aula 6 - projeto À fadiga – vida total

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Aula 6

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  • PROJETO FADIGA VIDA TOTALFadiga Oligocclica

  • Fadiga com Amplitude Constante

    Antigamente:

    Vida Total Fadiga Oligocclica (LCF) 103 105 ciclos

    Fadiga de elevado nmero de ciclos (HCF) 105 107 ciclos

    Propagao de Fadiga Lei de Paris

    Hoje em Dia

    Vida Total Fadiga Oligocclica (LCF) 103 107 ciclos

    Fadiga de muito elevado nmero de ciclos (VHCF) 107 ciclos

    Propagao de Fadiga Lei de Paris

    23/06/2015 2

  • Fadiga Oligocclica

    Fadiga Oligocclica 103 a 107 ciclos

    https://www.youtube.com/watch?v=jCxKO7Z3vqU

    23/06/2015 3

  • Definio

    Por fadiga oligocclica entende-se fadiga para a qual a vida noultrapassa os 103 ou 107 ciclos.

    Para tal as tenses aplicadas so normalmente elevadas e asfrequncias de aplicao muito baixas.

    Este tipo de fadiga divide-se normalmente em: Amplitude de tenso constante; Amplitude de extenso constante.

    23/06/2015 4

  • Tipos de Fadiga Oligocclica

    Fadiga

    Oligocclica

    Amplitude de

    Tenso Constante

    Amplitude de

    Extenso Constante

    Efeitos MartimosEfeitos da variao

    De temperatura

    Aplicao directa

    de deformaes

    Reservatrios de

    PressoEfeitos das Ondas

    Efeitos das Mars

    23/06/2015 5

  • Fadiga Oligocclica de Amplitude de Tenso Constante

    No primeiro caso a tenso normalmente superior tenso decedncia, sendo que a cada ciclo que passa, a deformaoplstica vai sendo acumulada e leva rotura do material.

    A origem deste tipo de fadiga esta no fenmeno de Histerese,no qual o carregamento e descarregamento do material, no sedo pela mesma linha, devido dissipao de energiaexistente.

    Este processo tambm conhecido por fluncia cclica.

    23/06/2015 6

  • Fadiga Oligocclica de Amplitude de Tenso Constante

    Representao da evoluo da extenso quando a amplitude de tenso constante

    23/06/2015 7

  • Fadiga Oligocclica de Amplitude de Extenso Constante

    Representao da evoluo da tenso quando a amplitude de extenso constante

    23/06/2015 8

  • Fadiga Oligocclica de Amplitude de Extenso Constante

    No segundo caso (de maior interesse) a deformao plsticaestar delimitada, atravs de um valor mdio e uma gama deextenso.

    Desta forma os sucessivos carregamentos, de trao-compresso alteram a curva de extenso-tenso fazendo variara tenso de cedncia do material.

    Esta tenso tende a estabilizar ao fim de alguns ciclos,formando um anel constante at rotura final.

    23/06/2015 9

  • Amaciamento e endurecimento cclico

    A tenso de cedncia pode assim aumentar ou diminuir, conforme as caractersticas do material.

    23/06/2015 10

  • Amaciamento e endurecimento cclico

    Aps a estabilizao dos anis de fadiga

    ou histerese, podemos

    caracterizar o material, e

    classifica-lo de acordo com o seu comportamento.

    23/06/2015 11

  • Relaxao da Tenso Mdia

    Deve ainda ser referidoque no caso de se aplicarum ciclo pulsante (tensomdia diferente de zero) impossvel estabilizar oanel de histerese,assistindo-se a umfenmeno de relaxaode tenses, que faz baixara tenso mdia, ao fim deum determinado nmerode ciclos.

    23/06/2015 12

  • Leis Fenomenolgicas da Fadiga Oligocclica

    Para a fadiga a amplitude de extenso constante:

    Existe tambm uma relao bi-logartmica, mas agoraentre a amplitude de extenso plstica e o dobro donmero de ciclos at rotura.

    2

    = 2

    Esta a Lei de Coffin-Manson, sendo a suas duasconstantes determinadas experimentalmente.

    23/06/2015 13

  • Relao entre Extenso Plstica e o Nmero de Revolues at Rotura

    23/06/2015 14

  • Lei de Basquin

    Para a parte elstica da deformao existe tambm uma

    relao semelhante, que d pelo nome de Basquin:

    2= 2

    A qual se pode combinar com a primeira, sendo que

    desta forma:

    2=

    2

    +2

    2=

    2 + 2

    23/06/2015 15

  • Relaes Elasto-Plsticas entre Extenso e Nmeros de Revolues at Rotura

    23/06/2015 16

  • Efeito da Tenso Mdia

    Morrow introduziu ainda uma alterao a esta Leique tem em conta a existncia de uma tensomdia, sendo de notar no entanto que admite ano existncia do efeito de relaxao de tenses:

    2=

    2 + 2

    Este pode ser includo ainda nesta Lei, atravsde uma expresso que funo do material.

