aula 00 - políticas públicas

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  • Polticas Pblicas p/ CGU

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Rodrigo Renn Aula 00

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    AULA 0: Redes de Polticas Pblicas

    Ol pessoal, tudo bem?

    Meu nome Rodrigo Renn e tenho o grande prazer de iniciar com vocs um curso de Polticas Pblicas para o prximo concurso da Controladoria-Geral da Unio.

    O edital deste concurso acabou de ser lanado e trouxe muitas mudanas em relao ao edital passado. As provas esto previstas para os dias 16 e 17 de junho. Portanto, a hora de se preparar agora!

    Normalmente, a ESAF apresenta questes bastante aprofundadas e extensas. Vamos comentar dezenas destas questes (e as ltimas questes desse concurso) e mostrar como resolv-las!

    Professor, e como ser o curso?

    O curso que iniciaremos hoje ser focado em questes e provas anteriores da ESAF! Eventualmente, comentarei tambm questes de outras bancas. Irei trabalhar a teoria necessria e comentar dezenas de questes para que vocs cheguem prontos para o que der e vier no dia da prova!

    Estarei no s resolvendo as questes desta banca famosa, mas dando dicas das famosas pegadinhas deles! Comentarei tambm as questes do ltimo concurso de Analista de Finanas e Controle de 2008.

    Antes de qualquer coisa, vou dizer um pouquinho sobre mim: Sou carioca e formado em Administrao pela PUC do RJ, com Ps-Graduao em Gesto Administrativa. Como vocs, j fui concurseiro e disputei diversos concursos da rea de Administrao, sendo aprovado, entre outros, nos concursos abaixo:

    7 no concurso de Analista de Finanas e Controle do DF - Administrao Financeira e Contbil - 2009 (cargo atual, que mudou de nome neste ano);

    1 no concurso de Furnas - Administrador 2 2009;

    1 no concurso de Professor Seplag/DF - Administrao 2010;

    2 no concurso do Min. Defesa - DECEA/ Administrador 2009;

    7 no concurso da Hemobras / Administrador 2008;

    Atualmente, sou servidor da Secretaria da Fazenda do Governo do Distrito Federal, no cargo de Auditor de Controle Interno na Subsecretaria do Tesouro. Sou professor de Administrao Geral, Administrao Pblica e Gesto de Pessoas desde 2007 e j participei de cursos escritos para concursos, como os da Receita Federal, do MPU, do TCU, do ICMS-RJ, de EPPGG, do TCEs e tribunais diversos.

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    Tenho o hbito de escrever como se estivesse conversando com o aluno, portanto no estranhem o estilo leve, pois acredito que fica mais fcil de passar o contedo, e, principalmente, mais agradvel para vocs dominarem essa matria.

    Tenho certeza de que esse material far a diferena na sua preparao. Se aparecer uma dvida qualquer estarei disponvel para esclarecer de modo direto e individualizado.

    Os tpicos cobrados pela banca esto abaixo:

    Desta forma, dividi os tpicos nas aulas abaixo, que sero disponibilizadas de acordo o cronograma:

    Aula 0: Redes de polticas pblicas; (29/04)

    Aula 1: Estado, sociedade e polticas pblicas: a perspectiva pluralista versus a perspectiva elitista; Polticas pblicas no contexto de falhas de mercado e no contexto de falhas de governo. (13/05).

    Aula 2: Papel das instituies nas polticas pblicas; Corrupo e polticas pblicas: fatores que influenciam a incidncia de corrupo e fatores que promovem a qualidade das polticas pblicas. (20/05).

    Aula 3: Indicadores de polticas pblicas; Modelos de avaliao de programas governamentais; Coleta, anlise e interpretao de informaes quantitativas e qualitativas para avaliao de programas governamentais. (27/05).

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    Aula 4: O debate contemporneo nas polticas pblicas no Brasil: a perspectiva dos direitos, a participao social, o equilbrio federativo e a governana democrtica. (03/06).

    Vamos ento para o que interessa, no mesmo? Hoje veremos o tpico: Redes de Polticas Pblicas. Esta ser uma aula mais curta do que o normal, para que vocs possam conhecer o nosso trabalho.

