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Avaliação do Estado Nutricional do Adolescente Profª Poliana Coelho Cabral

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Page 1: Aula - Adolescentes Estado Nutricional

Avaliação do Estado Nutricional do Adolescente

Profª Poliana Coelho Cabral

Page 2: Aula - Adolescentes Estado Nutricional

Adolescência 10 a 19 anos (OMS)

2º período de vida extra-uterina velocidade máxima de crescimento

Puberdade:

• Modificações ligadas ao amadurecimento sexual

• Passagem da infância a adolescência

• Inicio: 9 a 13 anos meninas

10 a 14 anos meninos

Page 3: Aula - Adolescentes Estado Nutricional

Adolescentes no Brasil:

IBGE, 1991 21,8% da população brasileira

35 milhões

Poucos estudos epidemiológicos e antropométricos

Identifiquem os riscos nutricionais desse grupo

Alguns dados podem vir da PNSN, 1989

54,7% Peso adequado para a altura

26,3% déficit ponderal

19% peso acima do esperado para a altura

PNSN, 1989 Limitações em relação a amostra variabilidade do estirão puberal e da maturação sexual

Page 4: Aula - Adolescentes Estado Nutricional

Pode-se dividir a adolescência em 3 etapas:

Adolescência Inicial 10 aos 14 anos:

1. Está preocupado com o corpo e a imagem corporal

2. Confia e respeita os adultos

3. É ansioso quanto às suas relações com os colegas

Implicações nutricionais dessa etapa:

• Fazem ou experimentam qualquer coisa para melhorar a imagem corporal

• Querem resultados imediatos

Page 5: Aula - Adolescentes Estado Nutricional

Adolescência Intermediária 15 aos 17 anos:

1. Muito influenciado pelo seu grupo de colegas

2. Desconfia dos adultos

3. Vê a independência como algo muito importante

4. Experimenta um desenvolvimento cognitivo muito importante

Implicações nutricionais dessa etapa:

• Escutam mais os colegas que os pais

• Mais responsáveis pelos alimentos que consomem

• Rejeição temporária dos padrões dietéticos da família

• Incorporação de modismos ou práticas alimentares alternativas

Page 6: Aula - Adolescentes Estado Nutricional

Adolescência Final 18 aos 19 anos:

1. Estabeleceu uma imagem corporal

2. Está orientado em direção ao futuro

3. Está cada vez mais independentes

4. É mais consistente com seus valores e crenças

Implicações nutricionais dessa etapa:

• Estão interessados na melhora e manutenção de sua saúde

• Pode-se fazer orientações com objetivos a longo prazo

Page 7: Aula - Adolescentes Estado Nutricional

Adolescência:

50% do peso e 20-25% da altura final

Inadequação nutricional Inibir hormônios gonadais retardando o inicio da puberdade prejudicando o ganho estatural

Obesidade aceleração da maturação óssea e da puberdade crescimento linear cessa precocemente

DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL:

• Idade cronológica assume importância secundária

• Adolescentes de mesma idade e sexo podem se encontrar em estágios distintos de maturação sexual

Page 8: Aula - Adolescentes Estado Nutricional

Diagnóstico Nutricional:

• Cuidados na interpretação: Considerar critérios de maturação sexual

• Avaliação da maturidade sexual: Critérios de Tanner

• Grandes mudanças físicas dificuldade em adotar um método de classificação nutricional

• O IMC é recomendado para o diagnóstico individual e coletivo do adolescente

• IMC segundo sexo e idade

• Padrão de referência NHANES II

• Ausência de padrão nacional Problema Diversidade no inicio da puberdade

Page 9: Aula - Adolescentes Estado Nutricional

Pontos de corte para adolescentes – OMS, 1995

Percentís do IMCPercentís do IMC Classificação Classificação nutricionalnutricional

< P5< P5 Baixo PesoBaixo Peso

≥ ≥ P5 e < P85P5 e < P85 EutróficoEutrófico

≥ ≥ P85 e < 95P85 e < 95

≥ ≥ 9595

SobrepesoSobrepeso

ObesidadeObesidade

Critérios de maturação sexual - Tanner

Critérios enumerados de 1 a 5

Consideram as mamas, pelos pubianos, genitália masculina

Realizada por médico com experiência em adolescentes ou através da auto-avaliação

