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29/06/2009 Antibacterianos caio.maximino@gmail. com Antibacterianos Aula 7

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29/06/2009 Antibacterianos [email protected]

Antibacterianos

Aula 7

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29/06/2009 Antibacterianos [email protected]

Programa• Conceitos básicos da quimioterapia: Conceito de quimioterapia;

infecções vs. infestações; toxicidade absoluta e relativa; espectro e resistência antimicrobiana; CIM, CBM, efeito bactericida da concentração e efeito pós-antibiótico; níveis de pico e de queda; monoterapia versus terapia antimicrobiana combinada.

• Classificação dos agentes antimicrobianos: antibacterianos; antifúngicos; antiparasitários; antivirais e antiretrovirais; antineoplásicos.

• Antibacterianos: Pontos de ataque antibacteriano; efeito bactericida e efeito bacterostático; inibidores da síntese da parede celular; inibidores da síntese de tetrahidrofolato; inibidores da função do DNA; inibidores da síntese protéica.

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Conceito de quimioterapia

• Drogas com ação quimioterápica têm a capacidade de erradicar células que são responsáveis por doenças infecciosas ou as células neoplásicas que constituem tumores cancerosos.

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Conceito de quimioterapia

Quimioterápicos

Antimicrobianos Oncoquimioterápicos

Antibacterianos Antimicobacterianos

Antifúngicos Antiparasíticos

Antivirais Antiretrovirais

Agentes oncostáticos

Agentes antineoplásicos

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Infecções vs. infestações• Do ponto de vista prático (ainda que não do ponto de vista

taxonômico), os microorganismos significativos em termos clínicos podem ser divididos em quatro importantes classes: bactérias, fungos, parasitas (endo e ecto) e vírus.

• Algumas bactérias atípicas (Chlamydiae, Rikettsiae e Mycoplasma) justificam a introdução de categorias separadas de organismos patogênicos.

• INFECÇÕES são causadas por bactérias, fungos, vírus e endoparasitas.

• INFESTAÇÕES são causadas por ectoparasitas.

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Toxicidade absoluta e relativa• Drogas antimicrobianas têm o objetivo de destruir os

microorganismos patogênicos que invadem o organismo e causam infecções. A droga antimicrobiana ideal não deveria causar qualquer dano às células e aos tecidos do organismo nesse processo.

• Drogas antimicrobianas que apresentam um grau maior de toxicidade seletiva absoluta causam danos quase exclusivamente aos microorganismos, enquanto aquelas que mostram toxicidade seletiva relativa podem trazer danos ao organismo dos pacientes.

• A toxicidade seletiva absoluta pode ser atingida explorando as diferenças biológicas entre as células tos tecidos do hospedeiro e as dos microorganismos que espera-se combater.

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Diferenças entre células humanas e bacterianas

1. Parede celular vs. membrana plasmática (exceção: Mycoplasma).

2. Síntese (ou ausência) do ácido fólico a partir do ácido p-aminobenzóico (PABA).

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Espectro dos antimicrobianos

• Antimicrobianos de espectro estreito: Apenas uns poucos tipos ou espécies de microorganismos são sensíveis a esses agentes (p. ex., organismos gram-positivos).

• Antimicrobianos de espectro estendido: Espectro intermediário que pode, p. ex., incluir bactérias gram-positivas e algumas gram-negativas selecionadas.

• Antimicrobianos de espectro amplo: Afetam uma grande variedade de organismos diferentes, tanto gram-positivos quanto gram-negativos. Podem afetar microorganismos não-patológicos.

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Resistência antimicrobiana

• Alguns microorganismos podem se tornar resistentes aos efeitos de antimicrobianos, como resultado de mudanças geneticamente induzidas no organismo, da inabilidade da droga antimicrobiana em penetrar a parede celular bacteriana ou do uso inadequado de antimicrobianos na prática clínica.

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Teste de susceptibilidade aos antimicrobianos (antibiograma)

• Bioensaios conduzidos in vitro que visam testar a susceptibilidade das bactérias aos antimicrobianos.

– Avaliação qualitativa (S; I; R): Disco difusão (método Kirby-Bauer).

– Avaliação quantitativa: avaliação da concentração inibitória mínima.

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CIM e CBM• CIM: Representa a concentração

inibitória mínima que a droga antimicrobiana deve atingir para efetivamente inibir a multiplicação dos microorganismos.

• CBM: Representa a concentração mínima bactericida que a droga antimicrobiana deve atingir para eliminar as células bacterianas no organismo.

• Agentes bactericidas (i.e., com CBM baixa) são preferíveis aos bacteriostáticos (i.e., com CIM baixa).

(Lüllman et al., 2005)

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CIM como medida• Apresentada em oposição a medidas qualitativas.

• Jorgensen, 1993: Na maioria das vezes, um resultado qualitativo é suficiente; a maioria dos médicos não sabe interpretar o resultado quantitativo.

• É útil, do ponto de vista clínico, em algumas situações específicas:– Quando o antibiótico não tem boa penetração no sítio infeccioso;– No caso de bactérias multirresistentes;– No caso das endocardites;– No caso das meningites;– No caso das osteomielites;– No caso de infecções em prótese;– Quando o paciente é imunossuprimido.

