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16/8/2006 PERÍCIA CONTÁBIL MANOEL SALÉSIO MATTOS MANOEL SALÉSIO MATTOS Além das atividades voltadas para a gestão contábil, consultoria e controladoria, temos a perícia como atividade bastante promissora para o profissional de contabilidade. O uso da perícia pode ser utilizado no intuito de se evitar uma ação judicial, ou seja, as partes envolvidas optam por uma opinião de um técnico especializado ao invés de tornar público um determinado litígio através de uma ação judicial. O PROFISSIONAL DE CONTABILIDADE E A PERÍCIA Entre as várias tecnologias contábeis, como escrituração, orçamentária, custos, auditoria está a perícia. Sá (2002, p. 13) diz que “a perícia contábil é uma tecnologia porque é aplicação dos conhecimentos científicos da contabilidade”. INTRODUÇÃO Técnicas Contábeis – até o Século XVIII. Conhecimento empírico aplicações “subjetivas”.

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PERÍCIA CONTÁBIL

MANOEL SALÉSIO MATTOSMANOEL SALÉSIO MATTOS

Além das atividades voltadas para a gestão contábil, consultoria e controladoria, temos a perícia como atividade bastante promissora para o profissional de contabilidade.

O uso da perícia pode ser utilizado no intuito de se evitar uma ação judicial, ou seja, as partes envolvidas optam por uma opinião de um técnico especializado ao invés de tornar público um determinado litígio através de uma ação judicial.

O PROFISSIONAL DE CONTABILIDADE E A PERÍCIA

Entre as várias tecnologias contábeis, como escrituração, orçamentária, custos, auditoria está a perícia.

Sá (2002, p. 13) diz que “a perícia contábil é uma tecnologia porque é aplicação dos conhecimentos científicos da contabilidade”.

INTRODUÇÃOTécnicas Contábeis – até o Século XVIII.Conhecimento empírico – aplicações “subjetivas”.

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PERÍCIA CONTÁBIL

O termo perícia provém do latim peritiae, em sentido genérico, quer dizer: “conhecimento (adquirido pela experiência), experiência, saber, talento” (Faria, 1992, p. 103).

Também, pela definição do dicionário Aurélio, encontra-se: “qualidade de perito; habilidade, destreza, vistoria ou exame de caráter técnico e especializado; conhecimento, ciência” (Ferreira, 1999, p. 1545).

CONCEITO DE PERÍCIA CONTÁBIL

Na Roma antiga – Saber, Talento.

Perícia – Trabalho de natureza específica.

Para D’Auria, Perícia é conhecimento e experiência das coisas. A função pericial é, portanto, aquela pela qual uma pessoa conhecedora e experimentada em certas matérias e assuntos examina as coisas e os fatos, reportando sua autenticidade e opinando sobre as causas, essência e efeitos da matéria examinada.

CONCEITO DE PERÍCIA CONTÁBIL

Para Sá (2002, p. 14) “Perícia contábil é a verificação de fatos ligados ao patrimônio individualizado visando oferecer opinião, mediante questão proposta. Para tal opinião realizam-se exames, vistorias, indagações, investigações, avaliações, arbitramentos, em suma todo e qualquer procedimento necessário á opinião.”

CONCEITO DE PERÍCIA CONTÁBIL

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PERÍCIA CONTÁBIL

a) A necessidade de se conhecer uma opinião de especialista em Contabilidade sobre uma realidade patrimonial, em qualquer tempo, em qualquer espaço, qualitativa e quantitativamente, em causas e efeitos;

b) O exame do especialista sobre o que se deseja conhecer como opinião.

CONCEITO DE PERÍCIA CONTÁBILSão razões, pois do raciocínio para a

formação do conceito de perícia contábil:

A perícia contábil foi introduzida no Brasil pelo código de processo civil de 1939 e regulamentada em 1946 por intermédio do Decreto-lei nº 9.295, art. 25, letra c.

Considerada uma especialização da ciência contábil, é, ainda, pouco difundida e explorada.

NO BRASIL

Com a obrigatoriedade no ensino da graduação a partir de 1994, surge a necessidade de profissionais especializados em transmitir o conhecimento, não só o prático, como o teórico em si.

Isso concorre por despertar um maior interesse de profissionais da área, os quais não tiveram contato com essa disciplina durante o curso de graduação, oficialmente denominado curso de ciências contábeis.

OBRIGATORIEDADE NO ENSINO

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PERÍCIA CONTÁBIL

Caráter fundamental da tecnologia é a especificidade, ou seja, possui um objeto determinado, requerido, para que possa gerar uma opinião balizada em matéria contábil.

A especificidade exige do trabalho pericial a perseguição plena, pelo exame contábil, do objetivo para o qual se deseja a opinião.

CARÁTER E OBJETOS DA TECNOLOGIA CONTÁBIL DA PERÍCIA

Objeto – as situações, coisas ou fatos.

Objeto específico – as situações, efeitos e haveres patrimoniais.

Objetivos – a verdade sobre o objeto examinado.

CARÁTER E OBJETOS DA TECNOLOGIA CONTÁBIL DA PERÍCIA

O método depende sempre do objeto que se examina.

