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Legislação Aduaneira p/ RFB - 2013
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AULA 01: LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
SUMÁRIO PÁGINA
1-Palavras Iniciais 1 - 2
2- Tributação sobre o Comércio Exterior 3 - 11
3- Imposto de Importação 11 – 62
4- Questões Comentadas 63 – 90
5- Lista de Questões e Gabarito 91 - 111
Olá, amigos (as), tudo bem?
Estou muito feliz por estarmos juntos nessa caminhada! Tenho
certeza de que você está correndo a passos largos rumo à aprovação. Eu me lembro exatamente de quando eu estava aí do outro lado! Era uma
ansiedade muito grande pela prova! Estudava em ritmo alucinante! Não tem
outro jeito! Como sempre gosto de dizer: no final da jornada, vale muito a pena! Aprendi no meu querido Exército Brasileiro (EB) durante o tempo em
que lá estive: a dor passa, o orgulho fica!
Hoje começamos a estudar acerca da tributação no comércio exterior, falando tudo sobre o imposto de importação! Vamos dominar o assunto!
Abordaremos os seguintes tópicos do edital:
“3. Tributos Incidentes sobre o Comércio Exterior. 3.1.
Regramento Constitucional e Legislação Específica. 3.2. Produtos, Bens e Mercadorias. 3.3. Produtos Estrangeiros,
Produtos Nacionais, Nacionalizados e Desnacionalizados. 4. Imposto de Importação. 4.1. Sujeitos Ativo e Passivo. 4.2.
Incidência. 4.3. Fato Gerador. 4.4. Base de Cálculo. 4.5. Alíquotas. 4.6. Tributação de Mercadorias não Identificadas. 4.7.
Regime de Tributação Simplificada. 4.8. Regime de Tributação Especial. 4.9. Regime de Tributação Unificada. 4.10. Pagamento
do Imposto. 4.11. Isenções e Reduções do Imposto de
Importação. 4.12. Imunidades do Imposto de Importação e Controle exercido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.
4.13. Reimportação. 4.14. Similaridade.”
(Os assuntos assinalados em vermelho não estão explicitamente previstos no Edital de Analista Tributário
RFB)
Trata-se de assunto extenso e bastante técnico. Por várias vezes,
teremos que recorrer a conhecimentos de Direito Tributário para entender determinados assuntos! Outras vezes, teremos que nos apegar à literalidade
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da legislação. É claro, tudo explicado nos mínimos detalhes e com a atenção que o assunto merece!
Grande abraço a todos,
Ricardo Vale
[email protected] http://twitter.com/#!/RicardoVale01
http://www.facebook.com/rvale01
P.S: Estejam à vontade para serem meus amigos no Facebook! Quero depois ter o direito de cobrar um chopp quando você tiver sido aprovado!
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1- TRIBUTAÇÃO SOBRE O COMÉRCIO EXTERIOR:
1.1-Regramento Constitucional e Legislação Específica:
A primeira pergunta que nos cabe fazer é a seguinte: quais são os
tributos que incidem sobre uma operação de importação?
São vários. Em uma importação, incidem o Imposto de Importação (I.I), o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), as contribuições
PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação, o ICMS e o AFRMM
(Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante). Há, ainda, outras taxas incidentes, como, por exemplo, a Taxa de Utilização do
SISCOMEX. Dependendo da operação, também há incidência de contribuições de intervenção sobre o domínio econômico, como a CIDE-Combustíveis.
A tributação sobre o comércio exterior encontra previsão
constitucional. O art. 153 da CF/88 prevê que a União poderá instituir impostos sobre a importação de produtos estrangeiros e sobre a exportação, para
o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados. São eles o Imposto de Importação (I.I) e o Imposto de Exportação (I.E).
Também é a União o ente federativo responsável pela instituição do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) (art. 153, inciso IV), das
contribuições para o PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação e de contribuições para intervenção no domínio econômico. Quanto a esse último
ponto, destaque-se que o art. 149 da CF/88 dispõe que “compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no
domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas”. Mais à frente, a CF/88, ainda estabelece que as contribuições
sociais e de intervenção sobre o domínio econômico incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços (art. 149, § 2º, inciso
II, da CF/88). Na órbita dos Estados, está a competência para instituir o
ICMS, tributo que incide sobre a circulação de mercadorias, ainda que as operações se iniciem no exterior (art. 155, inciso II, da CF/88).
E quais são os tributos que incidem sobre as operações de
exportação?
Aqui a história é diferente! De início, a resposta é que, sobre as
operações de exportação, irá incidir o imposto de exportação (I.E). No entanto, a CF/88, em perfeita consonância com os objetivos de política
comercial do país, estabeleceu várias regras de não-incidência tributária sobre operações de exportação. Com efeito, a política comercial brasileira
busca incentivar as exportações como forma de obter o desenvolvimento econômico nacional. Destaque-se que todas as hipóteses de não-incidência
previstas na CF/88 são imunidades tributárias. A propósito, imunidade é uma hipótese de não-incidência constitucionalmente qualificada.
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Nesse sentido, pode-se verificar que a CF/88 dispõe que o IPI não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior (art.
153, inciso III). Por sua vez, a CF/88 determina que o ICMS não incidirá sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre
serviços prestados a destinatários no exterior. Por último, o art. 149, § 2º, inciso I, da CF/88 dispõe que as contribuições sociais e de intervenção no
domínio econômico não incidirão sobre as receitas decorrentes de
exportação. Assim, podemos dizer que, na exportação, temos: i) imunidade de IPI; ii) imunidade de ICMS e; iii) imunidade de contribuições sociais e de
contribuições de intervenção no domínio econômico.
1) Tributos incidentes sobre o comércio
exterior: - Imposto de Importação (I.I)
- Imposto de Exportação (I.E) - Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
- PIS/PASEP-Importação - COFINS-Importação
-Contribuições de intervenção no domínio econômico - ICMS
2) Imunidades na Exportação:
- Imunidade do ICMS - Imunidade do IPI
-Imunidade das contribuições sociais e de contribuições de intervenção no domínio econômico
A tributação sobre o comércio exterior, como se pode perceber, não tem finalidade arrecadatória, mas sim extrafiscal. O governo a utiliza
como forma de regulação econômica. Assim, alguns princípios constitucionais tributários não se aplicam aos tributos incidentes sobre o comércio exterior.
Fazemos menção, nesse momento, aos princípios da legalidade, da anterioridade e da noventena. O que são cada um desses princípios?
Recordemo-nos das aulas de Direito Tributário!
O princípio da legalidade está previsto no art. 150, inciso I, da CF/88, que dispõe que é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. Em outras palavras, a norma competente para instituir e aumentar a alíquota de um
tributo é a lei.
O princípio da anterioridade, por sua vez, está insculpido no art.
150, inciso III, alínea b, da CF/88. Segundo esse princípio, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos no mesmo
exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Assim, se uma lei majora um tributo em agosto de 2012, este
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somente poderá ser recolhido pela alíquota maior a partir de 1º de janeiro de 2013.
O princípio da noventena, também chamado de anterioridade nonagesimal, encontra previsão no art. 150, inciso III, alínea c, da CF/88. Ele
veda que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios cobrem tributos antes de decorridos 90 (noventa) dias da data em que haja
sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Destaque-se que os princípios da anterioridade e da noventena devem ser observados em
conjunto.
Suponha que uma lei majore um tributo em 1º de novembro de 2012. Pelo princípio da anterioridade, este poderia ser recolhido pela alíquota
maior a partir de 1º de janeiro de 2013. No entanto, há que se observar
também a noventena, eis que o tributo somente poderá ser recolhido 90 dias após 1º de novembro de 2012, ou seja, em 1º de fevereiro de 2013.
Agora que já recordamos esses princípios constitucionais tributários,
vejamos como eles são excepcionados em relação aos tributos incidentes sobre o comércio exterior:
a) Imposto de Importação (I.I):
- Não obedece ao princípio da legalidade quanto à alteração de alíquotas, o que quer dizer que não há necessidade de lei para alterar a
alíquota do imposto de importação. Hoje, a alteração de alíquotas do imposto de importação compete à Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), que o faz
mediante Resolução.
- Não obedece ao princípio da anterioridade e ao princípio da
noventena. Assim, a alteração de alíquotas gera efeitos imediatos.
b) Imposto de Exportação (I.E):
- Da mesma forma que o imposto de importação, o imposto de
exportação não obedece ao princípio da legalidade quanto à alteração de alíquotas. A fixação da alíquota do imposto de exportação também compete à
CAMEX.
- O imposto de exportação também não obedece aos princípios da anterioridade e da noventena.
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A CAMEX tem competência para fixar a alíquota do imposto
de importação e do imposto de exportação.
Se uma questão disser que a CAMEX fixa a alíquota dos tributos incidentes sobre o comércio exterior, ela estará
errada. Por quê?
Porque sobre o comércio exterior há incidência de vários
outros tributos além do imposto de importação e do imposto de exportação.
c) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI):
- O IPI não obedece ao princípio da legalidade quanto à alteração de alíquotas.
- O IPI não obedece também ao princípio da anterioridade.
- Cuidado! O IPI obedece ao princípio da noventena. Assim, embora não seja necessário esperar pelo próximo exercício, faz-se mister
aguardar o período mínimo de 90 dias.
d) PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação:
- O PIS/PASEP-Importação e a COFINS-Importação obedecem ao
princípio da legalidade quanto à alteração de alíquotas.
- O PIS/PASEP-Importação e a COFINS-Importação não obedecem ao
princípio da anterioridade, mas obedecem ao princípio da noventena (anterioridade nonagesimal). Isso é o que prevê o art. 195, § 6º, da CF/88.
1.2-Produtos, Bens e Mercadorias:
Qual a diferença entre produtos, bens e mercadorias?1
Bens são coisas, corpóreas e incorpóreas, possuidoras de utilidade
econômica e que representam riqueza incorporada ao patrimônio e
passível de avaliação pecuniária (avaliação em dinheiro). São exemplos de bens: os imóveis (casas, prédios), veículos, televisões, notebooks, ipads, etc.
1 Os conceitos apresentados a seguir foram extraídos do seguinte artigo: MEIRA, Liziane Angelotti. Imposto sobre a Importação. In: Temas Atuais de
Direito Aduaneiro, Coord: Rosaldo Trevisan. São Paulo: Lex Editora, 2008, pp. 103-106.
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Produto, por sua vez, é o nome que se atribui a toda e qualquer coisa ou utilidade que foi extraída de outra. Trata-se de um conceito
abrangente, mais amplo, inclusive, que o de bem. Isso porque a palavra “produtos” abrange até mesmo coisas que não sejam passíveis de avaliação
econômica. Existem produtos agrícolas, produtos industrializados, minerais, intelectuais, etc.
Mercadorias, por fim, são coisas que servem como objeto de operações comerciais. Toda mercadoria é um bem, mas nem todo bem é
mercadoria. Apenas são mercadorias os bens móveis destinados à realização de operações mercantis. A título de exemplo, a bagagem de viajantes não
pode ser considerada mercadoria, mas apenas um bem.
O Código Aduaneiro do Mercosul, embora ainda não esteja
em vigor, nos traz o conceito aduaneiro de “mercadoria”.
Segundo o referido diploma, “mercadoria é todo bem suscetível de um destino aduaneiro”.
E quais são os destinos aduaneiros possíveis?
São quatro os destinos aduaneiros:
1) inclusão (admissão) em um regime aduaneiro especial;
2) retorno ao exterior
3) abandono
4) destruição.
Tais conceitos (bens, produtos e mercadorias) são importantes para
interpretarmos a incidência do imposto de importação e do imposto de exportação. Vejamos o que nos informa a CF/88:
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros; II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou
nacionalizados;
Como se percebe da leitura do art. 153, o legislador constituinte autorizou a União a instituir o imposto de importação e o imposto de
exportação, os quais podem incidir sobre produtos, conceito este que já vimos que é mais amplo do que o de mercadorias e que o de bens.
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Vamos agora dar uma olhada no que nos informa o Regulamento Aduaneiro, cujos dispositivos advém do Decreto-Lei nº 37/66! 2
Art. 69. O imposto de importação incide sobre mercadoria
estrangeira.
... Art. 212. O imposto de exportação incide sobre mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior.
Analisando esses artigos, verifica-se que foi feita menção ao termo
“mercadoria”. Mas será que a incidência do imposto de importação e do imposto de exportação é mesmo tão restrita assim? Como vimos, “mercadoria”
engloba apenas os bens móveis objeto de operações comerciais.
Segundo Liziane Angelotti, à primeira vista, pode parecer que o legislador exerceu apenas parcela restrita de sua competência, afinal a
Constituição autorizou a incidência do I.I e I.E sobre produtos, cujo conceito é bem mais amplo que o de mercadorias.
Entretanto, analisando os outros dispositivos da legislação, percebe-se que não é essa a interpretação adequada. Como estudaremos
detalhadamente mais à frente, há previsão normativa para que o imposto de importação também incida sobre bagagem de viajantes (que não são
mercadorias, mas bens!). Ou, ainda, que há incidência do imposto de importação em relação a outras operações comerciais em que não há
transferência de propriedade (aluguel, arrendamento operacional, etc.). Outro exemplo é a incidência do imposto de importação na hipótese de doação.
Conclui-se, a partir desse debate, que não se pode afirmar, a partir de uma interpretação sistemática do ordenamento jurídico nacional, que o
imposto de importação e o imposto de exportação incidam apenas sobre mercadorias. O imposto de importação e o imposto de exportação incidem sobre bens. 3
2 Várias normas do Regulamento Aduaneiro vêm desse Decreto-Lei que, pasmem, é de 1966. As normas de comércio exterior precisam, urgentemente, ser reformadas e
adequadas à nova realidade internacional. 3 MEIRA, Liziane Angelotti. Imposto sobre a Importação. In: Temas Atuais de
Direito Aduaneiro, Coord: Rosaldo Trevisan. São Paulo: Lex Editora, 2008, pp. 103-106.
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1) Na prova, você deve marcar como correta uma
assertiva que traga a literalidade dos art. 69 e art.212 do R/A:
Art. 69. O imposto de importação incide sobre
mercadoria estrangeira. ...
Art. 212. O imposto de exportação incide sobre
mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior.
2) Se a questão adentrar em debates doutrinários,
você poderá afirmar que o imposto de importação incide sobre bens estrangeiros e que o imposto de
exportação incide sobre bens nacionais ou nacionalizados.
3) Lembre-se, por último, de que a CF/88 autoriza
que a União institua imposto sobre a importação de produtos estrangeiros e imposto sobre a exportação
de produtos nacionais ou nacionalizados.
1.3-Produtos Estrangeiros, Produtos Nacionais, Nacionalizados e Desnacionalizados
Vamos entender esses conceitos, que serão muito importantes para
entendermos a tributação no comércio exterior.
a) Produtos Nacionais: são os produtos fabricados no Brasil ou que sofreram uma transformação substancial em território nacional. 4
b) Produtos Estrangeiros: são os produtos originários do exterior, observadas as regras de origem. Um carro fabricado na Alemanha, por
exemplo, é um produto estrangeiro.
c) Produtos Nacionalizados: É um produto estrangeiro que é importado com ânimo de definitividade. É importante destacar que quando
um bem entra no país admitido em um regime aduaneiro especial, como, por exemplo, a admissão temporária, ele não está se nacionalizando brasileiro.
Veja: nesse caso, o bem não ingressou em território nacional com ânimo de definitividade. Sua entrada está, desde já, condicionada ao retorno para o
exterior. O retorno de uma admissão temporária é denominado reexportação.
4 Para determinar se um produto é ou não nacional, devem ser observadas as regras de origem.
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A ESAF considera que a nacionalização ocorre quando
a mercadoria é importada a título definitivo, independentemente de despacho para consumo.
Nesse caso, a mercadoria considera-se nacionalizada na data do embarque no exterior.
d) Produtos Desnacionalizados: É o produto nacional ou nacionalizado exportado com ânimo de definitividade. A exportação temporária
não tem como conseqüência a desnacionalização do produto, uma vez que a saída deste já está condicionada ao retorno ao Brasil. Destaque-se que o
retorno de uma exportação temporária é denominado reimportação.
Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova!
1. (ATRFB-2012) Ao dispor sobre o Imposto de Importação, o art. 153, I, da Constituição Federal, reza que compete à União instituir impostos sobre
importação de bens estrangeiros.
Comentários:
A CF/88 dispõe que compete à União instituir impostos sobre a
importação de produtos estrangeiros. Questão errada.
2. (ATRFB-2012) O Imposto sobre Produtos Industrializados incide sobre
mercadorias industrializadas destinadas ao exterior.
Comentários:
O IPI não incide sobre mercadorias industrializadas destinadas ao exterior, uma vez que há imunidade de IPI nas exportações. Questão errada.
3. (ATRFB-2012) Com o objetivo de fomentar as exportações, a Constituição Federal atribui, excepcionalmente, aos Estados e ao Distrito
Federal a competência para exonerar os contribuintes do Imposto de Exportação.
Comentários:
O imposto de exportação é tributo da competência da União, não tendo sido atribuída pela CF/88 qualquer competência aos Estados e DF no que
diz respeito a esse imposto. Questão errada.
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4. (Questão Inédita) Um bem exportado temporariamente não se desnacionaliza.
Comentários:
Quando é realizada uma exportação temporária, não há ânimo de definitividade e, portanto, não há que se falar em desnacionalização. Um bem
exportado temporariamente continua sendo um bem nacional. Questão correta.
2- IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO (arts. 69 a 211-A do R/A)
2.1- Introdução:
O imposto de importação é um tributo de caráter eminentemente
extrafiscal, isto é, visa permitir que o governo exerça a função de regulação econômica por meio do controle das importações. Assim, não se pode
dizer que o imposto de importação possui finalidade arrecadatória, embora a arrecadação de recursos para os cofres públicos seja um efeito da imposição
desse tributo. Nos últimos anos, o imposto de importação tem representado apenas algo em torno de 5% do total da arrecadação tributária brasileira.
Mas como assim o governo exerce controle das importações?
Simples. Ao aumentar o imposto de importação, o governo confere proteção à indústria nacional em detrimento de bens estrangeiros. Ao reduzir o
imposto de importação, por outro lado, o governo estimula a entrada de bens estrangeiros no território nacional. Assim, se a indústria nacional de têxteis
está enfrentando forte concorrência externa e, em razão disso, acumulando prejuízos, o governo poderá aumentar a alíquota do I.I para produtos têxteis.
Por outro lado, o governo pode reduzir a alíquota do I.I incidente sobre um determinado tipo de máquina / equipamento que não possua produção
nacional, estimulando, assim, os investimentos produtivos no país. Da mesma
forma, diante de uma crise de desabastecimento interno, é interesse do governo estimular a entrada de produtos, o que é feito por meio da redução da
alíquota do imposto de importação.
Diante de todas essas hipóteses, é fácil perceber que o governo brasileiro precisaria de flexibilidade para poder alterar as alíquotas do
imposto de importação de forma rápida. Com base nessa ideia, a CF/88 determinou, em seu art. 153, § 1º, que, atendidas as condições e os limites
estabelecidos em lei, é facultado ao Poder Executivo alterar as alíquotas do imposto de importação. Em outras palavras, a CF/88 estabelece que o
imposto de importação não obedece ao princípio da legalidade quanto
à alteração de alíquotas. Atualmente, a alteração das alíquotas do imposto
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de importação compete à CAMEX (Câmara de Comércio Exterior), que o faz mediante Resolução.
Cabe destacar, todavia, que a alteração das alíquotas do imposto de importação deve observar os compromissos internacionais
assumidos pela República Federativa do Brasil, sob pena de responsabilidade internacional. Nesse sentido, há limites tarifários máximos
para o imposto de importação acordados pelo Brasil na OMC, os quais só podem ser ultrapassados caso realizada renegociação multilateral5. Ademais,
os membros do MERCOSUL definem em conjunto as alíquotas do imposto de importação, salvo nas hipóteses de exceção à TEC. 6
O imposto de importação também representa uma exceção aos princípios da anterioridade e da noventena7. Dessa forma, a alteração de
alíquotas do imposto de importação gera efeitos imediatos. O objetivo do
legislador constituinte foi, de fato, conferir maior agilidade às decisões
governamentais no que diz respeito à regulação do comércio exterior.
2.2- Lançamento:
Segundo o art. 142 do Código Tributário Nacional, lançamento é o
procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o
montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso,
5 O art. II do GATT (Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio) estabelece que nenhum membro da OMC poderá conceder, aos produtos de outros membros, tratamento
menos favorável do que o previsto em sua Lista de Concessões. A Lista de Concessões representa, assim, o limite máximo do imposto de importação que cada Estado-
membro se comprometeu a observar.
6 O MERCOSUL, por tratar-se de uma união aduaneira, aplica uma Tarifa Externa Comum em relação às importações de terceiros países. As alíquotas da TEC são definidas em conjunto pelos Estados-membros do MERCOSUL. No MERCOSUL,
todavia, existem diversas exceções à TEC (produtos em relação aos quais não se aplica a alíquota da TEC), o que nos permite dizer que esse bloco regional trata-se de
uma união aduaneira imperfeita.
7 O princípio da anterioridade está previsto no art. 150, inciso III, alínea b, da CF/88, que veda aos entes federativos cobrar tributos no mesmo exercício financeiro
em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Por sua vez, o princípio da noventena (anterioridade nonagesimal) está previsto no art. 150, inciso III, alínea c, da CF/88, vedando aos entes federativos cobrar tributos antes de
decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Os dois princípios são verdadeiras limitações constitucionais ao poder
de tributar e são, em regra, exigidos cumulativamente. Destaque-se que o imposto de importação não precisa obedecer a nenhum desses princípios.
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propor a aplicação da penalidade cabível. A partir dessa definição, é possível verificar que é o crédito tributário é constituído pelo lançamento.
Como você irá estudar em Direito Tributário com o Prof. Aluísio Neto, existem três modalidades de lançamento: i) lançamento de ofício ou direto;
ii) lançamento por declaração ou misto e; iii) lançamento por homologação (“autolançamento”).
Cabe-nos perguntar o seguinte: qual o tipo de lançamento se
aplica ao imposto de importação?
À primeira vista, você pode me dizer: “Ah, o lançamento do imposto
de importação é por declaração! Afinal existe uma Declaração de Importação!”
Isso está absolutamente errado. Em regra, o imposto de importação é objeto de lançamento por homologação. É o importador que
elabora a Declaração de Importação (DI), registrando-a no SISCOMEX, antecipando o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa.
Registrada a DI, os tributos são automaticamente debitados da conta do importador. Caberá à autoridade aduaneira, a posteriori, fazer a
homologação do lançamento realizado pelo contribuinte. Somente com a
homologação é que o crédito tributário considera-se definitivamente extinto.
A homologação poderá ser expressa ou tácita. A homologação será expressa quando, por meio de ato administrativo, a autoridade declarar a
concordância com a atividade realizada pelo sujeito passivo. Por outro lado, a homologação será tácita quando for ultrapassado o prazo legal para a
homologação expressa sem que a autoridade administrativa se posicione. Nesse sentido, o art. 150, § 4º, do CTN, dispõe que se a lei não fixar prazo
para a homologação, será ele de 5 (cinco) anos, a contar da ocorrência do fato gerador. Uma vez expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública
tenha se pronunciado, o lançamento considera-se homologado e o
crédito tributário definitivamente extinto, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
Segundo a doutrina tributarista majoritária, o fim do prazo para
homologação (5 anos), além de implicar em homologação tácita, opera a decadência do direito de a Administração Tributária constituir o crédito
tributário, lançando de ofício eventuais diferenças apuradas. Portanto, pode-se afirmar que, em regra, o imposto de importação irá decair em 5 (cinco) anos a contar da data da ocorrência do fato gerador. 8
8 Segundo o Prof. Ricardo Alexandre, na sistemática do lançamento por homologação,
tem-se o único caso em que o prazo decadencial é contado exatamente da data
da ocorrência do fato gerador. Peço, então, que você tenha muito cuidado com o art. 752, inciso I do R/A, que não pode se aplicar ao imposto de importação, que
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2.3- Base de Cálculo:
A base de cálculo do imposto de importação é definida pelo art. 75 do
Regulamento Aduaneiro, conforme transcrito a seguir:
Art. 75. A base de cálculo do imposto é: I - quando a alíquota for ad valorem, o valor aduaneiro apurado
segundo as normas do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio - GATT 1994; e II - quando a alíquota for específica, a quantidade de mercadoria
expressa na unidade de medida estabelecida.
Conforme se pode observar ao ler o dispositivo supracitado, há duas situações diferentes:
- se a alíquota do imposto for ad valorem, a base de cálculo do I.I será o valor aduaneiro. As regras para a determinação do valor aduaneiro
estão previstas no Acordo sobre a Implementação do art. VII do GATT, que, por ter sido regularmente internalizado no ordenamento jurídico interno,
possui status de lei ordinária. Em aula posterior, nós estudaremos sobre a valoração aduaneira.
Como estudaremos em aula futura, o valor aduaneiro não é exatamente o valor CIF
(valor da mercadoria somado ao frete e seguro internacionais). Entretanto, as principais
parcelas que compõem o valor aduaneiro são, de fato, o valor da mercadoria, o frete e o seguro
internacionais. Assim, podemos afirmar o seguinte:
1) É razoável dizer que, no cálculo do imposto de importação toma-se como base o valor CIF.
2) A base de cálculo do imposto de importação
é o valor aduaneiro.
- se a alíquota do imposto for específica, a base de cálculo será a quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida. A título de exemplo, imaginemos que a alíquota do imposto de
importação incidente sobre soja seja de US$ 2,00 / kg. Se forem importados
está sujeito a lançamento por homologação. O art. 752, inciso I do R/A determina que o direito de exigir o tributo extingue-se em cinco anos, contados do primeiro dia do
exercício seguinte àquele em que poderia ter sido lançado.
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2000 kg de soja, essa quantidade (2000 kg) será exatamente a base de cálculo do imposto de importação.
O cálculo do imposto de importação será feito, então, pela aplicação das alíquotas fixadas na Tarifa Externa Comum (TEC) sobre a base de cálculo determinada conforme as regras anteriores.9 Isso não se aplica
às remessas postais internacionais (quando sujeitas ao regime de tributação simplificada), aos bens enquadrados como bagagem de viajante procedente do
exterior (quando sujeitos ao regime de tributação especial) e às mercadorias procedentes da República do Paraguai, importadas por via terrestre, quando
aplicado o Regime de Tributação Unificada (RTU).
