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[email protected] professorcarlosluzardo carlosluzardo 51 99955.7502 12 AULA Grupo de Redação • 2018 Temas - UNISC 2013/1 Tema 1 Observe a ilustração abaixo: Tema 2 A sexta edição da revista Raiz. Cultura do Brasil discute a relação Popular x Erudito. Segue um trecho da matéria. Algumas denominações precisam de muita cautela para serem usadas, na medida em que, sem esse cuidado, podem ser empregadas para encobrir a realidade em lugar de desvelá-la, além de poderem se transformar em instrumento de hie- rarquização e discriminação entre pessoas, objetos, atos. E esse o caso dos termos arte popular e arte erudita. Um leigo, ou mesmo a visão capitalista, podem dissociar os trabalhos intelectual e manual, vinculados, respectivamente, à elite e ao povo. Daí fica subentendido que a produção popularpertence ao campo do irracional ou simplesmente do executar sem se preocupar com qualquer elaboração. E inegável que essa é uma classificação um tanto quanto discriminatória, pois confina as criações populares num gueto, resultando em reserva de mercado para a produção de origem erudita, dirigida geralmente à camada social dominante. (...) Vivemos numa época em que a arte dita transgressora enche os olhos da ala intelectual em galerias de toda a Europa. Um exemplo disso é a arte dos grafiteiros, que outrora foi tachada de pichação marginal. Também vivemos tempos em que as redes sociais tomam todos os humanos apreciadores de Picasso e Van Gogh, pois dentro dessas plataformas cabe de tudo: eruditos, não eruditos e pseudoeruditos. Assim, ainda é possível separar o que é da cultura erudita do que é da cultura popular? Redija um texto argumentativo que responda a esse questionamento. Tema 3 Leia o texto abaixo. Brinquedos do passado ensinam lições desde a infância até a vida adulta Jogos dos anos 80 trabalham concentração, raciocínio rápido e noção de espaço. Lego, Banco Imobiliário, Pogobol e muitos outros brinque- dos dos anos 1980 animam conversas de quem passou horas se divertindo com eles e daria tudo para saber como funcionavam esses e outros passatempos comuns na infancia passada. Quem sonhava em tirar a dúvida, agora tem chance: o Genius, jogo de memória e agilidade que desafiou muitas crianças, está com relançamento marcado e você já pode convidar os amigos para uma sessão nostalgia. “Existem habilidades, como o raciocínio lógico e a noção de espaço, que os brinquedos mais antigos desenvolvem com mais eficiência do que os jogos tecnológicos de hoje”, afirma a professora Cristina Laclett Porto, do curso de Pedagogia da PUC-Rio. Outras opções de brinquedos nunca saíram de linha, então que tal experi- mentar a rapidez do seu raciocínio ou o refinamento das habilidades motoras? Produza um texto dissertativo que responda à seguinte pergunta: os jogos e brinquedos do passa- do têm, realmente, condições de competir com o fascínio proporcionado pelos computadores, tablets e smartphones? Objetivo Prática de redação! TEMA: UNISC 2013/1 NOTA/PESO: PRIORIDADE: Estratégia: No Brasil, o vestibular é um processo seletivo fadado à extinção porque cada vez mais as universidades brasi- leiras estão utilizando as notas obtidas pelos alunos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como a chave do portão de entrada no ensino superior. Dentre as justificativas, destaca-se a possibilidade de uma seleção mais justa, pois todos os candidatos são avaliados pela mesma prova. Com base nesses dados e na imagem acima, redija um texto dissertativo sobre os problemas a se- rem enfrentados com a nova realidade do processo seletivo universitário brasileiro.

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professorcarlosluzardo carlosluzardo

51 99955.750212AULA Grupo de Redação • 2018

Temas - UNISC 2013/1

Tema 1Observe a ilustração abaixo:

Tema 2A sexta edição da revista Raiz. Cultura do Brasil discute a relação Popular x Erudito. Segue um trecho da matéria. Algumas denominações precisam de muita cautela para serem usadas, na medida em que, sem esse cuidado, podem

ser empregadas para encobrir a realidade em lugar de desvelá-la, além de poderem se transformar em instrumento de hie-rarquização e discriminação entre pessoas, objetos, atos. E esse o caso dos termos arte popular e arte erudita. Um leigo, ou mesmo a visão capitalista, podem dissociar os trabalhos intelectual e manual, vinculados, respectivamente, à elite e ao povo. Daí fi ca subentendido que a produção popularpertence ao campo do irracional ou simplesmente do executar sem se preocupar com qualquer elaboração.

