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  Direito do Trabalho Direitos Trabalhistas Metaindividuais Aula 1 Profa. Claudia Renata Sanson Corat

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Direito do Trabalho

Direitos Trabalhistas Metaindividuais

Aula 1

Profa. Claudia Renata Sanson Corat

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Direito do Trabalho | Direitos Trabalhistas Metaindividuais | Aula 12

Olá!

Assista ao vídeo a seguir antes de iniciar seus estudos econfira alguns temas que serão trabalhados nesta aula.

Introdução

O objeto de nosso estudo nesta aula serão os direitos

trabalhistas metaindividuais, assim compreendidos os direitos

difusos, coletivos e individuais homogêneos.

Para a perfeita compreensão dos direitos trabalhistas

metaindividuais, iniciaremos o estudo com a questão dos direitosfundamentais, os direitos de primeira, segunda e terceira geração, a

relevância da conceituação do direito social como direito

fundamental, as teorias que informam o surgimento das diversas

fases do direito, individual, social e metaindividual e os reflexos

decorrentes na doutrina, legislação e jurisprudência.

Direitos Fundamentais

O estudo dos direitos trabalhistas transindividuais ou

metaindividuais passa, necessariamente, pelo entendimento da

conceituação dos direitos fundamentais previstos pela nossa

Constituição Federal de 1988, não havendo como ingressar na

seara daqueles interesses, direitos, sem a compreensão do textoconstitucional.

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Direito do Trabalho | Direitos Trabalhistas Metaindividuais | Aula 1  3

A Carta Magna tem como objeto do título II os “Direitos e

garantias fundamentais”, sendo que:

 o capítulo I consagra os direitos e deveres individuais e

coletivos, elencados no artigo 5o em seus setenta e oito incisos;

 o capítulo II trata dos direitos sociais, elencados no artigo 6o;

 os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais no artigo 7o, em

seus trinta e quatro incisos;

 a associação profissional e sindical no artigo 8o em seus oito

incisos;

 o direito de greve no artigo 9o;

 a participação dos trabalhadores e empregadores em

colegiados de órgãos públicos no artigo 10o;

 a representação dos empregados nas empresas com mais de

200 empregados no artigo 11;

 prosseguem no artigo 12, o direito a nacionalidade; 

 e os direitos políticos nos artigos 14 a 17.

Ainda que não previsto neste título, a Constituição Federal emseu artigo 225, portanto no Capítulo VI de seu título VIII  – Da

Ordem Social  – trata do direito ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado, direito fundamental por excelência,

posto que inerente ao direito à vida e à vida com qualidade.

Mas afinal, o que são e o que representam os nominados

direitos fundamentais?

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Direito do Trabalho | Direitos Trabalhistas Metaindividuais | Aula 14

A definição de um conceito sintético e preciso revela-se

tormentosa quando se tem em vista a ampliação e transformação

dos direitos fundamentais ao longo do tempo, sem olvidar as

inúmeras nomenclaturas para designá-los, por exemplo: direitos

naturais, direitos humanos, direitos do homem, direitos individuais,

direitos públicos subjetivos, liberdades fundamentais, liberdades

públicas e direitos fundamentais do homem. (SILVA, 1991)

Assim, vamos nos valer da expressão “direitos

fundamentais do homem” como expressão mais consentânea com

o presente estudo, visto referir-se a princípios que resumem a

concepção do mundo e informam a ideologia política de cada

ordenamento jurídico, reservada para designar no nível do direito

positivo, aquelas prerrogativas e instituições que ele concretiza

em garantias de uma convivência digna, livre e igual de todas

as pessoas.

Direitos fundamentais do homem significam direitos

fundamentais da pessoa humana ou direitos humanos

fundamentais, sendo que é com esse conteúdo que a expressão

encabeça o título II da Constituição Federal.