A alíquota aplicável é aquela que estiver em vigor na data da
ocorrência do fato gerador. Segundo o art. 97 do R/A, para efeitos de cálculo do imposto, os valores expressos em moeda estrangeira deverão ser
convertidos em moeda nacional à taxa de câmbio vigente na data em que se considerar ocorrido o fato gerador. Com a entrada em vigor da Decisão
CMC nº 13/2007, em 03/06/2012, a taxa de câmbio aplicável passou a taxa diária estabelecida pelo banco central ou autoridade monetária central de cada
Estado Parte, tomando-se a taxa vigente no fechamento do dia anterior ao da data da numeração do despacho de importação. 10
2.4- Pagamento do Imposto:
O imposto de importação é pago na data do registro da Declaração de Importação (DI). No ato do registro da DI, é feito o débito
do valor referente ao imposto de importação. O Ministro da Fazenda poderá, em casos especiais, fixar outros momentos para o pagamento do imposto.
A importância a pagar será o resultado da apuração do total do
imposto, na declaração de importação ou em documento de efeito equivalente. O depósito para garantia de qualquer natureza será feito na Caixa
Econômica Federal (CEF), na forma da legislação específica.
Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova!
9 Não podemos nos esquecer de que existem as exceções à TEC. Os produtos relacionados como exceções à TEC não se sujeitam às alíquotas previstas na TEC, mas
sim às alíquotas do I.I discricionariamente definidas pela CAMEX. 10 Para fins de concurso público, parece-nos mais seguro que o candidato considere
como correta a literalidade do art. 97, assim como a regra insculpida na Decisão CMC nº 13/2007.
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5. (AFRFB-2012) A base de cálculo do Imposto de Importação, quando a alíquota for específica, é o valor aduaneiro apurado segundo as normas do
artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio (GATT 1994).
Comentários:
Quando a alíquota for específica, a base de cálculo do imposto de
importação será a quantidade de mercadoria na unidade de medida estabelecida. A base de cálculo do I.I será o valor aduaneiro quando a alíquota
for ad valorem. Questão errada.
6. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A base de cálculo do imposto de importação é a quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida
estabelecida, quando a alíquota for específica.
Comentários:
De fato, quando a alíquota for específica, a base de cálculo do
imposto de importação é a quantidade de mercadoria na unidade de medida estabelecida. Questão correta.
7. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Bens sujeitos à alíquota zero de imposto de importação implicam a adoção de alíquota zero no imposto de
produtos industrializados.
Comentários:
Não há relação entre a alíquota do imposto de importação e a
alíquota de qualquer tributo. Assim, se a alíquota do imposto de importação for zero, não há obrigatoriedade de que a alíquota do IPI também seja zero.
Questão errada.
8. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Caso a alíquota incidente seja “ad valorem”, o imposto de importação será calculado pela aplicação das
alíquotas fixadas na Tarifa Externa Comum (TEC) sobre a quantidade ou o peso da mercadoria importada.
Comentários:
Se a alíquota for ad valorem, o imposto de importação será calculado pela aplicação das alíquotas fixadas na TEC sobre o valor aduaneiro. Questão
errada.
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2.5- Fato Gerador:
O imposto de importação é tributo de competência da União que tem
como fato gerador a entrada de mercadoria estrangeira no território nacional. O Regulamento Aduaneiro dispõe exatamente nesse sentido no art. 72,
estabelecendo que “o fato gerador do imposto de importação é a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro.” A entrada da
mercadoria estrangeira no território aduaneiro é considerada pela doutrina o elemento espacial (geográfico) do fato gerador. Uma mercadoria, ao cruzar
os limites territoriais (geográficos) do País, entrando no território aduaneiro pela zona primária, dá ensejo à ocorrência do fato gerador do imposto de
importação.
Mas aí cabe fazer a pergunta: em que momento exato se considera
que uma mercadoria estrangeira entrou no território aduaneiro?
A definição do momento temporal exato em que ocorre o fato gerador do imposto de importação é muito importante, uma vez que o cálculo do
tributo deverá ser realizado levando-se em consideração a alíquota vigente no momento da ocorrência do fato gerador. Mas não pense você que é fácil definir
esse momento temporal... Imagine se tivéssemos que saber exatamente quando um avião entrou no espaço aéreo brasileiro! Ou, então, o momento
exato em que um navio entrou nas águas territoriais do país!
Em virtude dessas complicações, dispõe o art. 73 do R/A que
considera-se ocorrido o fato gerador do imposto de importação na data do registro da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho
para consumo. Segundo entendimento do STJ, embora o fato gerador do imposto de importação ocorra com a entrada da mercadoria
estrangeira no território nacional, este apenas se aperfeiçoa com o registro da Declaração de Importação no regime comum (REsp
362.910/PR).
Na prova, você deve considerar corretas as
seguintes assertivas:
1) O fato gerador do imposto de importação é a entrada de mercadoria estrangeira no território
aduaneiro (território nacional).
2) O fato gerador do imposto de importação
considera-se ocorrido na data do registro da Declaração de Importação.
Mas não pensem que é tão simples assim não! Vejamos o que diz o inteiro teor do art. 73 do R/A:
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Art. 73. Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador:
I - na data do registro da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho para consumo; II - no dia do lançamento do correspondente crédito tributário,
quando se tratar de: a) bens contidos em remessa postal internacional não sujeitos ao
regime de importação comum; b) bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou desacompanhada;
c) mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade
aduaneira; ou d) mercadoria estrangeira que não haja sido objeto de declaração de
importação, na hipótese em que tenha sido consumida ou revendida, ou não seja localizada; III - na data do vencimento do prazo de permanência da
mercadoria em recinto alfandegado, se iniciado o respectivo despacho aduaneiro antes de aplicada a pena de perdimento da
mercadoria, na hipótese a que se refere o inciso XXI do art. 689 IV - na data do registro da declaração de admissão temporária para utilização econômica
Parágrafo único. O disposto no inciso I aplica-se, inclusive, no caso de despacho para consumo de mercadoria sob regime suspensivo de
tributação, e de mercadoria contida em remessa postal internacional ou conduzida por viajante, sujeita ao regime de importação comum.
O Regulamento Aduaneiro define outros momentos temporais para
que se considere como ocorrido o fato gerador do imposto de importação. Cada um deles se refere a uma situação específica. Vejamos:
1) O art. 73, inciso I nós já estudamos. Quando uma mercadoria é despachada para consumo11, ou seja, quando é importada a título definitivo, o
fato gerador do imposto de importação considera-se ocorrido na data do
registro da Declaração de Importação.
2) O art. 73, inciso II estabelece as situações em que a data da ocorrência do fato gerador é o dia do lançamento do crédito tributário.
Trata-se de situações em que não se faz registro de Declaração de Importação.
11 Existem três tipos de despacho aduaneiro: i) despacho para consumo: aplicável às mercadorias importadas a título definitivo (mercadorias nacionalizadas); ii) despacho para admissão: aplicável às mercadorias que ingressam no país ao amparo
de regimes aduaneiros especiais (estudaremos esses regimes em aulas futuras) e; iii) despacho para internação: aplicável as mercadorias que saem da Zona Franca de Manaus ou Áreas de Livre Comércio em direção ao restante do território nacional.
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a) A alínea “a” se refere aos bens contidos em remessa postal internacional não sujeitos ao regime de importação comum. Quanto a esse
ponto, cabe destacar que há dois regimes de tributação possíveis para as remessas postais internacionais: o regime de tributação simplificada e o
regime de tributação comum.
O regime de tributação simplificada se aplica às importações de
bens pelos correios, companhias aéreas, empresas de courier, presentes recebidos do exterior e compras pela Internet. O valor máximo dos bens
importados ao amparo desse regime é US$ 3.000,00 e a alíquota do imposto de importação incidente será de 60%. Ressalte-se que as remessas no valor
total de até US$ 50,00 estão isentas de impostos, com a condição de que sejam transportadas pelo serviço postal e que remetente e destinatário sejam
pessoas físicas. Alguns bens não se submetem ao regime de tributação simplificada: bebidas alcoólicas, fumo e produtos de tabacaria.
O regime de tributação comum, por sua vez, se aplica às importações de remessas postais internacionais cujo valor supere os US$
3.000,00 ou caso o produto seja bebida alcoólica ou produto de tabacaria. Nesse caso, haverá necessidade de registro da Declaração de
Importação.
Voltando à questão do momento do fato gerador, verificamos que:
- No caso de remessas postais internacionais importadas ao
amparo do regime de tributação simplificada, não há registro da D.I, logo o fato gerador considera-se ocorrido no dia do lançamento.
- No caso de remessas postais internacionais importadas ao
amparo do regime de tributação comum, haverá registro de DI e, portanto, o fato gerador considera-se ocorrido na data de registro de D.I.
b) A alínea “b” diz respeito aos bens enquadrados no conceito de bagagem, acompanhada ou desacompanhada. Bagagem acompanhada é o
conjuntos de bens que o viajante traz consigo no mesmo meio de transporte em que realiza a viagem, os quais não estão amparados por conhecimento de
embarque ou documento de mesma finalidade. Bagagem desacompanhada é o conjunto de bens que chega ao país ou vai para exterior em decorrência da
viagem do indivíduo. Tais bens estão amparados por conhecimento de embarque (conhecimento de carga).
Há, fundamentalmente, quatro tratamentos distintos para os bens trazidos ao país por viajantes, conforme previsto na IN RFB nº
1059/2010. São eles: i) isenção; ii) regime de tributação especial; iii) regime de importação comum e; iv) perdimento.
A isenção será concedida aos seguintes bens integrantes de
bagagem acompanhada:
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- livros, folhetos e periódicos;
-bens de uso ou consumo pessoal (abrangem uma máquina
fotográfica, um relógio de pulso e um telefone celular, desde que em compatibilidade com as circunstâncias da viagem)
- outros bens, observado o limite de US$ 500,00 (no caso de ingresso
no país por via marítima ou aérea) e de US$ 300,00 (no caso de ingresso no país por via terrestre, fluvial ou lacustre.
Há ainda limites quantitativos para a isenção, como, por exemplo, para bebidas alcoólicas (12 litros), cigarros (10 maços), charutos ou cigarrilhas
(25 unidades) e fumo (250 gramas)
O regime de tributação especial é o que permite o despacho de bens integrantes de bagagem com a exigência apenas do imposto de
importação, a uma alíquota de 50%. Aplica-se aos bens que não se enquadrarem nos limites de isenção. Por exemplo, se for importado um
notebook cujo valor é US$ 2000,00, incidirá a alíquota de 50% do I.I sobre o que exceder o limite de isenção. Considerando que o limite de
isenção é US$ 500,00 (ingresso por via aérea), a alíquota de 50% do I.I
incidirá sobre US$ 1500,00.
No caso de bens trazidos por viajante aos quais se aplique o regime de tributação especial não haverá
registro de DI, mas sim lançamento do crédito tributário. Daí dizer-se que o fato gerador ocorre no
momento em que é realizado o lançamento no caso de bens compreendidos no conceito de bagagem.
O regime de importação comum, por sua vez, se aplica aos bens que não possam ser enquadrados como bagagem ou que excedam os limites
quantitativos. Considera-se bagagem, nos termos da IN RFB nº 1059/2010, “os bens novos ou usados que um viajante, em compatibilidade com as
circunstâncias de sua viagem, puder destinar para seu uso ou consumo pessoal, bem como para presentear, sempre que, pela sua quantidade,
natureza ou variedade, não permitirem presumir importação ou exportação com fins comerciais ou industriais.” Estão excluídos do
conceito de bagagem veículos automotores em geral, motocicletas, motonetas, bicicletas com motor, motores para embarcação, motos aquáticas e similares,
casas rodantes (motor homes), aeronaves e embarcações de todo tipo.
Para os bens importados ao amparo do regime de importação
comum, o imposto de importação incidirá com a alíquota prevista na TEC, devendo ser registrada uma Declaração de Importação pelo importador. Nesse
caso, o fato gerador considera-se ocorrido na data de registro da DI.
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Por fim, o perdimento se aplica aos bens que não podem ser trazidos pelo viajante ao país. Citamos, como exemplo, mercadorias cuja
produção tenha violado direito autoral e cigarros e bebidas fabricados no Brasil, destinados à venda exclusivamente no exterior.
c) A alínea “c” se refere a mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, cujo extravio ou avaria tenha sido
verificado pela autoridade aduaneira. Perceba que, mesmo nessas situações (avaria ou extravio), haverá fato gerador do imposto de importação. No caso
de avaria, isso não nos traz grandes complicações, afinal, a mercadoria, apesar de ter sofrido algum dano, entrou no território aduaneiro. Já no
caso do extravio, a situação é mais complicada, pois a mercadoria pode nem sequer ter entrado no território nacional.
Para resolver esse problema e evitar discussões, o art. 72, §1º, do R/A, dispõe que, para efeito de ocorrência do fato gerador, considera-se
entrada no território aduaneiro a mercadoria que conste como importada e cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade
aduaneira. Presume-se que a mercadoria extraviada entrou no território aduaneiro, daí dizer-se que essa situação configura fato gerador presumido
do imposto de importação.
As diferenças percentuais de mercadoria a granel extraviadas não serão consideradas, para fins de exigência do imposto de importação, quando
forem inferiores a 1% (um por cento). Em outras palavras, admite-se o
extravio de 1% de mercadorias a granel sem que seja exigido o imposto de importação em relação a estas. Se o extravio for superior a 1%, o imposto
de importação será exigido em relação à integralidade das mercadorias extraviadas.
Registre-se que, no caso de extravio, quem pagará o imposto de
importação será o responsável (transportador ou depositário), e não o importador. Ao contrário, por já ter feito o recolhimento do imposto de
importação no momento do registro da Declaração de Importação (DI), o importador fará jus à restituição dos valores relativos a esse imposto.
A avaria da mercadoria, por sua vez, terá como efeito a redução do montante tributável (base de cálculo) do imposto de importação,
proporcionalmente ao prejuízo. O importador, tendo recolhido o imposto de importação sobre o valor total da mercadoria (sem considerar o prejuízo), fará
jus à restituição do que foi pago a maior (montante do imposto relativo ao prejuízo). A Receita Federal irá cobrar do responsável (transportador ou
depositário) o imposto de importação incidente sobre o valor do prejuízo.
Até a edição da Lei nº 12.350/2010, a apuração da
responsabilidade pela avaria ou extravio de mercadoria era realizada por meio de um processo administrativo denominado de vistoria aduaneira. A Lei
nº 12.350/2010 colocou um fim à vistoria aduaneira, o que foi confirmado com
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a edição do Decreto nº 8.010/2013. Hoje, a autoridade aduaneira, ao verificar a ocorrência de avaria ou extravio de mercadoria, irá proceder ao lançamento
de ofício, formalizado por meio de auto de infração. Portanto, nesse caso, o fato gerador considera-se ocorrido no momento do lançamento do crédito
tributário.
Antes da edição do Decreto nº 8.010/2013, o art. 72,
§ 1º, do R/A, dispunha o seguinte:
“Para efeito de ocorrência do fato gerador, considera-
se entrada no território aduaneiro a mercadoria que conste como importada e cujo extravio tenha sido
apurado pela autoridade aduaneira.”
Com a edição do Decreto nº 8.010/2013, o art. 72, § 1º, do R/A, passou a dispor da seguinte forma:
“Para efeito de ocorrência do fato gerador, considera-se entrada no território aduaneiro a mercadoria que
conste como importada e cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade aduaneira.”
A razão dessa pequena mudança foi o fim do
processo de vistoria aduaneira. A vistoria aduaneira era o processo administrativo cujo objetivo
era apurar avaria ou extravio de mercadoria. Com o
fim da vistoria aduaneira, a autoridade aduaneira, uma vez constatada a avaria ou extravio de
mercadoria, irá simplesmente lavrar um auto de infração, efetuando o lançamento de ofício. Assim,
atualmente, não há mais que se falar em “apuração” de avaria/extravio (que pressupõe a existência de um
processo administrativo), mas somente em “verificação”.
d) A alínea “d” diz respeito a mercadoria estrangeira que não haja sido objeto de declaração de importação, na hipótese em que tenha sido
consumida ou revendida, ou não seja localizada.
Aqui temos o caso de uma mercadoria que foi importada sem DI, ou seja, que entrou no país de forma irregular. Se essa mercadoria for
encontrada, a Receita Federal irá apreendê-la, aplicando a pena de perdimento. Se a RFB aplicar a pena de perdimento, não haverá incidência do
imposto de importação. Em sentido contrário, caso a RFB não encontre a
mercadoria, em virtude de esta já ter sido consumida ou revendida, não há que se falar em pena de perdimento, havendo a incidência do
imposto de importação. A autoridade aduaneira fará, então, o lançamento
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do crédito tributário, momento em que se considera ocorrido o fato gerador do imposto de importação.
3) O art. 73, inciso III estabelece uma situação em que o momento da ocorrência do fato gerador será a data do vencimento do prazo de
permanência da mercadoria em recinto alfandegado. Esse será o momento temporal do fato gerador se for iniciado o despacho aduaneiro de
importação antes de aplicada a pena de perdimento na hipótese de abandono de mercadoria em recinto alfandegado.
Vamos entender esse negócio!
Uma mercadoria é considerada abandonada nas hipóteses previstas no art. 642 do R/A. Uma vez que a mercadoria tenha sido considerada
abandonada, a autoridade aduaneira dará início ao processo administrativo para aplicação da pena de perdimento. Vejamos as hipóteses em que uma
mercadoria é considerada abandonada:
Art. 642. Considera-se abandonada a mercadoria que permanecer em recinto alfandegado sem que o seu despacho de importação seja
iniciado no decurso dos seguintes prazos I - noventa dias:
a) da sua descarga; e b) do recebimento do aviso de chegada da remessa postal internacional sujeita ao regime de importação comum;
II - quarenta e cinco dias: a) após esgotar-se o prazo de sua permanência em regime de
entreposto aduaneiro; b) após esgotar-se o prazo de sua permanência em recinto alfandegado
de zona secundária; e c) da sua chegada ao País, trazida do exterior como bagagem, acompanhada ou desacompanhada; e
III - sessenta dias da notificação a que se refere o art. 640. § 1o Considera-se também abandonada a mercadoria que permaneça
em recinto alfandegado, e cujo despacho de importação: I - não seja iniciado ou retomado no prazo de trinta dias da ciência a) da relevação da pena de perdimento aplicada; ou
b) do reconhecimento do direito de iniciar ou de retomar o despacho; ou
II - tenha seu curso interrompido durante sessenta dias, por ação ou por omissão do importador § 2o O prazo a que se refere a alínea “b” do inciso II do caput é de
setenta e cinco dias, contados da data de entrada da mercadoria no recinto.
§ 3o Na hipótese em que a mercadoria a que se refere a alínea “c” do inciso II do caput que não se enquadre no conceito de bagagem, aplicam-se os prazos referidos na alínea “a” do inciso I do caput ou na
alínea “b” do inciso II do caput, conforme o caso. § 4o No caso de bagagem de viajante saindo da Zona Franca de
Manaus para qualquer outro ponto do território aduaneiro, o prazo
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estabelecido na alínea “c” do inciso II do caput será contado da data de embarque do viajante.
Art. 643. Nas hipóteses a que se refere o art. 642, o importador, antes de aplicada a pena de perdimento, poderá iniciar o respectivo despacho de importação, mediante o cumprimento das
formalidades exigíveis e o pagamento dos tributos incidentes na importação, acrescidos de juros e de multa de mora, e das despesas
decorrentes da permanência da mercadoria em recinto alfandegado Parágrafo único. A Secretaria da Receita Federal do Brasil expedirá os atos necessários à aplicação do disposto no caput
Nos termos do art. 643, é possível que o importador, antes de aplicada a pena de perdimento, dê início ao despacho de importação.
Assim, ele evita que seja declarado o perdimento da mercadoria considerada abandonada. Nesse caso, ocorrerá o fato gerador do imposto de importação na
data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado. Perceba que, nesse caso, embora tenhamos o registro
de uma DI, o fato gerador se considera ocorrido em momento anterior (data do vencimento do prazo de permanência em recinto alfandegado)
4) O art. 74, inciso IV estabelece como momento da ocorrência do
fato gerador do I.I a data do registro da declaração de admissão
temporária para utilização econômica. Mais à frente em nosso curso, nós estudaremos os regimes aduaneiros especiais, oportunidade em que falaremos
sobre a admissão temporária para utilização econômica.
Por ora, no entanto, precisamos saber que esse regime aduaneiro especial é aplicável aos bens que ingressam a título temporário no país a fim
de serem empregados em atividade econômica. Tais bens são importados com suspensão parcial de tributos. Logo, por haver recolhimento tributário parcial,
considera-se ocorrido o fato gerador do imposto de importação na hipótese de bens que entram no país ao amparo do regime aduaneiro especial de
admissão temporária para utilização econômica. E o momento temporal
da ocorrência do fato gerador será o registro da declaração para admissão no regime.
A contrario sensu, pode-se interpretar que a entrada de bens no país
ao amparo de outros regimes aduaneiros especiais suspensivos de tributação não é fato gerador do imposto de importação. Esse foi, inclusive, o
entendimento adotado pela ESAF no último concurso de Auditor da RFB 2009, na prova de Direito Tributário. Entretanto, cabe destacar que há grande controvérsia doutrinária e jurisprudencial quanto a esse tema. 12
12 A própria ESAF já se posicionou de forma diversa em concursos anteriores. Nas aulas sobre regimes aduaneiros especiais, nos aprofundaremos melhor nesse assunto:
ocorre fato gerador do imposto de importação na admissão de bens em regimes aduaneiros especiais?
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2.6-Não-ocorrência do fato gerador:
O art. 74 do Decreto nº 6759/2009 relaciona duas hipóteses em
que não ocorre o fato gerador do imposto de importação.
A primeira delas diz respeito ao retorno ao país de mercadoria que tenha sido exportada temporariamente. Nesse caso, como a saída da
mercadoria não se revestiu do caráter de definitividade, não podemos considerar que ela foi desnacionalizada. O retorno ao país de mercadoria
exportada temporariamente é denominado de reimportação. Podemos dizer, então, que na reimportação, não há fato gerador do imposto de importação.
A segunda situação diz respeito ao pescado capturado fora das águas territoriais brasileiras, por empresa localizada no seu território, desde
que observadas as normas da atividade pesqueira. Vejamos o que prevê o art. 74 do R/A:
Art. 74. Não constitui fato gerador do imposto a entrada no território
aduaneiro: I - do pescado capturado fora das águas territoriais do País, por
empresa localizada no seu território, desde que satisfeitas as exigências que regulam a atividade pesqueira; e II - de mercadoria à qual tenha sido aplicado o regime de exportação
temporária, ainda que descumprido o regime.
Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova!
9. (ATRFB-2012-adaptada) Sobre o Imposto de Importação, pode-se afirmar que para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato
gerador na data do registro da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho para consumo.
Comentários:
No caso de mercadorias submetidas a despacho para consumo, o fato gerador do I.I considera-se ocorrido na data do registro da DI. (art. 73, inciso
I, do R/A). Questão correta.
10. (ATRFB-2012-adaptada) Sobre o Imposto de Importação, pode-se
afirmar que para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro da declaração de importação, inclusive no caso de
despacho para consumo de mercadoria sob regime suspensivo de tributação e
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de mercadoria contida em remessa postal internacional ou conduzida por viajante, sujeita ao regime de importação comum.
Comentários:
No caso de mercadoria contida em remessa postal internacional ou conduzida por viajante, haverá registro de DI, motivo pelo qual esse será o
momento da ocorrência do fato gerador. A data do registro da DI também será o momento do fato gerador no caso de despacho para consumo de mercadoria
submetida a regime suspensivo de tributação. Questão correta.
11. (AFRFB-2012) O fato gerador do Imposto de Importação é a entrada
de mercadoria estrangeira no território nacional. Este é o conceito que a doutrina chama de elemento geográfico ou espacial do fato gerador. Para
efeito de cálculo, entre outras situações, considera-se ocorrido o fato gerador do Imposto de Importação no dia do lançamento do correspondente crédito
tributário, quando se tratar de bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou desacompanhada.
Comentários:
O fato gerador do imposto de importação é a entrada de mercadoria estrangeira no território nacional. No caso de bens compreendidos no conceito
de bagagem (acompanhada ou desacompanhada), o fato gerador se considera ocorrido na data do lançamento do crédito tributário. Questão correta.
12. (Questão Inédita) O fato gerador do imposto de importação é a
entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro. Para efeito de
ocorrência do fato gerador, considera-se entrada no território aduaneiro a mercadoria que conste como importada e cujo extravio tenha sido verificado
pela autoridade aduaneira.
Comentários:
O fato gerador do I.I é a entrada de mercadoria estrangeira no
território aduaneiro. Para fins de incidência do I.I, considera-se que a mercadoria extraviada ingressou no território aduaneiro. Questão correta.
13. (Questão Inédita) Para efeito de cálculo do imposto de importação, considera-se ocorrido o fato gerador no dia do lançamento do correspondente
crédito tributário, quando se tratar de bens contidos em remessa postal
internacional sujeitos ao regime de tributação especial.
Comentários:
Para efeito de cálculo do imposto de importação, considera-se ocorrido o fato gerador no dia do lançamento do correspondente crédito
tributário bens contidos em remessa postal internacional não sujeitos ao
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regime de importação comum. O regime de tributação especial se aplica a bagagem de viajantes, e não a bens contidos em remessa postal
internacional. Questão errada.
14. (Questão Inédita) O retorno de mercadoria exportada
temporariamente, quando descumprido o regime, é fato gerador do imposto de importação.
Comentários:
O retorno de exportação temporária, mesmo quando este é descumprido, é hipótese de não-ocorrência do fato gerador do imposto de
importação. Questão errada.
15. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) No caso de Declaração de Importação (DI) registrada no Siscomex, é calculado pelo sistema, de acordo
com a alíquota vigente na data do fato gerador do imposto, ou seja, na data da entrada da mercadoria no país.
Comentários:
A alíquota aplicada é a vigente na data da ocorrência do fato gerador do imposto de importação. O fato gerador considera-se ocorrido na
data do registro da DI (e não na data da entrada da mercadoria!). Suponha, por exemplo, que uma mercadoria ingresso no país no dia de hoje, mas o
registro da DI ocorra apenas daqui a 40 dias. A alíquota aplicável não será a vigente no dia de hoje (data da entrada no país), mas sim aquela que estiver
em vigor na data do registro da DI. Questão errada.
