SESI 388- LAUZANE PAULISTA

GEOGRAFIA-

Professor Luís Fernando de Abreu

2º ano A

2011

A ATIVIDADE

INDUSTRIAL E A

MODERNIZAÇÃO DO

CAMPO BRASILEIRO

ATIVIDADES PRIMÁRIAS: EXTRATIVISMO FLORESTAL E MINERAL;

ATIVIDADES AGRÍCOLAS DE EXPORTAÇÃO

FORTE PRESENÇA DA CAFEICULTURA

A ECONOMIA

BRASILEIRA INÍCIO DO

SÉCULO XX

POPULAÇÃO RURAL DE 80 A 90% DA POPULAÇÃO CAMPO

POUCOS OS NÚCLEOS URBANOS EXISTENTES (sobretudo nas faixas

litorânea)

CONTROVÉRSIA: FORTE ATIVIDADE AGRÁRIA (CAFÉ) E

POSTERIORMENTE A QUEDA DESTA ATIVIDADE

PROPICIARAM O DESENVOLVIMENTO URBANO

E INDUSTRIAL NO BRASIL

MUDANÇAS NA REALIDADE ECONÔMICA E SOCIAL DO BRASIL

O CAFÉ E A INDUSTRIALIZAÇÃO

Expansão da fronteira agrícola (cafeeira) para o interior dos estados trouxe no bojo novos núcleos urbanos e ferrovias (escoar produção)

produção cafeeira proporcionou uma acumulação monetária - parte desse capital foi investido na importação de máquinas e na instalação das primeiras indústrias.

imigrantes europeus atraídos para o trabalho nas lavouras de café já tinham experiência em fábricas e constituíram importante mão-de-obra qualificada para o trabalho com máquinas e equipamentos industriais.

(RE)VENDO...

A população era essencialmente rural (cerca de

80 a 90%) e a economia brasileira estava

fundamentada nas atividades primárias.

Os núcleos urbanos eram poucos e a maior

parte localizava-se na área litorânea;

Desempenhavam funções administrativas ou

portuárias.

Houve, ainda, pequenos surtos de urbanização

nas áreas de expansão cafeeira.

CONTEXTO HISTÓRICO E CONDIÇÕES

FAVORÁVEIS AO ESTABELICIMENTO DA

INDÚSTRIA NO BRASIL

Crise internacional - Guerras Mundiais (queda na produção industrial e nas exportações dos países envolvidos nos conflitos, faltaram muitos produtos nas prateleiras brasileiras) e a crise de 1929 –NY ;

Crise interna-revolução de 1930

desenvolvimento de infraestrutura de transportes e serviços nas regiões cafeicultoras propiciou a instalação de fábricas nas primeiras décadas da industrialização.

Formação de um mercado consumidor interno para os produtos fabricados pelas indústrias nascentes.(escravos)

MODELO DE INDUSTRIALIZAÇÃO

ESTADO BRASILEIRO:

Política de substituição de importações.

O Estado almejava que as indústrias, nesse

período, tivessem uma produção maior e mais

diversificada do que a existente até então.

Indústria deveria passar a atender a demanda

interna nos mais diferentes segmentos,

substituindo os produtos importados por

mercadorias fabricadas em território nacional.

CARACTERÍSTICAS DA INDUSTRIALIZAÇÃO

BRASILEIRA

Industrialização tardia ou retardatária - ocorreu cerca de duzentos anos após a Revolução Industrial iniciada na Inglaterra no final do século XVIII;

Substituição de importações - os produtos importados pelo Brasil começaram a ser fabricados internamente e foram bem recebidos pelo mercado consumidor;

Dependência - no início, houve necessidade de importar, de países já industrializados e mais desenvolvidos economicamente, máquinas e equipamentos para as indústrias nacionais. Posteriormente, foram necessários também investimentos e tecnologia estrangeiros, para incrementar as indústrias já existentes, que eram de bens de consumo, e para implantar outros tipos de indústrias, como as siderúrgicas e petroquímicas, consideradas indústrias de base.

