aula 4 - jesus, o grande salvador

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Estudo Elaborado: Pr. Ricardo Gondim Jesus – O Grande Salvador Aula 4 – EBD 2015

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Estudo Elaborado: Pr. Ricardo Gondim

Jesus – O Grande Salvador Aula 4 – EBD 2015

Meus irmãos na fé, vocês que também foram chamados por Deus, olhem para Jesus, que Deus enviou para ser o Grande Sacerdote da fé que professamos. Pois ele foi fiel a Deus, que o escolheu para esse serviço, assim como Moisés foi fiel no seu trabalho em toda a casa de Deus. Assim como a pessoa que constrói uma casa é mais importante do que a casa, assim, também, Jesus é mais importante do que Moisés. Uma casa tem de ser construída por alguém, mas Deus é o construtor de tudo o que existe. E Moisés foi um servo fiel no seu trabalho na casa de Deus e falou das coisas que Deus ia dizer no futuro. Mas Cristo é fiel como Filho, que dirige a casa de Deus. E nós seremos a sua casa se conservarmos a nossa coragem e a nossa confiança naquilo que esperamos. Hebreus 3:1-6 NTLH

• O texto base desta lição (Hb 3:1-6) faz a introdução para a segunda exortação da Epístola aos Hebreus.

• Lembrem-se que os cristãos judeus estavam sendo perseguidos pelos irmãos judaizantes por sua fé.

• A carta é endereçada para três tipos de Hebreus: 1. os judeus convertidos ao cristianismo, 2. os judeus intelectualmente convencidos mas

ainda não convertidos 3. e os judeus não convertidos.

• Muitos judeus convertidos estavam apostatando da fé (separando-se da fé em Jesus) e retornando ao judaismo antigo.

• Dentro deste contexto que o autor (ES) fala a igreja.

TEXTOS EXORTATIVOS

Hb 2:1-4

Hb 3:7 a 4:13

Hb 5:11 a 6:20

Hb 10:26-39

Hb 12:14-29

Nesta introdução o autor (ES) destaca a superioridade de Jesus diante do modelo judaico representado por Moisés (São cinco “exortações” que compõem a Epístola)

Abaixo estão descritas as cinco “exortações” do livro de Hebreus. A

primeira passagem exortativa está em Hb 2:1-4; a segunda está em Hb 3:7 a Hb 4:13; a terceira está em Hb 5:11 a 6:20, uma

longa exortação; a quarta está em Hb 10:26-39; e a última passagem está em Hb 12:14-29 –

Na 1ª. Exortação O Espírito Santo (Parakletos) chama a atenção para: 1. Contra o afastamento (capítulo 2:1-4): “Por isso convém atentarmos mais diligentemente para as coisas que ouvimos, para que em tempo algum nos desviemos delas...”

Na 2ª. Exortação O Espírito Santo (Parakletos) chama a atenção para:

2. Contra a desobediência (3:7 a 4:13):- “a quem jurou que não entrariam no seu descanso, senão aos que foram desobedientes?“ – • Por causa da sua incredulidade, que

gerou a desobediência, a grande maioria dos judeus que saíram da escravidão do Egito rebelou-se contra Moisés e Arão e não entrou na terra da promessa.

Vamos analisar o texto

1 POR isso, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão, 2 Sendo fiel ao que o constituiu, como também o foi Moisés em toda a sua casa. 3 Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou. 4 Porque toda a casa é edificada por alguém, mas o que edificou todas as coisas é Deus. 5 E, na verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar; 6 Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim. KJV (Hb 3:1-6)

1 POR isso (g.dio=por esse motivo – que motivo?

convém-nos atentar com mais diligência para as coisas que já temos ouvido, para que em tempo algum nos

desviemos delas), irmãos santos , participantes da vocação celestial (irmãos da fé que foram chamados por Deus) ,

considerai a Jesus Cristo (g.katanoeo =

observa atentamente, foca em Jesus), apóstolo e sumo sacerdote (duas características

importantes – ver quadro comparativo) da nossa confissão, (da nossa fé)

2 Sendo fiel (g.pistos = aquele que mantém a fé

com a qual se comprometeu – a fidelidade de Jesus

resultou em morte e ela em salvação) ao que o constituiu (Deus o fez apóstolo e sumo sacerdote) ,

como também o foi Moisés (a fidelidade de

Moisés resulta em promessa) em toda a sua casa. (A casa que foi confiada a Moisés era a tenda da revelação, o tabernáculo )

A frase em toda a sua casa e retirada de Numeros 12.7, onde casa se refere a Casa de Deus, ao tabernáculo, centro da adoração israelita. Moises havia obedecido fielmente as instruções de Deus em relação ao tabernáculo. Da mesma forma, Jesus obedeceu em tudo a missão que o Pai lhe dera. Como resultado de Sua obediência, Deus pode estabelecer Sua nova casa, a igreja.