E inegável que essa é uma classifi cação um tanto quanto discriminatória, pois confi na as criações populares num gueto, resultando em reserva de mercado para a produção de origem erudita, dirigida geralmente à camada social dominante. (...)

Vivemos numa época em que a arte dita transgressora enche os olhos da ala intelectual em galerias de toda a Europa. Um exemplo disso é a arte dos grafi teiros, que outrora foi tachada de pichação marginal. Também vivemos tempos em que as redes sociais tomam todos os humanos apreciadores de Picasso e Van Gogh, pois dentro dessas plataformas cabe de tudo: eruditos, não eruditos e pseudoeruditos.

Assim, ainda é possível separar o que é da cultura erudita do que é da cultura popular? Redija um texto argumentativo que responda a esse questionamento.

Tema 3Leia o texto abaixo.

Brinquedos do passado ensinam lições desde a infância até a vida adulta

Jogos dos anos 80 trabalham concentração, raciocínio rápido e noção de espaço.

Lego, Banco Imobiliário, Pogobol e muitos outros brinque-dos dos anos 1980 animam conversas de quem passou horas se divertindo com eles e daria tudo para saber como funcionavam esses e outros passatempos comuns na infancia passada. Quem sonhava em tirar a dúvida, agora tem chance: o Genius, jogo de memória e agilidade que desafi ou muitas crianças, está com relançamento marcado e você já pode convidar os amigos para uma sessão nostalgia. “Existem habilidades, como o raciocínio lógico e a noção de espaço, que os brinquedos mais antigos desenvolvem com mais efi ciência do que os jogos tecnológicos de hoje”, afi rma a professora Cristina Laclett Porto, do curso de Pedagogia da PUC-Rio. Outras opções de brinquedos nunca saíram de linha, então que tal experi-mentar a rapidez do seu raciocínio ou o refi namento das habilidades motoras?

Produza um texto dissertativo que responda à seguinte pergunta: os jogos e brinquedos do passa-do têm, realmente, condições de competir com o fascínio proporcionado pelos computadores, tablets e smartphones?

Objetivo

Prática de redação!

TEMA: UNISC 2013/1NOTA/PESO: PRIORIDADE:

Estratégia:

No Brasil, o vestibular é um processo seletivo fadado à extinção porque cada vez mais as universidades brasi-leiras estão utilizando as notas obtidas pelos alunos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como a chave do portão de entrada no ensino superior. Dentre as justifi cativas, destaca-se a possibilidade de uma seleção mais justa,

pois todos os candidatos são avaliados pela mesma prova. Com base nesses dados e na imagem acima, redija um texto dissertativo sobre os problemas a se-

rem enfrentados com a nova realidade do processo seletivo universitário brasileiro.

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Conheça os principais processos seletivos para o ensino superiorAs universidades vêm modernizando seus processos de seleção, o que significa mais opçõesna hora de escolher qual prestar; veja os mais utilizados

Os processos seletivos passaram por grandes transformações ao longo dos anos. Até o começo do século 20, apenasestudantes de colégios tradicionais no Brasil podiam entrar no ensino superior. Hoje, com vestibulares cada vez maisdemocráticos, um número maior de pessoas consegue dar continuidade aos estudos após o ensino médio. Dados divulgadosno final de 2015 pelo IBGE mostraram que a matrícula na educação superior superou 7,8 milhões de alunos. O aumento nademanda por vagas fez com que as universidades também modernizassem seus processos de seleção. A boa notícia é queisso significa mais opções na hora de escolher qual vestibular fazer.

Por onde começar

Conhecer os tipos de vestibulares é importante. No entanto, é recomendável que você já tenha uma ideia de qual curso emquais universidades gostaria de estudar antes de pensar em processos seletivos. Alessandra Venturi, coordenadora doCursinho da Poli, acredita que essa ordem de pensamentos facilita a organização do candidato. “Quando você prioriza aescolha do curso e da universidade, o tipo de vestibular é apenas uma consequência. Por exemplo, não dá para quererestudar Música na Unesp e escolher o tipo de prova, porque existe uma exigência da própria instituição”, explica.Durante a pesquisa pelo curso ideal, será possível identificar qual é o método de seleção que a universidade usa e, com isso,fazer uma preparação mais direcionada para aquele tipo de vestibular.Veja abaixo as principais formas de seleção que as instituições de ensino superior costumam utilizar:

