aula 1 (1)

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Farmacologia Geral

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Page 1: Aula 1 (1)

Farmacologia Geral

Page 2: Aula 1 (1)

Bibliografia Sugerida• CRAIG C, ROBERT E, STITZEL, RE. Farmacologia moderna com aplicações

cínicas. 6ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2005.

• KATZUNG, BG. Farmacologia básica e clínica. 8 ed. Rio de Janeiro. Guanabara

Koogan, 2003.

• DALE, MM., RITTER, JM., RANG, HP., FLOWER, RJ., farmacologia. 4 ed. Rio de

Janeiro. Elsevier, 2007.

• GRAHAME, SDG., ARONSON, JK. Tratado de farmácia clínica e farmacoterapia.

3 ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2004.

• FUCHES, FD., WANNMACHER, L., FERREIRA, MB. Farcologia clínica. 3 ed. Rio

de Janeiro. Guanabara Koogan, 2000.

• ALMEIDA, RN. Psicofarmacologia: fundamentos práticos. Rio de Janeiro.

Guanabarra Koogan, 2005.

• FUCHES, FD., WANNMACHER, L., FERREIRA, MBC. Farmacologia clínica,

fundamentos de terapêutica nacional. 4 ed. Rio de Janeiro. Gunabara Koogan,

2004.

• ELOIR, P., COLAB. Cuidados com os medicamentos. 4 ed. Porto Alegre. UFRGS,

2004.

Page 3: Aula 1 (1)

Histórico

Farmacologia Pharmakon - droga, fármaco ou medicamento; logos - estudo.

Estudo da interação dos compostos químicos com os organismos vivos

Ciência experimental que lida com as propriedades das drogas e seus efeitos nos

sistemas vivos

Ciência que estuda as alterações provocadas no organismo pelas drogas ou

medicamentos

Estudo dos efeitos das substâncias químicas sobre a função dos sistemas biológicos

Page 4: Aula 1 (1)

HistóricoFarmacologia ciência jovem que passou a ser reconhecida no final do século XIX

Aspirina® (1899)

Page 5: Aula 1 (1)

Farmacologia Atual

Page 6: Aula 1 (1)

As diferentes áreas da farmacologia

Farmacocinética

Farmacodinâmica

Farmacotécnica

Farmacognosia

Farmacoterapêutica

Imunofarmacologia

Page 7: Aula 1 (1)

As diferentes áreas da farmacologia

Farmacocinética

Farmacodinâmica

Farmacotécnica

Farmacognosia

Farmacoterapêutica

Imunofarmacologia

É o caminho que o medicamento faz no organismo.

Não estuda o mecanismo de ação, mas sim as etapas

que a droga sofre desde a administração até a excreção:

absorção, distribuição, biotransformação e excreção.

etapas simultâneas, divisão apenas didática.

Page 8: Aula 1 (1)

As diferentes áreas da farmacologia

Farmacocinética

Farmacodinâmica

Farmacotécnica

Farmacognosia

Farmacoterapêutica

Imunofarmacologia

Estuda os efeitos fisiológicos dos fármacos nos

organismos

Mecanismos de ação

Relação entre concentração do fármaco e efeito

O efeito da droga nos tecidos

Page 9: Aula 1 (1)

As diferentes áreas da farmacologia

Farmacocinética

Farmacodinâmica

Farmacotécnica

Farmacognosia

Farmacoterapêutica

Imunofarmacologia

Estuda o preparo, a manipulação e a conservação dos

medicamentos

O desenvolvimento de novos produtos, relação com o

meio biológico, técnicas de manipulação, doses, formas

farmacêuticas, interações físicas e químicas entre os

princípios ativos

Visando conseguir melhor aproveitamento dos seus efeitos

benéficos no organismo

Page 10: Aula 1 (1)

As diferentes áreas da farmacologia

Farmacocinética

Farmacodinâmica

Farmacotécnica

Farmacognosia

Farmacoterapêutica

Imunofarmacologia

Cuida da obtenção, identificação e isolamento de

princípios ativos a partir de produtos naturais de origem

animal, vegetal ou mineral, passiveis de uso terapêutico

Page 11: Aula 1 (1)

As diferentes áreas da farmacologia

Farmacocinética

Farmacodinâmica

Farmacotécnica

Farmacognosia

Farmacoterapêutica

Imunofarmacologia

Refere-se ao uso de medicamentos para o tratamento das

enfermidades (Farmacologia Clínica)

Terapêutica Envolve não só o uso de medicamentos,

como também outros meios para a prevenção, diagnóstico

e tratamento das enfermidades.

