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aula anterior Empregados excluídos da proteção da jornada: Trabalhadores Externos Cargo de Confiança Teletrabalho Controle de jornada. Súmula 338 do C. TST Sonia Soares

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Page 1: aula anterior Empregados excluídos da proteção da jornada ... · deixando de anotar a condição de trabalho na externo na CTPS da autora. Correta a sentença. (TRT-4 - RO: 00201970320155040781,

aula anterior

Empregados excluídos da proteção da jornada:

Trabalhadores Externos

Cargo de Confiança

Teletrabalho

Controle de jornada. Súmula 338 do C. TST

Sonia Soares

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CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS:

Jornada de trabalho é o lapso temporal diário em que o trabalhador presta serviços ou se coloca à disposição total ou parcial do empregador, incluídos ainda nesse lapso os chamados intervalos remunerados. (Maurício Godinho Delgado)

Para se aferir a jornada de trabalho, é necessário controle/fiscalização pelo empregador, que decorre do poder diretivo.

As jornadas podem ser controladas e não controladas.

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Redação anterior Nova redação

Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste

capítulo:

X INALTERADO

I - os empregados que exercem atividade externa

incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo

tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e

Previdência Social e no registro de empregados;

X INALTERADO

II - os gerentes, assim considerados os exercentes de

cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do

disposto neste artigo, os diretores e chefes de

departamento ou filial.

X INALTERADO

NIHIL X III - os empregados

em regime de

teletrabalho.

JORNADAS NÃO CONTROLADAS:

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Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime

previsto neste capítulo:

I - os empregados que exercem atividade externa

incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo

tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e

Previdência Social e no registro de empregados;

O “caput” refere-se ao “regime previsto neste Capítulo”.

ÂMBITO DA EXCLUSÃO: CAPÍTULO “DURAÇÃO DO

TRABALHO” = Art. 57 a 75 da CLT

Jornada de trabalho

Períodos de descanso (intrajornada e interjornada)

Trabalho noturno

Controle de horário

Penalidades

Lei 605/49 : repouso semanal remunerado = fora do

capítulo

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Logo, os empregados que estão, efetivamente,inseridos nas exceções legais, não tem nenhumadestas proteções.

E, por serem exceções, devem ser

analisadas cuidadosamente.

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Exceção inserida, art. 62, I da CLT dois requisitos

são exigíveis:

1º) Material: Trabalho externo incompatível como controle de horário.

• A atividade externa, significa fora doestabelecimento e, portanto, longe da fiscalizaçãodo empregador.

• Incompatível com a fixação de horário, no sentidode que o empregador não tem condições de

exercer a fiscalização. Portanto, não

basta exercer a função externa. Se for

possível ao empregador o exercício do

controle de horário, este deve ser feito.

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ARNALDO SÜSSEKIND:

“ ...não basta ser o empregado designado para executar

serviço externo e declarado que se não encontrava

subordinado a horário, para que pudesse executar os

serviços do empregador durante o período superior a oito

horas diárias, sem que a autoridade fiscalizadora pudesse

cumprir com evidência a sua missão. Assim, a exceção tem

aplicação aos empregados que, executando serviços

externos, em razão da própria natureza, não podem estar

submetidos a horários ...” (ARNALDO SÜSSEKIND,

Instituições do Direito do Trabalho, Ltr, 1.991).

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• A ausência de submissão ao controle de horário,portanto, está diretamente ligada à situação fática deimpossibilidade do efetivo controle. Em outraspalavras, somente se aplica a exceção legal quando ocontrole é impossível, e não apenas quando oempregador não deseja fazê-lo.

• É obrigação legal do empregador controlar o horáriode trabalho do seu empregado. (art. 74, § 2º, CLT).

• Desta obrigação o empregador se exime somentequando for impossível o controle efetivo do horário enão quando for "conveniente" ao empregador.

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2º) Requisito formal: a anotação

explicitamente referida na Carteira de

Trabalho e Previdência Social e no

registro de empregados. Esta condição estavainserida na alínea “a” (redação antiga) e foi repetidapela redação do inciso I.• A anotação desta condição na Carteira de Trabalho e

Previdência Social do empregado destina-se a dar aeste inequívoca ciência de que está inserido naexceção legal.

• Como vimos, normalmente as condições restritivasde direito são formais, contrariando a natureza docontrato de trabalho, que é informal.

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Há previsão de anotação da condição de trabalho externo na CTPS. Qual será a consequência se esta condição não for cumprida?

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Questão controvertida

Essa formalidade de anotação na CTPS e no registro tem sido superada em nome do princípio da primazia da realidade, mas não se trata de entendimento pacífico.

A anotação na CTPS é um componente formal. Sua inexistência não afasta o enquadramento. Sua finalidade é dar ciência ao empregado de sua condição.

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RECURSO DE REVISTA. HORAS EXTRAS - TRABALHO EXTERNO INCOMPATÍVEL COM CONTROLE DE JORNADA - AUSÊNCIA DA ANOTAÇÃO DE TAL CONDIÇÃO NA CTPS E NO REGISTRO DE EMPREGADOS . O fato de não haver anotação na CTPS, bem como no registro de empregados, da condição de trabalho externo incompatível com o controle de jornada não é razão suficiente para, por si só, afastar a exceção do artigo 62, I, da CLT, ou promover a inversão do ônus da prova, a fim de condenar o empregador ao pagamento de horas extras, notadamente quando incontroversas as premissas fáticas da prestação de serviço externo e da falta de fiscalização da jornada. Precedentes da SBDI-1 e da 2ª Turma. Recurso de revista conhecido e provido. Prejudicado o exame do tema remanescente.(TST - RR: 9733020125010050, Relator: Renato de Lacerda Paiva, Data de Julgamento: 05/08/2015, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT 14/08/2015)

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TRABALHO EXTERNO. AUSÊNCIA DE ANOTAÇÃO DA CONDIÇÃO NA CTPS DO TRABALHADOR. HORAS EXTRAS DEVIDAS. A exigência legal prevista na norma do artigo 62, I, da CLT, deve ser levada a efeito nos seus exatos termos. A norma, ao expressar que a condição de trabalho externo deve estar anotada na ficha de registro do empregado, estabelece o requisito de validade à configuração da exceção a regra geral da limitação da jornada de trabalho. Não se trata de mera formalidade punível unicamente com sanções administrativas. Trata-se de exigência de maior alcance que se transfere para o processo e reverte o ônus da prova ao empregador quanto ao horário de trabalho ou mesmo da inexistência de controle de horário. No caso em tela, a recorrente reconhece que não observou o comando legal, deixando de anotar a condição de trabalho na externo na CTPS da autora. Correta a sentença.(TRT-4 - RO: 00201970320155040781, Data de Julgamento: 16/02/2017, 4ª Turma)

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Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste

capítulo:

II - os gerentes, assim considerados os exercentes de

cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do

disposto neste artigo, os diretores e chefes de

departamento ou filial.

Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será

aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste

artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for

inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de

40% (quarenta por cento). (Incluído pela Lei nº 8.966, de

27.12.1994)

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Alteração da redação pela Lei nº 8.966/94 (DOU28/12/94), com substancialmente modificação sob trêsaspectos:

1. Retirou a exigência expressa que havia na redaçãoanterior no que tange à existência de mandato;

2. Equiparou aos gerentes os diretores e chefes dedepartamento ou filial;

3. Fixou critério “objetivo” para diferenciação daremuneração do ocupante do cargo de confiança, jáque a redação anterior referia-se genericamente a“padrão mais elevados de vencimentos”.

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• Restritos eram os entendimentos da jurisprudência e dadoutrina quanto ao cargo de confiança, o qual somente secaracterizava quando o empregado detinha poderes quepudessem colocar em risco a própria existência do empregador.

• Entretanto, o que se apura na mens legis da

nova redação é uma tendência de ampliação do campo deaplicação dos cargos de confiança, incluindo-se chefes dedepartamento e filiais.

• Com efeito, a doutrina anterior exigia, como vimos, que aconfiança fosse absoluta, e o exercício do cargo fosse capaz decolocar em risco o próprio empreendimento, o que somentepoderia abranger o primeiro escalão na hierarquia doempregador.

