espaços educativos na escola, na cidade e na comunidade

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« Que Educação para Portugal? » da Rede para o Desenvolvimento de Novos Paradigmas da Educação GRUPO - ArqEduc in Loco Autores arquitetos - Célia da Cruz / Samuel B. Magalhães Tema 5.- Escolas e sociedade 5.3 Espaços educativos na escola, na cidade e na comunidade

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Page 1: Espaços educativos na escola, na cidade e na comunidade

« Que Educação para Portugal? »da Rede para o Desenvolvimento de Novos Paradigmas da Educação

GRUPO - ArqEduc in Loco Autores arquitetos - Célia da Cruz / Samuel B. Magalhães

Tema 5.- Escolas e sociedade 5.3 Espaços educativos na escola, na cidade e na comunidade

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Í N D I C E

CRECHE – BERÇÁRIO / INFANTÁRIO

Edifício construído de raiz

ESCOLAS PRIMÁRIAS / ESCOLAS INTEGRADAS

Edifício recuperado e adaptado

Edifício construído de raiz

ESCOLAS 2/3 CICLO / ESCOLAS SECUNDÁRIAS

Edifício antigo adaptado

Edifício construído de raiz

UNIVERSIDADE

Edifício construído de raiz

ARQUITECTURA SUSTENTÁVEL

Edifício construído de raiz

ESPAÇOS SINGULARES

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I N T R O D U Ç Ã O

Na sociedade do séc. XXI, para os alunos alcançarem

sucesso num mundo de amanhã ainda em perspetiva, será

necessário criar mecanismos para a identificação das suas

capacidades/aptidões/talentos e paixões e canalizá-los para

seres humanos de excelência do futuro em todas as suas

dimensões não esquecendo a educação para os afetos.

“O segredo é não correr atrás das borboletas. . . É cuidar do jardim para que elas venham até você.”

Mário Quintana

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CRECHE – BERÇÁRIO / INFANTÁRIO

“O que eu ouço, eu esqueço.

O que eu vejo, eu lembro.

O que eu faço, eu entendo.”

Confúcio

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BERÇÁRIO – VELEZ - RUBIO – ESPANHA – LOSDELDESIERTO – elap – 2006

Situado em Almeria, o berçário acolhe crianças até 3 anos de idade.

O espaço é criado com formas associadas ao conhecimento da idade precoce das crianças e do seu

meio habitacional, onde a relação da função e uso estão intimamente ligados tal como a relaçãointerior/exterior, não descurando a intensidade e variação de luz natural gerada.

As cores e materiais é de todo relevante, logo a utilização das mesmas determinam o uso, para as idades

e desenvolvimento das suas capacidades psicomotoras, mentais e sociais, deste modo, as crianças:

- menores de 1 ano são criados espaços de aula á cor azul (relaxamento, o mar, o mundo dos sonhos);

- entre 1 e 2 os espaços de aula são de cor laranja (estimulação psicomotora atividade);

-entre 2 e 3 anos de idade, a cor eleita é o verde (entre em contato com a natureza).

-Os espaços comuns usam cores misturadas simbolizando o mundo, a sociedade e o coletivo.

O sistema construtivo foi pensado ao detalhe, destacando o sistema de aquecimento compatível com a

produção de água quente instalando equipamentos de coleta de energia solar, diminuindo o gasto de

energia.

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ESCOLAS PRIMÁRIAS / ESCOLAS INTEGRADAS

“O arquiteto que realmente projeta para seres humanos precisa

conhecer muito mais do que apenas os cinco cânones de

Vitrúvio.”

Richard Neutra

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A Escola primária e infantário Nanyang, situa-se em Singapura, marcada pela

construção colorida e moderna num prédio antigo, onde é criada uma extensão

que liga um espaço comum para todos os alunos e as salas no coração da

escola. As cores foram escolhidas estrategicamente para alegrar os pequenos

estudantes e os deixarem mais animados no dia a dia escolar, já que diferentes

tons vibrantes difundem um ambiente mais criativo e recetivo.

