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Curso On-line: Auditoria p/ Analista Judiciário TST - Especialidade: Contabilidade Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 1 Introdução........................................................................................... 01 Auditoria no Setor Público Federal ........................................................... 02 Lista de questões resolvidas na aula ........................................................ 43 Bibliografia .......................................................................................... 53 Introdução Prezado Aluno, Bem vindo à nossa primeira aula de Auditoria para Analista Judiciário do TST (Área Administrativa – Especialidade: Contabilidade). Seguindo o cronograma inicialmente proposto, trataremos hoje dos seguintes temas: Aula 01 Auditoria no setor público federal: finalidades e objetivos; abrangência de atuação; formas e tipos; normas relativas à execução dos trabalhos; normas relativas à opinião do auditor; relatórios e pareceres de auditoria; operacionalidade. Note que colocaremos as questões discutidas durante a aula no final do arquivo, caso você queira tentar resolver as questões antes de ver os comentários. Por fim, não se esqueça de participar do nosso Fórum de Dúvidas! Chega de papo e mãos a obra!

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    Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 1

    Introduo ........................................................................................... 01 Auditoria no Setor Pblico Federal ........................................................... 02 Lista de questes resolvidas na aula ........................................................ 43 Bibliografia .......................................................................................... 53

    Introduo

    Prezado Aluno,

    Bem vindo nossa primeira aula de Auditoria para Analista Judicirio do TST (rea Administrativa Especialidade: Contabilidade).

    Seguindo o cronograma inicialmente proposto, trataremos hoje dos seguintes temas:

    Aula 01

    Auditoria no setor pblico federal: finalidades e objetivos; abrangncia de atuao; formas e tipos; normas relativas execuo dos trabalhos; normas relativas opinio do auditor; relatrios e pareceres de auditoria; operacionalidade.

    Note que colocaremos as questes discutidas durante a aula no final do arquivo, caso voc queira tentar resolver as questes antes de ver os comentrios.

    Por fim, no se esquea de participar do nosso Frum de Dvidas!

    Chega de papo e mos a obra!

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    Auditoria no Setor Pblico Federal

    A base do estudo da auditoria no setor pblico federal, tema de nossa aula de hoje, a IN SFC/MF n 01/2001, que regulamenta a atuao do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, e l que iremos encontrar a resposta para essa questo.

    Entretanto, antes, vamos falar um pouco sobre a auditoria governamental, de forma geral.

    Bom... voc sabe que a auditoria nasceu com um vis contbil, contudo, atualmente, pode ter diversas vertentes e ramificaes: auditoria de sistemas, auditoria de recursos humanos, auditoria da qualidade, auditoria de demonstraes financeiras, auditoria jurdica, auditoria governamental, etc.

    No importa qual o tipo de auditoria, seu foco sempre o mesmo: avaliar, emitir uma opinio, dar segurana aos usurios (credores, acionistas, fisco, gestores pblicos, cidados etc.) das informaes geradas pelas instituies, sejam elas privadas ou pblicas.

    Pois bem... Nosso foco, agora, a auditoria governamental! Mas antes de trazer sua definio, interessante apresentar para voc as EFS e a INTOSAI1.

    As Entidades Fiscalizadoras Superiores (EFS) so as instituies do Estado responsveis por executar a auditoria governamental. Aqui no Brasil, esse papel exercido pelo Tribunal de Contas da Unio (TCU).

    A Constituio Federal de 1988, em seu artigo 70, estabelece que a fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial da Unio e das entidades da administrao direta e indireta ser exercida pelo Congresso Nacional (com o auxlio do TCU), mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

    Essas instituies verificam as demonstraes financeiras, a obedincia s normas, regulamentos e buscam salvaguardar ativos de fraudes e desvios de recursos no setor pblico. Enfim, so os auditores externos e internos dessa grande empresa que o governo.

    J a INTOSAI entidade internacional que congrega as EFS de diversos pases e emite normas e regulamentos que orientam as atividades e procedimentos de auditoria governamental.

    1 International Organization of Supreme Audit Institutions

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    Dessa forma, segundo a INTOSAI, a auditoria governamental a atividade independente e objetiva que, atravs da aplicao de procedimentos especficos, tem a finalidade de emitir opinio sobre a adequao das contas governamentais, assim como apresentar comentrios sobre o desempenho organizacional e o resultado dos programas de governo.

    Veja que, de forma semelhante auditoria independente das demonstraes contbeis, a auditoria governamental tambm se caracteriza por uma atuao autnoma (independente) com dois objetivos especficos:

    emitir uma opinio sobre a adequao das contas governamentais (=auditoria de regularidade ou auditoria de conformidade); e

    avaliar e apresentar recomendaes sobre o desempenho das atividades e programas governamentais (=auditoria de desempenho ou auditoria operacional ou auditoria de otimizao de recursos).

    Dessa forma, as auditorias de regularidade objetivam avaliar a legalidade e a legitimidade dos atos de gesto do ente pblico, certificando-se, por exemplo, que as entidades responsveis cumpriram sua obrigao de prestar contas, que as decises administrativas foram tomadas com probidade e que os dispositivos legais e normativos esto sendo seguidos.

    J, a auditoria de desempenho preocupa-se em verificar a economia, a eficincia e a eficcia da gesto pblica.

    Segundo a INTOSAI, a auditoria de regularidade tem por objetivo:

    (a) certificar que as entidades responsveis cumpriram sua obrigao de prestar contas, o que inclui o exame e a avaliao dos registros financeiros e a emisso de parecer sobre as demonstraes contbeis;

    (b) emitir parecer sobre as contas do governo;

    (c) auditar os sistemas e as operaes financeiras, incluindo o exame da observncia s disposies legais e regulamentares aplicveis;

    (d) auditar o sistema de controle interno e as funes da auditoria interna;

    (e) verificar a probidade e a adequao das decises administrativas adotadas pela entidade auditada; e

    (f) informar sobre quaisquer outros assuntos, decorrentes ou relacionados com a auditoria, que a EFS considere necessrio revelar.

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    Enfim, note que todos esses objetivos esto ligados por um elo em comum a anlise da regularidade. Guarde isso!

    Veja que verificar a obrigao de prestar contas, avaliar as contas de governo e os sistemas de controles, avaliar a probidade das decises administrativas, tudo isso est ligado ao exame da legalidade e da legitimidade da gesto.

    Legalidade se refere ao cumprimento das leis, normas e regulamentos. J a legitimidade um conceito um pouco mais abrangente e envolve as noes de ticas que existem em uma sociedade.

    Por exemplo, vamos supor que o prefeito de uma cidade decide renovar a frota de carros que servem a prefeitura. Decide trocar todos os Fiat Uno por BMW!

    Por mais que todas as normas licitatrias sejam fielmente cumpridas (legalidade), a futilidade do gasto faz com que esse ato no tenha legitimidade.

    J, a auditoria de desempenho, segundo a INTOSAI, preocupa-se em verificar a economia, a eficincia e a eficcia, e tem por objetivo determinar:

    (a) se a administrao desempenhou suas atividades com economia, de acordo com princpios, prticas e polticas administrativas corretas;

    (b) se os recursos humanos, financeiros e de qualquer outra natureza so utilizados com eficincia, incluindo o exame dos sistemas de informao, dos procedimentos de mensurao e controle do desempenho e as providncias adotadas pelas entidades auditadas para sanar as deficincias detectadas; e

    (c) a eficcia do desempenho das entidades auditadas em relao ao alcance de seus objetivos e a avaliao dos resultados alcanados em relao queles pretendidos.

    Portanto, fique atento: a auditoria governamental pode ser de regularidade ou de desempenho e o que as diferencia o seu escopo. A primeira foca os critrios de legalidade e legitimidade, enquanto que a segunda foca os critrios de economicidade, eficcia, eficincia e efetividade.

    As EFS devem buscar executar auditorias de conformidade ou de desempenho em todas as organizaes pblicas, de modo a realizar o exame das Contas de Governo de forma mais efetiva.

    Um detalhe bastante importante: pode haver, na prtica, uma superposio entre as auditorias de regularidade e operacional.

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    Ou seja, uma auditoria operacional pode avaliar aspectos de legalidade e legitimidade, assim como uma auditoria de regularidade pode avaliar aspectos de eficincia e economicidade.

    Nesses casos, a classificao da auditoria depender de seu objetivo principal.

    Finalidade, objetivos e abrangncia de atuao

    Bom, vamos abordar agora a auditoria governamental segundo a tica da IN SFC/MF n 01/2001, que regulamenta a atuao do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, ela tem o objetivo primordial de garantir resultados operacionais na gerncia da coisa pblica.

    Segundo referida IN, a auditoria o conjunto de tcnicas que visa avaliar a gesto pblica, pelos processos e resultados gerenciais, e a aplicao de recursos pblicos por entidades de direito pblico e privado, mediante a confrontao entre uma situao encontrada com um determinado critrio tcnico, operacional ou legal.

    Trata-se de uma importante tcnica de controle do Estado na busca da melhor alocao de seus recursos, no s atuando para corrigir os desperdcios, a improbidade, a negligncia e a omisso e, principalmente, antecipando-se a essas ocorrncias, buscando garantir os resultados pretendidos, alm de destacar os impactos e benefcios sociais advindos.

    O normativo, seguindo os ditames da INTOSAI, dispe que a finalidade bsica da auditoria comprovar a legalidade e a legitimidade dos atos e fatos administrativos, e avaliar os resultados alcanados, quanto aos aspectos de eficincia, eficcia e economicidade da gesto oramentria, financeira, patrimonial, operacional, contbil e finalstica das unidades e das entidades da administrao pblica, em todas as suas esferas de governo e nveis de poder, bem como a aplicao de recursos pblicos por entidades de direito privado, quando legalmente autorizadas nesse sentido.