2.7- Hipóteses de não-incidência:
Segundo o art. 69 do R/A, o imposto de importação incide sobre mercadoria estrangeira. A contrario sensu, estão excluídas do campo de
incidência do I.I as mercadorias nacionais.
Mas qual o conceito de mercadoria estrangeira?
Mercadoria estrangeira, nos termos da legislação aduaneira, não é
apenas a mercadoria produzida no exterior. Também é considerada estrangeira a mercadoria nacional ou nacionalizada que foi exportada para o exterior.
Dizemos que, quando uma mercadoria sai do país com o ânimo de definitividade, ela se desnacionaliza, tornando-se estrangeira.
Logo, incidirá o imposto de importação sobre o retorno de
mercadoria nacional ou nacionalizada anteriormente exportada. Com efeito, se ela foi exportada em definitivo, podemos considerá-la estrangeira.
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Tenham cuidado!
1) O retorno de uma exportação temporária não é fato gerador do imposto de importação. A
mercadoria não saiu do país com ânimo de
definitividade, logo, ela não se desnacionalizou.
2) O retorno de uma exportação é, sim, fato gerador do imposto de importação. Se a exportação foi
definitiva, a mercadoria se desnacionalizou. Ela se tornou estrangeira e entra no campo de incidência
do imposto de importação.
Esse é o entendimento que se pode ter a partir da leitura do caput do art. 70:
Art. 70. Considera-se estrangeira, para fins de incidência do imposto, a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao País, salvo se:
I - enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado; II - devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou para
substituição; III - por motivo de modificações na sistemática de importação por parte do país importador;
IV - por motivo de guerra ou de calamidade pública; ou V - por outros fatores alheios à vontade do exportador.
Parágrafo único. Serão ainda considerados estrangeiros, para os fins previstos no caput, os equipamentos, as máquinas, os veículos, os
aparelhos e os instrumentos, bem como as partes, as peças, os acessórios e os componentes, de fabricação nacional, adquiridos no mercado interno pelas empresas nacionais de engenharia, e
exportados para a execução de obras contratadas no exterior, na hipótese de retornarem ao País
A leitura do art. 70 como um todo nos permite observar que há situações em que uma mercadoria foi exportada, mas, em seu retorno, não é considerada estrangeira. São elas:
a) Mercadoria enviada em consignação e não vendida no prazo
autorizado. A exportação em consignação é uma modalidade especial de
exportação regulamentada e administrada pela SECEX que permite que uma mercadoria seja exportada e, caso não seja vendida dentro de 720 dias
contados do embarque, possa regressar ao País. Pois bem, se uma mercadoria é exportada em consignação e não é vendida dentro de 720 dias, ela deverá
retornar ao país. No retorno, essa mercadoria é considerada não-estrangeira.
b) Mercadoria devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou para substituição. Imagine que uma empresa brasileira exportou
um equipamento de raio-X para um hospital mexicano. Entretanto, uma peça
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desse equipamento deu defeito e terá que retornar ao Brasil para ser consertada (a empresa presta assistência técnica!). Essa peça do equipamento
de raio-X é considerada não-estrangeira, não havendo a incidência do imposto de importação.
c) Mercadoria que retorne por motivo de modificações na sistemática de importação por parte do país importador. Imagine que uma
empresa brasileira exporte brinquedos para a Argentina. Ela está acostumada a fazer isso sem problema algum! No entanto, dessa vez, ao exportar os
brinquedos para a Argentina, estes são barrados na Alfândega dos nossos “hermanos”. Mudou a sistemática de importação na Argentina. Os brinquedos
precisam, por exemplo, ser inspecionados no país de origem e receber um selo de qualidade. Ixi!! Eles vão ter que retornar ao Brasil. Nesse retorno, serão
considerados não-estrangeiros, não havendo incidência do imposto de importação.
d) Mercadorias que retorne por motivo de guerra ou de calamidade pública. Aqui é o caso de uma empresa brasileira que estava
exportando café para a Líbia. Certo dia, eclode a guerra civil naquele país... A mercadoria vai ter que retornar ao Brasil. No retorno, é considerada não-
estrangeira.
e) Mercadoria que retorne por outros fatores alheios à vontade do exportador. O retorno da mercadoria por qualquer fator que seja
alheio à vontade do exportador brasileiro faz com que esta não seja
considerada estrangeira. Assim, não haverá incidência do I.I.
Em todas as situações listadas acima não ocorreu a incidência do imposto de importação, uma vez que as mercadorias não eram
estrangeiras. E, como vimos, o imposto de importação incide apenas sobre mercadorias estrangeiras.
Por último, o art. 70, parágrafo único, trouxe regra que, em nosso entendimento, não traz grandes inovações. Ele trata de hipótese em que uma
máquina é fabricada no Brasil, adquirida por empresa nacional de engenharia e, em seguida, exportada para o exterior a fim de ser utilizada na execução
de obras. Ora, se a máquina foi exportada (não estamos falando de exportação temporária, mas sim definitivas!), ela se desnacionalizou. No retorno, ela será,
então, considerada estrangeira. Haverá incidência do imposto de importação.
O art. 71 do R/A, todavia, especifica situações em que não há
incidência do imposto de importação sobre a importação de mercadorias
estrangeiras. Vejamos o que prevê o referido dispositivo:
Art. 71. O imposto não incide sobre: I – mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos
documentos de transporte, chegar ao País por erro inequívoco ou
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comprovado de expedição, e que for redestinada ou devolvida para o exterior;
II – mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e que se destine a reposição de outra anteriormente importada que se tenha revelado, após o desembaraço aduaneiro,
defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava, desde que observada a regulamentação editada pelo Ministério da
Fazenda; III – mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da pena de perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha
sido consumida ou revendida; IV – mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes do
registro da declaração de importação, observada a regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda;
V – embarcações construídas no Brasil e transferidas por matriz de empresa brasileira de navegação para subsidiária integral no exterior, que retornem ao registro brasileiro, como propriedade
da mesma empresa nacional de origem; VI – mercadoria estrangeira destruída, sob controle aduaneiro,
sem ônus para a Fazenda Nacional, antes de desembaraçada.; e VII – mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída.
Vamos tentar entender cada uma dessas hipóteses:
a) O inciso I se refere à situação em que uma mercadoria estrangeira chega ao Brasil por erro inequívoco ou comprovado de
expedição. Mandaram-na para o País equivocadamente. Ela deveria ter sido enviada para outro lugar, conforme previsto nos documentos de transporte.
Nesse caso, ela será redestinada (enviada ao país para onde deveria ter sido expedida) ou devolvida ao exterior, não havendo incidência tributária.
b) O inciso II diz respeito à hipótese de substituição de
mercadorias. Suponha que uma empresa realize a importação de um
equipamento de informática e que, após o despacho aduaneiro, este se revele defeituoso ou imprestável para o fim ao qual se destina. Nesse caso, ela vai
querer substituir a mercadoria que deu defeito, não é mesmo? Muitas vezes há, inclusive, um contrato de garantia celebrado entre a empresa e o
fornecedor estrangeiro. O equipamento de informática é, então, devolvido ao exterior e, em seu lugar, vem um novo em substituição. Sobre esse
equipamento novo que substitui o imprestável / defeituoso, não irá incidir o imposto de importação.
c) O inciso III se refere à situação em que é aplicada a pena de
perdimento em virtude de uma mercadoria ter entrado irregularmente no
país. Nesse caso, não haverá incidência do imposto de importação. Relembre-se que, caso a mercadoria tenha entrado no Brasil irregularmente e não tenha
sido encontrada ou tenha sido vendida, haverá incidência do imposto de importação, considerando-se ocorrido o fato gerador na data do lançamento.
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d) O inciso IV trata da hipótese em que uma mercadoria é devolvida ao exterior antes de registrada a DI. Ora, se não houve registro
da DI, o fato gerador do imposto de importação não se aperfeiçoou. O R/A considera, portanto, que não incidirá o imposto de importação.
e) O inciso V versa sobre o retorno de embarcações ao registro brasileiro. Nesse caso, a embarcação foi construída no Brasil e transferida por
uma empresa brasileira de navegação a uma subsidiária no exterior. A embarcação, posteriormente, retorna ao Brasil, não sofrendo a incidência do
imposto de importação. Para isso, ela deverá retornar como propriedade da mesma empresa nacional de origem.
f) O inciso VI trata de situação em que a mercadoria é destruída
sob controle aduaneiro, sem ônus para a Fazenda Nacional, antes de desembaraçada. 13 Veja que, nessa situação, a mercadoria não precisa ter
sido avariada ou ter se revelado imprestável para o fim ao qual se destinava; para que não haja incidência do imposto de importação, basta que
ela seja destruída sob controle aduaneiro, sem ônus para a Fazenda Nacional e antes do desembaraço. Destaque-se, entretanto, que a autoridade
aduaneira poderá indeferir (negar) o pleito de destruição da mercadoria, com base no que dispuser legislação específica.
g) O inciso VII trata da destruição acidental de mercadoria submetida ao regime de trânsito aduaneiro de passagem. O trânsito aduaneiro
é um regime aduaneiro especial que permite o transporte de mercadoria pelo território nacional com suspensão de tributos. Na modalidade de passagem, a
mercadoria estrangeira passa pelo território nacional com destino ao exterior (mercadoria vem da Inglaterra e tem como destino final o Paraguai!) Se a
mercadoria for destruída nesse percurso, a responsabilidade pelo crédito tributário caberá ao transportador. Por outro lado, caso a destruição seja
acidental, não haverá incidência do imposto de importação.
2.8- Sujeito Ativo:
Segundo o art. 119 do Código Tributário Nacional, o sujeito ativo da
obrigação tributária é a pessoa jurídica de direito público titular da
competência para exigir o seu cumprimento. É o ente que tem a titularidade do direito subjetivo de exigir a prestação jurídico-tributário. No caso do
imposto de importação, o sujeito ativo é a União, competência que lhe é atribuída pelo art. 153, inciso I, da CF/88.
13 Desembaraço aduaneiro, conforme estudaremos em aula futura, é o ato final do
despacho aduaneiro. É o momento em que a mercadoria é liberada pela RFB e está livre para ingressar no território nacional.
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2.9- Sujeito Passivo: contribuintes e responsáveis:
Segundo o art. 121 do Código Tributário Nacional, o sujeito passivo
da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. O sujeito passivo pode ser classificado em duas
categorias: contribuinte e responsável. Nos termos do art. 121, contribuinte é aquele que possui uma relação pessoal e direta com a situação que constitua
o fato gerador do tributo; responsável é aquele que, sem revestir-se da condição de contribuinte, possua obrigação decorrente de expressa disposição
em lei.
No caso do imposto de importação, os contribuintes (que possuem relação pessoal e direta, portanto, com o fato gerador) estão relacionados no
art. 104 do R/A:
Art. 104. É contribuinte do imposto:
I - o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro; II - o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo
respectivo remetente; e III - o adquirente de mercadoria entrepostada.
O inciso I afirma que o importador é contribuinte do imposto de importação. Trata-se de afirmação que consideramos intuitiva e que não suscita grandes dúvidas. Cabe ressaltar que o dispositivo define importador
como a pessoa que promove a entrada de mercadoria estrangeira em território aduaneiro. Em outras palavras, importador é a pessoa em nome
da qual foi registrada a Declaração de Importação.
O inciso II estabelece que o destinatário de remessa postal
internacional indicado pelo remetente é contribuinte do imposto de importação. É isso mesmo, meu amigo! Se o seu tio que mora no exterior te
enviar um presente, você será contribuinte do imposto de importação!
O inciso III, por último, relaciona o “adquirente de mercadoria
entrepostada” como contribuinte do imposto de importação. Trata-se da situação em que uma mercadoria é importada em consignação, ficando
armazenada em recinto alfandegado, com os tributos suspensos, até que alguém decida nacionalizá-la, comprando-a em caráter definitivo. No momento
da compra, é realizado o recolhimento integral dos tributos suspensos. Quem irá recolher esses tributos será o adquirente.
E os responsáveis? Quem a legislação aduaneira relaciona como
responsáveis pelo imposto de importação?
Art. 105. É responsável pelo imposto:
I - o transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou sob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno
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II - o depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia de mercadoria sob controle aduaneiro.
III - qualquer outra pessoa que a lei assim designar. Art. 106. É responsável solidário:
I - o adquirente ou o cessionário de mercadoria beneficiada com isenção ou redução do imposto.
II - o representante, no País, do transportador estrangeiro. III - o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de
pessoa jurídica importadora. IV - o encomendante predeterminado que adquire mercadoria de
procedência estrangeira de pessoa jurídica importadora. V - o expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer
subcontratado para a realização do transporte multimodal. VI - o beneficiário de regime aduaneiro suspensivo destinado à industrialização para exportação, no caso de admissão de mercadoria
no regime por outro beneficiário, mediante sua anuência, com vistas à execução de etapa da cadeia industrial do produto a ser exportado; e
VII - qualquer outra pessoa que a lei assim designar.
É importante sabermos a diferença entre responsável e responsável solidário!
Responsável é aquele que, em virtude da ocorrência de um
determinado evento, passa a figurar, sozinho, no pólo passivo da obrigação tributário. No caso do imposto de importação, são responsáveis o
transportador e o depositário. Se ocorrer extravio ou avaria de mercadoria que esteja sob a tutela destes, o imposto de importação lhes será exigido.
Responsável solidário é aquele que, em conjunto com outra pessoa, figura no pólo passivo da obrigação tributária. Todos os agentes
relacionados no art. 106 do R/A, portanto, dividem com outrem a responsabilidade pelo pagamento de tributos e eventuais penalidade cabíveis.
É o caso, por exemplo, de uma pessoa que adquira mercadoria estrangeira por meio de outra pessoa jurídica importadora, realizando o que se chama de
importação por conta e ordem. Nessa situação, o contribuinte será a pessoa jurídica importadora, que figura no pólo passivo da relação tributária em
conjunto com o adquirente de mercadoria importada por sua conta e ordem. Vale a pena destacar que a responsabilidade é solidária (e não
subsidiária!).
É importante memorizar os sujeitos passivos do imposto de
importação. Eu uso a seguinte tabela para isso!
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Contribuintes
Importador
Destinatário de Remessa postal internacional
Adquirente de mercadoria entrepostada
Responsáveis Transportador
Deposítário
Responsáveis
solidários Outros casos, relacionados no art. 106, do R/A.
Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova!
16. (AFRFB-2012) Considera-se estrangeira, para fins de incidência do
Imposto de Importação, toda mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao País.
Comentários:
Nem todas as mercadorias nacionais ou nacionalizadas exportadas que retornem ao País serão consideradas estrangeiras. Há diversas exceções a
essa regra, as quais estão relacionadas no art. 70, do Regulamento Aduaneiro. Questão errada.
17. (AFRFB-2012) O Imposto de Importação incide sobre mercadoria estrangeira que tenha sido objeto de pena de perdimento, exceto na hipótese
em que não seja localizada, tenha sido consumida ou revendida.
Comentários:
Segundo o art. 71, inciso III, do R/A, o imposto de importação não
incide sobre mercadoria estrangeira que tenha sido objeto de pena de perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha sido
consumida ou revendida. Questão errada.
18. (ATRFB-2012) O imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída.
Comentários:
Segundo o art. 71, inciso VII, do R/A, o imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem,
acidentalmente destruída. Questão correta.
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19. (ATRFB-2012) São contribuintes do imposto de importação o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de
mercadoria estrangeira no Território Nacional, o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente e o adquirente de mercadoria
entrepostada.
Comentários:
O art. 104, do R/A, relaciona os contribuintes do imposto de
importação: i) importador; ii) destinatário de remessa postal internacional e; iii) adquirente de mercadoria entrepostada. Questão correta.
20. (ATRFB-2012) O representante, no País, do transportador estrangeiro é responsável subsidiário pelo imposto de importação.
Comentários:
O art. 106, do R/A, estabelece que o representante, no País, do transportador estrangeiro é responsável solidário pelo imposto de importação.
Questão errada.
21. (Exame Despachante Aduneiro-2012) As mercadorias que tenham sido objeto da pena de perdimento estão sujeitas à incidência do imposto de
importação.
Comentários:
As mercadorias objeto da pena de perdimento não estão sujeitas à
incidência do imposto de importação. Questão errada.
22. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O depositário incumbido da
custódia de mercadorias sob controle aduaneiro é solidariamente responsável pelo pagamento do imposto de importação.
Comentários:
O depositário incumbido da custódia de mercadoria sob controle
aduaneiro é responsável (e não responsável solidário!) pelo imposto de
importação. Questão errada.
23. (Exame Despachante Aduneiro-2012) É responsável solidário pelo imposto de importação o adquirente de mercadoria de procedência
estrangeira, no caso de importação realizada por sua conta e ordem.
Comentários:
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Segundo o art. 106, inciso III, do R/A, o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de importação realizada por sua conta e
ordem, é responsável solidário pelo imposto de importação. Questão correta.
24. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O adquirente de mercadoria
entrepostada é contribuinte do imposto de importação.
Comentários:
Segundo o art. 104, inciso III, do R/A, o adquirente de mercadoria
entrepostada é contribuinte do imposto de importação. Questão correta.
25. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou sob controle aduaneiro, é
responsável solidário pelo imposto de importação.
Comentários:
De acordo com o art. 105, inciso I, do R/A, o transportador é
responsável pelo imposto de importação. Questão errada.
26. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia de mercadoria sob
controle aduaneiro, é contribuinte do imposto de importação.
Comentários:
Segundo o art. 105, inciso II, do R/A, o depositário é responsável
pelo imposto de importação. Questão errada.
27. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O destinatário de remessa
postal internacional indicado pelo respectivo remetente é responsável solidário pelo imposto de importação.
Comentários:
Segundo o art.104, inciso II, do R/A, o destinatário de remessa postal internacional é contribuinte do imposto de importação. Questão errada.
28. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O expedidor, o operador de
transporte multimodal ou qualquer subcontratado para a realização do transporte multimodal são contribuintes do imposto de importação.
Comentários:
Segundo o art. 106, inciso V, do R/A, expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer subcontratado para a realização do
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transporte multimodal são responsáveis solidários pelo imposto de importação. Questão errada.
29. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O imposto de importação não incide sobre a mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos
documentos de transporte, chegue ao País por erro inequívoco ou comprovado de expedição, e que seja redestinada ou devolvida para o exterior.
Comentários:
Exatamente o que prevê o art. 71, inciso I, do R/A. Não há incidência do imposto de importação sobre a mercadoria estrangeira que, corretamente
descrita nos documentos de transporte, chegue ao País por erro inequívoco ou comprovado de expedição, e que seja redestinada ou devolvida para o
exterior. Questão correta.
30. (Questão Inédita) Será considerada não-estrangeira a mercadoria que, corretamente descrita nos documentos de transporte, chegar ao País por erro
inequívoco ou comprovado de expedição, e que for redestinada ou devolvida para o exterior.
Comentários:
Trata-se de hipótese de não-incidência do imposto de importação (art. 71, inciso I, do R/A). Perceba que a mercadoria é estrangeira; a
tributação é afastada em razão de outra condição (mercadoria chegou ao país em razão de um erro de expedição). Questão errada.
31. (Questão Inédita) O imposto de importação incide sobre mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída.
Comentários:
O imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira em
trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída (art. 71, inciso VII, do R/A). Questão errada.
32. (Questão Inédita) A mercadoria nacional ou nacionalizada exportada em consignação e não vendida no prazo autorizado será considerada
estrangeira para fins de incidência do imposto de importação.
Comentários:
A mercadoria nacional ou nacionalizada exportada em consignação e
não vendida no prazo autorizado será considerada não-estrangeira. Questão errada.
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2.10- Tributação de Mercadorias não-identificadas:
A pergunta que se faz aqui é a seguinte: como se procede à
tributação de mercadorias não-identificadas?
Antes de respondê-la, precisamos entender o que seria uma mercadoria não-identificada. Mercadoria não-identificada é aquela que foi
extraviada ou consumida e que, adicionalmente, tinha descrição genérica nos documentos comerciais e de transportes disponíveis. Ora, a RFB não
consegue ver a mercadoria (já que ela foi extraviada ou consumida) e, ainda, não tem como fazer a classificação fiscal desta com base em sua descrição
(uma vez que a descrição nos documentos é genérica).
Diante dessa situação, a mercadoria é considerada não-identificada. A
conseqüência, em termos de tributação, é a aplicação de alíquota de 50% para o Imposto de Importação e de alíquota de 50% para o Imposto
sobre Produtos Industrializados.
E qual será a base de cálculo?
A base de cálculo do imposto de importação (sobre a qual incidirá a
alíquota de 50%) será arbitrada em valor equivalente à média dos valores por quilograma de todas as mercadorias importadas a título definitivo, pela mesma
via de transporte internacional, constantes de declarações registradas no semestre anterior, incluídos os custos do transporte e do seguro
internacionais, acrescidas de duas vezes o correspondente desvio padrão estatístico.
Que redação complicada, não é mesmo? Vamos tentar entender!
A mercadoria não-identificada tem um peso (digamos que seja 30 kg). Aí a RFB vê as estatísticas: qual a média de valor por quilograma de todas
as mercadorias importadas a título definitivo no último semestre? Ah: a média é a de que cada quilograma de mercadoria importada no último semestre valia
R$ 5,00. Ora, se a mercadoria tem 30 kg, a base de cálculo será R$ 150,00 (30 kg x R$ 5,00).
Destaque-se que, na falta de informação sobre o peso da mercadoria, deve ser adotado o peso líquido admitido na unidade de
carga utilizada no seu transporte. Esse peso líquido é o quanto o contêiner (unidade de carga) consegue carregar.
2.11- Regime de Tributação Simplificada:
Nos termos do art. 99 do R/A, o Regime de Tributação Simplificada (RTS) é o regime de tributação que permite a classificação
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genérica, para fins de despacho de importação, de bens integrantes de remessa postal internacional, mediante a aplicação de alíquotas
diferenciadas do imposto de importação, e isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da
COFINS-Importação.
A redação do R/A acerca do RTS é bem genérica, deixando margem
para regulamentação. Como você pode verificar, nada se falou sobre qual será alíquota do imposto de importação incidente, tampouco sobre quais os
requisitos para a concessão do regime. A regulamentação desses aspectos cabe ao Ministério da Fazenda.
Com efeito, compete ao Ministério da Fazenda:
- estabelecer os requisitos e as condições a serem observados na aplicação do regime de tributação simplificada; e
- definir a classificação genérica dos bens e as alíquotas
correspondentes.
Algumas considerações importantes:
a) O Regime de Tributação Simplicada (RTS) aplica-se a bens
integrantes de remessa postal internacional. Destaque-se, entretanto, que o Regulamento Aduaneiro não estabeleceu os requisitos e condições a serem
observados na aplicação do regime. Isso é tarefa que coube à Portaria MF nº 156/99.
b) Segundo a Portaria MF nº 156/99, o RTS poderá ser utilizado no despacho aduaneiro de importação de bens integrantes de remessa
postal ou de encomenda aérea internacional no valor de até US$ 3,000.00 ou o equivalente em outra moeda, destinada a pessoa física ou
jurídica.
c) O RTS prevê a aplicação de alíquotas diferenciadas do imposto de
importação. Hoje, a alíquota do imposto de importação incidente sobre bens submetidos ao RTS é 60%, independentemente da classificação fiscal
dos bens que compõem a remessa ou encomenda.
d) Os bens integrantes de remessa postal internacional submetidos ao RTS recebem isenção de IPI, PIS/PASEP-Importação e COFINS-
Importação.
Há que se destacar, pela importância da regra, que os bens
integrantes de remessa postal internacional de valor não superior a US$50.00 serão desembaraçados com isenção do Imposto de Importação,
desde que o remetente e o destinatário sejam pessoas físicas.
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Agora eu pergunto: e os bens integrantes de remessa postal internacional cujo valor seja superior a US$ 3.000,00? Qual será o regime de
tributação a eles aplicável?
O RTS é que não será! Para os bens integrantes de remessa postal
internacional cujo valor ultrapasse US$ 3.000,00, será aplicado o regime comum de importação. Logo, os tributos incidirão normalmente, levando-se
em consideração a classificação fiscal do bem.
2.12- Regime de Tributação Especial:
O Regime de Tributação Especial é o que permite o despacho de
bens integrantes de bagagem mediante a exigência tão somente do imposto de importação, calculado pela aplicação da alíquota de 50% sobre o
valor do bem. Destaque-se que o Regime de Tributação Especial se aplica aos
bens enquadrados como bagagem, mas que não possam usufruir da isenção de tributos.
Vamos entender melhor!
a) O viajante que chega ao Brasil tem direito à isenção de tributos
sobre os bens que trouxer do exterior, desde que estejam compreendidos no
conceito de bagagem e cumpram certas condições. Estudaremos detalhadamente sobre o tratamento tributário da bagagem em aula futura.
b) Um dos requisitos para a concessão de isenção tributária para
bagagem é o limite de valor. Se o ingresso do viajante for por via aérea ou marítima, ele fará jus à isenção referente a bens cujo valor global seja de
até US$ 500,00. Se o ingresso for por via terrestre, fluvial ou lacustre, o limite para isenção será de até US$ 300,00.
c) O Regime de Tributação Especial se aplica aos bens compreendidos no conceito de bagagem, no montante que exceder o limite
global ao qual se aplica a isenção. Ex: Você viajou ao exterior e trouxe um notebook cujo valor é de US$ 3.000,00. Considerando que o limite de isenção
é US$ 500,00, seu notebook será tributado a uma alíquota de 50% sobre o que exceder US$ 500,00 (US$ 3.000,00- US$500,00). Ou seja, você pagará, a
título de tributos, 50% de US$ 2.500,00.
d) O Regime de Tributação Especial também se aplica aos bens
adquiridos em lojas francas de chegada, no montante que exceder o limite de isenção. Destaque-se que o passageiro em viagem internacional
terá direito à isenção de US$ 500,00 em compras realizadas em lojas francas de chegada.
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2.13- Regime de Tributação Unificada:
O que vem a ser “Regime de Tributação Unificada (RTU)”?