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Vestibular tradicionalNesse tipo de processo seletivo, as instituições divulgam um edital com as normas e os conteúdos do vestibular meses antesda prova. O estudante deve se inscrever pagando uma taxa e a prova é realizada em uma ou mais fases, dependo do curso edas exigências da universidade. No caso do vestibular da Universidade de São Paulo (USP), um dos mais antigos do Brasil, asprovas são aplicadas em duas fases. A primeira, realizada sempre em um domingo, é constituída de 90 questões de múltiplaescolha. Já a segunda fase, com três dias de exames, tem provas dissertativas para os candidatos aprovados na primeira etapa.Vestibular com provas de habilidades específicasAlém das provas do vestibular tradicional, para determinados cursos é preciso fazer ainda uma avaliação de habilidadesespecíficas. Cursos como Arquitetura e Urbanismo, Artes Cênicas, Artes Plásticas, Desenho Industrial e Música geralmenteexigem esse tipo de prova. O objetivo do exame é avaliar se o candidato possui aptidão necessária para seguir na área. NaUniversidade de Brasília (UnB) esse exame é aplicado duas vezes ao ano. “As provas de habilidades específicas têm, hoje,caráter de certificação. Constituem requisito obrigatório para ingresso em alguns cursos e as competências variam muito deacordo com a área pretendida”, conta Mauro Luiz Rabelo, Decano de Ensino de Graduação da UnB. As capacidades que sãocobradas pelas bancas são publicadas com antecedência em editais para facilitar a preparação do estudante.Vestibular seriado ou continuadoAdotado por algumas universidades, o vestibular seriado é uma forma de avaliação dividida em etapas anuais, aplicadasdurante os três anos do ensino médio e não apenas no último ano, como é feito no vestibular tradicional. Mauro Luiz Rabelofoi um dos responsáveis pela criação do Programa de Avaliação Seriada (PAS) da UnB, lançado em 1995. “Por se tratar de umaavaliação processual, o PAS acaba constituindo-se em uma avaliação mais justa para os estudantes, pois supera o caráterepisódico inerente ao vestibular tradicional”, argumenta o professor. Uma outra vantagem desse tipo de seleção é apossibilidade que o candidato tem de melhorar seu próprio desempenho ao longo dos exames. “O estudante começa aentender desde cedo que a dedicação aos estudos já no primeiro ano do ensino médio, e não às vésperas de um exame, é umbom caminho para o ingresso em uma instituição de qualidade, como a UnB”, conclui.

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Vestibular agendado e prova eletrônicaO vestibular agendado é uma forma de ingresso adotada pela maioria das instituições privadas. O objetivo é facilitar o acessodo aluno à faculdade, já que as datas e horários para a realização do vestibular são mais flexíveis. É possível agendar a provapor telefone ou pelo site das faculdades. Além da prova agendada feita em papel, muitas instituições também oferecem aprova eletrônica, feita em computadores nos campi das próprias instituições. A vantagem dessa modalidade é que oresultado pode ser conferido na hora ou em poucos dias após a realização do exame.EnemO Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é usado como porta de entrada tanto para universidades públicas (federais eestaduais) como para muitas instituições privadas também. Por meio de um único exame e de uma única taxa de inscrição, oestudante pode concorrer a mais de 220 mil vagas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e estudar em qualquer estado doBrasil. Além disso, o exame também dá a chance de concorrer a bolsas integrais e parciais em instituições particulares peloPrograma Universidade para Todos (ProUni) e a possibilidade de ingressar em um curso pagando os estudos apenas depois deformado com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).Para quem ainda está em dúvida sobre qual profissão seguir, uma coisa é certa: não dá para ficar fora do Enem. “O exameoferece muitas oportunidades de ingresso no ensino superior, é sempre uma porta aberta para o estudante. E ele tem aopção lá na frente de escolher o seu curso, diferente de vestibulares como a Fuvest, por exemplo, que já requer ter a opçãode curso clara no momento da inscrição”, explica a coordenadora Alessandra.SisuO Sisu é um sistema de seleção eletrônico para universidades públicas, que tem como critério o desempenho no Enem. Paraconcorrer às vagas em 2017 é preciso ter feito a prova em 2016 e não ter obtido nota zero na redação. Até 2016, o Sisuoferecia vagas para entrada no primeiro semestre do ano e depois uma outra edição, com vagas para o segundo semestre. Apartir deste ano, o MEC prepara, além dessas etapas, uma terceira edição, para preencher vagas remanescentes. Uma dasprincipais vantagens do processo seletivo é a possibilidade de concorrer a vagas em faculdades distantes sem precisar sair de

