aula 1 - relacão escola comunidade

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Organização Pedagógica da Escola Relação Escola Comunidade Aula 1 Profa. Me. Daniele Farfus

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Page 1: Aula 1 - Relacão Escola Comunidade

Organização Pedagógica da Escola

Relação Escola Comunidade

Aula 1

Profa. Me. Daniele Farfus

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Olá! Seja bem-vindo(a)!

Assista ao vídeo a seguir, em que a professora faz uma introdução a

esta disciplina e apresenta um contexto histórico da relação entre a sociedade

e a Educação.

Introdução

O texto que se apresenta tem por objetivo contextualizar o leitor sobre o

processo histórico por que passamos, correlacionando as necessidades atuais

da sociedade globalizada.

Nesta aula, portanto, vamos compreender a importância da busca por

uma gestão democrática de forma efetiva e apresentar suporte teórico para as

reflexões e para a compreensão da sociedade moderna, correlacionando-a

com a Educação nos dias atuais.

As Relações entre Escola e Comunidade: um Olhar

para o Século XXI

O mundo atual, constituído de uma sociedade em redes, conectada

pelas TICs – Tecnologias da Informação e Comunicação – precisa repensar

os modelos de gestão nos diversos âmbitos da sua composição. Não há mais

como replicarmos modelos adotados em séculos anteriores e considerarmos

aplicáveis nas realidades sociais que hoje se apresentam.

A Educação − cada vez mais necessária para a sociedade que se

denomina sociedade do conhecimento − exerce um papel fundamental para

a autonomia das pessoas e dos países, sobretudo para países emergentes,

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como o caso do Brasil, que precisam consolidar um modelo educacional que

atenda às necessidades econômicas de um país desenvolvido.

Considerando esse cenário, o Brasil precisa superar alguns desafios,

porém existem três essenciais, com os quais os modelos educacionais poderão

efetivamente contribuir:

1. Inserir-se de forma competitiva em um mercado globalizado,

compreendendo a economia internacional;

2. Buscar a equidade por meio da erradicação de desigualdades, não

mais suportáveis em um sistema democrático;

3. Ampliar, sobretudo, os níveis de participação democrática da

população e do respeito aos direitos humanos, buscando a

compreensão de direitos e deveres da população.

Assista ao vídeo a seguir para entender como se dá o processo

democrático da sociedade brasileira.

Para a sociedade em que vivemos existe a necessidade da

compreensão de que um processo educacional com qualidade e consolidado

permitirá o desenvolvimento de competências fundamentais para enfrentar as

novas demandas do mundo globalizado. Essa compreensão deverá ser

estabelecida em políticas públicas efetivas, que, enquanto não ocorrem, será

fundamental a articulação de diferentes atores que compreendam o momento

social e busquem alternativas locais para a promoção de novas possibilidades

de criação e recriação do cotidiano.

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O homem, nesse contexto, é singular em sua essência, mas precisa do

outro para atuar e ser social. Partindo dessa premissa, é necessário que ele

repense e compreenda como a sociedade se transformou e de que forma pode

reinventá-la.

Os sistemas educacionais apresentam um papel relevante

nesse cenário.

A construção social convida todos a somarem esforços, trocarem

experiências e mudarem comportamentos hoje consolidados na busca de um

caminho mais digno para a humanidade.

Dessa forma, rever o ambiente local, compreendendo-o de forma

sistêmica, faz-se urgente, sobretudo, para a apropriação de processos

inovadores que atendem às demandas das pessoas. A Educação precisa

compreender que a inovação se faz necessária para a superação de modelos

cristalizados e que, muitas vezes, impedem a reorganização de práticas

pedagógicas.

Drucker (1998) afirma que a comunidade do futuro é aquela que está em

construção, da qual dependerá a vida das gerações que virão.

O entendimento da sociedade complexa e os investimentos necessários

para a mudança são o início do reconhecimento dos desafios futuros que se

estabelecem e a identificação das transformações que podem ser

implementadas como possibilidades.

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Fundamentando essa afirmação, o sistema legal que rege o ensino se

adequa e

com a promulgação da Lei n. 9394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes para a Educação nacional e todos os atos administrativos decorrentes desta, muitas mudanças foram previstas e autorizadas, e estas enfatizaram uma nova relação da escola com a sua comunidade, com seus profissionais, com seu entorno e, sobretudo, com sua prática pedagógica. (FARFUS, 2008, p. 24).

O Contexto Social

Ao lermos a definição da LDB, percebemos alterações que antes não se

faziam presentes no contexto educacional: a ênfase em uma nova relação

escola, comunidade, profissionais e entorno abre um leque de possibilidades,

até então inexistentes, do modelo político histórico pelo qual o país viveu.