    23/06/2015 17

  • Curva Cclica

    Uma segunda importante relao matemtica para aanlise da fadiga oligocclica, o estabelecimento deuma relao entre os valores de extenso e tenso aque o material est sujeito ao longo dos vrios ciclos.

    A esta relao d-se o nome de curva cclica tenso extenso.

    23/06/2015 18

  • Curva Cclica

    Pode ser determinada admitindo em primeiro lugar que omaterial assume um comportamento do tipo Ramberg-Osgood,no domino plstico:

    2

    =

    2

    1

    2

    =

    2

    Onde K chamado Coeficiente de Resistncia Cclica e nExpoente de Encruamento do material.

    Admitindo em segundo lugar que no domino elstico vlida arelao de Hooke, ou seja:

    2

    =

    2

    23/06/2015 19

  • Curva Cclica

    Obtm-se assim uma Curva Tenso Extenso vlidapara um comportamento dinmico (essencial para afadiga) e no monotnico, como aquele que se obtmcom um ensaio de trao.

    2=

    2+

    2

    1

    =

    +

    1

    23/06/2015 20

  • Relaes entre o comportamento fadiga e a Curva Cclica

    possvel ainda estabelecer algumas relaes entre a curva cclica e o comportamento fadiga do material.

    Isto porque a curva cclica normalmente determinada ensaiando o material fadiga.

    So no entanto relaes empricas e devem ser apenas tomadas como exemplos:

    23/06/2015 21

    =

    =

    = 1

    1

    =

    1 + 5

    =1

    1 + 5

  • Determinao dos Parmetros

    23/06/2015 22

    Considere um ao com um mdulo de elasticidade de

    195818 MPa:

    Amplitude

    de Extenso

    Amplitude de

    Tenso [MPa]

    Amplitude

    de Extenso

    Plstica

    Amplitude

    de Extenso

    Elstica

    Nmero de

    Reverses[ciclos]

    Nmero de

    ciclos de rotura

    0.0393 1120 0.0336 0.0057 50 25

    0.0393 1117 0.0336 0.0057 68 34

    0.02925 1069 0.0238 0.0055 122 61

    0.01975 989 0.0147 0.0051 256 128

    0.0196 989 0.0145 0.0051 350 175

    0.01375 941 0.0089 0.0048 488 244

    0.0098 900 0.0052 0.0046 1364 682

    0.0098 872 0.0053 0.0045 1386 693

    0.00655 834 0.0023 0.0043 3540 1770

    0.0063 821 0.0021 0.0042 3590 1795

    0.0046 786 0.0006 0.0040 9100 4550

    0.0036 731 0.0000 0.0037 35200 17600

    0.00295 583 0.0000 0.0030 140000 70000

    2

    =

    2

    2

    =

    22

  • Determinao dos Parmetros

    Parte Elstica:

    2=

    2=

    2 =

    1527

    1958182 0.076

    23/06/2015 23

    y = 0.0078x-0.076

    R = 0.9764

    0.0010

    0.0100

    0.1000

    1.0000

    10 100 1000 10000 100000 1000000

    Am

    pli

    tud

    e d

    e E

    xte

    nso

    Nmero de Reverses

    Curva Elstica

    Curva Total

    Potencial (Curva Elstica)

  • Determinao dos Parmetros

    Parte Plstica:

    2=

    2

    2= 2

    =

    0.8112 2 0.732

    23/06/2015 24

    y = 0.8112x-0.732

    R = 0.961

    0.0001

    0.0010

    0.0100

    0.1000

    1.0000

    10 100 1000 10000 100000 1000000

    Am

    pli

    tud

    e d

    e E

    xte

    nso

    Nmero de Reverses

    Curva Plstica

    Curva Total

    Potencial (Curva Plstica)

  • Determinao dos Parmetros

    Curva Cclica:

    2=

    2+

    2

    1

    ;

    1492

    2

    0.094=

    2

    =

    2

    23/06/2015 25

    y = 1492.2x0.0939

    R = 0.9419

    0

    200

    400

    600

    800

    1000

    1200

    0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 0.035 0.04 0.045

    Am

    pli

    tud

    e d

    e T

    en

    so

    Amplitude de Extenso

    Curva Ciclica

    Parte Elstica

    Parte Plstica

    Potencial (Parte Plstica)

  • Mtodo da Aproximao Local

    Neuber desenvolveu as equaes anteriores de forma a generalizarem a sua utilizao a detalhes reais;

    Para tal utilizao a noo do factor de concentrao de tenses e deformaes, para relacionar a tenso nominal, com a tenso local.