Trata-se de regime de tributação instituído pela Lei nº
11.898/2009, com o objetivo de racionalizar o comércio por via terrestre na fronteira Foz do Iguaçu / Ciudad Del Este, simplificando a
tributação e o controle aduaneiro e incentivando o fluxo lícito de mercadorias na região fronteiriça.14
Como todo mundo sabe, o fluxo ilícito de mercadorias que entram no
Brasil provenientes do Paraguai é enorme. É justamente isso que o RTU busca evitar, regulamentando e simplificando esse tipo de operação.
Segundo o art. 102-A, do Regulamento Aduaneiro, o regime de
tributação unificada é o que permite a importação, por via terrestre, de
mercadorias procedentes do Paraguai, mediante o pagamento unificado do imposto de importação, do IPI e das contribuições para o PIS/PASEP-
Importação e COFINS-Importação, observado o limite máximo de valor por habilitado.
A Lei nº 11.898/2009, que criou o RTU, estabelece que o Poder
Executivo é responsável por fixar um limite máximo de valor para a importação de mercadorias por habilitado. Atualmente, estes valores estão
previstos no art. 3º, do Decreto nº 6.956/2009: i) R$ 18.000,00 (dezoito mil reais), para o primeiro e segundo trimestres-calendário; ii) R$ 37.000,00
(trinta e sete mil reais), para o terceiro e quarto trimestres-calendário; e iii)
R$ 110.000,00 (cento e dez mil reais) por ano calendário. Assim, pelas regras vigentes, uma empresa não pode importar, ao amparo do RTU, mercadorias
que superem esses valores. Também há previsão para que o Poder Executivo fixe limites quantitativos, por tipo de mercadoria, para as importações.
É claro, não é qualquer um que faz jus ao regime. É necessário se
habilitar junto à Receita Federal do Brasil. Somente poderão se habilitar ao regime as microempresas importadoras varejistas optantes pelo
SIMPLES. Nos termos do art. 11 do Decreto nº 6.956/2009, os impostos e contribuições federais serão calculados pela aplicação da alíquota única de
25% sobre o preço de aquisição das mercadorias importadas, à vista da fatura
comercial ou documento de efeito equivalente. A alíquota de 25% corresponde a: i) 7,88% de I.I; ii) 7,87% de IPI; iii) 7,60% de COFINS-Importação e; iv)
1,65% de PIS/PASEP-Importação.
14 Fonte: Cartilha da Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRFB) sobre o Regime de Tributação Unificada.
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Segundo o art. 9º, § 3º, da Lei nº 11.898/2009, o RTU
poderá incluir o ICMS devido pelo optante, desde que o Estado ou o Distrito Federal venha a aderir ao
Regime mediante convênio.
No RTU, a operação de importação e o despacho aduaneiro poderão ser realizados pelo empresário ou pelo sócio da sociedade empresária, por pessoa física nomeada pelo optante pelo Regime ou por despachante
aduaneiro. Somente poderão ser importadas ao amparo do RTU as
mercadorias relacionadas em ato normativo específico. Trata-se de uma lista positiva de mercadorias, hoje relacionada em Anexo ao Decreto nº
6.956/2009.
Há também algumas restrições ao tipo de mercadoria que poderá ser admitida no RTU. Segundo o art. 102-A, § 2º, é vedada a inclusão no
regime de quaisquer mercadorias que não sejam destinadas ao consumidor final, assim como as seguintes: i) armas e munições; ii) fogos
de artifício; iii) bebidas, inclusive as alcoólicas; iv) cigarros; v) veículos automotores em geral e embarcações de todo tipo (inclusive partes e peças);
vi) medicamentos; vii) pneus; viii) bens usados e bens com importação
suspensa ou proibida.
O habilitado ao RTU não fará jus a qualquer benefício fiscal de isenção ou de redução dos impostos e contribuições incidentes, bem
como de redução de alíquotas ou bases de cálculo.
Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova!
33. (AFRFB-2012) O Regime de Tributação Especial permite a classificação
genérica, para fins de despacho de importação, dos bens por ele abarcados, mediante a aplicação de alíquotas diferenciadas do Imposto de Importação, e
isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados, da Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação.
Comentários:
O Regime de Tributação Especial aplica-se no despacho de bens integrantes de bagagem. Haverá a cobrança de uma alíquota de 50%
relativa ao imposto de importação e isenção de IPI, PIS/PASEP-
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Importação e COFINS-Importação. Não há, portanto, que se falar em alíquotas diferenciadas para esses tributos. Questão errada.
34. (AFRFB-2012) O Regime de Tributação Simplificada permite o despacho de bens integrantes de bagagem mediante a exigência tão somente
do Imposto de Importação, calculado pela aplicação da alíquota de cinquenta por cento sobre o valor do bem.
Comentários:
O Regime de Tributação Simplificada se aplica a bens contidos em remessa postal internacional. Ao despacho de bens integrantes de
bagagem aplica-se o Regime de Tributação Especial. Questão errada.
35. (ATRFB – 2012) É vedada a inclusão no Regime de Tributação Unificada (RTU) de quaisquer mercadorias que não sejam destinadas ao
consumidor final, bem como de armas e munições, fogos de artifícios, explosivos, bebidas, inclusive alcoólicas, cigarros, veículos automotores em
geral e embarcações de todo tipo, inclusive suas partes e peças, medicamentos, pneus, bens usados e bens com importação suspensa ou
proibida no Brasil.
Comentários:
É exatamente o que dispõe o art. 102-A, § 2o, do R/A. É vedada a
inclusão no RTU de quaisquer mercadorias que não sejam destinadas ao consumidor final, bem como de armas e munições, fogos de artifícios,
explosivos, bebidas, inclusive alcoólicas, cigarros, veículos automotores em
geral e embarcações de todo tipo, inclusive suas partes e peças, medicamentos, pneus, bens usados e bens com importação suspensa ou
proibida no Brasil. Questão correta.
36. (ATRFB-2012) O Poder Executivo poderá fixar limites quantitativos, por tipo de mercadoria, para as importações ao amparo do RTU.
Comentários:
Conforme se depreende da leitura do art. 102-A, do R/A, há um limite máximo de valor a ser importado pelos habilitados ao RTU, o qual é fixado por
ato do Poder Executivo. Questão correta.
37. (ATRFB-2012) Não poderá optar pelo RTU a microempresa optante pelo
Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – SIMPLES NACIONAL, de
que trata a Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006.
Comentários:
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Somente poderão se habilitar ao RTU as microempresas importadoras varejistas optantes pelo SIMPLES. Questão errada.
38. (ATRFB-2012) No RTU, a operação de importação e o despacho aduaneiro poderão ser realizados pelo empresário ou pelo sócio da sociedade
empresária, por pessoa física nomeada pelo optante pelo Regime ou por despachante aduaneiro.
Comentários:
É o que prevê o art. 809, inciso II-A, do R/A, combinado com o art. 809, inciso IV, do R/A.
Art. 809. Poderá representar o importador, o exportador ou outro
interessado, no exercício das atividades referidas no art. 808, bem assim em outras operações de comércio exterior.
... II-A - o empresário, o sócio da sociedade empresária ou pessoa física nomeada pelo habilitado, nos casos de importações ao
amparo do regime de que trata o art. 102-A. ...
IV - o despachante aduaneiro, em qualquer caso.
Por tudo o que comentamos, a questão está correta.
39. (AFRFB-2012) O Regime de Tributação Unificada é o que permite a importação, por via terrestre, de mercadorias procedentes do Paraguai,
mediante o pagamento unificado dos seguintes impostos e contribuições federais incidentes na importação: Imposto de Importação; Imposto sobre
Produtos Industrializados; Contribuição para o PIS/ PASEP-Importação e COFINS-Importação.
Comentários:
O RTU permite a importação, por via terrestre, de mercadorias procedentes do Paraguai, mediante o pagamento unificado de tributos
federais. Questão correta.
40. (AFRFB-2012) Apesar de ser tributo de competência dos Estados e do
Distrito Federal, o Regime de Tributação Unificada poderá incluir o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação devido pelo optante.
Comentários:
De acordo com o art. 10, § 3º, do Decreto nº 6.956/2009, o RTU poderá incluir o ICMS devido pelo optante, desde que o Estado ou o Distrito
Federal venha a aderir ao RTU mediante convênio. Questão correta.
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41. (Questão Inédita) Na impossibilidade de identificação da mercadoria importada, em razão de seu extravio ou consumo, e de descrição genérica nos
documentos comerciais e de transporte disponíveis, serão aplicadas, para fins de determinação dos impostos e dos direitos incidentes, as alíquotas de 50%
para o cálculo do imposto de importação e de 50% para o cálculo do imposto sobre produtos industrializados.
Comentários:
A tributação de mercadorias não-identificadas é feita pela aplicação da alíquota de 50% de I.I e 50% de IPI. Questão correta.
42. (Questão Inédita) O Regime de Tributação Simplificada é o que permite o despacho de bens integrantes de bagagem mediante a exigência tão
somente do imposto de importação, calculado pela aplicação da alíquota de 50% sobre o valor do bem.
Comentários:
O Regime de Tributação Especial é o que permite o despacho de bens integrantes de bagagem mediante a exigência tão somente do imposto
de importação, calculado pela aplicação da alíquota de 50% sobre o valor do bem. Questão errada.
43. (Questão Inédita) O Regime de Tributação Simplificada aplica-se aos bens adquiridos em lojas francas de chegada, no montante que exceder o limite de isenção.
Comentários:
O Regime de Tributação Simplificada se aplica aos bens integrantes de remessa postal internacional cujo valor não exceda US$ 3.000,00. Aos
bens adquiridos em lojas francas de chegada, no montante que exceder o limite de isenção, aplica-se o Regime de Tributação Especial. Questão errada.
2.14- Isenções e Reduções do Imposto de Importação:
2.14.1- Generalidades:
Passamos agora ao estudo das isenções e reduções do imposto
de importação. O conteúdo é bastante extenso, encontrando previsão nos arts. 114 a 189 do R/A.
De início, vale a pena destacar que a norma que concede isenção do imposto de importação não é o Regulamento Aduaneiro. Com efeito,
um decreto não é instrumento hábil para a concessão de isenções tributárias,
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que devem estar previstas em lei. Segundo o art. 115 do R/A, a isenção ou a redução do imposto somente será reconhecida quando decorrente de lei ou de
ato internacional. Assim, o R/A não estabelece isenções, mas apenas faz a compilação de isenções tributárias previstas em diversas leis.
Destaque-se que a legislação tributária que dispuser sobre a outorga de isenção ou redução do imposto de importação deve ser interpretada
literalmente.
Os bens objeto de isenção ou de redução do imposto, em
decorrência de acordos internacionais firmados pelo Brasil, terão o tratamento tributário neles previsto. O tratamento tributário decorrente de ato
internacional aplica-se exclusivamente à mercadoria originária do país beneficiário. 15
O art.118 estabelece duas condições que, em regra, devem ser
respeitadas para a concessão de isenções do imposto de importação. Segundo o mencionado dispositivo, a isenção ou a redução do imposto somente
beneficiará mercadoria sem similar nacional e transportada em navio de bandeira brasileira.16 Destaque-se que a maneira correta de interpretar essa
regra não é obrigando que a mercadoria seja transportada por um navio de
bandeira brasileira para que receba a isenção. Nada impede que ela receba a
isenção tendo chegado ao Brasil pela via aérea ou rodoviária. Mas se ela vier de navio, este terá que ser de bandeira brasileira.
A concessão e o reconhecimento de qualquer incentivo ou benefício
fiscal relativo ao imposto de importação ficam, ainda, condicionados à comprovação pelo contribuinte, pessoa física ou jurídica, da quitação de
tributos e contribuições federais. Assim, para usufruir de isenção do I.I, o contribuinte deverá apresentar a CND (Certidão Negativa de Débitos).
A quem cabe o reconhecimento da isenção ou da redução do imposto de importação?
O reconhecimento da isenção ou da redução do imposto será
efetivado, em cada caso, pela autoridade aduaneira. Para isso, o interessado deverá providenciar requerimento no qual comprove o preenchimento dos
requisitos necessários para a concessão do benefício fiscal. A isenção poderá ser requerida na própria declaração de importação. É importante ter em mente
que o reconhecimento da isenção não gera direito adquirido, podendo
15 País de origem da mercadoria é aquele onde houver sido produzida ou, no caso de mercadoria resultante de material ou de mão-de-obra de mais de um país, aquele
onde houver recebido transformação substancial. Entende-se por processo de transformação substancial o que conferir nova individualidade à mercadoria.
16 Mais à frente estudaremos sobre o exame de similaridade, que é o procedimento
tendente a apurar a existência de similar nacional, a fim de reconhecer a isenção do imposto de importação.
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ser revogado de ofício caso se apure que o beneficiário não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições para a concessão do benefício.
O art. 136 do R/A enumera as diversas isenções do imposto de importação. Vejamos:
Art. 136. São concedidas isenções ou reduções do imposto de
importação: I - às importações realizadas:
a) pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal, pelos Territórios, pelos Municípios e pelas respectivas autarquias. b) pelos partidos políticos e pelas instituições de educação ou de
assistência social c) pelas missões diplomáticas e repartições consulares de caráter
permanente e pelos respectivos integrantes d) pelas representações de organismos internacionais de caráter permanente, inclusive os de âmbito regional, dos quais o Brasil seja
membro, e pelos respectivos integrantes e) pelas instituições científicas e tecnológicas e por cientistas e
pesquisadores II - aos casos de: a) (revogada)
b) amostras e remessas postais internacionais, sem valor comercial c) remessas postais e encomendas aéreas internacionais, destinadas a
pessoa física d) bagagem de viajantes procedentes do exterior ou da Zona Franca de Manaus
e) bens adquiridos em loja franca, no País f) bens trazidos do exterior, no comércio característico das cidades
situadas nas fronteiras terrestres g) bens importados sob o regime aduaneiro especial de drawback, na modalidade de isenção
h) gêneros alimentícios de primeira necessidade, fertilizantes e defensivos para aplicação na agricultura ou na pecuária, bem como
matérias-primas para sua produção no País, importados ao amparo do art. 4o da Lei no3.244, de 1957, com a redação dada pelo art. 7o do Decreto-Lei no 63, de 21 de novembro de 1966
i) partes, peças e componentes, destinados ao reparo, revisão e manutenção de aeronaves e de embarcações
j) medicamentos destinados ao tratamento de aidéticos, e instrumental científico destinado à pesquisa da síndrome da deficiência imunológica adquirida
l) bens importados pelas áreas de livre comércio m) importações efetuadas para a Zona Franca de Manaus e para a
Amazônia Ocidental n) mercadorias estrangeiras vendidas por entidades beneficentes em
feiras, bazares e eventos semelhantes, desde que recebidas em doação de representações diplomáticas estrangeiras sediadas no País o) mercadorias destinadas a consumo no recinto de congressos, de
feiras, de exposições internacionais e de outros eventos internacionais assemelhados
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p) objetos de arte recebidos em doação, por museus q) partes, peças e componentes, importados, destinados ao emprego
na conservação, modernização e conversão de embarcações registradas no Registro Especial Brasileiro r) bens destinados a coletores eletrônicos de votos
s) bens recebidos como premiação em evento cultural, científico ou esportivo oficial, realizado no exterior, ou para serem consumidos,
distribuídos ou utilizados em evento esportivo oficial realizado no País t) bens importados por desportistas, desde que tenham sido utilizados por estes em evento esportivo oficial e recebidos em doação de
entidade de prática desportiva estrangeira ou da promotora ou patrocinadora do evento
u) equipamentos e materiais destinados, exclusivamente, a treinamento e preparação de atletas e equipes brasileiras para
competições desportivas em jogos olímpicos, paraolímpicos, pan-americanos, parapan-americanos e mundiais.
O custo-benefício de você decorar as hipóteses de isenção previstas
no art. 136, do R/A, é muito baixo. Mas vale a pena dar uma lida, pois a ESAF já cobrou algumas questões de prova sobre o tema.
Há, fundamentalmente, 2 (dois) tipos de isenção do imposto de
importação: i) isenções subjetivas e; ii) isenções objetivas.
As isenções subjetivas são aquelas concedidas em razão da
natureza da pessoa importadora. A título de exemplo, as importações realizadas por missões diplomáticas farão jus ao imposto de importação. Ou,
ainda, terão direito ao benefício fiscal da isenção as importações realizadas por instituições científicas e tecnológicas. Veja: nesses dois exemplos, a isenção
está vinculada à qualidade do importador.
As isenções objetivas, por sua vez, são as reconhecidas em virtude da natureza da mercadoria que está sendo importada, pouco importando qual
a pessoa importadora. Exemplificando, as amostras e remessas postas internacionais terão direito à isenção do imposto de importação. Ou, ainda, os
bens adquiridos em loja franca farão jus à isenção do I.I. Nesses dois casos, o
fator determinante para o reconhecimento da isenção não foi a natureza do importador, mas as características da mercadoria. Trata-se de isenção
vinculada à destinação dos bens.
Podemos, ainda, assumir que existem isenções que estão vinculadas, ao mesmo tempo, à qualidade do importador e à
destinação dos bens. São isenções caracterizadas, simultaneamente como isenções objetivas e isenções subjetivas. Um exemplo seria a isenção
concedida a objetos de arte recebidos em doação, por museus. Veja: nesse caso, a isençâo é outorgada em razão da natureza da pessoa importadora
(museu) e da natureza da mercadoria (objetos de arte).
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2.14.2- Isenções subjetivas:
O art. 124 do R/A versa sobre as isenções subjetivas.
Art. 124. Quando a isenção ou a redução for vinculada à qualidade do
importador, a transferência de propriedade ou a cessão de uso dos bens, a qualquer título, obriga ao prévio pagamento do imposto
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica aos bens
transferidos ou cedidos:
I - a pessoa ou a entidade que goze de igual tratamento tributário, mediante prévia decisão da autoridade aduaneira (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 11, parágrafo único, inciso I);
II - após o decurso do prazo de três anos, contados da data do
registro da declaração de importação, no caso de bens objeto da isenção a que se referem as alíneas “c” e “d” do inciso I do art. 136 ; e
III - após o decurso do prazo de cinco anos, contados da data do
registro da declaração de importação, nos demais casos
Interpretando-se o referido dispositivo, verificamos o seguinte:
a) Se foi concedida uma isenção subjetiva (vinculada à qualidade
do importador) e, em seguida, ocorreu a transferência de propriedade ou a cessão de uso dos bens, a qualquer título, será necessário o prévio
pagamento do imposto. Suponha, por exemplo, que uma instituição científica e tecnológica realize a importação de um equipamento com isenção
(art. 136, inciso I, alínea “e”). Em seguida, ela cede esse equipamento a uma escola privada. Ora, a escola privada não faz jus à isenção do imposto de
importação! Assim, antes da cessão, será necessário o recolhimento tributário dos tributos que haviam sido dispensados por ocasião da importação.
Na transferência de propriedade ou na cessão de uso de bens objeto de isenção ou de redução, o imposto será reduzido proporcionalmente à
depreciação do valor dos bens em função do tempo decorrido, contado da data do registro da declaração de importação (art. 126 R/A).
b) Não haverá obrigatoriedade do recolhimento tributário antes da
cessão ou transferência de propriedade nos casos listados nos incisos I, II e III.
O inciso I ilustra a hipótese em que a pessoa que recebe a transferência também faz jus à isenção subjetiva. Aproveitando o
exemplo que demos anteriormente, seria o caso em que a instituição científica e tecnológica importadora cede o equipamento para outra instituição científica
e tecnológica.
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O inciso II estabelece um lapso temporal (3 anos contados da data de registro da DI) a partir do qual a transferência ou cessão pode ser
feita sem que haja recolhimento tributário prévio. Esse inciso se aplica apenas às importações realizadas pelas missões diplomáticas e repartições
consulares de caráter permanente e pelos respectivos integrantes e; pelas representações de organismos internacionais de caráter
permanente, inclusive os de âmbito regional, dos quais o Brasil seja membro,
e pelos respectivos integrantes.
O inciso III define um lapso temporal (5 anos contados da data de registro da DI) a partir do qual a transferência ou cessão pode ser feita a
qualquer pessoa sem que haja recolhimento tributário prévio. Esse inciso se aplica a todas as outras situações de isenção subjetiva.
A estrutura do art. 136 do R/A sugere que as hipóteses relacionadas no inciso I são os casos de isenção subjetiva (vinculadas à qualidade do
importador). São elas:
a) Importações realizadas pela União, Estados, Distrito Federal, Territórios, Municípios e suas respectivas autarquias
b) Importações realizadas pelos partidos políticos.
c) Importações realizadas pelas instituições de educação ou de assistência social.
d) Importações realizadas pelas missões diplomáticas e repartições
consulares de caráter permanente e pelos respectivos integrantes.
e) Importações realizadas por instituições científicas e tecnológicas e
por cientistas e pesquisadores.
ISENÇÕES
SUBJETIVAS
-Importações realizadas pela União, Estados, Distrito Federal, Territórios, Municípios e suas respectivas autarquias
- Importações realizadas pelos partidos políticos.
-Importações realizadas pelas instituições de educação ou de assistência social.
- Importações realizadas pelas missões diplomáticas e repartições consulares de caráter permanente e pelos
respectivos integrantes.
- Importações realizadas por instituições científicas e tecnológicas e por cientistas e pesquisadores.
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2.14.3- Isenções objetivas:
Isenções objetivas, conforme já comentamos, são aquelas que não
dependem da natureza da pessoa importadora, mas sim da natureza da mercadoria que está sendo importada. São isenções vinculadas à destinação
dos bens.
O art. 132 do R/A estabelece que a isenção ou a redução do imposto de importação, quando vinculada à destinação dos bens, ficará
condicionada à comprovação posterior do seu efetivo emprego nas finalidades que motivaram a concessão. Quem deixar de empregar os
bens nas finalidades que motivaram a concessão da isenção, perderá o direito à essa isenção. Nesse caso, o imposto será exigido retroativamente, a partir da
data do registro da correspondente Declaração de Importação (DI). Se os bens
deixarem de ser utilizados nas finalidades que motivaram a concessão, em virtude de terem sido danificados por incêndio ou por qualquer outro sinistro, o
imposto será reduzido proporcionalmente ao valor do prejuízo.
Vamos a um exemplo!
Suponha que foram importados, com isenção do I.I, equipamentos e
materiais destinados a treinamento e preparação de atletas e equipes brasileiras para competições desportivas em jogos olímpicos (art. 136, inciso
II, alínea “u”). No entanto, esses equipamentos não foram utilizados nessa finalidade (eles foram importados para serem revendidos!). Se a RFB
descobrir, vai dar problema! O imposto de importação será exigido retroativamente, a partir da data de registro da DI.
Será que pode ser transferida a propriedade ou cedido o uso dos bens
objeto de isenção objetiva?
Sim. Você deve se lembrar que, em regra, a transferência ou cessão
de bens objeto de isenção subjetiva era motivo para tornar exigível o imposto de importação, retroativamente à data de registro da DI. Isso não se
aplica no caso das isenções objetivas! Em outras palavras, a transferência da propriedade ou a cessão do uso dos bens objeto de isenção objetiva
poderá ser feita sem recolhimento tributário, desde que mantidas as finalidades que motivaram a concessão da isenção e mediante prévia
decisão da autoridade aduaneira. A lógica dessa regra é simples! Se a isenção foi concedida em razão da natureza da mercadoria (vinculada à
destinação dos bens), pouco importa quem é pessoa que terá sua posse.
A estrutura do art. 136 do R/A nos indica que as hipóteses
relacionadas no inciso II são casos de isenção objetiva (vinculadas à destinação dos bens!). São elas:
a) Importação de amostras e remessas postais internacionais, sem
valor comercial.
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b) Importação de remessas postais e encomendas aéreas internacionais (a isenção para bens integrantes de remessa postal
internacional está limitada a US$50.00, desde que o remetente e o destinatário sejam pessoas físicas)
c) Bagagem de viajantes procedentes do exterior ou da Zona Franca de Manaus (estudaremos detalhadamente, em aula futura, sobre o tratamento
tributário concedido à bagagem de viajantes)
d) Bens adquiridos em loja franca, no País (as aquisições com isenção em lojas francas de chegada estão limitadas a US$500,00)
e) Bens trazidos do exterior, no comércio característico das cidades situadas nas fronteiras terrestres.
f) Bens importados sob o regime aduaneiro especial de drawback17,
na modalidade isenção.
g) Gêneros alimentícios de primeira necessidade, fertilizantes e defensivos para aplicação na agricultura ou na pecuária, bem como matérias-
primas para sua produção no País, importados ao amparo do art. 4º da Lei nº
3.244, de 1957, com a redação dada pelo art. 7º do Decreto-Lei nº 63, de 21
de novembro de 1966.
h) Partes, peças e componentes, destinados ao reparo, revisão e manutenção de aeronaves e de embarcações.
i) Medicamentos destinados ao tratamento de aidéticos, e instrumental científico destinado à pesquisa da síndrome da deficiência
imunológica adquirida.
j) Bens importados pelas Áreas de Livre Comércio (as Áreas de Livre Comércio são regimes aduaneiros aplicados em áreas especiais, sobre os quais
estudaremos mais à frente em nosso curso).
l) Importações efetuadas para a Zona Franca de Manaus e para a
Amazônia Ocidental (a ZFM e a Amazônia Ocidental também são regimes aduaneiros aplicados em áreas especiais)
m) Mercadorias estrangeiras vendidas por entidades beneficentes em
feiras, bazares e eventos semelhantes, desde que recebidas em doação de representações diplomáticas estrangeiras sediadas no País.
17 O drawback é um regime aduaneiro especial que consiste em incentivo à
exportação. Existem três modalidades de drawback: i) drawback suspensão; ii) drawback isenção e; iii) drawback restituição. A lógica do drawback é a desoneração
da importação de bens utilizados no processo produtivo de bens exportados ou a exportar.
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n) Mercadorias destinadas a consumo no recinto de congressos, de feiras, de exposições internacionais e de outros eventos internacionais
assemelhados.
o) Objetos de arte recebidos em doação, por museus.
p) Partes, peças e componentes, importados, destinados ao emprego
na conservação, modernização e conversão de embarcações registradas no Registro Especial Brasileiro.
q) Bens destinados a coletores eletrônicos de votos (urnas eletrônicas)
r) Bens recebidos como premiação em evento cultural, científico ou
esportivo oficial, realizado no exterior, ou para serem consumidos, distribuídos ou utilizados em evento esportivo oficial realizado no País.
s) Bens importados por desportistas, desde que tenham sido utilizados por estes em evento esportivo oficial e recebidos em doação de
entidade de prática desportiva estrangeira ou da promotora ou patrocinadora do evento
t) Equipamentos e materiais destinados, exclusivamente, a
treinamento e preparação de atletas e equipes brasileiras para competições desportivas em jogos olímpicos, paraolímpicos, pan-americanos, parapan-
americanos e mundiais.
