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Economia e Finanças Públicas Curso Regular - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 1 de 139 AULA 00: Introdução à Economia. Noções de Macroeconomia. Agregados macroeconômicos. PIB e seu deflacionamento. Inflação. SUMÁRIO PÁGINA 1. Apresentação 1 2.Cronograma 3 3. introdução à Economia 7 4. Noções de Macroeconomia 13 5. Agregados Macroeconômicos 19 6. PIB e seu deflacionamento 55 7. Inflação 61 8. Questões Propostas 68 9. Gabarito 91 10. Questões Comentadas 92 1. APRESENTAÇÃO Olá, amigo concurseiro! Seja bem-vindo ao Curso REGULAR de Economia e Finanças, turma 2017. Aqui vamos detalhar todo o conteúdo programático da matéria, numa linguagem simples e objetiva, sem, contudo, ser superficial. Nosso curso atenderá tanto aos concurseiros do nível mais básico, ou seja, aqueles que estão vendo a matéria pela primeira vez, como àqueles mais avançados, que desejam fazer uma revisão completa e detalhada da matéria. Antes de iniciar os comentários sobre o funcionamento do nosso curso, gostaria de fazer uma breve apresentação pessoal. Sou Administrador de Empresas com especialização em Finanças pela Fundação Getúlio Vargas-FGV e Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, aprovado no concurso nacional de 2009/2010. Atuei inicialmente na Área de Arrecadação e Administração Tributária, passando pelo setor de Planejamento e Controle da Atividade Fiscal até chegar à atividade de Fiscalização propriamente dita.

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Economia e Finanças Públicas Curso Regular - 2017

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AULA 00: Introdução à Economia. Noções de

Macroeconomia. Agregados macroeconômicos. PIB e seu

deflacionamento. Inflação.

SUMÁRIO PÁGINA

1. Apresentação 1

2.Cronograma 3

3. introdução à Economia 7

4. Noções de Macroeconomia 13

5. Agregados Macroeconômicos 19

6. PIB e seu deflacionamento 55

7. Inflação 61

8. Questões Propostas 68

9. Gabarito 91

10. Questões Comentadas 92

1. APRESENTAÇÃO Olá, amigo concurseiro!

Seja bem-vindo ao Curso REGULAR de Economia e Finanças, turma 2017.

Aqui vamos detalhar todo o conteúdo programático da matéria, numa

linguagem simples e objetiva, sem, contudo, ser superficial. Nosso curso

atenderá tanto aos concurseiros do nível mais básico, ou seja, aqueles

que estão vendo a matéria pela primeira vez, como àqueles mais

avançados, que desejam fazer uma revisão completa e detalhada da

matéria.

Antes de iniciar os comentários sobre o funcionamento do nosso curso,

gostaria de fazer uma breve apresentação pessoal.

Sou Administrador de Empresas com especialização em Finanças pela

Fundação Getúlio Vargas-FGV e Auditor Fiscal da Receita Federal do

Brasil, aprovado no concurso nacional de 2009/2010. Atuei inicialmente

na Área de Arrecadação e Administração Tributária, passando pelo setor

de Planejamento e Controle da Atividade Fiscal até chegar à atividade de

Fiscalização propriamente dita.

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Porém, antes de tomar posse no meu atual cargo, eu já o havia exercido

anteriormente entre 1999 e 2001. É que fui aprovado no concurso de

para Auditor Fiscal da Receita Federal (na época AFTN) de 1998, e, após 2

anos de exercício na atividade de fiscalização de empresas da Região

Norte do país, recebi e aceitei um convite para voltar a trabalhar na

iniciativa privada em minha cidade: Salvador.

Após alguns anos na área privada, vivendo momentos de alta satisfação

alternados com momentos de insatisfação, resolvi voltar a estudar para

concursos públicos em 2006. Essa fase foi muito difícil. Eu tinha uma

jornada dura, mas tinha que ser discreto, já que trabalhava e estudava

muito, mas sem “poder dar muita bandeira” dessa dupla jornada. Sei que

muitos de vocês vivem situações parecidas, mas acreditem que essa

situação é transitória. No meu caso, fui recompensado com a aprovação

para o cargo de Analista de Finanças e Controle – AFC da Controladoria

Geral da União – CGU no ano de 2008.

Entretanto, mesmo já trabalhando em bom cargo e com um excelente

ambiente de trabalho na CGU, eu não me acomodei. Continuei com meus

estudos rumo ao sonho de voltar a ser Auditor Fiscal da Receita Federal,

que, como já dito, pode ser realizado com a aprovação no concurso de

2009/2010.

É isso meu amigo. Espero dividir com você a experiência adquirida ao

longo da minha preparação, pois sei exatamente o que se passa “do outro

lado”: as angústias, as expectativas, as dificuldades, mas também os

sonhos.

Não se esqueçam que são os sonhos que nos movem.

Acredite e se esforce ao máximo.

Esse é o segredo!

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2. CRONOGRAMA DAS AULAS

Nosso curso será ministrado ao longo de 8 aulas, incluindo esta aula

demonstrativa, de acordo com o cronograma abaixo:

Aula Tema Data

00

Introdução à economia. Noções de Macroeconomia. Os

agregados macroeconômicos. PIB e seu

deflacionamento. Inflação.

20/06/2017

01 Macroeconomia das Economias Abertas. Política

Cambial e Inflação. 30/06/2017

02 Moeda e Bancos. Sistema Financeiro Nacional. Modelo

Keynesiano básico. 10/07/2017

03 O modelo IS-LM. Economia do setor público. 20/07/2017

04

Noções de Microeconomia. Teoria Elementar de

funcionamento do mercado. Teoria Elementar da

Demanda. Teoria Elementar da Oferta. Teoria do

equilíbrio de mercado. Elasticidades. Teoria do

Consumidor. Classificação de bens.

30/07/2017

05 Teoria da Produção. Custos de Produção. Curva de

Oferta. Estruturas de mercado e equilíbrio da firma. 10/08/2017

06 Falhas de Mercado, bens públicos e Externalidades.

Atuação do setor público. 20/08/2017

07

Sistema Tributário como Instrumento de distribuição de

renda. Princípios de Tributação. Impacto da carga

tributária na atividade econômica e na distribuição de

renda. Impostos regressivos e progressivos. Impostos

sobre consumo em cascata e sobre valor adicionado.

Incidência do imposto no mercado de concorrência

perfeita e no monopólio. Política Fiscal: equilíbrio

orçamentário; estabilização da moeda. Pacto Federativo

e as Políticas Públicas. Federalismo Fiscal: políticas e

critérios de distribuição de receitas e encargos entre as

esferas do governo.

30/08/2017

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Encerrando essa parte gostaria de lhe dar as boas vindas e alertá-lo

que nosso conteúdo é completo. A cada aula buscarei trazer o máximo de

questões, especialmente das seguintes bancas: ESAF e CESPE (questões

bem inteligentes), FGV/FCC (fortíssimas na área fiscal) e outras bancas

relevantes.

Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais

(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida

a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.

Grupos de rateio e pirataria são ilegais e prejudicam os professores

que elaboram os cursos. Valorize nosso trabalho e adquira nossos cursos

apenas pelo site do 3D CONCURSOS!

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3. INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Existem muitas maneiras de conceber a economia como um ramo

do conhecimento. Mas afinal, o que é isso? O que a economia estuda?

Para os economistas clássicos, que tem como seus expoentes

maiores Adam Smith (e a sua famosa ideia da “mão invisível”), David

Ricardo e John Stuart Mill, a economia é o estudo do processo de

produção, distribuição, circulação e consumo dos bens e serviços

(riqueza).

A ideia principal desse grupo de economistas é que o mercado é

auto ajustável. Assim, automaticamente qualquer desequilíbrio seria

neutralizado pelas forças naturais desse mercado, sem, portanto, haver

necessidade de intervenção do Governo.

Outro aspecto que merece destaque em relação à teoria

econômica clássica é a ideia de que a oferta agregada cria a sua própria

demanda (Lei de Say).

Já para os autores ligados ao pensamento econômico neoclássico, a

economia pode ser definida como a ciência das trocas ou das

escolhas.

Neste caso, a economia lidaria com o comportamento humano

enquanto condicionado pela escassez dos recursos: a economia trata da

relação entre fins e meios (escassos) disponíveis para atingi-los.

Deste modo, o foco da ciência econômica consistiria em estudar os

fluxos e meios da alocação de recursos para atingir determinado fim,

qualquer que seja a natureza deste último.

A crise de 1929 e o crack da bolsa de Nova York contrariaram a

ideia de que a oferta agregada cria sua própria demanda. Houve naquela

época um excesso de oferta em relação à demanda agregada e as

consequências foram a recessão e o alto desemprego.

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Dessa crise surgiu uma nova escola: a keynesiana cuja ideia

principal ara que a demanda agregada cria sua oferta. Assim, cabia ao

Governo, por meio de políticas fiscais que estimulem o aumento da

demanda, especialmente por meio de obras públicas visando o aumento

do emprego e da renda. Daí surgiu o modelo Keynesiano de

determinação da Renda que será objeto de nosso estudo.

De qualquer modo, seja qual for a teoria econômica ou a escola, o

certo é que a Economia é uma Ciência Social, pois se ocupa do

comportamento humano e estuda como as pessoas e as organizações na

sociedade se empenham na produção, troca e consumo de bens e

serviços.

