aula 03

54
CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS PROF. GRACIANO ROCHA AULA 03 Saudações, caro aluno! No encontro de hoje, trataremos da execução orçamentária e financeira no âmbito da Administração. Estudaremos as etapas e estágios pelos quais passam a receita e a despesa públicas. Posteriormente, veremos algumas lições sobre o SIAFI e o SIDOR, sistemas utilizados no âmbito federal para administração financeira e elaboração orçamentária. O SIDOR, na verdade, está sendo aposentado, dando lugar a um novo sistema, o SIOP; porém, enquanto esse processo não se reflete em questões de provas, vamos estudando dessa forma mesmo. Muito bem, vamos lá. Boa aula! GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 1

Upload: luis-antonio

Post on 30-Jul-2015

86 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

AULA 03

Saudações, caro aluno!

No encontro de hoje, trataremos da execução orçamentária e financeira no

âmbito da Administração. Estudaremos as etapas e estágios pelos quais

passam a receita e a despesa públicas.

Posteriormente, veremos algumas lições sobre o SIAFI e o SIDOR, sistemas

utilizados no âmbito federal para administração financeira e elaboração

orçamentária.

O SIDOR, na verdade, está sendo aposentado, dando lugar a um novo

sistema, o SIOP; porém, enquanto esse processo não se reflete em questões

de provas, vamos estudando dessa forma mesmo.

Muito bem, vamos lá. Boa aula!

GRACIANO ROCHA

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 1

Page 2: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

Previsão

A previsão da receita orçamentária é a estimativa para a arrecadação

durante o exercício, estimativa essa que tomará forma nos valores

consignados pela LOA.

O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público relaciona esse estágio a

uma fase de planejamento executado pela área técnica do governo, com

base na "Metodologia de Projeção das Receitas Orçamentárias".

Conforme o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP),

"Esta metodologia busca traduzir matematicamente o comportamento da arrecadação de uma determinada receita ao longo dos meses e anos anteriores e refleti-la para os meses ou anos seguintes, utilizando-se de modelos matemáticos".

A importância do estágio da previsão para o orçamento está em sua influência

sobre a fixação da despesa, cujo montante não poderá, em princípio,

superar a arrecadação estimada (princípio do equilíbrio formal). Assim, é

esperado que a previsão da receita obedeça a rigorosos modelos de projeção,

já que dela dependerá a definição do volume do orçamento seguinte.

Essa característica técnica que deve permear a previsão orçamentária

impede, por exemplo, que se façam alterações na estimativa de arrecadação a

partir de critérios políticos ou circunstanciais, conforme indica o seguinte

dispositivo da Lei de Responsabilidade Fiscal:

Art. 12, § 1°. Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal.

Portanto, os cálculos feitos pelos técnicos do Executivo não poderão ser

suplantados por opiniões sem perfil "científico" e objetivo, digamos assim.

Como isso cai na prova?

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 2

EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA - EXECUÇÃO DA RECEITA

Page 3: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

1. (CESPE/ANALISTA/STF/2008) A estimativa de arrecadação da receita é

resultante da metodologia de projeção das receitas orçamentárias.

2. (FCC/ANALISTA/TRT-23/2007) Só será admitida a reestimativa de receita

por parte do Poder Legislativo se comprovado erro ou omissão de ordem

técnica ou legal.

A questão 1 está CERTA. Como vimos, há uma metodologia estabelecida no

âmbito do governo para se implementar a previsão da receita.

A questão 2 é a reprodução fiel do dispositivo da LRF destacado mais acima,

sobre a reestimativa de receita por parte do Legislativo. Questão CERTA.

Lançamento

Como dissemos, o MCASP correlaciona o supracitado estágio da previsão a

uma fase de planejamento das receitas, e considera os próximos três estágios

abrangidos pela fase de execução da receita orçamentária.

Assim, o lançamento da receita já faz parte de sua execução. Segundo o art.

53 da Lei 4.320/64,

O lançamento da receita é o ato da repartição competente que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta".

É importante registrar que nem todas as receitas percorrem o estágio do

lançamento. A Lei 4.320/64 firma o seguinte:

Art. 52. São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato.

Assim, para lançar uma receita, conforme o Código Tributário Nacional, deve-

se identificar o fato gerador da obrigação, calcular o montante devido,

identificar o devedor e, se for o caso, propor a penalidade cabível. E esses

passos não são aplicáveis a diversos tipos de receita. Veja-se, por exemplo, o

caso das transferências, ou das operações de crédito: não há "devedor" em

sentido tributário, não há crédito fiscal a se lançar, penalidade aplicável etc.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 3

Page 4: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

Como isso cai na prova?

3. (FCC/ANALISTA/MP-SE/2009) O procedimento administrativo tendente a

verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente,

determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido,

identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da

penalidade cabível, corresponde ao estágio da receita pública denominado

(A) recolhimento.

(B) arrecadação.

(C) previsão.

(D) lançamento.

(E) fixação.

4. (CESPE/ANALISTA/MIN. INTEGRAÇÃO/2009) Todas as receitas públicas

devem passar pelo estágio do lançamento, em que se verifica a ocorrência

do fato gerador da obrigação correspondente, calcula-se o montante

devido, identifica-se o sujeito passivo e, sendo o caso, propõe-se a

aplicação da penalidade cabível.

A descrição dos procedimentos feita no enunciado da questão 3 indica,

facilmente, o estágio do lançamento. Gabarito: D.

Na questão 4, há uma abordagem em sentido oposto àquilo que acabamos de

estudar. Vários tipos de receita, por sua própria natureza, não podem ser

objeto de lançamento. Questão ERRADA.

Arrecadação

A arrecadação envolve a entrega dos recursos devidos pelos contribuintes aos

agentes arrecadadores ou às instituições financeiras autorizadas pelo

ente recebedor, ainda sem chegada à conta do Tesouro.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 4

Page 5: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

Segundo a Lei 4.320/64, a arrecadação é o estágio em que se registra o

pertencimento da receita ao exercício financeiro. Nos dizeres do art. 35, inc. I,

"Pertencem ao exercício financeiro as receitas nele arrecadadas". Isso quer

dizer que a receita arrecadada em 2010 será contabilizada como receita de

2010, para todos os fins.

Portanto, a arrecadação não corresponde ainda à disponibilização dos

recursos financeiros para uso do ente público. Pode haver um período em

que esses recursos estejam em processamento na rede bancária, ou sob a

posse de agentes arrecadadores. De qualquer modo, a disponibilidade

financeira só se efetivará no próximo estágio, como se verá a seguir.

Como isso cai na prova?

5. (FCC/TÉCNIC0/TRF-01/2006) Entre a arrecadação de tributos e o

recolhimento há a distinção de

(A) guarda e entrega de valor.

(B) diferença entre a previsão e a arrecadação.

(C) meios de que se valem os agentes arrecadadores.

(D) responsabilidade do contribuinte.

(E) natureza do crédito.

6. (CESPE/TÉCNIC0/MPU/2010) O estágio do recolhimento de uma receita

pública corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro, efetuada

pelos contribuintes ou devedores aos agentes arrecadadores ou

instituições financeiras autorizadas pelo ente.

Na questão 5, para diferenciar a arrecadação dos valores junto à rede

autorizada de agentes e o recolhimento efetivo ao caixa público, o ponto

principal é a distinção entre guarda e entrega efetiva dos recursos. Gabarito:

A.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 5

Page 6: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

A questão 6 faz uma troca entre os nomes dos estágios. As características

acima pertencem ao estágio da arrecadação, e não ao do recolhimento.

Questão ERRADA.

Recolhimento

O estágio do recolhimento consiste na entrega, pelos agentes arrecadadores e

pela rede bancária autorizada, do produto da arrecadação ao caixa do Tesouro,

correspondendo à efetiva disponibilização de recursos ao ente público.

Segundo o MCASP, nesse estágio, deve ser observado o Princípio da

Unidade de Caixa, representado pelo controle centralizado dos recursos

arrecadados.

Assim se manifesta a Lei 4.320/64 sobre esse estágio:

Art. 56. O recolhimento de tôdas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.

Como isso cai na prova?

7. (FCC/TÉCNIC0/TCM-PA/2010) O recolhimento de todas as receitas far-se-

á em estrita observância ao princípio de unidade de tesouraria, vedada

qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.

A questão 7 reproduz o teor do art. 56 da Lei 4.320/64, sem alteração de

sentido. Questão CERTA.

EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA - DESPESA

O MCASP indica a existência de três etapas referentes à despesa orçamentária:

o planejamento, a execução e o controle/avaliação.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 6

Page 7: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

Planejamento

A principal fase do planejamento da despesa é a fixação. No Manual, a fixação

é discriminada nos seguintes termos:

A fixação da despesa refere-se aos limites de gastos, incluídos nas leis orçamentárias com base nas receitas previstas, a serem efetuados pelas entidades públicas. A fixação da despesa orçamentária insere-se no processo de planejamento e compreende a adoção de medidas em direção a uma situação idealizada, tendo em vista os recursos disponíveis e observando as diretrizes e prioridades traçadas pelo governo.

A fixação da despesa ganha corpo nas dotações da LOA e dos créditos

adicionais, e representa o teto máximo que pode ser atingido pelos gastos

públicos durante o exercício.

As provas tratam a fixação como um dos "estágios" percorridos pela despesa

orçamentária. Assim, sendo chamada de fase, ou de estágio, considere a

fixação como parte do processamento da despesa, ligada ainda à etapa de

planejamento.

O MCASP informa que a fixação é finalizada com a autorização dada pelo

Legislativo ao aprovar o projeto de lei orçamentária ou de créditos adicionais.