O CASO DE CUBATÃO

PARTICIPAÇÃO DO PÓLO INDUSTRIAL DE CUBATÃO NA PRODUÇÃO

NACIONAL - 2004

1 Fosfato de Amônio 100%

2 Gasolina de Aviação 100%

3 Nitrato de Amônio 100%

4 Coque de Petróleo Calcinado 95%

5 Hexano 85%

6 Tripoli Fosfato de Sódio 84%

7 Cloreto de Amônio 80%

8 Sulfato de Amônio 80%

9 Ácido Clorídrico 77%

10 Ácido Benzóico 70%

11 Benzoato de Sódio 70%

12 Ácido Nítrico 67%

13 Chapas Grossas 44%

14 Chapas e Bobinas do laminador de tiras

a frio 34%

EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO DE CUBATÃO

Período Ano Rural Urbana Total

Pré-Industrial 1940 4683 1887 6570

Industrial

1950 5377 6426 11803

1960 6281 18855 25136

1970 13759 37140 50899

1980 327 78303 78630

1991 477 90572 91049

2000 648 107661 108309

EXPANSÃO INDUSTRIAL NA BACIA DO RIO CUBATÃO

PERÍODO ECONÔMICO-

POLÍTICO

RAMO

INDUSTRIAL EMPRESA

INÍCIO DE

PRODUÇÃO LINHA DE PRODUÇÃO ORIGEM DO CAPITAL

ATÉ 1930

Fase pioneira da

Industrialização

Transformação

de matérias

naturais

Costa Muniz

Ind. E Com. 1895

Curtume; a partir de

1950 produção de

mangueiras e

correias

Sem dados

Química

Cia. Anilinas e

Produtos

Químicos do

Brasil

1916 Tintas Sem dados

Papel Cia. Santista de

Papel 1918 Papel, papelão Privado nacional

Energia elétrica

Hidrelétrica:

Light-Serviços

de Eletricidade

S.A.

1926

Energia para

abastecer São Paulo,

Santos e Cubatão

Estrangeiro(grupo

Brascan Ltda.-

Canadá

1930-1955

Modelo de

desenvolvimento

orientado na

substituição das

importações na "Era

Vargas”

Energia elétrica

Ampliação da

Hidrelétrica:

Light-Serviços

de Eletricidade

S.A.

1952-1955

Energia para

abastecer São Paulo,

Santos e Cubatão

Estrangeiro(grupo

Brascan Ltda.-

Canadá

Refinaria de

Petróleo

Petrobrás-

Refinaria

Presidente

Bernardes

1955 Refinaria de Petróleo

e derivados

Estatal-grupo

Petrobrás

PERÍODO

ECONÔMICO-

POLÍTICO

RAMO

INDUSTRIAL EMPRESA

INÍCIO DE

PRODUÇÃO

LINHA DE

PRODUÇÃO

ORIGEM DO

CAPITAL

1964

Golpe militar Siderurgia Cosipa 1963-1965

Aços e

derivados

Nacional (grupo

Sidebrás) e

estrangeiro

1964-1967

Continuação do

Modelo de

desenvolvimento

associado- política

de estabilização

do presidente

Castelo Branco

Petroquímic

a

Carbocloro

S.A

Indústrias

Químicas

1966

Substâncias

químicas (cloro,

ácido muriático,

hidrogênio etc.)

Nacional e

estrangeiro (

Diamond

Shamrock Corp.

Norton-Norwich,

EUA)

Petroquímic

a

Rhodia

Indústrias

Químicas

1966

Substâncias

químicas

(solventes

clorados etc.) e

fibras sintéticas

Estrangeiro (

grupo Rhône

poulenc S.A.

França)

Produtos

básicos

Cimentos

Santa Rita

S.A (atual

cimento Rio

Branco)

1968 Cimento

Estrangeiro

(grupo Argeda e

Royal

Liechenstein e

Itália)

1967-1973

Modelo de

desenvolvimento

orientado para

modernização

tecnológica e

exportação - "milagre

econômico"

Petroquímica

Fertilizantes

Petroquisa

(Petrobrás

Químicas S.A.)