É isso mesmo galera!

A economia não é uma ciência exata!

Apesar de envolver números, a Ciência Econômica é uma ciência social!

Por isso que os economistas erram tanto em suas previsões...

Outra ideia que você deve logo ficar atento é que a Economia,

especificamente o estudo da Ciência Econômica, para fins didáticos, divide

seu campo de atuação em 2 áreas específicas principais:

A Microeconomia – que estuda o comportamento das unidades

produtivas (empresas ou firmas), dos indivíduos, de determinados

mercados, etc. Pertence ao campo da Microeconomia, por exemplo, o

estudo de um determinado mercado, as causas do desequilíbrio entre

oferta e procura (se os preços estão altos ou baixos, por exemplo), os

tipos de mercado (por exemplo, se ocorre monopólio ou se existe a

concorrência perfeita), etc.;

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E a Macroeconomia – que estuda o comportamento dos grandes

agregados econômicos de forma global: Produto Interno Bruto (PIB),

inflação, desemprego, etc.

Uma forma simples de melhor definir essas 2 áreas (Microeconomia e

Macroeconomia) é fazendo-se uma comparação entre ambas, caso o

objeto de estudo fosse, por exemplo, a nossa maravilhosa Floresta

Amazônica.

Assim, enquanto a Microeconomia se ocuparia apenas do estudo de

determinada árvore ou tipo de árvores, a Macroeconomia teria como

objeto de atuação o estudo da floresta como um todo, de uma forma

ampla. Agora duas questões que tratam do campo de estudo da

Macroeconomia:

(ESAF -APO/MPOG – 2010 adaptada) Julgue a afirmativa abaixo.

1. A macroeconomia trata os mercados de forma global.

2 - (CESGRANRIO/BNDES/Biblioteconomia/2013) Macroeconomia é o

estudo da estrutura de economias nacionais e das políticas econômicas

exercidas pelos seus governos, com o objetivo de melhorar o desempenho

econômico doméstico. NÃO se considera como uma questão pertencente ao

ramo da Macroeconomia aquela que:

a) causa desemprego.

b) causa aumento de preços.

c) causa o desequilíbrio entre oferta e demanda de produtos.

d) causa volatilidade da atividade econômica de uma nação.

e) determina o crescimento econômico de uma nação ao longo do tempo.

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Comentários à questão 1

(ESAF -APO/MPOG – 2010 adaptada) Julgue a afirmativa abaixo:

1. A macroeconomia trata os mercados de forma global.

Alguma dúvida?

GABARITO: CERTO, claro!

Como dito acima a Macroeconomia estuda o comportamento dos grandes

agregados econômicos de forma global.

Comentários à questão 2

Bem pessoal, com exceção da letra c), todas as demais alternativas

tratam de temas ligados ao campo de atuação da Macroeconomia. A

preocupação com a causa de um desequilíbrio entre oferta e procura de

determinados produtos está inclusa na área Microeconômica.

Vamos agora aprender mais um importante conceito!

Um dos princípios fundamentais da Economia, talvez o seu Princípio

basilar, é a chamada lei da escassez que nos diz que os recursos são

escassos, mas as necessidades são ilimitadas.

Guardem bem esse “mantra”: RECURSOS ESCASSOS,

NECESSIDADES ILIMITADAS!

Ou seja, as necessidades humanas são ilimitadas, enquanto que os

recursos necessários à produção dos bens capazes de satisfazer a essas

necessidades são escassos (existem em quantidades limitadas). A

Economia é chamada então por muitos como a ciência da escassez!

As necessidades humanas variam desde as mais elementares, tais como

comida, moradia, etc., até as mais sofisticadas, como assistir a um

concerto de música clássica em Viena, fazer uma cirurgia plástica ou

obter determinado conhecimento especializadíssimo (imagine alguém que

faz um curso que aborda a reprodução das girafas na África Oriental).

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Essas necessidades humanas são consideradas infinitas, basicamente,

por dois motivos principais:

a) porque se renovam dia a dia, exigindo contínuo suprimento de bens

para atendê-las (por exemplo, alimentação, vestuário, transporte, etc.);

b) porque tendem a seguir uma escala de sofisticação: a cada dia

surgem novos desejos e novas necessidades, motivadas pelas

perspectivas de aumento do padrão de vida da sociedade (por exemplo,

os “smart phones” e seus aplicativos, carros automáticos, roupas da

moda, etc).

Na verdade, a ideia básica aqui é “o homem é um eterno

insatisfeito”.

Para suprir à inúmera quantidade e diversidade de desejos humanos, é

preciso que sejam produzidos certos bens. Entende-se o conceito de bem

de uma forma ampla, sendo tudo aquilo capaz de atender a uma

necessidade humana.

Os bens podem ser materiais (quando é possível atribuir-lhes

características físicas, tais como tamanho, forma e cor) e imateriais (os

chamados bens intangíveis como, por exemplo, os diversos tipos de

serviços).

Como sabemos, a produção dos bens, por sua vez, exige o uso de certo

conjunto de recursos, os chamados fatores de produção, que

usualmente são classificados naqueles três grandes grupos, já vistos por

nós anteriormente:

a) O fator de produção “Terra”, incluindo o solo e as diversas riquezas

naturais: minérios (incluindo o petróleo), florestas, recursos hídricos,

etc.);

b) O fator de produção “Trabalho”, representado pela força de trabalho

humano, seja ele físico ou intelectual;

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c) O fator de produção “Capital”, que corresponde às máquinas,

equipamentos, ferramentas, instrumentos, infraestrutura, enfim, bens

que foram produzidos anteriormente e que continuam a ser utilizados

durante algum tempo para a produção de outros bens.

Aqui é importante destacar que, num dado momento, toda sociedade

possui um estoque limitado desses recursos ou fatores de produção. Isto

significa que não é possível produzir uma quantidade infinita de bens,

porque os recursos são limitados.

Assim, surge o problema econômico da escassez: de um lado, as

necessidades humanas são ilimitadas; de outro, os recursos/fatores de

produção que devem ser utilizados para produzir os bens – que irão

atender a essas necessidades - são limitados.

Conclui-se, meu caro amigo, que não é possível produzir todos os

bens de que a sociedade necessita, mas é possível utilizar os

recursos da melhor maneira possível, para produzir o máximo de

bens e desse modo atender ao maior nível possível de necessidades.

Isso nos leva a uma das ideias-chave na Economia, que é a ideia da

eficiência: maximizar a produção de bens e serviços, dadas as

restrições colocadas pela quantidade limitada de fatores de

produção.

Assim, a sociedade como um todo se organiza de modo a tentar produzir

os bens e serviços de forma eficiente, ou seja, empregando de forma

racional os recursos disponíveis, visando otimizar (melhorar) seus

resultados, maximizando (aumentando) o nível de bem-estar da

população.

Nesse contexto, a Economia se apresenta como a ciência social

que se ocupa da administração dos recursos escassos entre usos

alternativos e fins competitivos.

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4. NOÇÕES DE MACROECONOMIA

Voltemos agora a falar um pouco mais de Macroeconomia para

formarmos aquela base conceitual importante tanto para entender os

demais assuntos da aula de hoje e do curso como um todo, quanto para ir

bem no dia da sua prova.

Como já visto, a Macroeconomia trata do estudo dos agregados

econômicos, de seus comportamentos e das relações que guardam entre

si.

Aqui o objetivo é avaliar o desempenho da economia no sentido de

satisfazer as necessidades da sociedade como um todo (por isso fizemos

aquela introdução da economia como ciência da escassez).

Um dos aspectos fundamentais da Macroeconomia é a avaliação do

desempenho econômico.

Para avaliar qualquer coisa precisamos medir.

E em economia, como é que se mede?

E outra coisa, medir o quê?

Calma!

O objetivo no caso da Macroeconomia é medir a quantidade total de bens

e serviços que estão sendo disponibilizados à sociedade como um todo, e

verificar as relações econômicas que estão na base desse processo

produtivo.

A Macroeconomia nos fornece um conjunto de variáveis que permitem

saber se a economia de um país, por um período ou num certo momento,

está “crescendo” ou está em “recessão”, se existe “desemprego de

fatores” ou “pleno emprego”, como está o “nível geral de preços”, etc.

Assim, o ponto de partida é medir o desempenho da economia

através de algum indicador.

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Normalmente se utilizam os agregados macroeconômicos denominados

Produto, Renda e Despesa para mensurar o nível de atividade econômica

de um país, de uma região ou cidade.

Como objetivo hoje aqui é adquirir conhecimentos que servirão de base

para todo o nosso curso, não posso deixar de abordar um tema que

entendo ser muito importante nesse sentido: o fluxo circular da Renda na

economia.

A Macroeconomia parte do princípio de que existem dois grandes

mercados (economia simplificada a 2 setores):

a) O Mercado de Bens e Serviços, correspondente à compra e venda dos

diversos bens produzidos (bebidas, roupas, aparelhos celulares, etc.) e

dos diversos serviços (banda larga, planos de saúde, cursos para

concursos, transportes, etc.) para satisfazer aquelas necessidades

humanas (na verdade não só humanas ... o mercado para “pets” é

gigante ...).

