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FERIDAS PROFª Maira Lima

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Page 1: Aula - Feridas - Aline Leite

FERIDAS

PROFª Maira Lima

Page 2: Aula - Feridas - Aline Leite

DEFINIÇÃO

Toda e qualquer solução de continuidade

(perda) de tecido ou órgão, podendo

atingir desde a epiderme, músculos e

órgãos.

Meneghin; Vattmo, 2003

Page 3: Aula - Feridas - Aline Leite

CAUSAS

• Traumas;

• Cirurgias;

• Isquemia;

• Pressão.

Page 4: Aula - Feridas - Aline Leite

EFEITOS

• Perda imediata, total ou parcial do funcionamento do órgão;

• Dor;

• Hemorragia e coagulação sangüínea;

• Contaminação bacteriana;

• Morte celular.

Smeltzer; Bare, 1999

Page 5: Aula - Feridas - Aline Leite

CLASSIFICAÇÃO

Feridas Agudas: reconstituem por meio de

processo cicatricial, cujas fases obedecem

a uma seqüência esperada de tempo,

aparência e resposta a um tratamento.

Lourenço; Meneghin, 1998; Cândido, 2001

Page 6: Aula - Feridas - Aline Leite

CLASSIFICAÇÃO

*Feridas Limpas: não há inflamação ou nãoatingem os TGI, respiratório e urinário;

*Feridas Limpas Contaminadas: são aquelas emque os tratos respiratórios

*Feridas Contaminadas: feridas acidentais,recentes e abertas, e procedimentos cirúrgicoscom interrpção importante da técnica assépticaou extravasamento do TGI;

*Feridas Infectadas: feridas traumáticas antigas,com retenção de tecido desvitalizado, e aquelasque envolvem infecções clínicas já existentes ouvísceras perfuradas.

Page 7: Aula - Feridas - Aline Leite

Perfuro-incisasSão produzidas pela ação de um

instrumentos com borda afiada, geralmente

pouco profundas e com penetração em

cavidades;

Page 8: Aula - Feridas - Aline Leite

Pérfuro-contusas

Caracterizam-se por pequenas aberturas

na pele e pouco sangrante, podendo

atingir grande profundidade.

Page 9: Aula - Feridas - Aline Leite

Corto-contusa

Produzidas por objetos rombo de modo que

o impacto é transmitido através da pele

aos tecidos subjacentes, levando à rutura

de pequenos vasos.

Page 10: Aula - Feridas - Aline Leite

Ferida laceradaMargens denteadas, irregulares por

excessiva força de estiramento, podendo

lacerar músculos, tendões ou vísceras

internas.

Page 11: Aula - Feridas - Aline Leite

Feridas Abrasivas

São caracterizadas pela retirada de

células da epiderme por causa da ação de

fricção ou esmagamento de instrumento

mecânico.

Page 12: Aula - Feridas - Aline Leite

Fisiologia da cicatrização

• Fase inflamatória: trombolítica,

granulocítica e macrofágica

• Fase proliferativa;

• Fase reparadora.

Page 13: Aula - Feridas - Aline Leite

Tipos de cicatrização

Cicatrização por primeira intenção:

quando não há perda de tecido e as

extremidades da pele ficam justapostas

uma à outra.

Page 14: Aula - Feridas - Aline Leite

Tipos de cicatrização

Cicatrização por segunda intenção

ocorre em feridas onde houve perda de tecido e as extremidades da pele ficam distantes umas das outras, sendo necessário

formação de tecido de granulação até que a

contração e epitelização aconteçam.

Page 15: Aula - Feridas - Aline Leite

Tipos de cicatrização

Cicatrização por terceira intenção

ferida é deixada aberta por um tempo,

sendo suturada posteriormente, como

cicatrização por primeira intenção. Feridas

cirúrgicas abertas.