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casa e fazendo apenas uma prova. A participação no sistema é gratuita. Algumas instituições adotam notas mínimas parainscrição em determinados cursos. Nesse caso, no momento da inscrição, se a nota do candidato não for suficiente paraconcorrer àquele curso, o sistema emite mensagem com esta informação e é possível trocar de opção.“Antes o aluno que quisesse estudar em outro estado precisava se organizar, saber o dia da prova, gastar com passagem,hospedagem, todo um desgaste que hoje ele não tem. O foco é apenas nos estudos até ser aprovado. O Sisu democratizou oacesso às universidades federais porque o aluno só precisa pagar uma taxa de inscrição, a do Enem, e concorrer em diversasfaculdades. Depois de passar, quem não tem condições de se manter fora pode tentar uma bolsa de permanência dafaculdade e ir atrás de outros benefícios bem mais tranquilo”, esclarece Alessandra.ProUniO sistema de seleção do ProUni é bem parecido com o do Sisu, mas em vez de concorrer a vagas em universidades públicas, oestudante concorre a bolsas para estudar em instituições privadas. É preciso fazer o Enem do ano anterior para se candidataràs bolsas integrais e parciais, além de tirar nota mínima de 450 pontos no exame e nota acima de zero na redação. Só podeparticipar quem ainda não tem diploma em curso superior.Para concorrer às bolsas integrais o candidato deve ter renda bruta familiar de até um salário mínimo e meio por pessoa. Jápara as bolsas parciais (50%), a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa. Além disso, ocandidato deve atender a pelo menos um dos pré-requisitos abaixo:– Ter cursado o ensino médio completo em escola da rede pública;– Ter cursado o ensino médio completo em escola da rede privada, na condição de bolsista integral da própria escola;– Ter cursado o ensino médio parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em escola da rede privada, na condiçãode bolsista integral da própria escola privada;– Ser pessoa com deficiência;– Ser professor da rede pública de ensino, exercendo magistério da educação básica, e integrante do quadro de pessoalpermanente da instituição pública para concorrer a bolsas exclusivamente nos cursos de licenciatura. Nesses casos não há

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requisitos de renda.FiesCom uma oferta de cursos mais limitada do que a do Sisu e ProUni, o Fies é outra forma de entrar em uma faculdade usando anota do Enem. É necessário ter média de 450 pontos nas provas e não pode ter zerado a redação, além de ter renda familiarmensal por pessoa de até 2,5 salários mínimos. O Fies oferece financiamento de até 100% do valor do curso para estudantesque não tenham condições de pagá-lo durante a graduação. Alessandra Venturi alerta, no entanto, que a escolha por esse tipode seleção deve ser feita tomando alguns cuidados prévios. “Não são todos os cursos que estão disponíveis no Fies, oestudante precisa pesquisar junto à instituição pretendida se há oferta para a área que ele quer. É preciso conhecer bem ascondições para conseguir o financiamento e também saber se será capaz de pagar o empréstimo depois de formado”, orienta.Os juros do Fies são menores do que os praticados por outros bancos, mas mesmo assim é necessário se planejar antes deassumir a dívida.Outras formas de acesso com a nota do EnemAlém de dar acesso ao Sisu, ao ProUni e ao Fies, a nota do Enem também é usada como critério de seleção ou complementodo vestibular por muitas instituições públicas e privadas. Confira abaixo alguns usos:– Primeira fase do vestibular: o estudante usa a nota do Enem como primeira etapa e depois faz provas complementares emuma segunda fase ou provas de habilidades específicas (para cursos na área de Artes e Arquitetura, por exemplo)– Fase única: basta apresentar o boletim de desempenho e a própria universidade faz a seleção.– Parte da nota final: o resultado do Enem é somado à nota obtida pelo candidato no vestibular tradicional.– Bonificação: acrescenta alguns pontos no desempenho do estudante no vestibular tradicional, com base em critériospróprios das universidades.Nesses tipos de processos seletivos, o estudante deve fazer uma leitura atenta dos editais de seleção das universidadesporque os critérios de avaliação variam conforme as exigências das instituições. Algumas aceitam provas do Enem de anosanteriores, outras apenas do ano vigente. Fique atento!