A etapa de planejamento da despesa compreende ainda os seguintes passos:

• descentralização de créditos: nem sempre a despesa será executada

diretamente pela unidade beneficiada pelo crédito orçamentário

(detalharemos isso mais adiante, nesta aula). Antes da execução da

despesa, pode haver movimentações de créditos entre unidades do

mesmo órgão/entidade ou de órgãos/entidades diferentes, por

razões quaisquer. Isso não altera a finalidade ou o objeto do gasto; como

diz o MCASP, "a única diferença é que a execução da despesa

orçamentária será realizada por outro órgão ou entidade";

• programação orçamentária e financeira: consiste na compatibilização

do fluxo dos pagamentos com o fluxo dos recebimentos, visando ao ajuste

da despesa fixada às novas projeções de resultados e da arrecadação;

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 7

Page 8: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

• processo de licitação e contratação: como regra, os entes públicos

deverão realizar procedimentos licitatórios para a aquisição de bens e

serviços, por ordem constitucional (art. 37, inc. XXI). Assim, a partir de

uma licitação, ou de um processo de dispensa/inexigibilidade de licitação,

define-se o profissional ou empresa a se contratar, junto a quem serão

obtidos os bens/serviços de necessidade do ente público. Entretanto,

deve-se considerar que nem toda despesa será executada a partir de

um procedimento licitatório: nesse ponto, pode-se citar, por exemplo,

o pagamento de pessoal e de encargos sociais, ou a amortização da

dívida.

Como isso cai na prova?

8. (FCC/ANALISTA/TRE-SE/2007) A fixação da despesa é caracterizada pela

Lei do Orçamento.

9. (CESPE/CONTADOR/IPAJM-ES/2010) As descentralizações, a exemplo das

transferências e transposições, modificam o valor da programação ou de

suas dotações orçamentárias.

A questão 8 está CERTA. Como visto, a fixação da despesa é um processo

plural, realizado a partir de diretrizes e prioridades fixadas pelo governo, e que

se finaliza com a autorização do Legislativo, com a aprovação do projeto de

LOA.

A questão 9 também está ERRADA. Como visto, as descentralizações de

créditos alteram apenas a unidade responsável pela execução orçamentária.

Execução da despesa

Desde a Lei 4.320/64, a execução da despesa é subdividida em três estágios,

que são "fregueses frequentes" em provas de concursos: o empenho, a

liquidação e o pagamento. Vamos estudá-los com calma.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 8

Page 9: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

Primeiro estágio: empenho. Como já falamos, a despesa deve ser

executada a partir das deliberações de um agente legitimado para tanto. A

legislação dá a esse agente a denominação de "ordenador de despesas".

O empenho foi conceituado pela lei como uma obrigação pendente para o

Estado. As pendências que transformarão o empenho numa despesa efetiva

serão resolvidas no próximo estágio, a liquidação.

Vejamos o que a Lei 4.320/64 fala sobre o estágio do empenho:

Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. Art. 59 - O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos. (...) Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. § 1° Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a emissão da nota de empenho. § 2° Será feito por estimativa o empenho da despesa cujo montante não se possa determinar. § 3° É permitido o empenho global de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento. Art. 61. Para cada empenho será extraído um documento denominado "nota de empenho " que indicará o nome do credor, a representação e a importância da despesa bem como a dedução desta do saldo da dotação própria.

O "limite dos créditos concedidos", citado no art. 59, significa o total

autorizado para o tipo de despesas executado. Se a autorização destinada a

um órgão, para compra de material de expediente, por exemplo, foi de R$ 10

milhões, os empenhos não poderão ultrapassar esse valor.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 9

Page 10: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

Atualmente, com a utilização do SIAFI, há suficiente controle

contábil/eletrônico sobre o total autorizado para os diferentes tipos de

despesa, de forma que essa preocupação da lei, expedida em 1964,

encontra-se suprida.

A nota de empenho é o documento que comprova a emissão do empenho, e

que atesta a reserva de dotação para atender a despesa. É um comprovante

de "fundos orçamentários". Entretanto, há situações em que, por permissão

legal, a nota pode não ser emitida (por exemplo, pagamento da

remuneração de servidores públicos).

A nota de empenho, além de garantia de crédito disponível para executar a

despesa, pode ser utilizada como documento substituto de termos de

contratos da Administração com particulares. Essa é uma possibilidade

prevista no art. 62 da Lei 8.666/93:

Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço.

ATENÇÃO! Já é uma questão manjada em provas misturar a

possibilidade de "não emissão da nota de empenho" com a "não emissão

do empenho". Não há despesa sem prévio empenho, sem exceções. Não

perca esse ponto fácil.

Vamos tecer também alguns comentários sobre os tipos de empenho:

ordinário, global e por estimativa.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 10

Page 11: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

Empenho ordinário. O empenho ordinário, como faz pensar seu nome, é

entendido como o empenho "normal", "comum". Mas, nesse âmbito, o que é

normal ou comum?

Vamos pensar em despesas as mais simples: há uma contratação, cujo valor já

está determinado, e sua quitação se dará por meio de um só pagamento. A

Administração contrata o fornecedor, este entrega o bem ou serviço e recebe

por ele. Pá-pum.

Assim, empenhos ordinários se referem a despesas de valor determinado,

para pronto pagamento.

Empenho por estimativa. Por sua vez, os empenhos por estimativa são

empregados para processamento de despesas sem valor conhecido

previamente. Os exemplos mais comuns são de despesas recorrentes, de

prestação variável, como contas de telefone, água e luz. Nesses casos, o

empenho por estimativa é registrado e vai sendo executado aos poucos,

para cobrir as faturas que vão chegando.

Pelo fato de conter apenas uma estimativa de gasto, o empenho por estimativa

implica ajustes à sua execução. Se, ao final, para cobrir a despesa, for

necessário um montante maior que o saldo do empenho por estimativa,

será necessário reforçar o empenho; se, após a finalização da despesa,

restar um saldo do empenho por estimativa, procede-se à anulação desse

saldo.

Empenho global. No empenho global, temos acumuladas características dos

dois outros, já vistos: o pagamento é feito em parcelas, assim como ocorre

com o empenho por estimativa, mas o valor da despesa é determinado, tal

qual na hipótese de empenho ordinário.

O empenho global é utilizado para execução de despesas contratuais e outras,

sujeitas a parcelamento, como prestação de serviços contínuos ou

realização de obras, que tiveram a fixação de seu valor no instrumento

contratual assinado entre a Administração e o fornecedor.

Como isso cai na prova?

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 11

Page 12: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

10. (FCC/ANALISTA/TRE-AM/2009) A nota de empenho indicará o nome do

credor, a especificação e a importância da despesa, bem como a dedução

desta do saldo da dotação própria.

11. (FCC/ANALISTA/TCE-AM/2008) A realização de despesa sem prévio

empenho é permitida quando não se pode determinar o montante exato

da despesa.

12. (FCC/ANALISTA/TRE-SP/2006) O empenho da despesa poderá exceder o

limite dos créditos concedidos à unidade orçamentária, desde que

autorizado pelo Poder Legislativo.

13. (FCC/AUDITOR/TCE-SP/2008) Não é permitido o empenho global de

despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento.

14. (FCC/PROCURADOR/TCE-AL/2008) Será feito por estimativa o empenho

da despesa cujo montante não se possa determinar.

A questão 10 reproduziu o teor do art. 61 da Lei 4.320/64. Questão CERTA.

Como já falamos, não existe despesa sem prévio empenho, sem exceção. A

questão 11 está ERRADA.

A questão 12 toca em outra vedação da Lei 4.320/64: os empenhos não

podem ultrapassar o limite concedido pelas dotações orçamentárias. Questão

ERRADA.

O empenho global é destinado justamente a atender despesas contratuais e

outras, sujeitas a parcelamento. A questão 13 também está ERRADA.

A questão 14 indicou a previsão correta para a utilização do empenho por

estimativa. Questão CERTA.

Segundo estágio: liquidação. Vejamos os dispositivos legais aplicáveis à

liquidação:

Lei 4.320/64, Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 12

Page 13: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. § 1° Essa verificação tem por fim apurar: I - a origem e o objeto do que se deve pagar; II - a importância exata a pagar; III - a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação. § 2° A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá por base: I - o contrato, ajuste ou acordo respectivo; II - a nota de empenho; III - os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.

Como visto nas disposições acima, na liquidação, faz-se uma conferência

documental para atestar que a despesa empenhada foi realizada, ou seja,

confirmar a ocorrência do fato gerador da despesa: um serviço foi prestado,

um produto foi entregue, uma obra foi construída etc.

É necessário, para tanto, que sejam verificados pela unidade responsável os

documentos fiscais, atestados de recebimento, comprovantes de prestação de

serviço, nota de empenho etc., conforme o caso.

Como isso cai na prova?

15. (FCC/AUDIT0R/TCE-MG/2005) A liquidação de despesa consiste na

verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e

documentos comprobatórios do respectivo crédito. Com relação a essa

verificação é INCORRETO afirmar que tem por fim apurar

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 13

Page 14: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

(A) a origem e o objeto do que se deve pagar.

(B) os comprovantes da entrega do material ou da prestação do serviço.

(C) a importância exata a pagar.

(D) a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.

(E) a origem e o objeto do que se deve pagar e a importância exata a

pagar.

16. (CESPE/ANATEL/ANALISTA/2006) O pagamento de despesas poderá

existir sem a apresentação de documentos processados pela

contabilidade. Nesse caso, a autoridade competente apresentará, ao

ordenador de despesas, posteriormente, sua justificativa e autorização da

unidade gestora para tal atitude.

Das opções da questão 15, o único item não apurado no estágio da liquidação

diz respeito aos "comprovantes da entrega do material ou da prestação do

serviço". Esses comprovantes servem justamente para legitimar as

informações que se verificam na liquidação. Gabarito: B.

A questão 16 peca ao assumir a possibilidade de pagamento de despesas sem

certificação documental (feita na liquidação). Questão ERRADA.

Terceiro estágio: pagamento. Novamente, vamos começar pela legislação:

Art. 64. A ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa seja paga. Art. 65. O pagamento da despesa será efetuado por tesouraria ou pagadoria regularmente instituídos por estabelecimentos bancários credenciados e, em casos excepcionais, por meio de adiantamento.

Nesse estágio, novamente, temos a autoridade competente (o ordenador de

despesas) determinando a execução dos atos relativos à despesa

orçamentária.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 14

Page 15: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

No caso da efetivação do pagamento, a redação do art. 65 da Lei está meio

"atrasada"; tesourarias e pagadorias funcionando junto aos órgãos públicos

não correspondem mais à realidade. Hoje em dia, maciçamente, os

pagamentos se dão por via bancária.

Como isso cai na prova?

17. (FCC/PR0CURAD0R/TCE-MG/2007) O pagamento da despesa só será

efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.

18. (CESPE/C0NTAD0R/DPU/2010) As despesas não liquidadas poderão ser

pagas no próprio exercício se houver disponibilidade financeira suficiente.