    O objetivo primordial da auditoria no setor pblico federal garantir resultados operacionais na gerncia da coisa pblica, exercida em todas as unidades e entidades pblicas federais, observando os aspectos relevantes relacionados avaliao dos programas de governo e da gesto pblica.

    O campo de utilizao da tcnica da auditoria no setor pblico federal vasto, cabe ao Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal por intermdio da tcnica de auditoria, dentre outras atividades:

    realizar auditoria sobre a gesto dos recursos pblicos federais sob a responsabilidade dos rgos pblicos e privados, inclusive nos projetos de cooperao tcnica junto a Organismos Internacionais e multilaterais de crdito;

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    apurar os atos e fatos inquinados de ilegais ou de irregulares, praticados por agentes pblicos ou privados, na utilizao de recursos pblicos federais e, quando for o caso, comunicar unidade responsvel pela contabilidade para as providncias cabveis;

    realizar auditorias nos sistemas contbil, financeiro, de pessoal e demais sistemas administrativos e operacionais;

    examinar a regularidade e avaliar a eficincia e eficcia da gesto administrativa e dos resultados alcanados nas Aes de governo;

    realizar auditoria nos processos de Tomada de Contas Especial; e apresentar subsdios para o aperfeioamento dos procedimentos

    administrativos e gerenciais e dos controles internos administrativos dos rgos da Administrao Direta e entidades da Administrao Indireta Federal.

    A abrangncia de atuao do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal inclui as atividades de gesto das unidades da administrao direta e indireta, programas de trabalho, recursos e sistemas de controles administrativo, operacional e contbil, projetos financiados por recursos externos, projetos de cooperao junto a organismos internacionais, a aplicao de quaisquer recursos repassados pela Unio mediante contratos de gesto, transferncias a fundo, convnio, acordo, ajuste ou outro instrumento congnere.

    Esto sujeitos atuao do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal quaisquer pessoas fsica ou jurdica, pblica ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores pblicos ou pelos quais a Unio responda, ou que, em nome desta, assuma obrigaes de natureza pecuniria.

    Tipos de Auditoria

    A IN SFC 01/01 traz definio prpria dos tipos de auditoria, um pouco diferente dos normativos do CFC e da Intosai, mas que tem o mesmo sentido.

    Assim, segundo a Secretaria Federal de Controle Interno, a auditoria governamental pode ser classificada em 5 (cinco) tipos:

    1. Auditoria de Avaliao da Gesto: objetiva emitir uma opinio com vistas a certificar a regularidade das contas pblicas, verificar a execuo de contratos, acordos, convnios ou ajustes, a probidade na aplicao dos dinheiros pblicos e na guarda ou administrao de valores e outros bens da Unio ou a ela confiados.

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    Compreende, entre outros, aspectos como o exame das peas que instruem os processos de tomada ou prestao de contas; exame da documentao comprobatria dos atos e fatos administrativos; verificao da eficincia dos sistemas de controles administrativo e contbil; verificao do cumprimento da legislao pertinente; e avaliao dos resultados operacionais e da execuo dos programas de governo quanto economicidade, eficincia e eficcia dos mesmos.

    2. Auditoria de Acompanhamento da Gesto: realizada ao longo dos processos de gesto, com o objetivo de atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de uma entidade, evidenciando melhorias e economias existentes no processo ou prevenindo gargalos ao desempenho da sua misso institucional.

    3. Auditoria Contbil: objetiva opinar se os registros contbeis foram efetuados de acordo com os princpios fundamentais de contabilidade e se as demonstraes refletem, adequadamente, a situao econmico-financeira do patrimnio, os resultados do perodo administrativo examinado e as demais situaes nelas demonstradas.

    Compreende o exame dos registros e documentos e na coleta de informaes e confirmaes, mediante procedimentos especficos.

    Tem por objeto, tambm, verificar a efetividade e a aplicao de recursos externos, oriundos de agentes financeiros e organismos internacionais, por unidades ou entidades pblicas executoras de projetos celebrados com aqueles organismos com vistas a emitir opinio sobre a adequao e fidedignidade das demonstraes financeiras.

    4. Auditoria Operacional: consiste em avaliar as aes gerenciais e os procedimentos relacionados ao processo operacional, ou parte dele, das unidades ou entidades da administrao pblica federal, programas de governo, projetos, atividades, ou segmentos destes, com a finalidade de emitir uma opinio sobre a gesto quanto aos aspectos da eficincia, eficcia e economicidade, procurando auxiliar a administrao na gerncia e nos resultados, por meio de recomendaes, que visem aprimorar os procedimentos, melhorar os controles e aumentar a responsabilidade gerencial. Este tipo de procedimento auditorial, consiste numa atividade de assessoramento ao gestor pblico, com vistas a aprimorar as prticas dos atos e fatos administrativos, sendo desenvolvida de forma tempestiva no contexto do setor pblico, atuando sobre a gesto, seus programas governamentais e sistemas informatizados

    5. Auditoria Especial: objetiva o exame de fatos ou situaes consideradas relevantes, de natureza incomum ou extraordinria, sendo realizadas para atender determinao expressa de autoridade competente. Classifica-

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    se nesse tipo os demais trabalhos auditoriais no inseridos em outras classes de atividades.

    Formas de Execuo

    Segundo a SFC, alm da classificao por tipo, a auditoria tambm pode ser classificada pela forma de execuo:

    I. Direta trata-se das atividades de auditoria executadas diretamentepor servidores em exerccio nos rgos e unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, sendo subdividas em:

    a. centralizada executada exclusivamente por servidores em exerccio nos rgo Central ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.

    b. descentralizada executada exclusivamente por servidores em exerccio nas unidades regionais ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.

    c. integrada executada conjuntamente por servidores em exerccio nos rgos Central, setoriais, unidades regionais e/ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.

    II. Indireta trata-se das atividades de auditoria executadas com a participao de servidores no lotados nos rgos e unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, que desempenham atividades de auditoria em quaisquer instituies da Administrao Pblica Federal ou entidade privada.

    a. compartilhada coordenada pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal com o auxlio de rgos/instituies pblicas ou privada.

    b. terceirizada executada por instituies privadas, ou seja, pelas denominadas empresas de auditoria externa.

    III. Simplificada trata-se das atividades de auditoria realizadas, por servidores em exerccio nos rgos Central, setoriais, unidades regionais ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, sobre informaes obtidas por meio de exame de processos e por meio eletrnico, especfico das unidades ou entidades federais, cujo custo-benefcio no justifica o deslocamento de uma equipe para o rgo. Essa forma de execuo de auditoria pressupe a utilizao de indicadores de desempenho que fundamentam a opinio do agente executor das aes de controle.

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    Vejamos algumas questes sobre o que vimos at aqui...

    01. (FGV/Sefaz RJ Analista de Controle Interno/2011) A finalidade bsica da auditoria comprovar a legalidade e legitimidade dos atos e fatos administrativos e avaliar os resultados alcanados, quanto aos aspectos de eficincia, eficcia e economicidade da gesto oramentria, financeira, patrimonial, operacional, contbil e finalstica das unidades e das entidades da Administrao Pblica, em todas as suas esferas de governo e nveis de poder, bem como a aplicao de recursos pblicos por entidades de direito privado, quando legalmente autorizadas nesse sentido. Assim, possvel afirmar que, dependendo do enfoque, a auditoria se classifica em diferentes modalidades.

    Com base no exposto, INCORRETO afirmar que a auditoria

    (A) de avaliao da gesto objetiva emitir opinio com vistas a certificar a regularidade das contas, verificar a execuo de contratos, acordos, convnios ou ajustes, a probidade na aplicao dos dinheiros pblicos e na guarda ou administrao de valores e outros bens da Unio ou a ela confiados, compreendendo, entre outros, os seguintes aspectos: exame das peas que instruem os processos de tomada ou prestao de contas; exame da documentao comprobatria dos atos e fatos administrativos; verificao da eficincia dos sistemas de controles administrativo e contbil; verificao do cumprimento da legislao pertinente; e avaliao dos resultados operacionais e da execuo dos programas de governo quanto sua economicidade, eficincia e eficcia. (B) de acompanhamento da gesto realizada ao longo dos processos de gesto, com o objetivo de se atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de uma unidade ou entidade federal, evidenciando melhoras e economias existentes no processo ou prevenindo gargalos ao desempenho da sua misso institucional. (C) contbil compreende o exame dos registros e documentos e a coleta de informaes e confirmaes, mediante procedimentos especficos, pertinentes ao controle do patrimnio de uma unidade, entidade ou projeto. Objetiva obter elementos comprobatrios suficientes que permitam opinar se os registros contbeis foram efetuados de acordo com os Princpios Fundamentais de Contabilidade e se as demonstraes deles originrias refletem, adequadamente, em seus aspectos mais relevantes, a situao econmico-financeira do patrimnio, os resultados do perodo administrativo examinado e as demais situaes nelas demonstradas. Tem por objeto, tambm, verificar a efetividade e a aplicao de recursos externos, oriundos de agentes financeiros e organismos internacionais, por unidades ou entidades pblicas executoras de projetos celebrados com aqueles organismos, com vistas a emitir opinio sobre a adequao e fidedignidade das demonstraes financeiras. (D) operacional consiste em avaliar as aes gerenciais e os procedimentos relacionados ao processo operacional, ou parte dele, das unidades ou entidades da Administrao Pblica, programas de governo, projetos, atividades, ou segmentos destes, com a finalidade de emitir uma opinio sobre

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    a gesto quanto aos aspectos da eficincia, eficcia e economicidade, procurando auxiliar a administrao na gerncia e nos resultados, por meio de recomendaes que visem a aprimorar os procedimentos, melhorar os controles e aumentar a responsabilidade gerencial, desde que o vis seja predominantemente contbil. Esse tipo de procedimento auditorial consiste numa atividade de assessoramento ao gestor pblico, com vistas a aprimorar as prticas dos atos e fatos administrativos, sendo desenvolvida de forma tempestiva no contexto do setor pblico, atuando sobre a gesto, seus programas governamentais e sistemas informatizados. (E) especial objetiva o exame de fatos ou situaes consideradas relevantes, de natureza incomum ou extraordinria, sendo realizadas para atender determinao expressa de autoridade competente. Classificam-se nesse tipo os demais trabalhos auditoriais no inseridos em outras classes de atividades.