Nesse mercado, as firmas (lembram que falamos das unidades

produtivas/empresas, mas aqui também entram os prestadores de serviço

que atuam como autônomos como, por exemplo, o dentista, a manicure,

etc.) ofertam bens e serviços aos indivíduos (ou famílias);

Uma definição bem básica que gosto muito para conceituar o que significa

a palavra mercado em economia é “o lugar onde oferta e procura se

encontram”.

Assim, nesse mercado, as firmas (lembram que falamos das unidades

produtivas/empresas, mas aqui também entram os prestadores de serviço

que atuam como autônomos como, por exemplo, o dentista, a manicure,

etc.) ofertam bens e serviços aos indivíduos/famílias que representam a

procura (também chamada de demanda);

Portanto, nós, consumidores, procuramos bens e serviços para satisfazer

nossas necessidades que são ofertados/produzidos por empresas. Esse é

o primeiro mercado objeto do nosso estudo.

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b) O Mercado de Fatores de Produção, correspondente à compra e venda

daqueles 3 fatores de produção que vimos que são escassos: terra e

recursos naturais, trabalho e capital.

Nesse mercado, os indivíduos ofertam os fatores de produção às firmas.

Ainda hoje falarei mais sobre os fatores de produção. Por enquanto se

preocupe apenas em ter um entendimento geral.

“Mas como assim professor”?

Meu amigo, você quer consumir, não quer?

E o que você faz para poder comprar aqueles bens e serviços e ter suas

necessidades satisfeitas?

Trabalha!

Ou vai trabalhar depois que passar nesse concurso, certo.

Bom esse então é o fator de produção Trabalho!

“E os outros 2 grupos de fatores de produção”?

Calma!

Vamos falar do fator de produção Terra.

Imagine que você acabou de receber de herança uma fazenda produtora

de uvas na cidade de Caxias do Sul – Rio Grande do Sul.

Você não pretende mudar para lá, pois está estudando e será aprovado

em nosso concurso, certo?

E aí, o que fazer com a fazenda?

Aí você lembra de um primo que se mudou para aquela região e hoje é

um grande produtor de vinhos por lá.

Está resolvida a questão: você então aluga ou arrenda a sua fazenda para

a empresa produtora de vinhos do seu primo!

Então você, indivíduo, ofertou seu fator de produção terra para uma

firma!

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O terceiro grupo de fatores de produção, o Capital, corresponde às

máquinas, equipamentos, ferramentas, instrumentos, infraestrutura,

enfim, bens que foram produzidos anteriormente e que continuam a ser

utilizados durante algum tempo para a produção de outros bens.

Em suma, são bens usados para produzir outros bens (e não

simplesmente aquela ideia que temos de aplicação financeira ...).

Vamos agora visualizar tudo isso que nós conversamos até agora!

É com prazer que lhes apresento o famoso e não menos importante:

Fluxo Circular da Renda!

Esse esquema representa um Fluxo Circular da Renda Simplificado ao

máximo, elemento fundamental para se compreender o funcionamento

macro de um determinado sistema econômico.

Pessoal, e por falar em sistema econômico, aproveito a oportunidade para

“deixar” mais um conceito para vocês: o Sistema Econômico é o que

rege as atividades econômicas de produção, troca e consumo de bens e

serviços. É composto por todas as regras existentes em uma economia.

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Mas voltemos a análise do nosso sistema econômico simplificado ...

vamos lembrar que de um lado estão os indivíduos/famílias, que são os

proprietários da força de trabalho, da terra, dos recursos naturais, das

máquinas, equipamentos, entre outros, que precisam ser utilizados pelas

empresas/firmas no seu processo de produção.

Assim, na parte superior da figura, vemos o que acontece no mercado de

bens e serviços

Por sua vez, do outro lado, as firmas compram o uso dos fatores de

produção dos indivíduos, no mercado de fatores. Na figura, essas

transações são representadas pelas linhas da parte inferior do quadro.

Aí já sei o que você deve estar pensando ...”Professor, até aqui beleza ...

mas cadê a tal da renda”?

Vamos lá!

Para evitar o “decoreba” de setas indo com $ e voltando com outra coisa

e vice-versa, vamos mastigar isso e entender definitivamente, certo?

Imagine agora o seguinte: Quem oferta/produz/vende uma coisa quer o

que em troca?

Isso mesmo, dinheiro!

E quem procura/demanda/compra/consome uma coisa tem que dar o que

em troca?

Dinheiro também!

Vamos combinar uma coisa?

Em prova de concurso não se usa muito o termo dinheiro, mas sim

unidade monetária, $ ou moeda (Reais, Dólares, Euros, etc.).

Então vamos chamar esse fluxo de dinheiro de fluxo monetário, onde

ocorrem as transações monetárias, os pagamentos e recebimentos.

Mas sei que você está louco para visualizar isso na forma de fluxo

monetário, não é?

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Então aí vai o fluxo monetário:

Assim, nessa figura acima, os sentidos das setas indicam para onde o

fluxo monetário segue. Na parte de baixo as famílias recebem dinheiro

das empresas por terem oferecido fatores de produção. E na parte de

cima, as empresas recebem dinheiro por terem fornecido bens e serviços,

produzidos pelas firmas e colocados à disposição dos indivíduos, que em

troca pagam por esses bens e serviços, gerando a contrapartida

monetária da produção.

Lembro a vocês novamente que esse modelo aqui exposto é uma

simplificação, pois ainda não incorpora outros setores importantes tais

como o Governo e o Setor Externo.

Apenas para facilitar o seu entendimento e para que você tenha uma

visão global da economia, demonstramos esse modelo restrito, mas na

prática o que existe de fato é uma Economia Aberta (existem transações

com outros países como, importação e exportação) e com o Governo.

Quero que guardem bem essa ideia da Macroeconomia preocupada com o

todo, com a racionalização no tempo de todo o processo de distribuição

da riqueza (recursos) visando à perpetuidade do sistema econômico com

um todo.

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5. AGREGADOS MACROECONÔMICOS

Precisamos agora entrar em mais alguns conceitos que serão

fundamentais para entender a aula de hoje: os Agregados

Macroeconômicos e a Contabilidade Nacional.

Preciso agora fazer com que entendam o primeiro agregado

macroeconômico: O PRODUTO!

Assim, na nossa economia simplificada, existem apenas o setor “firmas” e

o setor “indivíduos”. Vamos agora nos aprofundar um pouco mais nessa

economia e imaginar como ficam outros componentes econômicos nesse

modelo, seguindo determinadas premissas (também chamadas de

condições).

Tudo tranquilo até aqui?

As premissas iniciais são:

os preços dos diversos bens e serviços são constantes (ou seja, não

existe inflação nem deflação);

a economia é estacionária (ou estagnada), ou seja, sua capacidade

produtiva total (relativa ao máximo de bens e serviços que é

possível produzir) não se expande – não há crescimento econômico,

nem recessão;

não existe, por enquanto, formação de capital, isto é, poupança e

investimento.

Vamos ao que interessa: se somarmos todos os bens e serviços finais

produzidos pelas empresas durante certo período de tempo (normalmente

durante um ano) teremos o valor do Produto:

Produto = Σ(pi.qi)

Produto = Somatório de Preço x Quantidade

Onde “pi” representa o preço do bem ou serviço “i” e

“qi” representa as quantidades do bem ou serviço “i”.

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Isso significa que no cálculo do Produto temos que somar o valor

monetário da produção dos diversos bens e serviços:

Produto = (preço do Arroz x quantidade do Arroz) + (p açúcar x q

açúcar) + (p livro x q livro) + (p computador x q computadore

+pgeladeira.qgeladeiras +.....

Repare que estamos falando de “Produto” como um agregado, um

somatório de todos os bens e serviços gerados pelo nosso sistema

econômico simplificado num certo período de tempo.

Essa noção é fundamental, pois em Macroeconomia estaremos todo o

tempo falando dos Agregados Macroeconômicos, ou seja, medidas que

correspondem a totais globais, somatórios de toda a economia.

O Produto é um dos principais agregados macroeconômicos, ao

lado da Renda e da Despesa (ou Dispêndio), os quais serão

analisados mais adiante.

Outro ponto que Vale aqui destacar é o sentido do conceito de

agregação de valor. Agregar aqui também tem a ver com a ideia de que

a soma das partes é menor do que o todo. Um bom exemplo é o setor

automobilístico. Nele, certamente, a soma das peças de um carro tem

valor inferior ao valor vendido pelas montadoras, que além do seu lucro

também agregam os próprios serviços/custos de montagem.

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Só entram no cálculo do Produto os bens finais, isto é, os bens

que não serão mais transformados em outros bens. Isso para

evitar o problema da dupla contagem.

Vamos explicar!

No cálculo do Produto levamos em consideração todas as vendas de bens

e serviços realizadas pelas empresas durante certo período de tempo.

No entanto, muitas dessas vendas acontecem entre as próprias empresas,

pois alguns bens e serviços se constituem em insumos para outros bens e

serviços.

Tais insumos são chamados bens intermediários e não podem ser

computados no cálculo do Produto, pois senão causarão o

problema da dupla (ou tripla, ou tetra, etc.) contagem.