As faixas coloridas horizontais são dispostas por todo o prédio, que fica em uma

encosta íngreme, posicionadas de forma a equilibrar as inclinações naturais do

local, o conceito final traduz-se num espaço central grande e aberto a todos os

alunos e orienta os visitantes por todo o seu centro.

As diversas plantas e jardins aproximam os crianças da natureza, onde podem

fazer as mais diversas atividades ao ar livre, incentivando o seu desenvolvimento.

NANYANG – SINGAPURA – STUDIO 505 – 2015

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ESCOLA PARA CIÊNCIAS E BIODIVERSIDADE – PARIS – CHARTIER DALIX – 2014

A Escola Primária para Ciências e Biodiversidade, situada em Boulogne-Billancourt (Paris-

França), dedica-se ao ensino integrado (pré-escola e ensino básico), aposta no retorno da

biodiversidade para as áreas urbanas, criando um ecossistema de telhado “ a natureza

primitiva” que se estende á textura á parede da cidade habitada.

Os autores do projeto aproveitaram o momento para repensar as conexões conceituais

fundamentais entre poesia, educação e natureza, na construção da nova escola

inspirando-se com novos impulsos estéticos.

O espaço recria um ecossistema funcional como um lugar de aprendizagem, onde as

crianças desenvolverão seus potenciais e abrirão à comunidade. Salienta-se ainda a

conexão entre dois playgrounds ao ar livre, um para os alunos mais velhos, outro para os

mais novos.

“A escola serve como um elemento unificador em uma paisagem onde a flora e a fauna

desempenham um papel vital na orientação do desenvolvimento para o resto da área.”

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VITTRA TELEFONPLAN – ESTOCOLMO – ROSAN BOSCH – 2011

Vittra Telefonplan situa-se em Estocolmo, a atmosfera escolar tem um papel decisivo na aprendizagem, a

sua estrutura foi pensada para acolher crianças dos 6 aos 11 anos, deixando-os livres para aprenderem da

forma que se sentam mais confortáveis.

As tradicionais salas e classes são abolidas, os alunos organizam-se em grupos para discutir temas e

resolver problemas em conjunto. Torna-se imperativo formar o ser humano e a sua personalidade para tal

exige experimentar, arriscar na tentativa e erro e descobrir-se.

Os estudantes para aprender usufruem de espaços confortáveis, designados por:

- Caverna (um espaço reservado para concentração e privacidade);

- Laboratório (experiências e trabalho prático);

- Fogueira (aulas em grupo e socialização);

- Furo (um lugar para encontros e impulsos);

- Arena (um lugar para mostrar e discutir o que foi aprendido).

A escola conta ainda com espaços para relaxamento e para conversas, áreas para assistir a vídeos e salas

multimídia.

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ESCOLAS BÁSICAS / SECUNDÁRIAS

“Não é o ângulo reto que me atrai. Nem a linha reta, dura, inflexível,

criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva

que encontro nas montanhas do meu País, no curso sinuoso dos seus

rios, nas ondas do mar, nas nuvens do céu, no corpo da mulher

preferida. De curvas é feito todo o Universo - o Universo curvo de

Einstein. ”

Oscar Niemeyer

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ESCOLA FITZROY – AUSTRÁLIA – MCBRIDE CHARLES RYAN – 2009

A escola Fitzroy High School situa-se em Melbourne – Austrália, sendo

reformada em 2009, como filosofia da escola e inovação na educação,

as suas incomuns paredes curvas e coloridas do novo prédio conecta-

se com os prédios antigos e se destaca entre os demais.

O exteriores do novo prédio é constituído por paredes onduladas e

pintadas em listras de cores secundárias.

O interior da escola é projetado com espaços extremamente flexíveis

adaptados ou rapidamente transformados em função das

necessidades, justificando a sua delimitação com o uso de cortinas em

trilhos de formato circular espalhadas em grandes salas abertas. A

iluminação não-linear e as cores fortes remetem informalidade e

diversão.

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ESCOLA MUNICIPAL – DINAMARCA – ARKITEMA ARCHITECTS – 2012

A escola municipal situada em Frederikshavn, é projetada considerando as novas visões sobre o

conteúdo, assunto, organização e sistemas de aprendizagem que fazem parte das reformas

dinamarqueses para escolas de ensino médio (entre 1 º e 9 º ano).

