aula de sinalização celular
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Aula ministrada na UNIFESP, na matéria de Biologia celular.TRANSCRIPT
núcleo
receptor
ligante
Receptores são proteínas que interagem com seus ligantes,
ativando vias de sinalização intracelulares, gerando efeitos biológicos.
vias de sinalização
efeitos biológicos
meioextra-celular
receptor
domínio externo
meiointra-celular
domínio transmembrânico
domínio interno
• alteração no potencial de membrana• dilatação/contração celular• estimulação/inibição de expressão gênica• etc....
Efeitos Biológicos:correspondentes ao tipo celular e à natureza do ligante
extracelular
intracelular
ligante
receptor
vias de sinalização
efeito biológico
Vias de Sinalização são reações em cascata no meio intracelular,
que traduzem os sinais extracelulares,via ativação de segundos mensageiros.
extracelular
intracelular
ligante
receptor
vias de sinalização
efeito biológico
Ativação de segundos mensageiros
extracelular
intracelular
ligante
receptor
vias de sinalização
efeito biológico
Peptídeos, neurotransmissores, aminoácidos, hormônios, drogas, etc..
Ligantes são substâncias capazes de ativar receptores
e desencadear efeitos biológicos
CRESCIMENTO SOBREVIVÊNCIA PROLIFERAÇÃO
Molécula sinalizadora
TRANSDUÇÃO DE SINAIS
DIFERENCIAÇÃO
MIGRAÇÃO
(1) Síntese da molécula sinalizadora por uma célula
(2) Liberação da molécula pela célula sinalizadora
(3) Transporte da molécula sinalizadora para a célula alvo
(4) Interação da molecúla sinalizadora com um receptor celular na célula alvo
(5) Desencadeamento da sinalização intracelular
(6) Alteração do metabolismo, função, expressão gênica ou desenvolvimento da célula alvo
(7) Remoção do sinal e consequente
término da resposta celular
Passos envolvidos na comunicação
célula-célula
Sinalização endócrina
Vaso sanguíneo
Secreção do hormôniopela glândula endócrina no vaso sanguíneo
Células alvo distantes
Sinalização parácrina
Célula secretora Célula alvo adjacente
Sinalização célula-célula
Célula sinalizadora Célula alvo adjacente
Moléculas sinalizadoras podem atuar localmente ou a distância
Sinalização autócrina
Sítios alvos sobre a mesma célula
Sinal extracelular
Receptor
Agentes sinalizadores
1. Peptídeos e proteínas (insulina e PDGF)
2. Esteróides (estradiol, testosterona)3. Gases solúveis (NO, CO)4. Nucleotídeos, retinóides, derivados
de ácidos graxos5. Luz
Receptores Celulares
Existem 4 modelos estruturais propostos de proteínas receptoras:
1– Receptores Intracelulares
2 – Receptores acoplados à Proteína G
3 – Receptores com e sem Atividade Enzimática
4 – Receptores do tipo Canal Iônico
Natureza das moléculas sinalizadoras
Hidrofílicas
Hidrofóbicas
Receptores de superfície
Receptores intracelulares
Molécula hidrofílica
receptorm. plasmática
Molécula hidrofóbica
carreador
núcleoReceptor intracelular
RECEPTORES ACOPLADOS A PROTEÍNA G (GPCR)
1. Odor e paladar2. Percepção da luz3. Neurotransmissores4. Funções endócrinas5. Quimiotaxia6. Exocitose7. Controle da pressão arterial8. Embriogênese9. Crescimento e diferenciação celulares10. Oncogênese
Funções Biológicas dos GPCRs
• Metade de todas as drogas conhecidas utilizam como alvo os GPCRs