Assim, no cálculo do Produto, vamos considerar, por exemplo, o valor da

produção de iogurte de morango, mas não podemos somar novamente o

valor da produção do leite, do açúcar, do morango, da embalagem, etc.,

senão estaríamos somando várias vezes os mesmos valores. O valor da

produção de iogurte de morango (bem final) já contém embutido o valor

dos insumos intermediários e matérias-primas utilizadas em fases

anteriores do processo produtivo. Vamos ver 2 questões sobre isso!

3 - (CESPE - ACE /TCDF) A respeito de macroeconomia, julgue o item

subsequente.

O produto interno bruto de um país hipotético que produza somente

veículos automotores será a soma do valor da produção dos veículos, dos

pneus, dos motores automotivos e de todos os demais componentes

desses veículos.

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4 - (Fumarc – Pref. Gov. Valadares/Auditor) O Produto Interno Bruto

de uma economia inclui milhares de bens e serviços produzidos, tais como

maçãs, carros, fogões, etc. Dada a diversificação na produção de bens e

serviços:

a) as estimativas do Produto Interno Bruto devem ser expressas em

unidades físicas;

b) torna-se impossível calcular o valor da produção do país;

c) as estimativas do Produto Interno devem ser necessariamente

expressos em unidades monetárias;

d) as estimativas do Produto Interno podem ser expressos tanto em

unidades monetárias quanto em unidades físicas.

Comentários à questão 3

CESPE - ACE /TCDF) A respeito de macroeconomia, julgue o item

subsequente.

O produto interno bruto de um país hipotético que produza somente

veículos automotores será a soma do valor da produção dos veículos, dos

pneus, dos motores automotivos e de todos os demais componentes desses

veículos.

Mesmo sem saber ainda o conceito de PIB – Produto Interno Bruto, já dá

para acertar a questão.

A afirmativa está errada, pois não leva em consideração que os valores da

produção dos bens intermediários não devem ser somados ao valor final

dos bens finais para evitar a dupla contagem.

Assim, se somarmos ao valor da produção dos veículos os valores das suas

peças, incorreríamos em dupla contagem, pois no valor final do veículo já

foram computados os valores dos pneus, dos motores e de todos os seus

componentes.

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Comentários à questão 4

(Fumarc – Pref. Gov. Valadares/Auditor) O Produto Interno Bruto de

uma economia inclui milhares de bens e serviços produzidos, tais como

maçãs, carros, fogões, etc. Dada a diversificação na produção de bens e

serviços:

a) as estimativas do Produto Interno Bruto devem ser expressas em

unidades físicas;

b) torna-se impossível calcular o valor da produção do país;

c) as estimativas do Produto Interno devem ser necessariamente

expressos em unidades monetárias;

d) as estimativas do Produto Interno podem ser expressos tanto em

unidades monetárias quanto em unidades físicas.

Galera, como disse na questão anterior, eu sei que ainda não vimos o

conceito de PIB – Produto Interno Bruto.

Mas acabamos de ver o conceito de Produto, certo?

Então lhes digo, essa questão vocês podem responder tranquilamente

apenas com o conceito de Produto.

Lembram que o Produto é aquele somatório dos bens e serviços finais

produzidos/gerados em uma economia num determinado período?

Lembram que necessariamente o Produto é expresso em unidade

monetária?

Até porque você não teria como somar, por exemplo, a produção de banana

com o serviço de publicidade, não é mesmo?

Para isso você precisa de uma unidade de medida monetária. Assim só nos

resta a letra c.

GABARITO: letra C.

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Voltando à nossa teoria, lembram que para gerar o Produto durante certo

ano, as firmas necessitam adquirir fatores de produção?

E que para usar esses fatores, as empresas necessitam remunerar os

proprietários dos mesmos, que são os indivíduos?

Pois é, chegamos ao nosso segundo Agregado Macroeconômico: A

RENDA!

O total de pagamentos que as firmas fazem aos indivíduos, pelo uso dos

fatores de produção, é o que chamamos de Renda:

Renda = w + j + a + l

Onde:

•w = Salários (remuneração do fator de produção "Trabalho”);

• j = juros (remuneração do fator de produção “Capital” na forma

monetária);

• a = aluguéis (remuneração do fator de produção “Terra”);

• l = lucros (remuneração do fator de produção “Capital”, este na forma

de máquinas e equipamentos utilizados no processo produtivo).

Observe que neste modelo os lucros representam uma espécie de “custo”

para as empresas, na medida em que correspondem a valores que as

mesmas devem pagar aos acionistas (indivíduos ou famílias).

Se as empresas de nosso país hipotético, “simplificadópolis”, durante o

ano de 2015, por exemplo, produziram bens e serviços num total de $

100 milhões (100 milhões de unidades monetárias), isto significa que tais

firmas precisaram, durante todo o ano, utilizar fatores de produção e

(como sabemos) para isso tiveram que remunerar os proprietários de tais

fatores, de forma que a soma de todos os salários, aluguéis, lucros e

juros também totalizaram $ 100 milhões. Temos então uma identidade

macroeconômica como abaixo:

Produto = Renda

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Conclui-se que o valor do Produto (total de bens e serviços finais

produzidos durante certo período de tempo) é igual ao valor da Renda

(total de pagamentos feitos pelas firmas aos proprietários dos fatores de

produção).

E você, se lembra como os indivíduos, por sua vez, utilizam suas rendas?

Aí você me responde: “professor, gastando na compra de bens e serviços

para satisfazer suas necessidades”.

Isso mesmo!

0s indivíduos realizam o Consumo, que nesse modelo representa a

DESPESA (ou Dispêndio), NOSSO TERCEIRO AGREGADO

MACROECONÔMICO.

A Despesa corresponde ao total dos gastos realizados pelos indivíduos nas

compras de bens e serviços.

Assim, temos outra identidade para o nosso modelo simplificado:

Despesa = Consumo (C)

E mais, temos agora a identidade macroeconômica fundamental:

Produto = Renda = Despesa

Portanto, se quisermos medir o desempenho de uma economia durante

certo período de tempo, temos três óticas diferentes, gerando o mesmo

resultado:

Sob a ótica da Produção, usando o total de bens e serviços finais

produzidos/vendido/gerados durante o período;

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Sob a ótica da Renda, usando o total de recebimentos dos indivíduos, por

terem vendido/cedido os fatores de produção (Terra, Trabalho e Capital)

as empresas e;

Sob a ótica da Despesa, usando o total de pagamentos que os indivíduos

fizeram durante o ano na aquisição/consumo de bens e serviços diversos.

Agora vamos ter que complicar um pouco.

Mas não se assuste!

Você vai continuar entendendo tudo! Esse é o meu objetivo agora.

Avançar um pouco mais na matéria, mas fazer com que você termine a

aula zero com zero de dúvida!

Lembra que o nosso modelo simplificado é de uma economia estagnada

(estacionária), ou seja, o nível anual de produção não cresce: todo ano é

gerado um Produto no mesmo valor?

É galera, só que agora a economia vai crescer ou decrescer!

Agora nós temos que mudar essa premissa para poder avançar mais na

matéria, de modo a avançar nos assuntos do edital.

Uma verdade é que para haver crescimento econômico (crescimento do

Produto de um ano em relação ao ano anterior) é necessário ampliar a

capacidade produtiva da economia, através do Investimento.

A capacidade produtiva refere-se ao quantitativo de produção

potencial, ou seja, quanto as empresas podem produzir, considerado o

total das suas instalações. Em macroeconomia é o conjunto das

empresas da nossa economia operando em capacidade máxima.

O investimento, que é a ampliação dessa capacidade produtiva, está

muito relacionado às expectativas das empresas em relação ao futuro.

Assim, se os empresários estão otimistas quanto ao ritmo dos negócios

no futuro, eles tendem a realizar gastos com a aquisição de novas

máquinas, equipamentos e instalações, para ampliar seu parque industrial

e dessa forma aumentar a produção de bens e serviços.

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Por isso, algumas empresas se dedicarão a produzir tais bens: máquinas,

equipamentos, ferramentas, instrumentos, etc.

Já vou lhes adiantando que esses bens são chamados de bens de

capital ou bens de investimento).

Meu amigo ou minha amiga, não fique desatento agora!

Aí vem uma novidade!

Agora passamos a considerar que a Produção (o Produto Agregado) é

composta de dois tipos de bens:

Bens de Consumo, destinados a satisfazer as necessidades dos indivíduos,

como alimentação, transporte, vestuário, etc.

Bens de Investimento (ou Bens de Capital), destinados a aumentar a

capacidade de produção das unidades produtivas: máquinas,

equipamentos, instalações, etc.

Os Bens de Investimento são utilizados pelas empresas no seu processo

produtivo ao longo de muito tempo, portanto a cada ano o estoque

acumulado desses bens na economia vai aumentando. Assim, um

aumento nesse estoque de capital leva a um aumento da capacidade

produtiva total da economia.

Observe que é possível definir “Investimento” de duas maneiras:

Investimento como gasto (despesa) com bens para aumentar a

capacidade produtiva da economia (os chamados bens de capital

ou bens de investimento que acabamos de estudar);

Investimento como gasto (despesa) com bens que foram

produzidos, mas que não foram consumidos no período (serão

usados em consumo futuro), ou seja: I = Produto – C

“Espera aí professor”!

Você deve estar pensando ...