    Resoluo:

    A questo nos pede basicamente para identificar os tipos de auditoria segundo a IN SFC 01/01, pois o enunciado cita expressamente o a finalidade bsica da auditoria constante no referido normativo:

    A finalidade bsica da auditoria comprovar a legalidade e legitimidade dos atos e fatos administrativos e avaliar os resultados alcanados, quanto aos aspectos de eficincia, eficcia e economicidade da gesto oramentria, financeira, patrimonial, operacional, contbil e finalstica das unidades e das entidades da Administrao Pblica, em todas as suas esferas de governo e nveis de poder, bem como a aplicao de recursos pblicos por entidades de direito privado, quando legalmente autorizadas nesse sentido.

    Com base nisso, o enunciado pede para identificar qual das alternativas est incorreta.

    Alternativa A como vimos acima est correta, essa a definio da auditoria de avaliao da gesto.

    Alternativa B perfeita. A auditoria de acompanhamento da gesto realizada ao longo dos processos de gesto, com o objetivo de se atuar em tempo realsobre os atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de uma unidade ou entidade federal, evidenciando melhoras e economias existentes no processo ou prevenindo gargalos ao desempenho da sua misso institucional.

    Alternativa C correto, essa a definio de auditoria contbil segundo a IN SFC 01/01.

    Alternativa D o enunciado da alternativa est quase todo correto, o que o torna errado a expresso desde que o vis seja predominantemente contbil, ora, no existe essa limitao, veja que o prprio enunciado afirma que essa esse tipo de auditoria atua sobre a gesto como um todo, sobre os

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    programas governamentais e sistemas informatizados. Ou seja, lendo com ateno e interpretando corretamente o enunciado, nem precisaramos conhecer a definio para perceber que essa alternativa est errada.

    Alternativa E essa definio da auditoria especial, segundo a IN SFC 01/01.

    Portanto, gabarito: D.

    02. (FGV/Senado Analista Legislativo Controle Interno/2012) No possvel classificar a auditoria em:

    (A) Auditoria de avaliao da gesto: esse tipo de auditoria objetiva emitir opinio com vistas a certificar a regularidade das contas, verificar a execuo de contratos, acordos, convnios ou ajustes, a probidade na aplicao dos dinheiros pblicos e na guarda ou administrao de valores e outros bens, compreendendo, entre outros, os seguintes aspectos: exame das peas que instruem os processos de tomada ou prestao de contas; exame da documentao comprobatria dos atos e fatos administrativos; verificao da eficincia dos sistemas de controles administrativo e contbil; verificao do cumprimento da legislao pertinente; e avaliao dos resultados operacionais e da execuo dos programas de governo quanto a economicidade, eficincia e eficcia dos mesmos. (B) Auditoria de acompanhamento da gesto: realizada ao longo dos processos de gesto, com o objetivo de se atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de uma unidade, evidenciando melhorias existentes no processo ou prevenindo gargalos ao desempenho da sua misso institucional. (C) Auditoria contbil: compreende o exame dos registros e documentos e na coleta de informaes e confirmaes, mediante procedimentos especficos, pertinentes ao controle do patrimnio de uma unidade, entidade ou projeto. Objetivam obter elementos comprobatrios suficientes que permitam opinar se os registros contbeis foram efetuados de acordo com os Princpios Fundamentais de Contabilidade e se as demonstraes deles originrias refletem, adequadamente, em seus aspectos mais relevantes, a situao econmico-financeira do patrimnio, os resultados do perodo administrativo examinado e as demais situaes nelas demonstradas. Tem por objeto, tambm, verificar a efetividade e a aplicao de recursos externos, oriundos de agentes financeiros e organismos internacionais, por unidades ou entidades pblicas executoras de projetos celebrados com aqueles organismos, com vistas a emitir opinio sobre a adequao e fidedignidade das demonstraes financeiras. (D) Auditoria operacional: consiste em avaliar as aes gerenciais e os procedimentos relacionados ao processo operacional ou parte dele, com a finalidade de emitir uma opinio sobre a gesto quanto aos aspectos da eficincia, eficcia e economicidade, procurando auxiliar a administrao na gerencia e nos resultados, por meio de recomendaes, que visem a aprimorar os procedimentos, melhorar os controles e aumentar a responsabilidade

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    gerencial. Este tipo de procedimento auditorial consiste numa atividade de assessoramento ao gestor pblico, com vistas a aprimorar as prticas dos atos e fatos administrativos, sendo desenvolvida de forma tempestiva no contexto do setor pblico, atuando sobre a gesto, seus programas governamentais e sistemas informatizados. (E) Auditoria comutativa: objetiva o exame de fatos ou situaes anlogas, com o objetivo de identificar padres, a partir dos quais sero apresentadas sugestes de ratificao ou retificao de rotinas administrativas.

    Resoluo:

    Essa questo do recente concurso do Senado e explora um tema que muito provavelmente vai estar na sua prova: as classificaes de auditoria da IN SFC 01/2001.

    De forma semelhante questo anterior, exigido do candidato o conhecimento dessas classificaes de auditoria. Neste caso, nos itens A, B, C e D, a norma transcrita de forma literal.

    O nico item que no contempla um tipo de auditoria, conforme a IN 01/2001, o item E (auditoria comutativa).

    Logo, o gabarito o item E.

    03. (Consulplan/ Municpio de Guarapari ES / AUDITOR INTERNO 2010) - A auditoria, tem por objetivo primordial, garantir resultados operacionais na gerncia da coisa pblica, observando os aspectos relevantes relacionados a avaliao dos programas de governo e da gesto pblica. Cabe ao Sistema de Controle Interno por intermdio da tcnica de Auditoria, dentre outras atividades, EXCETO:

    (A) Proceder a elaborao dos processos de Tomada de Contas Especial, quando for o caso. (B) Realizar auditorias nos sistemas contbil, financeiro, de pessoal e demais sistemas administrativos e operacionais. (C) Examinar a regularidade e avaliar a eficincia e eficcia da gesto administrativa e dos resultados alcanados nas aes de governo. (D) Apresentar subsdios para o aperfeioamento dos procedimentos administrativos e gerenciais e os controles internos administrativos dos rgos da Administrao Direta e entidades da Administrao Indireta Municipal. (E) Apurar os atos e fatos inquinados de ilegais ou de irregulares, praticados por agentes pblicos ou privados, inclusive nos projetos de cooperao tcnica junto a organismos internacionais e multilaterais de crdito.

    Resoluo:

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    Dentre as atividades que, segundo a IN SFC/MF n 01/2001, cabem ao Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, por intermdio da tcnica de auditoria, no est quela citada na alternativa A.

    De fato, no cabe ao Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal proceder elaborao dos processos de Tomada de Contas Especial, cabe sim, realizar auditorias nesses processos.

    Portanto, o gabarito a letra A.

    04. (Consulplan/CEAGESP AUDITOR JNIOR PLENO SNIOR /2006) A Auditoria de gesto tem como objetivos centrais:

    (A) A regularidade das contas, a execuo de contratos e convnios e a probidade administrativa. (B) A execuo de contratos e convnios e a obedincia aos princpios fundamentais da contabilidade. (C) A privacidade dos dados, a execuo de contratos e a obedincia aos princpios fundamentais da contabilidade. (D) Fatos e situaes relevantes, a privacidade dos dados e a obedincia aos princpios fundamentais da contabilidade. (E) A privacidade dos dados e das contas, a execuo de contratos e convnios e a probidade administrativa.

    Resoluo:

    Segundo a IN SFC/MF n 01/2001, a Auditoria de Avaliao da Gesto objetiva emitir uma opinio com vistas a:

    certificar a regularidade das contas pblicas; verificar a execuo de contratos, acordos, convnios ou ajustes; e verificar a probidade na aplicao dos dinheiros pblicos e na guarda ou

    administrao de valores e outros bens da Unio ou a ela confiados.

    Portanto, o gabarito a letra A.

    05. (ESAF/Analista: Qualquer rea de Formao/ANA/2009) Assinale a opo que preenche corretamente a lacuna da seguinte frase: No Setor Pblico Federal, a_________________________ objetiva o exame de fatos ou situaes consideradas relevantes, de natureza incomum ou extraordinria, sendo realizada para atender determinao expressa de autoridade competente.

    (A) Auditoria de Avaliao da Gesto. (B) Auditoria Contbil.

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    (C) Auditoria Especial. (D) Auditoria Operacional. (E) Auditoria de Acompanhamento da Gesto.

    Resoluo:

    Como vimos, segundo a IN SFC/MF n 01/2001, a auditoria governamental pode ser classificada em cinco tipos: Auditoria de Avaliao da Gesto; Auditoria de Acompanhamento da Gesto; Auditoria Contbil; Auditoria Operacional e Auditoria Especial.