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Conheça os dez maiores vestibulares do paísJuntos, os vestibulares mobilizam 615.296 estudantes

Começo do ano, meio de ano, fim de ano… não tem mês no calendário que fique livre de inscrição, prova ou resultado dealgum vestibular do país. Mas quantas pessoas será que participam das provas? E quais os maiores concursos?O campeão disparado é o vestibular da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), que seleciona candidatos para aUniversidade de São Paulo (USP) e para a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Nada menos do que128.144 pessoas se inscreveram no vestibular 2010.Se a prova fosse aplicada em um único lugar para esses mais de 128 mil estudantes, seria preciso lotar os estádios doMaracanã e do Pacaembu. E ainda ficariam 8 mil de fora!Em segundo lugar vem a Universidade Estadual Paulista (Unesp), com 76.452 candidatos. Em terceiro, a Universidade Federaldo Rio de Janeiro (UFRJ), com 73.848 inscritos.Juntos, os dez maiores vestibulares do país mobilizam 615.296 estudantes.

Confira o ranking completo baseado no vestibular 2010 das universidades:

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Os dez maiores vestibulares do Brasil

1º – Fuvest / Universidade de São Paulo (USP) 128.144 inscritos

2º – Universidade Estadual Paulista (Unesp) 76.452 inscritos

3º – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) 73. 848 inscritos

4º – Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) 66.817 inscritos

5º – Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) 63.959 inscritos

6º – Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) 55.475 inscritos

7º – Universidade Federal Fluminense (UFF) 52.000 inscritos

8º – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio)

46.057 inscritos

9º – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) 44.398 inscritos

10º – Universidade Federal do Ceará (UFC) 44.146 inscritos

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Veja como são os vestibulares em outras partes do mundo

Para ingressar nas universidades brasileiras, os estudantes se dividem hojeentre vestibular e Enem. Mas você sabe como é a seleção em outros países? Jáimaginou ter que fazer uma prova com o dobro de conteúdo cobrado no Brasil?Ou prestar algumas horas de trabalho comunitário para conseguir umavaguinha?Quando o assunto é ingresso no ensino superior, cada país adota as suaspróprias medidas e exigências para selecionar os alunos que formarão a mãode obra mais qualificada da nação. No Brasil a tendência é que o Enempadronize o processo seletivo para as faculdades. Com uma prova mais voltadaà lógica e questões cotidianas, em oposição ao pragmatismo do clássicovestibular, o exame vem ganhando adeptos de peso, como a UniversidadeFederal do Rio de Janeiro (UFRJ), que adotou a prova como via única deingresso na instituição.

CanadáNo Canadá, não há um padrão para o acesso às instituições de ensino superior.Lá, as exigências variam de uma província para outra. Mas existem dois pré-requisitos que, se não podem ser chamados de regras nacionais, sãorequerimentos constantes por parte das universidades, tais como: tercompletado o High School (ensino médio) e passar em um teste de leitura

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crítica e interpretação de texto (literacy test).Uma peculiaridade no sistema canadense aparece em algumas províncias: aexigência de 40 horas de trabalho voluntário realizado pelo estudante.ChileA Prueba de Selección Universitaria (PSU) do Chile se assemelha ao Enem brasileiro e ao SAT americano. Aplicado desde2003, o teste consiste em quatro provas, sendo duas obrigatórias: línguas e comunicação, que formam uma prova, ematemática. Há ainda duas eletivas: história e ciências sociais, e ciências, que engloba física, química e biologia.As notas daescola secundária também são levadas em conta no processo. Cada universidade dá pesos diferentes para os resultados dosvários exames.Criada para unificar o processo seletivo nas universidades, em substituição ao Sistema de Ingresso à EducaçãoSuperior (SIES), a PSU não é uma unanimidade no país, uma vez que estudantes com maior poder aquisitivo, especialmenteaqueles que estudaram em escolas privadas, têm mais chances de obter vagas nas melhores universidades chilenas.ChinaO país mais populoso do mundo tem uma forma de seleção similar à utilizada no Brasil, com o tradicional vestibular porcursos sendo aplicado ao final do ensino médio. As principais diferenças se aplicam aos conteúdos: a prova conta comquestões de chinês, uma língua estrangeira e matemática, além de uma quarta matéria, que varia de acordo com o cursoescolhido pelo estudante.Os cursos mais concorridos nos últimos anos têm sido Economia e Informática.Coreia do SulEntrar em uma das universidades conhecidas pela sigla SKY - Universidade Nacional de Seul, Universidade da Coreia eUniversidade Yonsei - é a meta de 10 entre 10 estudantes sul-coreanos. A tríade compõe um seleto grupo das melhoresinstituições do país, com vestibulares dificílimos que podem durar até 10 horas.A prova é levada tão a sério que gera umplanejamento entre policiais e guardas de trânsito para organizar o fluxo de pessoas nas cidades. Toda essa mobilização porcausa de uma prova se justifica: na maioria dos casos, o ingresso na universidade determina onde o jovem vai acabartrabalhando e o salário que terá pelo resto da vida.

