiraEscola Politécnica de Saúde do Imip
Cursos Técnico em Radiologia
Disciplina: Visão Sistêmica de Saúde
Raissa [email protected]
IV- Modelos de Planejamento em Saúde
Normas Operacionais Básicas – NOB’S
Instrumento Jurídico Operacional
São orientações específicas e pactuadas para reorganizar o modelo de gestão.
Tendo o seu conteúdo definido de forma pactuada entre:
Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) eConselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS)
Objetivos:
• Promover integração entre as três esferas de governo
• Alocar recursos
• Atuar como instrumento de regulação do processo de descentralização
IV- Modelos de Planejamento em Saúde
Principais Normas Operacionais
• Norma Operacional Básica 01/91
• Norma Operacional Básica 01/93
• Norma Operacional Básica 01/96
• Norma Operacional de Assistência à Saúde
01/01
IV- Modelos de Planejamento em Saúde
Norma Operacional Básica 01/91
Busca ordenar a transferência de recursos federais para as instâncias
do governo (Estados e Municípios)
• Equipara prestadores públicos e privados, no que se refere à modalidade de financiamento que passa a ser, em ambos os casos, por pagamento pela produção de serviços;
• Alteração do critério de transferência automática para transferência negociada, com a criação da AIH.
AIH - Autorização de Internação Hospitalar
Estabelecimento do tetos financeiros e de cobertura, por estado, para financiar a rede ambulatorial e hospitalar, através do pagamento a todos
os provedores, públicos e privados, por procedimento.
IV- Modelos de Planejamento em Saúde
Norma Operacional Básica 01/91
• Criação do Sistema de Informação para acompanhamento e controle dessa transferência (SIH/SUS)
SIH – Sistema de Informações Hospitalares do SUS
• Alguns estados já assumem a gestão, a maioria continua como prestador.
• Considera como “municipalizados” dentro do SUS, os municípios que atendam os requisitos básicos:
a) criação dos Conselhos Municipais de Saúde;
b) criação do Fundo Municipal de Saúde;
Norma Operacional Básica 01/91
c) Plano Municipal de Saúde aprovado pelos respectivos Conselhos;
d) Programação e Orçamentação da Saúde (PROS) como detalhamento do Plano de Saúde;
e) Constituição de Comissão de Elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) com o prazo de dois anos para a sua implantação.
IV- Modelos de Planejamento em Saúde
Norma Operacional Básica 01/93
Representa um avanço no processo de descentralização (municipalização da gestão)
Os principais pontos são:
• Introduziu formas de gestão como critério de classificação dos Estados e Municípios, gestão incipiente, parcial e semiplena com o nível organizacional e comprometimento com o SUS;
• Criação de mecanismos de transferência automática (fundo a fundo) nos municípios;
• Habilita municípios como gestores;
• São constituídas as Comissões Intergestores:
IV- Modelos de Planejamento em Saúde
Norma Operacional Básica 01/93
* Comissões Intergestores – São fóruns de negociação formados por gestores das instâncias Federal, Estadual e Municipal.
Comissões Intergestores Tripartite (CIT), composta por representantes do:
• Ministério da Saúde• Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde
(CONASS) e • Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde
(CONASEMS)
IV- Modelos de Planejamento em Saúde
Norma Operacional Básica 01/93
Comissões Intergestores Bipartite (CIB), composta por representantes do:
• Secretaria Estadual de Saúde (SES)• Conselho dos Secretários Municipais de Saúde (COSEMS)
• Criação do Fator de Apoio ao Estado (FAE)
• Criação do Sistema de Informação Ambulatorial (SIA)
IV- Modelos de Planejamento em Saúde
Norma Operacional Básica 01/96
Objetivos:
• Promover e consolidar o pleno exercício por parte do poder público municipal, da função de gestor da atenção à saúde de seus habitantes com a respectiva redefinição das responsabilidades dos Estados, Distrito Federal e União.
• Caracterizar a responsabilidade sanitária de cada gestor,
• Reorganizar o modelo assistencial;
• Aumentar a participação percentual da transferência regular e automática (fundo a fundo) dos recursos federais a Estados e municípios, reduzindo a transferência por remuneração de serviços produzidos;
Reordenação do modelo de atenção à saúde.
IV- Modelos de Planejamento em Saúde
Norma Operacional Básica 01/96
• Fortalecer a gestão do SUS, compartilhada e pactuada entre os governos municipais, estaduais e federais.
Dentre as principais objetivos, foi criado :
• O Piso da Atenção Básica (PAB) – financiamento das ações de atenção básica;
• Programação Pactuada Integrada (PPI) – instrumento de organização do Sistema;
• Definiu programas como estratégias de mudança do modelo assistencial – Criação do PACS e PSF.
IV- Modelos de Planejamento em Saúde
Norma Operacional Básica 01/96
• Criação de Incentivo financeiro para as ações: Vigilância Sanitária, PSF e PACS.
• Incorpora as ações de Epidemiologia e Controle de Doenças;
IV- Modelos de Planejamento em Saúde
Norma Operacional de Assistência à Saúde 01/01
Objetivos:
Promover acesso da população às ações e serviços de saúde em todos os níveis de atenção.
A NOAS recuperou e redefiniu o conceito de descentralização, associando
a de regionalização da assistência.