O art. 137 do R/A traz, ainda, outra hipótese de isenção objetiva,
aplicável às partes, peças e componentes utilizados na industrialização, revisão e manutenção dos bens de uso militar classificados nos
códigos 8710.00.00, 8906.10.00, 8802, 8803 e 8805 da NCM. Na verdade, a importação desses bens é feita com suspensão do pagamento do
imposto de importação. Só depois, com a utilização desses bens na industrialização, revisão e manutenção de bens de uso militar, é que essa
suspensão se converte em isenção.
2.14.4-Ex-Tarifários:
Com o objetivo de estimular o investimento produtivo, foi
publicada no dia 03 de abril de 2012 a Resolução CAMEX no 17/2012, que trata dos ex-tarifários. Os ex-tarifários podem ser considerados uma redução
objetiva do imposto de importação que beneficia unicamente bens de
capital (BK) e bens de informática e de telecomunicações (BIT) que não possuam similar nacional, conforme especifica o art. 1º da Resolução
CAMEX no 17/2012:
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Art. 1º A redução da alíquota do Imposto de Importação de bens de capital, de informática e de telecomunicações, bem como de suas
partes, peças e c omponentes, sem produção nacional equivalente, assinalados na Tarifa Externa Comum (TEC) como BK ou BIT, poderá ser concedida na condição de Ex -tarifário, em conformidade com os
requisitos e procedimentos estabelecidos nesta Resolução.
O ex-tarifário consiste, assim, em importante instrumento de política industrial adotado pelo governo brasileiro, estimulando investimentos no país.
Com efeito, após o regular processo administrativo, os bens de capital, de
informática e telecomunicações que não tenham similar nacional entrarão no país pagando uma alíquota reduzida do imposto de importação.
Os pleitos de concessão de ex-tarifários são direcionados à
Secretaria de Desenvolvimento da Produção (SDP) do MDIC. A SDP, após análise preliminar, encaminha o pleito à RFB para o exame de classificação
tarifária e de adequação da nomenclatura. A análise dos pleitos de ex-tarifários compete ao CAEx (Comitê de Análise de Ex-Tarifários), que irá
encaminhar à CAMEX as recomendações quanto aos pleitos de ex-tarifários. O exame do CAEx consiste, fundamentalmente, em verificar se a indústria
nacional produz bem similar àquele objeto do pleito de ex-tarifário.
Destaque-se que é a CAMEX quem terá a palavra final, concedendo ou não o ex-tarifário.
Considerando-se que o ex-tarifário é uma redução objetiva do
imposto de importação, após ter sido concedido, qualquer importador que traga ao País um bem idêntico àquele contemplado com ex-tarifário, fará jus à
alíquota reduzida. Assim, o exame de similaridade somente é realizado antes da concessão do ex-tarifário. Uma vez concedido, o ex-tarifário terá
vigência de 2 (dois) anos. Nesse período, qualquer um poderá importar com a alíquota reduzida um bem idêntico àquele contemplado com ex-tarifário. Não
será necessário realizar novo exame de similaridade no momento da
importação.
Por último, cabe destacar que o ex-tarifário é uma exceção à Tarifa Externa Comum (TEC) do MERCOSUL, encontrando previsão na Decisão CMC
nº 57/2010. O objetivo é criar um “Regime Comum de Importação de Bens de Capital não-produzidos no MERCOSUL” e um “Regime Comum
para a Importação de Bens de Informática e Telecomunicações”. Atualmente, cada membro do MERCOSUL desenvolve sua própria política para
bens de capital e bens de informática e telecomunicações e, portanto, concede individualmente ex-tarifários.
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2.15- Imunidades do Imposto de Importação e controle exercido pela SRFB:
Ao analisarmos o Regulamento Aduaneiro (Decreto nº 6759/2009), é possível perceber que está prevista apenas uma hipótese de imunidade do
imposto de importação. Trata-se do caso de importação de livros, jornais e periódicos e do papel destinado a sua impressão.
Art. 211-A. É concedida imunidade do imposto de importação às
importações de livros, jornais e periódicos e do papel destinado a sua impressão:
Art. 211-B. Deve manter registro especial na Secretaria da Receita Federal do Brasil a pessoa jurídica que: I -exercer as atividades de comercialização e importação de papel
destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, a que se refere o art. 211-A; e
II - adquirir o papel a que se refere o art. 211-A para a utilização na impressão de livros, jornais e periódicos. § 1o A transferência do papel a detentores do registro especial de que
trata o caput faz prova da regularidade da sua destinação, sem prejuízo da responsabilidade, pelos tributos devidos, da pessoa jurídica
que, tendo adquirido o papel beneficiado com imunidade, desviar sua finalidade constitucional § 2o Compete à Secretaria da Receita Federal do Brasil:
I - expedir normas complementares relativas ao registro especial e ao cumprimento das exigências a que estão sujeitas as pessoas jurídicas
para sua concessão; e II - estabelecer a periodicidade e a forma de comprovação da correta destinação do papel beneficiado com imunidade, inclusive mediante a
instituição de obrigação acessória destinada ao controle da sua comercialização e importação.
A imunidade na importação de livros, jornais e periódicos e do papel destinado a sua impressão tem sede constitucional, mais especificamente no art. 150, inciso VI, alínea d, da CF/88. O referido comando constitucional
dispõe que é vedado aos entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) instituir impostos sobre livros, jornais, periódicos e o
papel destinado a sua impressão.
O controle exercido pela Receita Federal do Brasil (RFB) é feito
conforme prevê o art. 211-B. A pessoa jurídica que exercer as atividades de comercialização e importação de papel destinado à impressão de livros, jornais
e periódicos e que adquirir o papel para a utilização na impressão de livros, jornais e periódicos deverá manter registro especial junto à Receita
Federal do Brasil.
Em que pese o Regulamento Aduaneiro tratar apenas dessa hipótese
de imunidade do imposto de importação, vale ressaltar que há outras
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situações consideradas pela doutrina e pela jurisprudência como hipóteses de imunidade. 18
Como já sabemos, imunidades são hipóteses de não-incidência
constitucionalmente qualificadas. Nesse sentido, observemos o que nos informa a CF/88:
- Art. 150, inciso VI, alínea “a”: É vedado aos entes federativos
(União, Estados, Distrito Federal e Municípios) instituir impostos sobre o
patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros. Trata-se da conhecida imunidade tributária recíproca.
- Art. 150, inciso VI, alínea “c”: É vedado aos entes federativos
(União, Estados, Distrito Federal e Municípios) instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas
fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os
requisitos da lei.
- Art. 150, § 2º: A imunidade tributária recíproca é extensiva às
autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas
finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
E aí, meus amigos, essas hipóteses seriam ou não imunidades do imposto de importação?
Do ponto de vista da literalidade do Regulamento Aduaneiro, essas seriam hipóteses de isenção do imposto de importação. Basta dar
uma olhada nos arts. 136, inciso I, alíneas “a” e “b” do R/A, os quais decorrem de previsão da Lei nº 8.032/90. Essa tese se apóia no argumento de que o
imposto de importação não seria um imposto sobre o patrimônio, renda ou serviços, mas sim um imposto sobre o comércio exterior.19
Entretanto, jurisprudência do STF entende que a imunidade
tributária alcança os impostos em geral, não estando limitada à classificação prevista no CTN. Nesse sentido, destacamos algumas decisões
do STF nesse sentido:
“A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, a da Constituição aplica-se às operações de importação de
bens realizadas por municípios, quando o ente público for o
importador do bem (identidade entre o "contribuinte de direito" e
18 O edital da RFB trata de imunidades (“no plural”) do imposto de importação, o que nos leva
a crer que há espaço para o estudo mais amplo do que a mera literalidade do Regulamento
Aduaneiro. 19 Na estrutura do CTN, o Capítulo II classifica o imposto de importação e o imposto de
exportação como “impostos sobre o comércio exterior”.
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o "contribuinte de fato").Compete ao ente tributante provar que as operações de importação desoneradas estão influindo
negativamente no mercado, a ponto de violar o art. 170 da Constituição. Impossibilidade de presumir risco à livre-iniciativa
e à concorrência.” (AI 518405 AgR/RS, de 06/04/2010).
“A imunidade das entidades de assistência social, sem fins
lucrativos, prevista no art. 150, inciso VI, alínea c, da Carta
Política de 1988, inclui o Imposto de Importação e o Imposto sobre Produtos Industrializados, pressupondo tão-somente o
cumprimento dos requisitos previstos nos incisos I a III do art. 14 do Código Tributário Nacional, bem como que o bem
adquirido integre o patrimônio da entidade abrangida pela
imunidade e seja utilizado na realização de seus objetivos institucionais" (RE 626293/RS, de 13/10/2010)
“Não há invocar, para o fim de ser restringida a aplicação
da imunidade, critérios de classificação dos impostos adotados por normas infraconstitucionais, mesmo porque
não é adequado distinguir entre bens e patrimônio, dado que este se constitui do conjunto daqueles. O que cumpre perquirir,
portanto, é se o bem adquirido, no mercado interno ou externo, integra o patrimônio da entidade abrangida pela imunidade.” (AI
481586 AgR/MG, de 13/12/2005).
Viram como o assunto é polêmico? Já tive oportunidade de tratar bem diretamente desse assunto aqui no DECEX20 e posso dizer: o tema está
longe de um consenso. Analisando centenas de importações (aqui no DECEX nós vemos importações de todo o país!), é notório que, mesmo dentro da
Receita Federal, há interpretações divergentes. Dependendo do local por onde você for fazer a importação, um Auditor Fiscal entende de uma forma;
dependendo do local, outro Auditor Fiscal entende de outra maneira. Quando
vocês estiverem lá dentro da RFB, por favor, tentem uniformizar o entendimento! 21
Para fins de concurso, estejam atentos!
20 DECEX (Departamento de Operações de Comércio Exterior): É o local onde exerço
minhas funções como Analista de Comércio Exterior 21 No DECEX, já existe o entendimento de que essas operações estão abrangidas por
imunidade. Posso dizer que tive a grata satisfação de ser diretamente responsável pelos
estudos que chegaram a essa conclusão.
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1) Se a questão cobrar a literalidade da norma, você
deve seguir o art. 136, inciso I, alíneas “a” e “b”, do R/A, que trata das importações realizadas pelos entes
federativos e suas autarquias, partidos políticos e instituições de educação ou de assistência social como
hipóteses de isenção do imposto de importação.
2) Se a questão cobrar um entendimento jurisprudencial ou doutrinário, você pode assumir
que trata-se de hipóteses de imunidade do imposto de importação.
3) O edital da RFB falou em “imunidades (no plural) do imposto de importação”, o que nos leva a crer que ele
pede um entendimento mais amplo do que a mera literalidade do Regulamento Aduaneiro. Se ele falasse
em imunidade (no singular) do imposto de importação, restaria claro que a referência seria apenas à
imunidade na importação de livros, jornais e periódicos e do papel destinado a sua impressão (única
imunidade prevista na literalidade do R/A)
2.16- Exame de Similaridade:
Segundo o art. 118 do Decreto nº 6759/2009 (Regulamento Aduaneiro), a isenção do imposto de importação, como regra geral, somente
beneficiará mercadoria sem similar nacional e transportada em navio de bandeira brasileira. Dessa forma, o exame de similaridade é condição sine
qua non para a fruição de benefício fiscal, relativamente ao imposto de importação.
O exame de similaridade tem como objetivo conferir proteção à indústria nacional diante de importações desoneradas, dando concretude à
regra que dispõe que as entidades de direito público e as pessoas de direito privado beneficiadas com a isenção de tributos são obrigadas a dar preferência
nas suas compras aos materiais de fabricação nacional. (art. 205 do R/A).
O exame de similaridade é de competência da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), que o realiza previamente à importação. Na análise de
similaridade, a SECEX leva em consideração três requisitos: preço, prazo e qualidade (especificações técnicas). É feita uma comparação do produto
nacional vis a vis o produto importado.
Art. 190. Considera-se similar ao estrangeiro o produto nacional
em condições de substituir o importado, observadas as seguintes normas básicas:
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I - qualidade equivalente e especificações adequadas ao fim a que se destine;
II - preço não superior ao custo de importação, em moeda nacional, da mercadoria estrangeira, calculado o custo com base no preço Cost, Insurance and Freight - CIF, acrescido dos tributos
que incidem sobre a importação e de outros encargos de efeito equivalente; e
III - prazo de entrega normal ou corrente para o mesmo tipo de mercadoria.
O controle da SECEX é realizado por meio do mecanismo de
licenciamento de importação (LI). A anotação de inexistência de similar nacional no documento ou no registro informatizado de importação condição
indispensável para o despacho aduaneiro com isenção ou redução do imposto. O art. 201 do R/A relaciona os bens dispensados do exame de
similaridade:
Art. 201. São dispensados da apuração de similaridade: I - bagagem de viajantes ;
II - importações efetuadas por missões diplomáticas e repartições consulares de caráter permanente e por seus integrantes;
III - importações efetuadas por representações de organismos internacionais de caráter permanente de que o Brasil seja membro, e por seus funcionários, peritos, técnicos e consultores, estrangeiros;
IV - amostras e bens contidos em remessas postais internacionais, sem valor comercial;
V - partes, peças e componentes destinados a reparo, revisão e manutenção de aeronaves ou embarcações, estrangeiras; VI - gêneros alimentícios de primeira necessidade, fertilizantes e
defensivos para aplicação na agricultura ou pecuária, e matérias-primas para sua produção no País, quando sujeitos a
contingenciamento; VII - partes, peças, acessórios, ferramentas e utensílios:
a) que, em quantidade normal, acompanham o aparelho, instrumento, máquina ou equipamento, importado com isenção do imposto; e b) importados pelo usuário, na quantidade necessária e destinados,
exclusivamente, ao reparo ou manutenção do aparelho, instrumento, máquina ou equipamento de procedência estrangeira, instalado ou em
funcionamento no País; VIII - bens doados a entidades sem fins lucrativos, destinados a fins culturais, científicos e assistenciais;
IX - bens adquiridos em loja franca; X - bens destinados a coletores eletrônicos de votos;
XI - bens destinados a pesquisa científica e tecnológica, até o limite global anual a que se refere o art. 148; e
Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova!
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44. (AFRFB-2012) A isenção do Imposto de importação aos bens importados por instituições científicas e tecnológicas aplica-se a máquinas,
equipamentos, aparelhos e instrumentos, e suas partes e peças de reposição, acessórios, matérias-primas e produtos intermediários, desde que destinados
às suas pesquisas.
Comentários:
Segundo o art. 147, caput, do R/A, a isenção do imposto aos bens
importados por instituições científicas e tecnológicas aplica-se a máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, e suas partes e peças de
reposição, acessórios, matérias-primas e produtos intermediários, desde que destinados às suas pesquisas. Questão correta.
45. (AFRFB-2012) A isenção para bens a serem consumidos, distribuídos
ou utilizados em evento esportivo, e para premiações e objetos comemorativos
aplica-se na importação de material promocional, impressos, folhetos e outros bens com finalidade semelhante, a serem distribuídos gratuitamente ou
utilizados em evento esportivo oficial.
Comentários:
Essa era uma questão bastante difícil, que exigia conhecimentos de
detalhes do art. 183, do R/A:
Art. 183. A isenção para bens a serem consumidos, distribuídos ou utilizados em evento esportivo, e para premiações e objetos
comemorativos aplica-se na importação de: I - troféus, medalhas, placas, estatuetas, distintivos, flâmulas, bandeiras e outros objetos comemorativos recebidos em evento
cultural, científico ou esportivo oficial realizado no exterior ou para serem distribuídos gratuitamente como premiação em evento esportivo
realizado no País; II - bens dos tipos e em quantidades normalmente consumidos em evento esportivo oficial; e
III - material promocional, impressos, folhetos e outros bens com finalidade semelhante, a serem distribuídos gratuitamente ou
utilizados em evento esportivo oficial.
Por tudo o que comentamos, a questão está correta.
46. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A concessão e o reconhecimento da isenção do imposto de importação ficam condicionados à
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comprovação pelo contribuinte, pessoa física ou jurídica, da quitação de tributos e contribuições federais.
Comentários:
Segundo o art. 119, caput, do R/A, a concessão e o reconhecimento de qualquer incentivo ou benefício fiscal relativo ao imposto ficam
condicionados à comprovação pelo contribuinte, pessoa física ou jurídica, da quitação de tributos e contribuições federais. Questão correta.
47. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A isenção do imposto de importação somente será reconhecida quando decorrente de lei ou ato
internacional.
Comentários:
É o que prevê o art. 115, do R/A. A isenção do I.I somente será
reconhecida quando decorrer de lei ou ato internacional. Questão correta.
48. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) São concedidas isenções do imposto de importação às importações realizadas pelas missões diplomáticas.
Comentários:
De fato, há concessão de isenção do imposto de importação para as importações realizadas pelas missões diplomáticas. Questão correta.
49. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Interpreta-se literalmente a
legislação tributária que dispuser sobre outorga de isenção do imposto de importação.
Comentários:
De acordo com o art. 114, do R/A, a legislação tributária que dispuser sobre outorga de isenção ou redução do imposto de importação deve ser
interpretada literalmente. Questão correta.
50. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) É concedida isenção do
imposto de importação incidente sobre objetos de arte comprados por museus ou entidades culturais.
Comentários:
Existe isenção para os objetos de arte recebidos em doação por museus. Questão errada.
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51. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Em caso de isenção do Imposto de Importação (II), é obrigatório que o transporte da mercadoria seja
em navio de bandeira brasileira, na via aquaviária, em todos os casos.
Comentários:
Para que uma mercadoria receba isenção do imposto de importação,
ela deve ter sido transportada em navio de bandeira brasileira. Esse dispositivo não pode ser, no entanto, interpretado restritivamente. Não se pode dizer que,
para usufruir a isenção, a mercadoria deve ter sido obrigatoriamente transportada por navio de bandeira brasileira. Se ela veio de navio, precisará
ter sido transportada em navio de bandeira brasileira; já se ela veio por via rodoviária ou aérea, esse requisito será dispensado. Questão errada.
52. (Questão Inédita) A isenção ou redução do imposto de importação somente beneficiará mercadoria transportada em navio de bandeira brasileira e
que possua similar nacional.
Comentários:
A isenção/redução do I.I somente beneficia mercadoria que não
possua similar nacional. Questão errada.
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QUESTÕES COMENTADAS
1. (Analista Tributário RFB – 2012) São tributos incidentes sobre o
comércio exterior, exceto:
a) Imposto de Importação.
b) Imposto sobre Produtos Industrializados.
c) Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação.
d) Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – Combustíveis.
e) Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação sobre operações que destinem mercadorias para o exterior.
Comentários:
O ICMS não incide sobre operações que destinem mercadorias para o
exterior, uma vez que a CF/88 concede imunidade de ICMS na exportação. Logo, a resposta é a letra E.
2. (AFRF-2002.2) O imposto de importação tem como elementos
que o caracterizam, na essência:
a) o lançamento por declaração; o valor da fatura como base de cálculo; tem
por finalidade o incremento da arrecadação federal.
b) alíquota ad valorem; lançamento misto; o preço normal da mercadoria no comércio internacional como base de cálculo.
c) incidência inclusive sobre as mercadorias objeto de contrabando; a base de cálculo, para as mercadorias vendidas em leilão, é o valor da arrematação;
lançamento de ofício.
d) as alíquotas previstas em acordos internacionais sempre prevalecem sobre as alíquotas da Tarifa Externa Comum; é contribuinte, além do importador, o
adquirente, em licitação de mercadoria estrangeira; o depositário de mercadoria sob sua custódia é contribuinte relativamente à mercadoria cuja
falta for apurada pela autoridade aduaneira.
e) lançamento por homologação; decai após 5 (cinco) anos da data do registro
da declaração de Importação no SISCOMEX; o valor de transação previsto no Acordo de Valoração Aduaneira não é aplicável quando a alíquota for
específica.
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Comentários:
Letra A: errada. O lançamento do imposto de importação é feito por
homologação. A base de cálculo, quando a alíquota for ad valorem, é o valor aduaneiro. O imposto de importação tem natureza extrafiscal, ou seja, não
tem por finalidade incrementar a arrecadação federal.
Letra B: errada. A alíquota pode ser ad valorem ou específica. O lançamento é por homologação. A base de cálculo é o valor aduaneiro.
Letra C: errada. As mercadorias contrabandeadas estão sujeitas a perdimento, que é uma das hipóteses de não-incidência do imposto de
importação (art. 71, inciso III, do R/A). Não há cobrança do I.I no leilão de mercadorias importadas. O lançamento do imposto de importação é por
homologação.
Letra D: errada. As alíquotas mais favoráveis ao importador irão prevalecer. São contribuintes do imposto de importação o importador, o
destinatário de remessa postal internacional e o adquirente de mercadoria entrepostada. O depositário não é contribuinte, mas sim responsável pelo
imposto de importação.
Letra E: correta. Todas as afirmações estão corretas! O lançamento
do imposto de importação é feito por homologação. O prazo de decadência do crédito tributário é de 5 (cinco) anos contados da data do registro da DI. A
base de cálculo do I.I será o valor de transação previsto no Acordo de Valoração Aduaneira apenas quando a alíquota for ad valorem. Quando a
alíquota do I.I for específica, a base de cálculo será a quantidade de mercadoria na unidade de medida estatística.
3. (AFRF-2002.2) A importação de mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e que se destine à reposição de outra
anteriormente importada que se tenha revelado, após o despacho aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava,
desde que satisfeitas as condições estabelecidas pelo Ministro da Fazenda, configura relativamente ao imposto de importação uma
hipótese de:
a) isenção condicionada.
b) regime suspensivo até o implemento das condições.
c) não-incidência.
d) reimportação com não ocorrência do fato gerador.
e) isenção de natureza objetiva.
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Comentários:
Conforme art. 71, inciso II, do R/A, a assertiva descreve uma
hipótese de não-incidência do imposto de importação. Portanto, a resposta é a letra C.
4. (AFRF-2002.2) No sistema aduaneiro brasileiro a nacionalização
de uma mercadoria:
a) é condicionada ao seu despacho para consumo.
b) ocorre quando se importa uma mercadoria a título definitivo ou não.
c) é condicionada ao prévio pagamento dos tributos ou ao reconhecimento de
sua dispensa pela autoridade aduaneira.
d) implica a sua importação a título definitivo independente de seu despacho
para consumo.
e) ocorre para a mercadoria importada a título não-definitivo, no momento em que é submetida a despacho aduaneiro de admissão a um regime especial.
Comentários:
Letra A: errada. A nacionalização independe de despacho para consumo.
Letra B: errada. A nacionalização somente ocorre quando uma mercadoria é importada a título definitivo.
Letra C: errada. A nacionalização independe de despacho para
consumo. Basta que a operação tenha o ânimo da definitividade.
Letra D: correta. Exatamente o que comentamos na aula! A
nacionalização acontece quando a mercadoria é importada em caráter definitivo, independente de despacho para consumo.
Letra E: errada. As mercadorias que ingressam no país ao amparo de
regimes aduaneiros especiais não são consideradas nacionalizadas.
5. (ACE-1998) Além do Imposto de Importação, sobre o produto
importado incidem também:
a) IOF - Imposto sobre Operações Financeiras e IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados
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b) IOF e ICMS - Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação
c) IPI e ICMS
d) IOF e ISS - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza
e) ICMS e ISS
Comentários:
Além do imposto de importação, também incidem sobre os produtos importados o IPI, o ICMS e as contribuições para o PIS/PASEP-Importação e
COFINS-Importação. Logo, o gabarito é a letra C.
6. (ACE-2002) No Brasil, a definição da alíquota do Imposto de
Importação, quando da incidência deste, é feita com base no(a):
a) Tarifa Aduaneira Brasileira
b) Preferência Tarifária Regional
c) Sistema Geral de Preferências (SGP)
d) Tarifa Externa Comum do Mercosul
e) Sistema Geral de Preferências Globais (SGPG)
Comentários:
Mais uma questão bem direta! A definição da alíquota do imposto de
importação, quando de sua incidência, é feita com base na Tarifa Externa Comum (TEC) do MERCOSUL. A resposta é a letra D.
7. (AFRF-2000) De uma maneira geral, com as exceções previstas
na legislação específica, pode-se afirmar que os requisitos de inexistência de similar nacional em de transporte obrigatório em navio
de bandeira brasileira devem ser observados nas importações:
a) às quais se aplicam os regimes aduaneiros especiais excluídos os de trânsito
aduaneiro e exportação temporária
b) beneficiadas com isenções ou reduções do imposto de importação vinculado à qualidade do importador, à destinação dos bens e as decorrentes de Acordos
Internacionais (preferências tarifárias)
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c) beneficiadas com alíquota zero ou redução de alíquota do imposto de importação, constantes da Tarifa Externa Comum (TEC)
d) beneficiadas com isenção ou suspensão do imposto de importação
e) beneficiadas com isenções ou reduções do imposto de importação
Comentários:
De acordo com o art. 118 do R/A, a inexistência de similar nacional e
a obrigatoriedade de transporte em navio de bandeira brasileira são requisitos essenciais para a concessão de isenção ou redução do imposto de
importação. Portanto, a resposta é a letra E.
8. (AFRF-2000) Determinado importador, após adquirir uma mercadoria e pagá-la ao exportador no exterior, por razões comerciais,
concordou em revendê-la ao próprio vendedor no exterior, mediante
pequeno lucro na operação. Tal operação configura uma:
a) redestinação
b) importação vinculada à exportação
c) reexportação
d) exportação
e) devolução
Comentários:
Vamos entender exatamente o que aconteceu! O importador adquiriu uma mercadoria, ou seja, ele trouxe a mercadoria a título definitivo para o
País. Logo, a mercadoria se nacionalizou. Depois, ele revende a mesma
mercadoria ao exterior. A venda de uma mercadoria nacionalizada para o exterior configura uma exportação. A resposta é, portanto, a letra D.
Reexportação seria o retorno ao exterior de mercadoria admitida
temporariamente no Brasil. A devolução não seria uma revenda, mas sim uma operação sem transferência de divisas (sem cobertura cambial).
