aula 4 programa de preven+º+úo de acidentes no trabalho

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  • 7/26/2019 Aula 4 Programa de Preven++o de Acidentes no Trabalho

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    Como PrevenirAcidentes ?

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    IMPLANTA O DA SEGURANA e SADE NO TRABALHO

    Os programas de segurana e saude do trabalhador geralmente concebidos e

    implementados nas empresas do Brasil, tem a orientao deatendimento a legislao que dispe sobre esta matria.

    Programas fundamentados nesse principio so em geral, pobres e de baixo

    desempenho, pois entre outras razes, privilegia as situaes de risco que se

    apresentam em desacordo com a legislao.

    O pior o comportamento de Gestores de empresas, que acreditam ser o

    cumprimento das notificaes do MTE (Ministrio do Trabalho e Emprego) a forma derestabelecer a conformidade legal da empresa.

    Muitos dos Gerentes ou Supervisores no assumem a responsabilidade pelosdeficientes programas de conscientizao de sua equipes e ainda so coniventes

    com as instalaes inadequadas proporcionando risco eminente de acidentes aos

    trabalhadores.

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    As normas de segurana e sade no t rabalho devem ser implementadas emparalelo com as de produt ividade, qualidade, responsabilidade social e lucratividade.

    A participao ativa dos trabalhadores, principalmente das gerncias e superviso,no programa de preveno de acidentes e garantia de sade, s ser atingida quando os

    mesmos tiverem conscincia da importncia da seguranae sade em sua vida pessoal e profiss ional.Isto ocorre:

    na fabrica, na empresa, na escola;na rua, no bar, na festa, na piscina;

    no lar, na praia, no carro, na moto;em quaisquer lugares e circunstancias.

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    Implantando Programa de

    Preveno de Acidentes

    Na prtica, todo programa de preveno deacidentes focaliza duas atividades bsicas:

    -Eliminar as condies inseguras.-Reduzir os atos inseguros.

    1.Eliminao das condies inseguras: o papel dos colaboradores da primeira linha de defesa.Engenheiros de segurana desenham cargos

    para remover ou reduzir riscos fsicos dos ocupantes.Supervisores e gerentes assumem importante papel nareduo das condies inseguras.

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    Mapeamento de reas de risco: trata-se de uma avaliao constante epermanente das condies no ambiente de trabalho que podem provocaracidentes na empresa.

    Um esforo dos gerentes, colaboradores e especialistas de RH para mapear elocalizar possveis reas de perigo potencial, sugestes e aes paraneutralizar ou minimizar tais condies.

    Anlise profunda dos acidentes: todo relatrio de acidente, com e semafastamento do trabalho, deve ser submetido a uma profunda anlise paradescobrir possveis causas para prevenir novos e futuros acidentes.Ex: Ocorrem menos acidentes nas 5 ou 6, primeiras horas da jornada de trabalho, histrico de acidentes dafuno, comportamento do trabalhador(atrasos, faltas, desentendimentos com colegas), clima do ambiente detrabalho, respeito as folgas, interjornada, horrio da ultima refeio, organizao do posto de trabalho.

    Apoio irrestritito da Alta Administrao; todo programa bem sucedido de

    preveno de acidentes repousa no compromisso da alta direo.Esse compromisso importante para a ressaltar a relevnciaque a alta direo d ao programa de preveno contraacidentes na empresa.

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    2.Reduo dos Atos Inseguros:Estudos psicolgicos sugerem que no se deve selecionar

    pessoas que apresentam tendncias para acidentar-se em

    cargos especficos. Processos de seleo de pessoal; as tcnicas de seleo visam identificar

    certos traos (como habilidade visual ou coordenao motora) relacionados comacidentes em certos cargos.

    Pesquisas sugerem uso de testes sobre traos relacionados com acidentes,

    como:- Estabilidade emocional e Testes de personalidades.- Medidas de coordenao muscular.- Teste de habilidade visual.- Teste de maturidade emocional, desempenho seguro e cuidadoso.

    Existe uma clara relao entre predisposio a acidentes e polivalncia no cargo.