    A auditoria especial aquela que objetiva o exame de fatos ou situaes consideradas relevantes, de natureza incomum ou extraordinria, sendo realizadas para atender determinao expressa de autoridade competente.

    Classificam-se, ainda, nesse tipo os demais trabalhos auditoriais no inseridos em outras classes de atividades.

    Portanto, o gabarito a letra C.

    06. (ESAF/Analista: Cincias Contbeis/ANA/2009) Assinale a opo verdadeira a respeito do objetivo primordial e abrangncia da auditoria no Setor Pblico Federal.

    (A) O objetivo primordial o de garantir os resultados operacionais na gerncia da coisa pblica, abrange todas as unidades e entidades pblicas federais e leva em conta os aspectos relevantes relacionados avaliao dos programas de governo. (B) Abrange as entidades e unidades da administrao indireta e tem como objetivo primordial verificar a regularidade dos atos praticados por ordenadores de despesa quanto execuo oramentria e financeira. (C) O objetivo primordial o de garantir que os objetivos e metas definidos no oramento sejam atingidos e abrange as entidades constantes do Oramento Fiscal e da Seguridade Social. (D) A abrangncia a definida na Lei de Diretrizes Oramentrias para o exerccio e o objetivo primordial verificar o cumprimento da lei oramentria anual. (E) A abrangncia e o objetivo primordial so o de assegurar que os recursos alocados aos projetos sejam aplicados no cumprimento das polticas pblicas.

    Resoluo:

    A auditoria no Setor Pblico Federal tem por objetivo primordial o de garantir resultados operacionais na gerncia da coisa pblica.

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    Essa auditoria exercida nos meandros da mquina pblica em todas as unidades e entidades pblicas federais, observando os aspectos relevantes relacionados avaliao dos programas de governo e da gesto pblica.

    Portanto, o gabarito a letra A.

    07. (FMP/Auditor TCE RS/2011) Acerca da auditoria de conformidade, mais importante para o auditor o exame do (a):

    (A) eficcia (B) legitimidade (C) economicidade (D) eficincia (E) desempenho

    Resoluo:

    Falamos que as auditorias de conformidade focam na anlise da regularidade, ou seja, na legalidade e na legitimidade da gesto.

    Eficcia (A), Economicidade (C) e Eficincia (D) so dimenses de desempenho (E), avaliadas nas auditorias operacionais.

    Logo, o gabarito o item B.

    08. (FMP/Auditor TCE RS/2011) Acerca da auditoria de conformidade, assinale a alternativa correta.

    (A) adequada para avaliar processos de licitaes, de aposentadorias e folhas de pagamentos. (B) Este tipo de auditoria oportuno para avaliar eventuais deficincias do sistema de arrecadao tributria do municpio, notadamente as reclamaes dos usurios quanto qualidade da prestao dos servios por parte da secretaria das finanas. (C) tpica dos programas pblicos, quando o auditor avalia os resultados luz dos objetivos e metas estabelecidos. (D) No Brasil, este tipo de auditoria ainda no est em uso ou no frequentemente utilizado. (E) O exame dos registros contbeis no empregado nesta modalidade de auditoria.

    Resoluo:

    Vamos analisar cada um dos itens:

    Item (A): Certo. As auditorias de conformidade so utilizadas para avaliar a regularidade de licitaes, aposentadorias e folhas de pagamento.

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    Item (B): Errado. Avaliar eficincia (ou deficincia) um objetivo da auditoria operacional.

    Item (C): Errado. Avaliar a eficcia (alcance de objetivos e metas) tambm papel da auditoria operacional.

    Item (D): Errado. As auditorias de conformidade so muito comuns no Brasil, basta abrir as pginas do jornal para ver os inmeros exemplos desses trabalhos conduzidos pelos Tribunais de Contas.

    Item (E): Errado. O exame de registros contbeis um exemplo de exame de regularidade e, portanto, faz parte do escopo de auditorias de conformidade.

    Logo, o gabarito o item A.

    09. (FMP/Auditor TCE MT/2008) Dentre os tipos de Auditoria Governamental aquela que atua nas reas interrelacionadas do rgo ou da entidade, avaliando a eficcia, eficincia, economicidade e efetividade denominada:

    (A) Auditoria de Conformidade. (B) Auditoria de Qualidade. (C) Auditoria de Sistemas. (D) Auditoria Operacional. (E) Auditoria Financeira.

    Resoluo:

    Ora, vimos que a auditoria operacional (=auditoria de desempenho), preocupa-se em verificar a economia, a eficincia e a eficcia. Portanto, o gabarito o item D.

    10. (ESAF/Analista: Qualquer rea de Formao/ANA/2009) No Setor Pblico Federal, a auditoria executada por instituies privadas, ou seja, pelas denominadas empresas de auditoria externa, classificada como:

    (A) centralizada. (B) descentralizada. (C) integrada. (D) terceirizada. (E) compartilhada.

    Resoluo:

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    Conforme a classificao por forma de execuo, vimos que uma auditoria pode ser terceirizada, quando executadas por instituies privadas (i.e. empresas de auditoria externa).

    Portanto, o gabarito a letra D.

    11. (ESAF/Analista: Cincias Contbeis/ANA/2009) Assinale a opo verdadeira a respeito de auditoria, no Setor Pblico Federal, cuja execuo realizada de forma direta.

    a) So todos os trabalhos de fiscalizao executados pelo Sistema de Auditoria Interna, no mbito da administrao federal, que avalia a correta aplicao dos recursos pblicos. b) So aquelas realizadas na administrao direta e indireta integrantes do Oramento Geral da Unio visando avaliar o cumprimento das polticas pblicas. c) aquela realizada pelos servidores em exerccio no Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal e est subdividida em centralizada, descentralizada e integrada. d) So fiscalizaes e avaliaes realizadas diretamente pelos rgos envolvidos na execuo das polticas pblicas. e) So trabalhos executados diretamente pelas auditorias internas das instituies federais diretas e indiretas, para avaliar o cumprimento da lei fiscal.

    Resoluo:

    Segundo a IN SFC/MF n 01/2001, a auditoria executada de forma Direta quando as atividades de auditoria forem executadas diretamente por servidores em exerccio nos rgos e unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, sendo subdividas em:

    Centralizada executada exclusivamente por servidores em exerccio nos rgos Central ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.

    Descentralizada executada exclusivamente por servidores em exerccio nas unidades regionais ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.

    Integrada executada conjuntamente por servidores em exerccio nos rgos Central, setoriais, unidades regionais e/ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.

    Portanto, o gabarito a letra C.

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    Normas relativas execuo dos trabalhos

    De uma forma geral, possvel dividir o trabalho de auditoria em trs grandes etapas: planejamento execuo relatrio.

    Na fase da execuo so colhidas, por meio de tcnicas apropriadas, as evidncias que iro suportar a opinio do auditor.

    Bom, com relao s normas relativas execuo dos trabalhos a IN SFC/MF n 01/2001 dispe que na realizao das auditorias, o auditor ter livre acesso a todas as dependncias do rgo ou entidade examinado, assim como a documentos, valores e livros considerados indispensveis ao cumprimento de suas atribuies, no lhe podendo ser sonegado, sob qualquer pretexto, nenhum processo, documento ou informao, devendo o servidor guardar o sigilo das informaes caso elas estejam protegidas legalmente.

    Quando houver limitao da ao, o fato dever ser comunicado, de imediato, por escrito, ao dirigente do rgo ou entidade examinada, solicitando as providncias necessrias.

    A IN SFC/MF n 01/2001 dispe que em atendimento aos objetivos da atividade, o auditor deve realizar, na extenso indicada na ordem de servio (ou seja, de acordo com o objeto da auditoria) os testes ou provas adequados nas circunstncias, para obter evidncias qualitativamente aceitveis que fundamentem, de forma objetiva, seu trabalho.

    As evidncias tm por finalidade a obteno suficiente de elementos para sustentar a emisso da opinio do auditor, permitindo chegar a um grau razovel de convencimento da realidade dos fatos e situaes observadas, da veracidade da documentao examinada, da consistncia da contabilizao dos fatos e fidedignidade das informaes e registros gerenciais para fundamentar, solidamente, seu trabalho.

    Voc sabe que o desempenho de qualquer atividade requer a utilizao de ferramentas adequadas para o trabalho, na auditoria isso no diferente.

    O auditor deve dispor de um conjunto de ferramentas (tcnicas de auditoria que veremos nas prximas aulas) que lhe possibilite formar uma opinio, com fatos e informaes suficientes, pertinentes e fidedignas. Assim a:

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    Notas fiscais, faturas, manuais de operao da empresa, clculos desenvolvidos pelo auditor, laudos de especialistas, conciliao entre contas contbeis e extratos bancrios, entrevistas com funcionrios da empresa, confirmaes com clientes, pareceres de advogados so exemplos de evidncias de auditoria.

    A IN SFC/MF n 01/2001 define trs caractersticas essenciais das evidncias:

    Suficincia ocorre quando, mediante a aplicao de testes que resultem na obteno de uma ou vrias provas, o servidor do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal levado a um grau razovel de convencimento a respeito da realidade ou veracidade dos fatos examinados.

    Adequao - entende-se como tal, quando os testes ou exames realizados so apropriados natureza e caractersticas dos fatos examinados.

    Pertinncia - a evidncia pertinente quando h coerncia com as observaes, concluses e recomendaes eventualmente formuladas.

    Dessa forma, cabe ao auditor identificar e atestar a validade de suas afirmaes por intermdio dos procedimentos adequados a cada situao, na extenso e profundidade que cada caso requer, at a obteno das provas materiais (evidncias) que comprovem a afirmao analisada.

