aula 2 - cpm-método do caminho crítico

25
Eng.Fernando A Alexander CPM – MÉTODO DO CAMINHO CRÍTICO O serviço de manutenção de máquinas é indispensável e deve ser constante. Por outro lado, é necessário manter a produção, conforme o cronograma estabelecido. Esses dois aspectos levantam a questão de como conciliar o tempo com a paradas das máquinas para manutenção sem comprometer a produção. Iremos ver como as empresas conciliam o tempo com a paradas das máquinas, considerando a produção.

Upload: faeng

Post on 19-Oct-2015

21 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

  • Eng.Fernando A Alexander

    CPM MTODO DO CAMINHO CRTICO

    O servio de manuteno de mquinas indispensvel e

    deve ser constante.

    Por outro lado, necessrio manter a produo, conforme

    o cronograma estabelecido. Esses dois aspectos levantam a

    questo de como conciliar o tempo com a paradas das

    mquinas para manuteno sem comprometer a produo.

    Iremos ver como as empresas conciliam o tempo com a

    paradas das mquinas, considerando a produo.

  • Eng.Fernando A Alexander

    Rotina de Planejamento do Trabalho

    O setor de planejamento recebe as requisies de servio, analisa o que e como deve ser feito, quais as

    especialidades e grupos envolvidos, e os materiais e

    ferramentas a serem utilizados.

    Isso resulta no plano de operaes, na lista de materiais para empenho ou compra de estoque e outros

    documentos complementares como relao de servios

    por grupo, ordens de servio etc.

  • Eng.Fernando A Alexander

    Quando h necessidade de estudos especiais, execuo

    de projetos e desenhos ou quando o oramento de um

    trabalho excede determinado valor, o setor de

    planejamento requisita os servios da Engenharia de

    Manuteno. Ela providencia os estudos necessrios e

    verifica a viabilidade econmica.

    Se o estudo ou projeto for vivel, todas as informaes

    coletadas pelo planejamento so enviadas ao setor de

    programao, que prepara o cronograma e os programas

    dirios de trabalho coordenando a movimentao de

    materiais.

  • Eng.Fernando A Alexander

    SEQUENCIA DE PLANEJAMENTO

    E uma gama atividades para o planejador atingir o plano

    de operao e emitir os documentos necessrios.

    Esse sequencia de atividades consiste em:

    Listar os servios a serem executados;

    Determinar o tempo, especialidades e nmero de profissionais;

    Determinar a sequncia lgica das operaes de trabalho por

    meio do diagrama espinha de peixe;

    Construir PERT-CPM;

    Construir diagrama de barras (Gantt), indicando as equipes de

    trabalho;

    Emitir as ordens de servio, a lista de materiais, a relao de

    servios por grupo e outros documentos que variam conforme a

    empresa.

  • Eng.Fernando A Alexander

    Exemplo da Apostila do Diagrama Causa e Efeito

    Diagrama espinha de peixe:

    uma construo grfica simples que permite construir e visualizar

    rapidamente a sequncia lgica das operaes.

    Em planejamentos simples e para um nico grupo de

    trabalho, pode-se passar da espinha de peixe ao

    diagrama de barras ou o diagrama de Gantt.

  • Eng.Fernando A Alexander

    Os 7 Ms: Os 4 Ps:

    Mo de obra

    Mtodo

    Material

    Mquina

    Meio ambiente

    Medio

    "Management" (gesto)

    Polticas

    Procedimentos

    Pessoal

    Planta

    Como fazer o diagrama de causa e efeito:

    Defina o problema a ser estudado e o que se deseja obter (o que deve acontecer ou o

    que deve ser evitado). Procure conhecer e entender o processo: observe, documente, fale

    com pessoas envolvidas, leia. Rena um grupo para discutir o problema, apresente os fatos

    conhecidos, incentive as pessoas a dar suas opinies, faa um brainstorming. Organize as

    informaes obtidas, estabelea as causas principais, secundrias, tercirias, etc. (hierarquia

    das causas), elimine informaes irrelevantes, monte o diagrama, confira, discuta com os

    envolvidos. Assinale os fatores mais importantes para obteno do objetivo visado (fatores

    chave, fatores de desempenho, fatores crticos).