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Direito do Trabalho | Direitos Trabalhistas Metaindividuais | Aula 1  5

Entendido os direitos fundamentais como direitos humanos,

por oportuno trazer a tona uma tradicional classificação doutrinária

que identifica, com base em momentos sucessivos da Historia, três

categorias de direitos humanos: os direitos humanos de primeira,

de segunda e de terceira geração. (BONAVIDES, 1997)

Diante de tais ponderações revela-se que os direitos humanos

de primeira geração, quando do seu exercício, tinham que cumprir

uma função social, ao passo que os direitos humanos de segunda

geração, revelam-se em direitos de participação, requerendo,

portanto, uma política pública que tenha por objeto, sobretudo, a

garantia do efetivo exercício das condições materiais de

contingentes populacionais. (WEIS, 1999)

Sobre os direitos de terceira geração importa frisar um

aspecto relevante do qual são dotados, consubstanciado em

vertente de humanismo  e  universalidade, não se destinando

especificamente a proteção de um individuo, de um grupo de

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Direito do Trabalho | Direitos Trabalhistas Metaindividuais | Aula 16

pessoas ou de um determinado Estado, isto porque, via de regra,

são  indeterminados os seus titulares. Seu destinatário, por

excelência, é o próprio gênero humano.

Ainda, para o já citado doutrinador Paulo Bonavides, há ainda

uma quarta geração de direitos humanos, emergente da

globalização política, que seria necessária para amenizar os efeitos

devastadores do neoliberalismo extraído da globalização

econômica. Como exemplo de tais direitos temos o direito à

democracia, à informação e ao pluralismo.

Ocorre que dita classificação tradicional dos direitos humanos

sofre fundadas críticas, como nos menciona Carlos Weis em sua

obra “Direitos humanos contemporâneos”, o que ocorre em razão

da não correspondência entre as gerações dos direitos e o seu

processo histórico de nascimento e desenvolvimento.

De outro turno, tem se admitido que o termo dimensão

substituiria vantajosamente o vocábulo geração, justificado sob o

entendimento de que os direitos nascidos de uma geração, quando

surgem em um dado ordenamento jurídico, assumem outra

dimensão, pois os direitos de geração mais recentes tornam-se

um pressuposto para entendê-los de forma mais adequada, oque propicia sua melhor realização. (GUERRA FILHO, 1997)

Com efeito, a temática dos direitos humanos está intimamente

vinculada à teoria geral da cidadania (BARACHO, 1995) e esta, por

sua vez, encontra-se indissoluvelmente ligada ao ideal de

preservação e respeito à dignidade da pessoa humana.

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Direito do Trabalho | Direitos Trabalhistas Metaindividuais | Aula 1  7

De todo o visto, podemos concluir que o conceito moderno de

cidadania compreende os direitos fundamentais da pessoa

humana (consubstanciado em direitos civis e políticos), direitos

sociais, econômicos e culturais e dos direitos coletivos lato sensu

(direitos e interesses transindividuais, metaindividuais), emconstante tensão com as ideias de liberdade e de justiça política,

social e econômica, de igualdade de chances e de resultados e de

solidariedade, a que se vinculam. (TORRES, 1999)

Para entendermos melhor vamos assistir ao vídeo a seguir.

Confira!

Direitos Sociais dos Trabalhadores como Direitos

Fundamentais

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Direito do Trabalho | Direitos Trabalhistas Metaindividuais | Aula 18

Esclarecida a conceituação dos direitos fundamentais em face

da nossa Carta Constitucional, para além da compreensão

necessária ao estudo dos direitos trabalhistas metaindividuais, é

necessário trazer a baila indagação sobre a natureza dos direitos

sociais dos trabalhadores em nosso ordenamento jurídico.

Seriam direitos fundamentais os direitos sociais dos

trabalhadores?

A resposta é positiva na medida em que a ConstituiçãoFederal inseriu esses direitos no rol dos direitos e garantias

fundamentais como de início apontado, (artigo 6o, 7o usque 11, 170

usque 232), Capítulo II do Título II da Carta Magna.

Com efeito, identificamos em nossa Constituição Federal uma

inovação em relação as que lhe precederam, sendo que instituiu

cinco espécies do gênero “direitos e garantias fundamentais”:

direitos e garantias individuais e coletivos, direitos sociais, direitos

de nacionalidade, direitos políticos e direitos relacionados a

existência, organização e participação em partidos políticos.