As palavras-chave para o novo edifício são flexibilidade e abertura, com espaços abertos, zonas

sujeitas, e nichos para a criatividade e concentração.

No espaço configura-se uma estrela, onde todas as salas de aula são posicionadas com acesso direto

à luz e ar fresco, a mesma proporciona um fundo ideal para a ventilação natural e fácil acesso ao

pátio. A escola tem dois andares para os alunos mais velhos e um andar para as crianças menores.

No centro da estrela contacta-se uma praça protagonizando o ponto de encontro de todas as zonas -

um espaço de aprendizagem que é reforçado por uma grande escada escultural, compartilhado por

todos os departamentos, dinamizando as atividades de ensino, aprendizagem e socialização fundindo-

se em uma atmosfera inspiradora.

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UNIVERSIDADES

“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. ”

Nelson Mandela

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ØRESTAD COLLEGE – COPENHAGUE – DINAMARCA – 3XN – 2006

A faculdade Ørestad College é um novo edifício educativo em Copenhaga -

Dinamarca, onde se cumprem novas visões educacionais referentes aos

sistemas de ensino sujeitos, organização e Comunicação, interação e

sinergia.

De interpretação visionária, os espaços refletem a abertura e flexibilidade, o

respeito dos indivíduos sobre grupos, aulas e montagens, obtendo mais

dinamismo no meio ambiente reforçando as competências dos estudantes

gradualmente, assumindo a responsabilidade pela própria aprendizagem,

capacitando-os para de trabalhar em equipa e individualmente.

Todo o espaço está interligado verticalmente e horizontalmente, simples e

altamente flexível a zonas de estudo possibilitando interagir sem fronteiras

distintas, manifesta a ambição da faculdade para o ensino interdisciplinar.

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OPENSCHOOL – COREIA DO SUL – LOT-EK ARCHITECTURE & DESIGN – 2010

OpenSchool, localizada na Coreia do

Sul , assenta num conceito bem distinto

quer no uso quer na sua conceção.

A soma e junção de contentores de

transporte assumem a estrutura de todo

o edificado, como um site aberto,

disposta ao longo da margem do rio

para ativar o espaço de recreio da

frente ribeirinha, permitindo aos seus

utilizadores serem visitantes,

espectadores e atores durante o curso

da arte pública programa de APAP2010.

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ARQUITECTURA SUSTENTÁVEL

“Acredito que as coisas podem ser feitas de outra maneira e que vale a pena tentar. ”

Zaha Hadid

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Druk White Lotus School, Ladakh, IndiaProjeto: School of Architecture, Design and Construction – University of Greenwich

A conceção arquitetónica de

uma escola deverá ser

ambientalmente sustentável,

isto é válido tanto na sua

construção como durante a

sua vida útil.

Isto aplica-se a qualquer

edifício, mas numa escola há

uma razão extra - deve servir

de exemplo e para educar os

alunos para uma forma de

estar sustentável e ecológica.

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Adaptada ao clima

isolamento adequado

exposição solar ajustada àorientação e às necessidades deluz (maximizar a luz natural)

aproveitamento dos ganhos solaresno inverno para reduzir asnecessidades de aquecimento

sombreamento adequado paraevitar ganhos solares no verão e anecessidade de ar condicionado

ventilação natural para manter umaboa qualidade do ar e atemperatura adequada (paraespaços com muita gente comouma escola é extremamenteimportante) Druk White Lotus School, India – University of Greenwich

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A Escola Verde de Estocolmo, na Suécia, assenta no pensamento económico-social que defende

a economia de mercado, onde haja uma regulação por parte de quem de direito para corrigir as falhas

de mercado presentes, afim de maximizar os benefícios para a sociedade, além de alinhar uma politica

de estado de bem estar social.

A escola oferece aos estudantes as ferramentas adequadas para que possam aprender sobre a

sustentabilidade de forma prática e natural, onde os espaços públicos verdes exteriores/interiores são

utilizados para a produção de alimentos. Uma vida inteira sustentável é o que propõe a escola, com

uma abordagem moderna para uma vida melhor.