O exercício da democracia ainda é uma prática nova para os cidadãos

brasileiros. Compreender novas relações no contexto educacional requer dos

profissionais envolvidos uma predisposição para mudar, para sair do estado de

conforto e encontrar novos meios para realizar a prática pedagógica. A

organização e a reorganização serão, nesse cenário, palavras-chave.

A relação da escola com a comunidade, proposta na legislação vigente,

começa, então, a se configurar, alterando a cultura organizacional presente nos

sistemas de ensino. Contudo, é necessário refletir sobre as novas relações que

As Instituições de Ensino formais exercem o papel de protagonista no processo

pedagógico; porém, para o século XXI, faz-se necessária a busca de outros atores

que auxiliam na construção de um modelo educacional para atender às demandas

sociais emergentes e realizar parcerias estratégias que promovem a qualidade de

propostas educacionais, atendendo aos anseios sociais.

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a sociedade da informação impôs às instituições encarregadas do processo

educacional, ou seja, a escola e a família.

Gómez-Granel e Vila (2003) afirmam que:

Hoje, a influência educativa é exercida a partir de vários âmbitos – família, trabalho, associações etc. – e por meios diversos: televisão, multimídia etc., que, às vezes, opõem-se às propostas educativas escolares. Se quisermos que a escola continue cumprindo a importantíssima função determinada pela sociedade de educar as novas gerações e que se imponha uma profunda renovação da própria escola, será preciso que, por um lado, o conjunto do sistema educativo se envolva no tecido social da cidade e que o trabalho dos professores seja reconhecido; e, por outro lado, é necessário que essa mesma sociedade assuma sua responsabilidade educativa e que cada um dos agentes seja consciente de sua cota de responsabilidade. E, além disso, é importante também que a cidade entenda e assuma que a Educação é um elemento estratégico imprescindível para seu desenvolvimento harmônico e democrático. (GÓMEZ-GRANEL E VILA, 2003, p. 16).

Compreender essa possibilidade social é ponto de partida para a

apropriação dos espaços educativos que propiciam uma reorganização

pedagógica, e são os profissionais que atuam efetivamente na Educação que

possibilitarão esse redesenho.

Os ambientes educativos devem ser espaço de encontros e convivência

de todos, nos quais se desenvolve a cidadania − uma conquista individual e

coletiva − em um ambiente de extrema relevância social, afinal:

Nessa sociedade globalizada e interconectada, o bem mais considerado será o conhecimento, mas outro tipo de conhecimento, um conhecimento que, diferente de épocas anteriores, não consistirá tanto no acúmulo e memorização dos conteúdos, mas na capacidade de selecionar a informação e transformá-la em conhecimento. (GÓMEZ-GRANEL e VILA, 2003, p. 20).

No passado, afirmava-se que a escola e a família eram as responsáveis pelo

processo educacional das novas gerações. O modelo social apresentado hoje,

porém, possibilita uma nova reflexão, sobretudo pela estrutura social dada, na

qual se delega à Educação os novos mecanismos.

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A Educação deve preparar os indivíduos para a apropriação da

informação em todos os lugares possíveis.

Assim sendo,

A construção social convida todos a somarem esforços, trocarem experiências e mudarem comportamentos hoje consolidados na busca de um caminho mais digno para a humanidade. O entendimento da sociedade complexa e os investimentos necessários para a mudança são o início do reconhecimento dos desafios futuros que se estabelecem e a identificação das transformações que podem ser implementadas como possibilidades. (FARFUS, 2008, p. 17).

No vídeo a seguir, falaremos sobre os referenciais teóricos fundamentais

para sustentar a efetivação da relação entre escola e comunidade. Não deixe

de assistir!

Transformação social

Compreendemos, a partir da construção social, a possibilidade e um

redirecionamento de uma nova construção social para o sistema educacional,

no qual novas organizações pedagógicas se estruturam em espaços

efetivamente educativos e de qualidade, que promovem a transformação social

de todos que os nele agem e interagem, independentemente de classe social,

idade, sexo, raça e outros fatores que podem excluir em vez de incluir.

Pessoas que atuam em ambientes educativos devem se adaptar a esse contexto,

pois, hoje, sua atividade profissional requer projetos inovadores, seja na

Educação formal ou em processos informais educacionais.

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A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a

Cultura (Unesco), no período de 1993 a 1996, organizou um comissão

internacional composta de representantes de diversas regiões do mundo, os

quais tiveram o desafio de estabelecer pilares para a Educação, atendendo às

demandas que surgiriam no novo século.