    Para organizar o diagrama de causa e efeito, voc pode usar as seguintes classificaes de

    causas:

  • Eng.Fernando A Alexander

    Componentes

  • Eng.Fernando A Alexander

    1- Cabealho: Titulo, data, autor {ou grupo de trabalho).

    2- Efeito: Contm o indicador de qualidade e o enunciado do

    projeto (problema). escrito no lado direito, desenhado no meio

    da folha.

    3- Eixo central: Urna flecha horizontal, desenhada de forma a

    apontar para o efeito. Usualmente desenhada no meio da folha

    4- Categoria: representa os principais grupos de fatores

    relacionados com efeito. As flechas so desenhadas inclinadas,

    as pontas convergindo para o eixo central

    5- Causa: Causa potencial, dentro de urna categoria que pode

    contribuir com o efeito As flechas so desenhadas em linhas

    horizontais, aportando para o ramo de categoria.

    6- Sub-causa: Causa potencial que pode contribuir com urna

    causa especfica. So ramificaes de uma causa.

    O efeito, ou problema fixo no lado direito do desenho e as

    influncias ou causas maiores so listadas de lado esquerdo.

  • Eng.Fernando A Alexander

  • Eng.Fernando A Alexander

    E

    x

    e

    m

    p

    l

    o

    d

    e

    d

    i

    a

    g

    r

    a

    m

    a

    d

    e

    c

    a

    u

    s

    a

    e

    e

    f

    e

    i

    t

    o

    E

    x

    e

    m

    p

    l

    o

    s

    a

    s

    e

    g

    u

    i

    r

    i

    l

    u

    s

    t

    r

    a

    m

    o

    s

    d

    o

    i

    s

    t

    i

    p

    o

    s

    d

    e

    d

    i

    a

    g

    r

    a

    m

    a

    d

    e

    c

    a

    u

    s

    a

    e

    e

    f

    e

    i

    t

    o

    .

    O

    p

    r

    i

    m

    e

    i

    r

    o

    d

    i

    a

    g

    r

    a

    m

    a

    (

    C

    a

    u

    s

    a

    e

    E

    f

    e

    i

    t

    o

    :

    D

    e

    s

    e

    m

    p

    e

    n

    h

    o

    D

    e

    s

    e

    j

    a

    d

    o

    )

    r

    e

    f

    e

    r

    e

    -

    s

    e

    a

    a

    l

    g

    o

    q

    u

    e

    d

    e

    s

    e

    j

    a

    m

    o

    s

    ,

    i

    s

    t

    o

    ,

    u

    m

    b

    o

    m

    r

    e

    s

    t

    a

    u

    r

    a

    n

    t

    e

    .

    O

    s

    f

    a

    t

    o

    r

    e

    s

    q

    u

    e

    d

    e

    t

    e

    r

    m

    i

    n

    a

    m

    u

    m

    b

    o

    m

    r

    e

    s

    t

    a

    u

    r

    a

    n

    t

    e

    s

    o

    :

    i

    n

    s

    t

    a

    l

    a

    e

    s

    ,

    c

    o

    m

    i

    d

    a

    ,

    l

    o

    c

    a

    l

    i

    z

    a

    o

    e

    a

    t

    e

    n

    d

    i

    m

    e

    n

    t

    o

    .

    P

    a

    r

    a

    q

    u

    e

    a

    c

    o

    m

    i

    d

    a

    s

    e

    j

    a

    b

    o

    a

    ,

    p

    r

    e

    c

    i

    s

    a

    m

    o

    s

    t

    e

    r

    h

    i

    g

    i

    e

    n

    e

    ,

    b

    o

    m

    p

    a

    l

    a

    d

    a

    r

    e

    v

    a

    r

    i

    e

    d

    a

    d

    e

    .

    A

    h

    i

    g

    i

    e

    n

    e

    ,

    p

    o

    r

    s

    u

    a

    v

    e

    z

    ,

    d

    e

    p

    e

    n

    d

    e

    d

    o

    s

    i

    n

    g

    r

    e

    d

    i

    e

    n

    t

    e

    s

    (

    s

    a

    u

    d

    v

    e

    i

    s

    ,

    b

    e

    m

    c

    o

    n

    s

    e

    r

    v

    a

    d

    o

    s

    )

    e

    d

    o

    p

    r

    e

    p

    a

    r

    o

    (

    r

    e

    c

    e

    i

    t

    a

    ,

    c

    u

    i

    d

    a

    d

    o

    ,

    e

    t

    c

    )

    .

