aula 03 - lodf

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CURSO ON-LINE – LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS PARA ICMS/DF PROFESSOR: ROGÉRIO RIBEIRO 1 www.pontodosconcursos.com.br AULA 3 PODER EXECUTIVO: GOVERNADOR, VICE-GOVERNADOR, SECRETÁRIOS DE ESTADO E CONSELHO DE GOVERNO E ELEIÇÕES. FINANÇAS PÚBLICAS, PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO DO DISTRITO FEDERAL. Olá amigos, bem vindos à nossa Aula 3! Cobriremos parte do conteúdo da LODF em Direito Constitucional e parte em Legislação Tributária, referente ao Orçamento do DF (Título IV). Na segunda parte, nosso foco não é cobrir o assunto de AFO, mas sim apenas a parte regulamentada na LODF, em especial aquilo em que o DF se diferencia do modelo federal ! Vamos aos tópicos!! Eleições As regras eleitorais seguem mandamento Constitucional, e por isso alguns dispositivos da LODF não são válidos, pois não estão atualizados em conformidade com as Emendas Constitucionais. Nosso objetivo aqui não é detalhar o processo eleitoral como um todo, mas apenas colocar os pontos que podem aparecer na nossa prova específica de LODF! O Poder Executivo é exercido pelo Governador do Distrito Federal e auxiliado pelos Secretários de Estado. O mandato do Governador do DF será de quatro anos, permitida a reeleição para um único período subseqüente, e sua eleição importa na do Vice-Governador. A eleição é feita por sufrágio universal e por voto direto e secreto , e se realizará no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último

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CURSO ON-LINE – LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS PARA ICMS/DF

PROFESSOR: ROGÉRIO RIBEIRO

1www.pontodosconcursos.com.br

AULA 3

PODER EXECUTIVO: GOVERNADOR, VICE-GOVERNADOR,

SECRETÁRIOS DE ESTADO E CONSELHO DE GOVERNO E ELEIÇÕES.

FINANÇAS PÚBLICAS, PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO DO

DISTRITO FEDERAL.

Olá amigos, bem vindos à nossa Aula 3! Cobriremos parte do conteúdo da LODF

em Direito Constitucional e parte em Legislação Tributária, referente ao

Orçamento do DF (Título IV). Na segunda parte, nosso foco não é cobrir o assunto

de AFO, mas sim apenas a parte regulamentada na LODF, em especial aquilo

em que o DF se diferencia do modelo federal! Vamos aos tópicos!!

Eleições

As regras eleitorais seguem mandamento Constitucional, e por isso alguns

dispositivos da LODF não são válidos, pois não estão atualizados em

conformidade com as Emendas Constitucionais. Nosso objetivo aqui não é

detalhar o processo eleitoral como um todo, mas apenas colocar os pontos que

podem aparecer na nossa prova específica de LODF!

O Poder Executivo é exercido pelo Governador do Distrito Federal e auxiliado

pelos Secretários de Estado. O mandato do Governador do DF será de quatro

anos, permitida a reeleição para um único período subseqüente, e sua eleição

importa na do Vice-Governador.

A eleição é feita por sufrágio universal e por voto direto e secreto, e se

realizará no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último

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•Último domingo

de outubrode 2010

2º Turno

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As funções do Vice-Governador atribuídas pela LODF se resumem a auxiliar o

Governador sempre que por ele convocado para missões especiais, substituí-lo na

sua ausência ou suceder-lhe no caso de vaga.

A LODF define também algumas obrigações para o Governador e o Vice, que

devem residir no DF, não poderão ausentar-se do DF por período superior a 15

dias sem licença da CLDF (lembrando que há o direito de afastar-se de férias

por 30 dias por ano). Também se aplicam, no que couber, as mesmas vedações

estabelecidas para os Deputados Distritais:

“Art. 62. Os Deputados Distritais não poderão:

I – desde a expedição do diploma:

a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público,

autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa

concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a

cláusulas uniformes;

b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive

os de que sejam demissíveis ad nutum nas entidades constantes da

alínea anterior;

II – desde a posse:

a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de

favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou

nela exercer função remunerada;

b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, nas

entidades referidas no inciso I, "a";

c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a

que se refere o inciso I, "a";

d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.”

Recentemente, com a vacância dos cargos de Governador e de Vice-Governador,

os dispositivos que constavam da LODF foram questionados, e houve uma

mudança na LODF com a promulgação da Emenda nº 57/2010. Assim, a LODF

adequou-se ao modelo da Constituição Federal. Vagos os cargos, serão

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sucessivamente chamados ao exercício da chefia do Poder Executivo o

Presidente da CLDF e o Presidente do TJDFT, e deverá ocorrer eleição para

completar o período do mandato, conforme o momento da vacância:

Primeiros 2 anos do mandato Últimos 2 anos do mandato

Eleições diretas em 90 dias

Sufrágio universal, voto direto e secreto

Eleição indireta em 30 dias

Pela Câmara Legislativa do DF

1. (FUNIVERSA – SES/DF – 2009) De acordo com a Lei Orgânica do

Distrito Federal, várias são as condições de elegibilidade para governador e vice-

governador do DF. Assinale a alternativa que corresponde à idade mínima para

concorrer a esses cargos.

(A) 40 e 35 anos, respectivamente.

(B) 35 anos para ambos.

(C) 30 anos para ambos.

(D) 35 e 30 anos, respectivamente.

(E) 21 anos para ambos.

Dentre as condições de elegibilidade, que valem tanto para o governador

quanto para o vice, está a idade mínima de 30 anos.

Gabarito: C

Governador

A LODF traz uma lista de atribuições, como competências privativas, do

Governador do DF, são elas:

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• Representar o DF perante o Governo da União e das Unidades da

Federação, bem como em suas relações jurídicas, políticas, sociais e

administrativas;

• Nomear os membros do Conselho de Educação do DF;

• Nomear e exonerar Secretários de Estado;

• Nomear os Conselheiros do TCDF, após a aprovação pela CLDF;

• Nomear e destituir o Procurador-Geral do DF, na forma da lei;

• Nomear os membros do Conselho de Governo;

• Nomear e destituir presidente de instituições financeiras controladas pelo

DF, após a aprovação pela CLDF;

• Nomear os Comandantes-Gerais da PM , do Corpo de Bombeiros, e o

Diretor da Polícia Civil;

• Nomear, dispensar, exonerar, demitir e destituir servidores da

administração pública direta;

• Nomear e destituir diretores de sociedades de economia mista, empresas

públicas e fundações mantidas pelo Poder Público;

• Exercer, com auxílio dos Secretários de Estado, a direção superior da

administração do DF;

• Exercer o comando superior da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros

Militar do DF, e promover seus oficiais;

• Iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos na LODF;

• Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos

e regulamentos para sua fiel execução;

• Vetar projetos de lei, total ou parcialmente;

• Dispor sobre a organização e o funcionamento da administração do DF,

na forma da LODF;

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• Remeter mensagem e plano de governo à CLDF por ocasião da abertura

da sessão legislativa, expondo a situação do DF e indicando as

providências que julgar necessárias;

• Enviar à CLDF projetos de lei relativos a plano plurianual, diretrizes

orçamentárias, orçamento anual, dívida pública e operações de crédito;

• Prestar anualmente à CLDF, no prazo de sessenta dias após a abertura da

sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;

• Prover e extinguir os cargos públicos do DF, na forma da lei;

• Subscrever ou adquirir ações, realizar ou aumentar capital, desde que haja

recursos disponíveis, de sociedade de economia mista ou de empresa

pública, bem como dispor, a qualquer título, no todo ou em parte, de

ações ou capital que tenham subscrito, adquirido, realizado ou aumentado,

mediante autorização da CLDF;

• Delegar, por decreto, a qualquer autoridade do Executivo atribuições

administrativas que não sejam de sua exclusiva competência;

• Solicitar intervenção federal na forma estabelecida pela Constituição da

República;

• Celebrar ou autorizar convênios, ajustes ou acordos com entidades

públicas ou particulares, na forma da legislação em vigor;

• Realizar operações de crédito autorizadas pela CLDF;

• Decretar situação de emergência e estado de calamidade pública no

Distrito Federal;

• Praticar os demais atos de administração, nos limites da competência do

Poder Executivo.