    A seleo de pessoas baseada em testes de no predisposio adescumprimento das normas de segurana permite que os Gestores quereceberem estes colaboradores possam reduzir acidentes e melhorar aconscientizao quanto ao cumprimento das normas de segurana.

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    Comunicao Interna;propaganda e cartazes sobre segurana no trabalho ajudam areduzir atos inseguros. Um estudo mostra que o comportamento seguro teve umaumento de 20%. Contudo, os cartazes no so suficientes, sendo necessrio arealizao dos programas de segurana, mas podem ser combinados com eles eoutras tcnicas, como o treinamento para reduzir condies de risco e atos

    inseguros.

    Treinamento; o treinamento de segurana reduz acidentes quando prepara novoscolaboradores no sentido de instru-los em prticas e procedimentos para evitarpotenciais riscos e trabalhar desenvolvendo suas predisposies em relao segurana no trabalho. Sendo necessrio um programa de reciclagem dostreinamentos relacionados a Segurana no Trabalho para os colaboradores que j

    ocupam seus postos de trabalho h algum tempo.

    Reforo positivo; um programa de segurana baseado no esforo positivo melhora asegurana no trabalho. Objetivos de reduo de acidentes devem ser formulados emconjunto com os colaboradores e com ampla divulgao e comunicao dosresultados. Muitas empresas adotam o lema acidente zero e passam a ostentarcartazes com o nmero de dias sem acidentes. Reunies peridicas com grupos decolaboradores para discusso de casos e exemplos, encorajando para que faamdistino entre comportamentos certos e errados em situaes de perigo, alm dedemonstrao de grficos de frequncia e localizao de acidentes, bem comoelaborar uma lista de regras de segurana pessoal (o que fazer e o que no fazer em situaes derisco) so prticas frequentemente encontradas.

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    Medidas Preventivas

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    Educao; criar uma conscincia de segurana atravs de sinalizao com slogansem locais de passagem, artigos sobre segurana na correspondncia ou a comunicao de diassem acidentes ou sem dias perdidos de acidentes.

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    Treinamento em habil idades; incorporando medidas depreveno em processo de aprendizagem. Colaboradores e gerentes devem sertreinados. Os gerentes devem ser multiplicadores do conceito de Segurana no

    trabalho.

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    Simulao a imitao de algo real, de uma situao ou de um processo.Com base neste princpio as empresas podem promover treinamentos oureciclagem em simuladores com simulaes de ultima gerao abrangendoreas como movimentao de cargas, direo automotiva, treinamento

    industrial, simuladores de processo, situaes de risco, entre outras.Os simuladores so direcionados para potencializar o treinamentoe a segurana nas empresas, capacitando operadores com qualidade,sem interferir na produo e sem causar desgaste indevido nos equipamentos,alm de promover a reduo direta de custos.

    O que o colaborador vai encontrar em um simulador so as mais reaissituaes e sensaes.

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    Engenharia; prevenindo acidentes atravs do desenho de equipamentos oude tarefas, excluindo os fatores que promovem fadiga, condies que possam

    propiciar acidentes ou incidentes fsicos, danos materiais.

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    Mapeamento de riscos; localizao de reas de riscos,providncias para eliminao de riscos de acidentes, inspees peridicas,

    relatrios frequentes e ateno da alta administrao so imprescindveis.

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    Proteo; proporcionando equipamentos com proteo. Isto incluiequipamentos de proteo individual como: sapatos ou botas de segurana,luvas, capacetes, culos, mscaras, aventais, protetores de ouvido etc.Tambm inclui a proteo externa e manuteno preventiva do equipamento.

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    Regras de reforo; os melhores regulamentos e regras so ineficientesna reduo de acidentes se no forem continuamente reforados,aplicados e cobrados.

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    O SESMT Servio Especializado em Segurana e Medicina do Trabalhopode contar com diversos instrumentos para a preveno de acidentes econscientizao dos colaboradores para a prtica de atos seguros comoas CIPAspor exemplo.

    Atualmente uma nova ferramenta vem ganhando espao esendo utilizada cada vez mais por profissionais como tcnicos desegurana do trabalho.