    O

    d

    i

    a

    g

    r

    a

    m

    a

    d

    e

    t

    a

    l

    h

    a

    d

    o

    c

    o

    l

    o

    c

    a

    n

    d

    o

    a

    s

    c

    a

    u

    s

    a

    s

    d

    o

    e

    f

    e

    i

    t

    o

    d

    e

    s

    e

    j

    a

    d

    o

    ,

    d

    e

    p

    o

    i

    s

    a

    d

    i

    c

    i

    o

    n

    a

    n

    d

    o

    a

    s

    c

    a

    u

    s

    a

    s

    d

    e

    s

    t

    a

    s

    e

    a

    s

    s

    i

    m

    p

    o

    r

    d

    i

    a

    n

    t

    e

    a

    t

    q

    u

    e

    f

    i

    q

    u

    e

    b

    e

    m

    c

    l

    a

    r

    o

    c

    o

    m

    o

    o

    b

    t

    e

    r

    o

    o

    b

    j

    e

    t

    i

    v

    o

    v

    i

    s

    a

    d

    o

    .

  • Eng.Fernando A Alexander

  • Eng.Fernando A Alexander

    Diagrama de Gantt

    um cronograma que permite fazer a programao das tarefas mostrando a dependncia entre elas. Usado desde o incio do sculo,

    consiste em um diagrama onde cada barra tem um comprimento

    diretamente proporcional ao tempo de execuo real da tarefa.

    O comeo grfico de cada tarefa ocorre somente aps o trmino das atividades das quais depende.As atividades para elaborao do diagrama

    so a determinao das tarefas, das dependncias, dos tempos e a

    construo grfica.

  • Eng.Fernando A Alexander

    Vamos exemplificar considerando a fabricao de uma polia e um eixo. A

    primeira providncia listar as tarefas, dependncias e tempo envolvidos.

  • Eng.Fernando A Alexander

    De posse da lista, constri-se o diagrama de Gantt.

  • Eng.Fernando A Alexander

    O diagrama de Gantt um auxiliar importante do planejador e do

    programador, pois apresenta facilidade em controlar o tempo e em

    reprogram-lo. Apesar desta facilidade, o diagrama de Gantt no

    resolve todas as questes, tais como:

    Quais tarefas atrasariam se a terceira tarefa (C) se atrasar um dia?

    Como colocar de forma clara os custos no diagrama?

    Quais tarefas so crticas para a realizao de todo o trabalho?

    Para resolver as questes que o diagrama de Gantt no consegue

    solucionar, foram criados os mtodos PERT - CPM.

  • Eng.Fernando A Alexander

    Mtodos PERT - CPM

    Os mtodos PERT (Program Evoluation and Review Technique

    Programa de Avaliao e Tcnica de Reviso) e CPM (Critical Parth

    Method Mtodo do Caminho Crtico) foram criados em 1958.

    O PERT foi desenvolvido pela NASA com o fim de controlar o tempo e a

    execuo de tarefas realizadas pela primeira vez.

    O CPM foi criado na empresa norte-americana Dupont com o objetivo de

    realizar as paradas de manuteno no menor prazo possvel e com o nvel

    constante de utilizao dos recursos.

    Os dois mtodos so quase idnticos; porm, as empresas, em termos de

    manuteno, adotam basicamente o CPM .

  • Eng.Fernando A Alexander

    Mtodo CPM

    O CPM se utiliza de construes grficas simples como flechas, crculos

    numerados e linhas tracejadas, que constituem, respectivamente:

    o diagrama de flechas;

    a atividade fantasma;

    o n ou evento

    Diagrama de flechas um grfico das operaes, em que cada operao

    representada por uma flecha. Cada flecha tem uma ponta e uma cauda. A

    cauda representa o incio da operao e a ponta marca o seu final.