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DinamarcaApós os nove anos de primary and lower secondary school (equivalentes aos nossos ensino fundamental e médio,respectivamente), o estudante dinamarquês passa por uma extensão do secondary school, com duração de três anos econteúdos variados de acordo com a área profissional que ele procura.Concluída essa etapa, é hora de encarar o cursosuperior, que, na Dinamarca, tem três focos. O mais básico deles trata-se de um ciclo curto, que seria o equivalente aos cursostécnicos no Brasil. Essa formação habilita para funções como eletricista, técnico de laboratório e engenheiro mecânico. Nocurso superior de médio-termo, o aluno estuda durante três ou quatro anos e pode almejar cargos como professor, educadorsocial, enfermeiro ou engenheiro.Por último, há curso superior de longo-termo. São os programas de educação superiorministrados pelas universidades ou outras instituições de igual porte. Com tempo total de curso entre quatro e cinco anos(mais três de PHD, caso ele queira especializar-se), é o tipo de formação exigida para se tornar dentista, engenheiroespecializado, doutor ou professor de ensino superior. O ingresso nesses cursos pode ser feito com base na grade escolar doaluno ou com a aplicação de algum exame específico, caso de faculdades como jornalismo e design.Estados UnidosPara ingressar em uma universidade americana é necessário fazer o Teste de Aptidão Escolástica (SAT, na sigla em inglês). Aprova apresenta questões de apenas três assuntos: matemática, leitura crítica e redação. Caso tenha obtido nota suficiente,após o teste o estudante escolhe o curso e a universidade em que quer estudar.Além do SAT, algumas universidades tambémexigem o SAT II, que é mais complexo e pode avaliar uma série de matérias estudadas durante a High School (ensino médioamericano), como física, química e línguas estrangeiras, e outras solicitações, como histórico escolar da High School, cartas derecomendação de professores, portfólio com atividades curriculares e entrevista com o aluno.FrançaNa França, o acesso ao ensino superior é garantido a todos os estudantes do país. Após a conclusão do colégio, os alunosprestam um exame chamado Baccalauréat (também conhecido como le Bac), que cobra conhecimentos variados, de acordo

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com o curso que o estudante pretende seguir na universidade.Todas as universidades francesas passam por avaliaçõesperiódicas, o que impede que haja grandes disparidades na qualidade entre elas, uma vez que todas são públicas eapresentam anuidades baixas, entre 150 e 300 euros."Além das universidades, existem as Grandes Escolas, que oferecem umensino mais focado nas áreas de engenharias, artes e negócios. Enquanto elas primam por uma formação mais direta para omercado de trabalho, as universidades prezam mais pela pesquisa acadêmica. Porém, o ingresso nessas escolas especializadasé mais rigoroso e restrito, variando de acordo com a instituição", detalha Carla Ferro, coordenadora de promoção do CampusFrance, serviço de informações sobre os estudos superiores na França vinculado aos ministérios franceses da Educação e dasRelações Exteriores.InglaterraApós a conclusão do Secondary Education (equivalente ao Ensino Médio), o estudante presta uma prova chamada GeneralCertification of Secondary Education (GCSE) para comprovar a conclusão. Após, caso ele decida cursar uma universidade,serão necessários mais dois anos de estudos em uma espécie de extensão do colégio com matérias específicas para afaculdade desejada. Posteriormente, é preciso prestar outra prova A-Level para avaliar em qual universidade e curso oestudante estará apto a ingressar. Quanto maior o número de "A", nota máxima na prova, maiores as chances dele escolher olocal em que vai estudar."Atualmente, está mais difícil entrar em uma universidade aqui no Reino Unido, seja pelo alto custo,de 9 mil libras ao ano (em torno de R$ 23,9 mil), ou pela fortes exigências das universidades", comenta o inglês Mark Tinklin,graduado em jornalismo na Universidade de Sheffield.ItáliaNa Itália, todos os cidadãos têm acesso à universidade de maneira igual, o único pré-requisito é possuir o diploma deconclusão doSecondaria di secondo grado (ensino médio). Para os cursos mais concorridos na Itália, como Medicina,Odontologia e Arquitetura, algumas universidades podem exigir um exame para admissão, mas em um grau muito menosconcorrido que o das principais universidades brasileiras, por exemplo.Uma curiosidade a respeito da aplicação dos testespelas universidades é o fato de a maior parte deles ser oral, e não escrito.