A conclusão dos estudos foi publicada em um relatório − conhecido

como Relatório Jacques Delors, nome do presidente da comissão − e define os

Quatro Pilares da Educação da Unesco. Esses pilares definiram que a

Educação, hoje, tem o desafio de criar o conhecimento, propiciar o seu

processo de circulação, de armazenamento e a comunicação de informações.

Dessa forma, recomenda-se que esteja sustentada em quatro pilares (ou

aprendizagens) fundamentais que são:

1. Aprender a conhecer

2. Aprender a fazer

3. Aprender a conviver

4. Aprender a ser

Aprender a conhecer

O conhecimento produzido pela humanidade é patrimônio de todos e é

acessado por oportunidades que levam à sua apropriação por todos os

indivíduos, de todas as camadas sociais. Ou seja, é um dever ético.

Para a sustentação dessa transformação social, faz-se necessária a busca de

referenciais teóricos que validem a discussão.

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Nesse contexto, existem algumas competências fundamentais a serem

desenvolvidas, como: domínio da leitura e da escrita, capacidade de receber

criticamente os meios de comunicação, aprender a acessar informações,

aprender a „aprender‟, valorizar o conhecimento e o saber social, aprender a

zelar pela saúde, desenvolver competências para a vida cotidiana, bem como

condições para compreender e operar o entorno social, capacidade de calcular

e de resolver problemas e domínio da língua oral.

Aprender a fazer

Indissociável do primeiro pilar, visa ensinar o educando a levar seus

conhecimentos à prática e a formá-lo para uma sociedade em constante

transformação.

Esse pilar espera o desenvolvimento de capacidades como:

comunicação, resolução de conflitos, correlação com as aptidões individuais e

as relações interpessoais, aptidão para trabalhar em equipe, decidir em grupo e

gerir e resolver conflitos, boa articulação verbal, espírito de iniciativa,

criatividade e autonomia.

Aprender a conviver

Esse é o grande desafio da sociedade moderna, pois aprender a viver

com o outro é um exercício que necessita de conhecimento, habilidade e

atitude. Visa conceber uma educação para a paz, desenvolvendo o

conhecimento do outro e de suas culturas, do respeito à diversidade, que

É importante, na época atual, as pessoas adquirirem saberes com

relevância, pois estes propiciarão a compreensão do meio e terão uma

finalidade específica para cada indivíduo.

Deve prever a aquisição de conhecimentos que podem ser continuamente

expandidos e transformados, servindo de base para a organização de

novas aprendizagens.

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significa, também, respeitar a si mesmo e aos outros, bem como oferecer

condições para estes participarem com autonomia.

Aprender a ser

Esse último pilar integra os três precedentes e é indispensável a

qualquer pessoa para a construção do seu caráter e, de forma mais coerente e

autônoma, do próprio projeto de vida.

Nesse sentido, cabe aos educadores criar oportunidades nas quais o

indivíduo possa aprender a se conhecer, a perceber a si mesmo e aos outros.

Outro referencial que suporta essa discussão para os sistemas de

ensino são os Códigos da Modernidade, apresentados por Bernardo Toro

(2001), que compreendem as competências mínimas para a participação dos

cidadãos na sociedade produtiva do século XXI. Esses códigos podem ser

analisados, realizando-se um paralelo entre os pilares da Educação da Unesco,

sendo eles:

1. Domínio da leitura e escrita;

2. Capacidade para calcular e resolver problemas;

3. Condições de compreender e operar o entorno social;

4. Habilidade para descrever, interpretar e analisar fatos e situações;

5. Capacidade de receber criticamente os meios de comunicação;

6. Capacidade de acessar informações;

7. Capacidade de trabalhar em equipe.

Ajuda a elaborar pensamentos críticos, formular os próprios juízos de valor,

decididos com liberdade e discernimento, entrar em contato com a

criatividade, com os sentimentos e com imaginação, desenvolvendo- se

enquanto pessoa e ser social.

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Essas competências, se bem trabalhadas pelos sistemas educacionais

formais e informais, atendem a algumas demandas sociais e o fundamental é a

apropriação de suportes teóricos inovadores para a concretização de novos

modelos de relação escola comunidade.

De acordo com Elias (1994), pode-se afirmar que novos referenciais

estão sendo buscados para a criação de soluções que agreguem valor para

todos:

[...] na vida social de hoje, somos incessantemente confrontados pela questão de se e como é possível criar uma ordem social que permite uma melhor harmonização entre as necessidades e inclinações pessoais dos indivíduos, de um lado, e, de outro, as exigências feitas a cada indivíduo pelo trabalho cooperativo de muitos, pela manutenção e eficiência do todo social. Não há dúvida de que isso – o desenvolvimento da sociedade de maneira a que não apenas alguns, mas a totalidade de seus membros tivesse a oportunidade de alcançar essa harmonia – é o que criaríamos se nossos desejos tivessem poder suficiente sobre a realidade. (ELIAS, 1994, p. 17).