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    Sumrio

    Gesto de Redes .................................................................................. 5Redes de Polticas Pblicas ................................................................... 6

    Lista de Questes Trabalhadas na Aula. ....................................................... 18Gabarito ........................................................................................ 21Bibliografia ..................................................................................... 21

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    Gesto de Redes

    O mundo mudou muito neste ltimo sculo. No incio do sculo XX, as tecnologias da informao e da comunicao estavam em seus primrdios (ou ainda no existiam). Desde a inveno do Rdio at a introduo do telefone celular, muitas mudanas alteraram o modo como vivemos e fazemos negcios.

    Assim, hoje temos acesso a um mundo de dados e informaes que nem eram sonhados por nossos antepassados. Se eles recebiam notcias com um atraso de dias (os acontecimentos da primeira grande guerra levavam dias para chegarem ao leitor comum no Brasil), atualmente temos informaes em tempo real de qualquer fato importante.

    Este cenrio trouxe desafios importantes para as empresas e para os governos. A escala dos problemas aumentou e os contextos sociais e de negcios esto em constante mutao. O ciclo de vida de um produto, por exemplo, muito menor hoje em dia do que ocorria antes.

    Para enfrentar esta realidade, as organizaes perceberam que necessitavam de ajuda, de parcerias. A antiga ideia de uma organizao que fazia de tudo (ou verticalizada) ficou para trs. Como ningum bom em tudo, devemos nos aliar a diferentes parceiros, dependendo da necessidade do momento.

    Esta a ideia central das redes organizacionais. Estas surgiram como uma necessidade de que as organizaes fossem mais flexveis e adaptveis s mudanas no ambiente.

    Desta maneira, se uma empresa necessita de um novo design para seu novo produto, contrata um escritrio de design. O mesmo ocorre quando esta empresa necessita de distribuir seu produto em um novo mercado contrata uma empresa especializada em distribuio.

    Assim sendo, a empresa pode focar no que melhor sabe fazer e mudar de rumo sempre que for necessrio. De acordo com este pensamento, surgiram as organizaes em rede ou as redes organizacionais.

    Como as pessoas demandam cada vez mais produtos e servios customizados, esta tendncia tem se acelerado. Mais estratgico do que ter capacidades internas (e mais estveis, claro) ter parceiros dentro de uma rede de atuao que deem este Know-how ou competncias que possam ser adquiridas sempre que necessrio.

    Um conceito interessante que devemos entender quando pensamos em estruturas em rede o da interdependncia. Nestas redes, ningum pode, ou consegue, alcanar seu objetivo sozinho. Cada n da rede fundamental para que os objetivos comuns sejam atingidos.

    FabioHighlight

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    Para que as redes possam funcionar, a infraestrutura proporcionada pelas novas tecnologias de informao foi crucial. Se antes a coordenao de organizaes localizadas de modo distante seria muito difcil, hoje a TI facilitou o processo.

    Redes de Polticas Pblicas

    No caso do setor pblico, os efeitos desta globalizao no foram menores. Esta globalizao, impulsionada pelas novas tecnologias de informao e comunicao, trouxe diversos novos problemas para o Estado-Nao.

    Dentre estes novos desafios, temos os problemas que no podem ser unicamente e isoladamente tratados por estes Estados, como o terrorismo internacional, a degradao ambiental e os desequilbrios dos mercados financeiros internacionais.

    Problemas que antigamente estavam mais localizados e podiam ser tratados dentro da esfera de um s Estado agora so muito mais complexos.

    Alm disso, o prprio crescimento dos servios prestados pelo Estado moderno e seu aumento relativo consequentemente acabaram por afastar este Estado de problemas mais locais, mas especficos de uma dada regio.

    Ou seja, como o Estado faz muitas coisas ao mesmo tempo, acaba no sendo muito bom em situaes em que o conhecimento das especificidades locais um diferencial.

    De acordo com Moura1,

    A abordagem de redes, como expresso dos novos arranjos interorganizacionais que emergem na atualidade, indica o incremento dos processos de interdependncia entre atores e organizaes e, particularmente, entre agentes pblicos e privados. Ao mesmo tempo, identifica-se nessa emergncia certo esgotamento da capacidade de integrao e de coeso social das instituies representativas tradicionais e da eficcia das organizaes burocrticas e do modelo de planejamento global e centralizado.