    A suficincia e adequao da evidncia de auditoria esto inter-relacionadas. A primeira a medida da quantidade de evidncia de auditoria, enquanto que a segunda a medida da qualidade dessa evidncia, isto , sua relevncia e sua confiabilidade para fornecer suporte s concluses em que se fundamenta a opinio do auditor.

    Em outras palavras, para emitir uma opinio com segurana razovel o auditor deve, ao mesmo tempo, dispor dados e informaes em quantidade e de qualidade adequadas.

    Suficincia Adequao QUANTIDADE QUALIDADE

    Diz-se que suficincia e adequao so dimenses inter-relacionadas, pois a primeira afetada pela segunda, ou seja, quanto maior a qualidade, menos

    Evidncia de auditoria compreende as informaes utilizadas pelo auditor para chegar s concluses em que se fundamentam a sua opinio.

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    evidncia ser exigida. Contudo, preciso ficar atento, pois o caminho inverso no vlido, ou seja, a obteno de mais evidncia de auditoria no compensa a sua m qualidade.

    Ademais, importante ressaltar que a quantidade da evidncia de auditoria necessria afetada pela avaliao do auditor dos riscos de distoro (quanto mais elevados os riscos avaliados, maior a probabilidade de que seja exigida mais evidncia de auditoria). J a confiabilidade (adequao) da evidncia influenciada pela sua fonte e sua natureza e depende das circunstncias individuais em que obtida.

    Indo um pouco mais a fundo na discusso sobre a qualidade da evidncia, importante mencionar que este atributo afetado pela relevncia e confiabilidade das informaes em que se baseia.

    A relevncia trata da ligao lgica ou influncia sobre a finalidade do procedimento de auditoria e, quando apropriado, a afirmao em considerao. Em outras palavras, se a evidncia em questo realmente atinge o objetivo perseguido pelo auditor.

    Assim, a relevncia das informaes a serem utilizadas como evidncia de auditoria pode ser afetada pela direo do teste (superavaliao e subavaliao).

    Por exemplo, se a finalidade de um procedimento de auditoria testar para verificar se h superavaliao na existncia ou valorizao das contas a pagar, testar as contas a pagar registradas pode ser um procedimento de auditoria relevante.

    Por outro lado, para testar se h subavaliao na existncia ou valorizao das contas a pagar, testar as contas a pagar registradas no seria relevante, mas testar informaes como desembolsos subsequentes, faturas no pagas, faturas de fornecedores e excees apontadas nos relatrios de recebimento de mercadorias podem ser relevantes.

    J a confiabilidade das informaes influenciada pela sua fonte e sua natureza, e as circunstncias nas quais so obtidas, incluindo os controles sobre sua elaborao e manuteno, quando relevante.

    Importante destacar que a evidncia de auditoria obtida principalmente a partir dos procedimentos de auditoria realizados durante o curso do trabalho.

    Contudo, ela tambm pode incluir informaes obtidas de outras fontes, como auditorias anteriores.

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    Alm disso, at mesmo a ausncia de informaes (por exemplo, a recusa da administrao em fornecer uma representao solicitada) utilizada pelo auditor e, portanto, tambm pode constituir evidncia de auditoria.

    As normas de auditoria independente, embora reconhecendo que podem existir excees, trazem algumas generalizaes sobre a confiabilidade da evidncia de auditoria que podem ser teis:

    a confiabilidade da evidncia de auditoria maior quando ela obtida de fontes independentes fora da entidade;

    a confiabilidade da evidncia de auditoria gerada internamente maior quando os controles relacionados, incluindo os controles sobre sua elaborao e manuteno, impostos pela entidade, so efetivos;

    a evidncia de auditoria obtida diretamente pelo auditor (por exemplo, a observao da aplicao de um controle) mais confivel do que a evidncia de auditoria obtida indiretamente ou por inferncia (por exemplo, indagao a respeito da aplicao de controle);

    a evidncia de auditoria em forma de documentos, em papel, mdia eletrnica ou de outro tipo, mais confivel do que a evidncia obtida verbalmente (por exemplo, uma ata de reunio elaborada tempestivamente mais confivel do que uma representao verbal subsequente dos assuntos discutidos);

    a evidncia de auditoria fornecida por documentos originais mais confivel do que a evidncia de auditoria fornecida por fotocpias ou fac-smiles ou por documentos que foram filmados, digitalizados ou transpostos de outra maneira para forma eletrnica, cuja confiabilidade pode depender dos controles sobre sua elaborao e manuteno.

    Nesse aspecto, importante salientar que normas de auditoria do TCU alertam que algumas evidncias podem apresentar problemas ou fragilidades, e cita como exemplos, evidncias:

    baseadas em apenas uma fonte; testemunhais no corroboradas por documento ou observao;

    cujo custo de obteno no atende a critrios de custo-benefcio;

    provenientes apenas do gestor ou da equipe auditada;

    cuja nica fonte parcial com relao ao resultado do trabalho;

    obtidas de amostras no-representativas;

    relacionadas ocorrncia isolada; conflitantes.

    Segundo referidas normas, existem algumas tcnicas que podem contribuir para a obteno de evidncias mais robustas. Uma delas a circularizao (=confirmao externa), que consiste na confirmao, junto a terceiros, de fatos e informaes apresentados pelo auditado.

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    Outra a triangulao, que o uso de diferentes mtodos de pesquisa e de coleta de dados para estudar o mesmo assunto, com o objetivo de fortalecer as concluses.

    Fontes de Evidncia

    As evidncias podem ser obtidas de diversas fontes. As normas de auditoria do TCU destacam:

    Fsica observao de pessoas, locais ou eventos. Pode ser obtida por meio de fotografias, vdeos, mapas etc. Evidncias fsicas costumam causar grande impacto. A fotografia de uma situao insalubre ou insegura, por exemplo, pode ser mais convincente que uma longa descrio.

    Documental o tipo mais comum de evidncia. Pode estar disponvel em meio fsico ou eletrnico.

    obtida de informaes j existentes, tais como ofcios, memorandos, correspondncias, contratos, extratos, relatrios. necessrio avaliar a confiabilidade e a relevncia dessas informaes com relao aos objetivos da auditoria.

    Testemunhal obtida por meio de entrevistas, grupos focais, questionrios.

    Para que a informao testemunhal possa ser considerada evidncia, e no apenas contextualizao, preciso corrobor-la, por meio de confirmao por escrito do entrevistado ou existncia de mltiplas fontes que confirmem os fatos.

    Analtica obtida por meio de anlises, comparaes e interpretaes de dados e informaes j existentes.

    Este trabalho pode envolver anlise de taxas, padres e tendncias, normalmente por meio de processamento computacional. o tipo de evidncia mais difcil de obter.

    Por sua vez, segundo as normas emitidas pelo CFC as evidncias podem ser obtidas em diversas fontes entre as quais:

    Evidncia fsica: obtidas pela comprovao de existncia real de ativos e passivos financeiros, recursos humanos, instalaes, mveis, bem como pela comprovao de realizao de obras e servios.

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    Evidncia documental: consiste em todo tipo de documentos utilizado como evidncia pelo auditor, tal como notas fiscais, contratos, faturas, recibos, relatrios etc.

    Evidncia analtica: anlises com padres e expectativas resultantes da experincia do auditor ou dados da indstria, como estatsticas, comparaes entre saldos ao longo dos anos, indicadores de rentabilidade do setor etc.

    Evidncia matemtica: valores calculados pelo auditor para confirmar dados que afetam as demonstraes contbeis, como clculo do lucro por ao, de pagamento de indenizaes trabalhistas e de cotas de depreciao.

    Evidncia testemunhal ou verbal: informaes obtidas de pessoas que tenham conhecimentos dentro e fora da organizao auditada, em resposta a perguntas formuladas pelo auditor.

    Evidncia por confirmao: corroborao por escrito de terceiros em relao a determinadas informaes de interesse, sendo aplicvel, principalmente, aos fornecedores, prestadores de servio, bancos, clientes, advogados etc.

    Evidncia por representaes: declaraes por escrito que tratam de afirmaes da administrao, assinadas por indivduos responsveis.

    Importante destacar que a evidncia de auditoria obtida principalmente a partir dos procedimentos de auditoria realizados durante o curso do trabalho.

    Contudo, ela tambm pode incluir informaes obtidas de outras fontes, como auditorias anteriores realizadas pelo auditor independente ou por outros auditores.

    Alm disso, at mesmo a ausncia de informaes (por exemplo, a recusa da administrao em fornecer uma representao solicitada) utilizada pelo auditor e, portanto, tambm pode constituir evidncia de auditoria.

    Vejamos algumas questes...

    12. (FGV/Sefaz RJ Analista de Controle Interno/2011) Considerando a doutrina em auditoria, assinale a alternativa correta.

    (A) recomendvel, como regra geral, o uso de mais de um tipo de evidncia, de forma a fortalecer as concluses finais. (B) As evidncias fsicas, obtidas a partir da observao de pessoas, eventos ou condies materiais existentes, sempre que constiturem elementos crticos para o alcance dos objetivos da auditoria, devem ser corroboradas. Por esse

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    motivo, as observaes diretas devem ser feitas por, no mnimo, cinco membros da equipe de auditoria, de preferncia acompanhados de representantes do auditado. Caso a equipe considere necessrio, deve-se preparar uma descrio detalhada das condies observadas e solicitar a anuncia formal do representante do auditado. (C) As evidncias orais, normalmente obtidas em entrevistas, so provas conclusivas, no necessitando ser sustentadas por evidncias documentais. (D) A confiabilidade das evidncias documentais fornecidas pelo sistema de controle do rgo auditado por exemplo, os demonstrativos contbeis independer do regular funcionamento desse sistema. (E) A existncia de um manual de procedimentos, por si s, garante que ele esteja sendo empregado pelo auditado.