O edifício ainda abarca uma vida escolar sustentável: do jardim de infância ao ensino médio, até os

dormitórios da faculdade, possui ainda variedade de espaços públicos, sistema de agricultura vertical,

jardins suspensos, horta orgânica e uma estufa.

O projeto também inclui uma fachada de algas naturais, que colaborarão para a eficiência energética

do prédio, ajudando a manter a temperatura do edifício.

A ESCOLA VERDE DE ESTOCOLMO – SUÉCIA – 3XN – 2012

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Escola de Arte, Design e Comunicação da Universidade

Tecnológica de Nanyang, tendência da arquitetura moderna.

Apresenta dois volumes côncavos cobertos com um telhado

cheio de relva combinando com o ambiente e servindo de

local de encontro, isolando o calor do edifício, mantendo

assim a temperatura ambiente e ao mesmo tempo gere a

água da chuva para quando é necessário regar o jardim.

A particularidade do edifício transmite-se amplitude dos

espaços criados aliados à sua transparência e conectividade

- tanto dentro dos áreas interiores e ao ambiente externo.

ESCOLA DE ARTE, DESIGN E MÍDIA NA UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA

DE NANYANG – SINGAPURA – MOSHE SAFDIE – 2006

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ESPAÇOS SINGULARES

"Em sua mais simples forma a arquitetura é arraigada

inteiramente em considerações funcionais, mas ela pode se

estender para além de todos os graus de valor até a mais alta

esfera da existência espiritual no domínio da mais pura arte."

Mies van der Rohe

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NA ESCOLA

NA CIDADE E

NA COMUNIDADE

ESPAÇOS EDUCATIVOS

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Para tentar responder às questões:

Como devem ser os espaços educativos

Como deve ser a escola, que espaços a devem constituir:

salas de aula;

tradicionais, em forma de “L”, salas divisíveis (Learning Suite), anfiteatros

outros espaços de aprendizagem:

oficinas, espaços para expressões artísticas ( música, teatro, dança e outros), gimnodesportivos, hortas,

etc.;

espaços de apoio:

átrio de entrada, espaços administrativos, cantina e cozinha, wc, espaços técnicos, corredores, etc.;

espaços de recreio:

jardins, pátios, áreas desportivas, cobertos, etc.

Page 51: Espaços educativos na escola, na cidade e na comunidade

Como devem ser as salas de aula e os restantes espaços, quais são as características que

devem ter e que funções devem desempenhar.

Como deve ser a relação da escola com comunidade:

- como é que a comunidade pode participar na escola deste a sua conceção ao seu

funcionamento;

- que equipamentos a escola pode emprestar à comunidade e de que equipamentos da

cidade/comunidade pode usufruir.

Em suma como deve ser a ARQUITETURA de uma ESCOLA ?

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Para esta tarefa ciclópica, deve-se ter em atenção que está dependente de imensas variáveis:

ProgramaA quem se destina, pré-escolar, ensino básico, secundário, universitário ou outro.

A quantas pessoas se destina, alunos, professores e funcionários.

Que tipo de ensino, mais prático, mais teórico.

Que assuntos/disciplinas se ensinam, se precisam de espaços específicos como oficinas, espaços para

espetáculos, laboratórios, etc.

Espaço e localizaçãoQue espaço está disponível: área, orografia, clima, exposição solar, envolvente, etc.

OrçamentoQue fundos temos para custear a construção e respetiva manutenção (e para manter a escola a

funcionar) .

Enquadramento social e políticoQue tecido social a escola vai servir e qual enquadramento político para a por a funcionar.