Page 16: Aula - Feridas - Aline Leite
Page 17: Aula - Feridas - Aline Leite
Page 18: Aula - Feridas - Aline Leite

Fatores que influenciam no

processo de reparação tissular

• Idade;

• Estado Nutricional;

• Vascularização;

• Condições sistêmicas;

• Infecção;

• Fatores mecânicos;

• Presença de corpos estranhos;

• Linhas de tensão.

Page 19: Aula - Feridas - Aline Leite

Escala de Braden

Percepção

sensorial

1. Totalmente

limitado

2. Muito

limitado

3. Levemente

limitado

4. Nenhuma

Limitação

Umidade 1.

Completament

e molhado

2. Muito

molhada

3.

Ocasionalment

e molhada

4.Raramente

molhada

Atividade 1. Acamado 2. Confinado à

cadeira

3. Anda

ocasionalment

e

4. Anda

freqüentement

e

Mobilidade 1. Totalmente

imóvel

2. Bastante

limitado

3. Levemente

limitado

4. Não

apresenta

limitações

Nutrição 1. Muito pobre 2.

Provavelmente

inadequado

3. Adequado 4. Excelente

Fricção e

cisalhamento

1. Problema 2. Problema

em potencial

3. Nenhum

problema

Page 20: Aula - Feridas - Aline Leite

Escala de Braden

• O grau de risco varia de 6 à 23;

• Pacientes adultos hospitalizados com

escore de 16 ou menos são considerados

de risco para úlcera por pressão;

• Em idoso, pontuações 17 e 18 já podem

considerar de risco;

Page 21: Aula - Feridas - Aline Leite

Tipos de feridas

Page 22: Aula - Feridas - Aline Leite

Diferença de úlcera venosa para

arterialIndicador Venosa Arterial

Localização Terço inferior da

perna/maléolo medial

Dedos, pés, calcâneo

lateral da perna

Evolução Lenta Rápida

Profundidade Superficial, leito vermelho

vivo, margens irregulares

Profundo, pálido,

margens definidas

Tamanho Grande Pequena

Exsudato Moderado, excessivo Mínimo

Edema Presente Ausente

Dor Pouca ou moderada Extrema

Pulsos Presente Diminuídos ou

ausente

Page 23: Aula - Feridas - Aline Leite

VENOSA ARTERIAL

Page 24: Aula - Feridas - Aline Leite

Tipos de feridas

• Úlceras fúngicas

Page 25: Aula - Feridas - Aline Leite

Tipos de feridas

• Úlcera em paciente diabético

Page 26: Aula - Feridas - Aline Leite

Avaliação da ferida

• Estágio I

• Estágio II

• Estágio III

• Estágio IV

Page 27: Aula - Feridas - Aline Leite

Estágio I: Destruição parcial de tecido envolvendo

apenas a epiderme. É caracterizado por: eritema,

vermelhidão da pele que não reduz após 30

minutos de alívio da pressão.

Page 28: Aula - Feridas - Aline Leite
Page 29: Aula - Feridas - Aline Leite

Estágio II: Envolve a epiderme e possivelmente

atinge a derme, mas não totalmente. Pode haver a

presença de bolhas. O leito da lesão é úmido,

rosado, doloroso e livre de tecido necrótico.

Page 30: Aula - Feridas - Aline Leite
Page 31: Aula - Feridas - Aline Leite

Estágio III: Há o comprometimento da derme e

envolve também o tecido subcutâneo. Não é

profunda, a menos que recoberta por escara.

Pode apresentar tecido necrótico, descolamento

das bordas, formação de sinus, pouco exsudato e

possivelmente infecção. Normalmente o leito da

lesão é indolor.

Page 32: Aula - Feridas - Aline Leite
Page 33: Aula - Feridas - Aline Leite

Estágio IV: Também considerada como lesão de

perda total, se extende desde o subcutâneo até a

fáscia muscular, podendo também envolver

musculatura e ossos. É uma cavidade profunda

com grande volume de exsudado e que pode

incluir: tecido necrótico, descolamento de bordas,

formação de canais e infecção. indolor.