Mais detidamente, quanto aos direitos sociais, cediço que

estes comportam diversas classificações, entre elas a interpretação

gramatical da CF/88 que agrupa em cinco classes os direitos dos

trabalhadores (SILVA, 1991), há ainda, a classificação que leva em

conta o homem produtor e o homem consumidor, sendo os

direitos sociais do homem produtor aqueles previstos nos artigos 7o 

a 11 da CF/88 e os direitos sociais do homem consumidor aqueles

previstos no artigo 6o da CF/88 e desenvolvidos no Título da Ordem

Social.

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Direito do Trabalho | Direitos Trabalhistas Metaindividuais | Aula 1  9

Didaticamente, tal classificação seria representada da

seguinte forma:

Ao ensejo de tal classificação, outra interessante subdivisão

nos é apontada por Carlos Henrique Bezerra Leite, quando afirma

que os direitos sociais do homem produtor/trabalhador, podem

ser classificados em:

Você conhece os direitos sociais enquadrados como direitos

fundamentais e sua classificação de acordo com a doutrina?

Para conhecer assista ao vídeo a seguir. Vamos conferir!

Os Direitos/Interesses Metaindividuais como

Direitos Humanos

Direitos sociais trabalhistasindividuais – artigo 7o da CF.

Direitos sociais trabalhistascoletivos – artigos 8o a 11 CF.

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Direito do Trabalho | Direitos Trabalhistas Metaindividuais | Aula 11

 

A evolução natural da sociedade em que vivemos (em

constante transformação) faz com que tenhamos certeza em afirmar

que os direitos humanos não são absolutos, pois assim como a

sociedade, estão em constante transformação, dependendo, de um

lado do desenvolvimento socioeconômico e de outro, do

ordenamento jurídico de cada Estado.

Outra demonstração inequívoca da mutação do rol dos

direitos humanos repousa no surgimento, no final do século XX, de

duas importantes teorias, “matizadas pela noção comum da

coletivação dos conflitos e pela preocupação em proteger

interesses pulverizados pela sociedade ou por parcelas

sociais”. (WEIS, 1999)

Carlos Weis aponta que, além da teoria dos direitos humanos,

desponta hodiernamente a teoria dos interesses metaindividuais 

que, propondo a superação da tradicional doutrina individualista,

propiciou uma nova categorização de direitos e interesses, bem

como a sua justiciabilidade, antes inimaginável.

Segundo escólio de Bezerra Leite, a teoria dos interesses

metaindividuais surgiu em decorrência da preocupação da

sociedade ocidental com a chamada “questão social”, fruto da

“sociedade de massa”, na qual se verifica coexistirem inúmeras

relações sociais, econômicas e políticas, marcadas pelo

desaparecimento da individualidade do ser humano, diante da

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padronização dos comportamentos e das regras correspondentes.

(LEITE, 2008) 

Inegável, portanto, a natureza híbrida dos interesses difusos e

coletivos (TORRES, 1999), decorrente do fato de que, enquanto

direitos humanos, possuem ora status negativus , ora status 

positivus. Clique a seguir para conhecer cada um deles.

Status negativus    – quando constituem emanações dos

direitos de liberdade, armando os cidadãos com instrumentos jurídicos necessários à proteção da natureza e da res publica contra

ações que lhes sejam prejudiciais.

Status positivus    – quando, por serem direitos de

solidariedade, necessitam de intervenções positivas do Estado,

quer seja no plano material, quer seja no plano processual.

Da Teoria dos Direitos Metaindividuais

Em contrapartida à tradicional teoria individualista, além da

teoria dos direitos humanos, desponta a teoria dos direitos

metaindividuais, decorrente da preocupação com a chamada

“questão social”. 

Desaparece, neste contexto, a individualidade do ser

humano, o que ocorre em decorrência da padronização dos

comportamentos e das regras correspondentes. Há a coexistência

de inúmeras relações sociais, econômicas e políticas, estabelecidas

agora não mais entre indivíduos, senão entre grupos mais ou

menos imprecisos de pessoas, com a característica de seus

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Direito do Trabalho | Direitos Trabalhistas Metaindividuais | Aula 11

 

integrantes encontrarem-se em situações idênticas fática e

 juridicamente.