Esses meios envolvem cirurgia, radiação e outros.

Page 12: Aula 1 (1)

As diferentes áreas da farmacologia

Farmacocinética

Farmacodinâmica

Farmacotécnica

Farmacognosia

Farmacoterapêutica

Imunofarmacologia

Área nova que tem se desenvolvido muito graças à

possibilidade de se interferir, através do uso de drogas, na

realização dos transplantes e de se utilizar com fins

terapêuticos substâncias normalmente participantes da

resposta imunológica

Page 13: Aula 1 (1)

Conceitos básicos em farmacologia

• Droga: qualquer substância química, exceto alimentos, capaz de produzir

efeitos farmacológicos, ou seja, provocar alterações em um sistema

biológico

• Fármaco: sinônimo de droga

• Forma Farmacêutica: forma de apresentação do medicamento

comprimido, drágea, pílula, xarope, colírio, entre outros

Page 14: Aula 1 (1)

Conceitos básicos em farmacologia

• Medicamento: droga ou preparação com drogas usadas terapeuticamente

• Remédio: palavra usada pelo leigo como sinônimo de medicamento e

especialidade farmacêutica

• Nome químico: diz respeito à constituição da droga

• Farmacopéia: livro que oficializa as drogas/medicamentos de uso corrente e

consagrada como eficazes

Page 15: Aula 1 (1)

Conceitos básicos em farmacologia

• Dose: quantidade a ser administrada de uma vez a fim de produzir efeitos

terapêuticos

• Dose letal: leva o organismo a falência (morte) generalizada

• Dose máxima: maior quantidade de uma droga capaz de produzir efeitos

terapêuticos

• Dose mínima: menor quantidade de uma droga capaz de produzir efeitos

terapêuticos (eficácia)

• Dose tóxica: maior quantidade de uma droga que causa efeitos adversos

Page 16: Aula 1 (1)

Conceitos básicos em farmacologia

• Posologia: é o estudo das doses

• Pró-droga: substância química que precisa transformar-se no organismo

afim de tornar-se uma droga ativa

• Placebo: “Vou agradar” , (latim)

Em farmacologia significa uma substância inativa administrada para

satisfazer a necessidade psicológica do paciente

Page 17: Aula 1 (1)

Conceitos básicos em farmacologia

Reações Adversas qualquer resposta prejudicial ou indesejável e não

intencional que ocorre com medicamentos para profilaxia, diagnóstico,

tratamento de doença ou modificação de funções fisiológicas

Efeito Colateral efeito diferente daquele considerado como principal por um

fármaco. Esse termo deve ser distinguido de efeito adverso, pois um fármaco

pode causar outros efeitos benéficos além do principal

Page 18: Aula 1 (1)

Tipos de medicamentosLei nº 9.787/99 – Lei dos Genéricos

• Medicamento de referência

• Genérico contém o mesmo princípio ativo - na mesma dose e forma

farmacêutica - de um medicamento de referência. É administrado pela mesma

via e tem indicação idêntica. E o mais importante: é tão seguro e eficaz quanto

o medicamento de marca, mas em geral custa menos

• Similares vendidos sobre o nome de uma marca comercial. As

embalagens não têm nem terão a frase "medicamento genérico”

Page 19: Aula 1 (1)

Natural extraídos de órgãos ou glândulas (extrato de fígado); extraídos de

fonte de minério e princípios ativos de diversas plantas

Sintética substâncias preparadas em laboratórios por processos químicos

Têm composição e ação idênticas aos produtos naturais

Tipos de medicamentos

Quanto à origem

Page 20: Aula 1 (1)

Tipos de medicamentos

Quanto à forma farmacêutica

Líquidos soluções, emulsões, xaropes, elixires e loções

Sólidos em pó ou em formatos sob a compressão –

comprimido, drágea, pílula, cápsula e supositório

Pastosos normalmente de uso tópico – geléias, cremes,

pomadas etc

Gasosos recipientes cilíndricos especiais: balas e em

geral são administrados por inalação

Page 21: Aula 1 (1)