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• São requisitos legais a existência de poderes de gestão e de remuneração superior a 40% do cargo efetivo, quando houver.

“quando o salário do cargo de confiança,

compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário

efetivo acrescido de 40%”

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• A extensão do termo gestão é que fica ao cargo da doutrina eda jurisprudência. Existem aqueles que tratam da figura dasubstituição do empregador, limitando a gestão àrepresentação externa de seus atos.

• Outros, entretanto, entendem que a representação pode serexclusivamente interna, quando o empregado ocupante docargo de confiança substitui a figura do empregador peranteseus empregados, inclusive no que tange ao poder de direçãodos serviços e no poder disciplinar.

• No exercício de funções eminentemente internas, aqueleque ocupa o cargo de confiança tem como inerente aoexercício do cargo poderes que são atribuídos ao empregador,como o poder de comando e o poder disciplinar (Art. 2º, CLT).

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REPRESENTAÇÃO EXTERNA = aquela que se

realiza no âmbito externo da empresa

REPRESENTAÇÃO INTERNA = Substituição do

empregador perante os outros empregados,

inclusive no exercício do poder de comando e

disciplinar

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• No que se refere a remuneração, o tema ganhou semdúvida um critério objetivo. Entretanto a questão é dedifícil solução na aplicação prática do comando. Istoporque a Lei presume que o empregado seja elevadoao cargo de confiança por promoção ou nomeação,havendo, em qualquer hipótese, a existência de umcargo efetivo.

• Se considerarmos, entretanto, a hipótese deadmissão do empregado diretamente no cargo deconfiança, não existirá cargo efetivo, e, comoconseqüência lógica, não haverá paradigma parafixação do salário nos termos exigidos pelodispositivo consolidado.

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Gerente comum x Gerente bancário.

Existem detentores de cargo de confiança bancária aos quais nãose aplica o art. 62, II da CLT, mas o art. 224, § 2º do mesmodiploma legal.

Art. 224 - A duração normal do trabalho dos empregados em bancos, casas

bancárias e Caixa Econômica Federal será de 6 (seis) horas continuas nos dias

úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 (trinta) horas de

trabalho por semana.

§ 2º As disposições deste artigo não se aplicam aos que exercem funções de

direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes ou que desempenhem outros

cargos de confiança desde que o valor da gratificação não seja inferior a um terço

do salário do cargo efetivo.

O ordenamento jurídico prevê a figura do cargo de confiança emvários momentos e para vários efeitos.

Não há dúvida, porém, que as hipóteses de maior incidência sobreo tema “cargo de confiança” incidem sobre as duas ora em exame,quais sejam, a confiança geral do art. 62, II da CLT e a confiançabancária do art. 224, § 2º da CLT.

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Gerente comum x Gerente bancário.

Ocupa cargo de confiança bancária aquele que exerce qualquercargo que importe em gestão, ainda que esta gestão nãocoloque em risco a existência da própria atividade econômica,não se exigindo amplos poderes de mando. Neste caso

(confiança bancária), a gratificação de função deve ser

equivalente ou superior a 1/3 do seu salário.

Isto porque a confiança bancária não exclui o empregado daproteção da limitação da jornada, apenas afastando a jornadaespecial dos bancários prevista no art. 224, “caput” da CLT, à luzdo entendimento consubstanciado na Súmula 102, IV do C. TST.

Assim, aquele que ocupa o cargo de confiança bancário não estásujeito à jornada especial de 06 horas, e sim à jornada normal de08 horas, mas o trabalho que exceder a estas será consideradocomo extraordinário.

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Gerente comum x Gerente bancário.

Não se pode e nem se deve levar essa ampliação a extremos deconsiderar “de confiança” simples empregado burocrático, semqualquer poder de gestão, mando ou disciplina, embora percebagratificação de função. Em outras palavras, embora os poderesexigidos para a caracterização dos cargos de confiança não sejamabsolutos, o mero pagamento da gratificação de função não ésuficiente para a caracterização do cargo de confiança bancário,exigindo-se, também, a existência de função que contenhaalguma gestão.

O TRT da Segunda Região, entretanto, tem tese jurídicaprevalecente (15) que admite a compensação da gratificação defunção com o valor devido pela sétima e oitava hora extras, nocaso de descaracterização da função de confiança, o quecontraria o entendimento da Súmula 102, VI do C. TST.

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Gerente comum x Gerente bancário.

TRT 02. TJP-15 - Caixa Econômica Federal. Compensação dagratificação de função com o valor das horas extras pagas, tendoem vista a ineficácia da adesão do empregado à jornada de oitohoras prevista no plano de cargos em comissão. Res. TP nº06/2016 - DOEletrônico 31/05/2016)A diferença de gratificação de função recebida em face da adesãoineficaz ao PCC da Caixa Econômica Federal poderá ser compensadacom as 7ª e 8ª horas extras.

TST: Súmula 102 - Bancário. Cargo de confiança.

...

VI - O caixa bancário, ainda que caixa executivo, não exerce cargo deconfiança. Se perceber gratificação igual ou superior a um terço dosalário do posto efetivo, essa remunera apenas a maiorresponsabilidade do cargo e não as duas horas extraordinárias alémda sexta.

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Gerente comum x Gerente bancário.

O C. TST cristalizou jurisprudência na Súmula 287 ao afirmar queo gerente bancário é regido pelo art. 224, 2º da CLT, mas ogerente geral presume-se inserido no art. 62 da CLT.

O importante é se extrair deste entendimento que os arts. 62, II e 224, § 2º daCLT não são incompatíveis entre si, e que o empregado não está previamenteexcluído da hipótese prevista no primeiro apenas por pertencer à categoriados bancários.

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Redação anterior Nova redação

Art. 62 – Não são

abrangidos pelo regime

previsto neste capítulo:

X Art. 62. .....................

Nihil X III – os empregados em

regime de teletrabalho.

TELETRABALHO

Só a impossibilidade de controle de horário permite a

aplicação do novel inciso III do art. 62 da CLT.

Page 27: aula anterior Empregados excluídos da proteção da jornada ... · deixando de anotar a condição de trabalho na externo na CTPS da autora. Correta a sentença. (TRT-4 - RO: 00201970320155040781,

TELETRABALHO

Art. 75-A. A prestação de serviços pelo empregado em regime de teletrabalho observará o disposto neste Capítulo.’

‘Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo.

Parágrafo único. O comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho.’

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Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do contrato individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado.

§ 1o Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual.

§ 2o Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com correspondente registro em aditivo contratual.’

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‘Art. 75-D. As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato escrito.

Parágrafo único. As utilidades mencionadas no caputdeste artigo não integram a remuneração do empregado.’

‘Art. 75-E. O empregador deverá instruir os empregados, de maneira expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho. Parágrafo único. O empregado deverá assinar termo de responsabilidade comprometendo-se a seguir as instruções fornecidas pelo empregador.’”

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III - os empregados em regime de teletrabalho.

• O art. 75-B a CLT passa a considerar como teletrabalho “a

prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do

empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de

comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho

externo”.

• Nas hipóteses em que os teletrabalhadores sofrerem vigilância dos períodos de conexão, controle de login e logout, localização física, pausas ou ligações ininterruptas pelo empregador ou for possível o controle de horário, não estarão incluídos na exceção, ou seja, está incluído na proteção da jornada.

• Só a impossibilidade de controle de horário permite a aplicação do novel inciso III do art. 62 da CLT.

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Controle de jornada. Súmula 338 do C. TST

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JORNADAS CONTROLADAS: Art. 74, § 2º,

CLT

“Art. 74

§ 2º - Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída,

em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a

serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, devendo haver pré-

assinalação do período de repouso.”

Estabelecimento e não empresa O controle de jornada de trabalho, nas empresas

com mais de dez empregados, não é opcional, tratando-se de dever do empregador”

Anotação dos horários não podem ser invariáveis

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Súmula nº 338 do TST

JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA (incorporadas as

Orientações Jurisprudenciais nºs 234 e 306 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20,

22 e 25.04.2005

I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o

registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-

apresentação injustificada dos controles de freqüência gera presunção

relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por

prova em contrário. (ex-Súmula nº 338 – alterada pela Res. 121/2003, DJ

21.11.2003)

II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em

instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. (ex-OJ nº 234 da

SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)

III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída

uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova,

relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da

inicial se dele não se desincumbir. (ex-OJ nº 306 da SBDI-1- DJ 11.08.2003)

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OJ 233 SDI-1- Horas extras. Comprovação de parte do período alegado. (Inserida em 20.06.2001. Nova redação - Res. 129/2005, DJ 20.04.2005)

A decisão que defere horas extras com base em prova oral ou documental não ficará limitada ao tempo por ela abrangido, desde que o julgador fique convencido de que o procedimento questionado superou aquele período.