Page 34: Aula - Feridas - Aline Leite
Page 35: Aula - Feridas - Aline Leite

EscaraÉ o termo que antigamente era atribuído

como sinônimo de úlcera por pressão

porém inadequado pois, representa a

crosta ou camada de tecido necrótico que

pode estar cobrindo a lesão em estágios

mais avançados.

Page 36: Aula - Feridas - Aline Leite

O diabético precisa seguir cuidadosamente um

programa preventivo em seus pés para evitar a

formação dessas feridas cuja progressão tem

efeitos drásticos.

Page 37: Aula - Feridas - Aline Leite

Avaliação da Ferida

PARA QUÊ SERVE?

a) Para descrever de forma objetiva o que

está sendo visto

b) Para desenvolver um plano de cuidados

com estratégias de tratamento.

c) Para monitorar a eficácia das estratégias

de tratamento e acompanhar a evolução.

d) Para haver documentação.

Page 38: Aula - Feridas - Aline Leite

A avaliação da ferida deve incluir:

a) Tamanho (largura e comprimento) em centímetros.

b) Profundidade em centímetros.

c) Presença de túneis, fístulas – medir em centímetros.

d) Presença de descolamentos, lojas – medir a profundidade e extensão e documentar a localização usando a posição dos ponteiros do relógio como referência.

e) Localização

f) Drenagem (exsudato) – cor, odor, quantidade.

g) Presença de tecido necrótico.

h) Evidência de infecção.

Page 39: Aula - Feridas - Aline Leite

TAMANHO

Page 40: Aula - Feridas - Aline Leite

PROFUNDIDADE

Page 41: Aula - Feridas - Aline Leite

Presença de túneis e fístulas

Page 42: Aula - Feridas - Aline Leite

Presença de descolamentos

(solapamento) e lojas

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LOCALIZAÇÃO

Page 47: Aula - Feridas - Aline Leite

Drenagem- cor, odor e quantidade

Page 48: Aula - Feridas - Aline Leite

Presença de tecido necrótico

Page 49: Aula - Feridas - Aline Leite

Granulação:

Rosa, vermelho pálido, vermelho vivo

Fibrina:

Amarelo, marrom

Necrose:

Cinza, marrom, negra

6) COR DO TECIDO

Page 50: Aula - Feridas - Aline Leite

Evidência de Infecção

• Febre contínua;

• Exsudato com odor fétido e cor

esverdeado;

COLHER SWAB DA FERIDA!

Page 51: Aula - Feridas - Aline Leite

Objetivos da Terapia Tópica

Consiste em:

• Remover tecidos necróticos e corpos estranhos do leito da ferida;

• Identificar e eliminar processos infecciosos;

• Obliterar espaços mortos;

• Absorver o excesso de exsudato;

• Manter o leito da ferida úmido;

• Promover isolamento térmico;

• Proteger a ferida de traumas e invasão bacteriana;

• Flexibilidade;

• Facilidade de manuseio;

• Custo-eficácia.

Page 52: Aula - Feridas - Aline Leite

Limpeza da Ferida

• Água e sabão;

• Remoção de escaras e tecido necrótico

nas feridas abertas.

Page 53: Aula - Feridas - Aline Leite

LIMPEZA E DEBRIDAMENTO

• Debridamento autolítico;

• Debridamento enzimático ou químico;

• Debridamento mecânico;

• Debridamento cirúrgico/instrumental.

Page 54: Aula - Feridas - Aline Leite

Curativos

• Técnica de limpeza:

*Limpeza com solução fisiológica;

*Limpeza mecânica;

• Uso de anti-sépticos:

*Anti-sepsia com PVPI tópico;

*Anti-sepsia com clorexidina;

• Qual curativo?

*Curativo seco;

*Curativo úmido;

Page 55: Aula - Feridas - Aline Leite

Coberturas

Classificação:

Primária: aquelas que permanecem em

contato direto com a ferida;

Secundária: aquelas que ficam sobre a

cobertura primária, podendo ser gazes,

chumaços, entre outras.