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“Você falou que toda a renda das famílias era destinada ao consumo e

que o consumo, ou melhor, as quantidades consumidas, era igual a

produção, era igual ao produto! Eu até tinha compreendido aquela

identidade fundamental Produto = Renda = Despesa.“

Eu lhes digo, você estaria certo se ainda estivéssemos no modelo

passado, em que não existia a formação de capital. Mas agora estamos

numa economia COM FORMAÇÃO DE CAPITAL?

Pois é, essa é uma novidade: alguns bens que foram produzidos, mas não

foram consumidos no presente, ficaram estocados. Foram produzidos

pelas empresas, mas as famílias não compraram, geraram uma variação

positiva nos estoques das empresas.

Assim, os 2 tipos de bens têm impacto no investimento, quais sejam:

Os bens de investimento ou bens de capital: Máquinas,

equipamentos, instalações, infraestrutura, imóveis, etc. –

Correspondem à Formação Bruta de Capital Fixo (FBk),

também conhecido como “investimento planejado”; e

Variação de Estoques (ΔE), que representa um “investimento

não-planejado” pelas empresas. São quantidades que foram

produzidas, mas não foram vendidas.

Mas agora sei que você deve estar se perguntando:

“Professor, o que é isso? Por que a variação de Estoques é considerada

também como investimento”?

Caro (a) aluno (a), imagine a seguinte situação hipotética: o setor

produtivo da economia (as empresas) gerou uma produção total igual a

$100.

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Como já sabemos, pelo que já estudamos antes, isso significa que foi

gerada também uma renda para os indivíduos no total de $100,

correspondente ao total de salários, aluguéis, lucros e juros.

Aqui entra a novidade. Suponha que os indivíduos resolveram comprar

mercadorias somente num total de $80. Isto significa que $20

correspondem a mercadorias que foram produzidas, mas não foram

consumidas.

Do ponto de vista das empresas, esse aumento nos seus estoques é uma

espécie de investimento, pois será possível vender mais num período

futuro. Afinal de contas, as empresas tiveram que adquirir os fatores de

produção correspondentes, junto aos indivíduos, portanto as empresas

realizaram a despesa para produzir e vender os $100.

Mas, se só venderam, e consequentemente, só receberam $80 como as

empresas puderam financiar estes estoques parados de $20?

E aí amigo (a), tem alguma ideia?

De onde vieram os $20 restantes?

Estes recursos vêm da Poupança gerada pelos mesmos indivíduos, no

valor de $20, equivalente à renda obtida pelos mesmos $100, menos o

valor gasto em consumo de $80. Se as famílias (da economia como um

todo) tiveram renda de $100, mas só consumiram $80, conclui-se que

pouparam $20.

Tranquilo?

Espero que sim!

Então vamos continuar!

Aqui os indivíduos pouparam (ou seja, não gastaram parte de sua renda)

num valor de $20, e deixaram estes recursos aplicados no mercado

financeiro. Tais recursos foram disponibilizados pelos bancos, na forma de

empréstimos, às empresas (da economia como um todo). É o que ocorre

na prática.

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Chegamos agora a uma importante relação entre os conceitos de

Investimento e Poupança.

Essas duas variáveis econômicas estão inter-relacionadas e correspondem

aos dois “lados” do processo de acumulação de capital: o Investimento

representa as aplicações de recursos, por parte das empresas, e a

Poupança representa as origens desses mesmos recursos, que foram

gerados pelas famílias. Voltaremos a examinar tal relação depois.

Chegamos a seguinte relação para identificar o valor do investimento:

I = Fbk + ΔE

Algumas observações importantes para entender bem os conceitos:

1. A variação de estoques (ΔE) representa a diferença entre o Estoque

no fim do período (normalmente ano) atual e o Estoque no fim do período

(normalmente ano) passado;

2. Investimento no sentido econômico representa gasto, despesa,

com a compra de bens de capital.

No nosso dia a dia e nos noticiários da TV utilizamos a palavra

investimento como sinônimo de aplicação financeira, compra de ações,

etc., mas, na linguagem da Ciência Econômica, e para fins de prova de

concursos públicos que é o que nos interessa, no que se refere

especificamente à contabilização dos agregados macroeconômicos, as

aplicações financeiras, em ações, títulos, etc., não constituem

“investimento”, mas sim mera “poupança”. Veja:

5 - (CESPE - AUFC/TCU) A teoria macroeconômica analisa o desempenho

da economia a partir do estudo dos grandes agregados econômicos.

À luz dos conceitos básicos dessa teoria, julgue:

Se um agente econômico investir R$ 10.000,00 em ações da TELEBRÁS,

o investimento doméstico privado eleva-se, implicando um aumento

equivalente no produto interno bruto (PIB).

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Comentários à questão 5

(CESPE - AUFC/TCU) A teoria macroeconômica analisa o desempenho da

economia a partir do estudo dos grandes agregados econômicos.

À luz dos conceitos básicos dessa teoria, julgue:

Se um agente econômico investir R$ 10.000,00 em ações da TELEBRÁS,

o investimento doméstico privado eleva-se, implicando um aumento

equivalente no produto interno bruto (PIB).

E aí pessoal?

Como dito, a compra de ações de empresas não afeta o Investimento,

portanto a resposta é: Errado!

Voltando a nossa teoria ...

3. O total do investimento num certo ano corresponde à compra de

bens, equipamentos, máquinas, etc., novos, fabricados naquele

ano. Isso significa que a compra de ativos usados, de segunda mão,

não representa investimento, pois não está aumentando a capacidade

produtiva da economia.

Pessoal, isso também já caiu em prova! Veja:

6- (ESAF - ACE/MDIC) Identifique a transação ou atividade abaixo que

não seria computada nos cálculos das contas nacionais e do Produto

Interno Bruto.

a) a construção de uma estação de tratamento de água municipal

b) o salário de um deputado federal

c) a compra de um novo aparelho de televisão

d) a compra de um pedaço de terra

e) um decréscimo nos estoques do comércio

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Comentários à questão 6

(ESAF - ACE/MDIC) Identifique a transação ou atividade abaixo que não

seria computada nos cálculos das contas nacionais e do Produto Interno

Bruto.

a) a construção de uma estação de tratamento de água municipal

b) o salário de um deputado federal

c) a compra de um novo aparelho de televisão

d) a compra de um pedaço de terra

e) um decréscimo nos estoques do comércio

Também ainda não falamos de contas nacionais (mas vamos falar ainda

hoje), mas de novo o bom entendimento dos conceitos macroeconômicos

básicos nos permitiria responder.

A resposta é a letra d), pois a compra de um pedaço de terra seria na

verdade a compra de um ativo usado, não aumentaria a capacidade da

economia.

A terra não foi produzida, nem foi construída. Essa terra já era um fator

de produção que já havia sido computada anteriormente.

Concordam?

Em relação às demais alternativas, temos o seguinte:

a) produção/construção de um bem de capital novo que deve ser

computado no cálculo do Produto, já que agregou valor ao Produto (a

soma das partes é maior que a soma do todo);

b) mesmo que o Deputado em questão não contribua em nada com seu

trabalho para a Sociedade, do ponto de vista da economia seu salário

integra o cálculo do Produto (é gasto/despesa com custeio);

c) a produção de um bem de consumo também deve fazer parte do

Produto;

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e) a Variação de estoque negativa é considerada no cálculo do

Investimento, reduzindo o seu valor, também integrando o cálculo do

Produto.

Percebem que os conceitos aprendidos até aqui já têm bastante utilidade?

Então vamos continuar!

Quem aqui já estudou contabilidade?

Já ouviu falar de depreciação?

Aqui esse conhecimento ajuda também. Mas quem não tem, vamos

explicar, não se preocupe. Entender o conceito de Depreciação é muito

importante agora nesse ponto da matéria.

A depreciação corresponde ao desgaste gradativo do capital físico

(máquinas, equipamentos, veículos, etc.), em função do uso ou do

simples desgaste de um bem. Um trator, que é um exemplo de bem de

capital, vai se desgastando seja pelo uso nas lavouras ou pela simples

exposição ao tempo. Chegará um dia que ele simplesmente deixará de

ser usado, e um novo trator terá que ser adquirido para que essa unidade

produtiva não deixe de produzir.

Anualmente, as empresas necessitam fazer uma reposição de parte dos

seus bens de capital desgastados. Dessa forma, uma parte do

Investimento feito na economia se destina a repor as perdas

correspondentes à depreciação, o que nos leva à diferenciação entre

Investimento Bruto e Investimento Líquido:

IL = IB – d, onde:

• IL = Investimento Líquido (aumento efetivo da capacidade produtiva da

economia)

• IB = Investimento Bruto (Formação Bruta de Capital + Variação de

Estoques)

• d = Depreciação no período.

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Como já sabemos que IB = Fbk + ΔE (até então só tínhamos tratado

de investimento bruto), temos então a expressão completa para definir o

Investimento Líquido na economia é:

IL = Fbk + ΔE – d

A depreciação nos leva também a alterar o conceito de Produto,

criando a distinção entre Produto Líquido (PL) e Produto Bruto

(PB):

PL = PB – d

Vamos agora completar nosso modelo, considerando também o conceito

de Poupança: aquela parcela da renda que os indivíduos não consomem.