    1 (Moura, 1998)

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    Portanto, com esse crescimento da complexidade dos problemas e a reduo relativa do raio de atuao da mquina do Estado, a formao de redes passou a ser vista como a soluo para uma atuao mais efetiva e eficiente.

    Com isso, o Estado tem buscado trabalhar em parceria com atores no tradicionais na formulao e na implementao de diversas polticas pblicas. O objetivo estar presente em reas em que no estava conseguindo chegar, e fazer isso com uma maior eficincia.

    Historicamente, o Estado tem perdido legitimidade com seus cidados, pois no tem conseguido dar uma resposta a diversas demandas, sejam de dimenso macro (exemplo: terrorismo internacional ou desequilbrio ambiental) quanto de dimenso micro (exemplo: qualidade do ensino primrio na cidade do Crato-CE).

    De acordo com Castells2, a soluo estaria na adoo do Estado-Rede, em que o Estado se envolve em diversas redes interestatais e intraestatais, de modo a ser mais eficiente e efetivo na sua atuao e aumentar sua legitimao perante a sociedade.

    No caso das redes intraestatais, os Estados devem descentralizar os servios e programas pblicos, com o repasse de recursos e conhecimentos aos parceiros, que podem ser prefeituras, ONGs, Organizaes Sociais etc.

    J no caso das redes interestatais, estas sero necessrias para a atuao deste Estado em conjunto com seus pares. Dentre os exemplos que podemos citar, temos: a ONU, o MERCOSUL, a Organizao Mundial do Comrcio etc.

    2 (Castells, 1999)

    RelaesdentrodoprprioEstado;

    Foconoplano"micro".Intraestatais

    RelacionamentosentreEstadosdistintos

    Foconoplano"macro".Interestatais

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    Estas redes de polticas pblicas, no contexto da atuao do Estado, consistem de redes policntricas. Ou seja, no existe um s centro que comanda as aes, que controla o processo.

    Nestas redes ou estruturas policntricas, existem diversos atores (indivduos, governos, empresas etc.) que interagem buscando interesses e objetivos comuns.

    Desta maneira, estes atores devem trabalhar juntos, trocando informao, conhecimento e recursos para atingir determinados objetivos. Estas configuraes em rede possibilitam ao Estado atuar em conjunto com a sociedade. Alm disso, facilita a interao entre esferas diferentes do setor pblico.

    De acordo com Teixeira3,

    ...a formao das estruturas policntricas, que configuram uma nova esfera pblica plural, advm tanto de um deslocamento desde o nvel central de governo para o local quanto da esfera do estado para a sociedade. Processos como a descentralizao e o adensamento da sociedade civil convergem para formas inovadoras de gesto compartida das polticas pblicas.

    As redes de polticas pblicas so vistas como uma alternativa interessante quando existem as condies descritas abaixo4:

    Recursos escassos; Problemas complexos; Mltiplos atores envolvidos; Arenas onde interagem agentes pblicos e privados; Exista uma crescente demanda por benefcios e participao

    cidad.

    Basicamente, as redes de polticas pblicas englobam certas caractersticas5: pluralidade de atores envolvidos (com a participao de rgos pblicos, empresas, ONGs, etc.), uma articulao menos hierrquica e estruturada (pois no existe um comando claro entre os atores), a noo de cooperao e parceria entre os atores envolvidos (com trocas de recursos, solidariedade e confiana), o processamento dos conflitos e a negociao e democratizao do processo decisrio.

    3 (Teixeira, 2002) 4 (Teixeira, 2002) 5 (Moura, 1998)

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    Dentre as principais vantagens e benefcios das redes de polticas pblicas, de acordo com Teixeira6, so apontadas:

    Dada a pluralidade de atores envolvidos nas redes possvel a maior mobilizao de recursos e garante-se a diversidade de opinies sobre o problema;

    Devido capilaridade apresentada pelas redes, a definio de prioridades feita de forma mais democrtica, envolvendo organizaes de pequeno porte e mais prximas dos da origem dos problemas;

    Por envolver, conjuntamente, governo e organizaes no-governamentais, pode-se criar uma presena pblica sem criar uma estrutura burocrtica;

    Devido flexibilidade inerente dinmica das redes elas seriam mais aptas a desenvolver uma gesto adaptativa que est conectada a uma realidade social voltil, tendo que articular as aes de planejamento, execuo, retroalimentao e redesenho, adotando o monitoramento como instrumento de gesto, e no de controle (1997).