Page 56: Aula - Feridas - Aline Leite

Curativos mais comuns

Gaze- Existem vários tipos de gazes e a verdadeira é feita com 100% dealgodão. A gaze pode ser usada seca, úmida ou colocada úmida eremovida quando seca (pouco recomendado).

a) Vantagens- Usado para grandes feridas com grande volume deexsudato para absorção, baixo custo.

b) Desvantagens

-Pode deixar partículas ou fibras na ferida;

-É difícil garantir uma aplicação adequada;

-Demanda mais tempo de enfermagem no cuidado;

-Precisa ser mantida úmida;

-A gaze úmida com exsudato pode causar a maceração da pele

circundante necessitando do uso de vaselina na região perilesional para

proteção; se for colocada em excesso dentro da cavidade da ferida pode

comprometer o fluxo sanguíneo pela compressão, causar dor e retardar

fechamento da ferida. Pode causar danos no tecido de granulação.

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Page 59: Aula - Feridas - Aline Leite

FILME DE POLIURETANO

• Cobertura estéril;

• Espessura de 0,2 mm;

• Semi-permeável: permeável à O2, CO2 e vapor de H2O;

• Transparente;

• Elastomérica e distensível;

• Deve ser colocado de 1 à 2 cm da margem da ferida;

• Indicações: áreas doadoras de pele sem exsudato, feridas cirúrgicas sem sangramento, fixação de catéteres, curativo secundário, prevenção de lesões,

Page 60: Aula - Feridas - Aline Leite

Curativos mais comuns• Filme Transparente – é permeável ao vapor, utilizado

em úlceras nos estágios I e II e nas úlceras em estágio III com pequena quantidade de exsudato. Causam autólise do tecido necrótico. São mais adequadas para a região do trocânter, costas e braços. Pode ser usado como cobertura secundária para outros curativos.

• a) Vantagens – são impermeáveis a água e bactérias fornecendo assim uma barreira mecânica; mantém um ambiente úmido para a ferida; permite a sua visualização; protege e mantém a ferida aquecida; não exige um curativo secundário; a troca deve ser feita entre 3 a 5 dias.

• b) Desvantagens - Se não for retirado adequadamente pode lesar a pele; não absorve exsudato. Não adere muito bem na região sacral ou em peles oleosas.

Page 61: Aula - Feridas - Aline Leite

FILME TRANSPARENTE

Page 62: Aula - Feridas - Aline Leite

Curativos mais comunsHidrocolóides – são coberturas oclusivas para feridas

compostas de gelatina, pectina e carboximeticelulosesódica em sua face interna com uma base adesiva ecom espuma de poliuretano ou filme em espessura,forma e desenho da borda. Podem ser utilizadas emvárias regiões corporais.

a)Vantagens:

- Previnem a contaminação secundária da ferida;

- Protegem o tecido de granulação;

- Permitem o desbridamento autolítico; fibrinólise eepitelização;

- Mantém a umidade dos tecidos;

- São trocados geralmente entre 3 à 7 dias;

- Podem reduzir a dor da ferida;

- Não requerem o curativo secundário.

Page 63: Aula - Feridas - Aline Leite

Curativos mais comunsb)Desvantagens:

- Não é transparente;

- Tem odor quando removido que pode ser confundidocom odor de infecção;

- Pode formar um gel amarelo que interage com oexsudato da ferida e pode ser confundido com secreçãopurulenta;

- Não pode ser usado em feridas com grande quantidadede exsudato pois apresenta pouca absorção;

- Não deve ser usado em feridas infectadas, em feridasprofundas ou tratos sinusais;

- O custo inicial é elevado;

- Tende a enrugar-se na região sacral, criando umapressão extra.

- Ao ser cortado para adequação do tamanho precisa“moldura” de micropore.