2. (CESPE – SEAPA/GDF – 2009) A nomeação e a exoneração dos

servidores da administração pública direta competem privativamente ao

governador do DF.

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Vimos que faz parte das competências privativas do Governador nomear,

dispensar, exonerar, demitir e destituir servidores da administração pública

direta.

Gabarito: CERTO

3. (CESPE – SGA/AAJ – 2005) Um Deputado Distrital pretendia apresentar

projeto de lei determinando a cisão da procuradoria do Meio Ambiente,

Patrimônio Urbanístico e Imobiliário. Um assessor, no entanto, aconselhou o

deputado a não fazer isso, valendo-se da argumentação de que compete

privativamente ao governador do DF a iniciativa das leis sobre essa matéria.

Nessa situação, tinha razão o assessor.

A cisão de um órgão especializado da Procuradoria-Geral do Distrito Federal é

de competência privativa do Governador, pois implica em dispor sobre a

organização e o funcionamento da administração do DF. Nesse caso, o projeto de

lei deverá ser de iniciativa do Governador.

Gabarito: CERTO

4. (FUNIVERSA – SES/GDF – 2006) Assinale a alternativa incorreta.

São competências privativas do Governador do DF:

(A) representar o DF perante o Governo da União e das Unidades da Federação,

bem como em suas relações jurídicas, políticas, sociais e administrativas.

(B) nomear e exonerar secretários de Estado.

(C) nomear e exonerar o Presidente da CLDF e do TCDF.

(D) exercer, com auxílio dos Secretários de Estado, a direção superior da

administração do DF.

(E) vetar projetos de lei, total ou parcialmente.

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Atenção! O Governador, Chefe do Poder Executivo local, deve ter suas

competências restritas ao que cabe a este Poder. Todos os Poderes são

independentes e harmônicos entre si, e não pode caber ao Governador intervir na

nomeação ou exoneração do Presidente da Câmara Legislativa do DF, nem

mesmo do Tribunal de Contas do DF. O que a LODF prevê é a competência para

nomear os Conselheiros do TCDF, após aprovação da CLDF.

Gabarito: C

Secretários de Estado

Os Secretários de Estado serão escolhidos entre brasileiros maiores de 21 anos,

no exercício dos direitos políticos. Suas principais atribuições são:

• Exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da

administração do DF, na área de sua competência;

• Referendar os decretos e os atos assinados pelo Governador, referentes à

área de sua competência;

• Expedir instruções para a execução das leis , decretos e regulamentos;

• Apresentar ao Governador relatório anual de sua gestão;

• Praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou

delegadas pelo Governador do DF;

• Comparecer à CLDF ou a suas comissões, nos casos e para os fins

indicados na LODF;

• Delegar a seus subordinados, por ato expresso, atribuições previstas na

legislação.

5. (FUNIVERSA – SES/DF – 2009) Segundo a LODF, no art. 105, compete

aos Secretários de Estados, dentre outras atribuições:

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I. expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;

II. apresentar ao Governador relatório bienal de sua gestão;

III. praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou

delegadas pelo Governador;

IV. comparecer à Câmara Legislativa ou a suas comissões, nos casos e para os

fins que entender conveniente;

V. delegar a seus subordinados, por ato expresso, atribuições previstas na

legislação.

A quantidade de itens corretos é igual a:

(A) 1 (B) 2 (C) 3 (D) 4 (E) 5

Esse tipo de questão infelizmente insiste em cair. Cobra mais decoreba que

entendimento do candidato, por isso é bom dar uma lida cuidadosa nas

atribuições do Governador e dos Secretários de Estado para evitar perder pontos

com questões assim.

O item “II” está errado porque o relatório é anual, e não bienal. Também está

errado o item “IV” porque o Secretário deve comparecer à CLDF quando

convocado e para os fins estabelecidos na LODF. Jamais para os fins que

entender conveniente.

Gabarito: C

Conselho de Governo

O Conselho de Governo é o órgão superior de consulta do Governador do DF.

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Membros

Governador – Presidente do Conselho

Vice-Governador

Presidente da CLDF

Líderes da maioria e da minoria na CLDF

Procurador-Geral do DF

Quatro cidadãos

Compete ao Conselho de Governo pronunciar-se sobre questões relevantes

suscitadas pelo Governo do DF, incluída a estabilidade das instituições e os

problemas emergentes de grave complexidade e magnitude.

6. (CESPE – DFTRANS/GDF – 2008) Integram o Conselho de Governo,

órgão superior de consulta do governador do DF, o vice-governador do DF, o

presidente da CLDF e o presidente do TCDF.

Conforme o quadro esquemático dos membros do Conselho de Governo

apresentado, o presidente do TCDF não participa do conselho. Dentre os

agentes públicos participam o Governador e seu Vice, o Presidente e os lideres

da maioria e minoria da Câmara Legislativa e o Procurador-Geral do DF. Além

de 4 cidadãos que preencham os requisitos.

Gabarito: ERRADO

7. (FUNIVERSA – SES/DF – 2009) O Conselho de Governo é o órgão

superior de consulta do Governador do Distrito Federal, que o preside e do qual

participam:

I. o Vice-Governador do Distrito Federal;

II. o Presidente da Câmara Legislativa;

Os membros não recebem qualquer remuneração!

Brasileiros natos

Residentes no DF há 10+ anos

Maiores de 30 anos

Dois nomeados pelo GovernadorDois indicados pela CLDF

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III. os líderes da maioria e da minoria na Câmara Legislativa;

IV. o Presidente do Tribunal de Contas do Distrito Federal;

V. quatro cidadãos brasileiros natos, residentes no Distrito Federal há pelo menos

cinco anos.

É certo o que se afirma em:

(A) I e V.

(B) I, III e V.

(C) I, II e III.

(D) I, IV e V.

(E) II e V.

Das opções dadas, o presidente do TCDF não participa do Conselho de Governo,

bem como os quatro cidadãos que participam devem residir no DF há pelo menos

10 anos. Portanto, os itens corretos são: I, II e III.

Gabarito: C

Crimes de Responsabilidade

A competência para legislar sobre Direito Penal é privativa da União, então a

LODF limita-se a reproduzir o que consta da CF/88.

São crimes de responsabilidade os atos...

das seguintes autoridades:

• Governador e Vice

• Secretários de Estado

• Procurador-Geral

• Comandante da Polícia Militar

que atentem contra:

• Constituição Federal;

• Lei Orgânica do DF;

• Existência da União e do DF;

• Livre exercício do Poder Executivo e do

Qualquer cidadão, partido político, associação ou entidade sindical

pode denunciar os três à CLDF por crime de responsabilidade.

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• Comandante do Corpo de Bombeiros

Militar

• Diretor-Geral da Polícia Civil

• Dirigentes e servidores da administração

pública direta e indireta

Poder Legislativo ou de outras autoridades

constituídas;

• Exercício dos direitos políticos, individuais e

sociais;

• Segurança interna do País e do DF;

• Probidade na administração;

• Lei orçamentária;

• Cumprimento das leis e das decisões

judiciais.

• A recursa em atender a convocação da CLDF

ou suas comissões também configura crime

de responsabilidade.

Na nossa aula demonstrativa estudamos os foros por prerrogativa de função, e

lá aprendemos quem é competente para julgar quem nos casos de crime comum e

de responsabilidade. Como estamos novamente tratando de crimes de

responsabilidade, vamos aproveitar parte do quadro utilizado na aula 0 para

relembrar o assunto.

CF/88: Art. 105. Compete ao STJ: I - processar e julgar, originariamente:

a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal.

LODF: Art. 103. Admitida acusação contra o Governador, por dois terços da Câmara Legislativa, será ele submetido a julgamento perante o STJ, nas infrações penais comuns, ou perante a própria CLDF(*), nos crimes de responsabilidade.

Lei 11.697/2008: Art. 8º. Compete ao TJDFT: I – processar e julgar originariamente:

a) nos crimes comuns e de responsabilidade, os Governadores dos Territórios, o Vice-Governador do Distrito Federal e os Secretários dos Governos do DF e dos Territórios, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;

LODF:

Art. 107. Os Secretários de Estado(**)

serão, nos crimes comuns e nos de responsabilidade, processados e julgados pelo TJDFT, ressalvada a competência dos órgãos judiciários federais.