    Trata-se do DDS Dilogo Dirio de Seguranaque constitui basicamentena reserva de um pequeno espao de tempo, recomendado antes do

    inicio das atividades dirias na empresa e com durao de 5 a 15minutos, para a discusso e instrues bsicas de assuntos l igados segurana no trabalho que devem ser utilizadas e praticadas por todosos participantes.

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    http://4.bp.blogspot.com/_x5Y3aRlA8CY/SEblB9zEZ3I/AAAAAAAAAN8/QmAsJV2yvow/s200/logo+DDS.bmp
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    Veja abaixo 10 dicas importantes para um bom DDSDilogo Dirio de Segurana:

    1. Tenha sempre em mente o objetivo do DDS: Criar condies para que os

    trabalhadores possam trocar informaes, apresentar idias, comentar dvidas edificuldades relacionadas Sade, Segurana e Meio Ambiente.

    2. Considerando sempre as caractersticas do grupo, busque temasinteressantes e atuais.Pea sugestes, pesquise na internet, jornais, traga causos interessantes.

    Use acontecimentos do dia-a-dia da equipe como algo ocorrido comfamiliares, no trnsito, fatos importantes divulgados pela imprensa, entreoutros assuntos que possam servir de fonte de informao ao grupo.

    3. Faa um DDS sobre o DDS explicando o seu objetivo e funcionamento.Deixe claro a importncia da participao ativa de todos.

    4. Incentive a participao do grupo, convidando-os a conduzirem o DDS.Voc pode elaborar uma escala de colaboradores, repassando essas dicas ao

    prximo coordenador.Combine com o grupo, dias e horrios apropriados; planeje o local e o assuntoa ser tratado.

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    5. Exponha o assunto de forma clara e com linguagem adequada, considerando

    o nvel de entendimento dos participantes.

    6. Em mdia utiliza-se 5 a 15 minutos para realizao do DDS, podendo variar

    de acordo com o interesse do grupo, a importncia do tema e a habilidade do

    apresentador que est coordenando.

    7. Como o prprio nome j diz, o Dilogo Dirio de Segurana uminstrumento recomendado para uso dirio.

    Fica a critrio do grupo, estipular a periodicidade mais apropriada para a

    utilizao do mesmo.

    8. Eventualmente, convide profissionais de outras reas para falar sobre temastcnicos.

    Podero ser convidados mdicos, enfermeiros, psiclogos, engenheiros,

    tcnicos, ou seja, pessoas que conheam mais a fundo o tema a ser tratado.

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    9. Utilize os ltimos minutos para concluso da idia inicial.

    Deixe aberto para exposio de idias do grupo.

    Tenha cuidado com sugestes para que no tenha conotao de promessa, pois

    se a mesma no for cumprida o DDS (e at o prprio instrutor)poder perder acredibilidade.

    10. importante regist rar o DDS.Utilize os procedimentos da empresa, ou crie um procedimento prprio.

    Data, durao, local, assunto abordado, nomes e nmero de participantes, so

    dados que podem conter no registro.

    O registro possibilita o gerenciamento do DDS como ferramenta para a

    identificao de novos temas e dos temas j abordados, evitando a repetio

    dos mesmos.

    Tambm serve para acompanhamento da participao dos integrantes do grupo

    durante as reunies.

    Sendo til em uma possvel solicitao de comprovao Judicial.

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    A Furadeira.ppt

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    http://a%20furadeira.ppt/http://a%20furadeira.ppt/http://a%20furadeira.ppt/
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    Programas de Higiene e Segurana do Trabalho

    Os programas H&S esto recebendo muita ateno.Ao lado do respeito e considerao s pessoas, existe

    tambm o aspecto financeiro a ser analisado.

