aula 7 avaliação econômica proj saneamento iph 212

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AVALIAÇÃO ECONÔMICO FINANCEIRA DE PROJETOS DE SANEAMENTO AULA 7 IPH 212 SISTEMAS DE ÁGUA E ESGOTO [email protected] 1 2015 1

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Aula de avaliação econômica de projeto hidráulico.

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  • AVALIAO ECONMICO

    FINANCEIRA DE PROJETOS

    DE SANEAMENTO

    AULA 7

    IPH 212 SISTEMAS DE GUA E ESGOTO

    [email protected]

    1 2015 1

  • Apresentar, discutir e comparar os dois

    principais mtodos para a anlise de

    investimentos:

    Mtodo do Valor Presente Lquido (VPL) e

    Mtodo da Taxa de Retorno (TIR).

    2

    OBJETIVOS

  • MTODOS PARA A ANLISE

    FINANCEIRO ECONMICA DE

    SISTEMAS DE SANEAMENTO

    BSICO

    3

  • O que significa a taxa de desconto? A taxa de desconto difcil de mensurar com

    preciso, mas pode-se afirmar que ela o custo de oportunidade do municpio ou do

    empreendedor realizar seu investimento no projeto, ao invs de aplicar o dinheiro no

    mercado financeiro.

    Por que o VPL mtodo mais indicado? O VPL mais indicado porque tem as seguintes

    caractersticas:

    1) Reconhece o valor do dinheiro no tempo.

    2) No afetado por tcnicas contbeis.

    3) Reflete o aumento de riqueza para o acionista.

    4) VPLs podem ser somados. 5) Depende somente dos fluxos de caixa e do custo de oportunidade.

    As duas expresses chaves para o clculo do valor presente so expressas a seguir:

    Fvp = 1 / (1+i)n P = Fvp*S

    Onde:

    Fvp = fator de valor presente;

    i = taxa de desconto ou custo de oportunidade capital;

    n = nmero de anos de alcance do projeto;

    P = capital inicial atualizado;

    S = valor que atinge P depois de n anos ao interesse composto i.

    In: www.ctavares.com.br

    4

  • Com o fator Fvp, calcula-se o Valor Presente (VP) dos investimentos

    e dos custos operacionais:

    VP = Fvp * (CINVEST + CMOR)

    Onde: VP = valor presente do capital para o ano n; CINVEST = Custo do Investimento;

    CMOR = Custo de Manuteno, Operao e

    Reposio.

  • Mtodo do Valor Presente Lquido - VPL

    Um municpio tem recursos reservados no OGU de R$ 1.000.000,00 para um

    projeto de saneamento bsico. Este projeto tem sustentabilidade financeira?

    Uma das formas para responder a pergunta aplicar o mtodo do VPL que

    consiste no seguinte roteiro para a tomada de deciso:

    1) Projete o fluxo de caixa durante toda a vida econmica do projeto.

    2) Determine a taxa de desconto, que deve refletir o valor do dinheiro no tempo,

    o custo de capital e o risco do projeto.

    3) Usando a taxa de desconto calcule o valor presente do fluxo de caixa

    projetado.

    4) Calcule o VPL do fluxo de caixa e VPL dos Custos do Investimento e da

    Operao e Manuteno.

    5) Se VPL Benefcios > VPL Custos, o projeto tem sustentabilidade.

    In: www.ctavares.com.br 6

  • Taxa Interna de Retorno - TIR

    A taxa interna de retorno a taxa de desconto que faz o VPL ser zero. Se ela

    maior que o custo de oportunidade considerado, o projeto tem VPL positivo, caso

    contrrio, o VPL ser negativo. Aceita-se um projeto se a sua TIR for maior que

    o custo de oportunidade.

    A maior vantagem da TIR que ela gera as mesmas decises que o mtodo do

    VPL na maioria das vezes, mas conflitua em alguns casos. O mtodo

    amplamente utilizado na prtica, mas so necessrios alguns cuidados para a

    sua correta utilizao, principalmente nos seguintes casos:

    1) Entre um conjunto de projetos, aquele que tem a mais alta TIR no

    necessariamente tem o maior VPL. Por isso deve-se ter cuidado com o uso

    indiscriminado da TIR na escolha entre projetos mutuamente exclusivos.

    2) Em projetos em que o fluxo de caixa muda de sinal mais de uma vez, pode

    haver mltiplas TIRs.