Page 64: Aula - Feridas - Aline Leite

HIDROCOLÓIDE

Page 65: Aula - Feridas - Aline Leite

Curativos mais comuns

Curativos de Hidrogel: a composição

principal deste curativo é a água e a ação é

a hidratação da superfície da ferida ou

escara. São apresentados de três formas:

a) uma estrutura fixa plana que não permite que

se molde ou se adeqüe ao formato da ferida;

b) na forma de gel amorfo em tubos, sache

aluminizado, gaze saturada ou spray;

c) na forma seca congelada.

Page 66: Aula - Feridas - Aline Leite

Curativos mais comuns

a) Vantagens:

-Molda-se à superfície da ferida;

-É muito eficaz na hidratação da ferida e debridamento de tecidonecrosado;

-Disponível em diferentes formas;

-Apresenta-se frio quando aplicado e auxilia a diminuir a dor;

-A remoção não traumatiza a ferida;

-Permite a visualização da ferida quando na forma plana;

-Pode ser usado em feridas infectadas, em queimaduras e úlceras porpressão superficiais e profundas.

b) Desvantagens:

-Alguns necessitam de um curativo secundário para fixação;

-Podem requerer trocas freqüentes;

-Tem pouca capacidade de absorção;

Page 67: Aula - Feridas - Aline Leite

HIDROGEL ou NUGEL

Page 68: Aula - Feridas - Aline Leite

Curativos mais comunsCurativos de Espumas de Poliuretano – são curativos planos

ou em diferentes formatos de soluções de polímeros. São

utilizados principalmente em feridas com grande quantidade de

exsudato.

a)Vantagens:

-Absorvem uma grande quantidade

de exsudato,não aderem;

-Alguns tem uma ação especial

para diminuir o odor;

-Protegem a ferida isolando-a

e acolchoando-a;

-Mantém o meio úmido

que favorece a cicatrização;

-Alguns são fáceis de aplicar.

Page 69: Aula - Feridas - Aline Leite

Curativos mais comuns

b)Desvantagens:

-Curativos de algumas marcas não tem a

capacidade de adesão e precisam ser fixados com

esparadrapos, filme transparente ou atadura;

-Podem ser difíceis de usar pois tendem a manter

a forma original;

-Não devem ser usados em feridas secas ou que

não tenham exsudato; podem macerar a pele

perilesional se não forem trocados quando

saturados pelo exsudato.

Page 70: Aula - Feridas - Aline Leite

Curativos mais comunsCurativos de Alginatos – são derivados principalmente de

algas. Em

contato com a ferida e o exsudato que é rico em sódio,formam um gel.

São usados principalmente em feridas com grandequantidade de

exsudato. São disponíveis em películas e fitas.

a) Vantagens:

-São altamente absorventes, podendo absorver até 20vezes o seu

peso em exsudato, diminuindo a necessidade de troca docurativo;

-Pode ser usado em diferentes tipos de feridas;

-Tem propriedades hemostáticas em pequenossangramentos;

-Podem ser usados em áreas de túneis e descolamentos.

Page 71: Aula - Feridas - Aline Leite

ALGINATO

Page 72: Aula - Feridas - Aline Leite

Curativos mais comuns

b) Desvantagens:

-Pode ressecar feridas que apresentam

diminuição do exsudato, necessitando

irrigação com SF 0.9% na sua aplicação;

-Necessita de um curativo secundário;

-Pode ser de difícil remoção quandoressecado;

-Pode apresentar odor fétido na remoção.

Page 73: Aula - Feridas - Aline Leite

Curativos mais comuns

Carvão ativado com prata – curativo consiste em partículas de carvão

impregnado com prata que favorece os princípios físicos de limpeza da

ferida. Pode ser usado em todas as feridas crônicas com presença de

exsudato e odor.

a) Vantagens:

-Auxilia na diminuição da carga bacteriana que dificulta ou impede a cicatrização, reduzindo o exsudato e o odor;

-É confortável;

-Pode permanecer até 7 dias dependendo da quantidade de secreção.