Assim, o ato de poupar representa abrir mão do consumo atual para

desfrutar de um consumo maior no futuro. Podemos representar essa

ideia da seguinte maneira:

S = R – C

Em que:

S = Poupança (do inglês “Saving”)

R = Renda

C = Consumo

Traduzindo então temos:

POUPANÇA = RENDA - CONSUMO

Nosso modelo agora se apresenta do seguinte modo:

Ótica da Produção: Produto = Somatório pi.qi (preço x quantidade)

Ótica da Renda: Renda = C + S

Ótica da Despesa: Despesa = C + I

Como Produto = Renda = Despesa, temos que:

C + S = C + I

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Logo:

S=I

Conclusão:

POUPANÇA = INVESTIMENTO

POUPANÇA BRUTA = INVESTIMENTO BRUTO

POUPANÇA LÍQUIDA = INVESTIMENTO LÍQUIDO

Caros alunos, vamos ver como isso já foi cobrado em prova?

7 - (ESAF –RFB/AFRFB) Considere os seguintes dados:

Poupança líquida =100;

Depreciação = 5;

Variação de estoques = 50.

Com base nessas informações e considerando uma economia fechada e

sem governo, a formação bruta de capital fixo e a poupança bruta total

são, respectivamente:

a) 100 e 105

b) 55 e 105

c) 50 e 100

d) 50 e 105

e) 50 e 50

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Comentários à questão 7

(ESAF –RFB/AFRFB) Considere os seguintes dados:

Poupança líquida =100;

Depreciação = 5;

Variação de estoques = 50.

Com base nessas informações e considerando uma economia fechada e

sem governo, a formação bruta de capital fixo e a poupança bruta total

são, respectivamente:

a) 100 e 105

b) 55 e 105

c) 50 e 100

d) 50 e 105

e) 50 e 50

Galera, questão meramente numérica, mas se tivermos entendido os

conceitos dá para resolver.

Vamos começar pela segunda pergunta: vamos calcular a poupança

bruta (SB).

Primeira coisa a fazer é vermos os dados o que temos e os dados que

precisamos.

Nós temos:

A Poupança Líquida (SL) e a depreciação (d)

Opa!

De cara podemos ver que temos tudo que precisamos calcular a

Poupança Bruta (SB)!

Nós sabemos que a Poupança Líquida é a diferença entre a Poupança

Bruta e a depreciação não é mesmo?

Então temos:

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SL= SB - d

Se SL (poupança líquida) é 100 e d (depreciação) é 5, então temos:

100 = SB – 5

Então SB = 105

Bom, as alternativas c) e e) já foram eliminadas.

Agora podemos calcular a formação bruta de capital fixo.

Mas o que é mesmo a formação bruta de capital fixo?

É a compra daqueles bens de capital! Lembra que o investimento é igual

a soma da formação bruta de capital fixo mais a variação dos estoques?

Lembra daquela identidade em que a poupança (bruta) é igual ao

investimento?

Ah, então agora podemos resolver:

I = Fbk + ΔE

Se I = SB, temos:

SB= Fbk + ΔE

Ora, nós sabemos que:

SB = 105

ΔE = 50

Logo:

105 = FBK + 50

FBK = 55

A resposta certa, portanto, é a letra b.

Amigo(a)s, com isso já vimos e compreendemos o significado dos

principais agregados macroeconômicos de uma economia simplificada

com formação de capital: Produto, Renda, Consumo (Despesa), Poupança

e Investimento.

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Mas ainda não vimos como o governo e o resto do mundo influenciam

essa economia.

Vamos começar pela influência do GOVERNO!

Nosso sistema econômico, portanto, será de uma economia com

formação e de capital e com governo, mas ainda fechada, ou seja,

sem transações com o resto do mundo!

O Setor Público corresponde à presença o Governo nas três esferas: a

União, os Estados e o Distrito Federal, e os Municípios, bem como os

três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).

O Governo interfere na economia por meio da Tributação (T), onde nós

Auditores Fiscais temos atuação determinante, e dos Gastos Públicos (G).

A Tributação (T) compreende:

Impostos Indiretos: aqueles que incidem sobre as transações econômicas

com bens e serviços, a exemplo do ICMS (que certamente será o objeto

principal do nosso trabalho), do IPI e o ISS;

Impostos Diretos: os quais incidem sobre o patrimônio e a renda das

pessoas, físicas e jurídicas, como o Imposto de Renda, o IPTU, o IPVA

(aqui também objeto de trabalho do Auditor Fiscal Estadual);

Contribuições à Previdência Social: aqui devem ser computadas tanto a

parte do empregador quanto a do empregado.

Outras receitas de governo: aqui entrariam, por exemplo, receitas com

taxas e multas diversas.

Por sua vez, os Gastos Públicos (G) compreendem:

Despesas Correntes (ou de Custeio): aqui temos os gastos gerais dos

ministérios, secretarias e autarquias, referentes a despesas correntes (ou

custeio) como: os salários do funcionalismo (somos nós Auditores aqui de

novo), compras de materiais como o “famoso cafezinho” do serviço

público que sempre é ameaçado em épocas de “vacas magras”;

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Despesas de Capital (ou de Investimento): aqui temos, por exemplo, os

gastos com a construção de portos, estradas, hospitais, escolas, etc.

Gastos com Transferências e Subsídios: como exemplo de Transferências

temos o bolsa família, os próprios benefícios previdenciários e o seguro-

desemprego. Já os Subsídios, por exemplo, são para baixar o preço de

certos produtos agrícolas.

Galera, aqui muita atenção!

Os gastos realizados pelas empresas públicas e sociedades de

economia mista são computados no setor “firmas”, isto é, são

considerados gastos do setor privado. Desse modo já estavam presentes

no modelo anterior – sem governo. A razão disso é que estas estatais

desempenham atividades ligadas ao mercado, produzindo de bens e

serviços para as famílias consumirem.

Outro destaque que não posso deixar passar é que não estamos

considerando aqui gastos com pagamento de juros ou correção

monetária. Aqui somente os gastos “não-financeiros”, ou seja, gastos com

a compra de bens e serviços são considerados.

Fazendo-se um encontro de contas, ou seja, considerando o que o

Governo cobra da sociedade por meio da Tributação (T) em comparação

com o seu retorno por meio dos Gastos Públicos (G) podemos verificar

que o Governo poderá apresentar, durante um determinado período de

tempo, as seguintes situações:

1 - Se os Gastos Públicos forem superiores à Tributação (G > T) teremos

o temido déficit fiscal;

2 – Por sua vez, se os Gastos Públicos forem no mesmo montante da

Tributação (G = T) teremos o equilíbrio no orçamento público (é o

famoso zero a zero);

3 – Mas se os Gastos Públicos forem inferiores à Tributação (G < T)

teremos tão desejado superávit fiscal.

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Quando introduzimos o Governo no nosso modelo macroeconômico,

veremos que o valor do Produto será alterado.

Lembram que sem a presença do Governo, o valor do Produto é igual à

Renda:

Produto = Renda

Lembraram dessa identidade fundamental?

Então beleza! E como é mesmo que encontramos a Renda?

Isso mesmo, a Renda é a soma da remuneração dos fatores de produção!

Renda = w + j + a + l

Tenho certeza que lembram de cada “letrinha” dessa: W (trabalho –

work), J (juros), a (aluguel) e l (lucros).

Então podemos afirmar também que:

Produto = w + j + a + l

É o que chamamos em macroeconomia de Produto “a Custo de Fatores”.

Podemos entendê-lo como sendo o Produto mensurado “a preços de

fábrica”.

Então temos:

Pcf = w + j + a + l

“Epa, Professor, é simples assim ”?

Até o modelo anterior, sem Governo, era!

Mas agora, com o Governo entrando em campo, tenho que destacar que

antes de chegar ao consumidor final, os bens e serviços terão seu preço

alterado, sendo tributados, por exemplo, pelo ICMS, pelo IPI, pelos dois,

pelo ISS, etc.

Em suma, como regra geral, os bens vão chegar ao consumidor por um

preço mais elevado. Esse é um dos efeitos da Tributação (T): elevar os

preços dos bens e serviços que compramos!

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Por outro lado, algumas empresas receberão subsídios do Governo para

venderem seus bens a um preço mais baixo. Também nesse caso o preço

do bem ao consumidor final vai se alterar, ficando menor. Imagine, por

exemplo, que o Governo resolveu subsidiar a gasolina, dando R$ 1,00 de

subsídio à Petrobrás por litro do produto. Já pensou a gasolina custando

nas bombas algo em torno de R$ 2,? Mas pessoal, “não existe almoço

grátis”! Depois veremos que essa conta um dia chega. Notaram que a

Sociedade de Economia Mista Petrobrás aqui teve tratamento de empresa

normal?

Com isso chegamos a uma Conclusão Importante: o Produto “a

preços de mercado”, ou o Produto medido através do preço final

praticado para o consumidor será diferente daquele que

calculamos anteriormente (o Produto “a custo de fatores”),

conforme a seguir:

Ppm = Pcf + tributos indiretos -subsídios

Aqui vale uma menção aos tributos diretos, aqueles que incidem sobre o

patrimônio e a renda dos indivíduos e das próprias empresas. Como eles

não são incidem sobre o valor das transações econômicas, não interferem

no valor do Produto de um país como um todo.

Portanto os tributos diretos nada têm a ver com a diferença entre o custo

dos fatores e os preços praticados no mercado.

Cuidado, pode ser uma pegadinha em sua prova!

Se ligue!