    As consequncias de programas inadequados so visveis:

    aumento do absentesmo e da rotatividade do pessoal, elevado ndice

    de afastamentos por doenas ou acidentes, aumento dos prmios deseguros, elevao dos custos laborais, maiores indenizaes pagaspor acidentes ou doenas profissionais, custos judiciais maiselevados, presses dos sindicatos e da sociedade e at mesmonegativa dos clientes em adquirir produtos de empresas poluidoras da

    natureza e predadoras do capital humano.O programa no precisa ser necessariamente

    o mais caro, mas aquele que produz resultadosmelhores para a organizao e para as pessoas.

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    Responsabilidade

    CIVIL e CRIMINAL no

    Acidente de Trabalho

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    A manuteno da integridade fsica do trabalhador deve ser

    encarada pelo empregador como fator imprescindvel ao desenvolvimento

    da parceria, no contexto da empresa moderna, que procura agregar

    esforos e acrescentar valores para se tornar competitiva e vencer osdesafios resultantes da globalizao da economia.

    Para tanto, deve o empregador investir na mudana de

    cultura do empregado, treinando-o, conscientizando-o,

    tornando-o co-responsvel pela sua prpria proteo,

    mostrando-lhe as consequncias dos seus descuidos e os

    resultados que podero advir da inobservncia de normas de segurana.

    No basta fornecer equipamentos de proteo coletiva ou individual,

    necessrio ensinar o empregado a manusear, usar e cuidar e higienizar

    esses equipamentos, mostrando-lhe as vantagens de se auto resguardar e

    manter a integridade fsica pelo seu prprio bem e segurana de sua famlia

    e da prpria sociedade.

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    http://www.rhsuper.com.br/http://www.rhsuper.com.br/
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    No ter o empregador complementado essa obrigao se no exercer

    uma vigilncia constante sobre o empregado, verificando se o mesmo estseguindo os ensinamentos que lhe foram transmitidos, se aprendeu e seconscientizou da necessidade de uso do EPI, se o faz ou passou a faz-lo

    porque percebeu os benefcios do seu uso e no apenas porque est sendoobservado de perto.

    Havendo uma efetiva conscientizao da responsabilidade,a tendncia a de se eliminar o acidente do local de trabalho,trazendo a ambas as partes uma tranquilidade maior e melhoria

    das condies de trabalho com reflexos positivos na produo ena qualidade, sem falar nos inmeros benefcios empresa e sociedade.

    O empregador, divide ou transfere aos seus prepostos:

    SESMT - Servio Especializado em Engenharia de Segurana e Medicina do Trabalhoe a todos aqueles que detm efetivamente o comando direto dosempregados, como os Gerentes, Chefes, Supervisores, Encarregados, etc,essas atribuies, pois, a ele difcil seria exerc-las concomitantemente como comando do negcio.

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    Conseqentemente, no s o empregador que pode vir a responder

    por perdas de capacidade laborativa de um empregado seu.

    Se estiver em vias de ser responsabilizado, chamar a seco-responsabilizar ou a se responsabilizar diretamente aqueles a quemconfiou a tarefa de acompanhamento e vigilncia direta , aos quais delegourepresentatividade.

    Ocorrendo tal situao, que muitas vezes as pessoas se do conta das

    consequncias, e observam que no teriam concorrido para a perda decapacidade de outrem e no estariam em vias de responder pela sua prpriadesdia se tivessem atentado para a evidncia dos fatos.

    A preocupao com a produo, muitas vezes, faz com que seusresponsveis se esqueam de medidas de segurana, extremamente importantes

    mesma.Acabam achando que afastar o empregado para treinamento,orient-lo, acompanh-lo, exigir procedimentos

    produtivos e seguros desvia sua ateno ereduz seu tempo para produzir.

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    Muitas vezes desconhecem as leis que regem a matria, comoutiliz-las adequadamente e que mecanismos se encontram a suadisposio para auxili-los a evitar a desdia do empregado.

    Desdia essa que poder se inverter pelo no seguimento deprincpios norteadores de segurana, fora outros reflexos resultantesdo acidente do trabalho, desdobramentos e custos sociais.

    A no utilizao da Ordem de Servio pelos componentes do

    SESMT, que muitas vezes nem sequer sabem do que se trata equando o sabem, no a utilizam por achar difcil sua sistemtica,preferindo a improvisao, no traz respaldo a uma possvel defesa.