• O projeto genoma revelou um vasto número de novos GPCRs (receptores orfãos - possíveis alvos para novas drogas)
Domínios de interação com a proteína G
extracelular
intracelular
Receptores acoplado a proteína G (GPCR)
• A classe mais numerosa de receptores superfície (fungos - mamíferos)
• Mamíferos: células olfatórias usam de 500 a 1000 diferentes GPCrse outras células usam outros 500 diferentes tipos de GPCRs para responder a diversos estímulos
PorcentagemEstimadaNo genôma
M. Plasmática Proteína G
GPCR Molécula
Sinalizadora
Espaço extracelular
citosol
Proteína G ativada
Subunidade a ativada
Mecanismo de ativação dos GPCRs
Subunidade a ativada
Proteína alvo
Ativação da proteína alvoPela subunidade a
inativação
Reconstituição da proteína G trimérica
Proteína alvo inativa
subunidades Ga apresenta atividade GTPásica = são capazes de hidrolizar GTP em GDP
Subunidade a ativada
Enzima ativada
Síntese de moléculas mensageiras que atuam em proteínas alvo intracelulares
Substrato
Substratos alvos ativados pelos GPCRs
• Os maiores segundo mensageiros produzidos a partir da ativação dos GPCRs:
– cAMP
– Inositol trifosfato (IP3)
– Diacilglicerol (DAG)
Canal de K+Adenilato
ciclase
cAMP
PKA
PLC-b
IP3 DAG
Ca2+ PKC
Molécula sinalizadora
Adenilato-ciclase ativada
receptor
Subunidade a ativada
AMP cíclico
Proteína quinase A (PKA) inativa
Proteína quinase A (PKA) ativa
Proteína quinase A (PKA) ativa Poro nuclear
Fosforila e ativa o fator de transcrição CREB que regula a expresão gênica
CREB inativo
Gene alvo ativado
Transcrição
Tradução
Nova protéina
Mecanismo de ativação da Adenilato-ciclase
AMP cíclico-PKA estimula a quebra de glicogêniomas inibe a sua síntese
Aumento do AMPcEstimulação da quebra de glicogênio
Inibição da síntese de glicogênio
Enzimas fosfodiesterase catalizam: AMPc + H2O AMP
A fosfodiesterase que cliva o AMPc é ativada pela PKAAssim, o AMPc estimula a sua própria degradação levando a uma rápida dimuição do sinal gerado pelo AMPc
N
N N
N
NH2
O
OHO
HH
H
H2C
HO
PO
O-
1'
3'
5' 4'
2'
cAMP
GPCR
Gas
Adenilato-ciclase
AMPc
PKAGPK GP Glucose 1- fosfato
GS
CREB
Transcrição gênica
Quebra do glicogênio
Inibição da síntese de glicogênio
PKA = proteína quinase AGPK = quinase glicogênio fosforilaseGP = glicogênio fosforilaseGS = glicogênio sintase
= ativação
= inibição da ativação
P P
P
P
Fosfodiesterase de
AMPc
Núcleo
citoplasma
adrenalina
Algumas Respostas celulares mediadas pelo AMP cíclico
Molécula sinalizadora Tecido-alvo Resposta principalAdrenalina cardíaco Aumento da taxa e força
de contração cardíaca
Adrenalina muscular Degradação de glicogênio
ACTH e glucagon adiposo Degradação de gordura
Receptor b-adrenérgico
Receptor a-adrenérgico
Complexo G estimulatório
Complexo G inibitório
Controle da ativação da Adenilato-ciclasedepende da classe de proteína G trimérica ativada
Hormônio estimulatório
Hormônios inibitórios
Adenilatociclase
Efeito de exotoxinas bacterianas sobre a ativação dos GPCRs
Interage com resíduos de arginina de Gase inibe a sua atividade GTPásica “trancando”Gas no seu estado ativo
Interage com resíduos de cisteína de Gaiimpedindo a sua interação com GPCRpermanecendo no estado inativo
Toxina do cólera Toxina pertussis
Molécula sinalizadora GPCR Fosfolipase C-b
fosfatidil inositolbi-fosfato (PIP2)
diacilglicerol
