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Levantamentos Topográficos Altimétricos – IT 117 Profa Dra Rosane Vargas

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Page 1: Aula 2 Parte1 Topologia

Levantamentos Topográficos Altimétricos – IT 117

Profa Dra Rosane Vargas

Page 2: Aula 2 Parte1 Topologia

Topologia

Page 3: Aula 2 Parte1 Topologia

Topologia

No estudo da altimetria torna-se imprescindível

conhecer a Topologia;

Constitui a parte descritiva da Topografia;

Profa Rosane Vargas – IT 117 Altimetria

Page 4: Aula 2 Parte1 Topologia

Topologia

Fases do trabalho topográfico (Espartel, 1987):

Topometria (medições e cálculos);

Topologia (intepretação do modelado terrestre);

Desenho topográfico (artística).

Profa Rosane Vargas – IT 117 Altimetria

Page 5: Aula 2 Parte1 Topologia

Conceito de Topologia

Ciência responsável pelo conhecimento das formas

exteriores da superfície da Terra e das leis que

regem seu modelado (ESPARTEL, 1987).

Profa Rosane Vargas – IT 117 Altimetria

Page 6: Aula 2 Parte1 Topologia

Topologia

O modelado da superfície do terreno não é arbitrária

e obedece a leis naturais, muitas das quais podemos

conhecer!

Profa Rosane Vargas – IT 117 Altimetria

Page 7: Aula 2 Parte1 Topologia

Importância da Topologia

Auxilia o operador na execução mais rápida e precisa

do levantamento no terreno. Permite ao profissional

obter o desenho da planta topográfica com o auxílio

de um pequeno número de pontos do terreno.

Profa Rosane Vargas – IT 117 Altimetria

Page 8: Aula 2 Parte1 Topologia

Formação do modelado terrestre

O globo terrestre, inicialmente gasoso, foi se

resfriando da superfície para o interior em camadas

que ao se contraírem, por este resfriamento,

produziram irregularidades de sua superfície.

Profa Rosane Vargas – IT 117 Altimetria

Page 9: Aula 2 Parte1 Topologia

Formação do modelado terrestre

A superfície primitiva do globo terrestre era formada

por elevações e depressões devidas exclusivamente a

ação do seu resfriamento, formando a que se

denominou de superfície ou modelado estrutural da

Terra.

Profa Rosane Vargas – IT 117 Altimetria

Page 10: Aula 2 Parte1 Topologia

Formação do modelado terrestre

Além das forças internas, grandes tempestades,

fortes ventos, frios intensos, deslocamento de

grandes camadas de areia, entre outros agentes

externos, foram aos poucos modificando a superfície

estrutural, debastando-a, arredondando-a, dando a

atual superfície ou modelado topográfico.

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Page 11: Aula 2 Parte1 Topologia

Formação do modelado terrestre

A esta ação de vários agentes externos e que

chamamos de erosão.

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Page 12: Aula 2 Parte1 Topologia

Formação do modelado terrestre

Este modelado é constituído por formas (acidentes

geográficos), que se repetem com maior ou menor

intensidade por toda a superfície terrestre.

Profa Rosane Vargas – IT 117 Altimetria

Page 13: Aula 2 Parte1 Topologia

Formação do modelado terrestre

A água é grande responsável pela forma atual da

superfície terrestre.

Princípio em Hidrologia: toda água que cai sobre o

solo vai até o mar (perfeita continuidade dos

declives!)

Profa Rosane Vargas – IT 117 Altimetria

Page 14: Aula 2 Parte1 Topologia

Formação do modelado terrestre

As sucessivas modificações de declividades que vem

se observando através dos séculos, não são mais do

que as ações química e mecânica de erosão das

águas.

Profa Rosane Vargas – IT 117 Altimetria

Page 15: Aula 2 Parte1 Topologia

Formação do modelado terrestre

Dada a estreita relação entre a água, especialmente

as correntes, com a superfície terrestre, existem

algumas leis que explicam sua evolução e dinâmica e

que serão vista posteriormente.

Profa Rosane Vargas – IT 117 Altimetria

Page 16: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

A grande distância a Terra se apresenta como uma

superfície lisa;

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Page 17: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

Observando a menor distância um pouco, observam-

se saliências seguindo direções mais ou menos

paralelas ao mar, separadas por depressões, em

geral de mesma inclinação.