    Por serem estruturas horizontalizadas em que os participantes preservam sua autonomia, os objetivos e estratgias estabelecidos pela rede so fruto dos consensos obtidos atravs de processos de negociao entre seus participantes, o que geraria maior

    6 (Teixeira, 2002)

    CaractersticasdasRedesdePolticasPblicas

    PluralidadedeAtores

    Articulaomenos

    estruturada

    CooperaoeParceria

    ProcessamentodosConflitos

    DemocratizaodoProcessoDecisrio

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    compromisso e responsabilidade destes com as metas compartilhadas e maior sustentabilidade.

    Entretanto, as redes de polticas pblicas no trazem somente benefcios. A mesma autora apresenta as principais dificuldades apresentadas por este arranjo:

    As redes de polticas apresentariam novos desafios para garantir a rendio de contas (accountability) em relao ao uso dos recursos pblicos, pelo fato de envolverem numerosos participantes governamentais e privados;

    O processo de gerao de consensos e negociao pode ser demasiadamente lento criando dificuldades para enfrentar questes que requerem uma ao imediata;

    As metas compartilhadas no garantem a eficcia no cumprimento dos objetivos j que as responsabilidades so muito diludas;

    A dinmica flexvel pode terminar afastando os participantes dos objetivos iniciais ou comprometer a ao da rede pela desero de alguns atores em momentos cruciais;

    Os critrios para participao na rede no so explcitos e universais e podem provocar marginalizao de grupos, instituies, pessoas e mesmo regies, podendo deixar a poltica apenas nas mos de uma elite;

    As dificuldades de controle e coordenao das interdependncias tende a gerar problemas na gesto das redes.

    Assim sendo, a gesto destas redes muito complicada. No existe uma relao de superviso e controle hierrquico. Portanto, existem imensos desafios na coordenao destes diversos atores.

    Entre os desafios da gesto de redes, podemos citar7: o estabelecimento de regras de atuao, a distribuio de recursos, a construo de mecanismos e processos coletivos de deciso e o estabelecimento de prioridades e acompanhamento.

    De acordo com Bruijn and Heuvelhof8, a estruturao destes espaos e processos de negociao faz parte da dimenso da estrutura da rede, que diz respeito institucionalizao dos padres de interao. O estabelecimento de regras formais e informais so um importante instrumento para a gesto das redes porque especifica a posio dos atores na rede, a distribuio de poder, as barreiras para ingresso, etc.

    7 (Teixeira, 2002) 8 (Bruijn and Heuvelhof, 1997) apud (Teixeira, 2002)

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    Ou seja, a gesto de redes pblicas , essencialmente, a gesto das interdependncias entre atores diversos, sem a existncia de mecanismos de comando e hierarquia.

    Por isso, um gestor de redes de polticas pblicas deve ser um excelente negociador e deve ter a capacidade de somar apoios e coordenar os esforos de entidades diferentes.

    Vamos ver agora algumas questes?

    1 - (ESAF ENAP ANALISTA - 2006) Assinale a opo que exprime corretamente caractersticas de uma estrutura organizacional em rede.

    a) Na estrutura em rede a organizao vista como um sistema fechado.

    b) Na estrutura em rede prevalece a uniformidade e conformidade.

    c) Na estrutura em rede prevalece o compartilhamento de autoridade e responsabilidade.

    d) Na estrutura em rede as clulas so formadas considerando a especializao do trabalho.

    e) Na estrutura em rede conjugam-se aspectos funcionais com a de produto e/ou processo.

    A primeira alternativa est errada, pois uma estrutura em redes considerada um sistema aberto (em que temos relaes com o meio externo e somos impactados por entes externos). Um sistema fechado autorreferente, fechado para o que ocorre fora da organizao.