1969 Adubos sintéticos Estatal (grupo

Petrobrás)

1970

Expansão da

agricultura, mecanizada

e modernizada com a

"revolução Verde"

Petroquímica Liqid Carbonic

Ind. S.A. 1970

Dióxido de Carbono,

gelo seco

Estrangeiro (grupo

Houston Natural)

Fertilizantes

Ultrafértil S.A.

Ind. E Com. De

fertilizantes

1970

Adubos sintéticos (

amônia, nitrato de

amônia, ácido nítrico,

sulfúrico etc.)

Estatal (grupo

Petrobrás) e

estrangeiro (grupo

Philips Petrol, EUA)

Petroquímica Engecloro Ind.

Química S.A. 1971 Clorato de Amônia Privado nacional

Fertilizantes

Solorrico S.A

Ind. E Com. (

Fertilizantes

Union S.A.)

1972 Adubos nitrogenados

e fosfateados Privado nacional

1973

Crise estrutural do

modelo de

desenvolvimento (crise

do Petróleo, preços de

importação e de juros

elevados etc.)

Máquinas

Engebasa -

Mecânica

Engenharia da

Baixada

Santista Ltda.

1973 Caldeiras industriais sem dados

1955-1963

Modelo

desenvolvimento

orientado na

importação de

capital e

tecnologia

estrangeira ;

participação do

Brasil no mercado

Mundial

Petroquímic

a - materiais

sintéticos

Cia.

Brasileira

de Estireno

1957

produtos

básicos da

indústria

química

(plásticos,

borracha

sintética etc.)

estrangeiro(Kop

pers, EUA; grupo

Hüls, Alemanha)

e

nacional(grupo

Petrobrás)

materiais

sintéticos

Union

Carbide do

Brasil S.A

Ind. e Com.

1958

Polietileno e

outros produtos

químicos

básicos para

produção de

plásticos

Estrangeiro

(grupo Union

Carbide Corp.

EUA)

materiais

sintéticos

Cia.

Petroquímic

a Brasileira

- Copebrás

1958

Produtos

básicos da

indústria

química (ácido

sulfúrico, fosfato

etc.), adubos

sintéticos

Nacional e

estrangeiro

(grupo Cities

Service,

Panamá

Processes S.A,

EUA)

materiais

sintéticos

Alba S.A

Indústrias

Químicas

1958

Poliéster,

resinas

sintéticas,

metanol etc.

Estrangeiro

(grupo borden

Inc. EUA)

PERÍODO ECONÔMICO-

POLÍTICO RAMO INDUSTRIAL EMPRESA

INÍCIO DE

PRODUÇÃO LINHA DE PRODUÇÃO ORIGEM DO CAPITAL

1974-1979

Crescimento da dívida

externa, uso de reservas de

capital estrangeiro

Petroquímica

Fertilizantes

IAP S.A Ind. De

fertilizantes 1975 Adubos sintéticos Privado nacional

Petroquímica Petrocoque S.A

Ind. e Com. 1975 Sem dados

Privado nacional (

grupo Petrobrás -

Universal, Alcan,

Alumínio Votorantin)

Fertilizantes Manah S.A Com e

Ind. 1977 Adubos sintéticos

Privado nacional (grupo

Manah)

Fertilizantes

Ind. Luchsinger

Mandorin (Adubos

trevo)

1977 Adubos sintéticos Privado nacional (grupo

Trevo)

Fertilizantes

Ultrafértil Fafer

(fábrica de

fertilizantes)

1977

Adubos sintéticos,

corantes, ácido nítrico

etc.

sem dados

Produtos básicos Gespa - Gesso

Paulista S.A 1977 Gesso sem dados

1980-2007

Fim da ditadura/

redemocratização/

neoliberalismo

Gás Aga 1989 Gases industriais e

medicinais Estrangeiro

Metalúrgico Brastubo 1994 tubos de aço, pontes

metálicas Privado nacional

Gás B.O.C Gás 1999 Sem dados Sem dados

Metalúrgico Dufer 2001

Discos p/ fundos e

tampas p/ tambores de

aço (blanks)

Privado nacional

VILA PARISI

VILA SOCÓ

DESMATAMENTO