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Aula 01 Introdução; Seções; Diferença solo/rocha Engº. Jean Carlo Trevizolo de Souza [email protected] Disciplina: Optativa em Geotecnia Túneis e Obras Subterrâneas Versão 2015/01

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TUNEIS

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Page 1: AULA 01-TUNEIS

Aula 01

Introdução; Seções;

Diferença solo/rocha

Engº. Jean Carlo Trevizolo de Souza

[email protected]

Disciplina:

Optativa em Geotecnia –

Túneis e Obras Subterrâneas

Versão 2015/01

Page 2: AULA 01-TUNEIS

Plano de Ensino

Discussão do Plano de Ensino.

O Plano de Ensino é o elemento que dá o „norte‟durante a aplicação da disciplina, e deve serreavaliado e relembrado a cada encontro.

Os alunos devem trazer o Plano de Ensino à todasas aulas.

Page 3: AULA 01-TUNEIS

Apresentar os elementos mínimos relativos àobras subterrâneas, a fim de que o Engenheirotenha as habilidades mínimas para engajamentoem serviço correlato.

Por meio de um exercício continuado, os alunosterão que praticar os ensinamentos repassadosdurante as aulas, o que será, também, método deavaliação e feedback da aplicação do conteúdo.

Foco na “prática”.

Objetivos da disciplina

Page 4: AULA 01-TUNEIS

Quanto às obras

Túnel – escavação subterrânea, „horizontal‟, comacesso duplo;

Galeria – escavação subterrânea, „horizontal‟, comacesso único;

Poço – escavação vertical.

Termos comuns

Page 5: AULA 01-TUNEIS

Termos associados

Concreto projetado (sprayed concrete, shotcrete);TBM – Tunnel Boring Machine; Jumbo; Robô;Tuneleiro; Rockburts; Enfilagem; Pregagem;Tirantes; Instrumentação; Bate-choco; Reflexão deconcreto projetado; Overbreak e Underbreak;Invert ou arco invertido; Pata de elefante; Jet-grouting.

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Visando difundir o conhecimento e promoveravanços na ocupação do espaço subterrâneo,surgiu em 1974 a ITA – International Tunnellingand Underground Space Association.

Tem 58 países membros e 250 membros afiliados.

No Brasil, há o CBT – Comitê Brasileiro de Túneis,junto à ABMS.

Prof. André Assis, da UnB, único Latinoamericanoque presidiu a ITA.

Difusão do conhecimento

Page 7: AULA 01-TUNEIS

A ITA realiza anualmente o Congresso Mundial deTúneis, com dois dias de treinamento para jovensengenheiros.

No Brasil, o Congresso Brasileiro tem se repetidode três em três anos.

Acessos:

www.ita-aites.org;

www.tuneis.com.br;

http://140.194.76.129/publications/eng-manuals/em1110-2-2901/toc.htm;

http://www.scribd.com/doc/19258513/Tunnelling-Tunnel-Mechanics

Page 8: AULA 01-TUNEIS

História dos túneis

Túnel, no sentido literal da palavra, significacaminho ou passagem sob algo (terra, água), queserve geralmente como via de comunicação;

A origem da construção dos túneis ainda é disputada;

Os Egípcios construíram túneis para ter acesso a túmulos;

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Os Babilônicos construíram (2.180 A.C.) um túnelsob o Eufrates usando o que é chamado agora demétodo de Valas a Céu Aberto: o rio foi desviado,uma trincheira foi aberta pelo seu leito, e um tubode tijolos foi construído e depois coberto.

Os antigos Gregos e Romanos construíam túneispara conduzir água e para fins mineiros; algunsdesses túneis em Roma estão ainda hoje emoperação.

Page 10: AULA 01-TUNEIS

O primeiro grande túnel da Inglaterra era parte doGrand Trunk Canal, e seu comprimento foi de 3,2km, tendo sido concluído em 1777.

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Thames Tunnel – um marco importante.

Concluído em 1845, em Londres, o túnel sob o RioTamisa, com cerca de 400 m de extensão.

Sua construção e conclusão foi possível devido aoShield de Brunel, do famoso Engenheiro MarcBrunel, francês de nascimento com estudo naInglaterra.

Inicialmente, uso de pedestres. Posteriormente,para o Metrô de Londres.

Page 12: AULA 01-TUNEIS

http://en.wikipedia.org/wiki/Thames_Tunnel

Page 13: AULA 01-TUNEIS

Capadocia, Turquia

Page 14: AULA 01-TUNEIS

Demandas da “Era Ambiental”;

Controle de enchentes em centros urbanos;

Reordenação do uso do espaço urbano;

Usos modernos

Page 15: AULA 01-TUNEIS

Boston, USA – Projeto Big Dig. http://en.wikipedia.org/wiki/Big_Dig

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Figura 1 – Período SecoFigura 2 – Período IntermediárioFigura 3 – Período de Chuvas Excessivas

Projeto SMART, Kuala Lumpur - Malásia. http://www.smarttunnel.com.my/

Page 17: AULA 01-TUNEIS

“Era Ambiental”

Autoestrada na Hungria, 2008

Mesmo com baixa cobertura de solo, o que poderiagerar uma estrada convencional, se optou por fazertúneis, em função, entre outros, do passivo ambientalda disposição de material (bota-fora).Foto: Eloi

Page 18: AULA 01-TUNEIS

Diferença de escavar em solo ou rocha

Talvez seja, esta, a principal premissa a ser levadadeste curso: as principais diferenças entre seescavar um túnel em solo (material sem auto-sustentação), ou em rocha (material com condiçãode auto-suporte);

As seções, a produção, o suporte, os custos,equipamentos, tudo se diferencia.