    A letra B tambm est errada porque em uma rede temos diversos atores diferentes (pluralidade de atores) atuando. O que prevalece a troca de informaes e recursos por atores diferentes. Ou seja, o que existe exatamente o contrrio uma diversidade entre os atores.

    A letra C est perfeita. No existe um comando nico ou uma hierarquia entre os participantes de uma organizao em rede. A Autoridade e a responsabilidade devem ser compartilhadas entre os membros da rede.

    J a letra D est errada. A diversidade que a norma em uma estrutura em redes. A especializao do trabalho utilizada em organizaes tradicionais (que so departamentalizadas de acordo com as funes principais).

    Finalmente, a letra E nos trouxe uma definio de uma estrutura matricial, e no de uma estrutura em redes. O gabarito mesmo a letra C.

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    2 - (ESAF MPOG EPPGG - 2009) Comportando a interao de estruturas descentralizadas e modalidades inovadoras de parcerias entre estatais e organizaes sociais ou empresariais, a abordagem de redes de polticas pblicas se constitui em uma recente tendncia da administrao pblica em nosso pas. Sua proliferao, porm, acarreta vantagens e desvantagens sua gesto. Como desvantagem, podemos citar o fato de que as redes:

    a) propiciam o desenvolvimento de uma gesto adaptativa.

    b) garantem a presena pblica sem a necessidade de criao ou aumento de uma estrutura burocrtica.

    c) possibilitam a definio de prioridades de uma maneira mais democrtica.

    d) dificultam a prestao de contas dos recursos pblicos envolvidos, por envolver numerosos atores governamentais e privados.

    e) garantem a diversidade de opinies sobre o problema em questo, por envolverem mais atores.

    Esta questo da ESAF abordou as vantagens e desvantagens das redes de polticas pblicas apresentadas pela Sonia Teixeira. De acordo com a autora, as redes trazem os seguintes benefcios:

    Dada a pluralidade de atores envolvidos nas redes possvel a maior mobilizao de recursos e garante-se a diversidade de opinies sobre o problema;

    Devido capilaridade apresentada pelas redes, a definio de prioridades feita de forma mais democrtica, envolvendo organizaes de pequeno porte e mais prximas dos da origem dos problemas;

    Por envolver, conjuntamente, governo e organizaes no-governamentais, pode-se criar uma presena pblica sem criar uma estrutura burocrtica;

    Devido flexibilidade inerente dinmica das redes elas seriam mais aptas a desenvolver uma gesto adaptativa que est conectada a uma realidade social voltil, tendo que articular as aes de planejamento, execuo, retroalimentao e redesenho, adotando o monitoramento como instrumento de gesto, e no de controle (1997).

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    Por serem estruturas horizontalizadas em que os participantes preservam sua autonomia, os objetivos e estratgias estabelecidos pela rede so fruto dos consensos obtidos atravs de processos de negociao entre seus participantes, o que geraria maior compromisso e responsabilidade destes com as metas compartilhadas e maior sustentabilidade.

    Vejam que quase todas as alternativas descrevem pontos positivos das redes de polticas pblicas. A nica alternativa que nos apresenta um problema a letra D.

    Com a presena de diversos atores e sem existir um comando central, a prestao de contas se v dificultada. Portanto, o gabarito mesmo a letra D.

    3 - (ESAF ANA ANALISTA - 2009) Como instrumento gerencial contemporneo, correto afirmar sobre os mecanismos de rede:

    a) seu pressuposto bsico o da articulao conjunta entre as organizaes, visando ao compartilhamento de recursos, exceto o acesso ao know-how, que deve ser mantido em sigilo.

    b) as redes podem ser compreendidas como a formao de relaes interorganizacionais segundo uma perspectiva econmica e mercadolgica.

    c) as redes so vistas como uma forma rgida e centralizada de governana.

    d) a reduo dos custos de transao a nica causa da emergncia das redes organizacionais.

    e) embora seja um espao plural, onde coexistem diferentes agentes, a rede organizacional se caracteriza pela unicidade de capital e de interesses corporativos.

    A letra A j est logo incorreta porque o acesso ao know-how sim importante e esse recurso deve ser compartilhado, ou seja, no deve ser mantido em sigilo.