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Sobre a necessidade dos controles de frequência estarem assinados:a) Questão controvertida;

a) Não há fonte normativa de origem estatal que anuncie a formalidade em comento.

a) Súmula TRT 2ª. Região:

50 - Horas extras. Cartões de ponto.

Ausência de assinatura do empregado.

Validade. Res. TP nº 01/2016 - DOEletrônico 02/02/2016)

A ausência de assinatura do empregado nos cartões de

ponto, por si só, não os invalida como meio de prova, pois

a lei não exige tal formalidade.

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Modalidades de Registro de Horário:

a) Manual/mecânico: cartão de ponto.

b) Eletrônico: regulado pela Portaria MTe 1.510/09 -Sistema de Registro Eletrônico de Ponto (SREP):

• fixa critérios para a identificação do empregado;• armazenamento das informações;• definição para os fabricantes dos registros de ponto

eletrônico.;• Disponibiliza para o empregado os registros realizados, de maneira

simultânea, evitando, assim, que o empregador sonegue o pagamento de horas extras.

c) Papeleta de serviço externo: Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos empregados constará, explicitamente, de ficha ou papeleta em seu poder (par. 3º., art. 74, CLT)

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registro de ponto "por exceção”:

O entendimento pacífico do TST é o de que não prospera cláusula de instrumento coletivo de trabalho que determina o registro de ponto "por exceção", porquanto tal flexibilização afronta o disposto no art. 74, parágrafo 2º., CLT, comando de ordem pública, inderrogável por iniciativa das partes e infenso à negociação coletiva (TST – AIRR -2005-08.2013.5.04.0016 – 4ª. Turma, Rel.Min. João Oreste Dalazen, DEJT 12/02/2016

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Trabalho Doméstico LC 150, DE 01/06/2015:

Art. 12. É obrigatório o registro do horário de trabalho do empregado doméstico por qualquer meio manual, mecânico ou eletrônico, desde que idôneo.

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Aula dia 09/06/2018

DIREITO DO TRABALHO

Jornada Noturna.Adicional noturno.Redução fictícia da jornada

noturna.

Intervalos: Intrajornada e Interjornada

Desrespeito aos intervalos. Conseqüências

Sonia Soares

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Jornada noturna. Introdução

Estabelece o § 2º art. 73 da CLT que será consideradocomo noturno o trabalho realizado entre as 22:00horas de um dia e às 5:00 horas do dia seguinte.

Art. 73. § 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o

trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5

horas do dia seguinte.

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O trabalho noturno, por ser mais gravoso ao empregado, é remunerado com um adicional, denominado de adicional noturno, e que é de 20% sobre o valor da hora normal (Art. 73, caput, CLT).

Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou

quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior

a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um

acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a

hora diurna.

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A expressão “salvo nos casos de

revezamento semanal ou quinzenal”, que inicia o “caput” do art. 73 consolidado já havia sido declarada inconstitucional pelo E. STF e não foi recepcionada pelo art. 7º, inciso IX da Constituição Federal, de modo que todo o trabalho noturno deve ter remuneração superior ao diurno, ainda que o empregado trabalhe em revezamento semanal ou quinzenal.

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Por ficção legal, a hora noturna é reduzida emrelação à diurna, de modo que para cada 52minutos e 30 segundos de trabalho efetivamenterealizado dentro da jornada noturna serácomputada, para fins jurídicos, 01 hora trabalhada.Diante desta redução é que a jornada noturna,composta de fato por 07 horas (das 22:00 às 5:00horas) é, juridicamente, considerada como sendode 08 horas.

Art. 73

§ 1º A hora do trabalho noturno será computada

como de 52 minutos e 30 segundos.

Para tanto, deve ser considerada a

seguinte tabela:

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Trabalho realizado Tempo TempoReal

Jurídico

Das 22h00’00’’ às 22h52’30’’ 0h52’30’’ 1h00’00’’Das 22h52’30’’ às 23h45’00’’ 1h45’00’’ 2h00’00’’Das 23h45’00’’ às 00h37’30’’ 2h37’30’’ 3h00’00’’Das 00h37’30’’ às 01h30’00’’ 3h30’00’’ 4h00’00’’Das 01h30’00’’ às 02h22’30’’ 4h22’30’’ 5h00’00’’Das 02h22’30’’ às 03h15’00’’ 5h15’00’’ 6h00’00’’Das 03h15’00’’ às 04h07’30’’ 6h07’30’’ 7h00’00’’Das 04h07’30’’ às 05h00’00’’ 7h00’00’’ 8h00’00’’

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Terá direito à redução da jornada noturna e também aoadicional noturno o empregado que cumprir jornadamista, ou seja, iniciar o trabalho em horário diurno e oencerrar no noturno, ou iniciar no horário noturno e oencerrar no diurno.

Exemplo, um empregado que trabalha das 20:00 horasde um dia às 3:15 horas do dia seguinte, cumpre, emtempo real, 7:15 horas de trabalho, mas em tempojurídico trabalha 08:00 horas completas. Com efeito,das 20:00 às 22:00 horas, temos duas horas diurnas,edas 22:00 às 3:15, como vimos acima, 06 horas

noturnas, completando, assim, a jornada de 08 horas.Este empregado deverá receber adicional noturno sobre06 horas.

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Súmula nº 60 do TSTADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO DIURNO (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 6 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos. (ex-Súmula nº 60 - RA 105/1974, DJ 24.10.1974)

II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT. (ex-OJ nº 6 da SBDI-1 - inserida em 25.11.1996)

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• O art. 73, § 5º da CLT estabelece que a prorrogação dajornada noturna será também noturna.

• Isto significa que o empregado, ao passar pelo marcodas 5:00 horas em prorrogação, terá direito aoadicional noturno e à redução da jornada noturna pelashoras seguintes.

• Ex: Das 19:00 às 7:00 horas. O labor das 5:00 às 7:00horas é noturno, porque quando passou pelo horáriodas 5:00 horas o empregado estava em prorrogação.

• Ex: Das 3:15 às 11:00 horas. O labor das 5:00 às 11:00horas é diurno porque quando passou pelo horário das5:00 horas o empregado não estava em prorrogação.

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Redação

anterior

Nova redação

NIHIL X Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é

facultado às partes, mediante acordo individual escrito,

convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho,

estabelecer horário de trabalho de doze horas

seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de

descanso, observados ou indenizados os intervalos

para repouso e alimentação.

NIHIL X Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto

no caput deste artigo abrange os pagamentos devidos

pelo descanso semanal remunerado e pelo

descanso em feriados, e serão considerados

compensados os feriados e as prorrogações de

trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do

art. 73 desta Consolidação.

Jornada noturna prorrogada. 12x36

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TRABALHADOR RURAL: Lei 5889/73

Art. 7º - Para os efeitos desta Lei, considera-se trabalho noturno o executado entre as vinte e uma horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte, na lavoura, e entre as vinte horas de um dia e as quatro horas do dia seguinte, na atividade pecuária.

Parágrafo único. Todo trabalho noturno será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento) sobre a remuneração normal.

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TRABALHO DOMÉSTICO LC 150, DE 01/06/2015 :

Art. 14. Considera-se noturno, para os efeitos desta Lei, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte.

§ 1o A hora de trabalho noturno terá duração de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.

§ 2o A remuneração do trabalho noturno deve ter acréscimo de, no mínimo, 20% (vinte por cento) sobre o valor da hora diurna.

§ 4o Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos e noturnos, aplica-se às horas de trabalho noturno o disposto neste artigo e seus parágrafos.