Todos fazemos parte de uma mesma sociedade: são bilhões de pessoas

de diferentes raças, credos, posição social, ideologias, que devem conviver de

forma harmônica, buscando o bem pelo próximo. Os processos educacionais e

as relações que se estabelecem a partir da sua mediação são essenciais para

a vida social atual.

Nessa teia social moderna, existe uma ordem de vida, conforme

descreve Elias (1994):

[...] A ordem invisível dessa forma de vida em comum, que não pode ser diretamente percebida, oferece ao indivíduo uma gama mais ou menos restrita de funções e modos de comportamento possíveis. Por nascimento, ele está inserido num complexo funcional de estrutura bem definida; deve conformar-se a ele, moldar-se de acordo com ele e, talvez, desenvolver-se mais, com base nele. Até sua liberdade de escolha entre as funções preexistentes é bastante limitada. Depende largamente do ponto em que nasce e cresce nessa teia humana, das funções e da situação de seus pais e, em consonância com isso, da escolarização que recebe. [...] (ELIAS, 1994, p. 21).

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Agora acompanhe o vídeo a seguir para refletir e compreender a relação

que você tem com a sociedade em que está inserido(a).

Relação Homem e Sociedade

O homem e sua relação com a sociedade é singular. Ele tem,

essencialmente, necessidade do outro. Por esse motivo, o ser humano conta

com um instinto claro de sociedade. Muito embora esse instinto seja

facilmente identificado, no final do século XX, começou-se a traçar um

panorama alarmante de crescimento da fragmentação e de isolamento.

A formação social tem papel fundamental para a formação do

homem, e a Educação exerce certa relevância nesse cenário.

Para que o homem tenha o poder de transformação da sua realidade, é

necessário que tenha acesso à novas possibilidades, que alteram o seu status

quo e possibilitam uma reinvenção do fio da sua teia. Também é importante

que o homem possa interagir na sociedade, compreendendo seus direitos e

deveres e a importância das associações humanas e das somas que elas

propiciam.

É fácil constatar que o caminho para a construção de uma sociedade

mais digna e justa é o encontro de seres humanos adultos capazes da

reconstrução de uma nova ordem social. Um exercício desafiador deve ser

iniciado por diferentes movimentos, nos diversos contextos em que existe a

relação entre duas ou mais pessoas e nos quais se efetiva o ato educacional.

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Nesse cenário, há que se cuidar com a globalização, que, muitas vezes,

uniformiza os processos culturais e tende a deixar todos com a mesma forma e

com uma identidade padronizada.

Elias (1994, p.45) aponta que “(...) a história é sempre história de uma

sociedade, mas, sem a menor dúvida, de uma sociedade de indivíduos (...)”.

Logo, os modelos educacionais podem e devem fazer a ponte para a

reconstrução social.

A Educação que vai além dos muros escolares e deve se fundamentar

nos pilares apresentados anteriormente, pois, conforme Delors (2006) afirma, a

Educação deve ser concebida como um todo.

Na busca de um panorama geral sobre aspectos que influenciaram e

influenciam o processo educacional, compreende-se que ainda existem

caminhos a serem percorridos pelos profissionais da Educação para a

consolidação de uma efetiva relação entre escola e comunidade.

A organização dos espaços educativos, independente da natureza jurídica, deve

estar pautada nos quatro pilares da Unesco, bem como nos saberes necessários

a uma Educação do futuro e ao desempenho de uma função profissional que

atende às demandas de um novo tempo.

Os ambientes educativos devem primar pela perpetuação da identidade cultural

local, por meio de uma relação de parceria entre escola e vários atores

envolvidos.

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Referências

BRASIL. Lei Federal n. 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as

diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da] República

Federativa do Brasil, Brasília, DF, 20 dez. 1996. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm>. Acesso em: 22 mar.

2012.

DELORS, J. et al. Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a Unesco

da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. 10. ed. São

Paulo: Cortez; Brasília: Unesco/MEC, 2006.

DRUCKER, P. F. In: HESSELBEIN, F. et al. A comunidade do futuro: ideias

para uma nova comunidade. São Paulo: Futura, 1998.

ELIAS, N. A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994.

FARFUS, D. Gestão escolar: teoria e prática na sociedade globalizada.

Curitiba: Ibpex, 2008.

GÓMEZ-GRANEL, C. e VILA, I. A cidade como projeto educativo. Porto

Alegre: Artmed, 2003.

TORO, B. Códigos da modernidade: capacidades e competências mínimas

para a participação produtiva no século XXI. Disponível em:

<http://www.modusfaciendi.com.br/>. Acesso em: 10 de fev. 2001.