A questão 17 reproduz corretamente o espírito da lei, que não permite

sequência diferente na execução da despesa. Questão CERTA.

A questão 18 está ERRADA: "pulou-se" o estágio da liquidação para se realizar

o pagamento, o que é vedado pela legislação.

MECANISMOS DE DESCENTRALIZAÇÃO

Em estudos iniciais de AFO, é possível misturamos os conceitos de "crédito" e

"recurso". Vale a pena distinguir inicialmente essas palavras, que têm uma

relação muito próxima.

A palavra "crédito", na contabilidade pública, tem a ver com a autorização

orçamentária para o gasto, e a palavra "recurso" corresponde ao aspecto

financeiro do orçamento, ou seja, ao dinheiro cuja utilização foi autorizada

mediante a edição do crédito.

Na administração financeira/orçamentária, verificam-se fatos ligados ao

orçamento que envolvem reflexos financeiros e outros que implicam apenas

lançamentos contábeis (fatos estritamente orçamentários).

No caso da execução da despesa, inicialmente ocorrem fatos

orçamentários, no nascimento e na confirmação da obrigação a pagar, e o

impacto financeiro é registrado ao final, com a quitação junto ao credor.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 15

Page 16: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

Pois bem, antes de se chegar à execução da despesa em termos de

estágios, ou seja, antes do empenho, pode haver algumas transações entre

órgãos e entidades, com o emprego dos créditos autorizados e os recursos

correspondentes.

Como vimos anteriormente, na etapa de planejamento da despesa está

compreendida a fase de "descentralização de créditos". Isso significa que

certo órgão ou entidade, por alguma razão, decide não executar

diretamente a despesa, mas transferir esse encargo a outro órgão/entidade.

Nesse sentido, é importante ressaltar uma informação que vimos nos

estudos sobre as etapas da despesa pública. A descentralização de

créditos de uma unidade para outra não altera nada na classificação da

despesa. Apenas o responsável pela execução é que muda.

A ideia é que a autorização dada pelo Legislativo, ao aprovar o projeto

de LOA, continue sendo respeitada, embora a unidade responsável pela f • A/ M A/ • • • Mm | • • • | _ aphcaçao dos recursos nao seja mais a indicada inicialmente.

Como isso cai na prova?

19. (CESPE/C0NSULT0R/SEFAZ-ES/2009) Enquanto a execução orçamentária

se refere à utilização dos recursos consignados no orçamento ou na LOA,

a execução financeira representa a utilização de créditos financeiros. Na

técnica orçamentária, reserva-se o termo recurso para designar o lado

orçamentário e crédito para o lado financeiro.

20. (CESPE/C0NTAD0R/DPU/2010) A descentralização de créditos

orçamentários transfere a programação para outra unidade orçamentária.

A questão 19 inverteu os conceitos: "recurso" diz respeito ao lado financeiro, e

"crédito", ao lado orçamentário. Questão ERRADA.

Como já visto, a descentralização de créditos não muda nada na classificação

da despesa, nem mesmo a unidade orçamentária responsável. Apenas a

execução prática é transferida. A questão 20 está ERRADA.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 16

Page 17: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

Instrumentos de descentralização

Bom, agora que temos o alicerce pronto, vamos ao miolo.

A "primeira descentralização de créditos", digamos assim, ocorre logo que a

LOA é aprovada. A partir desse momento, com a certeza de quantas e quais

dotações serão atribuídas às unidades orçamentárias, a Secretaria de

Orçamento Federal transfere os dados relativos ao orçamento para o SIAFI,

sistema em que se dará a execução orçamentária.

Assim, as unidades titulares dos créditos orçamentários recebem dotações,

espécie que estou chamando de "primeira descentralização de créditos". Como

já está assentado, isso representa a autorização para a realização de

despesas.

A partir daí, antes de realizar a despesa, as descentralizações de créditos

orçamentários podem se dar entre órgãos/entidades de estruturas

diferentes (descentralização externa) ou entre unidades de um mesmo

órgão/entidade (descentralização interna).

A descentralização externa, entre estruturas diferentes, é chamada de

destaque. A descentralização interna denomina-se provisão.

Portanto, em termos orçamentários, temos, inicialmente, a dotação, liberada

pela SOF para as unidades titulares dos créditos; e depois temos o destaque

e a provisão, referindo-se respectivamente a descentralizações externas e

internas.

Como isso cai na prova?

21. (FCC/ANALISTA/TRT-03/2009) No SIAFI, a movimentação de créditos que

consiste na transferência, de uma unidade gestora para outra, do poder

de utilizar créditos orçamentários que lhe tenham sido consignados na Lei

Orçamentária Anual é um instrumento de

(A) unificação das dotações orçamentárias.

(B) descentralização da previsão de despesas orçamentárias.

(C) centralização da arrecadação de receitas orçamentárias.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 17

Page 18: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

(D) descentralização da execução de receitas orçamentárias.

(E) descentralização da execução de despesas orçamentárias.

22. (FCC/ANALISTA/TRE-AL/2010) A descentralização externa de créditos

orçamentários realizada em nível de órgão setorial entre unidades

gestoras de Órgãos/Ministérios denomina-se:

(A) Provisão.

(B) Destaque.

(C) Dotação.

(D) Repasse.

(E) Sub-repasse.

Quanto à questão 21, a movimentação de créditos que vimos estudando diz

respeito à descentralização da execução das despesas. Gabarito: E.

Na questão 22, a descrição do enunciado se refere ao conceito de destaque.

Gabarito: B.

Movimentação financeira

Muito bem, já que falamos do lado orçamentário, vamos ao financeiro.

Traçando um paralelo com o esquema orçamentário que vimos acima, também

há uma centralização inicial dos recursos para utilização pelas unidades

gestoras e administrativas. Isso ocorre no âmbito da Secretaria do Tesouro

Nacional.

Ao contrário da SOF, que libera as dotações orçamentárias de uma vez só para

as unidades, durante o exercício financeiro a STN vai liberando os

correspondentes recursos para as unidades aos poucos, proporcionalmente

ao ritmo de execução orçamentária. Essas liberações financeiras da STN

para as unidades chamam-se cotas.

Assim, da mesma forma que existem descentralizações orçamentárias externas

e internas, também existem movimentações financeiras externas e

internas.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 18

Page 19: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

As movimentações financeiras entre órgãos/entidades de estruturas

diferentes são chamadas de repasses (movimentações externas), e as

movimentações entre unidades de uma mesma estrutura denominam-se

sub-repasses (movimentações internas).

Como isso cai na prova?

23. (FCC/ANALISTA/TRF-04/2010) Sub-repasse é a

(A) liberação de recursos do órgão central para o órgão setorial de

programação financeira.

(B) liberação de recursos dos órgãos setoriais de programação financeira

para entidades da administração indireta e entre estas e ainda de um

ministério para o outro.

(C) movimentação de créditos entre unidades gestoras de órgãos ou

entidades de estrutura diferente.

(D) movimentação de créditos entre unidades gestoras de um mesmo

órgão ou entidades integrantes do orçamento fiscal e da seguridade social.

(E) liberação de recursos dos órgãos setoriais de programação financeira

para as unidades gestoras de sua jurisdição e entre as unidades gestoras de

um mesmo ministério, órgão ou entidade.

Sub-repasse é uma movimentação financeira entre unidades que pertencem ao

mesmo contexto organizacional. Essa noção está disposta na alternativa E.

Creio que já tenha ficado evidente: o processo que ocorre no lado financeiro,

com as movimentações de recursos, é um espelho do que ocorre com as

descentralizações de créditos orçamentários.

E não é para ser diferente; o recurso deve acompanhar o crédito, dando-lhe

suporte financeiro, ou, como dizemos no dia a dia, dando "fundos" ao

crédito.

Portanto, podemos traçar um paralelo entre as figuras que acabamos de

conhecer:

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 19

Page 20: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

• as dotações orçamentárias transferidas pela SOF serão suportadas

financeiramente pelas cotas financeiras liberadas pela STN;

• os destaques orçamentários de um órgão/entidade para uma unidade

de estrutura diferente (externa) corresponderão, posteriormente, à

liberação de repasses financeiros às mesmas unidades beneficiárias;

• as provisões orçamentárias entre unidades de uma mesma estrutura

(internas) corresponderão, posteriormente, à liberação de sub-repasses

financeiros.

No site da STN, existe um diagrama interessante sobre o assunto:

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 20

Page 21: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

Acima, vemos os universos orçamentário e financeiro espelhados: a SOF

liberando dotações (apesar de não ter surgido o nome), e a STN, cotas; o

Ministério A descentralizando créditos para o Ministério B (destaque); a

unidade central do Ministério B descentralizando provisão para uma

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 21

Page 22: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

unidade do mesmo órgão, e por aí afora, exatamente como descrevemos

nos comentários acima.

Como isso cai na prova?

24. (CESPE/ANALISTA/MPU/2010) É correto afirmar que dotação orçamentária

está para cota financeira e destaque orçamentário está para repasse

financeiro, assim como provisão orçamentária está para sub-repasse

financeiro.

25. (FCC/ANALISTA/MPU/2007) Na execução orçamentária e financeira, os

termos destaque e repasse estão relacionados, respectivamente, com

(A) obtenção de autorização para créditos extraordinários e créditos

especiais.

(B) fixação da reserva de contingências e liberação financeira de créditos

adicionais.

(C) autorização de despesa orçamentária e previsão de receita

extraorçamentária.

(D) autorização orçamentária e transferência de recursos financeiros.

(E) autorização de despesa extraorçamentária e arrecadação de receita

orçamentária.

A questão 24 faz uma correlação acertada entre as figuras da descentralização

orçamentária e da movimentação financeira. Questão CERTA.

Quanto à questão 25, fixando o entendimento, destaque é uma

descentralização orçamentária externa, e repasse é uma movimentação

financeira externa, correspondente àquela primeira. Gabarito: D.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 22

Page 23: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

SIAFI

O que é o SIAFI?

"SIAFI" é a sigla para Sistema Integrado de Administração Financeira do

Governo Federal. O conceito trazido pela STN é o seguinte:

O SIAFI é um sistema informatizado que processa e controla, por meio de terminais instalados em todo o território nacional, a execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil dos órgãos da Administração Pública Direta federal, das autarquias, fundações e empresas públicas federais e das sociedades de economia mista que estiverem contempladas no Orçamento Fiscal e/ou no Orçamento da Seguridade Social da União.