Ou seja, de acordo com a matéria que se tem a examinar é que se traça o curso dos trabalhos.

As normas de auditoria podem, sim, ajudar o desempenho na Perícia, mas como elemento subsidiário apenas.

METODOLOGIA EM PERÍCIA

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PERÍCIA CONTÁBIL

O método da perícia é basicamente o analítico, não se dispensando detalhes, sempre que necessários:1) Identificar-se bem o objetivo;2) Planejar competentemente o trabalho;3) Executar o trabalho baseado em evidências

inequívocas, plenas e totalmente confiáveis;4) Ter muita cautela na conclusão e só emiti-lá

depois de que se esteja absolutamente seguro sobre os resultados;

5) Concluir de forma clara, precisa, inequívoca.

METODOLOGIA EM PERÍCIA

De acordo com o já exposto, é possível classificar as perícias em três grandes grupos gerais:

Perícias Judiciais;

Perícias Administrativas;

Perícias Especiais.

CLASSIFICAÇÃO DAS PERÍCIAS

O profissional que executa a perícia contábil precisa ter um conjunto de capacidades, que são suas qualidades. Entre elas estão:1) Legal;2) Profissional;3) Ética;4) Moral.

QUALIDADE DO PERITO

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PERÍCIA CONTÁBIL

Ética profissional é o conjunto de princípios que regem nossa conduta quando exercemos determinada atividade.

O contador, no exercício da atividade pericial deverá evidenciar o seu comportamento ético.

Imaginemos um juiz tomando uma decisão errada porque se baseou em uma perícia feita por um profissional sem escrúpulo.

PERÍCIA E ÉTICA

Existem, todavia, requisitos essenciais para que uma perícia seja considerada de qualidade.

Um bom trabalho pericial deve ter:1) Objetividade;2) Precisão;3) Clareza;4) Fidelidade;5) Concisão;6) Confiabilidade inequívoca

baseada em materialidades;7) Plena satisfação da

finalidade.

QUALIDADE DO TRABALHO DO PERITO

A perícia é de interesse de todos que pelo desconhecimento da matéria específica, tenham necessidade de esclarecimento de assuntos técnicos.

A QUEM INTERESSA A PERÍCIA

Para cada tipo de perícia existirá um público interessado e um motivo que leva a necessidade de conhecer a informação.

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PERÍCIA CONTÁBIL

O laudo é sua opinião, onde produz seu ponto de vista e o justifica, oferecendo, também, as bases ou elementos de que se utilizou para poder chegar a opinar.

O laudo pode obedecer a critérios diferentes, de acordo com cada caso.

INFORMAÇÃO PELA PERÍCIA

O perito informa pelo laudo que produz.

Inicialmente poderíamos dizer que as perícias se classificam em “perícias judiciais” e “não judiciais”. Entretanto algumas perícias “não judiciais” acabam possuindo características semelhantes às judiciais, variando apenas na sua concepção.

Perícia Judicial – perícias do âmbito do judiciário.Perícia Semi-Judicial – São realizadas pelas autoridades judiciais.

TIPOS DE PERÍCIAS

Perícia Administrativa – realizadas no âmbito administrativo.Perícia Especial – São perícias necessárias para alteração societária nos casos de incorporação, fusão e cisão.Perícia Extrajudicial – Quando se faz necessária a intervenção de um profissional “expert”.

TIPOS DE PERÍCIAS

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PERÍCIA CONTÁBIL

Conforme a concepção da perícia realizada, esta poderá ser utilizada para diversas finalidades, tendo em vista inclusive as conclusões chegadas na referida perícia.

Ilustrar abertura de processo – são trabalhos periciais que complementam as peças iniciais de ações judiciais.Judiciais – tem como finalidade obter prova competente em um processo judicial.

FINS DA PERÍCIA

Regimentais – são aquelas determinadas por grupos de trabalhos criados com a finalidade de obter conceitos de atividades de um gesto.Decisões administrativas – são as necessárias para tomada de decisões de administradores.Decisão de âmbito social – São as necessárias para a tomada de decisões.Finalidades fiscais – são perícias com finalidade de efeito fiscal.

FINS DA PERÍCIA

O PERITO NÃO CRÊ,

ELE VÊ.

O PERITO CONTADOR

(ORNELAS)

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PERÍCIA CONTÁBIL

O PERITO CONTADORCPC – Art. 145 no seu § 1º. diz – “Os peritos são escolhidos entre profissionais de nível universitário, devidamente inscritos no órgão de classe competente, respeitando o disposto no capítulo VI, Seção VII deste Código”.Art. 26 – As atribuições são privativas de Contadores diplomados e daqueles que lhes são equiparados legalmente.

Decreto lei nº. 9.295, de maio de 1946.

NBC P 2 – Perito é o Contador regularmente registrado nos Conselhos Regionais de Contabilidade, que exerce a atividade pericial de forma pessoal, devendo ser profundo conhecedor, por suas qualidades e experiência, da matéria periciada.

O perito é a pessoa nomeada pelo juiz, ou pelas partes (em caso de perícia extrajudicial).

O PERITO CONTADOR

(Conhecimento teórico e prático, discernimento, índole criativa, conhecimento geral de ciências afins, etc.)