9. (AFTN-1996) O momento de incidência do Imposto de Importação sobre uma mercadoria estrangeira associa-se à (ao):
a) Entrada da mercadoria no território nacional por via aérea, terrestre ou
marítima.
b) Registro da Declaração de Importação
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c) Emissão do Conhecimento de Embarque
d) Liquidação do Contrato de Câmbio
e) Expedição da Guia de Importação
Comentários:
Segundo o art. 73 do R/A, o fato gerador do imposto de importação considera-se ocorrido na data do registro da Declaração de Importação (DI).
Logo, a resposta é a letra B.
10. (AFTN-1996-adaptada) Sobre o imposto de importação, no caso brasileiro, é correto afirma-se que:
a) Suas alíquotas vigem por um ano e devem ser fixadas antes do início de cada exercício fiscal, não podendo ser alteradas antes do término do mesmo
b) Seu cálculo toma por base a quantidade de mercadoria e o seu valor FOB
(Free on Board) fixado na TEC (Tarifa Externa Comum)
c) Incide sobre toda e qualquer mercadoria estrangeira que ingresse
efetivamente no território nacional, independentemente do regime aduaneiro previsto.
d) Deve ser calculado sobre o valor em moeda estrangeira empregada na
transação e que será posteriormente convertido pela taxa cambial fixada na TEC (Tarifa Externa Comum).
e) Seu cálculo toma por base o valor CIF (Cost, Insurance and Freight) da mercadoria e a alíquota ad valorem fixada na TEC (Tarifa Externa Comum)
correspondente à mercadoria em questão.
Comentários:
Letra A: errada. Não há um prazo limite para a vigência das alíquotas
do imposto de importação. Elas vigoram enquanto não forem alteradas. Destaque-se que a alteração das alíquotas do imposto de importação gera
efeitos imediatos, pois esse imposto não obedece ao princípio da anterioridade, tampouco ao princípio da noventena.
Letra B: errada. Apenas quando a alíquota do I.I for específica, a
base de cálculo será a quantidade de mercadoria na unidade de medida estatística. Nesse caso, o valor da mercadoria é irrelevante para determinar-se
a base de cálculo.
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Letra C: errada. Há diversas situações em que uma mercadoria estrangeira ingressa no território nacional sem que haja incidência do imposto
de importação. Essas situações estão previstas no art. 71 do R/A.
Letra D: errada. A Tarifa Externa Comum relaciona as alíquotas do
imposto de importação. Ela não fixa taxas de câmbio.
Letra E: correta. Quando a alíquota do imposto de importação for ad valorem, a base de cálculo será o valor aduaneiro. Como estudaremos em aula
futura, o valor aduaneiro não é exatamente o valor CIF (valor da mercadoria somado ao frete e seguro internacionais). Entretanto, as
principais parcelas que compõem o valor aduaneiro são, de fato, o valor da mercadoria, o frete e o seguro internacionais. Assim, podemos afirmar o
seguinte:
1) É razoável dizer que, no cálculo do imposto de importação toma-se
como base o valor CIF.
2) A base de cálculo do imposto de importação é o valor aduaneiro.
11. (TRF-2002.1-adaptada) Caso se trate de mercadoria constante de
manifesto ou documento equivalente, cuja falta for verificada pela autoridade aduaneira, reputar-se-á como ocorrido o fato gerador:
a) no dia do registro do manifesto.
b) no dia do lançamento do crédito tributário.
c) no dia do registro da declaração de importação.
d) no primeiro dia útil do mês subsequente à apuração da falta.
e) no dia da atracação do veículo transportador.
Comentários:
De acordo com o art. 73, inciso II, alínea “c”, do Decreto nº 6759/2009, no caso de verificação, pela autoridade aduaneira, da falta de
mercadoria constante de manifesto ou documento equivalente, considera-se ocorrido o fato gerador do imposto de importação na data do lançamento do
crédito tributário. Logo, a resposta é a letra B.
12. (TRF-2002.1) A base de cálculo do Imposto de Importação é:
a) em se tratando de alíquota específica, a quantidade de mercadoria expressa
na unidade de medida indicada na Tarifa baixada pelo Ministro da Fazenda.
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b) em se tratando de alíquota ad valorem, o preço pelo qual a mercadoria ou similar é normalmente oferecida a venda no mercado atacadista do país
exportador, somado às despesas efetivamente pagas para sua colocação a bordo no porto de embarque para o Brasil, ao seguro e ao frete (CIF),
deduzidos, quando for o caso, os impostos exigíveis para consumo interno e recuperáveis pela exportação.
c) em se tratando de alíquota ad-valorem, o preço do produto adquirido numa venda internacional em condições de livre concorrência, e relativo ao custo da
exportação acrescido das despesas incorridas para colocação no porto de embarque.
d) em se tratando de alíquota ad-valorem, o preço do produto adquirido em
licitação pública, deduzidos os impostos internos exigíveis no mercado interno
e acrescido do frete e seguro internacionais.
e) quando a alíquota for ad-valorem, o valor aduaneiro definido no Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT), no qual o Brasil é parte.
Comentários:
A ESAF adora perguntar acerca da base de cálculo do imposto de importação! Como eu gosto de dizer, isso não cai na prova! Despenca!!!
Letra A: errada. Quando a alíquota for específica, a base de cálculo do imposto de importação será a quantidade de mercadoria expressa na
unidade de medida estabelecida. Não há qualquer disposição no R/A sobre tarifa “baixada” pelo Ministério da Fazenda. Lembrando: quem fixa a alíquota
do imposto de importação é a CAMEX.
Letra B, C e D: erradas. Quando a alíquota for ad valorem, a base de cálculo será o valor aduaneiro.
Letra E: correta. O valor aduaneiro, determinado em conformidade com as regras do Acordo de Valoração Aduaneira (AVA), também denominado
Acordo sobre a Implementação do Artigo VII do GATT, será a base de cálculo do I.I quando a alíquota for ad valorem.
13. (TRF-2002.1) Constitui base de cálculo do Imposto de
Importação, quando a alíquota for ad-valorem, o valor:
a) do produto adquirido em licitação de mercadoria estrangeira que tenha sido
objeto de pena de perdimento.
b) externo, entendido como o preço pelo qual a mercadoria é normalmente oferecida à venda no mercado atacadista do País exportador, somado às
despesas para colocação a bordo no porto de embarque, ao seguro e ao frete.
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c) normal que a mercadoria tem numa venda efetuada em condições de livre concorrência, entre o vendedor no exterior e o importador no Brasil.
d) aduaneiro das mercadorias, conforme definido no Acordo de Valoração Aduaneira.
e) declarado pelo importador na Declaração de Importação devidamente
registrada no SISCOMEX, incluído o frete interno no país de Importação.
Comentários:
Eu não disse que a ESAF adora perguntar sobre a base de cálculo do
Imposto de Importação?! A resposta, como você já está cansado de saber, é a letra D. Quando a alíquota for ad valorem, a base de cálculo do I.I será o
valor aduaneiro. Quando a alíquota for específica, a base de cálculo do I.I será a quantidade de mercadoria na unidade de medida estatística.
14. (TRF-2002.1) Consideram-se nacionalizadas:
a) as mercadorias estrangeiras importadas a título não definitivo em regime comum de importação, somente após o regular despacho para consumo,
tributadas, ou isentas do imposto de importação.
b) as mercadorias estrangeiras importadas a título definitivo, desde que
tenham sido despachadas para consumo.
c) as mercadorias estrangeiras adquiridas no exterior, excluídas as doações, e tributadas pelo imposto de importação.
d) somente as mercadorias estrangeiras despachadas para consumo, tenham ou não sido pagas ao exportador estrangeiro.
e) as mercadorias estrangeiras importadas a título definitivo,
independentemente de serem despachadas para consumo.
Comentários:
Letra A: errada. São consideradas nacionalizadas as mercadorias
importadas com ânimo de definitividade.
Letra B: errada. A nacionalização independe de despacho para
consumo.
Letra C: errada. As doações possuem ânimo de definitividade, o que nos leva a afirmar que as mercadorias importadas a título de doação são
nacionalizadas.
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Letra D: errada. A nacionalização independe de despacho para consumo.
Letra E: correta. A nacionalização de mercadorias fica configurada quando há ânimo de definitividade na importação. Ela independe de despacho
para consumo. Nesse caso, considera-se que houve a nacionalização na data do embarque da mercadoria no exterior.
15. (TRF-2003) Não haverá incidência do Imposto de Importação nas
seguintes situações, exceto:
a) devolução de dois aparelhos de ultrassonografia nacionalizados, por motivo
de defeito técnico e que retornaram ao País para substituição.
b) retorno ao País de veículo de fabricação nacional, adquirido no mercado interno, por empresa nacional de engenharia e exportado para execução de
obra contratada no exterior.
c) retorno ao Brasil de peças de artesanato, sob a alegação de que não
correspondia à amostra apresentada ao importador estrangeiro pelo representante da cooperativa de artesãos.
d) retorno ao País de produtos nacionais, enviados em consignação e não
vendidos, imediatamente após o término do prazo autorizado.
e) redestinação ou devolução para o exterior de mercadoria estrangeira,
corretamente descrita e cujo erro de expedição foi comprovado.
Comentários:
Letra A: correta. Segundo o art. 70, inciso II, do R/A, a mercadoria
nacional ou nacionalizada exportada que retorne ao país devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou para substituição, é considerada não-
estrangeira. Assim, não há incidência do imposto de importação
Letra B: errada. Ao ser exportado para execução de obra contratada no exterior, o veículo se desnacionalizou. Portanto, no seu retorno, haverá
incidência do imposto de importação. Destaque-se que, caso o veículo tivesse sido exportado temporariamente, o seu retorno não seria fato gerador do
imposto de importação.
Letra C: correta. Não haverá incidência do imposto de importação no
retorno ao país de mercadoria nacional ou nacionalizada em virtude de fatores alheios à vontade do exportador. Tais mercadorias são consideradas não-
estrangeiras; elas não chegaram a se desnacionalizar.
Letra D: correta. Segundo o art. 70, inciso I, do R/A, a mercadoria nacional ou nacionalizada enviada em consignação e não vendida no prazo
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autorizado, será considerada, ao retornar ao país, como não-estrangeira. Portanto, não haverá incidência do imposto de importação.
Letra E: correta. Segundo o art. 71, inciso I, do R/A, o imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira que, corretamente
descrita nos documentos de transporte, chegar ao País por erro inequívoco ou comprovado de expedição, e que for redestinada ou devolvida para o exterior.
16. (TRF-2003-adaptada) Verifique a correção dos itens abaixo em
relação à bagagem. Atribua a letra S para as opções que se apliquem à tributação de bens conceituados como bagagem e N para as opções
que não se apliquem a essa tributação. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência correta.
V) imposto de importação calculado à alíquota de 50%, pelo Regime de Tributação Especial.
X) imposto de importação calculado à alíquota de 60%, pelo Regime de
Tributação Simplificada.
Y) limite de isenção de US$300.00 ou de US$500.00.
Z) isenção para bens de até US$50.00, enviados, como presente, por pessoas
físicas para pessoas físicas.
a) VS XN YS ZN
b) VS XS YS ZN
c) VN XN YN ZS
d) VS XN YN ZN
e) VN XS YN ZN
Comentários:
(V) Imposto de importação calculado à alíquota de 50%, pelo Regime
de Tributação Especial. O Regime de Tributação Especial se aplica aos bens integrantes de bagagem mediante a exigência tão somente do imposto de
importação, calculado pela aplicação da alíquota de 50% sobre o valor do bem. Portanto, associamos ao “V” a letra “S”. Temos VS.
(X) imposto de importação calculado à alíquota de 60%, pelo Regime de Tributação Simplificada. O Regime de Tributação Simplificado se aplica às
remessas postais internacionais cujo valor seja de até US$ 3.000,00. Portanto, associamos ao “X” a letra “N”. Temos XN.
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(Y) Limite de isenção de US$300.00 ou de US$500.00. Sobre o tratamento tributário da bagagem acompanhada, o limite da isenção é de
US$300,00 para bens trazidos por via terrestre, fluvial e lacustre e de US$ 500,00 para bens trazidos por via marítima e aérea. Portanto, associamos ao
“Y” a letra “S”. Temos YS.
(Z) Isenção para bens de até US$50.00, enviados, como presente,
por pessoas físicas para pessoas físicas. Os bens integrantes de remessas postais internacionais cujo valor não ultrapasse US$ 50,00 farão jus à isenção
do imposto de importação, desde que remetente e destinatário sejam pessoas físicas. Portanto, associamos ao "Z“ a letra “N”. Temos ZN.
A sequência é a seguinte: VS, XN, YS e ZN (Letra A)
17. (TTN-1997) O depositário incumbido da custódia de mercadoria de terceiros sob controle aduaneiro nos armazéns de zona primária ou
secundária:
a) é responsável pelo imposto de importação e multas cabíveis relativamente às mercadorias sob sua guarda.
b) é solidariamente responsável com o importador com relação à mercadoria beneficiada com isenção ou redução do imposto de importação vinculada à
qualidade do importador.
c) é solidariamente responsável com o importador com relação à mercadoria beneficiada com isenção ou redução do imposto de importação vinculada à
destinação dos bens.
d) é contribuinte do imposto de importação relativamente às mercadorias a ele
consignadas.
e) pode ser contribuinte do imposto de importação desde que providencie o despacho aduaneiro da mercadoria.
Comentários:
Segundo o art. 105, inciso II, do R/A, o depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia de mercadoria sob
controle aduaneiro, é responsável pelo imposto de importação. A resposta é a letra A.
18. (TTN-1997) Para se configurar o fato gerador do imposto de importação e o momento de sua ocorrência, para fins de cálculo do
imposto, são condições cumulativas:
a) a entrada da mercadoria estrangeira no território aduaneiro e o seu licenciamento pelo órgão competente.
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b) a entrada da mercadoria estrangeira nos recintos alfandegados de zona primária e o seu registro no manifesto de carga do veículo transportador.
c) a chegada do veículo transportador ao porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado e a entrega dos documentos relativos à importação na
repartição aduaneira jurisdicionante.
d) a entrada da mercadoria estrangeira no território aduaneiro e o registro no SISCOMEX da declaração de importação para consumo.
e) a entrada de mercadoria estrangeira na zona primária dos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados e o registro da mercadoria para
qualquer regime aduaneiro especial.
Comentários:
Letra A: errada. A entrada de mercadoria estrangeira no território
aduaneiro é fato gerador do imposto de importação. No entanto, é necessário, adicionalmente, o registro da DI.
Letra B: errada. O registro da mercadoria no manifesto de carga e a
entrada desta nos recintos alfandegados de zona primária são fatores irrelevantes para configurar o fato gerador do I.I
Letra C: errada. Não basta que o veículo chegue ao porto e preste as informações. O fato gerador do I.I considera-se ocorrido na data de registro da
DI.
Letra D: correta. O fato gerador do imposto de importação é a entrada de mercadoria estrangeira no território nacional. No entanto, pode-se
dizer que o fato gerador somente se aperfeiçoa com o registro da Declaração de Importação.
Letra E: errada. A assertiva nada falou sobre o registro da D.I
19. (TTN-1998) É contribuinte do Imposto de Importação:
a) o adquirente, em licitação, de mercadoria estrangeira.
b) o estabelecimento que exerce o comércio de produtos importados em
relação ao fato gerador decorrente da saída desses produtos para qualquer fim.
c) o importador, em relação ao fato gerador decorrente do desembaraço
aduaneiro de produto, de procedência estrangeira.
d) o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada
de mercadoria estrangeira no território nacional.
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e) qualquer pessoa jurídica de direito público ou privado em relação ao fato gerador da entrada de mercadoria importada do exterior no estabelecimento,
ainda que se trate de bem destinado a consumo ou a ativo fixo do mesmo.
Comentários:
A resposta para essa questão está no art. 104 do R/A, o qual
transcrevemos a seguir:
Art. 104. É contribuinte do imposto: I - o importador, assim considerada qualquer pessoa que
promova a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro;
II - o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente; e III - o adquirente de mercadoria entrepostada.
A resposta é, como se pode ver, a letra D.
20. (TTN-1998) Com relação à mercadoria estrangeira devolvida ao exterior antes do registro da Declaração de Importação, nos termos e
condições estabelecidos pelo Ministro da Fazenda,
a) incide apenas o IPI
b) ocorre o pagamento dos tributos e confirmada a devolução o importador
terá direito à restituição dos mesmos
c) ocorre a suspensão do pagamento dos tributos até a sua efetiva saída do País
d) não incidem o II e o IPI
e) serão cobrados os tributos apenas na hipótese de não ser confirmada a chegada da mercadoria ao destino
Comentários:
Segundo o art. 71, inciso IV, do R/A, o imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes do
registro da declaração de importação, observada a regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda. O IPI também não irá incidir, uma vez que não
houve desembaraço aduaneiro. Na próxima aula, falaremos sobre o IPI. Eu assumo: essa questão estava difícil para quem apenas estudou o I.I. Logo, a
resposta é a letra D.
21. (TTN-1998) Para efeito de cálculo do Imposto de Importação,
considera-se ocorrido o fato gerador
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a) na data do registro da declaração de importação para admissão nos regimes aduaneiros especiais, exceto o de drawback.
b) na data da entrada da mercadoria no território nacional, assim considerada a da descarga dos volumes para os recintos alfandegados de zona primária
c) no dia do lançamento respectivo, quando se tratar de mercadoria constante
de manifesto ou documento equivalente, cuja falta ou avaria for verificada pela autoridade aduaneira
d) no dia do lançamento respectivo, quando se tratar da entrada regular no território aduaneiro de mercadoria contida em remessa postal à qual tenha
sido aplicado o regime de exportação temporária.
e) na data do registro da declaração de importação de mercadoria constante de manifesto ou documento equivalente cuja falta for apurada pela autoridade
aduaneira em ato de revisão.
Comentários:
Letra A: errada. Em aula futura, estudaremos sobre a problemática
da ocorrência ou não do fato gerador do I.I na admissão de bens em regimes aduaneiros especiais. Por ora, basta sabermos que a hipótese descrita pela
assertiva não está prevista no art. 73 do R/A, dispositivo que versa sobre o momento da ocorrência do fato gerador do I.I.
Letra B: errada. O fato gerador do imposto de importação é a data da entrada da mercadoria estrangeira no território aduaneiro, assim considerada a
data do registro da DI.
Letra C: correta. Segundo o art. 73, inciso II, alínea “c”, no caso de extravio ou avaria de mercadoria constante de manifesto de carga ou
documento equivalente, o fato gerador considera-se ocorrido na data do lançamento.
Letra D: errada. O retorno de exportação temporária é hipótese de não-ocorrência do fato gerador do imposto de importação.
Letra E: errada. Quando houver extravio de mercadoria, não haverá
registro da DI. O fato gerador, nesse caso, considera-se ocorrido na data do lançamento.
22. (AFRF-2002.2) É concedida isenção do imposto de importação incidente sobre objetos de arte, constantes das posições 9701, 9702,
9703 e 9706 do Capítulo 97 da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias (NBM/SH) - atualmente a Nomenclatura Comum do Mercosul - e
recebidos, em doação, por museus instituídos e mantidos pelo poder público e outras entidades culturais, reconhecidas como de utilidade
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pública. (Lei 8.961/94, art.1º). Em face do enunciado, assinale a opção correta.
a) A isenção concedida tem um caráter exclusivamente objetivo já que direcionada aos objetos de arte citados na norma.
b) A isenção concedida tem um caráter exclusivamente subjetivo já que
direcionada aos museus mantidos pelo poder público e outras entidades culturais de utilidade pública.
c) A isenção concedida tem, cumulativamente, um caráter objetivo e subjetivo, condicionada, ainda, a não cobertura cambial.
d) A isenção concedida pode ser, por interpretação extensiva, estendida a
outros objetos de arte.
e) A isenção concedida suspende a exigência de crédito tributário.
Comentários:
Letra A e B erradas. A isenção mencionada no enunciado da questão
tem, ao mesmo tempo, caráter objetivo e subjetivo.
Letra C: correta. De fato, a isenção mencionada tem,
cumulativamente, um caráter objetivo e subjetivo. O caráter objetivo se evidencia no fato de que a isenção é outorgada em razão da mercadoria
(objetos de arte). Por sua vez, o caráter subjetivo fica nítido quando se observa que se trata de isençâo é outorgada em razão da natureza da pessoa
importadora (museu). Destaque-se que a operação precisa, ainda, ser uma doção. Doação é uma operação sem cobertura cambial, isto é, não implica
na transferência de divisas para o exterior.
Letra D: errada. Segundo o art. 114 do R/A, interpreta-se
literalmente a legislação tributária que dispuser sobre a outorga de isenção ou de redução do imposto de importação. Assim, não há que se falar em
interpretação extensiva.
Letra E: errada. Como você deve estudado em Direito Tributário, isenção é hipótese de exclusão do crédito tributário (e não de suspensão!)
23. (AFRF-2000) A empresa Alfa Bética Indústria de Componentes Automotivos Ltda. pleiteou junto ao DECEX redução de alíquota do
imposto de importação para uma fresadora especial, sem similar nacional, para emprego no seu processo produtivo de engrenagens
cônicas para automóveis, cujo processo, após exaustiva análise, culminou com o deferimento do pedido, passando a figurar na TEC
como "ex"- tarifário. Passados 2 (dois) anos a empresa encerrou suas atividades e a referida máquina foi vendida a outra empresa para ser
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utilizada na produção de engrenagens helicoidais para equipamentos navais, sem autorização prévia da Secretaria da Receita Federal para
manutenção da referida redução de imposto. Ato contínuo, em fiscalização na empresa, a Secretaria da Receita Federal:
a) exigirá a totalidade dos tributos dispensados na importação, com os acréscimos legais alegando que a redução tributária foi vinculada à qualidade
do importador, tanto que tal redução foi deferida à empresa mediante processo específico, além do que não foi solicitada prévia autorização da autoridade
fiscal
b) exigirá totalidade dos tributos dispensados na importação, com os acréscimos legais, alegando que a redução tributária foi vinculada à destinação
do bem e no caso houve transferência de propriedade para empresa que o
utilizou para outra finalidade, além do que não houve prévia autorização do órgão fiscal.
c) considerou regulares as operações, deixando de instaurar qualquer
procedimento fiscal contra a empresa importadora e a adquirente do bem, levando em consideração a natureza objetiva da redução tributária.
d) exigirá os tributos dispensados, com depreciação do valor do bem em 25% em função de tempo decorrido (24 meses) tendo em vista a redução ter sido
vinculada à destinação do bem e a transferência de propriedade ter sido feita sem prévia autorização da fiscalização
e) exigirá os tributos dispensados, com depreciação do valor do bem em 25%
em função do tempo decorrido (24 meses) tendo em vista a redução ter sido vinculada à qualidade do importador e a transferência sem autorização prévia
da autoridade fiscal.
Comentários:
Questão muito interessante! O candidato precisava compreender bem
o assunto! Resumindo a história, o que aconteceu foi o seguinte:
1) A empresa Alfa Bética pleiteou a concessão de um ex-tarifário.
2) A CAMEX concedeu o ex-tarifário e, então, a empresa usufrui da
redução do imposto na importação da máquina.
3) Passados 2 (dois) anos, a empresa Alfa Bética vendeu a máquina a
outra empresa sem autorização da RFB.
E aí? Nessa situação, o Auditor Fiscal RFB vai ou não vai “encrespar”?
O ex-tarifário é uma redução objetiva do imposto de importação, logo não interessa quem é a pessoa importadora. Após a concessão do ex-
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tarifário, qualquer pessoa que vier a importar um bem idêntico àquele contemplado com o ex-tarifário fará jus à redução do imposto de importação.
Portanto, a resposta correta é a letra C: “a Secretaria da Receita Federal considerou regulares as operações, deixando de instaurar qualquer
procedimento fiscal contra a empresa importadora e a adquirente do bem, levando em consideração a natureza objetiva da redução tributária”.
Vale a pena destacar que isso não vale para as isenções ou reduções subjetivas. Segundo o art. 124 do R/A, quando a isenção ou a redução for
vinculada à qualidade do importador, a transferência de propriedade ou a cessão de uso dos bens, a qualquer título, obriga ao prévio pagamento do
imposto de importação.
24. (AFTN-1994-adaptada) – É contribuinte do imposto de
importação:
a) qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no território nacional, bem como o destinatário de remessa postal internacional
indicado pelo respectivo remetente.
b) o permissionário de entreposto aduaneiro relativamente às mercadorias
estrangeiras depositadas.
c) qualquer pessoa que tenha relação com a entrada de mercadoria estrangeira no território nacional, inclusive o transportador e o depositário,
mesmo que a mercadoria se destine a permanecer no País apenas por um tempo determinado.
d) qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira para consumo no território nacional, bem como o transportador de mercadoria
procedente do exterior em percurso interno, sob controle aduaneiro.
e) o importador e o adquirente ou cessionário de mercadoria estrangeira beneficiada com isenção ou redução do imposto vinculado à qualidade do
importador.
Comentários:
Letra A: correta. São contribuintes do imposto de importação: i) o
importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no território nacional; ii) o destinatário de remessa
postal internacional e; iii) o adquirente de mercadoria entrepostada.
Letra B: errada. O permissionário não está entre os contribuintes do
imposto de importação.
Letra C: errada. O transportador e o depositário são responsáveis pelo imposto de importação (e não contribuintes!).
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Letra D: errada. O transportador de mercadoria procedente do exterior em percurso interno, sob controle aduaneiro, é responsável pelo
imposto de importação.
Letra E: errada. O adquirente ou cessionário de mercadoria
estrangeira beneficiada com isenção ou redução do imposto vinculado à qualidade do importador é responsável solidário pelo imposto de
importação.
25. (TRF-2000) Constitui base de cálculo do Imposto de Importação, quando a alíquota for ad-valorem, o valor:
a) do produto adquirido em licitação de mercadoria estrangeira que tenha sido objeto de pena de perdimento.
b) externo, entendido como o preço pelo qual a mercadoria é normalmente
oferecida à venda no mercado atacadista do País exportador, somado às despesas para colocação a bordo no porto de embarque, ao seguro e ao frete.
c) normal que a mercadoria tem numa venda efetuada em condições de livre concorrência, entre o vendedor no exterior e o importador no Brasil.
d) aduaneiro das mercadorias, conforme definido no Acordo de Valoração
Aduaneira.
e) declarado pelo importador na Declaração de Importação devidamente
registrada no SISCOMEX, incluído o frete interno no país de Importação.