Às vezes, as bancas cobram questões a respeito da história do SIAFI.

Pensando nisso, vejamos o seguinte texto, do Manual SIAFI, também

disponível no site do Tesouro Nacional:

O SIAFI, como sistema computacional, foi implantado em 1987, tornando-se, desde então, um importante instrumento para o acompanhamento e controle da execução orçamentária, financeira e contábil do governo federal, configurando-se, atualmente, no maior e mais abrangente instrumento de administração das finanças públicas, entre os seus congêneres conhecidos no mundo. Até o exercício de 1986, o governo federal enfrentava uma série de problemas de natureza administrativa que impedia a adequada gestão dos recursos públicos e dificultava a preparação do orçamento unificado, que passaria a vigorar em 1987. A implantação do SIAFI foi viabilizada a partir da criação da STN, vinculada ao Ministério da Fazenda, através do Decreto n. 92.452, de 10 de março de 1986, com o objetivo de promover a modernização e a integração dos sistemas de programação financeira, de execução orçamentária e de contabilidade dos Órgãos e Entidades Públicas do Governo Federal. O SIAFI foi utilizado inicialmente apenas pelo Poder Executivo, expandido-se de forma gradual pelos demais Poderes a partir da percepção, pelos usuários,

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 23

Page 24: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

das vantagens oferecidas pelo Sistema. Atualmente, utilizam-se do SIAFI todos os Órgãos da Administração Direta, inclusive os pertencentes aos Poderes Legislativo e Judiciário, e grande parte da Administração Indireta, faltando apenas as Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista que não compõem o Orçamento Geral da União - OGU, e as Instituições Financeiras Oficiais. As Entidades que ainda não utilizam o SIAFI têm seus saldos contábeis integrados periodicamente, para efeito de consolidação das informações econômica-financeiras do Governo Federal, à exceção das Sociedades de Economia Mista, que têm registrada apenas a participação acionária do Governo. Esta integração das informações proporciona transparência sobre o total dos recursos movimentados pela Administração Pública, tanto no que se refere à origem quanto à aplicação destes recursos a nível nacional.

Curiosamente, o SIAFI é, na verdade, "os SIAFIS". A cada ano é criado um

sistema fechado em si para a execução orçamentária, financeira, patrimonial e

contábil da Administração Federal.

O sistema "SIAFI anual" se desdobra em subsistemas, que, por sua vez, se

dividem em módulos, que se subdividem em consultas ou transações.

Assim, apesar de se destacar a vertente relativa à "administração

financeira", que inclusive é o que justifica a sigla "SIAFI", nesse sistema se

fazem registros de variadas naturezas.

No âmbito do SIAFI, há registros relativos a celebração de contratos e

convênios; há registros exclusivamente orçamentários, como a conversão

de empenhos em restos a pagar; há registros típicos de controle, como a

confirmação, por agente distinto, das operações efetuadas por outro; há

registros administrativos, como a especificação dos agentes responsáveis

pelas unidades, etc.

Com a utilização desse sistema, ao lado da adoção da Conta Única do Tesouro,

a centralização de recursos na esfera federal pôde se concretizar. Os

milhares de contas bancárias mantidas pelos órgãos e entidades federais,

antes da conta única e do SIAFI, foram extintos, e suas disponibilidades

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 24

Page 25: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

foram depositadas no caixa único. Nesse sentido, relativamente à Conta Única,

o SIAFI funciona, grosso modo, como "internet banking".

Antes disso, com a pulverização de contas bancárias, o tempo entre a

ocorrência de um fato e o levantamento de demonstrativos orçamentários,

financeiros ou patrimoniais que levassem em conta esse fato era muito grande.

Isso inviabilizava o uso gerencial das informações e diminuía o valor da

Contabilidade Pública como fornecedora de dados confiáveis.

Apesar de as disponibilidades estarem depositadas numa só conta, é mantido

um controle rígido de sua origem e de sua destinação, de forma que esse

dinheiro "não se mistura". Ou seja, mesmo com a unificação de caixa, não

houve restrição da gestão, do controle e da individualização dos recursos

a cargo de cada unidade.

Atualmente, para gerir os recursos centralizados, os mesmos métodos e

procedimentos contábeis são adotados por todos os responsáveis pelos atos

de gestão sobre esses recursos. Para se fazer lançamentos contábeis no SIAFI,

não é necessário dominar a linguagem contábil de débito e crédito em partidas

dobradas; utilizam-se os "eventos", códigos numéricos referentes a certas

operações práticas, que são interpretados pelo sistema como uma série de

lançamentos contábeis.

Em termos de abrangência, todos os órgãos da administração direta, mais as

autarquias, fundações e empresas/sociedades de economia mista

contempladas pelos orçamentos fiscal e da seguridade (aos quais se aplicam

integralmente os aspectos da contabilidade pública), todas essas unidades

estão obrigadas a utilizar o SIAFI para o registro de seus atos de gestão

financeira, contábil, patrimonial, orçamentária.

Registre-se que entidades que ficarem temporariamente responsáveis por

recursos federais não se integrarão, por isso, ao SIAFI durante o período

correspondente. Por exemplo, prefeituras ou entidades privadas que

celebrarem convênios com a Administração Federal, recebendo recursos para

execução de planos de trabalho de interesse da União, não serão abrangidas

pelo SIAFI.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 25 25

Page 26: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

Entretanto, é possível que entidades não pertencentes à Administração Federal

também utilizem o SIAFI, desde que haja autorização pela STN.

Como isso cai na prova?

26. (CESPE/CONTADOR/MIN. ESPORTE/2008) O SIAFI é um sistema

informatizado que controla a execução orçamentária, financeira,

patrimonial e contábil dos órgãos da administração pública direta federal,

das autarquias, fundações e empresas públicas federais e das sociedades

de economia mista que estiverem contempladas no orçamento fiscal e

(ou) no orçamento da seguridade social da União.

27. (CESPE/ACE/TCU/2007) O controle dos saldos e a transferência de

recursos entre as unidades gestoras são feitos pelo Sistema Integrado de

Administração Financeira (SIAFI).

28. (CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2009) A operacionalização da conta única é

efetuada por meio de documentos registrados no SIAFI.

29. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) O SIAFI foi utilizado inicialmente apenas

pelo Poder Executivo, expandindo-se de forma gradual pelos demais

poderes a partir da percepção, pelos usuários, das vantagens oferecidas

pelo sistema.

30. (CESPE/ANALISTA/STF/2008) Cabe ao SIAFI integrar e compatibilizar as

informações no âmbito dos governos federal, estadual e municipal.

A questão 26 está CERTA: foi feita uma simples cópia do texto constante do

site do Tesouro Nacional.

A questão 27 aborda uma das principais funções do SIAFI, cumprindo o papel

de "banco virtual" dos órgãos e entidades pertencentes aos orçamentos fiscal e

da seguridade. Questão CERTA.

A Conta Única tem seu saldo afetado pelos documentos emitidos no âmbito do

SIAFI, sobretudo documentos de arrecadação de receitas e ordens bancárias. A

questão 28 está CERTA.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 26

Page 27: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

A questão 29 está CERTA, também reproduzindo parte do histórico do SIAFI

constante da página do Tesouro.

A questão 30 está ERRADA. O SIAFI é destinado precipuamente às operações

dos órgãos e entidades federais (embora, excepcionalmente, outras entidades

possam utilizá-lo).

Objetivos do SIAFI

Vale a pena conhecer os objetivos do SIAFI, indicados pela STN:

• prover mecanismos adequados ao controle diário da execução

orçamentária, financeira e patrimonial aos órgãos da Administração

Pública;

• fornecer meios para agilizar a programação financeira, otimizando a

utilização dos recursos do Tesouro Nacional, através da unificação dos

recursos de caixa do Governo Federal;

• permitir que a contabilidade pública seja fonte segura e tempestiva

de informações gerenciais destinadas a todos os níveis da Administração

Pública Federal;

• padronizar métodos e rotinas de trabalho relativas à gestão dos

recursos públicos, sem implicar rigidez ou restrição a essa atividade,

uma vez que ele permanece sob total controle do ordenador de

despesa de cada unidade gestora;

• permitir o registro contábil dos balancetes dos estados e municípios

e de suas supervisionadas;

• permitir o controle da dívida interna e externa, bem como o das

transferências negociadas;

• integrar e compatibilizar as informações no âmbito do Governo

Federal;

• permitir o acompanhamento e a avaliação do uso dos recursos

públicos; e

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 27

Page 28: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

• proporcionar a transparência dos gastos do Governo Federal.

Como isso cai na prova?

31. (CESPE/ANALISTA/SERPRO/2008) É objetivo do SIAFI padronizar métodos

e rotinas de trabalho relativas à gestão dos recursos públicos,

permanecendo essa atividade, no entanto, sob o total controle do

ordenador de despesa de cada unidade gestora.

32. (CESPE/ANALISTA/TJCE/2008) Um dos principais objetivos do SIAFI é

prover mecanismos adequados ao controle mensal e anual da execução

orçamentária, financeira e patrimonial aos órgãos e entidades da

administração pública, razão pela qual a contabilidade se converteu em

fonte tempestiva de informações.

A questão 31 está CERTA, basicamente reproduzindo o texto de um dos

objetivos do SIAFI indicados pela STN.

A questão 32 está ERRADA: o controle da execução orçamentária, financeira e

patrimonial é diário, e não mensal/anual. Desse modo, não haveria

"tempestividade de informações", como mencionado.

Modalidades de uso

Para os órgãos e entidades abrangidos pelo SIAFI, o sistema pode ser utilizado

sob a modalidade total ou sob a modalidade parcial.

As LDO's, a cada ano, têm determinado que os órgãos da administração direta,

as autarquias, fundações e empresas estatais dependentes utilizem o SIAFI na

modalidade total. Assim, a utilização do SIAFI na modalidade parcial é

praticamente residual.

As características da modalidade de uso total do SIAFI são:

• processamento de todos os atos e fatos do órgão/entidade pelo SIAFI,

incluindo as eventuais receitas próprias;

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 28

Page 29: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

• identificação de todas as disponibilidades financeiras do órgão por meio da

Conta Única do Governo Federal ou das contas fisicamente existentes

na rede bancária;

• sujeição dos procedimentos orçamentários e financeiros do órgão ao

tratamento padrão do SIAFI, incluindo o uso do Plano de Contas do

Governo Federal; e

• o SIAFI se constitui como base de dados orçamentários, financeiros e

contábeis para todos os efeitos legais.