PERFIL DO PROFISSIONAL1) CONHECEDOR DOS REQUISITOS

LEGAIS E FORMAIS2) EXCELÊNCIA INTELECTUAL

3) EXCELÊNCIA MORAL E ÉTICA(honestidade, moderação, equidade, etc.)

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PERÍCIA CONTÁBIL

A contratação do perito-contador é de iniciativa da parte interessada e indicá-lo como seu assistente técnico é facultativo.

Desta forma, por exemplo, numa demanda fiscal, sujeita à perícia, poderáhaver: 1) O perito-contador, nomeado pelo juiz.2) Um perito assistente, nomeado livremente

pelo fisco.3) Um perito assistente, nomeado livremente

pelo contribuinte.

PERITO ASSISTENTE

O CFC através do Decreto-Lei nº. 9.295, de 27/05/46, tem como função normatizar as atividades do profissional de contabilidade.

NBC P 2 – Normas profissionais de perito contábil – reformulada 21/10/99, através da resolução CFC nº. 857/99.

ASPECTOS LEGAIS

As normas profissionais do perito está contida na NBC P 2.Define:

Conceito de Perícia;Competência técnico-profissional;Independência;Sigilo;Responsabilidade e zelo;Utilização de trabalho de especialista;Educação Continuada.

NORMAS PROFISSIONAIS DO PERITO

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PERÍCIA CONTÁBIL

A perícia judicial surge, no âmbito do direito pátrio, de maneira ordenada e com regras básicas válidas para todo o território nacional, a partir do advento do Decreto-lei nº 1.608, de 18/09/1939.

DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO – do art. 134, 135 e 138.DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA – art. 139.DO PERITO – do art. 145 a 147.

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – CPCIMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO DO PERITO

Como representante e auxiliar da Justiça, na condução do processo, o perito deve estar isento de qualquer situação que o comprometa, principalmente sua independência e a imparcialidade dos fatos e atos que deverá praticar.

Portanto, diversas são as situações em que o profissional estará impedido de atuar como Perito do Juiz.

ARTIGO 138 – CPCO art. 138 do CPC estendeu ao Perito do Juiz

os casos de impedimento e suspeição atribuída ao Juiz pelos artigos 134 e 135 do CPC, respectivamente.III. ao perito; (Redação dada ao inciso pela Lei nº

8.455, de 24-08-1992);§ 1º. A parte interessada deverá argüir o impedimento ou a suspeição, em petição fundamentada e devidamente instruída, na primeira oportunidade em que lhe couber falar nos autos; o juiz mandará processar o incidente em separado e sem suspensão da causa, ouvindo o argüido no prazo de 5 (cinco) dias, facultando a prova quando necessária e julgando o pedido.

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PERÍCIA CONTÁBIL

IMPEDIMENTOArt. 134 – É defeso ao [...] exercer as

suas funções no processo contencioso ou voluntário: I. de que for parte;II. em que interveio como mandatário da

parte, oficiou como perito, funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento como testemunha;

III. omissis;IV. quando nele estiver postulando, como

advogado da parte, o seu cônjuge ou qualquer parente seu, consangüíneo ou afim, em linha reta; ou na linha colateral até o segundo grau;

CONTINUAÇÃO...V. quando cônjuge, parente, consangüíneo

ou afim, de alguma das partes, em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau;

Parágrafo único – No caso do nº IV, o impedimento só se verifica quando o advogado já estava exercendo o patrocínio da causa; é, porém, vedado ao advogado pleitear no processo, a fim de criar o impedimento do juiz.

SUSPEIÇÃOArt. 135 – Reputa-se fundada a

suspeição de parcialidade do [...], quando:

I. amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes;

II. alguma das partes for credora ou devedora do [...], de seu cônjuge ou de parentes deste, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau;

III. herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das partes;

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PERÍCIA CONTÁBIL

CONTINUAÇÃO...IV. receber dádivas antes ou depois de

iniciado o processo; aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa, ou subministrar meios para atender às despesas do litígio;

V. interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.

Parágrafo único – Poderá ainda o [...] declarar-se suspeito por motivo íntimo.

NBC P 2 – NORMAS PROFISSIONAIS DO PERITO

IMPEDIMENTO2.4.1 – O perito-contador está impedido de executar perícia contábil, devendo assim declarar-se, ao ser nomeado, escolhido ou contratado para o encargo, quando:a) for parte do processo;b) houver atuado como perito-contador

assistente ou prestado depoimento como testemunha no processo;

CONTINUAÇÃO...a) o seu cônjuge ou qualquer parente seu,

consangüíneo ou afim, em linha reta, ou em linha colateral até o segundo grau, estiver postulando no processo;

b) tiver interesse, direto ou indireto, imediato ou mediato, por si ou qualquer de seus parentes, consangüíneos ou afins, em linha reta ou em linha colateral até o segundo grau, no resultado do trabalho pericial;

c) exercer função ou cargo incompatíveis com a atividade de perito-contador; e

d) a matéria em litígio não for de sua especialidade;

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PERÍCIA CONTÁBIL

Analisando as NBC e o CPC, se verifica algumas observações:

O perito do Juízo (Perito Contador e o Assistente Técnico (perito Contador Assistente) devem ser contadores devidamente registrados no CRC.O Perito do Juízo (perito Contador) e o Assistente Técnico (perito Contador Assistente) devem comprovar suas especialidades mediante certidão do órgão profissional.