    3) Em projetos longos, pode haver diversos custos de oportunidade. Como a

    TIR nica para todo o projeto, no fica claro contra qual custo de oportunidade

    deve-se compar-la. In: www.ctavares.com.br

    7

    TIRE = 100*((RM/CM) 1)

  • Parmetros relacionados aos mtodos de anlise

    econmica de projetos em saneamento

    a)Horizonte de projeto: perodo relativo aos investimentos e operao do SAA e

    SES

    b) Volume tratado: o volume tratado dar origem aos custos ou disponibilidades

    dos SAA e SES; (p/ SAA = Populao x q x k1) ; (p/ SES = Populao x q x k1 x c)

    c) Receita anual: o produto entre o consumo de gua medido ou estimado e o

    volume de esgoto coletado multiplicado pelo custo dos SAA e SES (R$/m3 de

    gua ou esgoto);

    d) Investimentos: valores necessrios para implantao do sistema, definindo a

    contrapartida, prazo de carncia e amortizao, taxa de juros e taxa de desconto

    anual;

    e) Despesas com operao: valor gasto com despesas relacionadas aos SAA e

    SES, energia eltrica, produtos qumicos e pessoal;

    f) Custo total: soma de todas as despesas anuais, ou seja, investimentos somado

    s despesas com operao;

    g) Receita mdia: a receita resultante dada pela razo entre a receita anual e

    volume tratado, ou consumido, ou aduzido, de acordo com o tipo de anlise

    econmica.

    h) Custo marginal: o custo para tratamento de 1m3 de gua ou de efluente, para

    1 m3 produzido (SNIS Despesa por volume consumido), ou seja, a razo entre o custo total e o volume tratado (consumido/aduzido/tratado). 8

  • TIR = Considera as Receitas Potenciais e os Custos Marginais

    Se TIR > 1 tem viabilidade (tem o retorno sobre o investimento)

    Se TIR < 1 no tem viabilidade

    Custos = Custos Investimentos + Custo MOR

    VPL Custos (Custos Investimentos + Custos MOR)

    VPL Volumes (medidos de gua ou esgoto)

    VPL Receitas

    Custo Marginal = VPL Custos / VPL Volumes produzidos

    ou medidos

    Receitas Potenciais = VPL Receitas / VPL Volumes

    medidos

    9

    A taxa interna de retorno dada por: TIRE = 100*((RM/CM) 1)

    Onde:

    TIRE = taxa interna de retorno do empreendimento;

    RM = receita mdia resultante para as receitas anuais;

    CM = custo marginal

  • 10

    Obras e/ou equipamentos Alcance do projeto (anos)

    Tomada dgua

    Barragens grandes e tneis

    Estaes elevatrias

    Equipamentos de recalque

    Adutoras de grande dimetro

    Floculadores, decantadores e filtros

    Dosadores

    Reservatrio de distribuio concreto)

    Reservatrio de distribuio (ao)

    Canalizao de distribuio

    Edificaes

    25-50

    30-60

    10-25

    10-20

    20-30

    20-30

    10-10

    30-40

    20-30

    20-30

    30-50

    ALCANCE DE OBRAS E EQUIPAMENTOS (GOMES, 2004).

  • 11

    Partes do SAA Custos (%)

    P 10.000 10.000 P40.000 40.000 P100.000 P>100.000

    Captao

    Aduo

    Bombeamento

    Tratamento

    Reservao

    Distribuio

    30

    8

    6

    12

    6

    38

    20

    9

    5

    9

    6

    51

    8

    11

    5

    9

    6

    61

    3

    11

    1

    5

    4

    76

    PERCENTUAL DE CUSTOS DOS COMPONENTES DE UM

    SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE GUA, SEGUNDO

    POPULAO ATENDIDA (TSUTYIA, 2004).

  • INTERPRETAO DOS DADOS EXERCCIO

    DESENVOLVIDO EM AULA

    O CLCULO DO SOMATRIO DO VALOR PRESENTE (VPL) DA ALTERNATIVA SAA 2 (DN 200) DO MATERIAL DIDTICO RESULTOU EM UM

    VPL = R$ 1.988.872,00, A MELHOR DENTRE AS ALTERNATIVAS ESTUDADAS.

    CUSTO MARGINAL = VPL CUSTOS / VPL VOLUMES PRODUZIDOS -

    DISTRIBUDOS

    RECEITA POTENCIAL = VPL RECEITAS / VPL CONSUMOS MEDIDOS

    O CUSTO MARGINAL > = < DO QUE A RECEITA POTENCIAL ??

    INTERPRETAR!

    TIRE = 100*((RM/CM) 1)

  • 13

    fossa +

    filtro anaer.