São características da modalidade de uso parcial do SIAFI:

• execução financeira dos recursos previstos no Orçamento Geral da

União efetuada pelo SIAFI;

• não se permite o tratamento de recursos próprios do

órgão/entidade;

• não substituição da contabilidade do órgão/entidade, sendo

necessário o envio de balancetes a unidades integrantes do SIAFI para

incorporação de saldos.

Como isso cai na prova?

33. (CESPE/ANALISTA/TRE-G0/2008) A utilização dos recursos do SIAFI,

ainda que na modalidade total, não dispensa os órgãos da elaboração dos

documentos contábeis legais.

34. (CESPE/ANALISTA/MCT/2008) A modalidade de uso parcial do SIAFI não

permite tratar recursos próprios da entidade nem dispensa o envio de

balancetes e balanços para integração pelos órgãos setoriais do sistema.

A questão 33 está ERRADA: com a modalidade de uso total do SIAFI, a

elaboração e emissão dos demonstrativos contábeis se dá pelo próprio

sistema.

A questão 34 indica as "tarefas adicionais" que envolvem a modalidade de uso

parcial do SIAFI. Questão CERTA.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 29

Page 30: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

Formas de acesso

Como vimos, apesar da denominação "conta única", é possível que, em

situações excepcionais, unidades da Administração Federal abram contas

bancárias junto a instituições financeiras para realizar suas operações de

arrecadação e pagamento de despesas. Isso se dá principalmente em virtude

da impossibilidade da conexão entre a unidade em questão com o SIAFI.

Levando isso em conta, foram instituídas duas formas de acesso ao SIAFI:

online e offline.

As características da forma de acesso online são as seguintes:

• todos os documentos orçamentários e financeiros das UG são emitidos

diretamente pelo sistema;

• a própria unidade atualiza os arquivos do sistema, digitando, por

meio de terminais conectados ao SIAFI, dados relativos aos atos e fatos

de gestão;

• as disponibilidades financeiras da unidade são individualizadas em contas

contábeis no SIAFI, compondo o saldo da Conta Única e de outras

contas de arrecadação ou devolução de recursos.

Já a forma de acesso offline (na verdade, isso é forma de "não acesso",

concorda?) se caracteriza pelo seguinte:

• as disponibilidades financeiras da Unidade são individualizadas em conta

corrente bancária e não compõem a Conta Única;

• a unidade emite seus documentos orçamentários, financeiros e contábeis

previamente à introdução dos respectivos dados no sistema;

• a unidade não introduz os dados relativos a seus documentos no

sistema, o que é feito por meio de outra unidade, denominada Pólo de

Digitação.

Além de as unidades offline não poderem ser integradas ao SIAFI, as

disponibilidades em moeda estrangeira também justificam a não utilização

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 30

Page 31: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

da conta única, pelo que se permite e abertura de contas bancárias em

instituições autorizadas.

Cabe à STN providenciar a alteração na forma de acesso ao SIAFI, a partir

do requerimento das unidades solicitantes.

Como isso cai na prova?

35. (CESPE/ANALISTA/TRE-AP/2007) O SIAFI permite que as unidades

gestoras, na efetivação dos seus registros, acessem-no de forma online ou

offline.

36. (CESPE/ANALISTA/MIN. INTEGRAÇÃ0/2009) Na forma de acesso ao SIAFI

denominada off-line, a unidade gestora precisa repassar à outra unidade a

tarefa de introduzir os dados relativos aos seus documentos contábeis.

A questão 35 limita-se a indicar as duas formas de acesso ao SIAFI. Questão

CERTA.

A questão 36 faz pensar no encaminhamento de informações contábeis das

unidades offline aos "Pólos de Digitação", que são conectados ao SIAFI.

Questão CERTA.

Segurança do SIAFI

a) Conformidades. No tocante aos mecanismos de segurança do SIAFI,

existem procedimentos de verificação de dados e de usuários do sistema,

que compõem o que se denominou "conformidades".

Atualmente, estão previstos três tipos de conformidades no âmbito do SIAFI.

Vamos reproduzir o entendimento da STN sobre elas:

Conformidade Contábil: é a conferência efetuada pelas Unidades Setoriais Contábeis, tendo como objetivo assegurar o fiel e tempestivo registro dos dados contábeis registrados pelas Unidades Gestoras no SIAFI, relativos aos atos e

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 31

Page 32: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

fatos de sua gestão financeira, orçamentária e patrimonial, de acordo com a documentação. Conformidade de Operadores: tem por objetivo automatizar a rotina periódica de confirmação ou desativação de usuário pela própria Unidade Gestora (UG), através de seu operador habilitado a proceder a confirmação. A não execução da Conformidade de Operadores no mês, implica na suspensão dos usuários da UG. Conformidade de Registros de Gestão: consiste na certificação dos registros dos atos e fatos de execução orçamentária, financeira e patrimonial incluídos no SIAFI e da existência de documentos hábeis que comprovem as operações.

A conformidade de registros de gestão é recente, instituída em 2007, em

substituição às antigas "conformidade diária" e "conformidade documental".

O servidor designado para a conformidade de registros de gestão atesta a

correção dos atos praticados por outros servidores, responsáveis pela

gestão dos recursos e bens a cargo da unidade respectiva. É como um

"fiscal" de atos praticados no âmbito do SIAFI.

Inclusive por isso, em favor do princípio da segregação de funções, o operador

responsável pela conformidade de registros de gestão não pode emitir

documentos no SIAFI (salvo situação excepcional, que configure ausência de

pessoal na unidade).

Pelo encargo assumido, esse servidor é classificado com um dos

responsáveis pela respectiva unidade, devendo responder em caso de

equívocos ou má-fé na aplicação dos procedimentos de verificação dos atos de

gestão.

b) Perfil de usuário e níveis de acesso. O acesso ao SIAFI não é aberto ao

público. Apenas operadores autorizados, portadores de senha, podem

registrar e/ou consultar transações no âmbito do sistema. O acesso se dá pelo

fornecimento, pelo usuário, do CPF, que serve como login (embora seja

possível o acesso sem CPF, excepcionalmente).

A depender da unidade e dos usos que cada usuário poderá fazer no SIAFI, é

concedido a ele um perfil. O perfil é um conjunto de transações

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 32

Page 33: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

disponibilizadas ao operador, para que realize suas tarefas. Ao entrar no

sistema com sua senha, o SIAFI já surge adaptado ao perfil do operador,

permitindo o acesso apenas às transações a ele autorizadas.

A concessão do perfil é feita por solicitação aos agentes de cada órgão

designados pela STN para a liberação do acesso.

c) Níveis de acesso. Outro aspecto referente ao SIAFI é o nível de acesso

concedido aos usuários, que reflete justamente o perfil autorizado.

Parlamentares e órgãos de controle (notadamente, TCU) têm acesso total ao

SIAFI (nível 9) para consulta de transações. Entretanto, há níveis de acesso

que permitem apenas a visualização e o registro de transações no âmbito da

unidade gestora, ou do órgão de lotação do servidor, de entidades vinculadas

etc.

d) Confiabilidade dos registros. As transações e consultas praticadas no

âmbito do SIAFI ficam gravadas, de modo a possibilitar a verificação de quais

operações foram praticadas por quais usuários em certo momento. Além disso,

os registros do SIAFI não podem ter seu conteúdo alterado; caso seja

necessário "desfazer" um registro, o procedimento aplicável é a efetivação de

um registro que anule os efeitos do primeiro. Assim, os lançamentos

registrados no SIAFI são permanentes.

Como isso cai na prova?

37. (CESPE/ASSESSOR TÉCNIC0/TCE-RN/2009) O registro da conformidade

dos registros de gestão é de responsabilidade de servidor formalmente

designado pelo titular da unidade gestora executora, o qual constará do

rol dos responsáveis.

38. (CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2009) O acesso para registro de documentos

ou para consultas ao SIAFI será autorizado a partir do momento da posse

do servidor em cargo público.

39. (CESPE/ANALISTA/TRE-AP/2007) O acesso ao SIAFI para o registro de

documentos ou para consultas é autorizado somente após prévio

cadastramento e habilitação dos usuários.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 33

Page 34: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

40. (CESPE/ANALISTA/ANCINE/2006) O uso autorizado dos recursos do SIAFI

assegura o acesso, mediante senha, de cada usuário cadastrado a todos

os níveis de acesso, de forma que o Tesouro Nacional possa viabilizar com

maior rapidez e amplitude os fatos orçamentários.

41. (CESPE/CONTADOR/UNIPAMPA/2009) Uma vez incluídos os dados de um

documento no SIAFI e após a sua contabilização, caso seja constatada

qualquer irregularidade nesses dados, somente será possível corrigi-la por

meio da emissão de novo documento que efetue o acerto.

A questão 37 está CERTA. O servidor incumbido da conformidade de registros

de gestão é listado como um dos responsáveis da unidade.

A questão 38 está ERRADA. O acesso ao SIAFI não é "automático"; é

necessário sempre fazer a requisição aos responsáveis pelo cadastramento de

usuários.

A questão 39 demonstra corretamente essa dinâmica que acabamos de indicar.

Questão CERTA.

A questão 40 está ERRADA. Vimos que há diferentes perfis e níveis de acesso

para os usuários do SIAFI, conforme o órgão e as funções que o usuário irá

desempenhar no sistema.

A questão 41 reflete bem a maneira de corrigir lançamentos incorretos no

SIAFI: apenas com lançamentos de efeito inverso. Questão CERTA.

SIDOR

O SIDOR é um sistema informatizado, de responsabilidade da Secretaria de

Orçamento Federal (SOF/MPOG), em que se realizam os procedimentos

relativos à elaboração do orçamento e dos créditos adicionais, no

âmbito do governo federal.

Dessa forma, durante a elaboração do projeto de LOA, é possível às unidades

registrar suas necessidades orçamentárias, que são encaminhadas aos órgãos

setoriais para a agregação das propostas setoriais. Estas, por fim, serão

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 34

Page 35: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

condensadas posteriormente no PLOA. Da mesma forma, a elaboração dos

projetos de lei de créditos adicionais demanda a utilização do SIDOR para

registro das dotações correspondentes.