subunidade Gaativada
inositol tri-fosfato
proteína quinase C
(PKC) Canal de Ca+2
Lúmem do reticuloendoplasmático
Mecanismo de ativação da fosfolipase C
Inativa
Domínio catalítico
Ca+2/calmodulina
Ativa Ativaçãototal
Auto-fosforilação
calmodulina
Proteína fosfataseDomínio inibitório
Mecanismo de ativação da Calmodulina quinase (CaM-quinase)
GPCR
Fosfolipase C
DAGIP3
Ca+2PKC
Calmodulina
CalmodulinaQuinase
CaM-quinase abundante nas sinapsesImportantes para a memória
Proliferação celular
Luzcitosol
lúmem
Disco
Fosfodiesterase inativa Fosfodiesterase
ativa Membrana plasmática dos bastonetes
Fechamento do canal iônico
abertura do canal iônico
Diminui a conc. De GMPc
aumenta a conc. de GMPc
Adaptada ao escuro
rodopsina
Classe da proteína G
Efetor alvo 2° mensageiro Ex. de receptores
Gas Adenilato-ciclase AMPc (aumento) Receptor b-adrenérgico,Receptor para glucagon, serotonina, vasopressina
Gai Gbg
Adenilato-ciclase
Canal de K+
AMPc (diminuição) Receptor a-adrenérgico, receptor acetilcolina
Gaolf Adenilato-ciclase AMPc (aumento) Receptores de olfato
Gaq Fosfolipase C IP3 e DAG (aumento)
Receptores a2-adrenérgico
Gat GMPc fosfodiesterase
GMPc (diminuição) Rodopsina (receptores de luz)
Principais classes de proteína G trimérica e seus efetores
NO signalingThe Nobel Prize in Physiology or Medicine 1998
"for their discoveries concerning nitric oxide as a signallingmolecule in the cardiovascular system"
Robert F.Furchgott
Louis J .Ignarro
Ferid Murad
USA USA USA
SUNY Health Science Center Brooklyn, NY, USA
UCLA School of Medicine Los Angeles, CA, USA
University of Texas, Health Science Center Dallas, TX, USA
1916 - 1941 - 1936 -
• Óxido nítrico (NO)- Diversas atividades biológicas (funciona como segundo mensageiro)
NOS 1 ou NOS neuronalNOS 2 ou NOS endotelialNOS 3 ou NOS induzida
Arginina+O2
Citrulina
NOS (nNOS, eNOS, iNOS)
NO
NO sintases (NOS) Ca+2
acetilcolina
GPCR Fosfolipase C
Relaxamento da musculatura lisa
Células da musculatura lisa
Células endoteliais
Lúmem do vasosanguíneo
1 - Receptores com atividade quinase intrínsica
• Receptores tirosina quinase (RTK)(Receptores de fatores de crescimento)
• Receptores serina/treonina quinase (Receptores da família TGF-b)
2- Receptores sem atividade enzimática(Receptores de citocinas)
Evolução e diversidade dos RTK
• RTK são encontrados em organismos tão primitivos como poríferos (Geodia cydonium) e cnidários (Hydra vulgaris)
Hydra vulgarisGeodia cydonium
Poríferos Cnidários
Parazoa700 milhões
eumetazoa
Mecanismo de ativação dos Receptores Tirosina Quinase
Monômeros inativos
trans-fosforilaçãoDimerização
-P-P-P
P-P-P-
-P-P-P
P-P-P-
-P-P-P
P-P-P-
Transdução do sinal
Ligante estabiliza a formação de dímeros ativos
-P
-P
P-
P-
SH2
Ty
TyTy
Ty
Quinase Src Vírus do sarcoma aviário
• Domínios SH2 são módulos compactos (~100 a.a)
• Reconhecem resíduos de tirosina fosforilada
SH2
• Quinases
• Proteínas adaptadoras
• Proteínas do citoesqueleto
• Fatores de transcrição
Domínios SH2 são encontrados em um grandenúmero de proteínas envolvidas em sinalização
ESPECIFICIDADE
SH2
• Cada domínio SH2 reconhece fosfotirosinas no contexto dos a.a que ladeiam o resíduo fosforilado(1-6 a.a C-terminal)
SH2
NH2 -pTy-X-X-Z-B-S-T- COOH
SH3
-P-X-X-P-X-
14-3-3
-R-S-X-pS-X-P-
. . .