PONTOS A SEREM CONSIDERADOS

O Perito do Juízo está sujeito a IMPEDIMENTO e SUSPEIÇÃO, diferentemente do assistente técnico.O perito, seja judicial ou extrajudicial, éescolhido mais pelo fator confiança de quem indica, do que propriamente pela sua capacidade profissional.A nomeação ou indicação é sempre sobre a pessoa e não sobre equipes.

CONTINUAÇÃO...

CONTINUAÇÃO...O Perito do Juízo (Perito Contador) e o Assistente Técnico (Perito Contador Assistente) deverão cumprir os prazos estabelecidos pelo juiz.A perícia é uma especialização que requer um universo diversificado de conhecimentos não bastando, apenas, o conhecimento acadêmico.A responsabilidade da função pericial é tão grande que merece uma boa meditação antes de aceita-lá.

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PERÍCIA CONTÁBIL

CONTINUAÇÃO...É necessário possuir diversificadas virtudes, entre as quais: honestidade, integridade, imparcialidade, equilibro emocional, independência e autonomia funcional e, principalmente, obediência irrestrita e incondicional aos princípios da ética e da moral.

O perito só deve aceitar em condições técnicas, morais e profissionais para desempenharem a função.

Cada profissional deve usar seu marketing pessoal da forma em que achar conveniente.

O juiz nomeia sempre um profissional de confiança, e não alguém ligado ao grau de parentesco ou amigo pessoal.

Tendo em vista, a grande responsabilidade do juiz, a entrega de uma carta de apresentação juntamente com o currículo profissional, dará confiança para a elaboração dos trabalhos.

Lembre-se o cartão de visita do profissional é o serviço que ele presta.

DIVULGAÇÃO DO PROFISSIONAL

NBC P 2 – item 2.5.1, determina que “O perito-contador e o perito-contador assistente devem estabelecer previamente seus honorários, mediante avaliação dos serviços...”

Quanto ganha um perito?Indeferimento – CPC Art. 420.Qual o valor para execução da perícia?

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PERÍCIA CONTÁBIL

Uma das dificuldades da maioria dos peritos é calcular adequadamente seus honorários, de forma justa e coerente.Exemplo de como calcular os honorários periciais:

COMO CALCULAR HONORÁRIOS

1) Análise dos autos: 4 horas2) Cálculo e documentação: 4 horas3) Levantamento de dados: 20 horas4) Diligências e pesquisas: 5 horas5) Elaboração do laudo: 8 horasTotal estimado: 41 horas

DETERMINAÇÃO DO VALOR DA HORA TÉCNICA

Custos pessoais ................................. R$ 4.000,00Encargos sociais (73%) ...................... R$ 2.920,00Custos de materiais de trabalho ......... R$ 1.000,00TOTAL ................................................ R$ 7.920,00Horas mês .................................................... 160 hs.(-) Horas com procedimentos administrativos 25%Horas disponíveis ......................................... 120 hs.Onde:Custo hora = R$ 66,00 x 41 (horas estimadas)= TOTAL DO HONORÁRIOS ............ R$ 2.706,00

Conforme a NBC P 2 – item 2.5.2.1, a petição referente á proposta de honorários deverá ser acompanhada de orçamento discriminado.

Baseado no exemplo do tópico anterior, e considerando que a perícia envolverá uma viagem, despesas de alimentação e hospedagem, teremos o seguinte modelo de orçamento:

MODELO DE ORÇAMENTO DE HONORÁRIOS PERICIAIS

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PERÍCIA CONTÁBIL

2.956,00TOTAL DOS HONORARIOS250,00Subtotal 2100,00Alimentação e hospedagem150,00Despesas de Viagens

Outras despesas:2.706,00Subtotal 1

66,00Custo hora41Estimativa de Horas Técnicas

VALORESDESCRIÇÃO

DEMONSTRATIVO DE HONORÁRIOS PERICIAIS

RESPONSABILIDADE DE PAGAMENTO DOS HONORÁRIOS

As despesas de perícia fazem parte dos custos processuais, cabendo ás partes prover tais despesas, antecipando-lhe o valor, que ficaráconsignado em juízo.

O artigo 33 do Código de Processo Civil dispõe:Art. 33 – Cada parte pagará a remuneração do assistente técnico que houver indicado;Parágrafo único – O juiz poderá determinar que a parte responsável pelo pagamento dos honorários do perito deposite em juízo o valor correspondente a essa remuneração.

LEVANTAMENTO PARCIAL DOS HONORÁRIOS PERICIAIS

Quando houver necessidade de locomoção para outras localidades para sua realização, ou depender de contratação de auxiliares, pode peticionar ao Juiz requerendo o levantamento parcial dos honorários previamente depositados para custear a perícia.

Neste caso, deve elaborar uma petição neste sentido, justificando sua solicitação.

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PERÍCIA CONTÁBIL

HONORÁRIOS A FINALO Perito nomeado é solicitado a realizar

a perícia ás suas expensas e receber os honorários no final.