O direito pátrio observa a perfeita integração da teoria dos

direitos metaindividuais com a teoria dos direitos humanos

fundamentais, como observa Carlos Weis (1999, p. 127), o que leva

a conclusão da possibilidade de formulação de uma nova teoria,

que teria por objeto a harmonização entre os direitos sociais e os

interesses metaindividuais.

Vamos refletir sobre o tema “Direitos humanos” assistindo ao

vídeo a seguir. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=

uCnIKEOtbfc&feature=player_detailpage>.

Estudo da Origem e dos Tipos dos Direitos

Metaindividuais

Remonta ao direito romano a gênese dos direitos

metaindividuais, originados nas denominadas actiones populares,

previstas no Digesto 47, 23, 1, que muito embora ações de natureza

privada destinavam-se a rigor a tutelar a proteção dos interesses

da sociedade, conforme escólio de Nelson Nery Junior.

Neste caso o particular não exercia o direito de ação popular

em seu nome, mas no interesse do povo.

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O que você conhece sobre as teorias dos direitos, a evolução

da teoria individualista para a teoria dos direitos sociais e a teoria

dos direitos metaindividuais?

Vamos conhecer um pouco sobre essas teorias assistindo ao

vídeo a seguir. 

Distinções conceituais entre direito e interesse

O conceito de direito  remete a designação de direitos

subjetivos, interesses juridicamente protegidos, cuja titularidade era

atribuída ao indivíduo.

Deriva daí a expressão direito individual, vinculada ao

liberalismo.

De outro vértice a palavra interesse interliga uma pessoa a

um bem da vida, em virtude de um determinado valor que esse bem

possa representar para aquela pessoa.

“Interesse é a ponte entre o sujeito e o bem, que os

relaciona entre si, onde o sujeito busca aquilo que reputa ser

um bem capaz de satisfazê-lo.” (Ives Gandra da Silva Martins

Filho)

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Direito do Trabalho | Direitos Trabalhistas Metaindividuais | Aula 11

 

Na história, a hegemonia do direito subjetivo implica a

desqualificação do interesse como portador de alguma relevância

 jurídica.

Nesta linha de raciocínio podemos didaticamente apontar o

fenômeno das transformações ocorridas ao longo do tempo que

culminaram com o fim a relevância dogmática da distinção entre

direitos e interesses.

A soma de todos os fatores apontados resultou no

reconhecimento do Estado de que não apenas os direitos, mas

também os interesses deveriam ser igualmente protegidos,

surgindo, neste contexto, os interesses de massa, a exigir do

Estado a inserção em seus ordenamentos de novos instrumentos

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Direito do Trabalho | Direitos Trabalhistas Metaindividuais | Aula 1  1

 

  jurídicos, diversos dos até então existentes, destinados a garanti-

los.

Assim, o sistema de proteção que se impôs, alcançando não

apenas os direitos como os interesses metaindividuais, fez

desaparecer a clássica distinção entre os conceitos.

Neste diapasão surgem os doutrinadores Kazuo Watanabe e

José dos Santos Carvalho Filho e afirmam a inexistência de tal

diferenciação.

Kazuo Watanabe aponta que a disciplina do artigo 81 da Lei

no 8.078/90, Código de Defesa do Consumidor, onde aparecem os

termos direitos e interesses, são usados como sinônimos, uma

vez que estes assumem os mesmos status  daqueles,

“desaparecendo qualquer razão prática, e mesmo teórica, para a

busca de uma diferenciação ontológica entre eles.” 

José dos Santos Carvalho Filho, seguindo o raciocínio de

Watanabe aduz: a expressão interesses, prevista nos textos

legislativos do nosso sistema, há de ser entendida como “interesses

  juridicamente protegidos”, sendo estes os “necessariamente

integrantes do círculo relativos aos direitos subjetivos.” 