Page 74: Aula - Feridas - Aline Leite

Curativos mais comuns

b) Desvantagens:

-Ser trocado sempre que necessário;

-Não deve ser utilizado em feridas ressecadas ou com crostas de necrose;

-Pode aderir ao leito da ferida com pouco exsudato, causando sangramento ao ser removido;

-Poucas opções de tamanho;

-Não recomenda-se que seja cortado pois pode introduzir partículas de carvão na ferida.

Page 75: Aula - Feridas - Aline Leite

CARVÃO ATIVADO

Page 76: Aula - Feridas - Aline Leite

CURATIVOS MAIS COMUNS

ADAPTIC e RAYON- utilizado em lesões estágio 1

e 2, pouco exsudativas, com tecido de granulação

queimados ou área doadora de

pele;

Vantagem: Permanece até 7 dias;

Desvantagem: Alto custo;

Page 77: Aula - Feridas - Aline Leite

CURATIVOS MAIS COMUNS

• PAPAÍNA - é uma enzima proteolítica extraídado látex da caricapapaya.

• Indicação: em todo tecido necrótico,particularmente naqueles com crosta

• Mecanismo de ação: ação anti-inflamatória,bactericida e cicatricial; atua como debridante

• Modo de usar: preparar a solução em frasco devidro, irrigar a lesão e deixar gaze embebida nasolução

• Observações: a diluição é feita de acordo coma ferida: 10% em tecido necrosado, 6% nas comexsudato purulento e 2% naquelas com poucoexsudato.

Page 78: Aula - Feridas - Aline Leite

TRATANDO A ÚLCERA POR

PRESSÃO GRAU II

• O estágio II da úlcera por pressão é avaliado pelo comprometimento da epiderme e/ou derme, pode-se observar abrasão e/ou flictemas e eritema.

• Possíveis curativos conforme avaliação da ferida: Hidropolímero; Filme transparente; Placa de hidrogel; Hidrocolóide.

Page 79: Aula - Feridas - Aline Leite

TRATANDO A ÚLCERA POR

PRESSÃO GRAU III Apresenta perda total da pele, celulite, erosão, fáscia muscular

exposta, presença de necrose,exsudato.

• Com necrose seca: hidrogel associado ao filme transparente ou hidrocolóide

• Com tecido desvitalizado mole (branco, preto ou amarelo): hidrogel

• Com tecido desvitalizado duro: hidrogel

• Com tecido desvitalizado mole e úmido: hidrogel ou alginato

• Com quadro de colonização ou de infecção: curativo de carvão ativado e prata, associado com hidrogel se necessário.

• Com tecido de granulação: curativo de colágeno com alginato -regenerador celular;hidrogel – mantém o meio úmido alginato – mantém o meio úmido Fase de Epitelização: - Hidropolímero

- Filme transparente- Tela não-aderente- Placa de hidrogel

Page 80: Aula - Feridas - Aline Leite

TRATANDO DA ÚLCERA GRAU

IVApresenta destruição de músculo, podendo afetar tendões e ossos, infecção,

necrose,exsudato e odor fétido.

• Com necrose seca: hidrogel associado ao filme transparente ou hidrocolóide

• Com tecido desvitalizado mole (cinza, marrom ou amarelo): hidrogel

• Com tecido desvitalizado duro: hidrogel

• Com tecido desvitalizado mole e úmido: hidrogel ou alginato

• Com quadro de colonização ou de infecção: curativo de carvão ativado e prata, associado ao hidrogel se necessário.

• Com exposição de osso ou tendão: proteger com hidrogel ou tela não-aderente

• Com tecido de granulação:

- curativo de colágeno com alginato - regenerador celular;

- Hidrogel – mantém o meio úmido

- Alginato – mantém o meio úmido

• Fase de Epitelização: - Hidropolímero- Filme

Page 81: Aula - Feridas - Aline Leite

Ozonoterapia

• PROPRIEDADES:

• Anti-infecciosas.