    H, ainda, aqueles responsveis, que quando acionados peloSESMT no do importncia s solicitaes e preocupados, maiscom a produo do que com sade e a segurana do empregado,acham que no h motivo aparente para perda de tempo eassumem gratui tamente a responsabilidade que poderlhes trazer desdobramentos desagradveis.

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    Outra fosse a atitude de alguns responsveis pela manutenoda integridade fsica e da sade de empregados, o passivo dasempresas no andaria no nvel que estamos, sem falar no alto custode manuteno dessa mo de obra, que passa a ser improdutiva, emrazo da falta de preparo na conduo de pessoas sob seuscomandos.

    Essa conscincia, est sendo despertada pelas expectativa deresponsabilidade que algumas empresas esto sentindo ao seremacionadas Judicialmente a responderem por danos sade ou perdade capacidade laborativa, ocorrida nos ltimos 20 anos, prazo

    prescricional prprio a tal propositura e por se tratar de reparao dedano causada a outrem.

    Naturalmente, h um sentimento de desconforto em se tratandode matria relacionada ao contrato de trabalho, intrnseca aotrabalho, que ocorre em funo do trabalho ou relacionada s suascondies, matria de alada e competncia da Justia do Trabalho,no expressa no ttulo que trata do direito processual trabalhista daConsolidao das Leis do Trabalho e cuja prescrio deveria ser amesma das aes trabalhistas.

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    Entretanto, o inciso XXVIII do Art. 7 da Constituio Federal, lei maior,

    ao tratar da indenizao a que est obrigado, o empregador, quando

    incorrer em dolo ou culpa, nos conduz, primeiramente aoArt. 769 da CLTque diz: Nos casos omissos, o direito comum ser fonte subsidiria do direito processual do

    Trabalho, exceto naquilo em que for incompatvel com as normas deste ttulo

    e consequentemente aoArt. 186 do Cdigo Civil, que diz:Aquele que, por ao ou omisso, voluntria, negligncia, ou imprudncia, violar direito, oucausar prejuzo a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilcito.

    H uma tendncia crescente do empregado buscarreparao por dano material ou moral resultante de acidenteou patologia ocupacional, ocorrido por ato do empregadorou de seus prepostos ou, ainda, imputao inadequada de falta grave.

    O empregador no preparado para essa eventualidade vem sentindograndes dif iculdades em reunir elementos, materiais de provas para defesa.

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    Se no houve at ento essa preocupao, hora de comearmosa pensar , primeiramente em dotar dirigentes, gerentes e prepostos,dessa conscincia implementadora da qualidade de vida na empresa, e

    da necessidade de se acautelarem e se documentarem, para que novenham a ser surpreendidos pelas aes reparatrias.

    Temos avanado e bastante na conscientizao e reduo dos

    acidentes de trabalho, entretanto, as empresas precisam estar cada dia

    mais aliceradas nos elementos necessrios ao comprometimento do

    pice base estrutural de sua cultura preventiva e de manuteno a

    qualidade de vida do trabalhador, podendo, a partir de 2008, gozar dos

    incentivos premiadores desse esforo, ao passo que, aquelas que no seconscientizaram, at ento pagaro pelo descaso e aprendero, estamoscertos, a evit-los como medida redutora de seus custos.

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    CAT COMUNICAO DE ACIDENTE DO TRABALHOA Lei n 8.213/91 determina no seu artigo 22 que todo acidente detrabalho ou doena profissional dever ser comunicado pela empresa aoINSS, sob pena de multa em caso de omisso.

    Tipos de C.A.T. C.A.T. inicial: acidente do trabalho, tpico ou de trajeto, ou doena profissional

    ou do trabalho;

    C.A.T. de reabertura: reincio de tratamento ou afastamento por agravamentode leso de acidente do trabalho ou doena profissional ou do trabalho, j

    comunicado anteriormente ao INSS;

    C.A.T. de comunicao de bito: falecimento decorrente de acidente ou doenaprofissional ou do trabalho, ocorrido aps a emisso da C.A.T. inicial.

