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Química 1 Geral Aula 5 Efeito fotoelétrico Prof. Dr. Fernando C. Moraes Agosto / 2014

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  • Qumica 1 Geral

    Aula 5 Efeito fotoeltrico

    Prof. Dr. Fernando C. Moraes

    Agosto / 2014

  • Radiao, quanta e ftons

    Sua ideia central era que ao oscilar na frequncia , os tomos spoderiam trocar energia com sua vizinhana, gerando ou absorvendo

    radiao eletromagntica, em pacotes discretos de energia

    1900 - Max Planck. Props que a troca de energia

    entre matria e radiao ocorre em quanta, ou

    pacotes, de energia. Concentrou sua ateno nos

    tomos e eltrons quentes do corpo negro, que

    oscilavam rapidamente.

    E = h

    A constante de h conhecida como a constante de Planck:6,626 x 10-34 J s

  • Hiptese de Planck

    Sugere que a radiao de frequncia pode ser gerada se umoscilador com essa frequncia tiver a energia mnima necessria para

    comear a oscilar.

    A baixas temperaturas, no h energia suficiente para estimularoscilaes em frequncias muito altas, e assim o objeto no pode

    gerar radiao ultravioleta

    Como resultado, as curvas de intensidadedesaparecem em altas frequncias (comprimentos

    de onda curtos) e a catstrofe ultravioleta evitada.

  • Hiptese de Planck

    Para desenvolver esta teoria bem sucedida, Planck havia descartado afsica clssica, que no restringe a pequena uma quantidade de energia

    pode ser transferida de um objeto para outro

    Props, que a energia transferida em pacotes discretos (quanta).

    Observou a ejeo de eltrons de uma superfciemetlica quando incidida radiao ultravioleta.

    Para justificar uma revoluo to drstica nas leis da fsica, foramnecessrias mais provas experimentais

    Efeito fotoeltrico

  • Efeito fotoeltrico

    3) A energia cintica dos eltrons ejetados aumenta linearmente com a

    frequncia de a radiao incidente

    1) Nenhum eltron ejetado a menos que a radiao tem uma frequncia

    acima de um determinado valor, caractersticos do metal.

    2) Os eltrons so ejetados imediatamente, por menor que seja a

    intensidade da radiao

  • Exemplo

    Qual a energia de um nico fton de luz azul de frequncia de6,4 x 1014 Hz

    E = h h = 6,626 x 10-34 J s

    Efton = (6,626 x 10-34 J s) x (6,4 x 1014 Hz) = 4,2 x 10-19 J

    Exerccio

    Qual a energia de um nico fton de luz amarela de frequncia de5,2 x 1014 Hz?

    Resposta : 3,4 x 10-19 J

  • Efeito fotoeltrico

    Cada fton pode ser considerado como um pacote de energia, e aenergia de um nico fton est relacionada com a frequncia da

    radiao pela equao:

    Albert Einstein encontrou uma explicao para estas

    observaes e, no processo, mudou profundamentenossa concepo do campo eletromagntico.

    Ele props que a radiao eletromagntica consistede partculas, que foram mais tarde chamados deftons

    E = h

  • Efeito fotoeltrico

    De acordo com este modelo de ftons para radiao eletromagntica,podemos visualizar um feixe de luz vermelha como um feixe de ftons,

    cada um tendo a mesma energia.

    Luz amarela como um feixe de ftons de energia mais elevada; Luz verde como um feixe de ftons de energia mais alta ainda.

    Os ftons ultravioleta so mais enrgico do que ftons de luz visvel,que tem frequncias mais baixas.

    importante notar que a intensidade da radiao uma indicao donmero de ftons presentes.

    E = h uma medida de energia de cada fton, tomadaindividualmente.

  • Efeito fotoeltrico

    Se a radiao incidente tem frequncia , que consiste em ftons deenergia h. Estas partculas colidem com o eltrons no metal. Aenergia necessria para remover um eltron a partir da superfcie um

    metal chamado o funo trabalho do metal e representada por .

    Se a energia de um fton menor do que a energia necessria pararemover um eltron do metal, em seguida, o eltron no ser ejetado,

    independentemente da intensidade da radiao.

    Um eltron ser ejetado se:

    Energia do fton h for maior que

    Considerando que a energia cintica do eltron: Ec = me 2

    Ento, a diferena entre a energia cintica do fton e a funo trabalho:

    Ec = h -

  • Efeito fotoeltrico

    me 2 = h -

    Ecintica do eltron

    Efton

    Funo

    trabalho

    Como a energia cintica dos eltronsejetados varia linearmente com

    frequncia, um grfico da energia

    cintica contra a frequncia de a

    radiao fornecida ter uma linha reta

    de inclinao h, com a intersecoextrapolada com o eixo vertical ,

    caracterstica de cada metal

    A intercepo com o eixo horizontal (oque corresponde a um eltron ejetado

    com energia cintica igual a zero)

    igual a: /h

  • Interpretao de Einstein para o efeito fotoeltrico

    1) Um eltron s pode ser ejetado do metal se receber do fton, durante a

    coliso, de uma quantidade mnima de energia mnima igual funo

    trabalho . Portanto, a frequncia da radiao deve ter um valor mnimo

    para os eltrons serem ejetados. Esta frequncia mnima depende da

    funo trabalho, isto , a natureza do metal.