3 Porque ele (Jesus é maior que Moisés) é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés (A comparação diz respeito à sua “glória” e

“honra”. Jesus está para Moisés como o construtor de uma casa para a própria casa. Ele possui glória maior que Moisés, assim como o serviço da nova aliança ultrapassa em muito o serviço da antiga aliança. Também Jo 1.17

ressalta a mesma realidade: “Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo”. Nisso reconhecemos que, apesar de toda a similaridade de Moisés e Jesus, de fato existe uma

diferença não apenas gradual, mas qualitativa! quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou. (Jesus recebe glória porque é o

construtor da casa e Moisés honra porque serviu na casa)

4 Porque toda a casa é edificada (g.kataskeuazo = construiu) por alguém, mas o que edificou todas as coisas é Deus. (aqui uma indicação de que a origem de Jesus está em Deus mesmo, que é o Criador do universo. Contudo, enfocando mais de perto os v. 3,4, vemos que Moisés e o tabernáculo, respectivamente Israel, são comparados conjuntamente com uma construção, à qual Cristo se contrapõe como o Mestre construtor. Jesus é quem “prepara a casa”, tanto no AT quanto no NT. É ele quem está por trás das incumbências dos profetas (cf. 1Pe 1.11) e dos anjos, do mesmo modo como ele se manifesta na vida da igreja. )

5 E, na verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, (A metáfora da casa é simples. Que

diferença? Cristo edificou a casa; Moisés serviu na casa. )

como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar; (A

comparação entre Jesus e Moisés é levada adiante. Mais uma vez destaca-se aquilo que ambos têm em comum: ambos receberam de Deus o atestado de serem fiéis. Depois, porém, segue-se a ênfase nos contrastes: Moisés é somente o servo, ele governa em toda a sua casa que lhe foi confiada por Deus. Porém Jesus Cristo é imensamente superior a Moisés. Ele não é servo, mas Filho. Não está na casa para administrá-la, e sim estabelecido acima dela como Senhor e ao mesmo tempo como seu construtor. Sua “casa” é sua igreja. Nessa constatação o apóstolo une-se a

todos os que crêem: a […] casa somos nós! )

6 Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim. (Pertencer à casa de Deus, está vinculado a

uma condição. Os dons e poderes espirituais do Senhor

devem desenvolver-se na igreja e expressar-se na alegre certeza de fé e na esperança a que o cristão se entrega com confiança. Nós é que somos a

casa dele, se guardarmos firme, até ao fim, a ousadia e a exultação da esperança. )

• Ao finalizar seu pensamento, o apóstolo faz duas importantes constatações.

• Existem certas manifestações espirituais na vida que jamais faltarão na vida de um cristão e jamais devem ser abandonadas, os “dois companheiros inseparáveis da fé” (segundo Calvino).

1. Fazem parte dela a alegre confiança, i.

é, a certeza da fé (g. parresía)

2. e a viva esperança que aguarda o

cumprimento definitivo de todas as promessas de Deus com convicção. )

• Após esta constatação a cerca da superioridade de Cristo com relação a Moisés o autor (ES) inicia a sua segunda exortação.

• E se na primeira falou-se dos prejuízos quanto ao afastamento de Deus.

• Esta segunda terá como tema central a desobediência.

Hebreus 3

7 Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz, 8 Não endureçais os vossos corações, Como na provocação, no dia da tentação no deserto.

9 Onde vossos pais me tentaram, me provaram, E

viram por quarenta anos as minhas obras. 10 Por isso me

indignei contra esta geração, E disse: Estes sempre erram em seu coração, E não conheceram os meus caminhos. 11 Assim jurei na minha ira Que não

entrarão no meu repouso. 12 Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo. 13 Antes,

exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o

tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós

se endureça pelo engano do pecado;

Lógica do texto Se ouvirdes hoje a sua voz, - Não endureçais os vossos corações,

CORAÇÃO DURO (pais) – Tentaram e provaram

Provoca indignação Deus – Por isso sempre erraram em seu coração e não conheceram os seus caminhos

Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo.

13 Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias,

durante o tempo que se chama Hoje, para que

nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado;

Hebreus 3

14 Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim. 15 Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações, como na provocação. 16 Porque, havendo-a alguns ouvido, o provocaram; mas não todos os que saíram do Egito por meio de Moisés. 17 Mas com quem se indignou por quarenta anos? Não foi porventura com os que pecaram, cujos corpos caíram no deserto? 18 E a quem jurou que não entrariam no seu repouso,

senão aos que foram desobedientes? 19 E vemos que não puderam entrar por causa da sua

incredulidade.