Comentários:
Quando a alíquota for ad valorem, a base de cálculo do imposto de
importação será o valor aduaneiro apurado segundo as regras do Acordo de Valoração Aduaneira. A resposta é, portanto, a letra D. Já quando a alíquota
for específica, a base de cálculo do imposto de importação será a quantidade de mercadoria na unidade de medida estatística.
26. (AFTN-1989)-No caso de falta de mercadoria constante de
documentos de carga ou equivalente, verificada pela autoridade aduaneira, considera-se ocorrido o fato gerador:
a) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data do lançamento do crédito tributário correspondente.
b) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data da entrada do
veículo transportador no território aduaneiro.
c) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data em que o fato
foi comunicado à repartição fiscal.
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d) na data em que a autoridade aduaneira tenha iniciado a apuração do fato, ficando a mercadoria sujeita aos tributos então vigentes.
e) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data em que tenha ocorrido o primeiro registro de declaração de importação de mercadoria
desembarcada do mesmo veículo transportador.
Comentários:
Segundo o art. 73, inciso II, alínea “c” do R/A, no caso de extravio ou
avaria de mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, considera-se ocorrido o fato gerador na data do
lançamento do crédito tributário. A resposta é a letra A.
27. (TRF-2002.2)- A responsabilidade tributária pelas faltas ou extravios de volumes ou de mercadorias importadas pode ser do
transportador ou do depositário, conforme normas contidas:
a) nos INCOTERMS
b) no Direito Comercial
c) nos acordos internacionais de transporte
d) na legislação tributária
e) nos contratos de transporte internacional e de armazenagem de carga.
Comentários:
De acordo com o art. 105 do R/A, são responsáveis pelo imposto de
importação: o transportador, o depositário e qualquer outra pessoa que a lei assim designar. Como se vê, é a legislação aduaneira que atribui
responsabilidade tributária pelas faltas ou extravios de volumes. A resposta é a letra D.
Apenas a título de esclarecimento, INCOTERMS são cláusulas contratuais por meio das quais são definidas as obrigações. Esse assunto está
previsto apenas na disciplina de “Comércio Internacional”.
28. (CODESP-2011) O fato gerador do imposto de importação é a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro. Para efeito
de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o seguinte fato gerador:
a) a data do desembarque da mercadoria.
b) a data do registro da declaração de importação de mercadoria submetida a
despacho para consumo.
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c) o dia útil seguinte à data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado, se iniciado o respectivo despacho
aduaneiro.
d) a data de aplicação da pena de perdimento da mercadoria, na hipótese de
mercadoria importada e que for considerada abandonada pelo decurso do prazo de permanência em recinto alfandegado.
e) a data de entrada de mercadoria à qual tenha sido aplicado o regime de
exportação temporária.
Comentários:
Letra A: errada. Não há qualquer situação em que a data do
desembarque seja considerada o momento da ocorrência do fato gerador do I.I.
Letra B: correta. Segundo o art. 73, inciso I, do R/A, para efeito de cálculo do imposto do imposto de importação, considera-se ocorrido o fato
gerador na data de registro da Declaração de Importação de mercadoria submetida a despacho para consumo.
Letra C: errada. O art. 73, inciso III, do R/A, considera-se ocorrido o
fato gerador do I.I na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado, se iniciado o respectivo despacho
aduaneiro antes de aplicada a pena de perdimento da mercadoria, na hipótese de a mercadoria ter sido considerada abandonada.
Letra D: errada. Se for aplicada a pena de perdimento, não há incidência do imposto de importação.
Letra E: errada. O retorno de mercadoria exportada temporariamente
não é fato gerador do imposto de importação.
29. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Quando a isenção ou a
redução do imposto de importação for vinculada à qualidade do importador, a transferência de propriedade ou a cessão de uso dos
bens, a qualquer título, obriga ao prévio pagamento do imposto, exceto no caso de bens transferidos ou cedidos:
a) a pessoa que goze de igual tratamento tributário, independentemente de
prévia decisão da autoridade aduaneira.
b) após o decurso do prazo de três anos, contados da data do registro da
declaração de importação, no caso de bens importados por integrantes de missões diplomáticas.
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c) após o decurso do prazo de três anos, contados da data da entrada da mercadoria no território aduaneiro, no caso de bens importados por
integrantes de repartições consulares.
d) após o decurso do prazo de dois anos, contados da data do desembaraço
aduaneiro, no caso de bens importados por representações de organismos internacionais.
e) após o decurso do prazo de um ano, contado da data do registro da
declaração de importação, no caso de bens importados por integrantes de repartições consulares.
Comentários:
Questão muito interessante, que versão sobre as isenções de caráter subjetivo.
Letra A: errada. O importador, tendo usufruído de isenção subjetiva, poderá transferir a propriedade ou ceder o uso dos bens a outra pessoa que
goze de igual tratamento tributário sem prévio pagamento do imposto. No entanto, é necessária prévia decisão da autoridade aduaneira.
Letra B: correta. São necessários 3 anos, contados da data do
registro da DI, para que o importador que usufruiu isenção subjetiva do imposto de importação possa transferir ou ceder o uso de bens, sem prévio
pagamento do imposto, a missões diplomáticas e repartições consulares de caráter permanente e seus integrantes.
Letra C: errada. Os 3 anos são contados da data do registro da DI (e não da data de entrada da mercadoria!).
Letra D: errada. O prazo é de 3 anos.
Letra E: errada. O prazo é de 3 anos.
30. (Questão Inédita)- Acerca da incidência do imposto de importação, assinale a alternativa correta:
a) O imposto de importação incidirá sobre mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da pena de perdimento, exceto na hipótese em que não seja
localizada, tenha sido consumida ou revendida.
b) O imposto de importação não incide sobre bagagens de viajantes, uma vez que estas não estão dentro do conceito de mercadorias estrangeiras.
c) Considera-se estrangeira, para fins de incidência do imposto de importação, a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada em consignação e não
vendida no prazo fixado, que retorne ao Brasil.
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d) O imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e que se destine a reposição de outra
anteriormente importada que se tenha revelado, após o desembaraço aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava, desde que
observada a regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda.
e) O imposto de importação incide sobre mercadoria estrangeira em trânsito
aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída.
Comentários:
Letra A: errada. O imposto de importação não incidirá sobre
mercadoria estrangeira que tenha sido objeto de pena de perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha sido consumida ou revendida.
Letra B: errada. O imposto de importação também incide sobre
bagagem de viajantes, apesar de estas estarem fora do conceito de “mercadorias”.
Letra C: errada. A mercadoria nacional ou nacionalizada exportação em consignação e não vendida no prazo fixado será considerada não-
estrangeira ao retornar ao Brasil.
Letra D: correta. Não há incidência do imposto de importação na hipótese de substituição de mercadorias.
Letra E: errada. Se a mercadoria tiver sido acidentalmente destruída em trânsito aduaneiro de passagem, não haverá incidência do
imposto de importação.
31. (Questão Inédita)- O fato gerador do imposto de importação considera-se ocorrido:
a) no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de bens contidos em remessa postal internacional sujeitos ao regime de
importação comum.
b) na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado, se aplicada a pena de perdimento.
c) no data do registro da DI de mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, cujo extravio ou avaria tenha sido
apurado pela autoridade aduaneira.
d) na data do registro da declaração de importação de bens contidos em remessas postais internacionais não-sujeitos ao regime de importação comum.
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e) no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou
desacompanhada.
Comentários:
Letra A: errada. Segundo o art. 73, inciso II, alínea “a”, do R/A, o
fato gerador do imposto de importação considera-se ocorrido no dia do lançamento do crédito tributário, quando se tratar de bens contidos em
remessa postal internacional não sujeitos ao regime de importação comum.
Letra B: errada. Se aplicada a pena de perdimento, não haverá
incidência do imposto de importação (art. 71, inciso III, do R/A)
Letra C: errada. Segundo o art. 73, inciso II, alínea “c”, do R/A, o fato gerador do imposto de importação considera-se ocorrido no dia do
lançamento do crédito tributário, quando se tratar de mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, cujo
extravio ou avaria tenha sido apurado pela autoridade aduaneira.
Letra D: errada. Nos termos do art. 73, inciso II, alínea “a” do R/A, o
fato gerador do imposto de importação considera-se ocorrido na data do lançamento do crédito tributário, quando se tratar de bens contidos em
remessa postal internacional não sujeitos ao regime de importação comum. Quando os bens contidos em remessa postal internacional estiverem sujeitos
ao regime de importação comum, aí é que haverá registro da DI.
Letra E: correta. Segundo o art. 73, inciso II, alínea “b”, do R/A,
considera-se ocorrido o fato gerador do imposto de importação na data do lançamento do crédito tributário, quando se tratar de bens compreendidos
no conceito de bagagem, acompanhada ou desacompanhada.
32. (Questão Inédita)- Acerca do imposto de importação, assinale a alternativa correta:
a) A entrada no território aduaneiro de mercadoria à qual tenha sido aplicado o regime de exportação temporária é fato gerador do imposto de importação.
b) A reimportação não é fato gerador do imposto de importação, salvo quando
tenha sido descumprido o regime de exportação temporária.
c) Os bens importados com alíquota zero por cento do imposto de importação,
ficam dispensados dos tributos internos, nos termos das respectivas legislações.
d) Quando se tratar de mercadoria importada ao amparo de acordo
internacional firmado pelo Brasil, prevalecerá o tratamento nele previsto, salvo se da aplicação das normas gerais resultar tributação mais favorável.
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e) A alíquota aplicável para o cálculo do imposto de importação é a correspondente ao posicionamento da mercadoria na Tarifa Externa Comum,
na data do embarque da mercadoria no exterior, uma vez identificada sua classificação fiscal segundo a Nomenclatura Comum do MERCOSUL.
Comentários:
Letra A: errada. O retorno de mercadoria exportada temporariamente não é fato gerador do imposto de importação.
Letra B: errada. A reimportação (retorno de exportação temporária) não será fato gerador do imposto de importação, ainda que o regime tiver
sido descumprido (art. 74, inciso II, do R/A).
Letra C: errada. Os bens importados, inclusive com alíquota zero por cento do imposto de importação, estão sujeitos aos tributos internos, nos
termos das respectivas legislações.
Letra D: correta. De fato, no conflito entre a tributação prevista na
TEC e a prevista em outros acordos internacionais, prevalecerá a prevista no acordo. A exceção fica por conta de quando a aplicação das normas gerais
(aplicação da TEC) resultar em tributação mais favorável (menos gravosa).
Letra E: errada. A alíquota aplicável é a prevista na TEC na data da ocorrência do fato gerador do imposto de importação.
33. (Questão Inédita)-Assinale a alternativa correta sobre o imposto de importação:
a) Na impossibilidade de identificação da mercadoria importada, em razão de
seu extravio ou consumo, e de descrição genérica nos documentos comerciais e de transporte disponíveis, serão aplicadas, para fins de determinação dos
impostos e dos direitos incidentes, as alíquotas de 60% (sessenta por cento) para o cálculo do imposto de importação e de 60% (sessenta por cento) para o
cálculo do imposto sobre produtos industrializados.
b) Os bens integrantes de remessa postal internacional de valor não superior a
US$100.00 serão desembaraçados com isenção do Imposto de Importação, desde que o remetente e o destinatário sejam pessoas físicas.
c) O Regime de Tributação Simplificada é o que permite a classificação
genérica, para fins de despacho de importação, de bens integrantes de
remessa postal internacional, mediante a aplicação de alíquotas diferenciadas do imposto de importação, e isenção do imposto sobre produtos
industrializados, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação.
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d) O imposto de importação será pago na data do desembaraço aduaneiro de importação.
e) O Regime de Tributação Especial se aplica apenas aos bens compreendidos no conceito de bagagem, no montante que exceder o valor global de
US$500,00.
Comentários:
Letra A: errada. Na tributação de mercadorias não-identificadas, as
alíquotas do imposto de importação e do imposto sobre produtos industrializados serão de 50%.
Letra B: errada. Farão jus à isenção do I.I os bens integrantes de
remessa postal internacional cujo valor não seja superior a US$50,00, desde que o remetente e o destinatário sejam pessoas físicas.
Letra C: correta. Essa é a definição do Regime de Tributação Simplificada, aplicável aos bens integrantes de remessa postal internacional
cujo valor global não exceda US$ 3.000,00. Sobre esses bens incidirá uma alíquota diferenciada do I.I (60%). Além disso, farão jus à isenção de IPI e das
contribuições para o PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação.
Letra D: errada. O imposto de importação será pago na data do registro da Declaração de Importação.
Letra E: errada. O Regime de Tributação Especial também se aplica aos bens adquiridos em lojas francas de chegada, no montante em que
exceder o limite de isenção (US$ 500,00).
34. (Questão Inédita)-Assinale a alternativa incorreta:
a) É contribuinte do imposto de importação o importador, assim considerada
qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro.
b) É contribuinte do imposto de importação o adquirente de mercadoria
entrepostada.
c) É responsável pelo imposto de importação o depositário, assim considerada
qualquer pessoa incumbida da custódia de mercadoria sob controle aduaneiro.
d) É responsável pelo imposto de importação o transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou sob controle aduaneiro,
inclusive em percurso interno
e) É responsável pelo imposto de importação o adquirente ou o cessionário de
mercadoria beneficiada com isenção ou redução do imposto.
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Comentários:
Pessoal, é fundamental que vocês saibam identificar os contribuintes
e os responsáveis pelo imposto de importação. Isso me cheira a questão de prova!
Letra A: correta. Conforme o art. 104, inciso I, do R/A.
Letra B: correta. Conforme o art. 104, inciso III, do R/A.
Letra C: correta. Conforme o art. 105, inciso II, do R/A.
Letra D: correta. Conforme o art. 105, inciso I, do R/A.
Letra E: errada. O adquirente ou o cessionário de mercadoria
beneficiada com isenção ou redução do imposto de importação é responsável solidário pelo imposto de importação (art. 106, inciso I).
35. (Questão Inédita)-Sobre as isenções e reduções do imposto de
importação, assinale a alternativa incorreta:
a) A isenção ou a redução do imposto de importação, quando vinculada à
destinação dos bens, ficará condicionada à comprovação posterior do seu efetivo emprego nas finalidades que motivaram a concessão
b) Perderá o direito à isenção ou à redução quem deixar de empregar os bens
nas finalidades que motivaram a concessão, exigindo-se o imposto a partir da data do registro da correspondente declaração de importação.
c) Quando a isenção ou a redução for vinculada à qualidade do importador, a transferência de propriedade ou a cessão de uso dos bens, a qualquer título,
obriga ao prévio pagamento do imposto.
d) A isenção ou a redução do imposto de importação somente beneficiará mercadoria sem similar nacional e transportada em navio de bandeira
brasileira
e) O ex-tarifário é isenção objetiva do imposto de importação concedida pela
CAMEX a bens de capital e de informática e telecomunicações que não possuam similar nacional.
Comentários:
Letra A: correta. As isenções objetivas ficam condicionadas à comprovação posterior do efetivo emprego dos bens nas finalidades que
motivaram a concessão.
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Letra B: correta. Se os bens que receberam isenção/redução deixarem de ser empregados nas finalidades que motivaram a concessão, o
imposto se tornará exigível a partir da data do registro da DI.
Letra C: correta. Se a isenção/redução for vinculada à qualidade do
importador, a transferência de propriedade ou cessão de uso dos bens implicará no prévio pagamento do imposto de importação (art.124 do R/A)
Letra D: correta. Os dois requisitos para a concessão de isenção ou
redução do imposto de importação são: i) inexistência de similar nacional e; ii) transporte em navio de bandeira brasileira (art.118 do R/A).
Letra E: errada. O ex-tarifário não é hipótese de isenção do imposto de importação. Trata-se de uma redução objetiva do I.I aplicável a bens de
capital (BK) e bens de informática e telecomunicações (BIT) que não possuam similar nacional.
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LISTA DE QUESTÕES Nº 01
1. (ATRFB-2012) Ao dispor sobre o Imposto de Importação, o art. 153, I,
da Constituição Federal, reza que compete à União instituir impostos sobre importação de bens estrangeiros.
2. (ATRFB-2012) O Imposto sobre Produtos Industrializados incide sobre mercadorias industrializadas destinadas ao exterior.
3. (ATRFB-2012) Com o objetivo de fomentar as exportações, a Constituição Federal atribui, excepcionalmente, aos Estados e ao Distrito
Federal a competência para exonerar os contribuintes do Imposto de Exportação.
4. (Questão Inédita) Um bem exportado temporariamente não se
desnacionaliza.
5. (AFRFB-2012) A base de cálculo do Imposto de Importação, quando a
alíquota for específica, é o valor aduaneiro apurado segundo as normas do artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio (GATT 1994).
6. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A base de cálculo do imposto de importação é a quantidade de mercadoria expressa na unidade de
medida estabelecida, quando a alíquota for específica.
7. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Bens sujeitos à alíquota zero
de imposto de importação implicam a adoção de alíquota zero no imposto de produtos industrializados.
8. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Caso a alíquota incidente seja “ad valorem”, o imposto de importação será calculado pela aplicação das
alíquotas fixadas na Tarifa Externa Comum (TEC) sobre a quantidade ou o peso da mercadoria importada.
9. (ATRFB-2012-adaptada) Sobre o Imposto de Importação, pode-se
afirmar que para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro da declaração de importação de mercadoria
submetida a despacho para consumo.
10. (ATRFB-2012-adaptada) Sobre o Imposto de Importação, pode-se
afirmar que para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro da declaração de importação, inclusive no caso de
despacho para consumo de mercadoria sob regime suspensivo de tributação e de mercadoria contida em remessa postal internacional ou conduzida por
viajante, sujeita ao regime de importação comum.
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11. (AFRFB-2012) O fato gerador do Imposto de Importação é a entrada de mercadoria estrangeira no território nacional. Este é o conceito que a
doutrina chama de elemento geográfico ou espacial do fato gerador. Para efeito de cálculo, entre outras situações, considera-se ocorrido o fato gerador
do Imposto de Importação no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de bens compreendidos no conceito de bagagem,
acompanhada ou desacompanhada.
12. (Questão Inédita) O fato gerador do imposto de importação é a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro. Para efeito de
ocorrência do fato gerador, considera-se entrada no território aduaneiro a mercadoria que conste como importada e cujo extravio tenha sido verificado
pela autoridade aduaneira.
13. (Questão Inédita) Para efeito de cálculo do imposto de importação,
considera-se ocorrido o fato gerador no dia do lançamento do correspondente
crédito tributário, quando se tratar de bens contidos em remessa postal internacional sujeitos ao regime de tributação especial.
14. (Questão Inédita) O retorno de mercadoria exportada
temporariamente, quando descumprido o regime, é fato gerador do imposto de importação.
15. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) No caso de Declaração de Importação (DI) registrada no Siscomex, é calculado pelo sistema, de acordo
com a alíquota vigente na data do fato gerador do imposto, ou seja, na data da entrada da mercadoria no país.
16. (AFRFB-2012) Considera-se estrangeira, para fins de incidência do Imposto de Importação, toda mercadoria nacional ou nacionalizada exportada,
que retorne ao País.
17. (AFRFB-2012) O Imposto de Importação incide sobre mercadoria
estrangeira que tenha sido objeto de pena de perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha sido consumida ou revendida.
18. (ATRFB-2012) O imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída.
19. (ATRFB-2012) São contribuintes do imposto de importação o
importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no Território Nacional, o destinatário de remessa postal
internacional indicado pelo respectivo remetente e o adquirente de mercadoria entrepostada.
20. (ATRFB-2012) O representante, no País, do transportador estrangeiro é responsável subsidiário pelo imposto de importação.
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21. (Exame Despachante Aduneiro-2012) As mercadorias que tenham sido objeto da pena de perdimento estão sujeitas à incidência do imposto de
importação.
22. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O depositário incumbido da
custódia de mercadorias sob controle aduaneiro é solidariamente responsável pelo pagamento do imposto de importação.
23. (Exame Despachante Aduneiro-2012) É responsável solidário pelo
imposto de importação o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de importação realizada por sua conta e ordem.
24. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O adquirente de mercadoria entrepostada é contribuinte do imposto de importação.
25. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou sob controle aduaneiro, é
responsável solidário pelo imposto de importação.
26. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O depositário, assim
considerada qualquer pessoa incumbida da custódia de mercadoria sob controle aduaneiro, é contribuinte do imposto de importação.
27. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente é responsável solidário
pelo imposto de importação.
28. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O expedidor, o operador de
transporte multimodal ou qualquer subcontratado para a realização do
transporte multimodal são contribuintes do imposto de importação.
29. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O imposto de importação não
incide sobre a mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos documentos de transporte, chegue ao País por erro inequívoco ou comprovado
de expedição, e que seja redestinada ou devolvida para o exterior.
30. (Questão Inédita) Será considerada não-estrangeira a mercadoria
que, corretamente descrita nos documentos de transporte, chegar ao País por erro inequívoco ou comprovado de expedição, e que for redestinada ou
devolvida para o exterior.
31. (Questão Inédita) O imposto de importação incide sobre mercadoria
estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída. .
32. (Questão Inédita) A mercadoria nacional ou nacionalizada exportada
em consignação e não vendida no prazo autorizado será considerada estrangeira para fins de incidência do imposto de importação.
33. (AFRFB-2012) O Regime de Tributação Especial permite a classificação genérica, para fins de despacho de importação, dos bens por ele abarcados,
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mediante a aplicação de alíquotas diferenciadas do Imposto de Importação, e isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados, da Contribuição para o
PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação.
34. (AFRFB-2012) O Regime de Tributação Simplificada permite o
despacho de bens integrantes de bagagem mediante a exigência tão somente do Imposto de Importação, calculado pela aplicação da alíquota de cinquenta
por cento sobre o valor do bem.
35. (ATRFB – 2012) É vedada a inclusão no Regime de Tributação Unificada (RTU) de quaisquer mercadorias que não sejam destinadas ao
consumidor final, bem como de armas e munições, fogos de artifícios, explosivos, bebidas, inclusive alcoólicas, cigarros, veículos automotores em
geral e embarcações de todo tipo, inclusive suas partes e peças, medicamentos, pneus, bens usados e bens com importação suspensa ou
proibida no Brasil.
36. (ATRFB-2012) O Poder Executivo poderá fixar limites quantitativos,
por tipo de mercadoria, para as importações ao amparo do RTU.
37. (ATRFB-2012) Não poderá optar pelo RTU a microempresa optante
pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – SIMPLES
NACIONAL, de que trata a Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006.
38. (ATRFB-2012) No RTU, a operação de importação e o despacho
aduaneiro poderão ser realizados pelo empresário ou pelo sócio da sociedade empresária, por pessoa física nomeada pelo optante pelo Regime ou por
despachante aduaneiro.
39. (AFRFB-2012) O Regime de Tributação Unificada é o que permite a
importação, por via terrestre, de mercadorias procedentes do Paraguai, mediante o pagamento unificado dos seguintes impostos e contribuições
federais incidentes na importação: Imposto de Importação; Imposto sobre Produtos Industrializados; Contribuição para o PIS/ PASEP-Importação e
COFINS-Importação.
40. (AFRFB-2012) Apesar de ser tributo de competência dos Estados e do
Distrito Federal, o Regime de Tributação Unificada poderá incluir o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação devido pelo optante.
41. (Questão Inédita) Na impossibilidade de identificação da mercadoria
importada, em razão de seu extravio ou consumo, e de descrição genérica nos documentos comerciais e de transporte disponíveis, serão aplicadas, para fins
de determinação dos impostos e dos direitos incidentes, as alíquotas de 50%
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para o cálculo do imposto de importação e de 50% para o cálculo do imposto sobre produtos industrializados.
42. (Questão Inédita) O Regime de Tributação Simplificada é o que permite o despacho de bens integrantes de bagagem mediante a exigência tão
somente do imposto de importação, calculado pela aplicação da alíquota de 50% sobre o valor do bem.
43. (Questão Inédita) O Regime de Tributação Simplificada aplica-se aos
bens adquiridos em lojas francas de chegada, no montante que exceder o limite de isenção.
44. (AFRFB-2012) A isenção do Imposto de importação aos bens importados por instituições científicas e tecnológicas aplica-se a máquinas,
equipamentos, aparelhos e instrumentos, e suas partes e peças de reposição, acessórios, matérias-primas e produtos intermediários, desde que destinados
às suas pesquisas.
45. (AFRFB-2012) A isenção para bens a serem consumidos, distribuídos
ou utilizados em evento esportivo, e para premiações e objetos comemorativos aplica-se na importação de material promocional, impressos, folhetos e outros
bens com finalidade semelhante, a serem distribuídos gratuitamente ou utilizados em evento esportivo oficial.
46. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A concessão e o reconhecimento da isenção do imposto de importação ficam condicionados à
comprovação pelo contribuinte, pessoa física ou jurídica, da quitação de
tributos e contribuições federais.
47. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A isenção do imposto de
importação somente será reconhecida quando decorrente de lei ou ato internacional.
48. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) São concedidas isenções do imposto de importação às importações realizadas pelas missões diplomáticas.
49. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Interpreta-se literalmente a legislação tributária que dispuser sobre outorga de isenção do imposto de
importação.
50. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) É concedida isenção do
imposto de importação incidente sobre objetos de arte comprados por museus ou entidades culturais.
51. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Em caso de isenção do Imposto de Importação (II), é obrigatório que o transporte da mercadoria seja
em navio de bandeira brasileira, na via aquaviária, em todos os casos.
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52. (Questão Inédita) A isenção ou redução do imposto de importação somente beneficiará mercadoria transportada em navio de bandeira brasileira e
que possua similar nacional.
LISTA DE QUESTÕES Nº 02
1. (Analista Tributário RFB – 2012) São tributos incidentes sobre o
comércio exterior, exceto:
a) Imposto de Importação.
b) Imposto sobre Produtos Industrializados.
c) Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação.
d) Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – Combustíveis.
e) Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação sobre operações que destinem mercadorias para o exterior.