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INTERVALOS: Intrajornada e Interjornada

Conceito: “são pequenos lapsos de tempo que visam,precipuamente, à recuperação das energias doempregado, o que favorece a manutenção de sua higidezfísica e mental, evitando assim o acometimento pordoenças ocupacionais e a ocorrência de acidentes detrabalho.” Ricardo Resende

O ordenamento jurídico estabelece períodos de descansopara o empregado de várias formas. Há intervalos que sãointrajornada e interjornada, assim como os repousossemanais e as férias anuais. Passamos a analisar taisperíodos de repouso.

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Dois são os tipos de intervalo: Intrajornada e

interjornada.

o Intervalo intrajornada são concedidos dentro de cadajornada laboral para repouso ou alimentação ou pordeterminação legal;

Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda

de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo

para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1

(uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em

contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.

§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será,

entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos

quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.

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E se o empregado laborar 6 horasdiárias, e habitualmente prorrogarsua jornada de trabalho?

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Súmula 437 - IV - Ultrapassada habitualmente a jornada deseis horas de trabalho, é devido o gozo do intervalointrajornada mínimo de uma hora, obrigando o empregadora remunerar o período para descanso e alimentação nãousufruído como extra, acrescido do respectivo adicional, naforma prevista no art. 71, caput e § 4º da CLT.

Limite superior a duas horas, só por negociação coletiva(acordo coletivo ou convenção coletiva). Se não houvernegociação coletiva, considera-se o intervalo de 02 horas eo restante do período como jornada de trabalho (tempo àdisposição do empregador).

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Até 04 horas de trabalho, nenhumintervalo;

De 04 a 06 horas de trabalho – 15minutos de intervalo;

Acima de 06 horas de trabalho – de umahora (no mínimo) a duas horas (nomáximo) de intervalo.

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Redução horário intervalo intrajornada:

Desde que houvesse autorização pelo Ministério do Trabalho e Emprego

CLT Art. 71

§ 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá

ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio,

quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se

verificar que o estabelecimento atende integralmente às

exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime

de trabalho prorrogado a horas suplementares.

. Portaria 1095/2010 MTE : processo administrativo a ser instaurado pelo empregador interessado quando este empregador mantiver refeitório apropriado e os empregados não estiverem sob o regime de prorrogação de jornada.

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ANTES DA REFORMA - Intervalo intrajornada nãopoderia ser reduzido por norma coletiva:

Súmula 437 II TST - É inválida cláusula de acordo ouconvenção coletiva de trabalho contemplando a supressãoou redução do intervalo intrajornada porque este constituimedida de higiene, saúde e segurança do trabalho,garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art.7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva

Tese Jurídica Prevalecente 16 TRT 2ª. Região - Intervalointrajornada. Impossibilidade de redução por normacoletiva. Res. TP nº 06/2016 - DOEletrônico 31/05/2016)Por se tratar de medida de saúde, higiene e segurança dotrabalho, não se admite a redução do intervalo intrajornadapor acordo ou convenção coletiva.

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NO ENTANTO, COM A REFORMA

TRABALHISTA – LEI 13.467/2017 –

VIGÊNCIA 11/11/2017 - ART.611-A, III –

PODERÁ SER FEITA A REDUÇÃO POR

NORMA COLETIVA, DERRUBANDO Súmula

437, II do C. TST e TJP 16 TRT 2aR.

REFORMA TRABALHISTA: “Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:

III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas;

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CONTRADIÇÃOART.611-B - Parágrafo único. Regras sobre duração do trabalho e

intervalos não são consideradas como normas de saúde, higiene e

segurança do trabalho para os fins do disposto neste artigo.”

Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos:

XVII - normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou em normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho;

“Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:

III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas;

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CF Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; ..XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;

Direitos sociais previstos no artigo 7º da CF/88 constituem cláusula pétrea, não podendo ser abolidos nem reduzidos por EC, assim como, não é possível suprimir direitos trabalhistas sob pena de afronta ao princípio da proibição de retrocesso social.

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Redação anterior Nova redação

Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo,

cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é

obrigatória a concessão de um intervalo

para repouso ou alimentação, o qual será,

no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo

escrito ou contrato coletivo em contrário,

não poderá exceder de 2 (duas) horas.

X Art. 71. ......................................

§ 4º - Quando o intervalo para repouso e

alimentação, previsto neste artigo, não for

concedido pelo empregador, este ficará

obrigado a remunerar o período

correspondente com um acréscimo de no

mínimo 50% (cinqüenta por cento) sobre o

valor da remuneração da hora normal de

trabalho.

X § 4oA não concessão ou a

concessão parcial do intervalo

intrajornada mínimo, para repouso e

alimentação, a empregados urbanos e rurais,

implica o pagamento, de

natureza indenizatória, apenas

do período suprimido, com acréscimo

de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da

remuneração da hora normal de trabalho.

INTERVALO INTRAJORNADA

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COM A REFORMA TRABALHISTA:

• A natureza passou a ser indenizatória, derrubandoa Súmula 437, III do C. TST.

• O pagamento é apenas pelo tempo suprimido enão pelo total do intervalo, derrubando a Súmula437, I do C. TST.

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Súmula nº 437 do TST – ANÁLISE DA SÚMULA REFORMA

TRABALHISTA

INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 71 DA CLT

I - Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não-concessão ou a concessão parcial

do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados

urbanos e rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não

apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de remuneração. II - É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva.III - Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais.IV - Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é devido o gozo do intervalo intrajornada mínimo de uma hora, obrigando o empregador a remunerar o período para descanso e alimentação não usufruído como extra, acrescido do respectivo adicional, na forma prevista no art. 71, caput e § 4º da CLT.

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Intervalo da Mulher. Revogado.

Redação anterior Nova redação

Art. 384 - Em caso de prorrogação do

horário normal, será obrigatório um

descanso de 15 (quinze) minutos no mínimo,

antes do início do período extraordinário do

trabalho.

X REVOGADO

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ANTES DA REFORMA TRABALHISTA

INTERVALO DO ART. 384, DA CLT. O Supremo Tribunal Federal, no Recurso Extraordinário (RE) 658312, com repercussão geral reconhecida, já assentou que o artigo 384 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi recepcionado pela Constituição da República de 1988, razão pela qual são devidas horas extras à reclamante pela ausência do intervalo de 15 minutos. Recurso não provido, no particular.(TRT-24 00240678320145240086, Relator: MARCIO VASQUES THIBAU DE ALMEIDA, 1ª TURMA, Data de Publicação: 18/03/2016)

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Intervalos computados e não computados na jornada de trabalho:

Não computados regra geral e não remunerados

Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração

exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de

um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será,

no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou

contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de

2 (duas) horas.

§ 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.

NÃO SERÁ COMPUTADO INTERVALO ART. 71

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Não é deduzido da jornada de trabalho:

o Regra geral dedução do intervalo da jornada;

o Por exceção, somente quando a lei assim

dispuser expressamente, os intervalos serão computados na jornada de trabalho.

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Exemplos:

Art. 72 - Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), a cada

período de 90 (noventa) minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos não

deduzidos da duração normal de trabalho.

(computa no tempo de serviço)

Trabalho em Minas de Subsolo

Art. 298 - Em cada período de 3 (três) horas consecutivas de

trabalho, será obrigatória uma pausa de 15 (quinze) minutos para repouso, a qual será computada na

duração normal de trabalho efetivo.

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Digitadores:

Súmula nº 346 do TST

DIGITADOR. INTERVALOS INTRAJORNADA.

APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 72 DA CLT

(mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e

21.11.2003

Os digitadores, por aplicação analógica do art.

72 da CLT, equiparam-se aos trabalhadores nos

serviços de mecanografia (datilografia,

escrituração ou cálculo), razão pela qual têm

direito a intervalos de descanso de 10

(dez) minutos a cada 90 (noventa) de

trabalho consecutivo.

COMPUTA

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câmaras frigoríficas:

Súmula nº 438 do TST

INTERVALO PARA RECUPERAÇÃO TÉRMICA DO EMPREGADO.

AMBIENTE ARTIFICIALMENTE FRIO. HORAS EXTRAS. ART. 253 DA

CLT. APLICAÇÃO ANALÓGICA - Res. 185/2012, DEJT divulgado em

25, 26 e 27.09.2012

O empregado submetido a trabalho contínuo em

ambiente artificialmente frio, nos termos do parágrafo

único do art. 253 da CLT, ainda que não labore em câmara

frigorífica, tem direito ao intervalo intrajornada previsto

no caput do art. 253 da CLT.