Vias de administração

ParaenteralEnteralTópica

Vias de administraçãoCaminho pelo qual uma droga é colocada em contato com o organismo

A biodisponibilidade interfere nas propriedades farmacocinéticas de uma droga

Vai depender das circunstâncias

Condições do paciente, aceitabilidade, necessidade, doença etc

Dependendo da VA uma mesma droga pode produzir diferentes resultados

Page 22: Aula 1 (1)

Vias de administração

ParaenteralEnteralTópica

Epidérmica plicação sobre a pele

Colírios sobre a conjuntiva

Gotas otológicas antibióticos e corticóides para otite externa

Intranasal spray descongestionante nasal

efeito local – aplicação diretamente onde deseja-se sua ação

Vias de administraçãoCaminho pelo qual uma droga é colocada em contato com o organismo

A biodisponibilidade interfere nas propriedades farmacocinéticas de uma droga

Page 23: Aula 1 (1)

Vias de administração

ParaenteralEnteralTópica

Pela boca drogas na forma de tabletes, cápsulas ou gotas

Por tubo gástrico gastrostomia, diversas drogas e nutrição enteral

Pelo reto em forma de supositório

efeito sistêmico (não-local) – via trato digestivo

Vias de administraçãoCaminho pelo qual uma droga é colocada em contato com o organismo

A biodisponibilidade interfere nas propriedades farmacocinéticas de uma droga

Page 24: Aula 1 (1)

Vias de administração

ParaenteralEnteralTópica

Injeção intravenosa, intra-arterial, intramuscular, intracardíaca, subcutânea,

intradérmica e intraperitoneal

efeito sistêmico – por outra forma que não pelo trato digestivo

Vias de administraçãoCaminho pelo qual uma droga é colocada em contato com o organismo

A biodisponibilidade interfere nas propriedades farmacocinéticas de uma droga

Page 25: Aula 1 (1)
Page 26: Aula 1 (1)

absorção, distribuição, biotransformação e excreção

Dose do fármacoadministrada

Concentração do fármaco na circulação sistêmica

Concentração da fármacono local de ação

Absorção

Fármaco nos tecidosde distribuição

Distribuição

Biotransformação e Excreção

Fármaco metabolizadoou excretado

Efeito farmacológico Resposta clínica

Toxicidade

Eficácia

FA

RM

AC

OC

INÉ

TIC

A

FARMACODINÂMICA

FARMACOCINÉTICA

Page 27: Aula 1 (1)

Absorção

Quando o medicamento atravessa barreiras até atingir a circulação sanguínea.

As barreiras são basicamente constituídas pelas membranas celulares.

Diretamente relacionada com a capacidade das drogas de atravessar as membranas.

Administração intravenosa e intra-arterial pulam essa etapa.

FARMACOCINÉTICA

Page 28: Aula 1 (1)

Características das membranas

As membranas compostas por proteínas (45%), fosfolipídios (27%), colesterol (25%) e

uma pequena porção de carboidrato, em alguns tipos de membrana, associados à

superfície externa.

FARMACOCINÉTICA Absorção

Page 29: Aula 1 (1)

Formas de atravessar as membranas

FARMACOCINÉTICA Absorção

Page 30: Aula 1 (1)

Formas de atravessar as membranas

Difusão simples Através da bicamada lipídica

Depende da capacidade da droga de atravessar a camada lipoprotéica.

Coeficiente de Difusão = 1 / √ Peso Molecular

Difusão facilitada Combinação com proteína transportadora

Várias drogas são transportadas desta forma.

Ex: Penicilinas, fluorouracil (antineoplásico semelhante a um metabólito normal).

Normalmente ocorre no trato gastrointestinal, mas também nos túbulos renais e barreira

hematoencefálica.

FARMACOCINÉTICA Absorção

Page 31: Aula 1 (1)

Formas de atravessar as membranas

Pinocitose

É o caso de moléculas grandes que são englobadas e internalizadas

Ex.: Insulina

Passagem através de canais ou poros aquosos filtração

Ocorre principalmente devido à presença de capilares

fenestrados.