Tipologia dos direitos metaindividuais

Com o advento da lei consumerista, o legislador dissipou as

divergências doutrinárias na conceituação de direitos e

interesses, tomando partido da positivação conceitual com a defesa

dos interesses transindividuais (difusos e coletivos) e positivando o

conceito de interesses individuais homogêneos.

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Assim, podemos formular um quadro sinótico que revela a

tipologia dos direitos metaindividuais, senão vejamos:

Por derradeiro, para a compreensão da temática, cumpre

mencionar o entendimento de Mauro Capelletti no sentido de que os

litígios de massa não podem mais ser solucionados na concepção

de que bens jurídicos pertencem ao direito público ou ao direito

privado.

Pelo ilustre processualista restou evidenciado que entre o

direito público e o direito privado existem outras categorias que não

se enquadram em nenhum desses ramos clássicos do direito.

Essa nova categoria é a de direitos e interesses

metaindividuais, objeto de nosso estudo.

Vamos conhecer a diferenciação doutrinária dos conceitos de

interesse e direito assistindo ao vídeo a seguir. Confira!

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Da Jurisprudência sobre os Direitos

FundamentaisUma vez compreendida a perspectiva conceitual e doutrinária

dos direitos fundamentais do trabalhador, os direitos sociais,

importante aliar a prática à teoria e verificar como os nossos

tribunais vêm julgando as lides envolvendo tais direitos, senão

vejamos os recentes julgados a seguir transcritos que revelam a

efetividade de proteção dos direitos sociais dos trabalhadoresenquanto direitos metaindividuais.

RECURSO DE EMBARGOS. ILEGITIMIDADE ATIVA DO

MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.

GRUPO COMUM DE TRABALHADORES. DISPENSA SEM

PAGAMENTO DOS HAVERES RESCISÓRIOS. OBRIGAÇÃO DE

FAZER. DIREITOS SOCIAIS. A legitimidade do Ministério Público

do Trabalho, na defesa de interesses individuais homogêneos, em

ação civil pública, já está consagrada na doutrina e na

 jurisprudência do c. Tribunal Superior do Trabalho e do e. Supremo

Tribunal Federal. Constatado ser o bem tutelado a condenação em

obrigação de fazer, relativamente ao pagamento de empregados de

empresa prestadora de serviços, cuja tomadora dos serviços é a

Petrobras, sobressai a legitimidade do Ministério Público em face da

existência de lesão comum, a grupo de trabalhadores, inerentes a

uma mesma relação jurídica, a determinar que, mesmo que o

resultado da demanda refira-se a direitos disponíveis de

empregados, decorre de interesses individuais homogêneos que,

embora tenham seus titulares determináveis, não deixam de estar

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Direito do Trabalho | Direitos Trabalhistas Metaindividuais | Aula 11

 

relacionados aos interesses coletivos, sendo divisível apenas a

reparação do dano fático indivisível. O interesse coletivo presente

determina a atuação, quando identificada lesão comum a grupo de

trabalhadores demitidos, sem recebimento dos haveres trabalhistas,

em desrespeitos aos direitos sociais garantidos no art. 7o da CF.

Embargos conhecidos e providos. (E-ED-RR-20700-

29.2005.5.20.0005, Relator Ministro Aloysio Corrêa da Veiga, Ac.

SBDI-1, DEJT de 26/2/2010).

RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO PELO MINISTÉRIO

PÚBLICO DO TRABALHO DA 3a REGIÃO. DANO MORAL

COLETIVO. REPARAÇÃO. POSSIBILIDADE. AÇÃO CIVIL

PÚBLICA VISANDO OBRIGAÇÃO NEGATIVA. OFENSA AO

VALOR SOCIAL DO TRABALHO. TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA DEMÃO DE OBRA PARA SERVIÇOS LIGADOS A ATIVIDADE FIM