Page 10: Aula - Adolescentes Estado Nutricional

Método da auto-avaliação:

• O adolescente identifica seu estágio de maturação com base em fotografias adaptadas de Tanner

• Técnica já validada em estudos no Brasil

• Durante a puberdade – Crescimento médio anual:

Meninos 9 a 10cm e 8Kg

Meninas 8cm e 6 a 8Kg

• Após o estirão, ocorre desaceleração gradual até a parada do crescimento:

Meninos 17 aos 18 anos Meninas 15 a 16 anos

Page 11: Aula - Adolescentes Estado Nutricional

Classificação de Tanner - Meninos

Page 12: Aula - Adolescentes Estado Nutricional

Classificação de Tanner - Meninas

Page 13: Aula - Adolescentes Estado Nutricional

Estágios de Maturação Sexual:

Estágio 1 – P1M1 / P1G1

• Características infantis

• Meninas < 9 a 10 anos e Meninos < 11-12 anos

• Começam as mudanças nos caracteres sexuais secundários

• Antes da puberdade Aumento da adiposidade como forma de reservar energia para o estirão

• Nessa fase – criança mais gordinha

• Sem que haja risco para obesidade Desde que não ultrapasse 20% do peso para altura

Page 14: Aula - Adolescentes Estado Nutricional

Estágio 2 – P2M2 / P2G2

• Meninas inicio do estirão 2anos + Menarca

• Meninos inicio da puberdade e não o estirão

Estágio 3 – P3M3 / P3G3

♀ Meninas fim do estirão

• Inicio aspecto longilíneo e emagrecido

• pode ser classificada como BP

• Menarca entre os estágios 3 e 4

♂ Meninos período do estirão

Page 15: Aula - Adolescentes Estado Nutricional

Estágio 4 – P4M4 / P4G4

♀ Meninas:

• Estabilização hormonal maior eficiência na conversão de energia em gordura

• Cuidado Prevenção da obesidade

♂ Meninos:

• Fim do estirão aspecto emagrecido

• Final do estágio ganho de tecido adiposo e muscular

Estágio 5 – P5M5 / P5G5

• Indica a finalização do processo de maturação sexual

Page 16: Aula - Adolescentes Estado Nutricional

Considera-se com atraso puberal:

Meninas: sem desenvolvimento das características sexuais secundárias após o 13 anos

Ou sem a menarca após os 15 anos

Meninos: sem o desenvolvimento aos 14 anos

Ou sem alcançar o G3 até os 15 anos

Avaliar nesses casos: A média do altura dos pais, o padrão de desenvolvimento familiar e o histórico alimentar-nutricional

Page 17: Aula - Adolescentes Estado Nutricional

Na avaliação nutricional também podem ser utilizados os índices A/I, P/I, P/A

IMC parece refletir melhor as mudanças corporais

No caso de IMC elevado utilizar dobras cutâneas para o diagnóstico diferencial

Pregas mais utilizadas: Tricipital e subescapular

Valores normais (Pregas) – entre o P15 e o P85

> P90 = obesidade

Obesidade aos 6 anos – 50% chance adulto obeso

Adolescente obeso – 70 a 80% de chance adulto obeso

Page 18: Aula - Adolescentes Estado Nutricional

Crianças obesas

Mais altas, idade óssea mais avançada e maturação sexual mais precoce

Falsa idéia criança vai ser alta que a média geral

Excesso de peso aceleração do processo de puberdade crescimento cessa antes do que o da média da população

Déficit de nutrientes inibir os hormônios gonadais retardando a puberdade compromete o ganho estatural

Page 19: Aula - Adolescentes Estado Nutricional

Comentários:

P/I

Perde seu valor após a puberdade

Mais útil em estudos longitudinais

P/A

Não distingue massa magra de massa gorda

Pode-se utilizar a adequação P/A:P/A = peso observado x 100

peso no P50 p/idade da altura observada

≥ 110% e < 120% - Sobrepeso

≥ 120% - Obesidade