Comum para medicamentos hidrossolúveis e de peso molecular

relativamente elevado. Influenciado pelo diâmetro das frenetras.

FARMACOCINÉTICA Absorção

Page 32: Aula 1 (1)

Influenciam na absorção

Tamanho da molécula do fármaco e Ionização

• Molécula grande e hidrossolúvel (Polar / ionizado) → Difícil absorção

• Molécula pequena e hidrossolúvel (Polar / ionizado) → Fácil absorção

• Molécula grande e lipossolúvel (Apolar / não-ionizado) → Fácil absorção

• Molécula pequena e lipossolúvel (Apolar / não-ionizado) → Fácil absorção

“A polaridade/ionização da molécula e a lipossolubidade estão mais correlacionadas

com a capacidade de atravessar as barreiras do que o tamanho ou a massa molecular”

FARMACOCINÉTICA Absorção

Page 33: Aula 1 (1)

Influenciam na absorção

Formulações

FARMACOCINÉTICA Absorção

Solução > Suspensão > Cápsulas > Comprimido

Page 34: Aula 1 (1)

Vias de Administração

FARMACOCINÉTICA Absorção

Sublingual e Oral

Os medicamentos administrados sublingual

possuem absorção mais rápida

Os níveis séricos são mais altos

Não há metabolismo de 1ª passagem

Não passa pelo suco gástrico

Não influencia de outros medicamentos ou

alimentos (aumento, redução ou retardo)

Segue para a circulação sistêmica

Influenciam na absorção

Page 35: Aula 1 (1)

FARMACOCINÉTICA AbsorçãoInfluenciam na absorção

Vias de Administração

Sublingual e Oral

Alterações gastrointestinais por via oral:

- pH antiácidos, bloqueadores de H2, inibidores da bomba de prótons

- motilidade anticolinéricos e laxantes

- perfusão vasodilatadores

Page 36: Aula 1 (1)

FARMACOCINÉTICA Absorção

Quando a administração de fármacos por via oral deve ser evitada?

Se o fármaco:

- causar vômitos ou diarréia

- for destruído por enzimas digestivas (insulina)

- não é absorvido pela mucosa gástrica (aminoglicosídeos)

- for rapidamente degradado (lidocaína)

Se o paciente:

- está vomitando com frequência

- incapaz de engolir (crianças, pessoas com retardo mental ou inconsciente)

Influenciam na absorção

Vias de Administração

Sublingual e Oral

Page 37: Aula 1 (1)

FARMACOCINÉTICA Absorção

• Absorção imprevisível – no reto não há microvilosidades

• Útil em pacientes que estão inconscientes, vomitando ou com infecção intestinal

inflamatória

• Evita a o efeito de primeira passagem pelo fígado (circulação portal)

Influenciam na absorção

Vias de Administração

Retal

Page 38: Aula 1 (1)

FARMACOCINÉTICA Absorção

Intravenosa via mais rápida (importante em emergências)

imediato na circulação rápida distribuição aos tecidos ação rápida

evita ação gástrica ou efeito de primeira passagem

permite maior precisão na dosagem

viável em pacientes inconscientes

Influenciam na absorção

Vias de Administração

Parenteral

Page 39: Aula 1 (1)

FARMACOCINÉTICA Absorção

Intramuscular e subcutânea

afetadas pelo fluxo sanguíneo local

evita ação gástrica ou efeito de primeira passagem

auto administração (insulina)

superdosagem gelo, vasoconstritor ou torniquete

Influenciam na absorção

Vias de Administração

Parenteral

Page 40: Aula 1 (1)

FARMACOCINÉTICA Absorção

superfície de absorção brônquios e alvéolos inflamados

pouco efeito sistêmico

quanto menores as partículas dos fármacos – mais eficientes

Influenciam na absorção

Vias de Administração

Inalação

Page 41: Aula 1 (1)

FARMACOCINÉTICA Absorção

pouco efeito sistêmico (corticosteróides e β-bloqueadores)

alguns têm efeito sistêmico

Influenciam na absorção

Vias de Administração

Mucosa

Tópico

absorção lenta

veiculação lipossolúvel aumenta a eficiência

influenciados pelo fluxo sanguíneo, temperatura e área

efeito local (cortizol) e efeito sistêmico (estrogênio e nicotina)