Após a aprovação e publicação da LOA, a SOF efetua os ajustes relativamente

ao projeto anteriormente enviado, e finaliza a proposta orçamentária, que será

integrada ao SIAFI.

O SIDOR e o SIAFI utilizam o mesmo sistema de classificação contábil

para as categorias de programação orçamentárias. Desse modo, esses

sistemas podem "conversar" entre si: as dotações registradas no SIDOR, bem

como as previsões de arrecadação, são transferidas para o SIAFI, que tem, a

partir de então, o "ponto de partida" fixado para a receita e para a despesa do

exercício financeiro.

No SIAFI é que se faz o acompanhamento da execução do orçamento em

nível analítico, o que permite também o controle das operações.

Essa relação entre os dois sistemas fica evidenciada pelo seguinte texto,

disponível no site do MPOG:

A STN registra no SIAFI os limites orçamentários para cada unidade administrativa, a partir de uma fita magnética preparada pela SOF em seu sistema SIDOR, após a aprovação da LOA pelo Congresso. Isso estabelece os limites dos compromissos anuais correspondentes aos créditos orçamentários autorizados para cada Ministério. Em seguida, a STN estabelece os limites dos desembolsos mensais para cada Ministério, com base nas alocações orçamentárias autorizadas para cada um. Assim, os sistemas SIDOR e SIAFI não estão conectados diretamente, mas são capazes de se comunicar.

Além disso, as atividades de avaliação orçamentária são possibilitadas, em

larga medida, por um terceiro sistema informatizado da esfera federal: o

Sistema de Informações Gerenciais e de Planejamento, o SIGPLAN, que é o

sistema de acompanhamento da execução do PPA.

Uma novidade que talvez comece a surgir em provas é o novo sistema

instituído pela SOF, o Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 35

Page 36: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

(SIOP), que deverá substituir o SIDOR e o SIGPLAN. Veja a notícia lançada

pela SOF:

Novo Sistema de Planejamento e Orçamento começa a operar

Brasília, 27/05/2009 - Com o objetivo de integrar os atuais sistemas

utilizados na elaboração e acompanhamento do Plano Plurianual e do

Orçamento da União, a Secretaria de Orçamento Federal (SOF/MP), em

parceria com a Secretaria de Planejamento e Investimento (SPI/MP) e o

Departamento de Empresas Estatais (DEST/MP), desenvolveu e colocou

em operação, desde o início deste mês, o novo Sistema Integrado de

Planejamento e Orçamento - SIOP.

Com o SIOP, os órgãos setoriais e as unidades orçamentárias do Governo

Federal passam a ter um único sistema para alimentar o cadastro de

programas e ações. Além disso, com o SIOP, os usuários passarão a ter

maior agilidade e qualidade no processo de captação da Proposta

Orçamentária onde foi substituído o preenchimento de formulários, que

até o ano passado, era feito manualmente. Fato que, muitas vezes,

gerava incompatibilidade nas informações. "Outra vantagem do novo

sistema é que ele permite ao usuário o acesso via internet" explica

Sandro Araújo, Gerente responsável pela área de Tecnologia da

Informação da SOF.

Atualmente existem duas fontes cadastrais para programas e ações: o

Sistema de Informações Gerenciais e de Planejamento (SIGPLAN) que

gerencia o PPA, acessado via internet, e o Sistema Integrado de Dados

Orçamentários (SIDOR), cujo acesso do cadastro de ações é exclusivo aos

servidores do Ministério do Planejamento.

A idéia é que no futuro o SIOP substitua integralmente os sistemas hoje

existentes. Apenas o que se refere ao cadastro de programas e ações já

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 36

Page 37: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

foi substituído. Pretende-se também disponibilizar módulos para acesso

pelo cidadão e outros órgãos, como o Congresso Nacional e o Tribunal de

Contas da União.

Como isso cai na prova?

42. (CESPE/ANALISTA/MIN. INTEGRAÇÃO/2009) Além de ajudar na

elaboração da proposta orçamentária, o SIDOR serve como agente

centralizador dos pedidos de alteração do orçamento em execução por

meio de créditos adicionais.

43. (CESPE/CONTADOR/MIN. ESPORTE/2008) No primeiro momento, a

proposta é feita pelos órgãos setoriais no SIDORnet e, em seguida,

encaminhada às suas respectivas unidades orçamentárias para análise,

revisão e ajustes.

44. (CESPE/ANALISTA/MCT/2008) Todas as etapas do ciclo orçamentário

poderão ser acompanhadas pelo Sistema Integrado de Dados

Orçamentários (SIDOR).

A questão 42 indica os dois lados da principal função do SIDOR: a elaboração

dos créditos orçamentários, iniciais e adicionais. Questão CERTA.

A questão 43 está ERRADA. Inverteu-se o roteiro de elaboração orçamentária

no âmbito do SIDOR: primeiro, elaboração pelas unidades, depois a agregação

nos órgãos setoriais e, por fim, compilação pela SOF.

A questão 44 também está ERRADA. No SIDOR, realiza-se principalmente a

elaboração orçamentária. A execução, o acompanhamento e o

controle/avaliação dão-se normalmente por outros meios e sistemas.

Muito bem, caro aluno, chegamos ao fim da segunda aula. Muita informação

importante foi vista hoje!

Nos vemos semana que vem, com o terceiro encontro. Estudaremos as

classificações aplicáveis à receita pública e os aspectos da dívida ativa.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 37

Page 38: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

Um abraço, bons estudos!

GRACIANO ROCHA

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 38

Page 39: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

RESUMO DA AULA

1. A Lei 4.320/64 estabelece três estágios percorridos pela receita

orçamentária em sua execução, mas a doutrina e as provas entendem

existir mais um, que antecede todos eles: a previsão, que se caracteriza

como um estágio de planejamento.

2. Segundo o art. 53 da Lei 4.320/64, "O lançamento da receita é o ato da

repartição competente que verifica a procedência do crédito fiscal e a

pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta". Nem todas as

receitas percorrem o estágio do lançamento.

3. A arrecadação envolve a entrega dos recursos devidos pelos contribuintes

aos agentes arrecadadores ou às instituições financeiras autorizadas pelo

ente recebedor, ainda sem chegada à conta do Tesouro. Segundo a Lei

4.320/64, a arrecadação é o estágio em que se registra o pertencimento

da receita ao exercício financeiro.

4. O estágio do recolhimento consiste na entrega, pelos agentes

arrecadadores e pela rede bancária autorizada, do produto da arrecadação

ao caixa do Tesouro, correspondendo à efetiva disponibilização de

recursos ao ente público.

5. Os estágios da despesa relacionados na Lei 4.320/64 são o empenho, a

liquidação e o pagamento, mas é pacífica a existência do estágio da

fixação, anterior a todos eles.

6. A fixação da despesa, com a publicação da lei orçamentária, representa a

definição das ações para serem executadas durante o exercício, com a

quantificação dos recursos necessários para atender às realizações

programadas.

7. O empenho das despesas é o ato emanado de autoridade competente que

cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de

implemento de condição.

8. Não há despesa sem prévio empenho, mas, em casos especiais, previstos

na legislação específica, será dispensada a emissão da nota de empenho.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 39

Page 40: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

9. O empenho ordinário se destina a despesas de valor determinado, para

pronto pagamento.

10. O empenho por estimativa é empregado para processamento de despesas

sem valor conhecido previamente. Os exemplos mais comuns são de

despesas recorrentes, de prestação variável, como contas de telefone,

água e luz.

11. O empenho global tem características dos dois outros: o pagamento é

feito em parcelas, assim como ocorre com o empenho por estimativa, mas

o valor da despesa é determinado, tal qual na hipótese de empenho

ordinário.

12. No estágio da liquidação, faz-se uma conferência documental para atestar

que a despesa empenhada foi realizada, ou seja, confirmar a ocorrência

do fato gerador da despesa.

13. A ordem de pagamento é o documento exarado por autoridade

competente, determinando que a despesa seja paga.

14. A palavra "crédito", na contabilidade pública, tem a ver com a autorização

orçamentária para o gasto, e a palavra "recurso" corresponde ao aspecto

financeiro do orçamento.

15. A descentralização de créditos de uma unidade para outra não altera a

classificação da despesa, exceto o responsável pela execução.

16. A primeira descentralização de créditos ocorre logo que a LOA é aprovada,

com a liberação de dotações, pela SOF, às unidades titulares desses

créditos.

17. A descentralização externa de créditos orçamentários é chamada de

destaque. A descentralização interna denomina-se provisão.

18. As dotações orçamentárias transferidas pela SOF serão suportadas

financeiramente pelas cotas financeiras liberadas pela STN; os destaques

orçamentários corresponderão à liberação de repasses financeiros; as

provisões orçamentárias corresponderão, posteriormente, à liberação de

sub-repasses financeiros.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 40

Page 41: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

19. Utilizando o SIAFI, é possível aos órgãos e entidades da Administração

Federal fazer diversas movimentações financeiras sem a intermediação de

agentes financeiros.

20. Caso se apresentem certas condições que não permitam a utilização da

conta única para gestão dos recursos, é permitido o depósito de

disponibilidades em contas no Banco do Brasil ou outras instituições

financeiras autorizadas pelo Ministério da Fazenda.

21. O SIAFI é um sistema informatizado que controla a execução

orçamentária, financeira, patrimonial e contábil dos órgãos e entidades da

administração pública federal.

22. Para os órgãos e entidades abrangidos pelo SIAFI, o sistema pode ser

utilizado sob a modalidade total ou sob a modalidade parcial. Além disso,

o sistema pode ser utilizado na forma de acesso online ou na offline.

23. No tocante aos mecanismos de segurança do SIAFI, existem

procedimentos de verificação de dados e de usuários do sistema, que

compõem o que se denominou "conformidades". Atualmente, estão

previstos três tipos de conformidades: contábil, de operadores e de

registros de gestão.

24. A depender da unidade e dos usos que cada usuário poderá fazer no

SIAFI, é concedido a ele um perfil. O perfil é um conjunto de transações

disponibilizadas ao operador, para que realize suas tarefas. Além disso, há

diferentes níveis de acesso ao SIAFI, correlacionados ao perfil concedido.