    2) Se que um fton tem energia suficiente, a cada coliso observa-se a

    expulso imediata de um eltron.

    3) A energia cintica do eltron ejetado do metal aumenta linearmente com

    a frequncia da radiao incidente de acordo com:

    me 2 = h -

  • Exemplo

    A velocidade de um eltron emitido a partir da superfcie de uma amostra

    de potssio pela ao de um fton est 668 km s-1.

    (a) Qual a energia cintica do eltron ejetado?

    (b) Qual o comprimento de onda da radiao que causou fotoejeo do

    eltron?

    (a) Qual a energia cintica do eltron ejetado?

    Ek = me 2 me = 9,109 x 10

    -31 Kg

    Ek = (9,109 x 10-31 Kg) x (6,168 x 105 ms-1)2 = 2,03 x 10-19 J

  • (b) Qual o comprimento de onda da radiao que causou fotoejeo

    do eltron?

    Converter a funo trabalho de eV para J

    me 2 = h -

    Usando a relao

    h = + me 2 h = + Ek

    h = 3,67 x 10-19 J + 2,03 x 10-19 J

    Substituindo valores

    = 5,70 x 10-19 J

    Usando a relao = c / = c/ E = h = h / E

  • A funo trabalho do metal zinco 3.63 eV. Qual o comprimentode onda da radiao eletromagntica necessria para remover

    um eltron do metal?

    Exerccio

    Resposta : 342 nm

  • Dualidade partcula onda

    A evidncia mais convincente a difrao - O padro de

    intensidade mximas e mnimas

    geradas por um objeto no

    caminho de um raio de luz

    O efeito fotoeltrico apoia firmemente a ideia de que a radiaoeletromagntica consiste de ftons que se comportam como partculas.

    No entanto, existem muitas evidncias que mostram que a radiaoeletromagntica se comporta como ondas.

    Os mximos de onda da radiao eletromagnticas radiao so representadospela linha laranja. Quando a radiao que vem da esquerda (linhas verticais)

    passa pelas fendas espaadas, ondas circulares so geradas em cada fenda.

    Estas ondas interferem umas com as outras. Onde elas interferem

    construtivamente (pontilhado), uma linha brilhante visto na tela por detrs das

    fendas; onde a interferncia destrutiva, a tela fica escura

  • Dualidade partcula onda

    Um padro de difrao resultante quando os mximos e mnimos dasondas que viajam ao longo de um caminho interferem com os mximos emnimos ondas que viajam por outro caminho.

    (a) Se os mximos coincidem, a

    amplitude a onda (altura) aumenta,

    interferncia construtiva.

    (b) Se os mximos coincidem com os

    mnimos de outra onda, a amplitude a

    onda (altura) diminui, interferncia

    destrutiva.

  • Dualidade partcula onda

    Os resultados de algumas experincias (o efeito fotoeltrico) obrigou-os viso de que a radiao eletromagntica semelhante a partculas.

    Os resultados de outros experimentos (difrao) os levaram a afirmar quea radiao eletromagntica ondulatria.

    Experimentos nos obrigar a aceitar a dualidade partcula-onda daradiao eletromagntica, que combinam os conceitos de ondas e

    partculas.

    No modelo de partcula, a intensidade proporcional nmero deftons presente em cada instante.

    No modelo de onda, a intensidade da radiao proporcional aoquadrado da amplitude da onda.

    Intensidade A2

  • Dualidade partcula onda

    1925 Louis de Broglie. Sugeriu que todas aspartculas deveriam ser entendidas como propriedades

    de onda.

    Baseado em Einstein Energia proporcional a massa

    E = m c2

    Baseado em Planck Energia do fton pode ser medidaindividualmente, sendo que a Energia inversamente proporcional ao

    comprimento de onda.E = h

  • Dualidade partcula onda

    1925 Louis de Broglie. O comprimento de onda associado onda da

    partcula inversamente proporcional massa (m) da partcula e a

    velocidade ( ), ou seja:

    O produto de massa e velocidade chamado de momento linear deuma partcula (p), assim esta expresso simplesmente escrito como a

    relao de Broglie:

    = c E = m c2E = h

    =

    =

  • Exemplo

    A fim de entender por que as propriedades ondulatrias das partculasno tinha sido detectadas, calcule o comprimento de onda de uma

    partcula de massa 1,0 g viajando a 1,0 ms-1.