Art. 253 - Para os empregados que trabalham no interior das câmaras

frigoríficas e para os que movimentam mercadorias do ambiente quente ou

normal para o frio e vice-versa, depois de 1 (uma) hora e 40

(quarenta) minutos de trabalho contínuo, será

assegurado um período de 20 (vinte) minutos de repouso,

computado esse intervalo como de trabalho

efetivo.

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TELEFONISTA

20 minutos de descanso a cada 3 horas de trabalho – art. 229 da CLT – computa na

jornada

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Intervalos não previstos em lei:

Intervalos concedidos pelo empregador não previstos em Lei consideram-se como tempo à disposição, somam-se à jornada de trabalho e, se desta soma resultar excesso, paga-se hora extra.

Constituem tempo à disposição do empregador

Súmula nº 118 do TST

JORNADA DE TRABALHO. HORAS EXTRAS

(mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada

de trabalho, não previstos em lei, representam tempo à

disposição da empresa, remunerados como serviço

extraordinário, se acrescidos ao final da jornada.

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Fracionamento intervalo intrajornada:

De regra os intervalos não podem ser fracionados.

Entretanto, isso é possível se houver convenção ouacordo coletivo, mas, apenas para motoristas,cobradores e empregados da fiscalização de campo.

Art. 71

§ 5o O intervalo expresso no caput poderá ser reduzidoe/ou fracionado, e aquele estabelecido no § 1o poderá serfracionado, quando compreendidos entre o término daprimeira hora trabalhada e o início da última hora trabalhada,desde que previsto em convenção ou acordo coletivo detrabalho, ante a natureza do serviço e em virtude dascondições especiais de trabalho a que são submetidosestritamente os motoristas, cobradores, fiscalização decampo e afins nos serviços de operação de veículosrodoviários, empregados no setor de transporte coletivode passageiros, mantida a remuneração e concedidosintervalos para descanso menores ao final de cadaviagem.

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Intervalos INTRAJORNADA TRABALHADOR DOMÉSTICO:LC 150 de 01/06/2015Art. 13. É obrigatória a concessão de intervalo para repouso ou alimentação pelo período de, no mínimo, 1 (uma) hora e, no máximo, 2 (duas) horas, admitindo-se, mediante prévio acordo escrito entre empregador e empregado, sua redução a 30 (trinta) minutos. § 1o Caso o empregado resida no local de trabalho, o período de intervalo poderá ser desmembrado em 2 (dois) períodos, desde que cada um deles tenha, no mínimo, 1 (uma) hora, até o limite de 4 (quatro) horas ao dia. § 2o Em caso de modificação do intervalo, na forma do § 1o, é obrigatória a sua anotação no registro diário de horário, vedada sua prenotação.

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PRORROGAÇÃO INTERVALO INTRAJORNADA

Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração

exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de

um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será,

no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou

contrato coletivo em contrário, não poderá exceder

de 2 (duas) horas.

É ADMISSÍVEL MEDIANTE ACORDO ESCRITO ENTRE EMPREGADO E EMPREGADOR OU POR NORMA COLETIVA (ACORDO DE PRROGAÇÃO DE INTERVALO – VÓLIA BOMFIM)

NÃO SE ADMITE PRORROGAÇÃO TÁCITA – SERÁ CONSIDERADO TEMPO À DISPOSIÇÃO

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PRORROGAÇÃO DO INTERVALO INTRAJORNADA.

FORMA ESCRITA. ARTIGO 71, CAPUT, DA CLT. A

Norma Consolidada prevê, em seu art. 71, caput, a

possibilidade de haver acordo de prorrogação do

intervalo intrajornada, individualmente, entre

empregado e empregador, ou por norma coletiva,

exigindo que citado ajuste seja escrito, sendo

expressa ao não aceitar a forma tácita.

(TRT-5 - RecOrd: 00005093020125050491 BA 0000509-

30.2012.5.05.0491, Relator: MARGARETH RODRIGUES

COSTA, 2ª. TURMA, Data de Publicação: DJ 27/07/2015.)

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Intervalos interjornada: é aquele compreendido entre duas jornadas de trabalho, período mínimo de onze horas consecutivas.

Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho

haverá um período mínimo de 11 (onze) horas

consecutivas para descanso.

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A jurisprudência entendia no passado que a violação do intervalo interjornada era infração meramente administrativa e que não gerava direito a horas extras.

Antigo Enunciado 88 do C. TST antes

do advento do art. 71, § 4º da CLT para o intervalo

intrajornada. Veja-se:

Nº 88 JORNADA DE TRABALHO. INTERVALO ENTRE TURNOS

(cancelamento mantido) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003O

desrespeito ao intervalo mínimo entre dois turnos de trabalho, sem

importar em excesso na jornada efetivamente trabalhada, não dá

direito a qualquer ressarcimento ao obreiro, por tratar-se apenas de

infração sujeita a penalidade administrativa (art. 71 da CLT).

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Com o advento do art. 71, § 4º da CLT o verbete teveque ser cancelado para adequar-se à lei.

Na mesma linha ocorreu para o intervalo interjornada OJ355 da SBDI-1, TST:

355. INTERVALO INTERJORNADAS. INOBSERVÂNCIA.

HORAS EXTRAS. PERÍODO PAGO COMO

SOBREJORNADA. ART. 66 DA CLT. APLICAÇÃOANALÓGICA DO § 4º DO ART. 71 DA CLT (DJ 14.03.2008)

O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art.

66 da CLT acarreta, por analogia, os mesmos efeitos previstosno § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula nº 110 do TST, devendo-

se pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do

intervalo, acrescidas do respectivo adicional.

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Súmula 26 - TRT 2ª. Região:

26 - Intervalo entre jornadas. Artigo 66 daConsolidação das Leis do Trabalho. Inobservância.Horas extras. (Res. TP nº 02/2015 - DOEletrônico26/05/2015)

A inobservância do intervalo mínimo de 11 horasprevisto no art. 66 da CLT resulta no pagamentode horas extras pelo tempo suprimido.

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OUTRAS HIPÓTES DE INTERVALO INTRAJORNADA:

Jornalista – 10 horas - art. 308 CLT

Ferroviários – 14 horas de descanso – art. 235par. 2º., CLT

Telefonistas – 17 horas de descanso – art. 229CLT

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TRABALHO DOMÉSTICO LC 150, DE

01/06/2015 :

Art. 15. Entre 2 (duas) jornadas de trabalho deve haver período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso.

Art. 16. É devido ao empregado doméstico descanso semanal remunerado de, no mínimo, 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, preferencialmente aos domingos, além de descanso remunerado em feriados.

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Redação anterior Nova redação

Art. 396. Para amamentar seu filho,

inclusive se advindo de adoção, até

que este complete 6 (seis) meses de

idade, a mulher terá direito, durante a jornada de

trabalho, a 2 (dois) descansos especiais de meia

hora cada um. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de

2017)

X Inalterada

Parágrafo único - Quando o exigir a saúde do filho, o

período de 6 (seis) meses poderá ser dilatado, a

critério da autoridade competente.

X §1o Quando o exigir a saúde do filho,

o período de 6 (seis) meses poderá

ser dilatado, a critério da autoridade

competente.

NIHIL X § 2o Os horários dos descansos

previstos no caput deste artigo

deverão ser definidos em acordo

individual entre a mulher e o

empregador.