    J a letra B est correta, pois as redes so baseadas em relaes entre organizaes diferentes e podem ocorrer tanto no mbito da iniciativa privada como no mbito das polticas pblicas.

    No caso da letra C, estas organizaes so flexveis e descentralizadas, e no rgidas e centralizadas. No existe um comando centralizado e uma hierarquia, j que so baseadas na cooperao mtua e na parceria.

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    A alternativa D tambm est errada. Este ganho na reduo dos custos de transao no o principal fator que levou emergncia das redes, muito menos o nico. O aumento da complexidade dos problemas, a velocidade da mudana do ambiente, dentre outros fatores, que geraram este cenrio de proliferao das organizaes em rede.

    Finalmente, a letra E est errada porque os capitais e interesses corporativos so mltiplos e no o os mesmos. O gabarito mesmo a letra B.

    4 - (ESAF MPOG EPPGG - 2008) Sobre a gesto de redes no setor pblico, correto afirmar que:

    a) tornam a ao pblica mais facilmente gerencivel, visto que reduzem os obstculos para o controle e coordenao das interdependncias.

    b) so constitudas a partir de critrios explcitos e universais de participao, o que reduz consideravelmente a concentrao das decises nas mos de uma elite.

    c) estabelecem metas compartilhadas e preenchem os vazios estruturais existentes na administrao pblica.

    d) so conduzidas a partir de instrumentos de gesto estratgica amplamente aceitos, advindo de um vasto acervo de estudos sobre modelos de comportamento interorganizacional.

    e) preconiza a existncia de uma gerncia social adaptativa para elevar a eficcia das polticas pblicas que lidam com problemas de grande complexidade em contextos de instabilidade institucional e turbulncia poltica.

    Esta questo foi baseada no texto de Teixeira9. A letra A est incorreta, pois a gesto de redes pblicas mais complexa do que a atuao tradicional. Existem diversos atores diferentes atuando e o gestor no tem poder de comando ou hierrquico sobre eles. Deste modo, no mais facilmente gerencivel, pelo contrrio.

    Do mesmo modo, a letra B tambm est errada. De acordo com a autora,

    Os critrios para participao na rede no so explcitos e universais e podem provocar marginalizao de grupos, instituies, pessoas e mesmo regies, podendo deixar a poltica apenas nas mos de uma elite

    9 (Teixeira, 2002)

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    A letra C tambm est errada. Como as responsabilidades so compartilhadas e diludas (no fica claro quem responsvel por o qu), muitas metas no so cumpridas. De acordo com Teixeira,

    as metas compartilhadas no garantem a eficcia no cumprimento dos objetivos j que as responsabilidades so muito diludas

    A letra D tranquila. Naturalmente, estas organizaes so ainda recentes e no existem muitos estudos empricos sobre elas. Estes instrumentos de coordenao ainda esto sendo desenvolvidos. A alternativa incorreta.

    Finalmente, a letra E est correta. De acordo com Teixeira,

    necessrio a introduo de uma gerncia social adaptativa para tornar eficazes polticas que enfrentam problemas de elevada complexidade e que se desenvolvem em contexto de alta turbulncia poltica e instabilidade institucional.

    Assim sendo, o gabarito da questo mesmo a letra E.

    5 - (CESPE TCE/AC ACE - 2008) As redes de organizaes so um tipo de agrupamento cujo objetivo principal fortalecer as atividades de cada um de seus participantes. Atuando em redes, as organizaes podem complementar umas s outras. A maior competio mundial fez com que as empresas buscassem cooperao com outras organizaes. Cada uma foca naquilo que sabe fazer melhor e trabalho de forma colaborativa com as outras.

    Perfeito. Uma noo fundamental das organizaes em rede a interdependncia. As diversas organizaes buscam, atravs de parcerias, atingir conjuntamente uma srie de objetivos comuns.

    Estas organizaes acabam se complementando, ou seja, cada organizao entrega as outras as competncias e recursos que domina. Assim, o governo federal, por exemplo, pode ter os recursos mas no a capilaridade para atender aos cidados de uma cidade no interior da Amaznia.

    Desta forma, pode se unir a uma ONG que atenda melhor esta comunidade. Portanto, as duas organizaes trabalham de maneira colaborativa. O gabarito questo correta.