    A comunicao em epgrafe dever ser feita ao INSS, em 24 horas teis, emseis vias, com a seguinte destinao:

    1) ao INSS;2) empresa;3) ao segurado ou dependente;4) ao sindicato de classe do trabalhador;5) ao Sistema nico de Sade (SUS);6) Delegacia Regional do Trabalho Tcnicas de Investigao de acidentes

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    CAT COMUNICAO DE ACIDENTE DO TRABALHO

    Na ocorrncia do acidente de trabalho o empregado deve levar

    o fato ao conhecimento da empresa.Esta por sua vez deve comunicar o fato Previdncia Socialatravs da CAT (Comunicao de Acidente do Trabalho).

    A comunicao gera o processo administrativo com afinalidade de proteger o empregado, que apurar as causas econseqncias do fato, liberando o benefcio adequado ao acidentado.

    As CATs so documentos teis para se conhecer a histria dosacidentes na empresa.

    As informaes das CATspermitem, por exemplo, selecionaros acidentes por ordem de importncia, de tipo, de gravidade da lesoou localiz-los no tempo, alm de possibilitar o resgate das atas daCIPA com as investigaes e informaes complementares referentesaos acidentes.

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    Responsabilidade acidentriaNos termos da Lei N 9.032, de 29/04/95, para fins do custeio das despesas

    decorrentes do acidente do trabalho, o empregador deve efetuar, mensalmente, umacontribuio de:

    1% (um por cento) sobre o valor da folha de pagamento, para as empresas em cujaatividade preponderante, seja considerado risco leve; 2% (dois por cento)para as empresas em cuja atividade preponderante,seja considerado risco mdio; 3% (trs por cento)para as empresas em cuja atividade preponderante, sejaconsiderado risco grave.

    O Ministrio do Trabalho e da Previdncia Social poder alterar estespercentuais, com base nas estatsticas de acidentes do trabalho, apuradas em inspeo, oenquadramento de empresas para efeito da contribuio, a fim de estimularinvestimentos em preveno de acidentes.

    Em tese, o empregador pode ser tanto beneficiado como penalizado,financeiramente, de acordo com os critrios aplicados aos ndices de acidentesocorridos na respectiva empresa; esta opo do legislador (apenamento pecunirio).

    No passado, foram relatados casos de acidentes que eram "escondidos" comoforma de obteno imediata deste tipo de benefcio, gerando por vrios anos mudanasna legislao agora retomada.

    A omisso desses indicadores, nesse sentido, pode gerar responsabilidadeadministrativa, trabalhista e at penal para todos os envolvidos.

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    Governo d incentivo financeiro a empresas com menos acidentes de trabalho

    27/04/2007 - 16h38Irene LboReprter da Agncia Brasil

    Braslia - A flexibilizao das alquotas pagas pelas empresas ao Seguro Acidente de Trabalho uma das propostas da 3Conferncia Nacional de Sade do Trabalhador que j esto vigorando no pas.A idia reduzir o nmero de acidentes de trabalho no pas, mais de 490 mil por ano, segundo a Previdncia Social.

    Em fevereiro deste ano, o Ministrio da Previdncia Social publicou decreto estabelecendo novas alquotas para a contribuio

    que as empresas fazem para cobrir os custos da Previdncia com os acidentes de trabalho, o chamado Seguro Acidente deTrabalho (SAT), que varia de 1% a 3% da folha salarial.Pelo decreto, as empresas que registram menos acidentes de trabalham tambm pagam alquota menor do SAT.

    A partir do decreto, passaram a pagar 1% as empresas com menos acidentes de trabalho e 3% as com maior incidncia deacidentes e doenas provocadas pela ocupao profissional.A nova tabela com as alquotas que cada ramo de atividade dever pagar sai at o ms de setembro.

    A tabela das alquotas no ser fixa. Com a criao do Fator Acidentrio de Preveno, as empresas que investirem na prevenode acidentes de trabalho, em segurana e sade do trabalhador, podero ter desconto de at 50% no valor de sua alquota.