25. O SIDOR é um sistema informatizado, de responsabilidade da Secretaria

de Orçamento Federal (SOF/MPOG), em que se realizam os procedimentos

relativos à elaboração do orçamento e dos créditos adicionais.

26. O SIDOR e o SIAFI utilizam o mesmo sistema de classificação contábil

para as categorias de programação orçamentárias.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 41

Page 42: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1. (CESPE/ANALISTA/STF/2008) A estimativa de arrecadação da receita é

resultante da metodologia de projeção das receitas orçamentárias.

2. (FCC/ANALISTA/TRT-23/2007) Só será admitida a reestimativa de receita

por parte do Poder Legislativo se comprovado erro ou omissão de ordem

técnica ou legal.

3. (FCC/ANALISTA/MP-SE/2009) O procedimento administrativo tendente a

verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente,

determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido,

identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da

penalidade cabível, corresponde ao estágio da receita pública denominado

(A) recolhimento.

(B) arrecadação.

(C) previsão.

(D) lançamento.

(E) fixação.

4. (CESPE/ANALISTA/MIN. INTEGRAÇÃO/2009) Todas as receitas públicas

devem passar pelo estágio do lançamento, em que se verifica a ocorrência

do fato gerador da obrigação correspondente, calcula-se o montante

devido, identifica-se o sujeito passivo e, sendo o caso, propõe-se a

aplicação da penalidade cabível.

5. (FCC/TÉCNICO/TRF-01/2006) Entre a arrecadação de tributos e o

recolhimento há a distinção de

(A) guarda e entrega de valor.

(B) diferença entre a previsão e a arrecadação.

(C) meios de que se valem os agentes arrecadadores.

(D) responsabilidade do contribuinte.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 42

Page 43: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

(E) natureza do crédito.

6. (CESPE/TÉCNICO/MPU/2010) O estágio do recolhimento de uma receita

pública corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro, efetuada

pelos contribuintes ou devedores aos agentes arrecadadores ou

instituições financeiras autorizadas pelo ente.

7. (FCC/TÉCNICO/TCM-PA/2010) O recolhimento de todas as receitas far-se-

á em estrita observância ao princípio de unidade de tesouraria, vedada

qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.

8. (FCC/ANALISTA/TRE-SE/2007) A fixação da despesa é caracterizada pela

Lei do Orçamento.

9. (CESPE/CONTADOR/IPAJM-ES/2010) As descentralizações, a exemplo das

transferências e transposições, modificam o valor da programação ou de

suas dotações orçamentárias.

10. (FCC/ANALISTA/TRE-AM/2009) A nota de empenho indicará o nome do

credor, a especificação e a importância da despesa, bem como a dedução

desta do saldo da dotação própria.

11. (FCC/ANALISTA/TCE-AM/2008) A realização de despesa sem prévio

empenho é permitida quando não se pode determinar o montante exato

da despesa.

12. (FCC/ANALISTA/TRE-SP/2006) O empenho da despesa poderá exceder o

limite dos créditos concedidos à unidade orçamentária, desde que

autorizado pelo Poder Legislativo.

13. (FCC/AUDITOR/TCE-SP/2008) Não é permitido o empenho global de

despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento.

14. (FCC/PROCURADOR/TCE-AL/2008) Será feito por estimativa o empenho

da despesa cujo montante não se possa determinar.

15. (FCC/AUDITOR/TCE-MG/2005) A liquidação de despesa consiste na

verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e

documentos comprobatórios do respectivo crédito. Com relação a essa

verificação é INCORRETO afirmar que tem por fim apurar

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 43

Page 44: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

(A) a origem e o objeto do que se deve pagar.

(B) os comprovantes da entrega do material ou da prestação do serviço.

(C) a importância exata a pagar.

(D) a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.

(E) a origem e o objeto do que se deve pagar e a importância exata a

pagar.

16. (CESPE/ANATEL/ANALISTA/2006) O pagamento de despesas poderá

existir sem a apresentação de documentos processados pela

contabilidade. Nesse caso, a autoridade competente apresentará, ao

ordenador de despesas, posteriormente, sua justificativa e autorização da

unidade gestora para tal atitude.

17. (FCC/PROCURADOR/TCE-MG/2007) O pagamento da despesa só será

efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.

18. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) As despesas não liquidadas poderão ser

pagas no próprio exercício se houver disponibilidade financeira suficiente.

19. (CESPE/CONSULTOR/SEFAZ-ES/2009) Enquanto a execução orçamentária

se refere à utilização dos recursos consignados no orçamento ou na LOA,

a execução financeira representa a utilização de créditos financeiros. Na

técnica orçamentária, reserva-se o termo recurso para designar o lado

orçamentário e crédito para o lado financeiro.

20. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) A descentralização de créditos

orçamentários transfere a programação para outra unidade orçamentária.

21. (FCC/ANALISTA/TRT-03/2009) No SIAFI, a movimentação de créditos que

consiste na transferência, de uma unidade gestora para outra, do poder

de utilizar créditos orçamentários que lhe tenham sido consignados na Lei

Orçamentária Anual é um instrumento de

(A) unificação das dotações orçamentárias.

(B) descentralização da previsão de despesas orçamentárias.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 44

Page 45: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

(C) centralização da arrecadação de receitas orçamentárias.

(D) descentralização da execução de receitas orçamentárias.

(E) descentralização da execução de despesas orçamentárias.

22. (FCC/ANALISTA/TRE-AL/2010) A descentralização externa de créditos

orçamentários realizada em nível de órgão setorial entre unidades

gestoras de Órgãos/Ministérios denomina-se:

(A) Provisão.

(B) Destaque.

(C) Dotação.

(D) Repasse.

(E) Sub-repasse.

23. (FCC/ANALISTA/TRF-04/2010) Sub-repasse é a

(A) liberação de recursos do órgão central para o órgão setorial de

programação financeira.

(B) liberação de recursos dos órgãos setoriais de programação financeira

para entidades da administração indireta e entre estas e ainda de um

ministério para o outro.

(C) movimentação de créditos entre unidades gestoras de órgãos ou

entidades de estrutura diferente.

(D) movimentação de créditos entre unidades gestoras de um mesmo

órgão ou entidades integrantes do orçamento fiscal e da seguridade

social.

(E) liberação de recursos dos órgãos setoriais de programação financeira

para as unidades gestoras de sua jurisdição e entre as unidades gestoras

de um mesmo ministério, órgão ou entidade.

24. (CESPE/ANALISTA/MPU/2010) É correto afirmar que dotação orçamentária

está para cota financeira e destaque orçamentário está para repasse

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 45

Page 46: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

financeiro, assim como provisão orçamentária está para sub-repasse

financeiro.

25. (FCC/ANALISTA/MPU/2007) Na execução orçamentária e financeira, os

termos destaque e repasse estão relacionados, respectivamente, com

(A) obtenção de autorização para créditos extraordinários e créditos

especiais.

(B) fixação da reserva de contingências e liberação financeira de créditos

adicionais.

(C) autorização de despesa orçamentária e previsão de receita

extraorçamentária.

(D) autorização orçamentária e transferência de recursos financeiros.

(E) autorização de despesa extraorçamentária e arrecadação de receita

orçamentária.

26. (CESPE/CONTADOR/MIN. ESPORTE/2008) O SIAFI é um sistema

informatizado que controla a execução orçamentária, financeira,

patrimonial e contábil dos órgãos da administração pública direta federal,

das autarquias, fundações e empresas públicas federais e das sociedades

de economia mista que estiverem contempladas no orçamento fiscal e(ou)

no orçamento da seguridade social da União.

27. (CESPE/ACE/TCU/2007) O controle dos saldos e a transferência de

recursos entre as unidades gestoras são feitos pelo Sistema Integrado de

Administração Financeira (SIAFI).

28. (CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2009) A operacionalização da conta única é

efetuada por meio de documentos registrados no SIAFI.

29. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) O SIAFI foi utilizado inicialmente apenas

pelo Poder Executivo, expandindo-se de forma gradual pelos demais

poderes a partir da percepção, pelos usuários, das vantagens oferecidas

pelo sistema.

30. (CESPE/ANALISTA/STF/2008) Cabe ao SIAFI integrar e compatibilizar as

informações no âmbito dos governos federal, estadual e municipal.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 46

Page 47: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

31. (CESPE/ANALISTA/SERPRO/2008) É objetivo do SIAFI padronizar métodos

e rotinas de trabalho relativas à gestão dos recursos públicos,

permanecendo essa atividade, no entanto, sob o total controle do

ordenador de despesa de cada unidade gestora.

32. (CESPE/ANALISTA/TJCE/2008) Um dos principais objetivos do SIAFI é

prover mecanismos adequados ao controle mensal e anual da execução

orçamentária, financeira e patrimonial aos órgãos e entidades da

administração pública, razão pela qual a contabilidade se converteu em

fonte tempestiva de informações.

33. (CESPE/ANALISTA/TRE-GO/2008) A utilização dos recursos do SIAFI,

ainda que na modalidade total, não dispensa os órgãos da elaboração dos

documentos contábeis legais.

34. (CESPE/ANALISTA/MCT/2008) A modalidade de uso parcial do SIAFI não

permite tratar recursos próprios da entidade nem dispensa o envio de

balancetes e balanços para integração pelos órgãos setoriais do sistema.

35. (CESPE/ANALISTA/TRE-AP/2007) O SIAFI permite que as unidades

gestoras, na efetivação dos seus registros, acessem-no de forma online ou

offline.

36. (CESPE/ANALISTA/MIN. INTEGRAÇÃO/2009) Na forma de acesso ao SIAFI

denominada off-line, a unidade gestora precisa repassar à outra unidade a

tarefa de introduzir os dados relativos aos seus documentos contábeis.

37. (CESPE/ASSESSOR TÉCNICO/TCE-RN/2009) O registro da conformidade

dos registros de gestão é de responsabilidade de servidor formalmente

designado pelo titular da unidade gestora executora, o qual constará do

rol dos responsáveis.

38. (CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2009) O acesso para registro de documentos

ou para consultas ao SIAFI será autorizado a partir do momento da posse

do servidor em cargo público.