    Resoluo:

    Vamos analisar cada um dos itens:

    Letra A aps tudo o que vimos sobre evidncias, fica claro que recomendvel obter evidncias de mais de um tipo para fortalecer as concluses finais. Item correto.

    Letra B So as evidncias testemunhais que devem ser corroboradas. Alm disso, seria totalmente descabido exigir que uma observao direta seja feita por, no mnimo, cinco membros da equipe de auditoria, de preferncia acompanhados de representantes do auditado, isso inviabilizaria a maioria das auditorias. Item errado. Letra C Como dissemos na letra b, as evidncias orais, normalmente obtidas em entrevistas, no so provas conclusivas, elas necessitam ser corroboradas por documentos ou observaes. Item errado.

    Letra D lgico que a confiabilidade das evidncias documentais fornecidas pelo sistema de controle do rgo auditado dependem do regular funcionamento desse sistema. Se o sistema no est funcionando, provavelmente as informaes extradas dele no estaro corretas. Item errado.

    Letra E - A simples existncia de um manual de procedimentos, por si s, no garante que ele esteja sendo empregado pelo auditado, necessrio que sejam estabelecidos controles para isso. Item errado.

    Portanto, o gabarito a letra A.

    13. (FGV/Sefaz RJ Analista de Controle Interno/2011) Aps formuladas as questes de auditoria e os seus desdobramentos (as subquestes), ser necessrio identificar as informaes requeridas para respond-las e suas respectivas fontes. Para se determinar o tipo de

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    informao que se pretende obter na coleta de dados, os termos-chave empregados na questo de auditoria devem ser definidos, e suas dimenses ou variveis, identificadas. Por exemplo, ao formular uma questo envolvendo o impacto de uma iniciativa governamental voltada para a melhora do nvel de ensino, deve-se definir o que se entende por melhora do nvel de ensino, identificando-se as dimenses envolvidas nesse conceito. Pode-se considerar, entre outras variveis, o nmero de aprovaes por srie ou a reduo da evaso escolar. A tarefa de traduzir conceitos abstratos em variveis mensurveis, definindo indicadores apropriados, indispensvel para que se possa medir o alcance dos objetivos perseguidos pela administrao.

    As informaes coletadas e usadas para dar suporte aos achados de auditoria de desempenho operacional ou de avaliao de programa so consideradas evidncias e podem assumir as diferentes formas. Nesse sentido, INCORRETO afirmar que a evidncia

    (A) fsica diz respeito a dados coletados a partir da observao direta, podendo ser representados por fotografias, mapas, grficos ou outras representaes pictogrficas. (B) oral compreende declaraes geralmente obtidas em entrevistas ou pesquisas com usurios ou beneficirios da iniciativa governamental, bem como com especialistas, gestores ou membros da equipe tcnica encarregada. (C) documental refere-se a dados registrados em papel ou meio magntico (em geral, os mais empregados em trabalhos de auditoria). (D) analtica contempla informaes geradas a partir de outras evidncias, geralmente envolvendo clculos, comparaes ou snteses. (E) especial aquela a partir de apurao de fraudes em entidades da mesma natureza, com foco nos testes substantivos para mapeamento do sistema de controle interno.

    Resoluo:

    As letras A, B, C e D, como vimos, trazem fontes corretas de evidncias, j a letra E, traz uma fonte desconhecida. Portanto, o gabarito a letra E.

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    Impropriedades e irregularidades

    Outro ponto destacado pela IN SFC/MF n 01/2001 na fase de execuo dos trabalhos o que trata da possibilidade da verificao de impropriedades e irregularidades, conceitos similares ao erro e a fraude de que tratam as normas da auditoria independente.

    O servidor do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, no decorrer de qualquer atividade, deve prestar especial ateno quelas transaes ou situaes que denotem indcios de irregularidades e, quando sejam obtidas evidncias das mesmas, dever ser dado o devido tratamento, com vistas a permitir que os dirigentes possam adotar as providncias corretivas pertinentes, quando couber.

    Impropriedade Irregularidade Consiste em falhas de natureza formal de que no resulte dano ao errio, porm evidencia-se a no observncia aos princpios de legalidade, legitimidade, eficincia, eficcia e economicidade.

    caracterizada pela no observncia desses princpios, constatando a existncia de desfalque, alcance, desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuzo quantificvel para o Errio.

    A deteco de irregularidades e impropriedades no o objetivo primordial das atividades do auditor, contudo ele deve estar consciente da probabilidade de, no decorrer dos exames, defrontar-se com tais ocorrncias.

    Dessa forma, compete-lhe prestar especial ateno s transaes ou situaes que apresentem indcios de irregularidades e, quando obtida evidncias, comunicar o fato aos dirigentes para adoo das medidas corretivas cabveis.

    Importante destacar que a aplicao dos procedimentos adequados de auditoria no garante necessariamente, a deteco de toda impropriedade ou irregularidade. Portanto, a identificao posterior de situao imprpria ou irregular, ocorrida no perodo submetido a exame, no significa que o trabalho tenha sido inadequado.

    Ao verificar a ocorrncia de irregularidades, o servidor deve levar o assunto, por escrito, ao conhecimento do dirigente da unidade ou entidade examinada, solicitando os esclarecimentos e justificativas pertinentes, quando isso no implicar risco pessoal. Na hiptese de risco pessoal informar a ocorrncia ao seu dirigente que o orientar e adotar as providncias necessrias.

    14. (ESAF/AFC rea Controle Interno/CGU/2008) O servidor do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, no decorrer de qualquer atividade, deve prestar especial ateno quelas transaes ou situaes que denotem indcios de irregularidades.

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    Acerca do tema impropriedades e irregularidades, nos termos da IN SFC/MF n 001/2001, correto afirmar que:

    (A) a irregularidade consiste em falhas de natureza formal de que no resulte dano ao errio, porm evidencia-se a no observncia aos princpios de legalidade, legitimidade, eficincia, eficcia e economicidade. (B) o objetivo primordial das atividades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal no a busca de impropriedades ou de irregularidades. (C) ao verificar a ocorrncia de impropriedades, o servidor deve registrar o assunto e aguardar pela finalizao dos trabalhos de campo, quando s ento ser solicitado ao dirigente da unidade ou entidade examinada prestar os esclarecimentos e justificativas pertinentes. (D) a impropriedade caracterizada pela no observncia aos princpios de legalidade, legitimidade, eficincia, eficcia e economicidade, constatando a existncia de desfalque, alcance, desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuzo quantificvel para o Errio. (E) ao verificar a ocorrncia de irregularidades, o servidor deve registrar o assunto e aguardar pela finalizao dos trabalhos de campo, quando s ento ser solicitado ao dirigente da unidade ou entidade examinada prestar os esclarecimentos e justificativas pertinentes.

    Resoluo:

    Ento, vamos analisar as assertivas:

    Alternativas A e D Impropriedade consiste em falhas de natureza formal de que no resulte dano ao errio, porm evidencia-se a no observncia aos princpios de legalidade, legitimidade, eficincia, eficcia e economicidade; a irregularidade, por sua vez, caracterizada pela no observncia desses princpios, constatando a existncia de desfalque, alcance, desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuzo quantificvel para o Errio. Portanto, alternativas incorretas.

    Alternativa B Perfeito, apesar de no ser o objetivo primordial das atividades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal a busca de impropriedades ou de irregularidades, o servidor deve estar consciente da probabilidade de, no decorrer dos exames, defrontar-se com tais ocorrncias.

    Alternativas C e E Ao verificar a ocorrncia de irregularidades, o servidor deve levar o assunto, por escrito, ao conhecimento do dirigente da unidade ou entidade examinada, solicitando os esclarecimentos e justificativas pertinentes, quando isso no implicar risco pessoal. Na hiptese de risco pessoal, informar a ocorrncia ao seu dirigente que o orientar e adotar as providncias necessrias. Portanto, alternativas incorretas.

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    Portanto, o gabarito a letra B.

    15. (FGV / ICMS-RJ / 2010) De acordo com as normas de auditoria em vigor, a medida da qualidade da evidncia de auditoria, isto , a relevncia e confiabilidade para suportar as concluses em que se fundamenta o auditor, conhecida como:

    (A) avaliao dos procedimentos de auditoria. (B) avaliao dos papis de trabalho dos especialistas. (C) suficincia da evidncia de auditoria. (D) evidncia de auditoria. (E) adequao da evidncia de auditoria.

    Resoluo:

    A adequao da evidncia a medida da qualidade da evidncia de auditoria, isto , a sua relevncia e confiabilidade para suportar as concluses em que se fundamenta a opinio do auditor.

    Portanto, gabarito letra E.

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    Normas relativas opinio do auditor

    Vamos falar, agora, sobre a emisso da opinio do auditor, apesar de o foco de nossa prova estar voltado para a auditoria no setor pblico federal, daremos uma pincelada sobre as normas de auditoria independente.

    Voc deve saber que ao final de cada auditoria, o auditor deve preparar opinio escrita ou relatrio, registrando os achados de forma adequada. O contedo desse documento deve ser fcil de entender e livre de ideias vagas e ambguas, deve incluir somente informaes que sejam apoiadas por evidncias competentes e relevantes, ser independente, objetivo, justo e construtivo.

    Bom... ento, falaremos sobre como as diferentes normas de auditoria tratam da comunicao dos resultados e, veremos, que todas elas convergem para o mesmo norte.