Prática adotada pela Justiça do Trabalho.

O autor não tem condições de arcar com o ônus da perícia.

Observe que não existe obrigatoriedade do Perito realizar a perícia sem depósito prévio.

PARCELAMENTO DE HONORÁRIOS

Pode o juiz conceder parcelamento de honorários, após ouvir o perito.

Quando ocorrer tal fato, normalmente é feito em duas ou três parcelas, sendo a primeira como honorários prévios, a segunda na entrega do laudo e a terceira após 30 dias da entrega do laudo.

HONORÁRIOS PROVISÓRIOSQuando o perito constatar que o trabalho é

por demais complexo e difícil, pode pedir honorários prévios provisórios e ao concluir seus trabalhos peticionar ao Juiz o arbitramento dos honorários definitivos, requerendo, na oportunidade a intimação da ou das partes para efetivação do depósito complementar.

PRESCRIÇÃO DE HONORÁRIOSPrescreve em 1 ano a percepção de

honorários periciais, conforme inciso III do § 1ºdo art. 206 do CC.

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PERÍCIA CONTÁBIL

HONORÁRIOS DE ASSISTENTE TÉCNICO

O honorário do assistente técnico não se vincula aos autos do processo.Negociação particular entre o profissional e quem indicou.Oferece seu serviço profissional ajustando os honorários e forma de pagamento.CPC Art. 20, § 2º. – “As despesas abrangem não só as custas dos atos do processo, como também a indenização de viagem, diária de testemunha e remuneração do assistente técnico”.

CONTINUAÇÃO...

Oferece ao magistrado o arbitramento, equivalente a dois terços da fixada pelo perito.

Na petição deve apenas pedir o arbitramento.

Não tem qualquer vinculação com a negociada direta.

A perícia judicial é específica e define-se pelo texto da lei; estabelece o Art. 420 do CPC na parte relativa ao “Processo de Conhecimento”.

“A prova pericial consiste em exame, vistoria e avaliação”.

A perícia terá força de prova.Pode, todavia, ser contestada, discutida,

esclarecida e até julgada nula, insuficiente ou motivadora de nova perícia.

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PERÍCIA CONTÁBIL

Sá (2002, p. 63), define “Perícia

contábil judicial é a que visa servir de

prova, esclarecendo o juiz sobre assuntos

em litígio que merecem seu julgamento,

objetivando fatos relativos ao patrimônio

aziendal ou de pessoas”.

ESTRUTURA DE UM PROCESSO JUDICIAL

Na petição inicial, o autor apresentará o rol de testemunhas e, se requerer perícia, formulará quesitos, podendo indicar assistente técnico. (Art. 276).

Art. 280 – O perito terá o prazo de quinze dias para apresentação do laudo.

A petição inicial indicará as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados. (Art. 282, VI).

Conforme estabelecido no Art. 295, “A petição inicial poderá ser indeferida”.

PROVA PERICIALProva é a demonstração que se faz da

existência, autenticidade e veracidade de um fato ou ato. Juridicamente, é o meio de convencer o juízo da existência do fato em que se baseia o direito do postulante.

A perícia é um tipo de prova, conforme estabelece o CPC.

Quando a prova não for condizente, o juiz exigirá nova perícia. Essa segunda perícia não substituirá a primeira, apenas servirá de comparação. Cabe ao juiz apreciar livremente o valor de uma e outra. (Art. 439).

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PERÍCIA CONTÁBIL

PERÍCIA CONTÁBILConforme Decreto Lei nº 9.295, de 27

de maio de 1946, o CFC tem a função de normatizar as atividades do profissional de contabilidade, criou a NBC P 2, tem como função normatizar as técnicas.

A resolução do CFC nº 858, de 21 de outubro de 1999, efetua a reformulação da normatização da Perícia Contábil – NBC T 13.

INTERPRETAÇÃO TÉCNICANBC T 13 – IT – 01

RESOLUÇÃO CFC Nº 938/02 Aprova a NBC T 13 – IT – 01

TERMO DE DILIGÊNCIA“13.3.4. Nas diligências, o perito-contador e o perito-contador assistente devem relacionar os livros, os documentos e os dados de que necessitem, solicitando-as, por escrito, em termo de diligência”.

1) Termo de diligência – solicitação dos documentos necessários à elaboração do trabalho.

2) O perito-contador e o perito-contador assistente – por meio do termo de diligência, solicitam os documentos necessários para elaboração dos trabalhos.

3) O termo de diligência pode ser apresentado diretamente à parte ou ao diligenciado, por qualquer meio pelo qual se possa documentar a sua entrega.

DEFINIÇÃO E APLICABILIDADE

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PERÍCIA CONTÁBIL

ESTRUTURA4. O termo de diligência deve conter os

seguintes elementos:a) Identificação do diligenciado;b) Identificação das partes ou

interessados, número do processo, e, o tipo e o Juízo em que tramita;

c) Identificação do perito-contador ou perito-contador assistente;

d) Elaborado nos termos da NBC T 13 –Da Perícia Contábil e da legislação específica;

4. Continuação...

e) Indicação detalhada dos livros, documentos e demais dados a serem periciados;

f) Indicação do prazo e local para a exibição dos livros e documentos necessários à elaboração da perícia.

g) Ao término dos exames, à parte que os detém, deve indicar data e hora para sua efetivação; e

h) Local, data e assinatura.