Com a entrada em campo do Governo temos também ampliar nosso

conhecimento conceitual de economia. Preste atenção nos seguintes

conceitos:

Carga Tributária Bruta: Total da arrecadação fiscal do Governo.

Carga Tributária Líquida: Diferença entre a arrecadação fiscal do Governo

e as transferências e subsídios ao setor privado.

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Observação: como parâmetro de avaliação da carga tributária é utilizado

o Produto Interno Bruto - PIB a preços de mercado. Calma! Vamos

estudar e explicar exatamente o que é PIB ainda hoje. Por enquanto

visualize PIB simplesmente como o nosso velho conhecido Produto.

Beleza?

Comparando-se a carga tributária com o PIB podemos ter dois índices:

Índice de Carga Tributária Bruta (ICTB) e Índice de Carga

Tributária Líquida (ICTL)!

Alguém desconfia como calculamos e qual o diferencial entre ambos?

Calculamos da seguinte forma:

ICTB = Tributos Indiretos + Tributos Diretos x 100

PIBpm

ICTL =Trib Ind + Trib Diretos – Transf. - Subsídios x 100

PIBpm

Como pode-se perceber, a diferença está na consideração ou não de 2

tipos de Gastos Públicos: as Transferências e os Subsídios.

Esses 2 tipos de Gastos Públicos devem der diminuídos do cálculo do

índice da Carga Tributária Líquida pois são verdade “tributos negativos”.

Pessoal, em termos de influência do Governo ficamos por aqui. Na

verdade, em aula futura vamos nos aprofundar um pouco mais nesse

tema.

Até agora estamos numa economia fechada, isto é, o nosso sistema

econômico não tinha transações com o resto do mundo. Éramos quase

uma Coréia do Norte ...

Mas agora finalmente, vamos ver como os demais países

influenciam em nossa economia! Vamos ver como funciona uma

economia aberta!

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“E o que significam exatamente essas transações com o resto do mundo,

professor”?

Isso mesmo que você deve estar pensando: “não existem nem

importações nem exportações”!

Mas não só isso, como veremos adiante!

Assim, agora teremos que considerar as transações feitas com empresas

e pessoas não-residentes, ou seja, residentes em outros países. Aqui o

que vale não é nacionalidade da pessoa (física ou jurídica) mas o local

definido como de sua residência. Assim, um brasileiro que resida na China

e uma multinacional Holandesa serão tratados como não-residentes.

Usualmente se chama o conjunto dos “outros países” como “resto do

mundo” ou “setor externo”. As variáveis a serem incorporados agora ao

nosso modelo são a seguir conceituadas:

Exportações (X): representam as compras de nossos bens e serviços

pelos estrangeiros, ou seja, são gastos do setor externo com as nossas

empresas.

Importações (M): representam nossas compras relativas a bens e

serviços produzidos por empresas de outros países, ou seja, do setor

externo.

ATENÇÃO: as Exportações e as Importações se referem à compra

e venda de bens e “serviços não-fatores”, ou seja, serviços que

não representam “remuneração”.

Complicou?

Explico melhor!

Estamos na verdade falando de fretes, seguros, turismo, etc., que são

pagamentos (ou recebimentos) feitos a firmas pela compra (ou venda) de

serviços não-fatores.

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Outros pagamentos de serviços, tais como assistência técnica,

consultorias, honorários, lucros, são feitos das empresas aos indivíduos, a

título de remuneração, e nesse caso são chamados de “serviços de

fatores”, sendo considerados nas seguintes variáveis:

Renda Enviada ao Exterior (REE): representa uma parcela da renda

gerada internamente, nos limites territoriais do nosso país, mas que não

pertence aos nacionais. Como exemplo, temos a remessa de lucros de

uma empresa estrangeira para sua matriz no exterior, o pagamento de

uma consultoria internacional, o pagamento de assistência técnica, etc.

Renda Recebida do Exterior (RRE): representa exatamente o fluxo

contrário, ou seja, trata-se de uma parcela da renda gerada em outro

país, que se agrega à renda nas mãos dos nacionais. Por exemplo,

recebimento de lucros obtidos por filiais de uma empresa nacional situada

em outro país.

Renda Líquida de Fatores Externos (RLFE): constitui-se na diferença

entre a Renda Recebida do Exterior e a Renda Enviada ao Exterior:

RLFE = RRE -REE

Quando um país recebe mais renda do exterior do que envia, a Renda

Líquida de Fatores Externos é positiva.

Em situação inversa, ou seja, se um país recebe menos renda do exterior

do que envia, a Renda Líquida de Fatores Externos é negativa.

Na situação de Renda Líquida de Fatores Externos negativa, é muito

comum se usar a expressão “Renda Líquida Enviada ao Exterior”:

RLEE = REE – RRE

Fique ligado que se a Renda Líquida Enviada ao Exterior é positiva, isso

significa que REE > RRE, quer dizer, o país envia mais renda para o

exterior do que recebe.

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Por outro lado, quando a RLEE é negativa, acontece exatamente o oposto,

ou seja, o país na verdade recebeu de fora mais “unidades monetárias”

do que mandou.

Essas remessas e recebimentos de renda vão provocar um ajuste no

conceito de Produto.

Lembra que eu anteriormente falei que íamos explicar o significado de

PIB?

É chegada a hora galera!

Começaremos pela diferenciação do Produto Nacional do Produto Interno.

Vamos aos conceitos:

Produto Interno: corresponde de fato ao total de bens e serviços finais

produzidos por um determinado país, num certo período de tempo, dentro

de suas fronteiras territoriais.

Um dos conceitos mais utilizados na Macroeconomia é exatamente o do

PIB - ou Produto Interno Bruto, que corresponde à Renda Interna Bruta,

originada na produção de bens e serviços que se deu dentro dos limites

territoriais de um país.

Porém, parte desse PIB (dessa Renda Interna Bruta) vai remunerar

indivíduos que estão fora do país: remessa de lucros, pagamentos de

assistência técnica, royalties, etc. Isto significa que nem toda a renda

gerada internamente vai de fato pertencer aos residentes no país.

E aí, galera?

“Agora temos que abater do PIB a Renda Enviada ao Exterior”!

Beleza, mas lembre-se também que os residentes no país recebem

remuneração por serviços prestados em outros países. Assim, devemos

somar ao PIB a Renda Recebida do Exterior.

Portanto, teremos a seguinte situação:

PIB – REE + RRE = PNB

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“O que é esse tal de PNB, professor?

Calma que vou explicar.

Vamos então a mais um conceito?

Produto Nacional Bruto – PNB: corresponde à renda que pertence

efetivamente aos nacionais, incluindo a renda recebida por nossas

empresas no exterior e excluindo a renda enviada por nossas empresas

para o exterior.

Vamos então ver uma forma diferente de visualizar a relação entre PNB e

PIB:

PIB – (REE – RRE) = PNB

PIB – RLEE = PNB

Com isso temos o nosso modelo completo!

Vamos ver como fica uma das principais equações vistas anteriormente: a

da Despesa Interna Bruta – DIB:

DIB = C + I + G + X – M = PIB

Onde:

C = Despesas de Consumo dos indivíduos, ao comprar os bens e serviços

finais;

I = Despesas de Investimento das empresas, ao comprar

máquinas/equipamentos, etc.

G = Despesas do Governo, ao gastar com a aquisição de bens de

consumo ou bens de investimento;

X = Despesas do setor externo com os nossos produtos, mandados ao

exterior através das exportações;

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M = as importações entram com o sinal negativo porque representam

deduções da despesa nacional. Isto ocorre pelo fato de que quando

realizamos importações estamos gastando menos com nossos próprios

produtos (menos despesa nacional) e gastando mais com o produto

gerado no exterior (contribuindo, desse modo, com a despesa nacional do

outro país).

O quadro a seguir resume as diferenças entre os vários conceitos de

Produto:

Critério de Diferenciação e variáveis:

Bruto (B) X Líquido (L): o diferenciador é a depreciação (d), veja:

PNL = PNB – d

IL = IB -d

Custo de Fatores (cf) X Preços de Mercado (pm) : o modificador é a

diferença entre Tributos Indiretos e Subsídios

PNBpm = PNBcf + Imp Ind – Sub

PIBpm = PIBcf + Imp Ind -Sub

Interno (I) X Nacional (N): o diferencial é a Renda Líquida Enviada ao

Exterior (REE – RRE)

PIB – RLEE = PNB

PIL – RLEE = PNL

Com as informações que temos até aqui já podemos avançar no estudo

da Contabilidade Nacional propriamente dita.

Mas preciso lhes dizer que muito do que já vimos já pode ser considerado

por muitos também como parte do estudo da Contabilidade Nacional.

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O estudo da Macroeconomia, ou seja, o estudo dos agregados

macroeconômicos é apoiado em dados estatísticos dos principais fluxos da

produção e da renda de um país.

Este registro estatístico dos dados macroeconômicos de uma nação é

chamado Contabilidade Nacional.

Os sistemas de Contabilidade Nacional (também chamada de

Contabilidade Social) têm como objetivo não somente revelar o total dos

agregados macroeconômicos, mas também proceder ao registro

sistemático das diversas relações entre os setores que compõe a

economia de um país.