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ATENÇÃO!

PONTOS POLÊMICOS

(*) Tramita no STF a ADI 3.466/DF, na qual se questiona a constitucionalidade

do julgamento do Governador pela CLDF nos crimes de responsabilidade. O

argumento se baseia na ADI 1.628/SC, quando o Supremo decidiu que “a

definição de crimes de responsabilidade e a regulamentação do processo e do

julgamento são de competência da União”, e que a regra a ser obedecida é

aquela contida na Lei 1079/50. Esta determina que o Governador seja julgado

por um “tribunal composto de cinco membros do Legislativo e de cinco

desembargadores sob a presidência do Presidente do Tribunal de Justiça

local”. Esse tribunal é conhecido como Tribunal Misto Especializado.

Até que o STF julgue a ação específica do DF, o dispositivo continua valendo

para a prova. Mas fique esperto porque a banca pode cobrar conhecimento da

questão, uma vez que há entendimento firmado na ADI 1.628/SC pela

inconstitucionalidade.

(**) Os Secretários de Estado também foram citados no Art. 101-A da LODF, e

nesse caso o dispositivo afirma que o julgamento, no crime de

responsabilidade, se dará perante a própria Câmara Legislativa.

A compatibilização dos dispositivos pode ser feita com a simetria do art. 52, I,

CF/88. Ali, o Senado Federal julga os Ministros de Estado apenas nos crimes

de responsabilidade conexos com o do Presidente ou Vice.

Portanto, nos crimes de responsabilidade, os Secretários de Estado serão

julgados, em regra, pelo TJDFT. E nos casos conexos com o Governador,

pela CLDF, sem esquecer a questionável constitucionalidade que acabamos de

estudar.

O Governador ficará suspenso de suas funções:

• nos crimes comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo STJ;

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. • nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pela CLDF

Após 180 dias sem julgamento concluído, cessa o afastamento do Governador.

A condenação do Governador ou do Vice-Governador implica a destituição do

cargo, sem prejuízo das demais sanções legais cabíveis.

Quanto às demais autoridades, serão afastadas imediatamente do cargo quando

admitida a denúncia de crime de responsabilidade pela CLDF. Enquanto a

LODF dispõe que os Secretários de Estado serão afastados do exercício de suas

funções se acolhida a denúncia pela pratica de crime de responsabilidade pelo

TJDFT.

8. (CESPE – SE/GDF – 2009) Conforme disposto na LODF, ficam

suspensos de suas funções o governador do DF e seu secretário da Fazenda que

cometem crime comum, desde que a denúncia do crime seja recebida pelo

Tribunal de Justiça do DF.

Conforme vimos, no caso dos crimes comuns do Governador, ele ficará

suspenso de suas funções caso a denúncia seja recebida pelo STJ. A LODF prevê

também que os Secretários de Estado sejam afastados do exercício de suas

funções caso a denúncia seja acolhida pela CLDF ou pelo TJDFT, conforme o

caso.

Gabarito: ERRADO

Sistema de Planejamento e Orçamento do DF

O planejamento do desenvolvimento do DF é um processo, que deve atender

aos princípios da participação, da coordenação, da integração e da

continuidade das ações governamentais. Ou seja, envolve a participação dos

mais diversos agentes interessados, deve ser organizado na forma de processo, e

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existir um plano de médio e longo prazo a ser seguido, para que possa ser dada

continuidade às ações públicas, evitando desperdícios de recursos e obras

inacabadas. Por isso, o resultado desse planejamento é determinante para o

setor público, pois fica vinculado ao que os instrumentos de planejamento

estabelecem, e serve de indicativo para o setor privado, por demonstrar o norte

que o governo deve seguir.

Planejamento do GDF

Determinante para o setor público.

Indicativo para o setor privado.

De acordo com sua Lei Orgânica, o DF organiza seu processo de planejamento

incorporando e compatibilizando os seguintes planos e instrumentos:

• Plano Diretor de Ordenamento Territorial – PDOT e os Planos de

Desenvolvimento Local – PDLs;

• Ações de integração com a região do entorno do DF;

• Plano de desenvolvimento econômico e social do DF – PDES;

• Plano plurianual – PPA;

• Plano anual de governo – PAG;

• Diretrizes orçamentárias – LDO;

• Orçamento anual – LOA.

A figura a seguir demonstra graficamente a lógica do processo de planejamento

do desenvolvimento do DF. Em seguida iremos detalhar cada um desses

instrumentos e documentos.

PPA

PDOT

PDES Ações de integração com a região do entorno do DF.

Plano Anual de Governo

Planos de Desenvolvimento Local

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Como instrumentos e documentos formais, há a necessidade de aprovação por

meio de lei. Os planos mais abrangentes (PDOT e Planos de Desenvolvimento

Local) são aprovados por meio de lei complementar, enquanto os demais por

meio de lei ordinária.

PDOT

PDLs

PDES

PPA

LDO

LOA

Plano Diretor de Ordenamento Territorial – PDOT

Este é o instrumento básico da política de expansão e desenvolvimento urbanos.

Possui natureza permanente, é de longo prazo, e norteia a elaboração de todos

os demais instrumentos de planejamento utilizados do DF. Sua vigência é de 10

Lei Complementar

Lei Ordinária

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anos, podendo ser revisto a cada 5 anos, salvo para adequação ao zoneamento

ecológico-econômico, por motivos excepcionais e por interesse público

comprovado.

Compete ao Poder Executivo a condução do processo de discussão e elaboração

do PDOT, bem como sua implementação. Por outro lado, a aprovação do PDOT

se dará por meio de lei complementar, portanto, discutida e aprovada no âmbito

do Poder Legislativo. A Lei Orgânica dispõe ainda que fica garantida a

participação popular nas fases de elaboração, aprovação, implementação,

avaliação e revisão do Plano.

O PDOT deve abranger todo o espaço físico do território e estabelecer o

macrozoneamento com critérios e diretrizes gerais para uso e ocupação do solo,

definir estratégias de intervenção sobre o território, apontando os programas e

projetos prioritários, bem como a utilização dos instrumentos de ordenamento

territorial e de desenvolvimento urbano. Tem como princípio assegurar a função

social da propriedade, mediante o atendimento das necessidades dos cidadãos

quanto à qualidade de vida, à preservação do meio ambiente, à justiça social e ao

desenvolvimento das atividades econômicas. Deve considerar as restrições

estabelecidas para as Unidades de Conservação instituídas no território do

Distrito Federal, e obedecer às demais diretrizes e recomendações da Lei Federal

para a Política Urbana Nacional.

A LODF define um conteúdo mínimo para o PDOT, mas pessoal, não se

preocupem em decorar, uma lida nesse conteúdo serve para ajudar a compreender

melhor seu conteúdo e sua função dentro do processo de planejamento do

Distrito Federal.

O PDOT deve conter, no mínimo:

• Densidades demográficas para a macrozona urbana;

• Delimitação das zonas especiais de interesse social;

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• Delimitação das áreas urbanas onde poderão ser aplicados parcelamento,

edificação ou utilização compulsórios;

• Delimitação das Unidades de Planejamento Territorial;

• Limites máximos a serem atingidos pelos coeficientes de aproveitamento

da macrozona urbana;

• Definição de áreas nas quais poderão ser aplicados os seguintes

instrumentos:

o Direito de preempção;

o Outorga onerosa do direito de construir;

o Outorga onerosa da alteração de uso;

o Operações urbanas consorciadas;

o Transferência do direito de construir;

• Caracterização da zona que envolve o conjunto urbano tombado em limite

compatível com a visibilidade e a ambiência do bem protegido;

• Sistema de gerenciamento, controle, acompanhamento e avaliação do

PDOT.

9. (CESPE – SE/GDF – 2009) O Plano Diretor de Ordenamento Territorial

(PDOT) do DF é o instrumento básico das políticas de ordenamento territorial e

de expansão e desenvolvimento urbano do DF, devendo abranger, nos termos da

LODF, apenas a área urbana local, desconsideradas as restrições estabelecidas

para as unidades de conservação instituídas no território do DF.