Page 19: AULA 01-TUNEIS

Em solo, ou material sem competência: PRÉ-SUPORTE

Page 20: AULA 01-TUNEIS

Em solo, ou material sem competência: PRÉ-SUPORTE

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Instalando “enfilagens”

Page 22: AULA 01-TUNEIS

Em material sem “competência”, problemas de ruptura a serem evitados

Page 23: AULA 01-TUNEIS

Em material competente, redistribuição de tensões é facilitada

Page 24: AULA 01-TUNEIS

Forma do colapso

a) Argila b) Areia

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Túnel escavado em solo, com instalação de invert

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Túnel escavado em rocha, com instalação de tirantes

Page 27: AULA 01-TUNEIS

Seção de Túneis

Abóboda - Crown

Lateral – Side -Shoulder

Revestimento -Lining

Intradorso -Intrados

Extradorso -Extrados Arco invertido - Invert

Page 28: AULA 01-TUNEIS

Seções típicas de túneis escavados pelo método convencional

Page 29: AULA 01-TUNEIS

Seção de um túnel rodoviário, escavado com TBM – Tunnel Boring Machine

Page 30: AULA 01-TUNEIS

Com a evolução dosmétodos construtivos, asseções de escavaçãopuderam ser otimizadas,uma vez que o maciçocircundante começou acontar e ser utilizado comomaterial da construção.

Page 31: AULA 01-TUNEIS

Superfície inicial do terreno

co

bert

ura

Suportedefinitivo

Suportetemporário

Sem suporte

Passo de avanço

Face

NúcleoViga

portal

Invert

Portal

SENTIDO DE ESCAVAÇÃO

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Desenho de seção

Quando for para túneis rodoviário e ferroviários,deve ser levado em conta o Gabarito Dinâmico(superelevações).

Para rodovias, altura livre ≥ 5,5 m, e para ferrovias≥ 6,85 m acima do boleto, ou conformeespecificação da Operadora.

A largura livre depende do número de vias.

Em túneis para uso hidráulico, as perdas de cargasão importantes no dimensionamento da seção.

Page 33: AULA 01-TUNEIS

A PIARC, Associação Internacional de Rodovias,possui duas publicações sobre projeto de seçãode túneis rodoviários:

1) 2001 – Cross Section Design for UndirecionalRoad Tunnels;

2) 2004 – Cross Section Design for Bi-DirectionalRoad Tunnels

Material disponível em: www.piarc.org

Page 34: AULA 01-TUNEIS

Túneis monodirecionais

PISTA

ACOSTAMENTO ACOSTAMENTO

PISTA

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3,60 m 3,60 m0,15 m0,60 m 1,00 m

1,00 m

A largura da faixa de rolagem atende aos padrões do DNITpara rodovia de pista dupla;

Não há especificação para os demais elementos de umtúnel, no DNIT (sugestão particular)

Para acostamento, levar em conta Norma NBR deacessibilidade;

Estimativa de fluxo: 2.200 veículos/faixa/hora

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Fonte:DNIT

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Túneis bi-direcionais

3,50 m 3,50 m

Fonte:PIARC

Page 38: AULA 01-TUNEIS

A largura da faixa de rolagem atende aos padrõesdo DNIT para rodovia de pista simples;

Não há especificação para os demais elementosde um túnel, no DNIT (sugestão particular)

Diferencia-se do túnel unidirecional pela largurada faixa e pela equivalência das áreas desegurança (faixa de evacuação/pedestres);

Para acostamento, levar em conta Norma NBR deacessibilidade;

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Acostamento

Nota-se que não está previsto, pela PIARC,acostamento equivalente ao da rodovia;

Motivo: segurança, e também redução de custopela redução da seção de escavação;

Para parar, então, com segurança, dimensiona-se“baias”, a cada 500 metros, com extensão decerca de 45 m

≥ 45m

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Baia de estacionamento

Pista 01

Pista 02

Calçada

Foto: Eloi China, 2010

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Grande discussão: um túnel de maior diâmetro, com duas linhas, ou dois túneis paralelos, de diâmetro menor, e interligados???

Esta galeria pode ser pré-fabricada

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Ao desenhar a seção, considerar a espessuranecessária para revestimento (ou lastro)

Deixar uma folga entre o gabarito e o início dosuporte/revestimento, com duas finalidades:

i) O maciço irá deformar. Talvez, deforme maisque o imaginado;

ii) No futuro, pode ser necessário fazer algumtratamento no revestimento, o que aumentariaa espessura do mesmo.

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Ter em mente que túnel em solo ou em rochacostumam ter espessura de revestimentodiferentes. Em solo, o sistema de suporte é maisrobusto (espesso).

Lembrar de considerar sistemas auxiliares(iluminação, ventilação, cabeamentos, rota defuga).