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Qualquer escola deve poder usufruir de um amploespaço ao ar livre para recreio, descanso, paraafastar a escola do bulício da cidade e do trânsitoautomóvel, e como zonas verdes de captação doCO2.Muitas vezes relegados para segundo plano, osespaços exteriores das escolas acabam por serexíguos, ocupados por construções anexadas aposteriori, excessivamente pavimentados parareduzir a sua .Ao pensar-se na escola para os nossos dias e parao futuro é fácil perceber a importância dos espaçosao ar livre para a melhoria da qualidade de vida.Fazendo uma reflexão um pouco mais profundapodemos perceber melhor estes espaços, quaissão os seus problemas, as suas vantagens epotencialidades.ESCOLA / ESPAÇOS AO AR LIVRE

The Green School, Bali, Indonésia - PT Bambu

Page 54: Espaços educativos na escola, na cidade e na comunidade

Problemas

Os espaços exteriores das escolas são muitas vezes negligenciados, são encarados como espaços

acessórios e sobrantes em que não se quer gastar muito tempo nem dinheiro a manter nem a melhorar.

Esta forma de pensar ou simplesmente as limitações económicas conduzem a que muitas vezes estes

espaços fiquem degradados, onde se acumula lixo.

Outras vezes eliminam-se as áreas ajardinadas transformando-se os espaços em insipidas zonas

pavimentadas sem equipamentos (bancos, mesas, caixotes do lixo, etc.) para que não sejam

vandalizados.

Manutenção

É um dos grandes problemas destes espaços pois raramente há orçamento nem funcionários

dedicados a estes espaços, também não há o hábito de serem os alunos a tratar destes espaços

Page 55: Espaços educativos na escola, na cidade e na comunidade

Adequabilidade dos espaços

Faltam muitas vezes zonas para atividades específicas e zonas polivalentes, os pavimentos não

são os adequados, faltam zonas exteriores cobertas, etc…

Falta de áreas verdes - falta de sombras

As áreas verdes são muitas vezes exíguas ou inexistentes, e as árvores são vistas mais como um

problema (pela quantidade de folhas e ramos que obrigam a limpar) do que uma mais valia

propiciadora de sombra, ar puro e vistas agradáveis.

Falta de equipamento

Faltam bancos e mesas, equipamentos para desporto e recreio, caixotes do lixo, etc..

Falta de espaços para atividades específicas

Faltam zonas para desporto e outras atividades físicas, locais para conversar, atividades

artísticas, hortas, etc.),

Page 56: Espaços educativos na escola, na cidade e na comunidade

Vantagens e possibilidades

Os espaços ao ar livre de uma escola sãoimportantes áreas de lazer, de descansoe de liberdade. São espaços porexcelência para brincar, correr saltar,conversar e confraternizar.São espaços mais baratos de construirque os restantes edifícios escolares,mesmo uma estrutura coberta (umgrande alpendre para abrigo da chuva)será mais económica e, com o nossoclima, poderá ser usada ao longo detodo o ano.Estes espaços devem ser áreas vividas enão meramente ornamentais.Fuji Kindergarten, Japan,, Tezuka Architects

Page 57: Espaços educativos na escola, na cidade e na comunidade

DesportoNo exterior é mais fácil e económico conseguir grandes

espaços para a educação física (campos de jogos e

pistas de atletismo). Para além disso poderá ser

interessante a distribuição de equipamentos para

exercícios de manutenção como forma de promover

uma vida saudável.

Funções e atividades RecreioSão espaços de recreio por

excelência onde os alunos e

professores aproveitam para

descontrair e confraternizar nos

intervalos fora do horário das aulas.

Page 58: Espaços educativos na escola, na cidade e na comunidade

ESPAÇO PARA FESTAS E REUNIÕES The Green School, Bali, Indonésia - PT Bambu

Page 59: Espaços educativos na escola, na cidade e na comunidade

U S U F R U I R D A N A T U R E Z A

Page 60: Espaços educativos na escola, na cidade e na comunidade

Vistas Interiores e Exteriores

Quando se está dentro da escola,contrariamente ao que se pensavaantigamente, em que se consideravaque o importante era os meninos nãoficarem distraídos, a professora earquiteta Doris Kowaltowski consideraque ter uma vista agradável para oexterior serve para descansar demomentos muito focados no quadroou na leitura e promove aimaginação. Considera ainda que ocampo de visão deve ser no mínimode 20m.Fuji Kindergarten, Japan,, Tezuka Architects

Page 61: Espaços educativos na escola, na cidade e na comunidade

Aulaspara aulas de disciplinas específicas ou aulas pontuais

Hortasinstalar uma horta a ser tratada pelos alunos e professores como complemento pedagógico ou

simplesmente lúdico

Page 62: Espaços educativos na escola, na cidade e na comunidade

Sugestões / Possibilidades

Contributo dos alunos e professores

Como já foi salientado um dos problemas dos espaços exteriores é a sua manutenção, tando

do jardim como a horta ou mesmo os outros espaços (pavimentados, por exemplo) e equipamentos.