    6 - (CESPE TCE/AC ACE - 2008) A confiana um elemento que nunca estar presente no sistema de redes; por isso, os atores devem se proteger do comportamento oportunista uns dos outros e reter conhecimentos e informaes para si. Vimos que a

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    necessidade de compartilhar a base da formao das redes. Portanto, a confiana um fator extremamente importante.

    Como em uma rede no existe a coordenao hierrquica, a confiana deve sim existir. Portanto, em uma rede a informao deve sim ser compartilhada, e no restringida.

    Vejam que a prpria questo est incoerente. Se a confiana um fator importante, a informao no deve ser escondida dos outros atores, no verdade? Portanto, o gabarito questo errada.

    7 - (CESPE TCE/AC ACE - 2008) A formao de redes organizacionais pode ser considerada, efetivamente, uma inovao que modifica a forma de atuao das organizaes, tornando-as mais competitivas, j que possibilita a realizao de atividades conjuntas e o compartilhamento de informaes. A formao de redes entre organizaes busca aumentar a competitividade do conjunto delas por meio da cooperao, do compartilhamento.

    Exato. A introduo das organizaes em rede est ligada busca de maior competitividade e eficincia pelas empresas. Para isto, elas necessitam trabalhar em parceira, de modo colaborativo. O gabarito questo correta.

    8 - (CESPE TCE/AC ACE - 2008) De modo geral, a formao de redes, em seus diversos nveis e aplicaes, tem sido considerada, tanto na prtica quanto na teoria, um mecanismo de flexibilizao das relaes entre as pessoas, capaz de potencializar o compartilhamento de informao entre organizaes e indivduos e de contribuir para a gerao de conhecimento e inovao tecnolgica. As redes so estruturas flexveis em que o conhecimento torna-se fator de extrema importncia e que deve ser compartilhado.

    Vejam que esta noo de compartilhamento de informaes e recursos fundamental nas organizaes em rede. As tecnologias de Informao facilitaram a parceira de organizaes mais facilmente, de modo a buscar objetivos comuns.

    Estas organizaes acabam conseguindo uma maior flexibilidade e aumentam sua capacidade de atuao e eficincia. O gabarito questo correta.

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    Recomendo a leitura suplementar dos artigos abaixo:

    O desafio da gesto das redes de polticas - Sonia Maria Fleury Teixeira

    http://unpan1.un.org/intradoc/groups/public/documents/clad/clad0043204.pdf

    A Construo de Redes Pblicas na Gesto Local: Algumas Tendncias Recentes - Suzana Moura

    http://www.scielo.br/pdf/rac/v2n1/v2n1a05.pdf

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    Lista de Questes Trabalhadas na Aula.

    1 - (ESAF ENAP ANALISTA - 2006) Assinale a opo que exprime corretamente caractersticas de uma estrutura organizacional em rede.

    a) Na estrutura em rede a organizao vista como um sistema fechado.

    b) Na estrutura em rede prevalece a uniformidade e conformidade.

    c) Na estrutura em rede prevalece o compartilhamento de autoridade e responsabilidade.

    d) Na estrutura em rede as clulas so formadas considerando a especializao do trabalho.

    e) Na estrutura em rede conjugam-se aspectos funcionais com a de produto e/ou processo.

    2 - (ESAF MPOG EPPGG - 2009) Comportando a interao de estruturas descentralizadas e modalidades inovadoras de parcerias entre estatais e organizaes sociais ou empresariais, a abordagem de redes de polticas pblicas se constitui em uma recente tendncia da administrao pblica em nosso pas. Sua proliferao, porm, acarreta vantagens e desvantagens sua gesto. Como desvantagem, podemos citar o fato de que as redes:

    a) propiciam o desenvolvimento de uma gesto adaptativa.

    b) garantem a presena pblica sem a necessidade de criao ou aumento de uma estrutura burocrtica.

    c) possibilitam a definio de prioridades de uma maneira mais democrtica.

    d) dificultam a prestao de contas dos recursos pblicos envolvidos, por envolver numerosos atores governamentais e privados.

    e) garantem a diversidade de opinies sobre o problema em questo, por envolverem mais atores.