    As flechas so usadas para expressar as relaes entre as operaes e

    definir uma ou mais das seguintes situaes:

    a operao deve preceder algumas operaes;

    a operao deve suceder algumas operaes;

    a operao pode ocorrer simultaneamente a outras operaes.

  • Eng.Fernando A Alexander

  • Eng.Fernando A Alexander

    Atividade fantasma uma flecha tracejada usada como artifcio para

    identificar a dependncia entre operaes. tambm chamada de operao

    imaginria e no requer tempo. Observe a figura:

    Assim, as atividades W, Y, K e Z so operaes fsicas como tornear,

    montar, testar etc. Cada uma dessas operaes requer um tempo de

    execuo, enquanto a atividade fantasma um ajuste do cronograma, isto ,

    depende apenas da programao correta.

  • Eng.Fernando A Alexander

    N ou evento So crculos desenhados no incio e no final de cada flecha.

    Tm o objetivo de facilitar a visualizao e os clculos de tempo. Devem ser

    numerados e sua numerao aleatria.

    O n no deve ser confundido com uma atividade que demande tempo.

    Ele um instante, isto , um limite entre o incio de uma atividade e o

    final de outra.

  • Eng.Fernando A Alexander

    Construo do diagrama CPM

    Para construir o diagrama preciso ter em mos a lista das atividades,

    os tempos e a sequncia lgica.

    Em seguida, vai-se posicionando as flechas e os ns obedecendo a

    sequncia lgica e as relaes de dependncia.

    Abaixo de cada flecha, coloca-se o tempo da operao e acima, a

    identificao da operao.

  • Eng.Fernando A Alexander

  • Eng.Fernando A Alexander

    O caminho crtico

    um caminho percorrido atravs dos eventos (ns) cujo somatrio dos

    tempos condiciona a durao do trabalho. Por meio do caminho crtico

    obtm se a durao total do trabalho e a folga das tarefas que no

    controlam o trmino do trabalho.

    No diagrama anterior h trs caminhos de atividades levando o trabalho

    do evento 0 (zero) ao evento 5:

    A B D F , com durao de 11 horas;

    A C E F , com durao de 9 horas;

    A B imaginria E F, com durao de 10 horas.

    H, pois, um caminho com durao superior aos demais, que condiciona

    a durao do projeto.

  • Eng.Fernando A Alexander

    este o caminho crtico. A importncia de se identificar o caminho

    crtico fundamenta-se nos seguintes parmetros:

    permitir saber, de imediato, se ser possvel ou no cumprir o prazo

    anteriormente estabelecido para a concluso do plano;

    identificar as atividades crticas que no podem sofrer atrasos,

    permitindo um controle mais eficaz das tarefas prioritrias;

    permitir priorizar as atividades cuja reduo ter menor impacto na

    antecipao da data final de trmino dos trabalhos, no caso de ser

    necessria uma reduo desta data final;

    permitir o estabelecimento da primeira data do trmino da atividade;

    permitir o estabelecimento da ltima data do trmino da atividade.

    Frequentemente, o caminho crtico to maior que os demais que basta

    aceler-lo para acelerar todo o trabalho. Tendo em vista o conceito do

    caminho crtico, pode-se afirmar que as tarefas C e E do diagrama

    anterior podem atrasar at duas horas sem comprometer a durao total.

  • Eng.Fernando A Alexander

    Concluso na aplicao do CPM

    O mtodo do caminho crtico permite um balanceamento dos recursos,

    principalmente mo-de-obra. O departamento de manuteno possui um

    contingente fixo e no desejvel ter um perfil de utilizao desse

    contingente com carncia em uns momentos e ociosidade em outros.

    Para evitar este problema, o planejador joga com o atraso das tarefas

    com folga e o remanejamento do pessoal envolvido nas tarefas iniciais.

    Nas paradas para reformas parciais ou totais, aps o balanceamento dos

    recursos fsicos e humanos com programao de trabalho em horrios

    noturnos e em fins de semana, pode ocorrer ainda a carncia de mo-de-

    obra. Neste caso, a soluo a contratao de servios externos ou a

    ampliao do quadro de pessoal. Essas decises s podem ser tomadas

    aps a anlise e comprovao prtica das carncias.