aula i introduÇÃo direito comercial sim

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DIREITO COMERCIAL I Profª Dulce Flora [email protected] MODULO I – TEORIA GERAL DO DIREITO COMERCIAL MODULO II – OBRIGAÇÕES COMUNS A TODOS OS EMPRESÁRIOS MODULO III – DIREITO SOCIETÁRIO MODULO IV – DIREITO CAMBIÁRIO

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Page 1: AULA I INTRODUÇÃO DIREITO COMERCIAL sim

DIREITO COMERCIAL IProfª Dulce Flora

[email protected]

• MODULO I – TEORIA GERAL DO DIREITO COMERCIAL

• MODULO II – OBRIGAÇÕES COMUNS A TODOS OS EMPRESÁRIOS

• MODULO III – DIREITO SOCIETÁRIO

• MODULO IV – DIREITO CAMBIÁRIO

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BIBLIOGRAFIA

• FABIO ULHOA COELHOCURSO DE DIREITO COMERCIAL, ED. SARAIVA

• WALDO FAZZIO JUNIOR, MANUAL DE DIREITO COMERCIAL, ED ATLAS

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1- Origem e evolução histórica do direito comercial

• Origem do direito comercial• Teoria dos atos de comércio(sistema francês)• Teoria da empresa (sistema italiano)

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Evolução do Comerciante até o Empresário

• O Direito é uma ciencia em movimento que se adequa às evoluções, ao perfil de cada Estado.

• Não há como entendermos toda a evolução se efetivamente não pararmos um pouco no tempo e examinarmos as TRES FASES EVOLUTIVAS do direito comercial, hoje chamado de direito empresarial.

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FASES DO DIREITO COMERCIAL

Nós passamos por tres fases distintas:• Fase Subjetiva• Fase Objetiva• Fase Subjetiva Moderna ou Teoria da EmpresaAssim, voltando à época do surgimento, do nascimento do próprio direito comercial.

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ANTIGUIDADE

• Há notícias de que a atividade comercial já era praticada desde a Antiguidade por vários povos, principalmente pelos fenícios. No entanto, neste período, esta atividade ainda não encontrava-se organizada pois, não era submetida às normas e princípios específicos, mas sim a um direito comum dos cidadãos e aos usos e costumes vigentes em cada região.

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• Portanto, apesar da constatação da existência de legislação na idade antiga que abarcava as relações comerciais, como por exemplo o Código de Manu na Índia, o Código de Hamurabi da Babilônia, e ainda o influente direito civil romano de Justiniano, tais sistemas jurídicos primitivos não são suficientes para considerar a existência de um direito comercial autônomo nesta época.

Page 8: AULA I INTRODUÇÃO DIREITO COMERCIAL sim

• Dessa forma havia comercio, nós tínhamos trocas, escambo, compra, venda, mas não tínhamos um direito sistematizado, um direito codificado.

• Nós tínhamos leis esparsas, leis isoladas, não tínhamos na antiguidade um conjunto de normas alinhando um perfil para aquela estrutura.

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IDADE MÉDIA

• A expansão marítima muito contribuiu para a formação de feiras nas cidades litorâneas da Europa. E por essa atividade não ser uma atividade abraçada pela classe dominante. Os fracos se uniram formando corporações, formando uma união pautada em costumes, pautada em usos; mas não havia um conjunto de normas para dirimir conflitos eventuais do direito comercial do mercador.

• Foi por conta da expansão do comercio, que na idade média, se deu a sistematização deste direito.

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FASE SUBJETIVA• Na medida em que o fomento das relações

comerciais foram se consolidando na sociedade, que os comerciantes passaram a se organizar em corporações, com o intuito de definir as regras e diretrizes que deveriam balizar o desenvolvimento do comércio, foi-se formando uma estrutura de classe organizada. Os comerciantes passam a elaborar as normas que iriam regular a sua atividade cotidiana.

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CONCEITO DE COMERCIANTE

• Mas quem é esse sujeito? Comerciante é aquele detentor de uma matricula.

• A fase chama-se subjetiva porque está presa, o numero ao sujeito.

• Foi fundado corporações de ofício onde o mercador se dirigia e diante de um cônsul se legalizava e recebia um numero que chamávamos de matricula.

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• As normas eram aplicadas por eles mesmos, já que o julgador, denominado de cônsul, teria de ser necessariamente membro da corporação, para com base nas normas estabelecidas dirimir os conflitos que por ventura aparecessem. Logo, nota-se que os comerciantes na idade média não só elaboravam suas próprias leis, como também estavam sujeitos à jurisdição própria.

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FASE OBJETIVA

• Ainda na idade media passamos por mais transformações . Tivemos naquela época uma inspiração do Código Comercial França.

• Napoleão Bonaparte sustentava o LIVRE COMERCIO, o Código Frances não se prendia ao numero e sim ao ato realizado pelo mercador.

Page 14: AULA I INTRODUÇÃO DIREITO COMERCIAL sim

• Desta forma passamos a segunda fase inspirada no Código Comercial Frances, que foi replicado por toda a Europa.

• A base primordial para classificar essa nova pessoa como comerciante é o fato dela exercer o ATO DE COMERCIO.

• Essa segunda fase não está prese a matricula e sim ao ato que o mercador realiza.

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REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

• Ficamos com essa fase até que no século XIX passamos por mais uma transformação na economia da Europa, em especial a revolução industrial.

• A revolução industrial mexe com os pilares da teoria ainda pautada nos atos de comercio.

• Para essa teoria o comerciante é aquele que realiza atos de intermediação entre o que produz e aquele que consome. Aquele que circula bens.

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FASE SUBJETIVA MODERNA ou TEORIA DA EMPRESA

• A revolução industrial começou um movimento por conta do fabricante, por conta do industrial que passou a questionar:

• - Eu não faço atos de intermediação, eu fabrico, eu produzo, eu estou dentro desse grupo?

• Eu quero fazer parte deste grupo pautado nas regras do direito comercial, são regras diferentes do direito comum.

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• Diante deste movimento que se inicia a terceira e ultima fase a chamada fase subjetiva moderna ou teoria da empresa.

• Surge a figura do EMPRESÁRIO.• Isso é o que nós temos em relação a evolução

das fases que consagram o antigo direito comercial e o atual direito empresarial.

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A EVOLUÇÃO DAS FASES NO DIREITO BRASILEIRO

• No Brasil a história começa um pouco mais tarde com a vinda da família Imperial em 1808 que trouxe consequentemente o:

• Aumento da movimentação mercantil• Lei da abertura dos portos • Fundação do Banco do Brasil

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• Em 1832 o Imperador convoca um grupo de juristas e determina que eles elaborem um projeto para o Codigo Comercial Brasileiro.

• Em 1834 o projeto fica pronto, mas só efetivamente vira código em 25 de junho de 1850.

• Em um primeiro plano o sistema jurídico brasileiro adota a teoria subjetiva, exigindo um numero de matricula a figura do registro.

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• Ocorre que no mesmo ano, nós tivemos um Regulamento de nº 737 e esse regulamento admite a conceituação também do comerciante para aquele que realizasse ATOS DE COMERCIO.

• Em 2002, com o novo Código Civil que entrou em vigor em 2003, tivemos a implementação da Teoria da Empresa no Livro II.

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• Assim dentro da evolução da teia das fases o Brasil timidamente passou por todas.

• Tivemos no inicio a exigencia da matricula;• Um regulamento admitindo ser chamado de

comerciante no Brasil quem realizasse atos de comercio;

• Em 2002 a revogação da primeira parte do Código Comercial, implementando a teoria da empresa no Brasil.