De acordo com o que acabamos de estudar o PDOT é sim o instrumento básico

das políticas de ordenamento territorial e de expansão e desenvolvimento urbano

do DF, mas deve abranger TODO o espaço físico do território, e não só a área

urbana, além de CONSIDERAR a restrições estabelecidas para as Unidades de

Conservação instituídas no território do DF.

Gabarito: ERRADO

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PPP

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Planos de Desenvolvimento Local - PDLs

Enquanto o PDOT é o instrumento básico das políticas de ordenamento

territorial e de expansão e desenvolvimento urbano, os Planos de

Desenvolvimento Local são definidos como instrumentos complementares, em

conjunto com a Lei de Uso e Ocupação do Solo. No que se refere ao sitio urbano

tombado e inscrito como Patrimônio Cultural da Humanidade, o Plano de

Desenvolvimento Local será representado pelo Plano de Preservação do

Conjunto Urbanístico de Brasília.

A vigência dos PDLs é de 5 anos, prorrogável por até mais 5 anos, por meio de

lei complementar específica. É possível que seja feita sua revisão anual,

também por meio de lei complementar específica, podendo ser encaminhada

por iniciativa popular ou pelo Poder Executivo quando comprovado o

interesse público. De forma análoga ao PDOT, é garantida a participação

popular nas fases de elaboração, aprovação, implementação, avaliação e

revisão dos planos.

Esses instrumentos (básico e os complementares) são parte integrante do

processo contínuo de planejamento urbano.

PDOT PDLs

Instrumento básico complementares

Vigência 10 anos 5 + 5(*) anos

Iniciativa Poder Executivo Poder Executivo

Desde que seu prazo total não ultrapasse a vigência do PDOT, uma vez que há o prazo de 3 anos, após o início da vigência do PDOT, para encaminhamento à CLDF dos Planos de Desenvolvimento Local.

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Lei Complementar Complementar

Participação Popular Sim Sim

Revisão cada 5(**) anos Anual(***)

(*) lei complementar específica(**) pode ser antes dos 5 anos no caso de adequação ao zoneamento ecológico-econômico, por motivos excepcionais e por interesse público comprovado. (***) lei complementar específica com comprovado interesse público, e cabe iniciativa popular.

Os Planos de Desenvolvimento Local tratarão das questões específicas das

Regiões Administrativas e das ações que promovam o desenvolvimento

sustentável de cada localidade, integrando áreas rurais e urbanas, assim como

detalharão a aplicação dos instrumentos de política urbana previstos no PDOT.

Serão elaborados por Unidades de Planejamento Territorial, a partir do

agrupamento das Regiões Administrativas definidas no PDOT, em função da

forma e da natureza das relações sociais e suas interações espaciais, além de

fatores socioeconômicos, urbanísticos e ambientais. Como conteúdo mínimo

obrigatório, a LODF traz para os Planos de Desenvolvimento Local o seguinte:

• Projetos especiais de intervenção urbana;

• Indicação de prioridades e metas das ações a serem executadas;

• Previsões orçamentárias relativas aos serviços e às obras a serem

realizados.

Atenção! Por determinação da LODF, as propostas integrantes

do PDOT e dos PDLs devem constar no PPA, na LDO e na LOA.

Integração com a região do entorno

Implantada, Brasília exerceu atração sobre as demais regiões do país,

principalmente sobre a população carente dos municípios vizinhos, pela

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existência de uma ampla infra-estrutura social no DF, em especial, nas áreas de

saúde e educação.

A alta concentração urbana decorrente desta corrente migratória criou sérios

desequilíbrios econômicos e sociais entre o DF e os municípios vizinhos. A

maior parte da população de baixa renda está concentrada fora do Plano Piloto e

mesmo para além dos limites do DF, formando o que se denomina Entorno do

DF.

Vimos na Aula 1 que o DF, na execução de seu programa de desenvolvimento

econômico-social, buscará a integração com a região do entorno. As ações de

integração com a região do entorno do DF são constituídas pelo conjunto de

políticas para o desenvolvimento das áreas do entorno, com vistas à integração e

harmonia com o DF, em regime de co-responsabilidade com as unidades da

Federação às quais pertencem, preservada a autonomia administrativa e

financeira das unidades envolvidas.

Embora seja apresentado pela LODF como plano e instrumento, normalmente a

integração com a região do entorno integra o PPA, não constituindo peça

independente.

Plano de Desenvolvimento Econômico-Social do DF – PDES

O PDES do DF é o instrumento que estabelece as diretrizes gerais, define os

objetivos e políticas globais e setoriais que orientarão a ação governamental

para a promoção do desenvolvimento sócio-econômico do DF, no período de 4

anos. Aprovado por meio de lei ordinária, o PDES terá vigência coincidente

com o mandato do Governador e no primeiro ano será encaminhado pelo Poder

Executivo, até dois meses e meio após sua posse, e devolvido pelo Legislativo

para sanção até dois meses antes do encerramento do primeiro período da

sessão legislativa.

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Na elaboração do PDES devem ser observadas as seguintes premissas:

• As demandas da sociedade civil e os planos e políticas econômicas e

sociais de instituições não governamentais que condicionem o

planejamento governamental;

• As diretrizes estabelecidas no PDOT , nos PDLs, e as ações de

integração com a região do entorno do DF;

• Os planos e políticas do Governo Federal;

• Os planos regionais que afetem o DF.

E devem ser consideradas ainda as seguintes condicionantes:

• Singular condição de Brasília como Capital Federal;

• Condição de Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade;

• Compatibilização do ordenamento da ocupação e uso do solo com a

concepção urbanística do Plano Piloto e Cidades Satélites e com a

contenção da especulação, da concentração fundiária e imobiliária e da

expansão desordenada da área urbana;

• Concepção do DF que pressupõe limitada extensão territorial como

espaço modelar;

• Concepção do DF como pólo científico, tecnológico e cultural;

• Superação da disparidade sociocultural e econômica existente entre as

Regiões Administrativas;

• Defesa do meio ambiente e dos recursos naturais, em harmonia com a

implantação e expansão das atividades econômicas, urbanas e rurais, ou

seja, o desenvolvimento sustentável.

• Necessidade de elevar progressivamente os padrões de qualidade de vida

de sua população;

Encaminhado até 15 de março Devolvido para sanção até 30 de abril

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Enquanto o modelo federal fala em forma regionalizada, a LODF previu que o PPA seja estruturado por RA.

• Condição do trabalhador como fator preponderante da produção de

riquezas;

• Participação da sociedade civil, por meio de mecanismos democráticos,

no processo de planejamento;

• Articulação e integração dos diferentes níveis de governo e das

respectivas entidades administrativas;

• Adoção de políticas que viabilizem a geração de empregos e o aumento

da renda.

Plano Plurianual – PPA

O PPA é o instrumento de médio prazo que o GDF dispõe para estabelecer, por

Região Administrativa, as diretrizes, objetivos e metas (DOM), quantificadas

física e financeiramente, da administração pública do DF, para as despesas de

capital e outras delas decorrentes, bem como para as relativas a programas de

duração continuada. Será elaborado em consonância com o PDOT e com o

PDES, para o período de 4 anos, a contar do exercício financeiro subseqüente,

com vistas ao desenvolvimento econômico e social do DF, podendo ser revisto

ou modificado quando necessário, mediante lei específica.

2011 2012 2013 2014 2015

Mandato do Governador

PDES 2011/2014

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Encaminhado até 15 de março Devolvido para sanção até 30 de abril

Encaminhado até 15 de maio Devolvido para sanção até 30 de junho

PPA 2012/2015

Embora a vigência do PPA seja deslocada do PDES em um exercício financeiro,

os prazos para encaminhamento pelo Governador e devolução pelo Legislativo

para sanção são iguais.

Atenção! Enquanto na União há uma espécie de “vácuo” normativo no

primeiro ano do mandato, quando a LDO é encaminhada e votada antes do

PPA, no DF os prazos seguem a ordem cronológica conforme o encadeamento

dos instrumentos: 1º PPA; 2º LDO; 3º LOA.

Como o PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo, com duração

para além de um único exercício financeiro, fica proibido o início de qualquer

investimento, cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, sem sua

inclusão no PPA, sob pena de crime de responsabilidade.

Plano Anual de Governo - PAG

O plano anual de Governo é instrumento básico que estabelece os objetivos,

diretrizes e políticas que orientarão a ação governamental para o exercício

subseqüente e serve de base para elaboração das diretrizes orçamentárias.

Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO

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A LDO, cujo projeto é proposto pelo Executivo e aprovado pelo Legislativo,

de forma compatível com o PPA, é instrumento básico que compreende as metas

e prioridades da Administração Pública do DF e:

• Incluirá as despesas de capital para o exercício subseqüente;

; • Disporá sobre as alterações da legislação tributária

• Estabelecerá a política tarifária das entidades da administração indireta;

• Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de

fomento;

• Definirá a política de pessoal de curto prazo da administração direta e

indireta;

• Orientará a elaboração da lei orçamentária anual .

Estabelecerá procedimentos de ligação entre o planejamento de médio e longo

prazo e cada orçamento anual, de modo a ensejar continuidade de ações e

programas que, iniciados em um governo, tenham prosseguimento no

subseqüente. O projeto de lei da LDO será encaminhado até sete meses e meio

antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido pelo Legislativo para

sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa.

10. (CESPE – PGR/DF – 2004) A lei de diretrizes orçamentárias deve

compreender as metas e prioridades da administração pública, incluindo as

despesas de capital para o exercício financeiro seguinte, orientar a elaboração da

lei orçamentária anual e, ainda, dispor sobre os critérios e a forma de limitação

de empenho nas hipóteses previstas na lei de responsabilidade fiscal.

A questão vai um pouco além do que consta na LODF, pois inclui como um dos

itens da LDO a forma de limitação de empenho nas hipóteses previstas na LRF.

E é a LRF quem dita que a LDO deve dispor sobre as formas de limitação de

empenho. No entanto, a LODF já informa que a LDO deve compreender as

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metas e prioridades, trazer as despesas de capital para o exercício seguinte, e

nortear a elaboração da LOA.

Gabarito: CERTO

11. (CESPE – PGR/DF – 2004) A lei de diretrizes orçamentárias deve conter

as alterações na legislação tributária, de forma que, se determinado tributo for

criado, este somente poderá ser cobrado após a aprovação da lei orçamentária.

Uma das funções da LDO é dispor sobre as alterações na legislação tributária.

Mas de forma alguma isso vincula a cobrança de determinado tributo, criado ou

majorado, após a aprovação da LOA.

Gabarito: ERRADO

Lei Orçamentária Anual – LOA

Conforme a LODF, o orçamento público do DF, expressão física, social,

econômica e financeira do planejamento governamental, será documento

formal de decisões sobre a alocação de recursos e instrumento de consecução,

eficiência e eficácia da ação governamental. Já vimos na Aula Demonstrativa que

as Administrações Regionais são órgãos administrativos, e para eles devem ser

destinados recursos orçamentários em nível compatível, com critério a ser

definido em lei, prioritariamente para o atendimento de despesas de custeio e de

investimento, indispensáveis a sua gestão.

A LOA, que traz o detalhamento financeiro das receitas e das despesas para o

exercício subseqüente ao de sua aprovação, tem forma de lei ordinária e deve

ser compatível com os demais instrumentos, como o PDOT, PDES, PPA e

LDO.

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Pelo princípio da universalidade, o orçamento deve conter todas as despesas e

receitas dos órgãos distritais. Por orçamento entende-se os créditos iniciais,

contidos na LOA, acrescidos dos créditos adicionais, em leis específicas. Assim,

é proibido o início de programas ou projetos não incluídos na LOA (inicial ou

por meio de créditos) ou mesmo a realização de despesas ou a assunção de

obrigações diretas que excedam aos créditos orçamentários ou adicionais.

O orçamento, embora uno (princípio da unidade), é composto pelo:

• Orçamento fiscal referente aos Poderes do Distrito Federal, seus fundos,

órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações

instituídas ou mantidas pelo Poder Público;

• Orçamento de investimento das empresas em que o Distrito Federal,

direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a

voto;

• Orçamento de seguridade social, abrangidas todas as entidades e órgãos

a ela vinculados, da administração direta e indireta, bem como os fundos e

fundações instituídos ou mantidos pelo Poder Público. Compreenderá

receitas e despesas relativas a saúde, previdência, assistência social e

receita de concursos de prognósticos, incluídas as oriundas de

transferências, e será elaborado com base nos programas de trabalho dos

órgãos incumbidos de tais serviços, integrantes da administração direta e

indireta.

No DF o orçamento deve ser detalhado por Região Administrativa, e tem entre

suas funções a redução das desigualdades inter-regionais. Assim, integrarão o

Projeto de LOA:

• Os objetivos, metas e prioridades por RA .

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• Identificação do efeito sobre as receitas e despesas, decorrente de

isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira,

tributária e creditícia;

• Demonstrativo da situação do endividamento, no qual se evidenciará para

cada empréstimo o saldo devedor e respectivas projeções de

amortização e encargos financeiros correspondentes a cada semestre do

ano da proposta orçamentária.

• Previsão de recursos provenientes de transferências, inclusive aqueles

oriundos de convênios, acordos, ajustes ou instrumentos similares com

outras esferas de governo e os destinados a fundos.

• Dotação específica para as despesas com publicidade. Assim, o DF

busca dar mais transparência aos seus gastos, deixando segregados, com

fácil identificação, os gastos com publicidade e propaganda.

12. (CESPE – DFTRANS/GDF – 2008) A LODF estabelece que o

orçamento anual do DF deve ser detalhado por região administrativa.

Perfeito! Vimos que no caso do DF, desde o PPA, que deve ser estruturado por

Região Administrativa, até a LOA, que consignará recursos orçamentários para

cada Administração Regional (órgão) em nível compatível, com critério a ser

definido em lei, prioritariamente para o atendimento de despesas de custeio e de

investimento, indispensáveis a sua gestão.

Gabarito: CERTO

Pelo princípio da exclusividade, a LOA não deve conter dispositivo estranho à

previsão da receita e à fixação da receita, excluindo-se da proibição:

• A autorização para a abertura de créditos suplementares ;

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Encaminhado até 15 de setembro Devolvido para sanção até 15 de dezembro

, inclusive por antecipação de • A contratação de operações de crédito

receita (ARO);

• A forma da aplicação do superávit ou o modo de cobrir o déficit.

O projeto de LOA será encaminhado até três meses e meio antes do

encerramento do exercício financeiro em curso e devolvido pelo Legislativo para

sanção até o encerramento do segundo período da sessão legislativa.

No caso do Poder Executivo não cumprir o prazo de encaminhamento do

PLOA, o Legislativo considerará como PLOA a LOA vigente, com os valores

iniciais, atualizados monetariamente. Atenção ao fato de que não se incluirão os

créditos adicionais aprovados ao longo do exercício, são tomados como

referência apenas os valores iniciais da LOA anterior.

Para quem se perguntar o que acontece se for o Legislativo quem não devolver o

PLOA para sanção, para que seja enfim convertido em Lei, até o final do

exercício, essa hipótese não está prevista na LODF, e sim na LDO. Na hipótese

de o PLOA não ter sido convertido em lei até 31 de dezembro, a programação

dele constante poderá ser executada, em cada mês, até o limite de um doze avos

do total de cada dotação, na forma do encaminhado à Câmara Legislativa, até a

publicação da lei.

Durante a tramitação do PLOA na CLDF, o Poder Executivo deve colocar à

disposição do Legislativo todas as informações sobre o endividamento do DF.

Emendas

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Como os instrumentos de planejamento recebem a forma de Lei, estão sujeitos à

emendas parlamentares quando tramitam na Câmara Legislativa. No caso das

emendas à LOA, essas somente serão admitidas caso:

• Sejam compatíveis com o PPA e com a LDO;

• Indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de

anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:

o Dotações para pessoal e seus encargos;

o Serviço da dívida;

• Sejam relacionadas com:

o A correção de erros ou omissões;

o Os dispositivos do texto do projeto de lei.

Pessoal, para aqueles que desejam conhecer o assunto com maiores detalhes no

âmbito do Distrito Federal, a LDO costuma restringir ainda mais as

possibilidades de emendas parlamentares. Maiores detalhes constam da LDO

2011 do DF (Lei nº 4499/2010), em seus artigos 27 e 28.

Já as emendas à LDO somente poderão ser aprovadas se compatíveis com o

PPA.