Domínios proteicos em transdução de sinais
SH2
NH2-pTy-X-X-Z-B-S-T-COOH FosfolipídeoPIP3
PH1-6 aa
Reconhecem proteínas ricasno aa prolina
Serina fosforilada
Sinalização Ras-ERK/MAPK
• Proteínas Ras são membros de uma superfamília de proteinas G de baixo peso molecular
• Estão ancoradas na membrana plasmática através de âncoras lipídicas
• São reguladas por fatores de troca de guanina (FTGs) e por proteínas ativadoras de GTPases (PAGs)
Ras
Ras
GDP
GTP
FTG promove a dissociação de GDP
GTP se liga espontânemamente
PAG acelera a atividade basal
GTPsede Ras
Pi
H2O
RasGDP
GTP
Raf
MEK -P
ERK -P
ELK1P-
ProliferaçãoSobrevivênciaDiferenciação
GDP
GAP
GRB2 SOS
-P-P-P
P-P-P-
Receptores serina/treonina quinase• Receptores de TGF-b
• Crescimento
• Diferenciação
• Sobrevivência
• Desenvolvimento
Receptor do tipo IReceptor do tipo II
quin
ase
FKBP12
quin
ase
FKBP12
quin
ase
Smad-R-P
P P P
Smad-4Smad-R Smad-4
SPITZ
ARGOS
P- -PP- -P
1- Ligação de antagonistas
EGFR
Se liga ao receptor mas não induz a sua ativação
P- -PP- -P(Fosfatases )
3- Desfosforilação
Proteínas fosfatases desfosforilam o Receptor inibindo a transdução do sinal
PPP
PP
PP
P
4- Inibição por endocitose
Após a sua ativação, receptores podemser endocitados e degradados nos
lisossomos
quin
ase
quin
ase
Smad-R
-P
Smad-4
PI3K
-P-P-P
P-P-P-
PIP2
PDK1 AKT
PIP3PIP3
P
Inibição da apoptose
Receptor TGF-b Receptor de insulina
Hepatócitos
Receptores
Mecanismos de ativaçãoe inibição
Domínios de reconhecimentoTransdução do sinal
Como as células usam esse repertório de vias de sinalização conhecidas para transduzir respostas
biológicas específicas
1. Receptores tirosina quinase2. Receptor serina/treonina quinase3. Receptores sem atividade quinase intrínsica
ESTUDO DIRIGIDO SINALIAÇÃO CELULAR – BIOCEL 2015
1- O que são vias de sinalização celular? 2- A sinalização celular pode ser classificada em autócrina, parácrina, endócrina e célula-célula. Descreva a diferença entre esses diferentes tipos de sinalização. 3- O que determina o mecanismo de ativação dos receptores? 4- Cite os diferentes tipos de receptores. Como se caracterizam a estrutura destas moléculas? 5- Ligantes podem atravessar a membrana citoplasmática? Explique.6- A insulina pode ativar receptores? Qual a sua função na sinalização para captação de glicose pelas células? 7- Explique a ação nuclear decorrente da ativação de receptores hormonais. 8- Em receptores acoplados à proteína G (GPCR), o que faz com que a subunidade α ative a unidade efetora (enzima)? 9- Como ocorre a ativação de PKA pelo AMP cíclico? 10- A toxina do cólera, produzido pela bactéria Vibrio Cholera, causa diarreia nos indivíduos infectados. Qual a base molecular para esse efeito causado por essa toxina? 11- O inositol 3 fosfato (IP3) e o diacilglicerol (DAG) atuam como segundos mensageiros. Descreva como o IP3 regula a liberação de cálcio do retículo endoplasmático. Qual a enzima responsável pela formação do IP3 e DAG ? 12- Descreva o mecanismo de ação do viagra no relaxamento da musculatura lisa dos corpos cavernosos. 13- O que é a rodopsina? Como ela é ativada? Qual a consequência da ativação da rodopsina para os bastonetes da retina. 14- O que são quinases e qual a sua relação com o ATP? 15- Após a ativação de um receptor tirosina quinase, como ocorre a transdução do sinal intracelular desencadeado pela sua ativação? 16- Descreva os diferentes mecanismos possíveis de inibição de uma via de sinalização. 17- Por que a transfosforilação é importante para a auto-fosforilação de tirosinas do receptor tirosina quinase? 18- O que são domínios SH2? Qual a sua importância na transdução de sinais?
19- Considere as vias de sinalização abaixo. Descreva a seqüência de ativação da via 1 e 2. Quem é 1? Por que somente depois da ativação de M, 1 é capaz de inibir AA. Como vc acha que ocorre a inibição de AA por 1.
X Y Z M
1
K W 7
10
23
AA
T
Via 1 Via 2
X = receptor tirosina quinase 7 = receptor GPCRY, Z, M, 1 = quinases K = fator de transcriçãoW = proteína 10 = Proteína G-as23 = Enzima AA = PKAT = Fator de transcrição
= ativação
= inibição da ativação