Lógica do texto Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim.

DESOBEDIÊNCIA PROVOCA A INCREDULIDADE

1 TEMAMOS, pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fica para trás. 2 Porque

também a nós foram pregadas as boas novas,

como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram. 3 Porque nós, os que temos crido,

entramos no repouso, tal como disse: Assim jurei na minha ira Que não entrarão no meu repouso; embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo.

Lógica do texto

Temamos (g. phobeo = ter medo)

deixada a promessa de entrar no seu repouso,

(sucumbir diante da apostasia, naufragar na fé) pareça (ou suceda) que algum de vós fica para

trás. (g.hustereo = falhar em alcançar o

objetivo, ausentar-se, falhar em tornar-se participante)

mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram.

Palavra (logos aqui não significa palavra mas verdade) +(misturada) Fé

4 Porque em certo lugar disse assim do dia sétimo: E repousou Deus de todas as suas obras no sétimo dia. 5 E outra vez neste lugar: Não entrarão no meu repouso. 6 Visto, pois, que resta

que alguns entrem nele, e que aqueles a quem primeiro foram pregadas as boas novas não entraram por causa da desobediência, 7 Determina outra vez um

certo dia, Hoje, dizendo por Davi, muito tempo

depois, como está dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações. (salmo 95-8)

REPETE A ADVERTÊNCIA DE HEBREUS 3:7

8 Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria depois disso de outro dia. 9 Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus. 10 Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das suas. 11

Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência. 12 Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. 13 E não há criatura alguma encoberta

diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar.

Lógica do texto

Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.

Para herdar a promessa não podemos cair em desobediência e incredulidade

Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes,

A palavra de Deus pode ser usada Tanto para a VIDA E SALVAÇÃO como MORTE E JUSTIÇA

e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. Alma e Espirito = Está falando no sentido espriritual Juntas e Medulas = Está falando no sentido do corpo

Destaques do Capítulo 3 e 4

CHAMADO Deus sempre toma a iniciativa em chamar, eleger e buscar os crentes para Ele mesmo. (João 6.44, 65;15.16; I Co 1.12; Ef 1.4, 5, 11).

O termo “chamar” é usado em vários sentidos teológicos: A. Pecadores são chamados para salvação pela graça de Deus através da obra consumada de Cristo e a convicção do Espírito (i.e., klētos, cf. Rm 1.6, 7; 9.24, que é teologicamente similar a I Co 1.1, 2 e II Tm 1.9; II Pe 1.10). B. Pecadores invocam o nome do Senhor para serem salvos (i.e., epikaleō, cf. Atos 2.21; 22.16; Rm 10.9-13). Esta declaração é uma expressão idiomática de adoração judaica. C. Os crentes são chamados para viver vidas semelhantes Cristo (i.e., klēsis, cf. I Co 1.26; 7.20; Ef 4.1; Fp 3.14; II Ts 1.11; II Tm 1.9).

D. Os crentes são chamados para ministrar tarefas (cf. Atos

13.2; I Co 12.4-7; Ef 4.1).

Destaques do Capítulo 3 e 4

CONFISSÃO I. Há duas formas da mesma raiz grega usada para confissão ou profissão, homolegeō e exomologeō. O termo composto que Tiago usa é de homo, o mesmo; legeō, falar; e ex, fora de. O significado básico é dizer a mesma coisa, concordar com. O ex acrescentou à idéia de uma declaração pública. II. As traduções inglesas deste grupo de palavra são 1. louvor 2. concordar 3. declarar 4. professar 5. confessar III. Este grupo de palavra tinha dois usos aparentemente opostos 1. louvar (Deus) 2. admitir pecado Estes podem ter desenvolvido da sensação da humanidade da santidade de Deus e sua própria pecaminosidade. Reconhecer uma verdade é reconhecer ambos. IV. Os usos do NT do grupo de palavra são 1. prometer (cf. Mt 14.7; Atos 7.17)