As emendas serão apresentadas à comissão competente da CLDF, que sobre elas

emitirá parecer. Enquanto a votação de uma parte dos projetos de lei de PPA,

LDO e LOA não for iniciada nesta comissão, o Governador pode enviar

mensagem para propor modificações aos projetos.

13. (CESPE – PGR/DF – 2004) A lei orçamentária anual é de iniciativa do

Poder Executivo, mas admite emenda parlamentar que vise criar nova despesa,

independentemente da anulação de outras despesas.

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Vimos que o PLOA pode sim receber emendas parlamentares, mas há algumas

restrições. Só são cabíveis independente de anulação de despesas se forem

relacionadas com correção de erros ou omissões ou dispositivos do texto do

PLOA. Como a questão afirma que a emenda cuida de criar nova despesa,

obrigatoriamente deve ser indicada outra despesa para anulação e

compensação.

Gabarito: ERRADO

Créditos Adicionais

A LOA contém o que se convencionou chamar de créditos iniciais. Basicamente,

são aqueles do Projeto de LOA, encaminhado pelo Governador, com as devidas

modificações pelas emendas parlamentares, que não tenham sido vetadas e

tenham, portanto, sido transformadas em Lei, a LOA. No decorrer do exercício, a

LOA pode ser modificada, por meio dos créditos adicionais.

Seguindo o modelo federal, o DF dispõe dos três tipos de créditos adicionais:

• Suplementares, destinados a reforço de dotação orçamentária, e

dependem de prévia autorização legislativa, com indicação dos

recursos para financiar o crédito. Tem a função de suprir uma falha

quantitativa de planejamento, quando uma ação foi prevista, mas não no

montante correto.

• Especiais, destinados a despesas para as quais não haja dotação

orçamentária específica, e dependem de prévia autorização legislativa,

com indicação dos recursos para financiar o crédito. Atende às despesas

imprevistas, que não foram incluídas na LOA e, portanto, não há um

Programa de Trabalho com tal finalidade.

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• Extraordinários, destinados a despesas imprevisíveis e urgentes, como

as decorrentes de guerra ou calamidade pública. Nesse caso, como o

crédito é aberto antes da autorização legislativa, por seu caráter

excepcional, será objeto de apreciação pela Câmara Legislativa no prazo

de trinta dias. Atenção! O DF não dispõe de Medida Provisória,

portanto, os créditos extraordinários são abertos por decreto do

Governador.

Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro

em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos

últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de

seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro

subsequente.

Qualquer proposição que implique alteração, direta ou indireta, em dotações de

pessoal e encargos sociais deverá ser acompanhada de demonstrativos da

última posição orçamentária e financeira, bem como de suas projeções para o

exercício em curso.

As proposições de créditos adicionais que envolvam anulação de dotações de

pessoal e encargos sociais somente poderão ser apresentadas à CLDF no último

trimestre do exercício financeiro relativo à LOA.

A LODF traz uma das fontes de créditos adicionais, que diz respeito aos

recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do PLOA, ficarem

sem despesas correspondentes. Lembrando que no caso dos suplementares e

especiais há necessidade de prévia autorização legislativa.

14. (FUNIVERSA – ADASA/DF – 2009) Embora seja o orçamento uma

peça rígida, não é imutável e poderá sofrer alterações. Dessa forma, embora a

LODF preveja que o empenho da despesa não poderá exceder o limite dos

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créditos concedidos, dispõe que o orçamento poderá sofrer alterações no decorrer

do exercício financeiro, mediante a criação de

(A) despesas adicionais.

(B) ativos adicionais.

(C) passivos adicionais.

(D) créditos adicionais.

(E) registros de compensação.

Conforme acabamos de ver, a alteração dos créditos adicionais se dá por meio

dos créditos adicionais, sejam eles suplementares, especiais ou

extraordinários.

Gabarito: D

15. (FUNIVERSA – ADASA/DF – 2009) Os créditos suplementares e

especiais necessitam de autorização do Poder Legislativo para serem abertos.

Dessa forma, eles são autorizados por

(A) lei e abertos por decreto executivo.

(B) medida provisória e abertos por lei.

(C) medida provisória e abertos por decreto legislativo.

(D) medida provisória e abertos por decreto executivo.

(E) lei e abertos por medida provisória.

No caso dos créditos suplementares e especiais, o rito a ser seguido é o de

prévia autorização legislativa e posterior abertura por parte do Poder Executivo.

A autorização se dá por meio de lei, enquanto a abertura acontece por meio de

decreto.

Gabarito: A

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16. (FUNIVERSA – ADASA/DF – 2009) Assinale a alternativa correta em

relação aos créditos extraordinários.

(A) Tem a finalidade de prover os entes públicos de complementos em dotações

orçamentárias.

(B) São utilizados para os gastos cuja dotação orçamentária não foi prevista.

(C) São utilizados em casos de guerra ou calamidade pública, ou seja, para

despesas urgentes e imprevistas.

(D) São utilizados para cobertura de despesas essenciais não considerados na Lei

do Orçamento.

(E) Tem a finalidade de prover o Poder Executivo de recursos necessários às suas

atividades até o limite estabelecido em lei.

Os créditos extraordinários são destinados as despesas imprevisíveis e urgentes.

Por exemplo, para os casos de guerra ou calamidade pública, em que a urgência

não permite que se aguarde a tramitação de lei na Câmara Legislativa, e o caráter

excepcional não permitia que fosse previsto o gasto com antecedência. A letra

“C” da questão utiliza o termo “imprevistas”, que era utilizado na Lei 4.320/64,

e não é tão preciso quanto o “imprevisível”. Mas como se trata de uma questão

de múltipla escolha, não há outra alternativa mais adequada a ser marcada, senão

ela.

Gabarito: C

Orçamento e Finanças Públicas

Há ainda algumas regras a respeito do orçamento do DF constantes da Lei

Orgânica do DF que devemos estudar.

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Os projetos de PPA, LDO e LOA serão organizados e compatibilizados, em

todos os seus aspectos setoriais, pelo órgão central de planejamento do DF,

representado hoje pela Subsecretaria de Planejamento e Orçamento –

SPO/SEPLAG. Ao serem encaminhados à Câmara Legislativa, aquela mesma

comissão que emitirá parecer sobre as emendas é responsável por examinar e

emitir parecer sobre esses projetos de lei, e também sobre as contas

apresentadas anualmente pelo Governador do DF.

17. (CESPE – SGA/GDF – 2005) Tratando-se do plano plurianual, diretrizes

orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e

empréstimos externos a qualquer título a ser contraídos pelo Distrito Federal,

cabe à CLDF deliberar com a sanção ou veto do Governador.

O item é correto. O que mais nos interessa nesse momento são os Projetos de

PPA, LDO e LOA. Em todos os casos, a iniciativa dos projetos é do Poder

Executivo, que, conforme vimos, tem prazo certo para cada instrumento para

encaminhar à CLDF, que por sua vez tem prazo certo para devolvê-los para

sanção (ou veto) do Governador.

Encaminhamento

do Projeto à CLDF

Devolução para sanção

ou veto do Governador

PDES 15 de março 30 de abril

PPA 15 de março 30 de abril

LDO 15 de maio 30 de junho

LOA 15 de setembro 15 de dezembro

Gabarito: CERTO

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De forma análoga à CF, a LODF traz algumas proibições que ainda não tratamos,

portanto é vedada:

• A realização de operações de crédito que excedam ao montante das

despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos

suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pela

Câmara Legislativa, por maioria absoluta. É o que conhecemos por

Regra de Ouro. Busca evitar que o Estado se endivide para cobrir gastos

correntes.

• A vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa,

ressalvada a destinação de recursos para manutenção e desenvolvimento

do ensino, bem como a prestação de garantias às operações de crédito

por antecipação de receita (ARO). Trata-se do princípio da não-

afetação. Atenção ao fato de que a vedação não atinge os tributos como

um todo, e sim apenas os impostos.

• A transposição, remanejamento ou transferência de recursos de uma

categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem

prévia autorização legislativa. Ou seja, para que haja uma mudança na

programação orçamentária é preciso que se elabore um projeto de lei de

crédito adicional, ou que haja legislação autorizando o remanejamento.