Page 42: Aula 1 (1)

Fatores determinantes da velocidade e absorção

• Fluxo sanguíneo na área de absorção Quanto maior, maior e mais rápida será a

absorção

• Área de superfície absorvente Quanto maior, maior será a sua capacidade de

absorção

• Número de barreiras a serem transpostas É inversamente proporcional à

quantidade absorvida e à velocidade de absorção

FARMACOCINÉTICA Absorção

Page 43: Aula 1 (1)

Distribuição

Processo no qual a substância reversivelmente abandona a corrente sanguínea e passa

para o interstício e/ou células ou tecidos

FARMACOCINÉTICA

Page 44: Aula 1 (1)

Distribuição

Volume aparente de distribuição

FARMACOCINÉTICA

Vd = Dose (mg) / Concentração Plasmática (mg/L)

- Permite estimar a quantidade do fármaco disponível no sangue

- Permite estimar a concentração ideal

Fatores q interferem no Vd:

1) Quanto o Vd, significa que a dose para atingir a concentração ideal

2) Fármacos lipossolúveis têm Vd do que os hidrossolúveis

Page 45: Aula 1 (1)

• Os medicamentos atingem os diferentes tecidos com velocidades diferentes,

dependendo de sua capacidade de atravessar membranas

• Medicamentos lipossolúveis atravessam as Memb. Cel. com mais rapidez que os

hidrossolúveis

• Os hidrossolúveis tendem a ficar no sangue (aquoso)

• Outras se concentram em tecidos específicos: glândula tireóide, fígado, SNC e rins

FARMACOCINÉTICA Distribuição

Page 46: Aula 1 (1)

• Alguns tecidos funcionam como reservatórios do medicamento, prolongando a

distribuição.

Ex.: medicamentos que se acumulam no tecido adiposo, deixam esses tecidos

lentamente e, em consequência, circulam pela corrente sanguínea durante vários dias

após a administração.

• Alguns ligam-se firmemente a proteínas do sangue

abandonam a corrente sanguínea de forma muito lenta

atingem rapidamente outros tecidos

FARMACOCINÉTICA Distribuição

Page 47: Aula 1 (1)

Interferem na distribuição das drogas

Irrigação dos tecidos

Maior vascularização ↔ maior distribuição.

Tecidos que recebem uma porcentagem maior do débito cardíaco tendem a receber

concentrações maiores de um fármaco que se encontra dissolvido no sangue.

FARMACOCINÉTICA Distribuição

Page 48: Aula 1 (1)

Interferem na distribuição das drogas

Lipossolubilidade

A lipossolubilidade quando excessiva pode prejudicar a distribuição fazendo com que

a droga se restrinja a determinados locais como o tecido adiposo.

Ex.: Anestésicos gerais barbitúricos. O Tiopental - apresenta muito lipossolúvel, de

ação ultracurta que tende a se acumular no tecido adiposo.

Grau de ionização

Se a droga permanece em uma grande proporção de formas ionizadas ela pode se

confinar a locais como o plasma ou líquido intersticial

FARMACOCINÉTICA Distribuição

Page 49: Aula 1 (1)

Interferem na distribuição das drogas

Presença de barreiras entre sangue e tecidos

• Barreira hematoencefálica: Presença de capilares não fenestrados

• Barreira placentária: Por ela passam somente drogas lipossolúveis

• Barreira hematotesticular: Por ela só passam substâncias pouco polares

FARMACOCINÉTICA Distribuição

Page 50: Aula 1 (1)

Proteínas Plasmáticas

A capacidade das drogas em se associar às proteínas plasmáticas

influi nas características farmacocinéticas

• Alta ligação a proteínas → Baixa eliminação → Maior duração do efeito

• Baixa ligação a proteínas → Alta eliminação → Menor duração do efeito

• Principais proteínas transportadoras de drogas: - albumina drogas de ácidas

- β-globulina drogas básicas

- glicoproteína ácida drogas básicas

FARMACOCINÉTICA Distribuição

Page 51: Aula 1 (1)

Interferem na ligação fármaco-proteína plasmáticas

• Concentração do fármaco livre no plasma

• Concentração de proteínas no plasma

• Afinidade pelos locais de ligação nas proteínas

FARMACOCINÉTICA Distribuição

Page 52: Aula 1 (1)

Reservatórios e Volume de Distribuição

As drogas podem ficar temporariamente armazenadas em alguns compartimentos

À medida que vão sendo liberadas vão se distribuindo para os demais tecidos

• Proteínas plasmáticas: Drogas que interagem com as proteínas plasmáticas

• Tecido adiposo: Medicamentos de alta lipossolubilidade.