    EBE

    ETE (80 L/S)

    CT 10 + 11

    CT 8+10+11

    ANTES 1500 mm

    ANTES 1000 mm

    CT 6

    100 -500 mm

    CT 8

    600 mm

    700 mm

    APS A

    OBRA AS

    ETES

    SERO

    ELIMINADAS

    LANAMENTO

    DIRETO DE

    ESGOTOS

    ADEQUAO SES BAG

    REVISO DAS CONDICIONANTES

    DO PROJETO SIGNIFICOU

    ECONOMIA DE R$ 30 MILHES

    ESTUDO DE CASO - AVALIAO ECONMICA DE

    ALTERNATIVAS PARA IMPLANTAO SES BAG

    Arroio Bag

    Arroio Tbua

    CT : Coletor Tronco

  • - utilizao de caixa de captao para desviar guas

    pluviais

    - ETE: alternativa 4 possui maior eficincia em

    termos de remoo de nitrognio

    - fator de diluio:

    1 5,81

    4 2

    Alternativas 1 e 4 SES BAG

    (BAG, 2008) (BAG, 2008)

    Alternativa 1 Alternativa 4

    14

  • - diminuio da vazo de projeto e consequente

    diminuio dos dimetros nominais dos coletores

    tronco

    - modulao no tratamento de esgotos aumento dos mdulos de tratamento conforme a demanda

    - taxa interna de retorno (TIR):

    1 -30,94%

    4 +0,54%

    Alternativas 1 e 4 SES BAG

    15

  • Consideraes Finais SES BAG

    - lucratividade identificada no aumento da qualidade de vida da populao, despoluio dos corpos hdricos, diminuio de doenas de veiculao hdrica e consequente queda nos gastos com sade pblica

    - a utilizao das redes existentes torna-se o caminho para viabilizar obras de saneamento frente a falta de recursos dos municpios

    - necessidade de integrar a drenagem pluvial ao sistema de esgotamento sanitrio

    16

  • ALTERNATIVA 1 SES BAG (Valores x 1.000)

    02 2012 elaborado por Dieter

    17

  • ALTERNATIVA 4 SES BAG (Valores x 1.000)

    02 2012 elaborado por Dieter

    18

  • Este tem prope uma simulao de melhoria da viabilidade econmica

    e financeira de um empreendimento na rea do saneamento bsico.

    Para avaliao da repercusso e acrscimos tarifrios sobre o aspecto

    econmico foram efetuados por processamento em computador

    clculos de Taxa Interna de Retorno (TIR) fazendo variar a tarifa com

    acrscimos de 10% a 50%.

    ESTUDO DE CASO IMPLANTAO DE SES CAVALHADA/POA

    MELHORIA DA VIABILIDADE DE UM PROJETO NO

    SANEAMENTO BSICO

    19

  • AUMENTO PERCENTUAL

    NA TARIFA (%)

    VALOR DA TARIFA DE

    ESGOTO (R$/m3)

    TAXA INTERNA DE

    RETORNO (% ao ano)

    Zero

    10 0,463 12,15

    20 0,504 14,29

    30 0,546 16,45

    40 0,588 18,67

    50 0,63 20,95

    60 0,672 23,31

    70 0,714 25,77

    80 0,756 28,35

    90 0,798 31,06

    100 0,840 33,93

    Para avaliar a repercusso do aumento da tarifa sob o aspecto financeiro no Fluxo de

    Caixa um acrscimo da tarifa na ordem de 20%, passando-a para R$ 0,50/m3 de esgoto.

    Esta simulao (+20%) resultaria em saldos acumulados positivos, no curto prazo.

    Conclui-se que o equacionamento financeiro para a viabilizao do sistema de esgotos na

    Bacia Cavalhada em Porto Alegre, local do estudo de caso.

    Tabela Taxas Internas de Retorno para valores variveis a tarifa de esgoto 02 2012 elaborado por Dieter

    20

  • 21

    EXERCCIO DIDTICO IPH 212

    ANO POPULAO

    VOLUME

    PRODUZIDO

    DE GUA

    VOLUME

    CONSUMIDO

    (MEDIDO)

    CUSTOS DE

    PRODUO

    RECEITAS DA

    ARRECADAOFVP

    VALOR

    PRESENTE

    PRODUO

    VALOR

    PRESENTE

    RECEITAS

    2010

    2020

    2030

    TOTAL

    VPL

    CUSTO MARGINAL RECEITA POTENCIAL

    CALCULAR O VALOR PRESENTE DOS VOLUMES PRODUZIDOS, VOLUME MEDIDO,

    DOS CUSTOS DE PRODUO E RECEITAS CONSIDERANDO TAXA DE 12%AA.

    ESTIMAR A POPULAO PARA UM ALCANCE DE 20 ANOS, CALCULAR VOLUME PRODUZIDO DE GUA (Q = 200 L/HAB.DIA

    + PERDAS FSICAS DE GUA), CALCULAR VOLUME CONSUMIDO, CUSTOS DE PRODUO (DESPESA EXPLORAO) E

    RECEITAS DE ARRECADAO (CONSIDERAR VOLUME MEDIDO SNIS L/HAB.DIA E TARIFA MDIA DE GUA POR M3

    MEDIDO DO SNIS

    http://www.snis.gov.br/ VOLUME PRODUZIDO INCLUI PERDAS (IPD)