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Page 18: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

Profa Rosane Vargas – IT 117 Altimetria

Page 19: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

Estas saliências são as cadeias de montanhas

principais, e a linha que as encima é chamada de

linha de cumiada ou divisor de águas.

Profa Rosane Vargas – IT 117 Altimetria

Page 20: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

Profa Rosane Vargas – IT 117 Altimetria

Page 21: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

A linha que define as depressões é chamada de linha

de vale ou linha de talvegue.

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Page 22: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

Profa Rosane Vargas – IT 117 Altimetria

Page 23: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

Aproximando mais ainda o olhar para a superfície da

Terra, observam-se diversos outros acidentes, com

aspecto de ângulos diedros e sensivelmente

perpendiculares aos divisores de água inicialmente

percebidos. São os divisores de água e linhas de

talvegue dos vales formados pelos chamados

contrafortes.

Profa Rosane Vargas – IT 117 Altimetria

Page 24: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

Profa Rosane Vargas – IT 117 Altimetria

Page 25: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

Continuando a observação mais detalhada ainda,

observam-se os divisores de água e linhas de

talvegue dos vales que correspondem aos chamados

espigões.

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Page 26: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

Assim, temos a cadeia de montanhas principal, os

contrafortes, os espigões e assim por diante….

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Page 27: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

Bacia: zona limitada pelo divisor de águas

que as separe para um e outro vale.

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Page 28: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

Serra: cadeia de montanhas de forma

alongada, cuja parte elevada lembra dentes

de serra;

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Page 29: Aula 2 Parte1 Topologia

Serra

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Page 30: Aula 2 Parte1 Topologia

Serra

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Page 31: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

Montanha: elevação considerável do

terreno, destacando-se dos terrenos vizinhos;

Quando se agrupam formando grande

extensão em uma direção, chama-se de

cordilheira ou cadeia de montanhas.

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Page 32: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

Contraforte: montanha alongada que se

destaca da cordilheira mais ou menos

perpendicular a esta.

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Page 33: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

Espigão: contraforte secundário que se

destaca do principal.

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Page 34: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

Cimo: ponto culminante da montanha; pode

ser cônico e elevado (pico), agudo e

escarpada (agulha) ou montes de cimos

arredondados (zimbórios).

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Page 35: Aula 2 Parte1 Topologia

Cimo do tipo Pico

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Pico da Bandeira

Page 36: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

Maciço: conjunto de montanhas agrupadas

em torno de um ponto culminante;

Morro: pequena elevação isolada.

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Page 37: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

Colina: elevação isolada de pequena altitude

e pouca declividade em suas encostas.

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Page 38: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

Planalto: superfície regular, mais ou menos extensa, situada a grande altitude;

Planície: superfície regular, mais ou menos extensa, situada a pequena altitude;

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Page 39: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

Baixada: planície que se estende até o mar;

Brejo: terras baixas, alagadiças.

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Page 40: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

Vertente, Flanco, Encosta ou Escarpa:

superfície inclinada que vem do cimo até a

base das montanhas. Estas superfícies não

são planas e sim sulcadas de elevações e

depressões que formam os vales secundários;

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Page 41: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

Divisor de Águas, Linha de Cumiada ou

Linha de Crista: linha formada pelo

encontro de duas vertentes opostas pelos

cumes e segundo a qual as águas se dividem

para uma e outra destas vertentes;

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Page 42: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

Dorso: superfície convexa formada pelo

encontro de duas vertentes opostas pelo

cume;

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Page 43: Aula 2 Parte1 Topologia

Cume

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Divisorde águas

Dorso alongado

Page 44: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

Talvegue ou Linha de Aguada: (do alemão

thalweg, que significa caminho do vale) é a linha de

encontro das duas vertentes opostas pela base; é a

linha que recolhe as águas que descem pelas duas

encostas opostas do vale;

Profa Rosane Vargas – IT 117 Altimetria

Page 45: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

Vale: superfície côncava formada pelo

conjunto de duas vertentes opostas pela

base;

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Page 46: Aula 2 Parte1 Topologia

Vale

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Talvegue

Vale

Page 47: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

Cabeceira: vales curtos e úmidos que dão

origem aos cursos d'água;

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Page 48: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

Colo, Quebrada, Garganta ou Selado: é o

ponto onde as linhas de talvegues

(normalmente duas) e os divisores de água

(normalmente dois) se curvam fortemente

mudando de sentido.