. Toda programação, todo • A concessão ou utilização de créditos ilimitados

crédito existente na LOA, deve ter um valor, fixado e finito. Não é

permitido que uma despesa seja autorizada sem que se imponha um valor.

• A utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos do

orçamento fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir

déficit de empresas, fundações e fundos.

• A instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização

legislativa.

• A concessão de subvenções ou auxílios do Poder Público a entidades de

previdência privada.

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18. (CESPE – PGR/DF – 2004) Pelo princípio da universalidade, todas as

receitas e despesas da administração devem estar previstas na lei orçamentária. O

princípio da não afetação determina a vedação de vinculação de receita de

impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas algumas hipóteses previstas na

Constituição Federal.

O princípio da universalidade diz respeito exatamente à questão da LOA

incorporar todas as receitas e despesas. Também, o princípio da não afetação (ou

não vinculação) é que proíbe que a arrecadação de impostos seja vinculada à

órgão, fundo ou despesa, ressalvadas as hipóteses constantes da CF, que a

LODF reproduz naquilo que é de sua competência: destinação de recursos para

manutenção e desenvolvimento do ensino, e prestação de garantias às

operações de crédito por antecipação de receita (ARO).

Gabarito: CERTO

19. (CESPE – DFTRANS/GDF – 2008) À administração pública do DF é

vedada a concessão de subvenções ou auxílios a entidades de previdência

privada.

Dentre as vedações que a LODF traz, inclui-se a concessão de subvenções e

auxílios do Poder Público a entidades de previdência privada.

Gabarito: CERTO

De forma a buscar evitar coação entre Poderes, a LODF determina que os

recursos financeiros correspondentes às dotações orçamentárias da Câmara

Legislativa e do Tribunal de Contas do Distrito Federal serão repassados em

duodécimos, até o dia vinte de cada mês, em cotas estabelecidas na

programação financeira, exceto em caso de investimento, em que se obedecerá

ao cronograma estabelecido. E para permitir melhor controle da dívida pública, o

Poder Executivo encaminhará à CLDF, até o último dia de cada mês, a posição

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contábil da dívida fundada interna e externa e da dívida flutuante do Poder

Público no mês anterior.

Quanto às Finanças Públicas, a LODF começa trazendo algumas regras em torno

das finanças públicas do DF. Interessam-nos mais aquelas peculiares ao Distrito

Federal, uma vez que nosso objetivo aqui não é estudar Administração

Financeira e Orçamentária, e sim as especificidades da nossa Lei Orgânica.

O agente financeiro do Tesouro do DF é o Banco de Brasília S.A – BRB. Toda

a arrecadação de receitas de competência do DF será recolhida ao BRB, onde

devem ser depositados e movimentados toda a disponibilidade de caixa e os

recursos colocados à disposição dos órgãos da administração direta, bem como

das autarquias e fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público e das

empresas públicas e sociedades de economia mista e demais entidades em que o

Distrito Federal, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com

direito a voto. Ou seja, a Conta Única do GDF é movimentada no BRB, e a

LODF define que todo o pagamento aos servidores e empregados públicos do DF

deve ser feito pelo Banco de Brasília, ainda que os servidores sejam custeados

por recursos oriundos de repasses feitos pela União.

Despesas de Pessoal

Cabe lembrar que no DF, a despesa com pessoal ativo e inativo ficará sujeita aos

limites estabelecidos na LRF. A concessão de qualquer vantagem ou aumento

de remuneração, a criação de cargos ou alteração da estrutura de carreiras,

bem como a admissão de pessoal, a qualquer título, por órgãos e entidades da

administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas ou mantidas pelo

Poder Público, só poderão ser feitas:

• Se houver prévia dotação orçamentária, suficiente para atender às

projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;

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, ressalvadas as empresas • Se houver autorização específica na LDO

públicas e as sociedades de economia mista.

Relatório Resumido de Execução Orçamentária – RREO

Ao encerramento de cada bimestre, o Poder Executivo dispõe de 30 dias para

publicar o relatório resumido da execução orçamentária, referente a todos os

órgãos e de todos os Poderes, do qual constarão:

• As receitas, despesas e a evolução da dívida pública da administração

direta e indireta em seus valores mensais;

• Os valores realizados desde o início do exercício até o último bimestre

objeto da análise financeira;

• Relatório de desempenho físico-financeiro.

20. (CESPE – PGR/DF – 2004) O relatório resumido da execução

orçamentária deve ser elaborado e publicado pelo Poder Executivo, mas

englobará todos os poderes dos entes da Federação, inclusive o Ministério

Público e o Tribunal de Contas, se houver.

Vimos que o Poder Executivo é o responsável por publicar até 30 dias após cada

bimestre o RREO. A questão na verdade vai um pouco além do texto da LODF,

pois é a LRF quem regulamenta que o RREO deve compreender todos os

Poderes, inclusos ai Ministério Público e Tribunais de Contas.

Gabarito: CERTO

A LRF traz novos componentes para o RREO, mas para nossa prova vamos ficar apenas no que consta da LODF.

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Conselho de Governo

Membros

Governador – Presidente do Conselho

Vice-Governador

Presidente da CLDF

Líderes da maioria e da minoria na CLDF

Procurador-Geral do DF

Quatro cidadãos

São crimes de responsabilidade os atos...

das seguintes autoridades:

• Governador e Vice

• Secretários de Estado

• Procurador-Geral

• Comandante da Polícia Militar

• Comandante do Corpo de Bombeiros

Militar

• Diretor-Geral da Polícia Civil

• Dirigentes e servidores da administração

pública direta e indireta

que atentem contra:

• Constituição Federal; • Lei Orgânica do DF; • Existência da União e do DF; • Livre exercício do Poder Executivo e do

Poder Legislativo ou de outras autoridades constituídas;

• Exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;

• Segurança interna do País e do DF; • Probidade na administração; • Lei orçamentária; • Cumprimento das leis e das decisões

judiciais. • A recursa em atender a convocação da

CLDF ou suas comissões também configura crime de responsabilidade.

Qualquer cidadão, partido político, associação ou entidade sindical

pode denunciar os três à CLDF por crime de responsabilidade.

Os membros não recebem qualquer remuneração!

Brasileiros natos

Residentes no DF há 10+ anos

Maiores de 30 anos

Dois nomeados pelo Governador

Dois indicados pela CLDF

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O Governador ficará suspenso de suas funções:

• nos crimes comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo STJ;

. • nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pela CLDF

Após 180 dias sem julgamento concluído, cessa o afastamento do Governador.

A condenação do Governador ou do Vice-Governador implica a destituição do

cargo, sem prejuízo das demais sanções legais cabíveis.

Quanto às demais autoridades, serão afastadas imediatamente do cargo quando

admitida a denúncia de crime de responsabilidade pela CLDF. Enquanto a

LODF dispõe que os Secretários de Estado serão afastados do exercício de suas

funções se acolhida a denúncia pela pratica de crime de responsabilidade pelo

TJDFT.

Sistema de Planejamento e Orçamento do DF

O planejamento do GDF é determinante para o setor público, e indicativo para

o setor privado, e obedece ao fluxograma abaixo.

PPA

LDO

LOA

Revisão do PPA

Acompanhamento Execução Orçamentária

Avaliação do PPA

PDOT

PDES Ações de integração com a região do entorno do DF.

Plano Anual de Governo

Planos de Desenvolvimento Local

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A aprovação dos instrumentos de se dá por meio de Lei, conforme o caso:

PDOT

PDLs

PDES

PPA

LDO

LOA

.

PDOT PDLs

Instrumento básico complementares

Vigência 10 anos 5 + 5(*) anos

Iniciativa Poder Executivo Poder Executivo

Participação Popular Sim Sim

Revisão cada 5(**) anos Anual(***)

(*) prorrogação por meio de lei complementar específica, e deve limitar-se à vigência do PDOT. (**) pode ser antes dos 5 anos no caso de adequação ao zoneamento ecológico-econômico, por motivos excepcionais e por interesse público comprovado. (***) lei complementar específica com comprovado interesse público, e cabe iniciativa popular.

2011 2012 2013 2014 2015

Mandato do Governador

PDES 2011/2014

PPA 2012/2015

Lei Complementar Lei Ordinária

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.