• Antivíricas.

• Antifúngicas.

• Antitóxica

• Ante parasíticas.

• Antiinflamatórias.

Page 82: Aula - Feridas - Aline Leite

Câmara Hiperbárica

Page 83: Aula - Feridas - Aline Leite

Indicações de

Oxigenioterapia Hiperbárica• PÉ DIABÉTICO

• QUEIMADURAS TÉRMICAS

• INFECÇÕES DE TECIDOS E PARTES MOLES POR BACTÉRIAS AERÓBICAS E

ANAERÓBICAS

• OHB EM ENXERTOS E RETALHOS DE PELE COMPROMETIDOS

• ÚLCERAS VENOSAS

• SÍNDROME DESCOMPRESSIVA

• EMBOLIA AÉREA

• INTOXICAÇÃO POR MONÓXIDO DE CARBONO

• GANGRENA GASOSA

• GANGRENA GASOSA

• OSTEOMIELITE

• INFECÇÕES DE ESTERNO, DEISCÊNCIA E OSTEOMIELITE DE ESTERNO

• ABSCESSO INTRACRANIANO

• DOENÇA FÚNGICA

• INJÚRIA POR RADIAÇÃO

• ANEMIA E OHB

• SÍNDROME COMPARTIMENTAL E OUTRAS ISQUEMIAS TRAUMÁTICAS PERIFÉRICAS

Page 84: Aula - Feridas - Aline Leite

CONTRA-INDICAÇÕES

Absolutas:

• Uso de Drogas - Doxorrubicin, Dissulfiram, Cis-Platinum.

• Pneumotórax não tratado.

• Gravidez.

Relativas:

• Infecções das vias aéreas superiores.

• DPOC com retenção de CO2.

• Hipertermia.

• História de Pneumotórax Espontâneo.

• Cirurgia Prévia em Ouvido.

• Infecção Viral - Fase Aguda.

Page 85: Aula - Feridas - Aline Leite

Controvérsias no Tratamento

das Feridas

Curativo seco / curativo úmido

• O curativo úmido favorece a cicatrização e

previne a desidratação e morte celular, promove

fibrinólise por ação enzimática e quando ocluído

protege terminações nervosas reduzindo dor. O

curativo seco é recomendado em feridas

limpas, favorecendo a cicatrização primária,

devendo haver substituição diária e é

desaconselhado em feridas abertas, pois

promove formação de crostas, favorecendo

coleção de líquidos e proliferação bacteriana.

Page 86: Aula - Feridas - Aline Leite

Limpeza com solução

fisiológica/limpeza mecânica

• A limpeza com solução fisiológica evita

trauma direto, hidrata e favorece

cicatrização. Deve ser evitada a limpeza

mecânica, que danifica o tecido de

granulação. Pode aplicar o solução

fisiológica em jato, para ajudar a remover

o tecido necrótico

Controvérsias no Tratamento

das Feridas

Page 87: Aula - Feridas - Aline Leite

Lavagem das mãos

• Antes e após o curativo, uso de luvas,

devendo ser estéreis caso haja

necessidade de desbridamentos.

É indicado o uso de máscaras e óculos de

proteção para própria proteção.

Controvérsias no Tratamento

das Feridas

Page 88: Aula - Feridas - Aline Leite

Sabões tensoativos

• Ação citolítica, ressecamento da pele e

infecções secundárias

Controvérsias no Tratamento

das Feridas

Page 89: Aula - Feridas - Aline Leite

Anti-sepsia com clorexidina tópica+

Clorexidina

• Sua ação bactericida se dá por penetração na

parede celular e alteração do DNA, quanto

maior a concentração, maior a citotoxicidade.

Seu efeito residual dura 6 a 8 horas. Seu uso

em feridas abertas é contra-indicado pois é

citolítico e retarda cicatrização. É neutralizado

em presença de matéria orgânica e necrose e

pode causar alergia.

Controvérsias no Tratamento

das Feridas