Como também:
• Ampliar as responsabilidades dos municípios na atenção básica;
• Definir o processo de regionalização da assistência;
• Criar mecanismo para o fortalecimento da capacidade de gestão do SUS;
IV- Modelos de Planejamento em Saúde
Norma Operacional de Assistência à Saúde 01/01 Estratégias
1. Elaboração do Plano Diretor de Regionalização (PDR)
É um instrumento para o processo de regionalização da atenção à saúde, analisando o território na identificação de prioridades de
intervenção na saúde, de modo a otimizar os recursos disponíveis.
Visando reduzir desigualdades sociais e territoriais, melhorando o acesso da população a todos os níveis de atenção à saúde.
Região/ Microrregião de Saúde
Módulo assistencial
IV- Modelos de Planejamento em Saúde
Norma Operacional de Assistência à Saúde 01/01 Município-sede do módulo assistencial
Município Pólo
Unidade territorial de qualificação na assistência à saúde
Promoveu
• Integração entre sistemas municipais, ficando o Estado com o papel de coordenador e mediador.
• Ampliação da Atenção Básica
• Qualificação das Microrregiões na Assistência à Saúde
• Organização da Média Complexidade
• Política para a Alta Complexidade
IV- Modelos de Planejamento em Saúde
Pacto Pela Saúde
O Pacto pela Saúde é um conjunto de reformas institucionais do SUS pactuado
entre as três esferas de gestão - União, Estados e Municípios.
Divulgado pela portaria nº 399 de 22 de fevereiro de 2006.
Habilita e estabelece metas e compromissos para cada ente da federação.
Objetivo :
• Promover a melhoria dos serviços ofertados á população e a garantia de
acesso a todos.
IV- Modelos de Planejamento em Saúde
Tendo como base:
• Os princípios constitucionais do SUS;
• Necessidades de saúde da população;
Anualmente revisada !!!
IV- Modelos de Planejamento em Saúde
A definição de prioridades articuladas e integradas se dá sob a forma de três Pactos:
• Pacto pela vida• Pacto em Defesa do SUS• Pacto de Gestão
IV- Modelos de Planejamento em Saúde
Pacto pela Saúde
Pacto pela Vida
Estabelece um conjunto de compromissos sanitários considerados prioritários, pactuado de forma tripartite, a ser implementado
pelos entes federados.
Prioridades estaduais, regionais ou municipais podem ser agregadas às prioridades nacionais, a partir de pactuações locais.
O Pacto pela Vida contém os seguintes objetivos e metas prioritárias
• Atenção à saúde do idoso;
• Controle do câncer de colo de útero e de mama;
• Redução da mortalidade infantil e materna;
IV- Modelos de Planejamento em Saúde
• Fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária, influenza, hepatite, aids;
• Promoção da saúde;
• Fortalecimento da atenção básica;
• Saúde do trabalhador;
• Saúde mental;
• Fortalecimento da capacidade de resposta do sistema de saúde às pessoas com deficiência;
• Atenção integral às pessoas em situação ou risco de violência;
• Saúde do homem.
IV- Modelos de Planejamento em Saúde
Pacto pela Saúde
Pacto em Defesa do SUS
Expressa os compromissos entre os gestores do SUS com a consolidação do
processo da Reforma Sanitária Brasileira.
Desenvolver e articular ações que visem a qualificar e assegurar o SUS como
Política Pública, mais do que uma Política de Governo.
Iniciativas:
• Repolitização da saúde, desenvolver e qualificar o SUS como politicas públicas.
Como um movimento de retomada da Reforma Sanitária Brasileira.
IV- Modelos de Planejamento em Saúde
Pacto em Defesa do SUS
Continuação das Iniciativas:
• Promoção da cidadania, como estratégia de mobilização social, tendo a saúde
como direito;
• Diálogo com a sociedade além dos limites institucionais do SUS;
• Ampliação e fortalecimento das relações com os movimentos sociais, em especial.
IV- Modelos de Planejamento em Saúde
Pacto pela Saúde
Pacto em Defesa do SUS
Com os que lutam pelos direitos da saúde e cidadania;
• Elaboração e publicação da Carta dos Direitos dos Usuários do SUS;
• Garantia de financiamento, de acordo com as necessidades do sistema;
• Regulamentação da Emenda Constitucional nº 29
• Aprovação do orçamento do SUS, composto pelos orçamentos da três esferas de gestão, explicitando o compromisso de cada uma delas em ações e serviços de saúde.
IV- Modelos de Planejamento em Saúde
Pacto pela Saúde
Pacto de Gestão do SUS
Valoriza a relação solidária entre gestores, definindo as diretrizes e responsabilidades, contribuindo para o fortalecimento da gestão, em cada eixo de ação:
• Descentralização;
• Regionalização;
• Financiamento do SUS;
• Planejamento no SUS;
• Programação Pactuada Integrada (PPI);
IV- Modelos de Planejamento em Saúde
Pacto pela Saúde
Pacto de Gestão do SUS
• Regulação da Atenção à Saúde e Regulação Assistencial;
• Participação e Controle Social;
• Gestão do Trabalho na Saúde;
• Educação na Saúde.
IV- Modelos de Planejamento em Saúde