Neste sentido o contributo dos alunos, professores e funcionários é importantíssimo, embora difícil de

implementar/organizar, é mesmo essencial para por um lado reduzir custos e por outro todos eles

sentirem como o espaço como seu e responsabilizando-se por ele, valorizando-o de forma constante e

ao fazerem-no tornar-se-á menos provável estraga-lo ou deixarem-no degradar-se. Do mesmo modo a

limpeza destes espaços poderia ser feita, pelos menos em parte, pelos alunos.

Poder-se-á ainda, no âmbito de determinadas disciplinas (trabalhos manuais, ciências, etc.)

ou não fazerem-se os próprios jardins, hortas ou qualquer tipo de equipamento. Poder-se-á até construir

o próprio espaço exterior (recreio) com a ajuda técnica necessária.

Page 63: Espaços educativos na escola, na cidade e na comunidade

Área exterior polivalenteeventualmente, total ou parcialmentecoberta

ANFITEATRO AO AR LIVRE

Page 64: Espaços educativos na escola, na cidade e na comunidade

"Salas" de aula ao ar livre

Espaços versáteis que permitam

vários tipos de aulas e trabalhos.

Que permitam vários tipos de

organização e a inclusão de

mobiliário.

Sala Exterior - University of Minnesota, Duluth - Salmela Architect

Page 65: Espaços educativos na escola, na cidade e na comunidade
Page 66: Espaços educativos na escola, na cidade e na comunidade

Pátios

complementares à sala de aula

Espaços para pequenos grupos

de trabalho ou para estudo

Espaços de oficina / estaleiro no exterior

Espaços para a ecologia

Espaço de recolha e separação

de resíduos Compostor

Espaço para energias renovaveis

Espaço para relaxamento (Yoga ou outros)

Page 67: Espaços educativos na escola, na cidade e na comunidade

Coberturas

Um dos grandes problemas dos

espaços exteriores, sobretudo no centro

das cidades e nas escolas antigas, é a

exiguidade de espaço.

Neste sentido, se for exequível,

poder-se-á aproveitar o espaço de

cobertura, acautelada a segurança

necessária. As coberturas representam

normalmente grandes áreas que

adaptadas convenientemente podem

transformar-se em simpáticos espaços de

terraço e jardim.Escola primária, Boulogne Billancourt, França - Chartier-Dalix

architects

Page 68: Espaços educativos na escola, na cidade e na comunidade

Fuji Kindergarten, Japan,, Tezuka Architects

Page 69: Espaços educativos na escola, na cidade e na comunidade
Page 70: Espaços educativos na escola, na cidade e na comunidade

This shows the rambling

travels of one little boy

over the course of just 20

minutes. Over the course

of his entire morning, he

covered 6,000 meters, or

3.7 miles!

Page 71: Espaços educativos na escola, na cidade e na comunidade

Q U A N D O C O M E Ç A M O S ?

Page 72: Espaços educativos na escola, na cidade e na comunidade

CRECHE – BERÇÁRIO / INFANTÁRIOhttp://marjoriekaroline.blogspot.pt/2012/02/bercario-velez-rubio-espanha.html

http://www.archdaily.com/129662/kindergarten-8units-velez-rubio-losdeldesierto

ESCOLAS PRIMÁRIAS / ESCOLAS INTEGRADAShttp://www.studio505.com.au/work/project/nanyang-primary-school/80

http://www.designboom.com/architecture/colorful-nanyang-primary-school-extension-

studio505-ltt-architects-singapore-04-01-2016/

http://blogdaarquitetura.com/escola-em-singapura-ganha-arquitetura-super-colorida-para-