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JapãoO Japão tem um dos vestibulares mais difíceis do mundo. A prova é estruturada em duas fases, compreendendo as seguintesmatérias: inglês, matemática, língua e literatura japonesa, mais duas provas em ciências (como física e química) e duas deestudos sociais (história geral e do Japão). Somente os estudantes que passam na primeira fase podem prestar a segundaprova. A grande dificuldade é dominar todos os assuntos que caem na prova, uma vez que as universidades exigem maisdaquilo que é ensinado nas salas de aula do ensino médio.

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Número de estudantes que deixaram universidades em 2016 chega a30% das matrículasApesar da disputa acirrada para entrar no ensino superior, 3,4 milhões de alunos abandonaramvagas em 2016. Problemas financeiros estão entre os principais motivos

Terminada a maratona de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a ansiedade de 4,3 milhões de participantes doBrasil inteiro agora é outra: a expectativa do resultado. Isso porque a nota da avaliação é decisiva para uma vaga emuniversidade federal, processos seletivos das faculdades privadas, além da obtenção de bolsas e financiamento estudantil.Mas a concorrência acirrada para entrar num curso superior termina, lá na frente, muitas vezes, em abandono de um númerosurpreendente de vagas. Somente em 2016, conforme mostram dados do Censo da Educação Superior divulgadosrecentemente, 3,4 milhões de alunos de instituições públicas e particulares país afora deixaram para trás suas cadeiras deuniversitários. Isso equivale a 30% do total de matrículas. É como se a população inteira do estado de Alagoas tivessedesistido, por motivos diversos, que vão de problemas financeiros ao desinteresse pelo curso da graduação. Em Minas Gerais,no ano passado, foram 257.396 vagas ociosas (24% das matrículas totais).As instituições privadas concentram a maior quantidade de vagas ociosas – 2,89 milhões (85,3% delas) –, enquanto naspúblicas elas estão na casa do meio milhão (14,7% das cadeiras que foram deixadas). O Censo aponta motivos diversos paraessa ociosidade: matrículas trancadas, desvinculadas, transferência para outro curso na mesma instituição e alunos falecidos.Mas os números mais gritantes se referem às matrículas desvinculadas, que dizem respeito a estudantes desistentes edesligados, ou seja, alunos que por iniciativa da instituição tiveram a vaga cancelada – por abandono, descumprimento dealguma condição ou desligamento voluntário (quando sai da faculdade, mas não formaliza o cancelamento).