Encaminhamento

do Projeto à CLDF

Devolução para sanção

ou veto do Governador

PDES 15 de março 30 de abril

PPA 15 de março 30 de abril

LDO 15 de maio 30 de junho

LOA 15 de setembro 15 de dezembro

.

- A regionalização do PPA e o detalhamento da LOA, com objetivos, metas e

prioridades, devem ser feitos por Região Administrativa. Com a função de

reduzir as desigualdades inter-regionais.

- Todo o planejamento e orçamento do DF buscará a integração com a região

do entorno.

- As despesas com publicidade devem possuir dotação específica na LOA.

- O agente financeiro do Tesouro do DF é o Banco de Brasília S.A – BRB.

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QUESTÕES COMENTADAS NA AULA

1. (FUNIVERSA – SES/DF – 2009) De acordo com a Lei Orgânica do

Distrito Federal, várias são as condições de elegibilidade para governador e vice-

governador do DF. Assinale a alternativa que corresponde à idade mínima para

concorrer a esses cargos.

(A) 40 e 35 anos, respectivamente.

(B) 35 anos para ambos.

(C) 30 anos para ambos.

(D) 35 e 30 anos, respectivamente.

(E) 21 anos para ambos.

2. (CESPE – SEAPA/GDF – 2009) A nomeação e a exoneração dos

servidores da administração pública direta competem privativamente ao

governador do DF.

3. (CESPE – SGA/AAJ – 2005) Um Deputado Distrital pretendia

apresentar projeto de lei determinando a cisão da procuradoria do Meio

Ambiente, Patrimônio Urbanístico e Imobiliário. Um assessor, no entanto,

aconselhou o deputado a não fazer isso, valendo-se da argumentação de que

compete privativamente ao governador do DF a iniciativa das leis sobre essa

matéria. Nessa situação, tinha razão o assessor.

4. (FUNIVERSA – SES/GDF – 2006) Assinale a alternativa incorreta.

São competências privativas do Governador do DF:

(A) representar o DF perante o Governo da União e das Unidades da Federação,

bem como em suas relações jurídicas, políticas, sociais e administrativas.

(B) nomear e exonerar secretários de Estado.

(C) nomear e exonerar o Presidente da CLDF e do TCDF.

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(D) exercer, com auxílio dos Secretários de Estado, a direção superior da

administração do DF.

(E) vetar projetos de lei, total ou parcialmente.

5. (FUNIVERSA – SES/DF – 2009) Segundo a LODF, no art. 105, compete

aos Secretários de Estados, dentre outras atribuições:

I. expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;

II. apresentar ao Governador relatório bienal de sua gestão;

III. praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou

delegadas pelo Governador;

IV. comparecer à Câmara Legislativa ou a suas comissões, nos casos e para os

fins que entender conveniente;

V. delegar a seus subordinados, por ato expresso, atribuições previstas na

legislação.

A quantidade de itens corretos é igual a:

(A) 1 (B) 2 (C) 3 (D) 4 (E) 5

6. (CESPE – DFTRANS/GDF – 2008) Integram o Conselho de Governo,

órgão superior de consulta do governador do DF, o vice-governador do DF, o

presidente da CLDF e o presidente do TCDF.

7. (FUNIVERSA – SES/DF – 2009) O Conselho de Governo é o órgão

superior de consulta do Governador do Distrito Federal, que o preside e do qual

participam:

I. o Vice-Governador do Distrito Federal;

II. o Presidente da Câmara Legislativa;

III. os líderes da maioria e da minoria na Câmara Legislativa;

IV. o Presidente do Tribunal de Contas do Distrito Federal;

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V. quatro cidadãos brasileiros natos, residentes no Distrito Federal há pelo menos

cinco anos.

É certo o que se afirma em:

(A) I e V.

(B) I, III e V.

(C) I, II e III.

(D) I, IV e V.

(E) II e V.

8. (CESPE – SE/GDF – 2009) Conforme disposto na LODF, ficam

suspensos de suas funções o governador do DF e seu secretário da Fazenda que

cometem crime comum, desde que a denúncia do crime seja recebida pelo

Tribunal de Justiça do DF.

9. (CESPE – SE/GDF – 2009) O Plano Diretor de Ordenamento Territorial

(PDOT) do DF é o instrumento básico das políticas de ordenamento territorial e

de expansão e desenvolvimento urbano do DF, devendo abranger, nos termos da

LODF, apenas a área urbana local, desconsideradas as restrições estabelecidas

para as unidades de conservação instituídas no território do DF.

10. (CESPE – PGR/DF – 2004) A lei de diretrizes orçamentárias deve

compreender as metas e prioridades da administração pública, incluindo as

despesas de capital para o exercício financeiro seguinte, orientar a elaboração da

lei orçamentária anual e, ainda, dispor sobre os critérios e a forma de limitação

de empenho nas hipóteses previstas na lei de responsabilidade fiscal.

11. (CESPE – PGR/DF – 2004) A lei de diretrizes orçamentárias deve conter

as alterações na legislação tributária, de forma que, se determinado tributo for

criado, este somente poderá ser cobrado após a aprovação da lei orçamentária.

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12. (CESPE – DFTRANS/GDF – 2008) A LODF estabelece que o

orçamento anual do DF deve ser detalhado por região administrativa.

13. (CESPE – PGR/DF – 2004) A lei orçamentária anual é de iniciativa do

Poder Executivo, mas admite emenda parlamentar que vise criar nova despesa,

independentemente da anulação de outras despesas.

14. (FUNIVERSA – ADASA/DF – 2009) Embora seja o orçamento uma

peça rígida, não é imutável e poderá sofrer alterações. Dessa forma, embora a

LODF preveja que o empenho da despesa não poderá exceder o limite dos

créditos concedidos, dispõe que o orçamento poderá sofrer alterações no decorrer

do exercício financeiro, mediante a criação de

(A) despesas adicionais.

(B) ativos adicionais.

(C) passivos adicionais.

(D) créditos adicionais.

(E) registros de compensação.

15. (FUNIVERSA – ADASA/DF – 2009) Os créditos suplementares e

especiais necessitam de autorização do Poder Legislativo para serem abertos.

Dessa forma, eles são autorizados por

(A) lei e abertos por decreto executivo.

(B) medida provisória e abertos por lei.

(C) medida provisória e abertos por decreto legislativo.

(D) medida provisória e abertos por decreto executivo.

(E) lei e abertos por medida provisória.

16. (FUNIVERSA – ADASA/DF – 2009) Assinale a alternativa correta em

relação aos créditos extraordinários.

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(A) Tem a finalidade de prover os entes públicos de complementos em dotações

orçamentárias.

(B) São utilizados para os gastos cuja dotação orçamentária não foi prevista.

(C) São utilizados em casos de guerra ou calamidade pública, ou seja, para

despesas urgentes e imprevistas.

(D) São utilizados para cobertura de despesas essenciais não considerados na Lei

do Orçamento.

(E) Tem a finalidade de prover o Poder Executivo de recursos necessários às suas

atividades até o limite estabelecido em lei.

17. (CESPE – SGA/GDF – 2005) Tratando-se do plano plurianual, diretrizes

orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e

empréstimos externos a qualquer título a ser contraídos pelo Distrito Federal,

cabe à CLDF deliberar com a sanção ou veto do Governador.

18. (CESPE – PGR/DF – 2004) Pelo princípio da universalidade, todas as

receitas e despesas da administração devem estar previstas na lei orçamentária. O

princípio da não afetação determina a vedação de vinculação de receita de

impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas algumas hipóteses previstas na

Constituição Federal.

19. (CESPE – DFTRANS/GDF – 2008) À administração pública do DF é

vedada a concessão de subvenções ou auxílios a entidades de previdência

privada.

20. (CESPE – PGR/DF – 2004) O relatório resumido da execução

orçamentária deve ser elaborado e publicado pelo Poder Executivo, mas

englobará todos os poderes dos entes da Federação, inclusive o Ministério

Público e o Tribunal de Contas, se houver.

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GABARITO

1. C

2. CERTO

3. CERTO

4. C

5. C

6. ERRADO

7. C

8. ERRADO

9. ERRADO

10. CERTO

11. ERRADO

12. CERTO

13. ERRADO

14. D

15. A

16. C

17. CERTO

18. CERTO

19. CERTO

20. CERTO