DA EMPRESA. A reparação por dano moral coletivo visa a inibição

de conduta ilícita da empresa e atua como caráter pedagógico. A

ação civil pública buscou reverter o comportamento da empresa,

com o fim de coibir a contratação ilícita de mão de obra para

serviços ligados a atividade-fim, por empresa interposta, no ramo daconstrução, para prevenir lesão a direitos fundamentais

constitucionais, como a dignidade da pessoa humana e o valor

social do trabalho, que atinge a coletividade como um todo, e

possibilita a aplicação de multa a ser revertida ao FAT, com o fim de

coibir a prática e reparar perante a sociedade a conduta da

empresa, servindo como elemento pedagógico de punição. Recurso

de revista conhecido e provido, para restabelecer a r. sentença, que

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Direito do Trabalho | Direitos Trabalhistas Metaindividuais | Aula 1  1

 

condenou a empresa a pagar o valor de R$50.000,00 (cinquenta mil

reais) a título de indenização a ser revertida ao FAT.- (RR-57200-

34.2005.5.10.0018, 6a Turma, Rel. Min. Aloysio Corrêa da Veiga,

DEJT de 08.05.2009).

RECURSO DE REVISTA. 1. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.

DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS. LEGITIMIDADE DO

MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO. O Ministério Público doTrabalho detém legitimidade para ajuizar ação civil pública em

defesa de interesses individuais homogêneos, nos exatos limites

dos arts. 127 e 129, III e IX, da Constituição Federal, 6o, VII, alíneas

-a- e -d-, e 84 da Lei Complementar no 75/93. Recurso de revista

não conhecido. 2. LABOR AOS DOMINGOS. Deixando a parte de

combater, satisfatoriamente, o fundamento regional, não há comose conhecer do recurso de revista (Súmula 422). Recurso de revista

não conhecido. 3. HORAS  –  IN   ITINERE . Não há que se falar em

ofensa ao art. 7o, XXVI, da Constituição Federal, na medida em que

o Regional, diante dos elementos de prova dos autos, não rejeitou a

aplicação de norma coletiva, mas apurou que tais instrumentos

coletivos não eram cumpridos. Recurso de revista não conhecido. 4.DANO MORAL COLETIVO. CONFIGURAÇÃO. Deixando a parte de

fazer patentes as situações descritas no art. 896 consolidado,

impossível o conhecimento do recurso de revista. Recurso de

revista não conhecido. 5. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL

COLETIVO. PARÂMETROS RELEVANTES PARA AFERIÇÃO DO

VALOR DA INDENIZAÇÃO. SISTEMA ABERTO. DOSIMETRIA DO

-QUANTUM- INDENIZATÓRIO. VILIPÊNDIO DO PRINCÍPIO DA

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Direito do Trabalho | Direitos Trabalhistas Metaindividuais | Aula 12

 

RESTAURAÇÃO JUSTA E PROPORCIONAL. ALTERAÇÃO DO

VALOR FIXADO. POSSIBILIDADE. Cabe ao julgador fixar o -

quantum- indenizatório com prudência, bom senso e razoabilidade,

sem, contudo, deixar de observar os parâmetros relevantes para

aferição do valor da indenização por dano moral, sob pena de

afronta ao princípio da restauração justa e proporcional. Com o foco

no dano moral coletivo, não há teratologia que autorize a

intervenção extraordinária. Recurso de revista não conhecido. 6.

MULTAS. À falta de prequestionamento, à luz dos aspectosmanejados no apelo, inviável o conhecimento da revista (Súmula no 

297 do TST). Recurso de revista não conhecido.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de

Revista no TST-RR-52800-16.2008.5.09.0562, em que são

Recorrentes Usina Central do Paraná S.A. - Agricultura Indústria e

Comércio e outros, e Recorrido Ministério Público do Trabalho da 9a 

região.

No entanto, conforme mencionado pelo Exmo. Des. Revisor,

“tem prevalecido na doutrina e jurisprudência atentas à nova

  jurisdição trabalhista metaindividual que é devido o pagamento da

indenização por dano moral coletivo em razão da ofensa a valorescoletivos que, por sua relevância social, foram elevados à

categoria de direitos fundamentais de natureza constitucional,

como o valor social do trabalho e a dignidade humana” (art. 1o,

III, 3o, IV, 5o, X, 170, CF). Dentre os direitos fundamentais

trabalhistas consagrados constitucionalmente, observa-se

claramente a existência do pagamento do 13o salário, do respeito

ao limite da duração do trabalho normal e das normas de saúde,

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Direito do Trabalho | Direitos Trabalhistas Metaindividuais | Aula 1  2

 

higiene e segurança que reduzem os riscos inerentes ao trabalho

(art. 7o, VIII, XIII e XXII, CF). Evidente, portanto, que as lesões

afetaram negativamente toda a coletividade de trabalhadores da

empresa.