Destaques do Capítulo 3 e 4

CONFISSÃO IV. Os usos do NT do grupo de palavra são 1. prometer (cf. Mt 14.7; Atos 7.17) 2. concordar ou consentir a algo (cf. João 1.20; Lucas 22.6; Atos 24.14; Hb 11.13) 3. louvar (cf.Mt 11.25; Lucas 10.21; Rm 14.11; 15.9) 4. assentir a a. uma pessoa (cf. Mt 10.32; Lucas 12.8; João 9.22; 12.42; Rm 10.9; Fp 2.11; I João 2.23; Ap 3.5) b. uma verdade (cf. Atos 23.8; II Co 11.13; I João 4.2) 5. fazer uma declaração pública de (sentido legal desenvolvido em afirmação religios, cf. Atos 24.14; I Tm 6.13) a. sem admissão de culpa (cf. I Tm 6.12; Hb 10.23) 6. com uma admissão de culpa (cf. Mt 3.6; Atos 19.18; Hb 4.14; Tiago 5.16; I João 1.9) 3.2

Destaques do Capítulo 3 e 4

ESPERANÇA Paulo usava este termo freqüentemente em vários sentidos diferentes, mas relacionados. Muitas vezes era associado com a consumação da fé do crente (e.g., I Tm 1.1). Isto pode ser expresso como glória, vida eterna, salvação final, Segunda Vinda, etc. A consumação é certa, mas o elemento do tempo é futuro e desconhecido. Era muitas vezes associado com “fé” e “amor” (cf. I co 13.13; I Ts 1.3; II Ts 2.16). Uma lista parcial de alguns dos usos de Paulo 1. A Segunda Vinda, Gl 5.5; Ef 1.18; 4.4; Tito 2.13 2. Jesus é nossa esperança, I Tm 1.1 3. O crente ser apresentado a Deus, Cl 1.22, 23; I Ts 2.19 4. Esperança é deppositada no céu, Cl 1.5 5. Confiança no evangelho, Cl 1.23; I Ts 2.19 6. Salvação final, Cl 1.5; I Ts 4.13; 5.8 7. A glória de Deus, Rm 5.2; II Co 3.12; Cl 1.27 8. A salvação dos Gentios por Cristo, Cl 1.27 9. Certeza de salvação, I Ts 5.8 10. Vida Eterna, Tito 1.2; 3.7 11. Resultados da maturidade cristã, Rm 5.2-5 12. Redenção de toda criação, Rm 8.20-22 13. Consumação da adoção, Rm 8.23-25 14. Título para Deus, Rm 15.13 15. Desejo de Paulo para os crentes, II Co 1.7 16. AT como guia para os crentes do NT, Rm 15.4

Destaques do Capítulo 3 e 4

O CORAÇÃO O termo grego kardia é usado na Septuaginta e NT para refletir o termo hebraico lēb (BDB 523). É usado de várias maneiras (cf. Bauer, Arndt, Gingrich e Danker, A Greek-English Lexicon [Um Léxico Grego-Inglês], pp. 403-404). 1. O centro da vida física, uma metáfora para a pessoa (cf. Atos 14.17; II Coríntios 3.2, 3; Tiago 5.5) 2. O centro da vida espiritual (i.e., moral) a. Deus conhece o coração (cf. Lucas 16.15; Rm 8.27; I Co 14.25; I Ts 2.4; Ap 2.23) b. usado para a vida espiritual da humanidade (cf. Mt 15.18, 19; 18.35; Rm 6.17; I Tm 1.5; II Tm 2.22; I Pe 1.22) 3. o centro da vida de pensamento (i.e., intelecto, cf. Mt 13.15; 24.48; atos 7.23; 16.14; 28.27; Romanos 1.21; 10.6; 16.18; II Co 4.6; Efésios 1.18; 4.18; Tiago 1.26; II Pe 1.19; Ap 18.7; coração é sinônimo com mente em II Co 3.14, 15 e Fp 4.7) 4. o centro da volição (i.e., vontade, cf. Atos 5.4; 11.23; I Co 4.5; 7.37; II Co 9.7) 5. o centro das emoções (cf. Mt 5.28; Atos 2.26, 37; 7.54; 21.13; Rm 1.24; II Co 2.4; 7.3; Ef 6.22; Fp 1.7)

Destaques do Capítulo 3 e 4

O CORAÇÃO 6. único lugar da atividade do Espírito (cf. Rm 5.5; II Co 1.22; Gl 4.6 [i.e., Cristo em nossos corações, Ef 3.17]) 7. o coração é uma maneira metafórica de se referir à pessoa inteira (cf. Mt 22.37, citando Dt 6.5). Os pensamentos, motivos e ações atribuídos ao coração revelam plenamente o tipo de indivíduo. O AT tem alguns usos notáveis dos termos. a. Gn 6.6; 8.21, “se arrependeu o SENHOR de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração”, também observe Oséias 11.8,9 b. Dt 4.29; 6.5, “de todo o teu coração, de toda a tua alma” c. Dt 10.16, “Circuncidai, pois, o vosso coração” e Rm 2.29 d. Ez 18.31, 32, “coração novo”