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DIREITO DO TRABALHO

Férias

Sonia Soares

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FÉRIAS: Conceito: “As férias constituem direito do empregado de

abster-se de trabalhar durante um determinado número dedias consecutivos por ano, sem prejuízo da remuneração eapós cumpridas certas exigências, entre elas a assiduidade.”Alice Monteiro de Barros

Fundamentos: fisiológico, relacionado ao cansaço docorpo e da mente; econômico, no sentido de que oempregado descansado produz mais; psicológico, querelaciona momentos de relaxamento com o equilíbriomental; cultural, segundo o qual o espírito do trabalhador,em momentos de descontração, está aberto a outrasculturas; o político, como mecanismo de equilíbrio darelação entre empregador e trabalhador; e social, que

enfatiza o estreitamento do convívio familiar. ArnaldoSussekind e Mozart Victor Russomanottps://tst.jusbrasil.com.br/noticia

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FÉRIAS : natureza jurídica

Para o contrato é uma interrupção no contrato de trabalho;

Para o empregado é uma obrigação negativa porque ele está proibido de trabalhar para o empregador que o afastou;

Para o empregador uma obrigação cumulativa de dar e fazer, porque imposto o pagamento da remuneração e o afastamento do trabalho

Para o empregador, quanto à escolha do momento da concessão é uma faculdade condicionada, porque pode, unilateralmente, determinar o início do repouso, sob a sanção de remuneração em dobro e da concessão pela autoridade judicial

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OBRIGAÇÃO NEGATIVA PARA O EMPREGADO:

Está proibido de trabalhar no período de férias, sob pena de justa causa

Art. 138 - Durante as férias, o empregado não

poderá prestar serviços a outro empregador, salvo

se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato

de trabalho regularmente mantido com aquele

JUSTA CAUSA

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FÉRIAS : PERÍODO DE GOZO

O período de gozo é fixado a critério do EMPREGADOR.

Razões: subordinação jurídica do empregado x comprometimento da atividade econômica

Período concessivo = 12 meses subsequentes ao término do período aquisitivo

EMPREGADOR - DESRESPEITO À CONCESSÃO NO PRAZO LEGAL = SANÇÕES

PAGAMENTO DOBRADO da remuneração de férias (Art. 137 – é automática;

Concessão judicial ao empregado com remuneração dobrada (Art. 137, §§1º a 3º)

MULTA diária de 5% do salário mínimo, por dia de descumprimento da decisão judicial + SANÇÃO ADMINISTRATIVA do Art. 153 da CLT

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Redação anterior Nova redação

Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do

empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses

subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido

o direito.

X Inalterada

§ 1º - Somente em casos excepcionais serão as férias

concedidas em 2 (dois) períodos, um dos quais não

poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos.

X § 1o Desde que haja concordância

do empregado, as férias poderão

ser usufruídas em até três períodos,

sendo que um deles não poderá ser

inferior a quatorze dias corridos e

os demais não poderão ser inferiores

a cinco dias corridos, cada um.

§ 2º - Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de

50 (cinqüenta) anos de idade, as férias serão sempre

concedidas de uma só vez.

X revogado

X § 3o É vedado o início das férias no

período de dois dias que antecede

feriado ou dia de repouso semanal

remunerado.” (NR)

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Se o empregador desrespeita o período concessivo:(a) Pagamento em dobro;(b) Fixação judicial

Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de

que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a

respectiva remuneração. (Redação dada pelo Decreto-lei nº

1.535, de 13.4.1977)

§ 1º - Vencido o mencionado prazo sem que o empregador tenha

concedido as férias, o empregado poderá ajuizar reclamação

pedindo a fixação, por sentença, da época de gozo das

mesmas. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

§ 2º - A sentença cominará pena diária de 5% (cinco por cento) do

salário mínimo da região, devida ao empregado até que seja

cumprida. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) § 3º - Cópia da decisão judicial transitada em julgado será remetida ao

órgão local do Ministério do Trabalho, para fins de aplicação da

multa de caráter administrativo.

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concessão das férias:

Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor

consulte os interesses do empregador.

§ 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo

estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo

período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o

serviço.

§ 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito

a fazer coincidir suas férias com as férias escolares.

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Súmula 81 do TST - Férias (RA 69/1978, DJ 26.09.1978) Os dias de férias gozados após o período legal de concessão deverão ser remunerados em dobro.

EXEMPLO.Trabalhador adquire o período de férias e goza 20 dias dentro do período concessivo e 10 dias após o prazo legal.O cálculo da dobra deve ser sobre 10 dias.

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Súmula 450. Férias. Gozo na época própria. Pagamento fora do prazo. Dobra devida. Arts. 137 e 145 da CLT.É devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o terço constitucional, quando, ainda que gozadas na época própria, o empregador tenha descumprido o prazo previsto no art. 145 do mesmo diploma legal

Na hipótese as férias foram concedidas no prazo legal, mas não foram pagas no prazo de até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período

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Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período.Parágrafo único - O empregado dará quitação do pagamento, com indicação do início e do termo das férias.

EXEMPLO:Empregado sai de férias no dia 01. Deve receber até dia 28 (mês de 30 dias). Suponha que o reclamante tenha usufruído das férias, mas somente as recebeu no dia 05 (quando seria devido o salário). É devida a dobra das férias com um terço!

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EMBARGOS SUJEITOS À SISTEMÁTICA DA LEI Nº 11.496/07 FÉRIAS

USUFRUÍDAS, E NÃO REMUNERADAS NA ÉPOCA PRÓPRIA

PAGAMENTO EM DOBRO

(1) As férias constituem obrigação complexa, que só é efetivamenteadimplida com a satisfação completa de dois requisitos: (a) opagamento a n tecipado do salário acrescido do ad i cional; e (b) oafastamento do empr e gado das atividades laborais. 2. Destarte,somente é possível considerar concedidas as férias se os dois requisitossão cumpridos, na ordem legal. Se a remuneração é paga após o gozodo período de descanso, o empregado não tem a possibilidade deexercer por completo o direito às fé rias e, sendo assim, frustra-se afinalidade do instituto, que é propiciar ao trabalhador períodoremunerado de descanso e lazer, sem o qual se torna inviável a suarecuperação f í sica e mental para o retorno ao tr a balho. 3. Se é assim,o mero afastamento do empregado equivale a simples conce s são delicença, não se podendo cons i derar como adimplida a obrigação p atronal. Nesses termos, o pagamento das férias fora do prazo a que se r efere o art. 145 da CLT enseja a co n denação em dobro, em razão dodisposto no art. 137 consolidado. Embargos conhecidos e providos.

E-RR - 510/2006-006-12-00 , Ministra MARIA CRISTINA IRIGOYEN PEDUZZIRedatora Designada

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FÉRIAS : COMUNICAÇÃO DO EMPREGADOR:

Art. 135 - A concessão das férias será participada, por

escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30

(trinta) dias. Dessa participação o interessado dará recibo.

Precedente Normativo 116 do TST

No cancelamento ou adiantamento das férias comunicadas somente poderá ocorrer por necessidade imperiosa e, ainda assim, mediante o ressarcimento ao empregado dos prejuízos financeiros por este comprovados.

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FÉRIAS ANUAIS: AQUISIÇÃO e GOZO

AQUISIÇÃO DO

DIREITO

PERÍODO = 12 meses contratuais (Art. 130)

FORMA = proporcional à frequência no serviço (Art. 130, I a IV) e 130-A, I a VI)

CAUSAS IMPEDITIVAS = as do Art. 133 da CLT

GOZO DO

DIREITO

FORMA = afastamento (concessão) pelo empregador (Art. 134 e §1º da CLT)

PERÍODO = 12 meses seguintes à aquisição (Art. 130)

PAGAMENTO = antecipado até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período48 hs do

afastamento (Art. 145)

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Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes;II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas;III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas;IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas.

PERÍODO AQUISIÇÃO: 2 DIAS E MEIO PARA CADA MÊS OU PERÍODO SUPERIOR A 15 DIAS

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FÉRIAS : aquisição A aquisição é progressiva e proporcional, pela verificação da

frequência no serviço, dia a dia, ao longo de todo o ano do contrato;

É mais justo o sistema do que o do DSR, porque neste se exige a frequência INTEGRAL na semana, para a aquisição do descanso;

No Art. 131 da CLT se definem as FALTAS JUSTIFICADAS;

Até 5 faltas = 30 dias

De 6 a 14 faltas = 24 dias

De 15 a 23 faltas = 18 dias

De 24 a 32 faltas = 12 dias

A partir de 33 faltas = nihil

Art. 130 da CLT

Art. 130-A da CLT

Estabelece proporcionalidade no

trabalho em tempo parcial

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Na greve ocorre a SUSPENSÃO do contrato de trabalho =

(a) não há salário

(b) período não conta como tempo de serviço

GREVE e AQUISIÇÃO DO DIREITO DE FÉRIAS

Então o período de greve não conta para aquisição

de férias.