    3 - (ESAF ANA ANALISTA - 2009) Como instrumento gerencial contemporneo, correto afirmar sobre os mecanismos de rede:

    a) seu pressuposto bsico o da articulao conjunta entre as organizaes, visando ao compartilhamento de recursos, exceto o acesso ao know-how, que deve ser mantido em sigilo.

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    b) as redes podem ser compreendidas como a formao de relaes interorganizacionais segundo uma perspectiva econmica e mercadolgica.

    c) as redes so vistas como uma forma rgida e centralizada de governana.

    d) a reduo dos custos de transao a nica causa da emergncia das redes organizacionais.

    e) embora seja um espao plural, onde coexistem diferentes agentes, a rede organizacional se caracteriza pela unicidade de capital e de interesses corporativos.

    4 - (ESAF MPOG EPPGG - 2008) Sobre a gesto de redes no setor pblico, correto afirmar que:

    a) tornam a ao pblica mais facilmente gerencivel, visto que reduzem os obstculos para o controle e coordenao das interdependncias.

    b) so constitudas a partir de critrios explcitos e universais de participao, o que reduz consideravelmente a concentrao das decises nas mos de uma elite.

    c) estabelecem metas compartilhadas e preenchem os vazios estruturais existentes na administrao pblica.

    d) so conduzidas a partir de instrumentos de gesto estratgica amplamente aceitos, advindo de um vasto acervo de estudos sobre modelos de comportamento interorganizacional.

    e) preconiza a existncia de uma gerncia social adaptativa para elevar a eficcia das polticas pblicas que lidam com problemas de grande complexidade em contextos de instabilidade institucional e turbulncia poltica.

    5 - (CESPE TCE/AC ACE - 2008) As redes de organizaes so um tipo de agrupamento cujo objetivo principal fortalecer as atividades de cada um de seus participantes. Atuando em redes, as organizaes podem complementar umas s outras. A maior competio mundial fez com que as empresas buscassem cooperao com outras organizaes. Cada uma foca naquilo que sabe fazer melhor e trabalho de forma colaborativa com as outras.

    6 - (CESPE TCE/AC ACE - 2008) A confiana um elemento que nunca estar presente no sistema de redes; por isso, os atores devem se proteger do comportamento oportunista uns dos outros e reter conhecimentos e informaes para si. Vimos que a necessidade de

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    compartilhar a base da formao das redes. Portanto, a confiana um fator extremamente importante.

    7 - (CESPE TCE/AC ACE - 2008) A formao de redes organizacionais pode ser considerada, efetivamente, uma inovao que modifica a forma de atuao das organizaes, tornando-as mais competitivas, j que possibilita a realizao de atividades conjuntas e o compartilhamento de informaes. A formao de redes entre organizaes busca aumentar a competitividade do conjunto delas por meio da cooperao, do compartilhamento.

    8 - (CESPE TCE/AC ACE - 2008) De modo geral, a formao de redes, em seus diversos nveis e aplicaes, tem sido considerada, tanto na prtica quanto na teoria, um mecanismo de flexibilizao das relaes entre as pessoas, capaz de potencializar o compartilhamento de informao entre organizaes e indivduos e de contribuir para a gerao de conhecimento e inovao tecnolgica. As redes so estruturas flexveis em que o conhecimento torna-se fator de extrema importncia e que deve ser compartilhado.

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    Gabarito

    1. C2. D3. B

    4. E5. C6. E

    7. C8. C

    Bibliografia Castells, M. (1999). Para o Estado-Rede: globalizao econmica e instituies polticas na era da informao. In: L. Bresser Pereira, L. Sola , & J. Wilheim, Sociedade e Estado em transformao (pp. 147-171). Braslia: ENAP.

    Moura, S. (1998). A Construo de Redes Pblicas na Gesto Local: algumas tendncias recentes. Revista de Administrao Contempornea , V.2 (n1), 67-85.

    Teixeira, S. M. (2002). O desafio da gesto das redes de polticas. VII Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administracin Pblica. Lisboa.

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    Por hoje s pessoal! Estarei disponvel no e-mail abaixo para qualquer dvida.

    Bons estudos e sucesso!

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