    Segundo o assessor da Secretaria Executiva do Ministrio da Previdncia Social Paulo Rogrio de Oliveira, incentivos financeirosoferecidos pelo governo podero fazer com que as empresas se preocupem mais com a sade do trabalhador.Ele informou que o Brasil gasta cerca de 4% de seu Produto Interno Bruto (PIB) com acidentes de trabalho, cerca de R$ 30 bilhespor ano.

    A gente espera que a medida v ter uma forma interna corporis [questo restrita em seus efeitos sociedade ou instituio quea decidiu] muito grande por parte da empresa, para efetivamente melhorar o ambiente de trabalho. Porque agora ela vai discutirisso no campo econmico, com o contador da empresa e o administrador. A discusso no mais com o mdico, disse Oliveira.

    O presidente da Associao dos Portadores de Doenas Ocupacionais do Distrito Federal, Clnio Brito, ressaltou que ocrescimento econmico verificado no Brasil por meio do aumento das exportaes e da elevao do PIB, veio acompanhado doaumento no nmero de acidentes de trabalho.

    Para Brito, preciso respeitar a capacidade fsica do trabalhador de produzir e intensificar a preveno dos acidentes de trabalho.

    muito importante esclarecer o trabalhador que o trabalho produz riscos sua sade e esclarec-lo sobre as doenasocupacionais, os acidentes de trabalho que giram em torno da sua atividade profissional".Outro ponto importante, segundo ele, " realmente cobrar das empresas a preveno.

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    Tipos de Responsabilizao

    Segundo; Gagliano e Pamplona Filho (2004) existem trs tipos de responsabilizao quepodem decorrer do acidente do trabalho, que so:

    Responsabilizao contratual, com eventual suspenso do contrato e o

    reconhecimento da estabilidade acidentria prevista no art.118 da Lei n 8.213/91

    O benefcio previdencirio do seguro de acidente de trabalho,

    financiado pelo empregador, mas adimplido pelo Estado.

    Responsabilidade subjetiva, de natureza puramente civil, de reparao

    de danos, prevista no artigo 7, XXVIII da Constituio Federal que assim dispe:

    XXVIII- seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador, sem excluira indenizao a que este est obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.

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    O Dolo a vontade consciente de violar o direito, dirigido consecuo do fim ilcito.

    A Culpa abrange a impercia, a negligncia e a imprudncia.

    H crticas ao sistema de responsabilidade civil do empregador em

    relao ao trabalhador, tanto que os Tribunais tm aplicado a responsabilidade

    pelo risco da atividade ou ainda pela culpa presumida, (jurisprudncia),

    conforme a situao apresentada, o que libera a vtima de provar a

    culpa do causador do dano.

    Assim, diversos julgados vm aplicando a responsabilidade objetiva doempregador com o fim de salvaguardar o hipossuficiente, no caso o trabalhador.

    Alm da responsabilidade civil que determina a indenizao em casosde dano moral e material, existe, ainda, a responsabilidade penal que impe

    sanes ao empregador que praticar algumas das condutas tpicas previstas no

    Cdigo Penal e na legislao.

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    Assim, o empregador que no adotar as medidas desegurana e higiene do trabalho, visando proteger seusempregados contra riscos de acidentes do trabalho e/ou doenas

    profissionais e do trabalho, seja por:

    Medidas de proteo coletiva ou Equipamentos de Proteo Individual (EPIs)

    Alm das sanes legais por no cumprir as NormasRegulamentadoras da Portaria n 3.214/78, do Ministrio do Trabalho e Emprego.

    Responder por crimes de homicdio,leses corporais, ou crimes de perigo comum,previstos nos arts. 129, 132, 135 e 203 do Cdigo Penal,alm das cominadas nos arts. 250 a 259 do mesmo Cdigo

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    R bili Ci il

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    Responsabilizao Civil

    A responsabilizao civil do Gestor de Pessoas no

    que tange ao gerenciamento de pessoas muito maisabrangente do que a responsabilizao criminal.