A simples “condenação judicial acerca de irregularidades

cometidas pela ré” (fl. 32 do voto) não é suficiente para o

afastamento da imposição de indenizar o dano coletivo já praticado,

sob pena de inefetividade da tutela jurídica aos direitos e

interesses metaindividuais, causando na coletividade um

sentimento de desapreço e de perda de valores essenciais.

Encontra-se pacificado no âmbito do c. TST que a conduta

ilícita patronal que afeta a coletividade de trabalhadores, violando

direitos sociais constitucionalmente assegurados (art. 7o, VIII,

XIII e XXII, CF), atrai o dever de indenizar o dano moral coletivoocasionado, in  verbis :

RECURSO DE REVISTA. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DANO

MORAL COLETIVO. REPARAÇÃO. POSSIBILIDADE. ATO

ATENTATÓRIO À DIGNIDADE DOS TRABALHADORES RURAIS

DA REGIÃO. Não resta dúvida quanto à proteção que deve ser

garantida aos interesses transindividuais, o que encontra-seexpressamente delimitado no objetivo da ação civil pública, que

busca garantir à sociedade o bem jurídico que deve ser tutelado.

Trata-se de um direito coletivo, transindividual, de natureza

indivisível, cujos titulares são os trabalhadores rurais da região de

Minas Gerais ligados entre si com os recorrentes por uma relação

  jurídica base, ou seja, o dispêndio da força de trabalho em

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condições que aviltam a honra e a dignidade e na propriedade dos

recorridos. Verificado o dano à coletividade, que tem a dignidade e

a honra abalada em face do ato infrator, cabe a reparação, cujo

dever é do causador do dano. O fato de ter sido constatada a

melhoria da condição dos trabalhadores em nada altera o decidido,

porque ao inverso da tutela inibitória que visa coibir a prática de

atos futuros, a indenização por danos morais visa reparar lesão

ocorrida no passado, e que, de tão grave, ainda repercute no seio

da coletividade. Incólumes os dispositivos de lei apontados comoviolados e inespecíficos os arestos é de se negar provimento ao

agravo de instrumento. (AIRR - 56140-15.2004.5.03.0096, Relator

Ministro Aloysio Corrêa da Veiga, data de publicação: DJ

19/10/2007)

Conclusões

Ainda que haja dificuldade na conceituação dos direitos

fundamentais, cediço que tal se apresenta como corolário dos

direitos humanos, que são direitos naturais do ser humano, assim

representado pelo ser em desenvolvimento, pelas crianças, pelos

 jovens, pelo adulto e pelo idoso, seja homem ou mulher.

Segue que os direitos fundamentais, previstos

constitucionalmente, encontram-se dispostos no Título II da Carta

Magna, sob a rubrica de direitos e garantias fundamentais e

classificam-se em cinco categorias: direitos individuais, direitos

coletivos, direitos sociais, direitos à nacionalidade, direitos políticos

e ainda que apartado do Título II, direito fundamental por excelência

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constituído pelo direito ao meio ambiente ecologicamente

equilibrado.

Os direitos humanos de primeira geração originaram-se do

liberalismo clássico, inspirado no iluminismo racionalista,

conhecidos como direitos individuais ou direitos de liberdade, 

tendo por destinatários os indivíduos isoladamente considerados,

constituindo-se nos direitos civis e políticos.

Os direitos humanos de segunda geração (direitos departicipação) são os direitos sociais, econômicos e culturais,

bem como os direitos coletivos e de coletividade que impunham ao

Estado uma prestação positiva, no sentido de fazer algo de

natureza social em favor do indivíduo.