    Como bem fala a INTOSAI, em suas normas de auditoria, praticamente impossvel formular uma regra especfica para cada relatrio de auditoria a ser elaborado, cabendo s normas, auxiliar e no substituir o julgamento criterioso do auditor ao elaborar um parecer ou relatrio.

    Relatrio versus Parecer

    De uma forma geral, nos referimos genericamente ao termo relatrio como sendo o documento que traz os achados e concluses de auditoria, no entanto, alguns normativos fazem diferena entre duas espcies desse gnero: parecer e relatrio propriamente dito.

    De acordo com a INTOSAI, a palavra parecer, usada para as concluses do auditor resultantes de uma auditoria de regularidade (contbil e de cumprimento legal); e a palavra relatrio usada para as concluses do auditor resultantes de uma auditoria operacional.

    Por sua vez, a IN SFC/MF n 01/2001 prev o Certificado de Auditoria que o documento que representa a opinio do Sistema de Controle Interno sobre a exatido e regularidade, ou no, da gesto e a adequacidade, ou no, das peas examinadas.

    Nesse esteio, a IN 01/01 define parecer como a pea compulsria a ser inserida nos processos de tomada e prestao de contas, que sero remetidos ao Tribunal de Contas da Unio, que externaliza a avaliao conclusiva do Sistema de Controle Interno sobre a gesto examinada. Enfim, trata-se da opinio do dirigente mximo do rgo de controle interno que pode ratificar ou no a opinio expressa no certificado.

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    O mesmo normativo define relatrios como forma pela qual os resultados dos trabalhos realizados so levados ao conhecimento das autoridades competentes.

    Os manuais de auditoria do TCU no preveem o parecer e trazem a figura do relatrio, como sendo o instrumento formal e tcnico por intermdio do qual a equipe comunica o objetivo e as questes de auditoria, a metodologia usada, os achados, as concluses e a proposta de encaminhamento.

    No entanto, existe a figura do parecer prvio emitido pelos Tribunais de Contas sobre as contas do Poder Executivo que sero julgadas pelo Legislativo conforme previsto nos artigos 49, IX e 71 da CF/88.

    Por fim, as normas do CFC definem o relatrio do auditor independente como o documento escrito (emitido de forma impressa em papel ou em meio eletrnico) que contm sua opinio sobre as demonstraes contbeis.

    Vamos parar um minutinho... com base no que falamos at agora, o que voc consegue identificar como principal diferena entre o parecer e o relatrio?

    De forma geral, o parecer expressa uma opinio, enquanto que o relatrio traz um relato dos achados e concluses de auditoria.

    Normativos Parecer Relatrio

    Normas da INTOSAI

    Concluses resultantes de uma auditoria de regularidade.

    Concluses resultantes de uma auditoria de operacional.

    IN 01/2001

    Pea que exprime a avaliao conclusiva do Sistema de Controle Interno sobre a gesto examinada2.

    Forma pela qual os resultados dos trabalhos so levados ao conhecimento das autoridades.

    Normas do TCU

    No preveem o parecer como documento para comunicao dos resultados de auditoria3.

    Instrumento pelo qual a equipe comunica os resultados de auditorias de conformidade e operacionais.

    Normas do CFC

    O termo parecer no mais previsto nas normas do CFC4, contudo consagrado na literatura tcnica e na prtica.

    Resultados dos trabalhos de auditoria interna e independente.

    2 O Certificado tem um papel parecido. 3 No entanto, est prevista na CF/88 a figura do parecer prvio das contas de governo. 4 A NBC T 11, hoje revogada, previa que a opinio do auditor independente deveria ser expressa em um parecer de auditoria.

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    Tipos de Parecer e de Certificado

    Vimos que as denominaes parecer e certificado so adotadas em alguns normativos de auditoria governamental. Assim, vamos dar um passo frente e entender as diferentes classificaes que essas peas podem assumir.

    De acordo com as normas de INTOSAI, o parecer o instrumento utilizado para comunicao dos resultados de auditoria de regularidade e normalmente redigido de forma padronizada, referindo-se s demonstraes contbeis como um todo, evitando, assim, a necessidade de alongar-se nos dados que o fundamentam, embora proporcionando aos leitores, por sua prpria natureza, uma compreenso geral do seu significado.

    Segundo essas normas, o contedo do parecer deve indicar claramente quando se trata de um parecer pleno, de um parecer com ressalvas quanto a certos aspectos, de um parecer adverso ou de um parecer com negativa de opinio.

    A classificao dos diferentes tipos de parecer adotada pela INTOSAI a mesma utilizada pelo CFC5 para classificar a opinio do auditor independente das demonstraes contbeis.

    Parecer Pleno (=sem ressalvas ou limpo): dado quando o auditor fica convencido, em todos os aspectos relevantes, de que as demonstraes contbeis foram elaboradas segundo princpios e normas de contabilidade aceitveis, e com as exigncias legais e regulamentares pertinentes.

    Enfim, o auditor acredita que est tudo OK.

    Parecer com Ressalvas: usado quando o auditor discordar ou tiver dvida quanto a um ou mais elementos especficos das demonstraes contbeis que sejam relevantes, mas no fundamentais para a compreenso delas.

    Parecer Adverso. O auditor deve emitir um parecer adverso quando for incapaz de formar uma opinio sobre as demonstraes contbeis comoum todo, em virtude de discordar to fundamentalmente delas, que a situao por elas apresentada fica comprometida, tornando inadequada a emisso de um parecer com ressalvas.

    Parecer com Negativa de Opinio (=absteno de opinio): o auditor deve emitir um parecer com negativa de opinio acerca das demonstraes contbeis como um todo se houver incertezas ou restries ao escopo da auditoria que o impeam de formar uma opinio sobre as demonstraes contbeis como um todo.

    5 O CFC, na vigncia da revogada NBC T 11, tambm adotava parecer. Atualmente, adota a nomenclatura relatrio com opinio de auditoria, mas o termo parecer consagrado no meio tcnico e ainda aparece na literatura especializada.

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    Importante! Note que a absteno de opinio no se aplica sempre que o auditor sofrer limitao de escopo, mas somente quando essa limitao impede que forme uma opinio sobre o conjunto das demonstraes nos outros casos aplica-se o parecer com ressalvas.

    No mbito da auditoria independente, a NBC TA 705 traz o quadro abaixo que resume a opinio do auditor sobre a natureza do assunto que gerou a modificao, e a disseminao de forma generalizada dos seus efeitos ou possveis efeitos sobre as demonstraes contbeis:

    Natureza do assunto que gerou a modificao

    Julgamento do auditor sobre a disseminao de forma generalizada dos efeitos ou possveis efeitos sobre as demonstraes contbeis

    Relevante mas no generalizado

    Relevante e generalizado

    As demonstraes contbeis apresentam distores relevantes

    Opinio com ressalva Opinio adversa

    Impossibilidade de obter evidncia de auditoria apropriada e suficiente

    Opinio com ressalvaAbsteno de

    opinio

    Vale a pena, neste momento, falar rapidamente sobre o pargrafo de nfase (previsto nas normas do CFC), cujo objetivo chamar a ateno para um assunto apresentado ou divulgado nas demonstraes contbeis que, segundo o julgamento do auditor, fundamental para o entendimento pelos usurios das demonstraes contbeis.

    O pargrafo de nfase s poder ser includo no relatrio se o auditor tenha obtido evidncia de auditoria suficiente e apropriada de que no houve distoro relevante do assunto nas demonstraes contbeis. Pois, se houvesse, seria o caso de ressalva, no de nfase.

    Tal pargrafo deve referir-se apenas a informaes apresentadas ou divulgadas nas demonstraes contbeis.

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    Quando o auditor incluir um pargrafo de nfase no relatrio, ele deve:

    1 inclu-lo imediatamente aps o pargrafo de opinio no relatrio do auditor;

    2 usar o ttulo nfase ou outro ttulo apropriado;

    3 incluir no pargrafo uma referncia clara ao assunto enfatizado e nota explicativa que descreva de forma completa o assunto nas demonstraes contbeis; e

    4 indicar que a opinio do auditor no se modifica no que diz respeito ao assunto enfatizado.

    Preste ateno ao item 4: a opinio do auditor no se modifica no que diz respeito ao assunto enfatizado.

    So exemplos de circunstncias em que o auditor pode considerar necessrio incluir um pargrafo de nfase:

    existncia de incerteza relativa ao desfecho futuro de litgio excepcional ou ao regulatria;

    aplicao antecipada (quando permitido) de nova norma contbil (por exemplo, nova prtica contbil introduzida pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC)) com efeito disseminado de forma generalizada nas demonstraes contbeis, antes da sua data de vigncia; e

    grande catstrofe que tenha tido, ou continue a ter, efeito significativo sobre a posio patrimonial e financeira da entidade.

    So exemplos de situaes que exigem a incluso do pargrafo de nfase:

    Para chamar a ateno dos usurios para as divulgaes adicionais: nos casos em que a estrutura do relatrio financeiro prevista em lei ou regulamento especfico no aceitvel, a administrao deve fazer divulgaes adicionais nas demonstraes contbeis necessrias para evitar que as demonstraes contbeis sejam enganosas.

    No caso de eventos subsequentes: o auditor independente deve incluir no seu relatrio, novo ou reemitido, pargrafo de nfase com referncia nota explicativa que esclarece mais detalhadamente a razo da alterao das demonstraes contbeis emitidas anteriormente e do relatrio anterior fornecido pelo auditor independente.