INTERPRETAÇÃO TÉCNICANBC T 13 – IT – 02

RESOLUÇÃO CFC Nº 939/02 – A prova a NBC T 13 – IT – 02

LAUDO E PARECER DE LEIGOS“13.4.2.2 – O perito-contador assistente não pode firmar em laudo ou emitir parecer sobre este, quando o documento tiver sido elaborado por leigo ou profissional de outra área, devendo, nesse caso, apresentar um parecer contábil da perícia”.

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PERÍCIA CONTÁBIL

CONSIDERAÇÕES INICIAIS1) A NBC T 13, considera leigo ou profissional

não-habilitado, qualquer profissional que não seja o Contador, habilitado perante o CRC.

2) Apesar de toda a fiscalização, ocorre a nomeação de profissionais de formação diversa, para a elaboração de Perícias Contábeis.

3) Deve o perito-contador assistente comunicar, de forma reservada, ao CRC, a falta de habilitação profissional do perito nomeado.

DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS4) Ao perito-contador assistente é vedado

assinar em conjunto ou emitir parecer pericial contábil sobre laudo pericial contábil, quando este não tiver sido elaborado por Contador habilitado perante o CRC.

5) no laudo pericial elaborado por leigo ou profissional não-habilitado, deve o perito-contador assistente apresentar um parecer pericial contábil.

6) O perito-contador assistente, ao apresentar parecer pericial contábil, deverá seguir os procedimentos contidos no item 13.5.

INTERPRETAÇÃO TÉCNICANBC T 13 – IT – 03

RESOLUÇÃO CFC Nº 940/02 Aprova a NBC T 13 – IT – 03

“13.4.2.3 – O perito-contador assistente, ao apor a assinatura, em conjunto com o perito-contador, em laudo pericial contábil, não deve emitir parecer pericial contábil contrário a esse laudo”.

ASSINATURA EM CONJUNTO

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PERÍCIA CONTÁBIL

ASPECTOS CONCEITUAIS1) A assinatura em conjunto no laudo pericial

contábil, por parte do perito-contador assistente exclui a possibilidade da emissão de parecer pericial contábil contrário, em separado;

2) O perito-contador assistente não tem obrigação de assinar conjuntamente o laudo pericial contábil;

3) Ao perito-contador assistente, resta, analisar o laudo pericial e optar pela forma que entender mais correta.

4) A opção por apresentar parecer pericial contábil em separado é de exclusiva responsabilidade do perito-contador assistente.

APLICABILIDADE E PROCEDIMENTO5) O perito-contador assistente, assinará em conjunto o

laudo pericial contábil quando estiver de acordo com este.

6) O perito-contador assistente, emitirá parecer pericial contábil em separado quando não concordar total ou parcialmente ou discordar da forma como foram transmitidos os procedimentos utilizados para fundamentá-lo.

7) O perito-contador assistente, emitirá parecer pericial contábil em separado quando entender cabível, de forma técnica, das teses levantadas pela parte que o contratou.

8) O perito-contador assistente poderá, assinar em conjunto com perito-contador o laudo pericial contábil e apresentar, em separado, parecer pericial contábil, destacando algum ponto relevante do trabalho, desde que não haja contrariedade com o contido no laudo pericial contábil.

CONCLUSÃO

9) A participação de mais de um Contador, desempenhando as funções de perito-contador e de perito-contador assistente, no mesmo processo, deve ser entendida como reconhecimento e valorização da Profissão, motivo pelo qual o relacionamento ético e respeitoso entre eles é encarado como pressuposto do engrandecimento profissional.

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PERÍCIA CONTÁBIL

PRÁTICAS PERICIAISCONCEITO DE LAUDO PERICIAL

O laudo é a peça escrita, na qual os peritos contábeis expõem, de forma circunstanciada, as observações e estudos que fizeram e registram as conclusões fundamentadas da perícia.

“Consiste na fiel exposição das operações e ocorrências da diligência, com o parecer fundamentado sobre a matéria que lhes foi submetida”.

(AMARAL SANTOS)

ESTRUTURA DOS LAUDOSNão existe um padrão de laudo, mas existem

formalidades que compõem a estrutura dos mesmos.

Em geral, no mínimo, um laudo deve ter em sua estrutura os elementos seguintes:a) Identificação do processo e das partes

I. Identificação da Vara por onde está tramitando a ação;

II. Tipo de ação;III. Número do processo;IV. Partes envolvidas no processo (Requerente

e Requerido);V. A que se refere a peça – LAUDO

PERICIAL.

b) Síntese do objeto da períciaI. Identificação da Vara por onde está

tramitando a ação;II. Espécie de perícia a que se refere o

laudo.

I. Data e local onde a diligência foi efetuada, mencionando o dia e a hora do seu início e do seu término;

II. Pessoas que participaram das diligências.Quando não houver necessidade de diligência, informar neste campo como se procedeu a perícia.

c) Metodologia utilizada para o trabalhod) Identificação das diligências realizadas

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PERÍCIA CONTÁBIL

f) Comentários PericiaisQualquer informação relevante que venha justificar algum procedimento utilizado na perícia, ou mesmo alguma informação que o perito achar fundamental para o conhecimento dos interessados.