No acordo coletivo, os sindicatos buscam

reposição dos dias parados, para que conte como

tempo de serviço e não interfira nas férias

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CAUSAS IMPEDITIVAS DA AQUISIÇÃO DE FÉRIAS:

Art. 133 da CLT

Deixar o emprego e não for readmitido no prazo de 60 dias;

Licença remunerada por mais de 30 dias;

Paralisação do serviço da empresa por mais de 30 dias, com remuneração;

Percepção da Previdência Social de prestações de acidente do trabalho ou auxílio-doença por mais de 6 meses;

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PERDA DO DIREITO ÀS FÉRIAS (art.133): Empregado que deixar o serviço e não for readmitido no

prazo de 60 dias (pode ser em qualquer situação: dispensa imotivada, rescisão por justa causa ou pedido de demissão)

permanecer em gozo de licença, com percepção desalários, por mais de 30 (trinta) dias;

deixar de trabalhar, com percepção do salário, por maisde 30 (trinta) dias, em virtude de paralisação parcial outotal dos serviços da empresa.

tiver percebido da Previdência Social prestações deacidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6(seis) meses, embora descontínuos.

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Art. 133 -§ 2º - Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo quando o empregado, após o implemento de qualquer das condições previstas neste artigo, retornar ao serviço.

Novo marco para contagem do período aquisitivo. Exemplo: Admitido em Janeiro. Licença previdenciária por 7 meses a partir de abril a outubro. Alta em 05.10.2012. No dia subsequente tem que se apresentar ao trabalho e tem início de novo período aquisitivo

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FÉRIAS COLETIVAS Artigos 139 e 140

Previsão do Art. 140 da CLT; Pode abranger a totalidade da empresa, ou setores; pode ser gozada

em 2 períodos anuais Comunicação prévia de 15 dias, com cópia da comunicação enviada

ao sindicato; Quem não tiver completado o período aquisitivo anual, gozará das

férias coletivas, na proporção do direito adquirido, permanecendo à disposição do empregador nos dias que sobejarem, sendo considerados em licença remunerada se não forem convocados. O empregador poderá considerar que as férias coletivas trata-se de concessão antecipada das férias, também;

Para o caso do empregado que não tiver 12 meses de contrato de emprego, inicia-se novo período aquisitivo

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ABONO PECUNIÁRIO:

Art. 143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes.

§ 1º - O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias antes do término do período aquisitivo.

§ 2º - Tratando-se de férias coletivas, a conversão a que se refere este artigo deverá ser objeto de acordo coletivo entre o empregador e o sindicato representativo da respectiva categoria profissional, independendo de requerimento individual a concessão do abono.

§ 3º - O disposto neste artigo não se aplica aos empregados sob o regime de tempo parcial.

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Esse prazo tem natureza DECADENCIAL!!!

Portanto, trata-se de exercício de DIREITO POTESTATIVO do trabalhador!!!

Não é o empregador quem decide se paga ou não 1/3 do período de férias (10 dias) em dinheiro.

Nas férias coletivas, o abono deve ser objeto de ACORDO COLETIVO

No trabalho a regime parcial, não cabe a conversão de 1/3 das férias em ABONO!!

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ACRÉSCIMO CONSTITUCIONAL: No Art. 7º, XVII da CF, garante-se aos trabalhadores o gozo de

férias anuais remuneradas, com pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;

Possui caráter acessório: durante o contrato possui natureza salarial; na rescisão contratual, natureza indenizatória;

Súmula 328 do TST- Férias. Terço constitucional (Res. 20/1993, DJ 21.12.1993)

O pagamento das férias, integrais ou proporcionais, gozadas ou não, na vigência da CF/1988, sujeita-se ao acréscimo do terço previsto no respectivo art. 7º, XVII.

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FÉRIAS E RESCISÃO CONTRATUAL

EMPREGADOS COM MAIS DE 1 ANO = Art. 146, parágrafo

único

EMPREGADOS COM MENOS DE 1 ANO= Art. 147 e Súmula 171 do TST

Efeitos da

EXTINÇÃO CONTRATUAL

Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro,

conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido.

Parágrafo único - Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por

justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) por

mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias.

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EFEITOS DA EXTINÇÃO CONTRATUAL

A Convenção n. 132 da OIT, diz respeito ao instituto das férias anuais remuneradas, buscando a garantia do valor qualidade de vida do ser humano inserido na cadeia produtiva;

A aprovação da Convenção no Brasil se deu por meio do Decreto n. 3.197, de 05 de outubro de 1999;

O TST, na Súmula 171, abrandou o entendimento legal x Convenção Internacional 132 da OIT

Súmula nº 171 do TST

FÉRIAS PROPORCIONAIS. CONTRATO DE TRABALHO. EXTINÇÃO

(republicada em razão de erro material no registro da referência

legislativa), DJ 05.05.2004

Salvo na hipótese de dispensa do empregado por justa causa, a extinção do

contrato de trabalho sujeita o empregador ao pagamento da remuneração

das férias proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de 12

(doze) meses (art. 147 da CLT)

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A Convenção 132 da OIT dispõe que as férias proporcionais são devidas, não fazendo qualquer exceção para ruptura por JUSTA CAUSA

Entretanto, diante da manutenção dos termos da Súmula 171 do TST, o que se tem entendido é que há espaço na previsão da Convenção para disciplinar a questão, porque não está

expressamente previsto que é devida na JUSTA CAUSA!

Artigo 4º - Convenção 132 da OIT

1. - Toda pessoa que tenha completado, no curso de 1 (um) ano

determinado, um período de serviço de duração inferior ao

período necessário à obtenção de direito à totalidade das férias

prescritas no Artigo terceiro acima terá direito, nesse ano, a

férias de duração proporcionalmente reduzidas.

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DIREITO DO TRABALHO

Aula Prática

Sonia Soares

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Todos os integrantes da família "Labor" trabalham no maior estabelecimento de uma grande rede de supermercados. O pai, Tony Labor, trabalha no estoque da Câmara Fria. A mãe, Francisca Labor, trabalha no setor de Recursos Humanos como digitadora. O filho mais velho, Jorge Labor, é agente de vendas e trabalha visitando clientes externos. Jorge sempre vê seus familiares no início da jornada, pois, é nesse momento, que recebe do supermercado o roteiro de visitas do dia e, no final do expediente, quando deve obrigatoriamente cadastrar relatório do percurso em reunião diária com seu gerente. A filhado meio, Eugênia Labor, é mãe de um bebê de 5 (cinco) meses e trabalha como supervisora. Por fim, o filho mais novo, Virgílio Labor, trabalha como vigilante do Supermercado, com jornada diferenciada de "12×36". Todos os dias, a família se reúne para almoçar no refeitório do supermercado durante o intervalo intrajornada, comum a todos, das 11:30 às 12:00 hs. Virgílio, sempre que sua escala permite, participa desse almoço.Considerando a realidade desta família, bem como a legislação e jurisprudência aplicáveis, é correto afirmar:

a) Tony tem direito a um intervalo diferenciado, identificado como pausa térmica para recuperação, inicialmente de 20 (vinte) minutos a cada 1 (uma) hora e 40 (quarenta)minutos, existindo previsão legal da redução desse tempo, por negociação coletiva ou na proporção em que o uso de Equipamentos de Proteção Individual reduza a insalubridade.

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b) Francisca não tem direito a intervalos específicos, tendo em vista que os digitadores não estão contemplados no Art. 72 da CLT, que prevê intervalos próprios de outras atividades, não sendo possível analogia, dada a especificidade das previsões legais.

c) O intervalo intrajornada dos membros da família está inadequado, sendo devida a indenização da fração remanescente da hora suprimida, salvo para Virgílio, tendo em vista que sua jornada especial implica na supressão do intervalo intrajornada.

d) É faculdade do supermercado abonar o tempo necessário para amamentação do bebê de Eugênia, sendo obrigatório apenas nos casos de prescrição médica ou previsão em Convenção Coletiva de Trabalho.

e) Para a incidência do Art. 62 da CLT, que exclui obrigatoriedade do controle de jornada, o trabalho de Jorge deveria ser efetivamente incompatível com fiscalização de horário por parte da empresa. No caso descrito, verifica-se contexto que permite inferir o contrário.