    No caso de dvida quanto continuidade operacional da entidade: se for feita divulgao adequada nas demonstraes contbeis, o auditor deve expressar uma opinio sem ressalvas e incluir um pargrafo de nfase em seu relatrio destacando a existncia de incerteza significativa e

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    chamando a ateno para as respectivas notas explicativas s demonstraes contbeis.

    Por fim, vamos falar sobre a classificao dos certificados de auditoria, previstos na a IN SFC/MF n 01/2001:

    Certificado de Regularidade: opinio de que na gesto dos recursos pblicos foram adequadamente observados os princpios da legalidade, legitimidade e economicidade.

    Certificado de Regularidade com Ressalvas: quando forem constatadas falhas, omisses ou impropriedades de natureza formal no cumprimento das normas e diretrizes governamentais, quanto legalidade, legitimidade e economicidade e que, pela sua irrelevncia ou imaterialidade, no caracterizem irregularidade de atuao dos agentes responsveis.

    Certificado de Irregularidade: quando for verificado a no observncia da aplicao dos princpios de legalidade, legitimidade e economicidade, constatando a existncia de desfalque, alcance, desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuzo quantificvel para o errio e/ou comprometam, substancialmente, as demonstraes financeiras e a respectiva gesto dos agentes responsveis, no perodo ou exerccio examinado.

    Importante: no existe a figura da negativa de opinio nos certificados previstos na IN 01/2001.

    Quando no for possvel obter elementos comprobatrios suficientes e adequados, de tal modo que inviabilize a formao de opinio quanto regularidade da gesto, a opinio decorrente dos exames fica sobrestada, por prazo previamente fixado para o cumprimento de diligncia, quando ento, mediante novos exames, poder ser emitido o competente certificado.

    Voc deve estar pensando: Como vou saber, entre as diferentes definies existentes nos vrios normativos, qual utilizar?

    Caro amigo, no tem jeito, temos que conhecer as classificaes presentes nessas normas e identificar qual usar. Mas no se assuste, pois essas classificaes no so antagnicas e, no fundo, trazem muitas semelhanas.

    Continuando nossa discusso sobre relatrio de auditoria, vamos acrescentar alguns detalhes abordados na IN SFC/MF n 01/2001.

    Para cada atividade realizada, o rgo ou Unidade de Controle Interno do Poder Executivo Federal deve elaborar relatrio, parecer ou certificado, quando couber, ou nota, que so genericamente denominadas formas de

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    comunicao. Esses documentos devem refletir os resultados dos exames efetuados, de acordo com a forma ou tipo de atividade.

    O quadro abaixo traz um resumo das principais formas de comunicao previstas na IN SFC/MF n 01/2001:

    Principais tipos de documento previstos na IN SFCI 01/2001

    Solicitao

    Documento utilizado para formalizar pedido de documentos, informaes, justificativas e outros assuntos relevantes, emitido antes ou durante o desenvolvimento dos trabalhos de campo.

    Nota

    Documento destinado a dar cincia ao gestor auditado, no decorrer dos trabalhos, das impropriedades ou irregularidades constatadas, com a finalidade de obter a manifestao dos agentes sobre fatos que resultaram em prejuzo ao errio ou de outras situaes que necessitem de esclarecimentos formais.

    Relatrio Forma pela qual os resultados dos trabalhos realizados so levados ao conhecimento das autoridades competentes

    Certificado Documento que representa a opinio do Sistema de Controle Interno sobre a exatido e regularidade, ou no, da gesto e a adequacidade, ou no, das peas examinadas.

    Registro de constataes

    Documento destinado ao registro das verificaes significativas detectadas no desenvolvimento dos trabalhos, a ser elaborado de forma concisa, com base em cada relatrio.

    Parecer Pea documental que externaliza a avaliao conclusiva do Sistema de Controle Interno sobre a gesto examinada, para que os autos sejam submetidos autoridade ministerial.

    Os relatrios, pareceres, notas etc., que proporcionem a abordagem da atividade, quanto aos atos de gesto, fatos ou situaes observados, devem reunir principalmente os seguintes atributos de qualidade:

    Conciso - utilizar linguagem sucinta e resumida, transmitindo o mximo de informaes de forma breve. caracterstica dessa linguagem a preciso e a exatido;

    Objetividade expressar linguagem prtica e positiva, demonstrando a existncia real e material da informao;

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    Convico demonstrar a certeza da informao que a comunicao deve conter visando persuadir e convencer qualquer pessoa para as mesmas concluses, evitando termos e expresses que possam ensejar dvidas;

    Clareza expressar linguagem inteligvel e ntida de modo a assegurar que a estrutura da comunicao e a terminologia empregada permitam que o entendimento das informaes sejam evidentes e transparentes;

    Integridade registrar a totalidade das informaes de forma exata e imparcial, devendo ser includos na comunicao todos os fatos observados, sem nenhuma omisso, proporcionando uma viso completa das impropriedades/irregularidades apontadas, recomendaes efetuadas e concluso;

    Oportunidade transmitir a informao, simultaneamente, com tempestividade e integridade de modo que as comunicaes sejam emitidas de imediato, com a extenso correta, a fim de que os assuntos neles abordados possam ser objeto de oportunas providncias;

    Coerncia assegurar que a linguagem seja harmnica e concordante, de forma que a comunicao seja lgica, correspondendo aos objetivos determinados;

    Apresentao assegurar que os assuntos sejam apresentados numa sequncia estruturada, isenta de erros ou rasuras que possam prejudicar o correto entendimento, segundo os objetivos do trabalho, de forma adequada, com uma linguagem que atenda, tambm, aos atributos de qualidade mencionados; e

    Conclusivo permitir a formao de opinio sobre as atividades realizadas. Em situaes identificadas na ordem de servio, poder ficar especificado que no cabe uma manifestao conclusiva principalmente nos casos em que os exames forem de carter intermedirio.

    No se preocupe em decorar essas dimenses, pois sua prova muito provavelmente no ir pedir para list-las. Dirija seus esforos para entender o que cada uma quer dizer e veja como intuitivo que essas observaes sejam aplicadas nos relatrios de auditoria.

    A IN SFC/MF n 01/2001 dispe ainda que na emisso do Relatrio de Auditoria realizada com base no processo de Tomada e Prestao de Contas do rgo ou entidades examinadas, necessrio que se atenda aos seguintes requisitos:

    a) identificar o nmero do processo, perodo examinado e a unidade ou entidade examinada;

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    b) indicar as normas que instruam o processo de Tomada ou Prestao de Contas;

    c) identificar o local em que foi realizado o trabalho;

    d) definir o objetivo da auditoria e identificar as demonstraes financeiras examinadas, no caso de auditoria contbil;

    e) declarar ter o exame sido efetuado por amostragem, na extenso julgada necessria e de acordo com as normas de auditoria aplicveis ao Servio Pblico Federal;

    f) comentar sobre a extenso dos trabalhos e eventuais restries;

    g) comentar sobre os controles internos administrativos, evidenciando, se for o caso, as deficincias e ineficcias dos sistemas;

    h) relatar sobre o cumprimento, ou no, das diretrizes governamentais e normas legais vigentes;

    i) comentar sobre a legalidade, legitimidade e economicidade na realizao das despesas;

    j) apresentar, se necessrio, recomendaes visando correo das falhas verificadas durante o exame, particularmente naquelas situaes em que forem identificadas impropriedades e irregularidades, devendo-se evitar recomendaes imprecisas ou genricas que no permitam adequada avaliao de sua implementao; e

    k) comentar sobre a implementao das recomendaes de relatrios de auditoria e fiscalizao anteriores e de diligncias do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal e do Tribunal de Contas da Unio.

    Vamos, por fim, destacar alguns pontos adicionais importantes trazidos nas Normas de Auditoria do TCU (NAT):

    Os relatrios de auditoria devem incluir uma declarao dos auditores de que os trabalhos foram realizados em conformidade com as NAT, desde que todos os requisitos nelas previstos tenham sido observados.

    Todos relatrio de auditoria deve ter uma proposta de encaminhamento, ou seja, recomendaes, determinaes, multas,

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    imputao de dbito, enfim, aquilo que a equipe de auditoria demonstra ser necessrio para sanar alguma deficincia identificada.

    Uma boa prtica em auditorias governamentais permitir que o auditado tenha a oportunidade de examinar o relatrio preliminar antes que ele seja tornado pblico (comentrios do gestor).

    Trata-se de uma prtica que, apesar de opcional6, ajuda a assegurar que o relatrio seja relatrio seja imparcial, objetivo e completo. A incluso desses comentrios resulta em um documento que no s apresenta os achados, as concluses e as propostas, mas tambm a perspectiva dos dirigentes da entidade e as aes corretivas que pretendem tomar.

    16. (Consulplan/ Municpio de Guarapari ES / AUDITOR INTERNO 2010) Para cada atividade realizada, o rgo ou Unidade de Controle Interno, deve elaborar relatrio, parecer ou certificado, quando couber ou nota que so, genericamente denominados, formas de comunicao. Na emisso do Relatrio de Auditoria realizado com base no Processo de Tomada e Prestao de Contas do rgo ou entidades examinadas, necessrio que se atenda aos seguintes requisitos, EXCETO:

    (A) Relatar sobre o cumprimento ou no, das diretrizes governamentais e normas legais vigentes. (B) Definir o objetivo da auditoria e identificar as demonstraes financeiras examinadas, no caso de auditoria operacional. (C) Comentar sobre a legalidade, legitimidade e economicidade na realizao das despesas. (D) Identificar o local em que foi realizado o trabalho. (E) Comentar sobre a implementao das recomendaes de relatrios de auditoria e fiscalizao anteriores e de diligncias do Sistema de Controle Interno.

    Resoluo:

    Das asse