incentivar-desenvolvimento-das-criancas/

http://www.archdaily.com.br/br/764158/primary-school-for-sciences-and-biodiversity-chartier-

dalix-architectes

http://chartier-dalix.com/portfolio/gs-18classes/

http://www.archdaily.com.br/br/764158/primary-school-for-sciences-and-biodiversity-chartier-

dalix-architectes/54b08953e58ece982700004c

http://www.rosanbosch.com/en/project/vittra-school-telefonplan

http://archtendencias.com.br/arquitetura/escola-vittra-telefonplan-rosan-bosch/F O N T E S

Page 73: Espaços educativos na escola, na cidade e na comunidade

http://innoveedu.org/pt/telefonplan-school

ESCOLAS 2/3 CICLO / ESCOLAS SECUNDÁRIAShttp://www.architecturenewsplus.com/projects/2568

http://australiadeclauerafa.blogspot.pt/2010/05/fitzroy-high-school-melbourne.html

http://www.architecturenewsplus.com/projects/2568

http://australiadeclauerafa.blogspot.pt/2010/05/fitzroy-high-school-melbourne.html

http://www.archdaily.com.br/br/01-102575/nova-escola-municipal-em-frederikshavn-slash-

arkitema-architects

UNIVERSIDADEShttp://www.3xn.com/#/architecture/by-year/78-%C3%B8restad-college

http://www.busyboo.com/2007/10/16/modern-architecture-3xn/

http://www.dezeen.com/2007/10/19/orestad-college-copenhagen-by-3xn-architects/

http://www.archdaily.com/318073/apap-openschool-lot-ek-architecture-design

http://www.lot-ek.com/APAP-OpenSchool

LOT-EK Arquitetura e DesignF O N T E S

Page 74: Espaços educativos na escola, na cidade e na comunidade

ARQUITECTURA SUSTENTÁVELhttp://institutoecoacao.blogspot.pt/2012/07/green-school-stockholm-escola-verde-de.html

http://blog.construtoralaguna.com.br/construtora/sustentabilidade/estocolmo-tera-escola-100-

sustentavel/

https://arcoweb.com.br/finestra/tecnologia/3xn-escola-verde-em-estocolmo

http://arquitetandonanet.blogspot.pt/2010/10/escola-de-arte-design-e-comunicacao-da.html

https://peregrinacultural.wordpress.com/2012/06/21/pensando-o-espaco-urbano-verde-

escola-de-design-arte-e-midia-em-cingapura/

http://www.design-flute.com/2008/01/11/green-turfed-roofscape/

http://www.designshare.com/index.php/projects/school-art-design-media/images@4520

http://arqpb.blogspot.com.br/2009/02/cpg-corporation.html

http://fauufpa.wordpress.com/2011/06/07/nanyang-technological-university-singapura/

PEZZI, Carlos Hernández - "Un Vitruvio ecológico - Principios y práctica del proyecto

arquitectónico sostenible". Editorial Gustavo Gili, Barcelona, 2014

http://www.csustentavel.com/solucoes-construtivas/

http://www.energiasocial.com.br/programa/documentos-referencia.asp

http://www.dwls.org/sustainability/sustainable-design.htmlF O N T E S

Page 75: Espaços educativos na escola, na cidade e na comunidade

ESPAÇOS SINGULARES

http://pt.slideshare.net/nandasalmazo/32-parametros-kowaltowski-pt-1

https://vimeo.com/25238937

http://www.designshare.com/images/TheLanguageofSchoolDesigneBooksummaryweb.pdf

https://www.greenschool.org/

https://www.ted.com/talks/takaharu_tezuka_the_best_kindergarten_you_ve_ever_seen?lan

guage=pt

http://www.tezuka-arch.com/english/

Monocle - Issue 46. Volume 05, September 2011

http://verstasarkkitehdit.fi/projects/kirkkojarvi-school

http://www.archdaily.com.br/br/01-162758/bagley-outdoor-slash-salmela-architect

http://arqpb.blogspot.com.br/2009/02/cpg-corporation.htmlF O N T E S