2. (AFRF-2002.2) O imposto de importação tem como elementos
que o caracterizam, na essência:
a) o lançamento por declaração; o valor da fatura como base de cálculo; tem por finalidade o incremento da arrecadação federal.
b) alíquota ad valorem; lançamento misto; o preço normal da mercadoria no
comércio internacional como base de cálculo.
c) incidência inclusive sobre as mercadorias objeto de contrabando; a base de
cálculo, para as mercadorias vendidas em leilão, é o valor da arrematação; lançamento de ofício.
d) as alíquotas previstas em acordos internacionais sempre prevalecem sobre
as alíquotas da Tarifa Externa Comum; é contribuinte, além do importador, o
adquirente, em licitação de mercadoria estrangeira; o depositário de mercadoria sob sua custódia é contribuinte relativamente à mercadoria cuja
falta for apurada pela autoridade aduaneira.
e) lançamento por homologação; decai após 5 (cinco) anos da data do registro da declaração de Importação no SISCOMEX; o valor de transação previsto no
Acordo de Valoração Aduaneira não é aplicável quando a alíquota for específica.
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3. (AFRF-2002.2) A importação de mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e que se destine à reposição de outra
anteriormente importada que se tenha revelado, após o despacho aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava,
desde que satisfeitas as condições estabelecidas pelo Ministro da Fazenda, configura relativamente ao imposto de importação uma
hipótese de:
a) isenção condicionada.
b) regime suspensivo até o implemento das condições.
c) não-incidência.
d) reimportação com não ocorrência do fato gerador.
e) isenção de natureza objetiva.
4. (AFRF-2002.2) No sistema aduaneiro brasileiro a nacionalização
de uma mercadoria:
a) é condicionada ao seu despacho para consumo.
b) ocorre quando se importa uma mercadoria a título definitivo ou não.
c) é condicionada ao prévio pagamento dos tributos ou ao reconhecimento de
sua dispensa pela autoridade aduaneira.
d) implica a sua importação a título definitivo independente de seu despacho
para consumo.
e) ocorre para a mercadoria importada a título não-definitivo, no momento em que é submetida a despacho aduaneiro de admissão a um regime especial.
5. (ACE-1998) Além do Imposto de Importação, sobre o produto importado incidem também:
a) IOF - Imposto sobre Operações Financeiras e IPI - Imposto sobre Produtos
Industrializados
b) IOF e ICMS - Imposto sobre Operações relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação
c) IPI e ICMS
d) IOF e ISS - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza
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e) ICMS e ISS
6. (ACE-2002) No Brasil, a definição da alíquota do Imposto de
Importação, quando da incidência deste, é feita com base no(a):
a) Tarifa Aduaneira Brasileira
b) Preferência Tarifária Regional
c) Sistema Geral de Preferências (SGP)
d) Tarifa Externa Comum do Mercosul
e) Sistema Geral de Preferências Globais (SGPG)
7. (AFRF-2000) De uma maneira geral, com as exceções previstas na legislação específica, pode-se afirmar que os requisitos de
inexistência de similar nacional em de transporte obrigatório em navio de bandeira brasileira devem ser observados nas importações:
a) às quais se aplicam os regimes aduaneiros especiais excluídos os de trânsito aduaneiro e exportação temporária
b) beneficiadas com isenções ou reduções do imposto de importação vinculado
à qualidade do importador, à destinação dos bens e as decorrentes de Acordos Internacionais (preferências tarifárias)
c) beneficiadas com alíquota zero ou redução de alíquota do imposto de importação, constantes da Tarifa Externa Comum (TEC)
d) beneficiadas com isenção ou suspensão do imposto de importação
e) beneficiadas com isenções ou reduções do imposto de importação
8. (AFRF-2000) Determinado importador, após adquirir uma mercadoria e pagá-la ao exportador no exterior, por razões comerciais,
concordou em revendê-la ao próprio vendedor no exterior, mediante pequeno lucro na operação. Tal operação configura uma:
a) redestinação
b) importação vinculada à exportação
c) reexportação
d) exportação
e) devolução
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9. (AFTN-1996) O momento de incidência do Imposto de Importação sobre uma mercadoria estrangeira associa-se à (ao):
a) Entrada da mercadoria no território nacional por via aérea, terrestre ou marítima.
b) Registro da Declaração de Importação
c) Emissão do Conhecimento de Embarque
d) Liquidação do Contrato de Câmbio
e) Expedição da Guia de Importação
10. (AFTN-1996-adaptada) Sobre o imposto de importação, no caso
brasileiro, é correto afirma-se que:
a) Suas alíquotas vigem por um ano e devem ser fixadas antes do início de cada exercício fiscal, não podendo ser alteradas antes do término do mesmo
b) Seu cálculo toma por base a quantidade de mercadoria e o seu valor FOB (Free on Board) fixado na TEC (Tarifa Externa Comum)
c) Incide sobre toda e qualquer mercadoria estrangeira que ingresse
efetivamente no território nacional, independentemente do regime aduaneiro previsto.
d) Deve ser calculado sobre o valor em moeda estrangeira empregada na transação e que será posteriormente convertido pela taxa cambial fixada na
TEC (Tarifa Externa Comum).
e) Seu cálculo toma por base o valor CIF (Cost, Insurance and Freight) da mercadoria e a alíquota ad valorem fixada na TEC (Tarifa Externa Comum)
correspondente à mercadoria em questão.
11. (TRF-2002.1) Caso se trate de mercadoria constante de
manifesto ou documento equivalente, cuja falta for verificada pela autoridade aduaneira, reputar-se-á como ocorrido o fato gerador:
a) no dia do registro do manifesto.
b) no dia do lançamento do crédito tributário.
c) no dia do registro da declaração de importação.
d) no primeiro dia útil do mês subsequente à apuração da falta.
e) no dia da atracação do veículo transportador.
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12. (TRF-2002.1) A base de cálculo do Imposto de Importação é:
a) em se tratando de alíquota específica, a quantidade de mercadoria expressa
na unidade de medida indicada na Tarifa baixada pelo Ministro da Fazenda.
b) em se tratando de alíquota ad valorem, o preço pelo qual a mercadoria ou similar é normalmente oferecida a venda no mercado atacadista do país
exportador, somado às despesas efetivamente pagas para sua colocação a bordo no porto de embarque para o Brasil, ao seguro e ao frete (CIF),
deduzidos, quando for o caso, os impostos exigíveis para consumo interno e recuperáveis pela exportação.
c) em se tratando de alíquota ad-valorem, o preço do produto adquirido numa venda internacional em condições de livre concorrência, e relativo ao custo da
exportação acrescido das despesas incorridas para colocação no porto de embarque.
d) em se tratando de alíquota ad-valorem, o preço do produto adquirido em
licitação pública, deduzidos os impostos internos exigíveis no mercado interno e acrescido do frete e seguro internacionais.
e) quando a alíquota for ad-valorem, o valor aduaneiro definido no Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT), no qual o Brasil é parte.
13. (TRF-2002.1) Constitui base de cálculo do Imposto de
Importação, quando a alíquota for ad-valorem, o valor:
a) do produto adquirido em licitação de mercadoria estrangeira que tenha sido
objeto de pena de perdimento.
b) externo, entendido como o preço pelo qual a mercadoria é normalmente oferecida à venda no mercado atacadista do País exportador, somado às
despesas para colocação a bordo no porto de embarque, ao seguro e ao frete.
c) normal que a mercadoria tem numa venda efetuada em condições de livre
concorrência, entre o vendedor no exterior e o importador no Brasil.
d) aduaneiro das mercadorias, conforme definido no Acordo de Valoração Aduaneira.
e) declarado pelo importador na Declaração de Importação devidamente registrada no SISCOMEX, incluído o frete interno no país de Importação.
14. (TRF-2002.1) Consideram-se nacionalizadas:
a) as mercadorias estrangeiras importadas a título não definitivo em regime comum de importação, somente após o regular despacho para consumo,
tributadas, ou isentas do imposto de importação.
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b) as mercadorias estrangeiras importadas a título definitivo, desde que tenham sido despachadas para consumo.
c) as mercadorias estrangeiras adquiridas no exterior, excluídas as doações, e tributadas pelo imposto de importação.
d) somente as mercadorias estrangeiras despachadas para consumo, tenham
ou não sido pagas ao exportador estrangeiro.
e) as mercadorias estrangeiras importadas a título definitivo,
independentemente de serem despachadas para consumo.
15. (TRF-2003) Não haverá incidência do Imposto de Importação nas seguintes situações, exceto:
a) devolução de dois aparelhos de ultrassonografia nacionalizados, por motivo
de defeito técnico e que retornaram ao País para substituição.
b) retorno ao País de veículo de fabricação nacional, adquirido no mercado
interno, por empresa nacional de engenharia e exportado para execução de obra contratada no exterior.
c) retorno ao Brasil de peças de artesanato, sob a alegação de que não
correspondia à amostra apresentada ao importador estrangeiro pelo
representante da cooperativa de artesãos.
d) retorno ao País de produtos nacionais, enviados em consignação e não vendidos, imediatamente após o término do prazo autorizado.
e) redestinação ou devolução para o exterior de mercadoria estrangeira,
corretamente descrita e cujo erro de expedição foi comprovado.
16. (TRF-2003-adaptada) Verifique a correção dos itens abaixo em
relação à bagagem. Atribua a letra S para as opções que se apliquem à tributação de bens conceituados como bagagem e N para as opções
que não se apliquem a essa tributação. Em seguida, marque a opção que contenha a sequência correta.
V) imposto de importação calculado à alíquota de 50%, pelo Regime de Tributação Especial.
X) imposto de importação calculado à alíquota de 60%, pelo Regime de
Tributação Simplificada.
Y) limite de isenção de US$300.00 ou de US$500.00.
Z) isenção para bens de até US$50.00, enviados, como presente, por pessoas
físicas para pessoas físicas.
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a) VS XN YS ZN
b) VS XS YS ZN
c) VN XN YN ZS
d) VS XN YN ZN
e) VN XS YN ZN
17. (TTN-1997) O depositário incumbido da custódia de mercadoria de terceiros sob controle aduaneiro nos armazéns de zona primária ou
secundária:
a) é responsável pelo imposto de importação e multas cabíveis relativamente
às mercadorias sob sua guarda.
b) é solidariamente responsável com o importador com relação à mercadoria beneficiada com isenção ou redução do imposto de importação vinculada à
qualidade do importador.
c) é solidariamente responsável com o importador com relação à mercadoria
beneficiada com isenção ou redução do imposto de importação vinculada à destinação dos bens.
d) é contribuinte do imposto de importação relativamente às mercadorias a ele
consignadas.
e) pode ser contribuinte do imposto de importação desde que providencie o
despacho aduaneiro da mercadoria.
18. (TTN-1997) Para se configurar o fato gerador do imposto de importação e o momento de sua ocorrência, para fins de cálculo do
imposto, são condições cumulativas:
a) a entrada da mercadoria estrangeira no território aduaneiro e o seu
licenciamento pelo órgão competente.
b) a entrada da mercadoria estrangeira nos recintos alfandegados de zona primária e o seu registro no manifesto de carga do veículo transportador.
c) a chegada do veículo transportador ao porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado e a entrega dos documentos relativos à importação na
repartição aduaneira jurisdicionante.
d) a entrada da mercadoria estrangeira no território aduaneiro e o registro no SISCOMEX da declaração de importação para consumo.
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e) a entrada de mercadoria estrangeira na zona primária dos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados e o registro da mercadoria para
qualquer regime aduaneiro especial.
19. (TTN-1998) É contribuinte do Imposto de Importação:
a) o adquirente, em licitação, de mercadoria estrangeira.
b) o estabelecimento que exerce o comércio de produtos importados em
relação ao fato gerador decorrente da saída desses produtos para qualquer
fim.
c) o importador, em relação ao fato gerador decorrente do desembaraço aduaneiro de produto, de procedência estrangeira.
d) o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada
de mercadoria estrangeira no território nacional.
e) qualquer pessoa jurídica de direito público ou privado em relação ao fato
gerador da entrada de mercadoria importada do exterior no estabelecimento, ainda que se trate de bem destinado a consumo ou a ativo fixo do mesmo.
20. (TTN-1998) Com relação à mercadoria estrangeira devolvida ao
exterior antes do registro da Declaração de Importação, nos termos e
condições estabelecidos pelo Ministro da Fazenda,
a) incide apenas o IPI
b) ocorre o pagamento dos tributos e confirmada a devolução o importador terá direito à restituição dos mesmos
c) ocorre a suspensão do pagamento dos tributos até a sua efetiva saída do País
d) não incidem o II e o IPI
e) serão cobrados os tributos apenas na hipótese de não ser confirmada a chegada da mercadoria ao destino
21. (TTN-1998) Para efeito de cálculo do Imposto de Importação,
considera-se ocorrido o fato gerador
a) na data do registro da declaração de importação para admissão nos regimes
aduaneiros especiais, exceto o de drawback.
b) na data da entrada da mercadoria no território nacional, assim considerada a da descarga dos volumes para os recintos alfandegados de zona primária
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c) no dia do lançamento respectivo, quando se tratar de mercadoria constante de manifesto ou documento equivalente, cuja falta ou avaria for verificada pela
autoridade aduaneira
d) no dia do lançamento respectivo, quando se tratar da entrada regular no
território aduaneiro de mercadoria contida em remessa postal à qual tenha sido aplicado o regime de exportação temporária.
e) na data do registro da declaração de importação de mercadoria constante
de manifesto ou documento equivalente cuja falta for apurada pela autoridade aduaneira em ato de revisão.
22. (AFRF-2002.2) É concedida isenção do imposto de importação incidente sobre objetos de arte, constantes das posições 9701, 9702,
9703 e 9706 do Capítulo 97 da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias (NBM/SH) - atualmente a Nomenclatura Comum do Mercosul - e
recebidos, em doação, por museus instituídos e mantidos pelo poder público e outras entidades culturais, reconhecidas como de utilidade
pública. (Lei 8.961/94, art.1º). Em face do enunciado, assinale a opção correta.
a) A isenção concedida tem um caráter exclusivamente objetivo já que direcionada aos objetos de arte citados na norma.
b) A isenção concedida tem um caráter exclusivamente subjetivo já que
direcionada aos museus mantidos pelo poder público e outras entidades culturais de utilidade pública.
c) A isenção concedida tem, cumulativamente, um caráter objetivo e subjetivo, condicionada, ainda, a não cobertura cambial.
d) A isenção concedida pode ser, por interpretação extensiva, estendida a
outros objetos de arte.
e) A isenção concedida suspende a exigência de crédito tributário.
23. (AFRF-2000) A empresa Alfa Bética Indústria de Componentes
Automotivos Ltda. pleiteou junto ao DECEX redução de alíquota do imposto de importação para uma fresadora especial, sem similar
nacional, para emprego no seu processo produtivo de engrenagens cônicas para automóveis, cujo processo, após exaustiva análise,
culminou com o deferimento do pedido, passando a figurar na TEC como "ex"- tarifário. Passados 2 (dois) anos a empresa encerrou suas
atividades e a referida máquina foi vendida a outra empresa para ser utilizada na produção de engrenagens helicoidais para equipamentos
navais, sem autorização prévia da Secretaria da Receita Federal para
manutenção da referida redução de imposto. Ato contínuo, em fiscalização na empresa, a Secretaria da Receita Federal:
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a) exigirá a totalidade dos tributos dispensados na importação, com os acréscimos legais alegando que a redução tributária foi vinculada à qualidade
do importador, tanto que tal redução foi deferida à empresa mediante processo específico, além do que não foi solicitada prévia autorização da autoridade
fiscal
b) exigirá totalidade dos tributos dispensados na importação, com os
acréscimos legais, alegando que a redução tributária foi vinculada à destinação do bem e no caso houve transferência de propriedade para empresa que o
utilizou para outra finalidade, além do que não houve prévia autorização do órgão fiscal.
c) considerou regulares as operações, deixando de instaurar qualquer
procedimento fiscal contra a empresa importadora e a adquirente do bem,
levando em consideração a natureza objetiva da redução tributária.
d) exigirá os tributos dispensados, com depreciação do valor do bem em 25% em função de tempo decorrido (24 meses) tendo em vista a redução ter sido
vinculada à destinação do bem e a transferência de propriedade ter sido feita sem prévia autorização da fiscalização
e) exigirá os tributos dispensados, com depreciação do valor do bem em 25% em função do tempo decorrido (24 meses) tendo em vista a redução ter sido
vinculada à qualidade do importador e a transferência sem autorização prévia da autoridade fiscal.
24. (AFTN-1994-adaptada) – É contribuinte do imposto de
importação:
a) qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no
território nacional, bem como o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente.
b) o permissionário de entreposto aduaneiro relativamente às mercadorias
estrangeiras depositadas.
c) qualquer pessoa que tenha relação com a entrada de mercadoria
estrangeira no território nacional, inclusive o transportador e o depositário, mesmo que a mercadoria se destine a permanecer no País apenas por um
tempo determinado.
d) qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira para consumo no território nacional, bem como o transportador de mercadoria
procedente do exterior em percurso interno, sob controle aduaneiro.
e) o importador e o adquirente ou cessionário de mercadoria estrangeira
beneficiada com isenção ou redução do imposto vinculado à qualidade do importador.
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25. (TRF-2000) Constitui base de cálculo do Imposto de Importação, quando a alíquota for ad-valorem, o valor:
a) do produto adquirido em licitação de mercadoria estrangeira que tenha sido objeto de pena de perdimento.
b) externo, entendido como o preço pelo qual a mercadoria é normalmente
oferecida à venda no mercado atacadista do País exportador, somado às despesas para colocação a bordo no porto de embarque, ao seguro e ao frete.
c) normal que a mercadoria tem numa venda efetuada em condições de livre concorrência, entre o vendedor no exterior e o importador no Brasil.
d) aduaneiro das mercadorias, conforme definido no Acordo de Valoração
Aduaneira.
e) declarado pelo importador na Declaração de Importação devidamente
registrada no SISCOMEX, incluído o frete interno no país de Importação.
26. (AFTN-1989)-No caso de falta de mercadoria constante de documentos de carga ou equivalente, verificada pela autoridade
aduaneira, considera-se ocorrido o fato gerador:
a) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data do lançamento
do crédito tributário correspondente.
b) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data da entrada do veículo transportador no território aduaneiro.
c) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data em que o fato
foi comunicado à repartição fiscal.
d) na data em que a autoridade aduaneira tenha iniciado a apuração do fato,
ficando a mercadoria sujeita aos tributos então vigentes.
e) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data em que tenha ocorrido o primeiro registro de declaração de importação de mercadoria
desembarcada do mesmo veículo transportador.
27. (TRF-2002.2)- A responsabilidade tributária pelas faltas ou
extravios de volumes ou de mercadorias importadas pode ser do transportador ou do depositário, conforme normas contidas:
a) nos INCOTERMS
b) no Direito Comercial
c) nos acordos internacionais de transporte
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d) na legislação tributária
e) nos contratos de transporte internacional e de armazenagem de carga.
28. (CODESP-2011) O fato gerador do imposto de importação é a
entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro. Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o seguinte fato gerador:
a) a data do desembarque da mercadoria.
b) a data do registro da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho para consumo.
c) o dia útil seguinte à data do vencimento do prazo de permanência da
mercadoria em recinto alfandegado, se iniciado o respectivo despacho aduaneiro.
d) a data de aplicação da pena de perdimento da mercadoria, na hipótese de mercadoria importada e que for considerada abandonada pelo decurso do
prazo de permanência em recinto alfandegado.
e) a data de entrada de mercadoria à qual tenha sido aplicado o regime de exportação temporária.
29. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Quando a isenção ou a redução do imposto de importação for vinculada à qualidade do
importador, a transferência de propriedade ou a cessão de uso dos bens, a qualquer título, obriga ao prévio pagamento do imposto,
exceto no caso de bens transferidos ou cedidos:
a) a pessoa que goze de igual tratamento tributário, independentemente de
prévia decisão da autoridade aduaneira.
b) após o decurso do prazo de três anos, contados da data do registro da declaração de importação, no caso de bens importados por integrantes de
missões diplomáticas.
c) após o decurso do prazo de três anos, contados da data da entrada da
mercadoria no território aduaneiro, no caso de bens importados por integrantes de repartições consulares.
d) após o decurso do prazo de dois anos, contados da data do desembaraço
aduaneiro, no caso de bens importados por representações de organismos internacionais.
e) após o decurso do prazo de um ano, contado da data do registro da declaração de importação, no caso de bens importados por integrantes de
repartições consulares.
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30. (Questão Inédita)- Acerca da incidência do imposto de
importação, assinale a alternativa correta:
a) O imposto de importação incidirá sobre mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da pena de perdimento, exceto na hipótese em que não seja
localizada, tenha sido consumida ou revendida.
b) O imposto de importação não incide sobre bagagens de viajantes, uma vez
que estas não estão dentro do conceito de mercadorias estrangeiras.
c) Considera-se estrangeira, para fins de incidência do imposto de importação, a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada em consignação e não
vendida no prazo fixado, que retorne ao Brasil.
d) O imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira idêntica,
em igual quantidade e valor, e que se destine a reposição de outra anteriormente importada que se tenha revelado, após o desembaraço
aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava, desde que observada a regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda.
e) O imposto de importação incide sobre mercadoria estrangeira em trânsito
aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída.
31. (Questão Inédita)- O fato gerador do imposto de importação
considera-se ocorrido:
a) no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de bens contidos em remessa postal internacional sujeitos ao regime de
importação comum.
b) na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto
alfandegado, se aplicada a pena de perdimento.
c) no data do registro da DI de mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, cujo extravio ou avaria tenha sido
apurado pela autoridade aduaneira.
d) na data do registro da declaração de importação de bens contidos em
remessas postais internacionais não-sujeitos ao regime de importação comum.
e) no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou
desacompanhada.
32. (Questão Inédita)- Acerca do imposto de importação, assinale a
alternativa correta:
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a) A entrada no território aduaneiro de mercadoria à qual tenha sido aplicado o regime de exportação temporária é fato gerador do imposto de importação.
b) A reimportação não é fato gerador do imposto de importação, salvo quando tenha sido descumprido o regime de exportação temporária.
c) Os bens importados com alíquota zero por cento do imposto de importação,
ficam dispensados dos tributos internos, nos termos das respectivas legislações.
d) Quando se tratar de mercadoria importada ao amparo de acordo internacional firmado pelo Brasil, prevalecerá o tratamento nele previsto, salvo
se da aplicação das normas gerais resultar tributação mais favorável.
e) A alíquota aplicável para o cálculo do imposto de importação é a correspondente ao posicionamento da mercadoria na Tarifa Externa Comum,
na data do embarque da mercadoria no exterior, uma vez identificada sua classificação fiscal segundo a Nomenclatura Comum do MERCOSUL.
33. (Questão Inédita)-Assinale a alternativa correta sobre o imposto de importação:
a) Na impossibilidade de identificação da mercadoria importada, em razão de
seu extravio ou consumo, e de descrição genérica nos documentos comerciais e de transporte disponíveis, serão aplicadas, para fins de determinação dos
impostos e dos direitos incidentes, as alíquotas de 60% (sessenta por cento) para o cálculo do imposto de importação e de 60% (sessenta por cento) para o
cálculo do imposto sobre produtos industrializados.
b) Os bens integrantes de remessa postal internacional de valor não superior a
US$100.00 serão desembaraçados com isenção do Imposto de Importação, desde que o remetente e o destinatário sejam pessoas físicas.
c) O Regime de Tributação Simplificada é o que permite a classificação
genérica, para fins de despacho de importação, de bens integrantes de
remessa postal internacional, mediante a aplicação de alíquotas diferenciadas do imposto de importação, e isenção do imposto sobre produtos
industrializados, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação.
d) O imposto de importação será pago na data do desembaraço aduaneiro de
importação.
e) O Regime de Tributação Especial se aplica apenas aos bens compreendidos
no conceito de bagagem, no montante que exceder o valor global de US$500,00.
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34. (Questão Inédita)-Assinale a alternativa incorreta:
a) É contribuinte do imposto de importação o importador, assim considerada
qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro.
b) É contribuinte do imposto de importação o adquirente de mercadoria
entrepostada.
c) É responsável pelo imposto de importação o depositário, assim considerada
qualquer pessoa incumbida da custódia de mercadoria sob controle aduaneiro.
d) É responsável pelo imposto de importação o transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou sob controle aduaneiro,
inclusive em percurso interno
e) É responsável pelo imposto de importação o adquirente ou o cessionário de
mercadoria beneficiada com isenção ou redução do imposto.
35. (Questão Inédita)-Sobre as isenções e reduções do imposto de importação, assinale a alternativa incorreta:
a) A isenção ou a redução do imposto de importação, quando vinculada à
destinação dos bens, ficará condicionada à comprovação posterior do seu
efetivo emprego nas finalidades que motivaram a concessão
b) Perderá o direito à isenção ou à redução quem deixar de empregar os bens nas finalidades que motivaram a concessão, exigindo-se o imposto a partir da
data do registro da correspondente declaração de importação.
c) Quando a isenção ou a redução for vinculada à qualidade do importador, a
transferência de propriedade ou a cessão de uso dos bens, a qualquer título, obriga ao prévio pagamento do imposto.
d) A isenção ou a redução do imposto de importação somente beneficiará
mercadoria sem similar nacional e transportada em navio de bandeira brasileira
e) O ex-tarifário é isenção objetiva do imposto de importação concedida pela CAMEX a bens de capital e de informática e telecomunicações que não
possuam similar nacional.
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GABARITO – LISTA DE QUESTÕES Nº 01
1. E 12. C 23. C 34. E 45. C
2. E 13. E 24. C 35. C 46. C
3. E 14. E 25. E 36. C 47. C
4. C 15. E 26. E 37. E 48. C
5. E 16. E 27. E 38. C 49. C
6. C 17. E 28. E 39. C 50. E
7. E 18. C 29. C 40. C 51. E
8. E 19. C 30. E 41. C 52. E
9. C 20. E 31. E 42. E
10. C 21. E 32. E 43. E
11. C 22. E 33. E 44. C
GABARITO – LISTA DE QUESTÕES Nº 02
1. Letra E 10. Letra E 19. Letra D 28. Letra B
2. Letra E 11. Letra B 20. Letra D 29. Letra B
3. Letra C 12. Letra E 21. Letra C 30. Letra D
4. Letra D 13. Letra D 22. Letra C 31. Letra E
5. Letra C 14. Letra E 23. Letra C 32. Letra D
6. Letra D 15. Letra B 24. Letra A 33. Letra C
7. Letra E 16. Letra A 25. Letra D 34. Letra E
8. Letra D 17. Letra A 26. Letra A 35. Letra E
9. Letra B 18. Letra D 27. Letra D