• Ossos: Drogas que apresentam alta afinidade pelo cálcio.

Ex: Tetraciclinas

• Núcleo dos hepatócitos: Drogas que tem afinidade pelos ácidos nucléicos.

Ex: Mepacrina (droga antimalárica).

FARMACOCINÉTICA Distribuição

Page 53: Aula 1 (1)

FARMACOCINÉTICA Biotransformação - Metabolismo

• Muitas drogas dão origem a metabólitos farmacologicamente ativos

• De modo geral a atividade farmacológica é perdida ou reduzida

− mais polar

− mais hidrofílico

− mais hidrossolúvel

Conjunto de transformações químicas que os fármacos após a absorção

Substâncias mais fáceis de serem excretadas

Page 54: Aula 1 (1)

FARMACOCINÉTICA Biotransformação - Metabolismo

Velocidades do Metabolismo

• Cinética de ordem-zero

• VM é constante não varia com a Qtd da droga

• Quantidade Fixa é metabolizada a qualquer tempo

• Enzimas saturáveis

Ex.: Álcool

- A enzima álcool desidrogenase é saturável a uma concentração de álcool de

10g/h

- Se 100g de álcool são ingeridas 10h para a metabolização completa

- Se uma dose maior que 10g é ingerida aparecem os efeitos adversos

Page 55: Aula 1 (1)

FARMACOCINÉTICA Biotransformação - Metabolismo

Velocidades do Metabolismo

• Cinética de primeira ordem

• VM é proporcional à Qtd da droga

• O metabolismo aumenta com a quantidade da droga

• Enzimas não saturáveis

Page 56: Aula 1 (1)

FARMACOCINÉTICA Biotransformação - Metabolismo

Velocidades do Metabolismo

• Cinética de primeira ordem

• Fração constante de metabolização por unidade de tempo

• o tempo para eliminar 50% do fármaco é constante (tempo de meia vida = t1/2)

t1/2 é constante independente

da dosagem administrada

Page 57: Aula 1 (1)

FARMACOCINÉTICA Biotransformação - Metabolismo

Reações do Metabolismo dos fármacos

• Isoenzimas microssomais P-450 (CYP)

• têm pouca especificidade

• catalizam o metabolismo da maioria dos fármacos (CYP 1, 2 e 3)

• Reações de Fase I e Fase II

Page 58: Aula 1 (1)

FARMACOCINÉTICA Biotransformação - Metabolismo

Reações do Metabolismo dos fármacos

• Reações de Fase I Reações não sintéticas

• Reações de oxidação, redução e hidrólise

• Introduzem um grupo funcional mais reativo na molécula

• Produtos mais reativos e mais tóxicos que as moléculas originais

• Preparam para as reações de Fase II

• Reações de Fase II Reações sintéticas

• Reações de conjugação com acido glicurônico, sulfato ou acetato

• Produzem metabólitos menos reativos e menos tóxicos

• Aumentam a polaridade, hidrofília e hidrossolubilidade

“Ocorrem no plasma, pulmão, intestino e principalmente no fígado”

Page 59: Aula 1 (1)

FARMACOCINÉTICA Biotransformação - Metabolismo

Indução Enzimática

• Algumas drogas, quando administradas repetidamente estimulam a atividade do

sistema microssomal hepático

• Afeta o metabolismo de fármacos metabolizados pelas P-450

• Principal mecanismo de interação medicamentosa

Ex.: Fenitoína (antiepilético) e Haloperidol (antipsicótico)

- Fenitoína induz a isoenzima P-450 (CYP1A2)

- Haloperidol metabolizado pela P-450 (CYP1A2)

- Se administrados juntos Haloperidol será metabolizado mais rápido – menos eficaz

Page 60: Aula 1 (1)