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Efeito pós-antibiótico

• Alguns agentes antimicrobianos exibem um efeito pós-antibiótico; isso implica que os microorganismos susceptíveis exibirão uma inibição persistente de sua multiplicação, em alguns casos por várias horas depois da exposição a concentrações suficientes do agente antimicrobiano e depois de os níveis plasmáticos terem diminuído para um valor abaixo do limite terapêutico.

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Efeito dependente do tempo

• Efeitos antimicrobianos também podem ser dependentes do tempo de exposição do microorganismo a concentrações suficientes dos agentes antimicrobianos em questão.

Aminoglicosídeos: alta concentração por um período curto de tempo

Penicilina: concentração mais baixa por um período de tempo mais longo

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Cinética: Níveis de pico e queda

• Cmin: Nível sérico de queda (concentração sérica mínima) da droga; medido logo antes da administração da próxima dose da droga.

• Cmax: Nível sérico de pico (concentração sérica máxima) da droga; medido uma hora depois da administração de uma dose do tipo bolo.

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Monoterapia versus terapia antimicrobiana combinada

• A maioria das infecções comuns, causadas por microorganismos altamente susceptíveis e adquiridos em comunidade requerem uma monoterapia (uso de um único agente microbiano).

• Em casos mais complicados, a adição de 2+ agentes antimicrobianos pode ser necessária.

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Terapia antimicrobiana combinada

• Efeitos aditivos: A combinação produz efeitos que são iguais à soma daqueles que teriam sido obtidos com os agentes individuais administrados sozinhos.

• Efeitos sinergísticos: A combinação produz efeitos que são maiores do que a soma dos efeitos que teriam sido obtidos com os agentes sozinhos.

• Efeitos antagonistas: A combinação produz efeitos que são menores que a soma dos agentes individuais (i.e., não apresenta benefício clínico.

• Indiferença: A combinação não é mais efetiva do que o uso de qualquer um dos agentes sozinhos.

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Princípios da terapia antibacteriana

(Lüllman et al., 2005)

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Inibidores da síntese da parede celular

• Na maior parte das bactérias, uma parede celular cerca a célula de forma a protegê-la de influências externas nocivas e prevenir a ruptura da membrana plasmática devido a pressão osmótica interna alta.

• A estabilidade estrutural da parede celular é devida principalmente a um lattice de mureína, os “tijolos” que se ligam para formar uma macromolécula. Cada unidade básica contém dois aminoglicosídeos (N-acetilglucosamina e ácido N-acetilmurâmico).

(Lüllman et al., 2005)

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Inibidores da síntese da parede celular

• Exercem um efeito bactericida.

• Incluem os antibióticos β-lactâmicos como as cefalosporinas e as penicilinas, assim como a bacitracina e a vancomicina.

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Penicilinas: Espectro

• Cocos gram-positivos (estreptococos, estafilococos que não produzem a penicilinase, e pneumococos).

• Cocos gram-negativos (meningococos e gonococos).

• Bacilos gram-positivos (com exceção dos anaeróbicos, que são resistentes à penicilina).

• Espiroquetas da angina de Vincent (Treponema vincentii) e da sífilis (T. pallidum).

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Formas de estender a ação das penicilinas

(Lüllman et al., 2005)

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Desvantagens da penicilina G

(Lüllman et al., 2005)

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Os derivados da penicilina e as cefalosporinas

(Lüllman et al., 2005)

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(Lüllman et al., 2005)

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Aspectos terapêuticos do uso das tetraciclinas, cloranfenicol, e aminoglicosídeos

(Lüllman et al., 2005)

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Usos no controle de infecções bucais e odontológicas

• Clindamicina (lincosamida): Periodontites, abcessos periodontais, abcessos periapicais e gengivites causadas por estreptococos.

• Neomicina (aminoglicosídeo): Aftas e gengivites.– Aftas: Utilizada em preparação com procaína, mentol e tartarato de bismuto.– Gengivites: Utilizada em preparação com benzocaína, hidrocortisona

(glicocorticóide p/ efeito antiinflamatório e imunossupressor), troxerrutina (ação flebotônica e capilar-protetora).

• Gramicidina (aminoglicosídeo): Antiinfecciosos orofaríngeos.– Utilizada em preparação com sulfato de framicetina, prednisolona (glicorticóide

p/ efeito antiinflamatório e imunossupressor), e algum anestésico (amilocaína ou procaína).

• Policresuleno (detergente catiônico): Tratamento de aftas e inflamações da membrana mucosa oral.

– Efeito antimicrobiano não-seletivo; denatura seletivamente tecido necrosado.

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Antifúngicos

• Infecções devidas a fungos geralmente são restritas à pele ou membranas mucosas (micoses locais ou superficiais).

• Em estados imunodeficientes, os órgãos internos também podem ser afetados (micoses sistêmicas ou profundas).

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Usos no controle de infecções bucais e odontológicas

• Fluconazol (Inibidor da síntese de ergosterol): Candidíase oral atrófica crônica (lesão bucal associada a dentaduras).

• Hexetidina: Coadjuvante no tratamento de gengivites causadas por estreptococos e na candidíase oral.

• Mepartricina (antibiótico poliênico): Usado na candidíase oral.

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