    Aqui o conceito de culpa in vigilando e culpa in eligendo

    plenamente aplicvel e aquele que fez as contrataes torna-

    se responsvel direto pelos atos que os contratados possam

    causar a si e a terceiros, ou seja, ao contratar algum,

    o gestor de pessoas fica responsvel civilmentepelos atos destas pessoas durante o perodo de

    trabalho, respondendo na hora de indenizar.

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    A empresa responde primeiro, j que a finalidadeda ao trabalhista indenizatria e no simplesmente

    punitiva, e a empresa quem tem recurso financeiro.

    Situao freqentemente encontrada nos tribunais relativo aos acidentestrabalhistas que geram indenizaes volumosas contra as empresas principalmentedevido culpa in eligendo e in vigilando, pois de responsabilidade direta daempresa alm de contratar bem, de vigiar os atos de seus eleitos in elegendopara gerenciar seus colaboradores.

    Cabe aqui uma observao em relao a quem paga a conta, em geralcomo dissemos anteriormente a empresa a qual o Gestor de Pessoas faz parte que acionada e tecnicamente se perder a demanda pagar a conta.

    Contudo no direito civil existe o instituto do direito de regresso, onde

    se a empresa achar que foi prejudicada diretamente pelo Gestor de Pessoas oupelo prprio causador da ilicitude, a empresa pode entrar com ao para reavera quantia destes indivduos, que a sim se condenados devero ressarcir aempresa prejudicada.

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    R bili P l

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    Responsabilizao Penal

    O gestor de pessoas como pessoa singular, responder de forma subjetiva

    responsabilidade penal, ou seja, deve ser calcado em uma das

    3 formas de culpabilidade:

    Negligncia

    Impercia

    Imprudncia.

    Ele pode ser acionado por qualquer um dos tipos, ou uma combinao

    dos mesmos.

    Para caracterizao do crime necessria a comprovao que o

    indivduo tenha agido numa destas trs modalidades.

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    Responsabilizao Criminal por Crimes Ambientais

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    Responsabilizao Criminal por Crimes Ambientais

    Recentemente nos deparamos com um novo conceito em relao a

    responsabilizao criminal em crimes ambientais onde a pessoa jurdica

    passa a ser plo ativo do processo penal.

    A Constituio Federal no Ttulo VIII, que trata da Ordem Social, cuidou datutela do meio ambiente atravs de um captulo especfico, o captulo VI, ondeno artigo 225 estabelece que todos tm direito ao meio ambiente ecologicamenteequilibrado, bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida, impondo-se

    ao poder pblico e coletividade o dever de defend-lo e preserv-lo para as presentes efuturas geraes.

    Verifica-se de imediato que tal artigo alm de estabelecer

    que todos tm um direito, ou seja, ao meio ambiente equilibrado,

    que um bem de uso comum e essencial qualidade de vida,

    tambm impe um dever a todos, inclusive o poder pblico,

    ou seja, o de defend-lo e preserv-lo para as presentes e

    futuras geraes.

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    Visando dar maior efetividade proteo do meio ambiente,

    o constituinte inseriu no 3 do artigo 225 da Constituio Federal aresponsabilizao penal da pessoa jurdica, ao estabelecer o seguinte:As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaro os infratores,

    pessoas fsicas ou jurdicas, a sanes penais e administrativas, independentemente daobrigao de reparar os danos causados.

    Essa questo ainda hoje controversa. Existem aqueles que afirmam

    no ser possvel a criminalizao e responsabilizao da pessoa jurdica sob

    o argumento de que a responsabilizao criminal pessoal e se traduznuma vinculao direta entre o homem e sua conduta e no de terceira

    pessoa, e por tal motivo, no haveria a possibilidade de uma pessoa jurdica

    praticar qualquer conduta, j que o ato de vontade algo indispensvel e de

    vinculao direta com a pessoa fsica.

    Contrapondo-se a essa corrente existem os doutrinadores quedefendem a responsabilizao baseada no artigo 5 inciso XLV da nossa Lei Maior,onde temos que nenhuma pena passar da pessoa do condenado, e que ningum serresponsabilizado criminalmente por ato de outrem.