aula 9 - processo civil inter. - roteiro 1.pdf
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FAPI – FACULDADE DE PINHAIS CURSO: DIREITO
MÓDULO: 7º E 8º PERÍODOS DISCIPLINA: DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
AULA 09 – PROCESSO CIVIL INTERNACIONAL – COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
INTRODUÇÃO:
• Ramo do “Direito Internacional Privado”;
• Apesar de ser denominado “internacional”, é direito interno;
• Busca determinar o lugar em que a prestação jurisdicional terá lugar.
• Diante de um litígio, dentro de uma relação privada caracterizada pela existência de um “elemento de estraneidade”, deve-se primeiramente definir quem realizará o julgamento. A autoridade competente aplicará o “método conflitual” para dar a solução ao caso.
PRINCÍPIOS:
• JURISDIÇÃO RAZOÁVEL: Necessidade de que o julgamento seja realizado por quem tenha razoável conexão com o caso;
• ACESSO À JUSTIÇA: Não discriminação do litigante/ a inexistência de distinção entre brasileiros e estrangeiros para fins processuais;
• COOPERAÇÃO ENTRE PODERES JUDICIÁRIOS: Obrigatoriedade de atender pedidos exteriores, como uma forma de proteção da pessoa humana;
• DIREITOS ADQUIRIDOS: Os direitos adquiridos no estrangeiro devem ser respeitados.
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL:
• Não se trata de uma “mera cortesia”. De acordo com os mais caros valores do Direito Internacional Privado, entende-se que todos os Estados devem cooperar para a proteção dos indivíduos. A cooperação internacional é, portanto, obrigatória (ainda que não haja entre os Estados qualquer acordo ou tratado assinado);
Compreende o reconhecimento e/ ou da execução de sentenças e o cumprimento
de atos que ocorrem no curso dos processos; CARTAS ROGATÓRIAS:
• São os instrumento que dispomos para realizar os atos de Cooperação Processual Internacional;
• As cartas rogatórias são, por excelência, o instrumento deste intercâmbio. Contudo, a existência de acordos bilaterais e multilaterais podem dispensar a exigência de carta rogatória para todos os atos de Cooperação.
• Podem ocorrer:
• Necessidade do réu ser alcançado fora da jurisdição processante para responder ação ou para sofrer execução (citação);
• Necessidade de realizar a instrução do processo por meios somente acessíveis ou exequíveis em outro Estado;
• Necessidade da autoridade julgadora obter informações sobre direito estrangeiro vigente aplicável a determinado caso de Direito Internacional Privado.
• CPC, arts. 202 a 212;
• Novo CPC, arts. 35* e 36, 260 a 268.
* Art. 35. Dar-se-á por meio de carta rogatória o pedido de cooperação entre órgão jurisdicional brasileiro e órgão jurisdicional estrangeiro para prática de ato de citação, intimação, notificação judicial, colheita de provas, obtenção de informações e cumprimento de decisão interlocutória, sempre que o ato estrangeiro constituir decisão a ser executada no Brasil.
• Competência (carta precatória “passiva”): Compete ao STJ processar e julgar, originariamente, a concessão de exequatur às cartas rogatórias (CF, art. 105, I, i).
• Juízo de delibação (STJ): requisitos forma, respeito à soberania e não afronta à ordem pública.
• Competência (carta precatória “ativa”): Autoridade Central brasileira, no caso, a Coordenação Geral de Cooperação Internacional (CGCI), órgão do Ministério da Justiça (MJ), localizado em Brasília/ DF.
• Juízo de delibação (CGCI) e envio para a Autoridade Central do país “rogado”.
HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇAS ESTRANGEIRAS:
• Competência: Compete ao STJ processar e julgar, originariamente, a homologação de sentenças estrangeiras (CF, art. 105, I, i).
• Trata-se de procedimento realizado pelo STJ que torna as sentenças estrangeiras assemelhadas às nacionais no que diz respeitos a seus efeitos e exequibilidade;
• Juízo de delibação (STJ): requisitos forma, respeito à soberania e não afronta à ordem pública.
• Requisitos (Resolução n. 9 do STJ):
i. Prolação por juiz competente; ii. Citação do réu ou Configuração legal de sua revelia; iii. Trânsito em julgado; iv. Consularização e Tradução oficial dos documentos.