Neste campo deverá ser informado as peças utilizadas para fundamentação do laudo pericial.

e) Documentos examinados

g) Transcrição dos quesitos, no todo ou naqueles em discordância

h) Respostas aos quesitosOs quesitos deverão ser respondidos na seguinte ordem:

Quesitos do Juiz;Quesitos do Requerente;Quesitos do Requerido.

i) EncerramentoDeverá constar no encerramento o número de folhas constante no laudo e o número de anexo.

REQUISITOS DE UM LAUDO PERICIAL

Para que um laudo possa classificar-se como de boa qualidade, precisa atender aos seguintes requisitos mínimos:1) Objetividade;2) Rigor tecnológico;3) Concisão;4) Argumentação;5) Exatidão;6) Clareza.

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PERÍCIA CONTÁBIL

CONTINUAÇÃO...

1) Para não fazer julgamento, isto não é sua atribuição; e

2) Não gerar opiniões polêmicas;3) Fundamentar de forma científica a

resposta dos quesitos.

Respostas Objetivas e Diretas – Devemos ir diretamente ao assunto e sem rodeios quando formar a resposta.Muito cuidado:

TIPOS DE LAUDOLaudo Coletivo – O laudo coletivo acontece quando é exigência legal ou a pedido das partes. Neste caso, o trabalho é feito por mais de um perito, ou por uma junta de profissionais.Laudo de Consenso – O laudo de consenso acontece quando os peritos-contadores assistentes concordam totalmente com o laudo do perito-contador, ratificam todas as informações, respostas e observações efetuadas no laudo elaborado pelo perito oficial.Laudo Discordante/Divergente – Este tipo de laudo é elaborado pelo perito-contador assistente quando discorda do laudo oficial, sempre embasado com razões da discordância.

ERROS E FRAUDESERRO APURADO NA PERÍCIA CONTÁBIL

O erro é muito comum e de fácil identificação, porém, deve ter um tratamento diferenciado da fraude, pois o erro é fruto da ignorância, falta de conhecimento, involuntário; são os crimes denominados culposos e têm sua origem na:

Negligência – quando não é aplicado um procedimento prescrito na lei, ou uma ordem superior;Imperícia – é a incapacidade para o desempenho da tarefa; eImprudência – que é a ausência de cautela,precaução.

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PERÍCIA CONTÁBIL

A FRAUDE APURADA NA PERÍCIA CONTÁBIL

A fraude é totalmente diferente do erro, pois foi intencional, ou seja, é premeditada e visa o proveito em causa própria ou de outros, denominada de crime doloso e, normalmente, o criminoso procura esconde-lá, fato que gera mais trabalho, astúcia, faro e principalmente total domínio da matéria.1) São cometidas contra: indivíduos, sócios, clientes etc.,

enfim pessoas naturais, organizações, o fisco.2) Também encontramos as de ordem processual e são

cometidas contra a administração da justiça, que consistem basicamente em induzir a erro o juiz ou perito.

3) O Código Penal nos informa que a fraude é um crime doloso contra o patrimônio, do tipo roubo, apropriação indébita, estelionato, receptação.

CONCLUSÃOTanto o erro como a fraude, sob o prisma

contábil, causam dano, motivo da ação de responsabilidade. A diferença é que, na fraude, temos o agravante denominado dolo e no erro, a atenuante denominada culpa, o que pode permitir uma pena mínima para o erro e máxima para a fraude.

Lembrete

Os crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo estão tipificados na Lei 8.137, de 27.12.1990.

ALGUMAS DICAS PARA DETECTAR A FRAUDE

As grades fraudes, na maioria das vezes, têm como mentor intelectual aquele que decide e principalmente acumula funções, como exemplo, a mesma pessoa que é responsável pela compra é responsável pelo pagamento.

As mais singelas são os saldos de caixas fictícios, altos valores contabilizados e pouco dinheiro no cofre.

As menos singelas são as saídas fictícias de caixa, pagamentos anormais.

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PERÍCIA CONTÁBIL

ALGUNS EXEMPLOS DE SAÍDA FICTÍCIA DE CAIXA:1) Compras com notas fiscais frias;2) Funcionários fantasmas ou inexistentes;3) Compra com notas fiscais calçadas;4) Pagamento de notas fiscais de serviços, sem a prestação

dos serviços;5) Pagamento em duplicidade de uma mesma duplicata;6) Comissões pagas sem vendas realizadas;7) Descontos oferecidos a clientes fecticiamente;8) Vendas a vista sem emissão de notas fiscais;9) Saques de sócios por conta de lucros, quando os lucros

não estão apurados10)Aquisição de bens por valores fictícios, valor maior e

pago valor menor;11)Baixas de valores do ativo, vendidos como sucata, mais o

seu valor é maior; etc.