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Page 49: Aula 2 Parte1 Topologia

Colo, Quebrada, Garganta ou Selado:

É o ponto mais baixo de um divisor de águas

e o mais alto dos dois talvegues. Se a

garganta é estreita e profunda, recebe o

nome de brecha; se a profundidade é muito

grande, trata-se de um cânion.

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Page 50: Aula 2 Parte1 Topologia

Garganta

Profa Rosane Vargas – IT 117 Altimetria

Page 51: Aula 2 Parte1 Topologia

Garganta

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Page 52: Aula 2 Parte1 Topologia

Denominações e definições topológicas de algumas formas do terreno

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Serra das Araras/RJ

Page 53: Aula 2 Parte1 Topologia

Leis do modelado terrestre

As águas são as grandes responsáveis pela atual conformação da superfície terrestre. Assim, é necessário que se conheçam

algumas das leis que regem a sua evolução e dinâmica, de forma a compreender melhor a sua estreita relação com o terreno e a maneira como este se apresenta.

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Page 54: Aula 2 Parte1 Topologia

Leis do modelado terrestre

1a. Lei: Qualquer curso d’água estácompreendido entre duas elevações cujas linhas de crista vão se afastando à medida

que o declive da linha de aguada vai diminuindo.

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Page 55: Aula 2 Parte1 Topologia

Leis do modelado terrestre

2a. Lei: Quando dois cursos d’água se encontram, a linha de crista que os separa está sensivelmente orientada no

prolongamento do curso d’água resultante.

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Page 56: Aula 2 Parte1 Topologia

Leis do modelado terrestre

3a. Lei: Se dois cursos d’água descem paralelamente uma encosta e tomam depois direções opostas, as linhas que separam os

cotovelos indicam a depressão mais profunda entre as vertentes.

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Page 57: Aula 2 Parte1 Topologia

Leis do modelado terrestre

4a. Lei: Se alguns cursos d’água partem dos arredores de um mesmo ponto e seguem direções diversas, há, ordinariamente, na sua

origem comum, um ponto culminante.

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Page 58: Aula 2 Parte1 Topologia

Leis do modelado terrestre

5a. Lei: Se duas nascentes ficam de um lado e de outro de uma elevação, existe um cume na parte correspondente da linha de crista

que as separa.

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Page 59: Aula 2 Parte1 Topologia

Leis do modelado terrestre

6a. Lei: Em uma zona regularmente modelada, uma linha de crista se baixa quando dois cursos d’água se aproximam e

vice-versa. Ao máximo afastamento corresponde um cume, ao mínimo, um colo.

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Page 60: Aula 2 Parte1 Topologia

Leis do modelado terrestre

7a. Lei: Em relação a dois cursos d’água que correm em níveis diferentes, pode-se afirmar que a linha de crista principal que os separa

aproxima-se, sensivelmente, do mais elevado.

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Page 61: Aula 2 Parte1 Topologia

Leis do modelado terrestre

8a. Lei: Sempre que uma linha de crista muda de direção lança um contraforte na direção de sua bissetriz. Este contraforte

pode ser pequeno, mas sempre existente.

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Page 62: Aula 2 Parte1 Topologia

Leis do modelado terrestre

9a. Lei: Quando dois cursos d’água vizinhos nascem do mesmo lado de uma encosta um contraforte ou uma garupa se lança entre os

dois e os separa. Na interseção da linha de crista desse contraforte com a linha de crista principal existe um ponto culminante.

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Page 63: Aula 2 Parte1 Topologia

Leis do modelado terrestre

10a. Lei: Se um curso d’água se divide em muitos ramos sinuosos e forma ilhas irregulares, pode-se concluir que o vale élargo e a linha de aguada tem pouca inclinação. Se, ao contrário, existe um único

canal, pode-se concluir que o vale é estreito e profundo e a linha de aguada é bastante inclinada.

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