Os direitos humanos de terceira geração, também chamados

de direito de fraternidade ou de solidariedade, consubstanciados

em vertente de humanismo  e  universalidade, não se destinam

especificamente a proteção de um indivíduo, de um grupo de

pessoas ou de um determinado Estado, isto porque, via de regra,

são indeterminados os seus titulares e tem como destinatário, por

excelência, o próprio gênero humano.

Conclui-se ainda, que desponta hodiernamente, além da

teoria dos direitos humanos a teoria dos interesses

metaindividuais que, propondo a superação da tradicional doutrina

individualista, propiciou uma nova categorização de direitos e

interesses bem como a sua justiciabilidade, antes inimaginável.

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Há, assim, a coexistência de inúmeras relações sociais,

econômicas e políticas, estabelecidas agora não mais entre

indivíduos, senão entre grupos mais ou menos imprecisos de

pessoas, com a característica de seus integrantes em situações

idênticas fática e juridicamente.

Assim, diante do sistema de proteção que se impôs com o

advento da lei consumerista, alcançando não apenas os direitos

como os interesses metaindividuais, fez com que desaparecesse a

clássica distinção entre os dois conceitos, extraindo a discrepância

doutrinária do ordenamento jurídico, podendo se classificar então os

interesses metaindividuais (novos direitos, direitos supraindividuais,

direitos transindividuais, direitos globais, direitos de fraternidade,

direitos de 3a geração, direito coletivo latu sensu ) como gênero, dos

quais os direitos difusos, os direitos coletivos e os direitos

individuais homogêneos são espécies.

No vídeo a seguir, você confere quais foram os pontos

principais estudados nesta aula.

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1. Sobre os direitos fundamentais assinale a alternativa correta.

a. ( ) Não é a expressão reservada para designar no nível do

direito positivo, aquelas prerrogativas e instituições que

concretizam garantias de uma convivência digna, livre e igual de

todas as pessoas.

b. ( ) Como o direito ao meio ambiente ecologicamente

equilibrado, se encontra disciplinado no Capítulo VI do título VIII (Da

Ordem Social) da Constituição Federal, não se trata de direito

fundamental, uma vez que os mesmos se encontram disciplinados

pelos incisos do artigo 5

o

da Constituição Federal.c. ( ) São também designados pela doutrina de direitos

naturais, direitos humanos, direitos do homem, direitos individuais,

direitos públicos subjetivos, liberdades fundamentais, liberdades

públicas e direitos fundamentais do homem.

d. ( ) Em nossa Constituição Federal, os direitos

fundamentais classificam-se em quatro grupos, a saber: I  – direitos

individuais (artigo 5o), II- direitos coletivos (artigo 5o), III  – direitos

sociais (artigo 6o), IV  –- direitos políticos (artigos 14 a 17), não

fazendo parte deste os direitos à nacionalidade.

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2. Assinale a afirmativa correta.

a. ( ) Os direitos humanos de terceira geração se destinamespecificamente a proteção de um indivíduo, de um grupo de

pessoas ou de um determinado Estado, isto porque, via de regra,

são indeterminados os seus titulares.

b. ( ) Os direitos humanos de primeira geração surgiram com

as revoluções burguesas dos séculos XVII e XVIII, assentando-se

no liberalismo clássico, inspirado no iluminismo racionalista, basedo pensamento ocidental do século XVI e XVII, conhecidos como

direitos individuais ou direitos de liberdade, tendo por destinatários

os indivíduos isoladamente considerados, oponíveis ao Estado,

constituindo-se nos direitos civis e políticos.

c. ( ) Interesses metaindividuais, coletivo latu sensu ,

transindividual, supraindividual, novos Direitos, Direitos Globais,

Direitos de Fraternidade e Direitos Humanos de 3a 

geração/dimensão são termos utilizados para designar a espécie

dos direitos coletivos.

d. ( ) Não foi com a teoria dos interesses e direitos

metaindividuais que se iniciou no direito pátrio uma nova

categorização de direitos e interesses, dos quais são espécies os

direitos difusos, coletivos strictu sensu e individuais homogêneos.

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