39. (CESPE/ANALISTA/TRE-AP/2007) O acesso ao SIAFI para o registro de

documentos ou para consultas é autorizado somente após prévio

cadastramento e habilitação dos usuários.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 47

Page 48: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

40. (CESPE/ANALISTA/ANCINE/2006) O uso autorizado dos recursos do SIAFI

assegura o acesso, mediante senha, de cada usuário cadastrado a todos

os níveis de acesso, de forma que o Tesouro Nacional possa viabilizar com

maior rapidez e amplitude os fatos orçamentários.

41. (CESPE/CONTADOR/UNIPAMPA/2009) Uma vez incluídos os dados de um

documento no SIAFI e após a sua contabilização, caso seja constatada

qualquer irregularidade nesses dados, somente será possível corrigi-la por

meio da emissão de novo documento que efetue o acerto.

42. (CESPE/ANALISTA/MIN. INTEGRAÇÃO/2009) Além de ajudar na

elaboração da proposta orçamentária, o SIDOR serve como agente

centralizador dos pedidos de alteração do orçamento em execução por

meio de créditos adicionais.

43. (CESPE/CONTADOR/MIN. ESPORTE/2008) No primeiro momento, a

proposta é feita pelos órgãos setoriais no SIDORnet e, em seguida,

encaminhada às suas respectivas unidades orçamentárias para análise,

revisão e ajustes.

44. (CESPE/ANALISTA/MCT/2008) Todas as etapas do ciclo orçamentário

poderão ser acompanhadas pelo Sistema Integrado de Dados

Orçamentários (SIDOR).

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 48

Page 49: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

QUESTÕES ADICIONAIS

45. (FCC/TÉCNICO/PGE-RJ/2009) A reestimativa da receita poderá ser feita

pelo Poder Legislativo se comprovado erro ou omissão de ordem técnica

ou legal.

46. (FCC/TÉCNICO/MPU/2007) Os estágios da receita pública são, em ordem

cronológica,

(A) lançamento, previsão, recolhimento e arrecadação.

(B) lançamento, previsão, arrecadação e recolhimento.

(C) previsão, lançamento, recolhimento e arrecadação.

(D) previsão, lançamento, arrecadação e recolhimento.

(E) arrecadação, lançamento, previsão e recolhimento.

47. (CESPE/ANALISTA/MPU/2010) Os estágios da receita orçamentária são

previsão, lançamento, arrecadação e recolhimento. Entretanto, o

lançamento, que tem origem fiscal, não se aplica a todas as receitas

orçamentárias, mas basicamente às receitas tributárias, conforme dispõe

o Código Tributário Nacional.

48. (FCC/TÉCNICO/CÂMARA/2007) O ato emanado de autoridade competente

que cria para o Estado a obrigação de pagamento, pendente ou não de

implemento de condição, é

(A) a fixação da despesa no orçamento público.

(B) o empenho da despesa.

(C) a liquidação da despesa.

(D) o desembolso feito na conta única do Tesouro.

(E) a inscrição na dívida pública.

49. (FCC/ANALISTA/TRE-SP/2006) O empenho da despesa poderá exceder o

limite dos créditos concedidos à unidade orçamentária, desde que

autorizado pelo Poder Legislativo.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 49

Page 50: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

50. (FCC/ANALISTA/TCE-AM/2008) A nota de empenho é o ato emanado de

autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento

pendente ou não de implemento de condição.

51. (FCC/AUDITOR/TCE-SP/2008) É permitida a realização de despesa sem

prévio empenho e, em casos especiais, justificados pela autoridade

competente, será dispensada a emissão da nota de empenho.

52. (FCC/ANALISTA/TJ-PI/2009) O empenho da despesa cujo montante não

se possa determinar é denominado empenho global.

53. (FCC/ANALISTA/TRF-04/2010) A liquidação é o estágio da despesa pública

em que

(A) ocorre um ato emanado de autoridade competente que cria para o

Estado a obrigação de pagamento.

(B) o credor é pago pelo ente público.

(C) é escolhido o fornecedor que apresenta proposta mais vantajosa para

contratação de obras.

(D) há verificação do direito líquido e certo do credor do ente público em

função dos serviços prestados.

(E) é estabelecido um cronograma de dispêndio para os créditos

orçamentários.

54. (FCC/ANALISTA/TRT-23/2007) O pagamento da despesa somente poderá

ser efetuado após sua regular liquidação.

55. (FCC/ANALISTA/TRE-SP/2006) A liquidação consiste no despacho exarado

por autoridade competente, determinando que a despesa seja paga.

56. (CESPE/ANALISTA/ANA/2006) É correto definir execução orçamentária

como a utilização dos créditos consignados no orçamento; já a execução

financeira representa a utilização dos recursos financeiros, visando

atender à realização das ações orçamentárias atribuídas a cada unidade.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 50

Page 51: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

57. (CESPE/ANALISTA/MPU/2010) Na execução financeira, a liberação de

recursos às unidades gestoras é realizada por intermédio de cota, repasse

e sub-repasse.

58. (FCC/ANALISTA/TRF-04/2010) A descentralização de créditos denominada

destaque é a

(A) liberação de recursos dos órgãos setoriais de programação financeira

para entidades da administração indireta.

(B) movimentação de créditos entre unidades gestoras de órgãos ou

entidades de estruturas diferentes, respeitada a classificação funcional.

(C) liberação de recursos do órgão central para o órgão setorial de

programação financeira.

(D) liberação de recursos dos órgãos setoriais de programação financeira

para as unidades gestoras de sua jurisdição.

(E) movimentação de créditos entre unidades gestoras de um mesmo

órgão ou entidades integrantes do orçamento fiscal e da seguridade

social.

59. (FCC/AUDITOR/TCE-RO/2010) A descentralização financeira de execução

por meio de cotas, repasses ou sub-repasses é vedada às unidades

setoriais orçamentárias de cada órgão com dotação orçamentária.

60. (CESPE/TÉCNICO/UNIPAMPA/2009) O SIAFI é um sistema computacional

de acompanhamento e controle da execução orçamentária, financeira e

contábil do governo federal.

61. (CESPE/AGENTE/DPF/2009) Com o advento do Sistema Integrado de

Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), houve grande

centralização da gestão de recursos, o que permitiu a padronização dos

métodos e rotinas de trabalho e restringiu a gestão e o controle do

ordenador de despesas, com a perda da individualização dos recursos

para cada unidade gestora.

62. (CESPE/ANALISTA/ANEEL/2010) O SIAFI abrange desde o registro do

orçamento inicial da receita e despesa em todas as unidades gestoras até

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 51

Page 52: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

a emissão das demonstrações contábeis mensais e anuais, além dos

procedimentos específicos de encerramento e abertura de exercício.

63. (CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2009) Desde a sua implantação, o SIAFI foi

utilizado pelos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

64. (CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2009) Atualmente, utilizam-se do SIAFI todos

os órgãos da administração direta e administração indireta, inclusive

empresas públicas, sociedades de economia mista e instituições

financeiras oficiais.

65. (CESPE/TEFC/TCU/2009) O SIAFI abrange a emissão das demonstrações

contábeis mensais e anuais; entretanto, como permite, a qualquer

momento, apurar os saldos orçamentários e financeiros, possibilita,

também a qualquer tempo, o levantamento daquelas demonstrações.

66. (CESPE/ACE/TCU/2008) O fornecimento continuado de dados contábeis do

Sistema Integrado de Administração Financeira do governo federal

(SIAFI), por meio de acesso online às bases de dados dos sistemas, é

permitido às instituições públicas em geral e às entidades do setor

privado, mediante habilitação no sistema desejado, a qual é renovável

periodicamente e, em alguns casos, é feita com base em termo de

cooperação técnica.

67. (CESPE/ANALISTA/TJDFT/2008) Um dos objetivos do SIAFI é permitir o

registro contábil dos balancetes dos estados e municípios e de suas

supervisionadas.

68. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) Mesmo na modalidade de uso parcial, o

SIAFI substitui a contabilidade da unidade, não sendo necessário o envio

de balancetes e balanços para integração pelas unidades setoriais do

sistema.

69. (CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2009) É permitida a utilização do SIAFI na

modalidade de uso parcial por parte dos órgãos e entidades do Poder

Executivo que integram os orçamentos fiscal e da seguridade social.

70. (CESPE/ANALISTA/TRE-AP/2007) Cabe ao SERPRO a alteração na forma

de acesso ao SIAFI, de acordo com a necessidade do solicitante.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 52

Page 53: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

71. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) Como se trata de um sistema online de

âmbito nacional, o acesso para registro de documento ou para consulta no

SIAFI é feito mediante cadastro em tempo real, com autorização

automática.

72. (CESPE/TFCE/TCU/2007) A alteração de um documento registrado no

SIAFI é permitida mediante a identificação do CPF, da hora e do nome do

autor da operação.

73. (CESPE/TFCE/TCU/2007) Cada órgão da administração direta do governo

federal deverá indicar formalmente à Secretaria do Tesouro Nacional um

servidor e seu substituto para serem responsáveis pelo processo de

cadastramento dos usuários do SIAFI no âmbito do respectivo órgão.

74. (CESPE/CONTADOR/DFTRANS/2008) Cabe à Secretaria do Tesouro

Nacional definir a forma de acesso de cada unidade gestora ao SIDOR,

bem como solicitar a alteração dessa forma de acesso, de acordo com a

necessidade do órgão solicitante.

75. (CESPE/ANALISTA/ANTAQ/2008) O Sistema Integrado de Dados

Orçamentários (SIDOR) é um sistema de tecnologia da informação

implantado e utilizado pelos entes governamentais para fins de estruturar,

organizar e elaborar a proposta orçamentária.

76. (CESPE/CONTADOR/IPC/2007) O SIDOR representa um conjunto de

procedimentos, justapostos entre si, com a incumbência de cuidar do

processamento de cunho orçamentário, por meio de computação

eletrônica, cabendo sua supervisão à Secretaria de Orçamento Federal.

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 53

Page 54: Aula 03

CURSO ONLINE - AFO PARA TRIBUNAIS

PROF. GRACIANO ROCHA

GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

C C D E A E C C E C

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

E E E C B E C E E E

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

E B E C D C C C C E

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40

C E E C C C C E C E

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

C C E E C D C B E E

51 52 53 54 55 56 57 58 59 60

E E D C E C C B E C

61 62 63 64 65 66 67 68 69 70

E C E E C E C E E E

71 72 73 74 75 76

E E C E E C

Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br 54