FRAUDES NOS ESTOQUES:1) Subavaliações quer em quantidades, quer em valores;2) Consideração em estoque de bens obsotetos;3) Entradas e saídas por valores diferentes da realidade;4) Notas fiscais de entrada e de saídas com valores certos,

mas com quantidades erradas;5) Matéria prima falsa aplicada na produção;6) Falsificação de notas fiscais de transferências; etc.

FRAUDES EM DUPLICATAS A RECEBER:1) Recebimento de duplicas sem a devida baixa;2) Emissão de duplicata por valor notoriamente inferior ao da

venda;3) Emissão de duplicatas sem venda real;4) Endosso falso;5) Duplicatas incobráveis, sem a devida baixa; etc.

FRAUDES NO ATIVO PERMANENTE1) Aquisição Fictícia de bens;2) Reparos não realizados;3) Depreciação além do normal;4) Bens obsoletos;5) Reformas de bens lançada como despesas, etc.

FRAUDES NO PASSIVO1) Notas fiscais frias de fornecedores;2) Notas promissórias;3) Empréstimos de sócios;4) Criam dividas de longo prazo.

FRAUDES NO PATRIMÔNIO LÍQUIDO1) Integralização de capital com nota promissória fria;2) Falsas reservas;3) Reservas ocultas;4) Alteração do Patrimônio Líquido.

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PERÍCIA CONTÁBIL

FRAUDES NAS RECEITAS1) Receitas adulteradas;2) Vendas sem Nota Fiscal;3) Falsa venda.

FRAUDE NOS CUSTOS1) Aquisição mediante notas fiscais frias;2) Aquisição mediante “nota calçada”;3) Baixa de materiais sem seu devido uso na produção;4) Fretes pagos exageradamente;5) Comissão sobre compras, que não serão pagas.

FRAUDES NAS DESPESAS1) Falsos contratos de publicidade;2) Autos salários pagos a parentes ou familiares;3) Despesas de viagens;4) Privilégios a pessoas ligadas ou fraudadores.

LEGISLAÇÃO DE INTERESSE DO PERITOCÓDIGO DO PROCESSO CIVIL

155 a 250332 a 419

585680 a 685

9571003 a 10111072 a 1102

33138 e 139145 a 147

331420 a 443

4521206

Artigos que auxiliam a compreensão

Artigos principais a observar

CÓDIGO CIVILArtigos: 136 – 178 – 1133

CÓDIGO PENALArtigos: 279 – 357 – 527

CÓDIGO DO PROCESSO PENALArtigos: 158 – 184 – 275 – 423 – 527

NOVO CÓDIGO CIVIL

Artigos: 212 a 226Da prova pericial

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PERÍCIA CONTÁBIL

Art. 131 – As declarações constantes de documentos assinados presumem-se verdadeiras em relação aos signatários. (Art. 219 CC Lei 10.406/02)

Parágrafo único. Não tendo relação direta, porém, com as disposições principais, ou com a legitimidade das partes, as declarações enunciativas não eximem os interessados em sua veracidade do ônus de prova-las. (Redação do parágrafo de acordo com o Dec. Leg. 3.725/19)

PROVA DOCUMENTALCC – Decreto lei 4.657, de 04-09-1943

CÓDIGO COMERCIAL – Lei 556, de 20-06-1850

Art. 23 – Os dois livros mencionados no art. 11, que se acharem com as formalidades prescritas no art. 13, sem vício nem defeito, escriturados na forma determinada no art. 14, e em perfeita harmonia uns com os outros, fazem prova plena: 1) contra as pessoas que deles forem

proprietários, originariamente ou por sucessão;

CONTINUAÇÃO...2) contra comerciantes, com quem os proprietários,

por si ou por seus antecessores, tiverem ou houverem tido transações mercantis, se os assentos respectivos se referirem a documentos existentes que mostrem a natureza das mesmas transações, e os proprietários provarem também por documentos, que não foram omissos em dar em tempo competente os avisos necessários, e que a parte contrária os recebeu;

3) contra pessoas não comerciantes, se os assentos forem comprovados por algum documento, que só por si não possa fazer prova plena.

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PERÍCIA CONTÁBIL

CPC – Lei 5.869, de 11-01-1973Art. 364 – O documento público faz prova não só da sua formação, mas também dos fatos que o escrivão, o tabelião, ou o funcionário declarar que ocorreram em sua presença.Art. 368 – As declarações constantes do documento particular, escrito e assinado, ou somente assinado, presumem-se verdadeiras em relação ao signatário.Parágrafo único. Quando, todavia, contiver declaração de ciência, relativa a determinado fato, o documento particular prova a declaração, mas não o fato declarado, competindo ao interessado em sua veracidade o ônus de provar o fato.

CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDORLei 8.078, de 11-09-1990

Art. 6º. – São direitos básicos do consumidor:III. A informação adequada e clara sobre os

diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem;

IV. A proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;

§ 1º. O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:I. o modo de seu fornecimento;II. o resultado e os riscos que razoavelmente

dele se esperam;III. a época em que foi fornecido.

Art. 14 – O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

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PERÍCIA CONTÁBIL

CONTINUAÇÃO...§ 2º. O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas.§ 3º. O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:I. que, tendo prestado o

serviço, o defeito inexiste;II. a culpa exclusiva do

consumidor ou de terceiro.§ 4º. A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.