    23/06/2015 26

    =

    =

  • Mtodo da Aproximao Local

    =

    2 =

    2 =

    Carregamento aplicado -22

    = Resposta da

    concentrao de tenses

    2=

    2+

    2

    1

    2+

    2

    1

    2=

    2

    2

    23/06/2015 27

  • Mtodo da Aproximao Local

    Caso a Tenso mdia no seja nula:

    Deve ser calculado primeiro a tenso mxima e depois a mdia.

    23/06/2015 28

    +

    1

    =

    2

    =

    2

    2=

    2 + 2

  • Determinao da Curva de Fadiga do

    Entalhe Considere um material com as seguintes propriedades:

    23/06/2015 29

    b -0.076

    1527MPa

    c -0.732

    0.8112

    K' 1492MPa

    n' 0.0942

    E 195818MPa

    2=

    2 + 2

    2=

    2+

    2

    1

    = 2.5

  • Determinao da Curva de Fadiga do

    Entalhe

    Para cada

    2e R calcular

    2

    4e

    2

    , =

    1,

    =

    2

    Determinar numericamente:

    2em

    2+

    2

    1

    2=

    2

    4

    Determinar numericamente: em

    +

    23/06/2015 30

  • Determinao da Curva de Fadiga do

    Entalhe

    Calcular a amplitude de extenso local:

    2=

    2+

    2

    1

    Resolver numericamente a equao de Morrow:

    2=

    2 + 2

    23/06/2015 31

  • Determinao da Curva de Fadiga do

    Entalhe

    Carregamento Nominal Estado de Tenso Local

    Ds/2 Kt R Smax

    Sresi

    dual

    Sme

    d

    (KtDs)2/4

    E

    (KtSmax)2/

    E Ds/2 smax CC

    CCma

    x smed De/2 2N Morrow N

    500 2.5 -1 500 0 0 7.979 7.979 894 8947.979 7.979 0 0.008924 1249 0.008924 625

    400 2.5 -1 400 0 0 5.107 5.107 828 8285.107 5.107 0 0.006165 3686 0.006165 1843

    300 2.5 -1 300 0 0 2.873 2.873 713 7132.873 2.873 0 0.004031 28025 0.004031 14012

    200 2.5 -1 200 0 0 1.277 1.277 499 4991.277 1.277 0 0.002558 2552560 0.002558 1276280

    100 2.5 -1 100 0 0 0.319 0.319 250 2500.319 0.319 0 0.001277 21921058879 0.001277 10960529440

    500 2.5 0 1000 0 500 7.979 31.917 894 10547.979 31.917 160 0.008924 1098 0.008924 549

    400 2.5 0 800 0 400 5.107 20.427 828 10065.107 20.427 177 0.006165 2850 0.006165 1425

    300 2.5 0 600 0 300 2.873 11.490 713 9402.873 11.490 227 0.004031 12837 0.004031 6419

    200 2.5 0 400 0 200 1.277 5.107 499 8281.277 5.107 329 0.002558 177459 0.002558 88730

    100 2.5 0 200 0 100 0.319 1.277 250 4990.319 1.277 249 0.001277 2106362191 0.001277 1053181095

    500 2.5 0.1 1111 0 611 7.979 39.404 894 10767.979 39.404 182 0.008924 1079 0.008924 540

    400 2.5 0.1 889 0 489 5.107 25.219 828 10285.107 25.219 200 0.006165 2763 0.006165 1381

    300 2.5 0.1 667 0 367 2.873 14.186 713 9652.873 14.186 252 0.004031 11933 0.004031 5966

    200 2.5 0.1 444 0 244 1.277 6.305 499 8611.277 6.305 362 0.002558 139207 0.002558 69604

    100 2.5 0.1 222 0 122 0.319 1.576 250 5530.319 1.576 303 0.001277 1196295147 0.001277 598147573

    23/06/2015 32

  • Determinao da Curva de Fadiga do

    Entalhe

    23/06/2015 33

    0.001

    0.01

    100 1000 10000 100000 1000000 10000000

    Am

    pli

    tud

    e d

    e E

    xte

    nso

    Nmero de Ciclos

    R=-1

    R=0

    R=0.1

    R=0.5

  • Determinao da Curva de Fadiga do

    Entalhe

    23/06/2015 34

    0.001

    0.01

    100 1000 10000 100000 1000000 10000000

    Am

    pli

    tud

    e d

    e E

    xte

    nso

    Nmero de Ciclos

    R=-1

    R=0

    R=0.1

    R=0.1 + 200 MPa

    R=0.1 + -300 MPa

    R=0.5