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No tocante à compensação de jornada, considere:I. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário.

II. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva.

III. O mero não atendimento às exigências legais para a compensação de jornada, inclusive quando encetada mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária, se não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional.

IV. As disposições contidas em súmula específica sobre o tema compensação de jornada do Tribunal Superior do Trabalho se aplicam ao regime compensatório na modalidade “banco de horas”, regime este que pode ser instituído por acordo individual escrito, acordo coletivo ou por convenção coletiva.Está correto o que consta APENAS em(A) I, II e IV. (B) I, II e III. (C) II e III. (D) I e IV. (E) I, III e IV.

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Fausta é empregada da Lanchonete “ABA” e trabalha como balconista, possuindo horário de trabalho no período noturno, das 22 às 5 horas. A lanchonete “ABA” é freqüentada por consumidores que normalmente voltam de outras programações noturnas, tendo em vista que a lanchonete possui horário de funcionamento até às 5 horas. Porém, a lanchonete só encerra as suas atividades após o atendimento do último cliente. Assim, Fausta frequentemente estende seu horário de trabalho até às 6 horas. Neste caso,

a) será devido o adicional noturno também sobre a hora prorrogada uma vez que Fausta cumpre o seu horário de trabalho integralmente no período noturno.

b) não será devido o adicional noturno sobre a hora prorrogada uma vez que, de acordo com a CLT, a hora noturna é das 22 às 5 horas, sendo considerada a hora como 52 minutos e 30 segundos.

c) não será devido o adicional noturno sobre a hora prorrogada uma vez que, de acordo com a CLT, a hora noturna é das 22 às 5 horas, sendo considerada a hora como 55minutos e 50 segundos.

d) só será devido o adicional noturno também sobre a hora prorrogada, se houver expressa previsão contratual neste sentido e previsão em norma coletiva.

e) não será devido o adicional noturno sobre a hora prorrogada, uma vez que é expressamente proibido o trabalho extraordinário para empregado que possui jornada de trabalho integral em horário noturno.

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Em relação ao intervalo intrajornada não remunerado, com base na lei e na jurisprudência uniforme do TST, é INCORRETO afirmar que

(A) é o que ocorre dentro da jornada de trabalho para o repouso e alimentação do empregado, devendo ser computado na duração do trabalho.

(B) quando o intervalo para repouso e alimentação não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.

(C) a não concessão total ou parcial do intervalo intrajornada mínimo, implica o pagamento total do período correspondente, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.

(D) é possível a redução do intervalo de uma hora para repouso e alimentação desde que sejam cumpridos os seguintes requisitos: (i) autorização do Ministério do Trabalho; (ii) existência de refeitórios no local de trabalho; e (iii) os empregados não trabalharem sob o regime de horas extraordinárias.

(E) não excedendo de seis horas o trabalho, será obrigatório um intervalo de quinze minutos quando a duração ultrapassar quatro horas.

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Laura é cuidadora responsável por acompanhar sua empregadora idosa prestando serviços em viagens durante feriados e férias. Em relação aos serviços prestados em viagens a legislação que regulamenta o trabalho doméstico prevê que

(A) os mesmos estarão condicionados à prévia existência de acordo com a entidade sindical representante do trabalhador.

(B) deverão ser consideradas as horas efetivamente trabalhadas, não sendo possível a compensação de horas extras eventualmente prestadas tendo em vista a peculiaridade do trabalho e o tempo à disposição.

(C) a remuneração-hora dos referidos serviços será, no mínimo, 50% superior ao valor do salário-hora normal.

(D) os mesmos serão prestados em regime de escala de 12 horas seguidas por 36 horas ininterruptas de descanso.

(E) a remuneração-hora dos referidos serviços, que será, no mínimo 25% superior ao valor do salário-hora normal, poderá ser, mediante acordo, convertida em acréscimo no banco de horas, a ser utilizado a critério do empregado.

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No tocante às férias, de acordo com a CLT, alterada pela Lei nº 13.467/2017 e pelo entendimento sumulado do TST, considere:

I. Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a dez dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um.

II. É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado.

III. Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias de, no máximo, dezoito dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte e duas horas, até vinte e cinco horas.

IV. O empregado que se demite antes de complementar doze meses de serviço tem direito a férias proporcionais.

Está correto o que consta APENAS emParte superior do formulárioI e III e IIIII e IVII, III e IVIII e IV

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De acordo com a Reforma Trabalhista, analise a situação hipotética a seguir. Suponha que João tenha sido contratado para trabalhar em regime parcial de trabalho de 30 horas semanais e Maria, por seu turno, para trabalhar em regime parcial de trabalho em regime parcial de trabalho de 20 horas semanais. Neste caso, considerando a redação da CLT após a reforma trabalhista, assinale a alternativa correta:a) O contrato firmado por João viola o regime parcial de trabalho, vez que superior a 25 horas semanais.

b) Caso haja, em determinado mês, um volume de serviço maior do que o normal será possível que João trabalhe até 06 horas extras por semana, as quais serão pagas com acréscimos de 50% do valor do salário-hora normal.

c) Na hipótese em comento, será legalmente possível que Maria trabalhe, em determinada semana, 28horas.

d) Não haverá óbice para que Maria trabalhe de segunda-feira a quinta-feira por 4 horas diárias e na sexta-feira e no sábado por 5 horas diários.

e) Caso João deseje, poderá, unilateralmente, alterar o seu contrato de trabalho em regime de tempo parcial para o regime normal de 44 horas semanais.

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Levando em consideração as alterações ocorridas após a reforma trabalhista, julgue os itens abaixo:I - Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais.II - As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão pagas com o acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o salário-hora normal.III - É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial converter um terço do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário.IV - As férias do regime de tempo parcial serão concedidas na proporção das horas de trabalho pactuadas. Assim, por exemplo, será de 18 dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte e duas horas, até vinte e cinco horas.Assinale a alternativa que corresponde às corretas e às erradas:a) I e II estão corretas; III e IV estão incorretas;

b) II e III estão corretas; I e IV estão incorretas;c) I e IV estão corretas; II e III estão incorretas;d) I II e III estão corretas; IV está incorretas;e) I, II, III e IV estão corretas

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- De acordo com a reforma trabalhista, assinale a alternativa incorreta:

a) A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.

b) A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal.

c) A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), exclusivamente mediante acordo escrito entre empregador e empregado.

d) O banco de horas poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses.

e) É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês.

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Para trabalhadores que fazem a jornada legal prevista no artigo 7º, inciso XIII da Constituição Federal, a compensação de jornada denominada “banco de horas” sem a remuneração de horas suplementares e observada a soma das jornadas semanais de trabalho previstas, será legalmente possível, desde que mediante.

a) acordo individual, observado o período máximo de um mês e não seja ultrapassado o limite máximo de 12 horas diárias.

b) acordo judicial, observado o período máximo de um ano e não seja ultrapassado o limite máximo de 12 horas diárias.

c) acordo individual, observado o período máximo de seis meses e não seja ultrapassado o limite máximo de 8 horas diárias.

d) acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho, observado o período máximo de dois anos e não seja ultrapassado o limite máximo de 10 horas diárias.

e) acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses, ou convenção coletiva de trabalho ou acordo coletivo de trabalho, observado o período máximo de um ano e não ultrapasse o limite máximo de 10 horas diárias.

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– De acordo com a reforma trabalhista, assinale a alternativa incorreta:A responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos

tecnológicos e da infra-estrutura necessária e adequada à prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, será do empregador.

a) Considera –se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo.

b) O comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho.

c) A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do contrato individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado.

d) Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com correspondente registro em aditivo contratual.

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De acordo com a Consolidação das Leis de Trabalho – CLT, julgue os itens a seguir quanto à jornada de trabalho como Verdadeiros ou Falsos e, em seguida, assinale a alternativa CORRETA.

I.É expressamente vedada para os atuais empregados a alteração da jornada de trabalho de tempo integral para regime de tempo parcial.

II. É considerado trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda vinte e cinco horas semanais.

III. O empregado sob o regime de tempo parcial não poderá prestar horas extras.A sequência CORRETA é:

a) F, V, Vb) F, V, Fc) V, F, Fd) V, F, V