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No Brasil, as desvinculadas somaram 2.029.687 (17,7%) do total de 11,4 milhões de alunos matriculados. Dessas, 86%estavam na rede privada. Em Minas, o percentual também é alto: dos 1,07 milhão de estudantes, 176.080 abandonaram ocurso (16,4% do total de matrículas), sendo 83,4% deles na rede privada. Os números tiveram um salto nos últimos cincoanos. Em 2012, as vagas ociosas no Brasil somavam 2,4 milhões, sendo 82,5% nas instituições particulares. Em MinasGerais, estavam em menos de 200 mil (21,2% dos universitários). Há cinco anos, as matrículas desvinculadas giravam emtorno de 1,4 milhão no país e de 133 mil nas instituições localizadas em território mineiro.O atleta Matheus Menezes Simões Queiroz, de 19 anos, entrou nas estatísticas. Ele começou o curso de jornalismo daPontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), mas decidiu, na metade do 1º período, deixar os estudospara perseguir seu sonho de se tornar jogador de vôlei profissional. “Este era meu último e decisivo ano. Apostei todas asfichas. Como passei a treinar de manhã e teria de estudar à noite, preferi sair”, conta o atleta do Olímpico. Ele pensa emretomar a graduação no ano que vem, mas, desta vez, no curso de educação física.O jovem Lucas Rezende Lima, de 26, também deixou a faculdade para trás, no 3º período de jornalismo do CentroUniversitário de Belo Horizonte (UNI-BH), ano passado, sem formalizar o cancelamento da matrícula. “Foi um misto demotivos. Primeiro, por causa da crise financeira que se estabeleceu no país e também porque o curso não estavaatendendo tão bem às minhas expectativas. Imaginava outras coisas e quando percebi como era na prática a profissão, nãome interessei muito”, afirma.A estudante Lorenna Narciso Costa, de 20, não teve tempo nem de trancar a matrícula por causa de um problema de saúderepentino. No início do curso de odontologia do Centro Universitário Newton Paiva, ela descobriu uma trombose cerebral.A garota fez novamente o Enem para tentar outra vaga em 2017. “Estou bem de saúde agora e é isso que importa.”O Ministério da Educação (MEC) informou, por meio da assessoria de imprensa, que, no caso das instituições federais, nãopode medir os possíveis prejuízos do abandono das vagas. Isso porque a efetiva ocupação das vagas do Sistema de SeleçãoUnificada (Sisu) está sob a responsabilidade das instituições, no âmbito da autonomia conferida pela Constituição Federal,sendo a adesão delas facultativa. Acrescentou que compete às instituições federais, que têm autonomia para criar

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mecanismos próprios, preencher as vagas não ocupadas no processo regular. “Cada instituição pode adotar uma metodologiaprópria para a ocupação das vagas. O Sisu trabalha apenas com novos ingressos e não com vagas ociosas, sendo que temmédia de 86,9% de ocupação das vagas ofertadas, desde a sua criação, o que facilita e ajuda as instituições a preenchê-las”,diz o texto.PESO DA ECONOMIA O diretor-executivo da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), Sólon Caldas, atribui boa parte das desistências ao cenário econômico e às mudanças nas políticas federais de bolsa e financiamento estudantil. “Os números do censo mostram uma queda significativa nas matrículas de novos ingressantes entre 2014 e 2015, e mais ainda de 2015 para 2016, quando tivemos um crescimento negativo no ensino presencial em decorrência da falta de financiamento para os alunos que não têm condições de arcar com o investimento em educação”, afirma.

Segundo ele, desde 2015, quando houve mudanças nas regras do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), a adesão e o cumprimento dos critérios de acesso ficaram mais difíceis para os alunos. Para Sólon Caldas, as mudanças ocorridas também deixaram de permitir que o aluno com dificuldades financeiras pudesse recorrer ao financiamento, o que fez a evasão aumentar e deixar milhões de alunos fora do sistema. “Com o agravamento da crise econômica e política que o país está passando, aliada ao aumento do desemprego, esse cenário fica cada vez mais difícil e, consequentemente, o sonho do ensino superior mais distante para muitos brasileiros.”

Palavra de especialistaAndréa Ramal - Consultora em educação e doutora em educação pela PUC-Rio

“O principal motivo para esses números é a evasão, a desistência. E, dentro disso, a falta de base do ensino médio para cursar a universidade. Na engenharia, por exemplo, só 50% dos alunos se formam. Porque falta matemática. Como o estudante fará a disciplina de cálculo sem base nessa matéria? Há também outros fatores associados: problemas relacionados a recursos

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financeiros e um financiamento do governo que nãodeixa o aluno tranquilo por causa de uma ameaçaconstante de descontinuidade. Mas, de longe, aevasão por falta de base escolar é a principal. Asfaculdades estão tomando medidas, comoimplementar curso de nivelamento com foco emportuguês e matemática, disciplinas que os estudantesdeveriam ter trazido do ensino médio. No caso dauniversidade pública, é um desperdício de recursos.Não podemos também esquecer que o Brasil atravessauma crise econômica séria, com 12 milhões dedesempregados. A pessoa faz uma faculdade para teruma chance no mercado, mas acaba não tendo comopagar. Por isso, fica o alerta para o Brasil começar aolhar mais para a educação básica. Levantamentorecente mostra que o governo gasta R$ 3 mil por anocom cada aluno nessa fase. Na universidade, essemontante vai para R$ 11 mil. Ou seja, a pirâmide estátotalmente invertida. Não olha para o nível básico eperde recurso na educação superior por causa disso.Não adianta encher as universidades se, depois, vaiocorrer esse esvaziamento.”

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