    =

    h = 6,626 x 10-34 J s

    7,0 x 10-31 m

  • Exerccio

    Calcule o comprimento de onda de um eltron que viaja a 1/1000 davelocidade da luz?

    h = 6,626 x 10-34 J s

    meltron = 9,1 x 10-31 kg

    celtron = 2,998 x 108 ms-1

    Resposta : 2,43 nm

  • Princpio da Incerteza

    1927 - Werner Heisenberg: desenvolveu uma relao

    importante que mostra a existncia de uma limitao

    rgida e natural, em nossa capacidade de aprender e

    descrever o movimento de partculas extremamente

    pequenas.

    O princpio da incerteza de Heisenberg estabelece que impossvelconhecer simultaneamente e com certeza a posio e o momento

    (p = mv) de uma pequena partcula, tal como um eltron.

    O ponto crucial do princpio da incerteza que, para se saber algosobre a posio e o momento de uma partcula, temos de interagir

    de qualquer maneira com esta partcula

  • Analogia do Princpio da Incerteza

    O movimento de uma pequena pena de ave flutuando lentamentepara o cho, num quarto isento de correntes de ar.

    Imagine a mesma situao, mas com o quarto totalmente escuro.

    Se formos hbeis, e com dedos suficientemente sensveis,poderamos estender a mo deixando a pena toc-la levemente, e

    desta sensao obter uma ideia sobre a posio e o momento da

    pena.

    O ato de tocar a pena, porm, modificaria ligeiramente o movimento,fazendo-a no cair, a maneira como faria se no fosse tocada.

    Tentativa em determinar a posio e o momento da pena causou umaalterao nas muitas quantidades que voc deseja determinar.

    O ato de efetuar a "medida" introduziu uma incerteza nosresultados.

  • Analogia do Princpio da Incerteza

    A situao semelhante para qualquer partcula como um eltron.

    Nenhum instrumento pode "sentir" ou "ver" um eltron sem influenciarintensamente o seu movimento.

    Se construssemos um "super microscpio" imaginrio para localizar umeltron, teramos de usar uma radiao com um comprimento de onda

    muito menor do que o da luz.

    Para que um objeto diminuto possa ser visto num microscpio, ocomprimento da luz utilizada deve ser menor que o dimetro do objeto).

    O supermicroscpio imaginrio deveria, por isso, usar raios X ou raios .

    A energia destas radiaes to grande que modificaria a velocidade e,consequentemente, o momento do eltron, numa quantidade grande

    incerta.

  • Princpio da Incerteza

    Quanto mais de perto tentarmos olhar uma partcula diminuta, tantomais difusa se toma a viso da mesma.

    Nestes casos, a incerteza de Heisenberg associada a cadamedida desprezvel em relao grandeza da prpria medida.

    Para um eltron, conclui-se que qualquer retrato fsico ou qualquermodelo mental da estrutura eletrnica do tomo no poder precisa

    e simultaneamente (1) localizar o eltron e (2) descrever o seu

    movimento.

    Ele afirma que, se a localizao de uma partcula conhecida com a

    preciso de uma incerteza (x), quando o momento linear (p) paralelo

    ao eixo x. Neste caso pode ser conhecidos apenas com uma preciso

    de, simultaneamente, um grau de incerteza p, conforme a relao:

    p x >1

    2 h =

    2h = 6,626 x 10-34 J s

  • p x >1

    2

    Princpio da Incerteza

    O produto das incertezas em duas medidas simultneas no pode serinferior a um determinado valor constante.

    Contudo, e a incerteza na posio muito pequena (x pequeno),ento a incerteza movimento linear deve ser grande, e vice-versa.

    (a) A localizao do a partcula mal definida, e assim o momento da

    partcula (representada pela seta) pode ser especificado com

    razovel preciso.

    (b) A localizao da partcula bem definida, e o momento no pode

    ser especificado precisamente

  • Exemplo

    Estimar a incerteza mnima em da posio de uma bola de gude de massa1,0 g, uma vez que a sua velocidade conhecida com a preciso de 1,0mm s-1. (

    p x =1

    2

    p = mv

    = 2,6 x 10-29 m

  • Qual a velocidade de um eltron confinado dentro do dimetro de umtomo tpico (200 pm).

    Exerccio

  • Por que tanta preocupao em torno de espectros?

    A existncia dos espectros de linhas fornece a mais importanteprova experimental para o modelo atmico de Bohr e,

    ultimamente, para, o modelo atual.

    Os experimentos de Rutherford mostraram, de maneira geral,a localizao dos eltrons no tomo, mas esta informao

    criou um novo problema: como pode um tomo nuclear ser

    uma partcula estvel?

    Os fsicos clssicos pareciam incapazes de encontrar a resposta

    Para encontrar a soluo do problema, Bohr inspirou-se naexistncia do espectro de linhas do hidrognio e de outros

    elementos e pela forma matemtica de Rydberg,