FARMACOCINÉTICA Biotransformação - Metabolismo

Indução Enzimática

Ex.: Rifampina (antibiótico) e Contraceptivos orais

- Fenitoína induz a isoenzima P-450

- Contraceptivos orais metabolizado pela P-450

- Contraceptivo orail será metabolizado mais rápido – menos eficaz

Page 61: Aula 1 (1)

FARMACOCINÉTICA Biotransformação - Metabolismo

Inibição Enzimática

• Algumas drogas bloqueiam as P-450

• O fármaco metabolizado por uma P-450 e co-administrado com um bloqueador:

• Aumenta o t1/2

• Vai se acumular nos tecidos

• Será menos excretado

• Pode expressar: reações adversas, colaterais e tóxicos

Page 62: Aula 1 (1)

FARMACOCINÉTICA Biotransformação - Metabolismo

• O nível sérico da droga:

• Qdo co-administrado com um inibidor P-450

• Qdo co-administrado com um indutor P-450

• Produtos naturais e fitoterápicos também podem alterar a atividade das isoenzimas

microssomais P-450

Indutor da P-450 Inibidor da P-450

Tabaco Camomila

Brócolis Gengibre

Repolho Cravo-da-índia

Page 63: Aula 1 (1)

FARMACOCINÉTICA Eliminação - Excreção

• Fármaco e metabólitos

• Excreção renal

Substâncias com menos de 60 Da

não ligadas a proteínas

Hidrossolúveis (polares, ionizadas)

Substâncias lipossolúveis são

reabsorvidas

Secreção ativa

Bomba catiônica e aniônica

Competição por sítio de ligação

Gera interações competitivas

Page 64: Aula 1 (1)

FARMACOCINÉTICA Eliminação - Excreção

• Excreção renal

• Substâncias ionizadas tendem a ser eliminadas juntamente com a urina

• Substâncias não-ionizadas tendem a serem reabsorvidas

Substâncias ácidas (pH ) tendem a ser eliminadas com maior facilidade

Substâncias alcalinas (pH ) tendem a ser eliminadas com menor facilidade

Page 65: Aula 1 (1)

FARMACOCINÉTICA Eliminação - Excreção

• Excreção pela bile e circulação enterohepática

• Na formação da bile, o sistema hepatobiliar transfere para a bile uma série de

substâncias que se encontram no plasma, dentre elas, as drogas

• Sistema semelhante e tão importante quanto a secreção renal

• Fármacos não reabsorvidos

(polares) são eliminados nas fezes

• Fármacos reabsorvidos desta

forma têm seu t1/2 aumentado

Page 66: Aula 1 (1)

FARMACOCINÉTICA Eliminação - Excreção

• Excreção pulmonar

• Álcool e anestésicos voláteis

• Excreção cutânea e glândulas lacrimal menor importância

• Excreção mamária fármacos que formam base fraca

Page 67: Aula 1 (1)

Qual o nível ideal do fármaco?

• Para atingir o nível ideal de um fármaco é preciso haver um equilíbrio entre a taxa de

absorção e eliminação a cada t1/2 do fármaco

Os níveis séricos sejam relativamente constantes quando a Qtd administrada a cada

t1/2 for igual à quantidade metabolizada e elimina no mesmo intervalo de tempo

Concentração plasmática estável (Cpss)

Page 68: Aula 1 (1)
Page 69: Aula 1 (1)
Page 70: Aula 1 (1)

1. Conceitue, com suas próprias palavras, o significado de FARMACOLOGIA.

2. Conceitue, com suas próprias palavras, o significado de FARMACOCINÉTICA e

FARMACODINÂMICA.

3. Estabeleça as diferenças entre FARMACOCINÉTICA e FARMACODINÂMICA.

4. Conceitue, com suas próprias palavras, o significado de FÁRMACO e

MEDICAMENTO.

5. Estabeleça as diferenças entre REAÇÕES ADVERSAS e EFEITO COLATERAL.

6. O que são vias de administração?

7. Quais as principais vias de administração? Conceitua cada uma delas.

8. O que acontece com os farmacos na biotransformação?

9. Dê um exemplo de indução enzimática que causa interação medicamentosa?

10.Quais características uma substância precisa ter para ser excretada com facilidade

nos rins?

EXERCÍCIO