Essa Contabilidade Nacional segue normas e princípios definidos, cada vez

mais uniformizados em escala internacional. A partir do ganho de

importância adquirido com o reconhecimento da sua importância pela

teoria keynesiana, os países desenvolvidos e, a seguir, todos os países

que se empenhavam na busca do desenvolvimento econômico em moldes

capitalistas, passaram a sistematizar esses registros de modo cada vez

mais uniformizado, com a função principal de permitir a comparação dos

dados entre os países.

Na verdade, já conceituamos e já estudamos os principais agregados

macroeconômicos que são objeto da contabilidade nacional, suas

derivações e as identidades fundamentais, quais sejam: Produto, Renda,

Consumo (Despesa), Investimento, Poupança, Gastos do Governo,

Tributação, Exportações e Importações.

Por meio do Sistema de Contas Nacionais pode-se ter uma boa noção da

realidade econômica de um país em um determinado período de tempo.

É por meio da análise das suas contas, que podemos “visualizar” a forma

como um setor institucional, como por exemplo a indústria ou a

agropecuária, participa da geração, apropriação, distribuição e uso da

renda nacional e da acumulação de ativos não-financeiros.

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Outra utilização muito importante do Sistema de Contas Nacionais, é a

evidenciação das relações entre a economia nacional e o resto do

mundo. O famoso Balanço de Pagamentos, entendido como o registro

sistemático das transações entre residentes e não residentes de um país

durante determinado período de tempo, é um belo exemplo.

Por meio dos Sistemas de Contas Nacionais podemos comparar, por

exemplo, o PIB do Brasil com o PIB dos Estados Unidos. Como sabemos,

na verdade estamos comparando a produção de bens e serviços que se

deu dentro dos limites territoriais de cada um desses países.

Mas esse na verdade é ponto de partida para a análise propriamente dita

das contas nacionais de um país. Somente com essas informações iniciais

sobre os agregados macroeconômicos e das formas de medição do

produto e da renda nacionais é que estamos aptos à analisar

efetivamente as contas nacionais, ou melhor, o Sistema de Contas

Nacionais de um país.

No Brasil o órgão responsável pelas Contas Nacionais é o Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Vamos ver como o próprio

IBGE define o funcionamento do nosso Sistema de Contas Nacionais

(http://www.ibge.com.br/home):

“O Sistema de Contas Nacionais apresenta informações sobre a geração,

distribuição e uso da renda no País. Há também dados sobre a

acumulação de ativos não financeiros e sobre as relações entre a

economia nacional e o resto do mundo.

O IBGE traz a público o Sistema de Contas Nacionais cujas informações

estão apresentadas na Tabela de Recursos e Usos, em Contas Econômicas

Integradas e em um conjunto de tabelas sinóticas adicionais.

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A Tabela de Recursos e Usos contém os resultados a preços correntes e a

preços constantes do ano anterior, e mostra os fluxos de oferta e

demanda dos bens e serviços e, também, a geração da renda e do

emprego em cada atividade econômica.

As Contas Econômicas Integradas, núcleo central do Sistema, oferecem

uma visão do conjunto da economia, descrevendo, para cada setor

institucional, seus fenômenos essenciais – produção, consumo e

acumulação – e suas inter-relações no período considerado.

As tabelas sinóticas reúnem as principais grandezas calculadas no

Sistema de Contas Nacionais permitem identificar, para cada ano, o

Produto Interno Bruto - PIB; composição da oferta e da demanda

agregada; geração, distribuição e uso da renda nacional; acumulação de

capital; capacidade ou necessidade de financiamento; transações

correntes com o resto do mundo; renda per capita; e evolução da carga

tributária, entre outros agregados da economia brasileira.”

Amigo(a)s, sugiro que, após o final da aula, ou no dia seguinte, vocês

deem uma navegada no site do IBGE http://www.ibge.com.br/home/.

Certamente isso vai contribuir para a fixação dos conceitos estudados e

para o enriquecimento dos seus conhecimentos.

Mas agora temos que estudar as 4 contas que compõem o Sistema de

Contas Nacionais do Brasil:

1 – Conta de Produção;

2 – Conta de Apropriação;

3 – Conta das transações correntes com o resto do mundo;

4 – Conta de Acumulação.

Vamos começar pela conta de produção:

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1 – Conta de Produção

Essa conta também é chamada de conta Produto Interno Bruto e

identifica as transações das atividades produtivas das empresas.

DÉBITO CRÉDITO

1.1 PIB a custo de fatores 1.4 consumo final das famílias

1.1.1 remuneração empregados 1.5 consumo final das APUs

1.1.2 excedente operacional bruto 1.6 Formação bruta de cap. fixo

1.1.3 Rendimento misto 1.7 Variação de estoques

1.2 Impostos Indiretos 1.8 Exportações de b/s não fatores

1.3 Menos Subsídios 1.9 Menos Importação b/s não fatores

PIB a preços de mercado Despesa interna bruta a preços de

mercado

Essa conta apresenta do lado do débito os pagamentos das empresas

relativos ao fator de produção trabalho (remuneração empregados) e aos

demais fatores de produção (excedente operacional bruto). Também

computa no lado do débito os Impostos Indiretos deduzindo aí os valores

subsidiados pelo Governo. Seu resultado é o PIB a preços de mercado.

Já do lado do crédito, por exemplo, temos os valores que as empresas

receberam pelas vendas de seus bens e serviços às família e ao Governo

(APUs = Administrações Públicas – Federal, Estaduais e Municipais e do

DF também!). O total dos créditos representa a Despesa Interna Bruta,

também a preços de mercados e é igual ao o PIB a preços de mercado (a

nossa velha conhecida identidade fundamental).

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2 – Conta de Apropriação

Essa conta também é chamada de conta Renda Nacional Disponível Bruta

e identifica o resultado da apropriação e da utilização da renda pelas

famílias e pelo Governo.

DÉBITO CRÉDITO

2.1 consumo final das famílias 2.4 PIB a custo de fatores

2.2 consumo final das APUs 2.5 Impostos Indiretos

2.3 Saldo: Poupança Bruta 2.6 Menos Subsídios

Subtotal: PIB a preços de mercado

2.7 Menos renda enviada ao exterior

2.8 Renda recebida do exterior

Utilização da renda nacional disponível Apropriação da renda nacional disponível

Essa conta demonstra, do lado do débito, como foram aplicadas as

remunerações recebidas seja em consumo (despesa) ou em poupança.

Em suma, podemos ver como foi usada a renda nacional disponível.

Já do lado do crédito, essa conta demonstra a apropriação das

remunerações recebidas pelas famílias e pelo Governo (Impostos menos

Subsídios) somada às compensações dos movimentos de

remessa/recebimento de renda entre o Brasil e o resto do mundo.

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3 – Conta das Transações com o resto do mundo

Essa conta revela os valores das transações de um país com os demais

países e inclui as transações realizadas entre os residentes e os não

residentes de um país.

DÉBITO CRÉDITO

3.1 Exportação de bens e serviços 3.4 Importação de bens e serviços

3.2 Renda Recebida do Exterior 3.5 Renda Enviada para o Exterior

3.3 Saldo: Poupança Externa 3.6 Saldo das transações correntes com

o resto do mundo

Total de recebimentos Utilização dos recebimentos

Essa conta demonstra, do lado do débito, os gastos dos não residentes

com a compra de bens, serviços e ativos nacionais (exportações do

Brasil), bem como os valores recebidos do setor externo.

Já do lado do crédito, essa conta demonstra as compras feitas pelos

residentes na forma de importações de bens e serviços e os valores

enviados para o exterior pelos agentes domésticos. Aqui também é

lançado o saldo do balanço de pagamentos em conta corrente.

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4 – Conta de Acumulação

Essa conta também é chamada de conta consolidada de capital e

identifica o resultado da formação da poupança bruta interna e de como

essa formação da poupança bruta interna foi financiada .

DÉBITO CRÉDITO

4.1 Formação Bruta de Capital Fixo 4.3 Poupança Interna

4.2 Variação dos estoques 4.4 Poupança Externa

Acumulação Bruta Interna Financiamento Acumulação Bruta Interna

Essa conta demonstra, do lado do débito, as aplicações (usos) de recursos

na formação bruta de capital fixo (investimento bruto) e nas variações de

estoques.

Já do lado do crédito, essa conta demonstra as fontes de financiamento

das mencionadas aplicações de recursos, sendo segregada a poupança

interna da poupança externa.

Vale destacar que a poupança interna é a soma da poupança bruta do

setor privado com a poupança do governo em conta corrente.

Já a poupança externa é o valor que o país recebe do exterior para

financiar seus gastos a maior.

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6. PIB E SEU DEFLACIONAMENTO

O conceito de deflacionamento do Produto está relacionado à existência

de inflação, ou melhor, a desvalorização da moeda pela alta generalizada

dos preços. Já lhes adianto que vamos estudar o tema inflação no

próximo item dessa aula.

Por ora basta ficarmos com esse conceito de inflação como sendo a

desvalorização da moeda pela alta generalizada dos preços.

Assim, em função da existência da inflação é necessário usarmos a

técnica do "deflacionamento", que nada mais é do que a

conversão de valores correntes (nominais) em moeda de poder

aquisitivo constante (valor real).

Assim, expurgamos, ou melhor, expulsamos o efeito de inflação, de modo

a podermos comparar o agregado macroeconômico Produto de períodos

diferentes em termos reais.

Em outras palavras, podemos dizer o Produto (seja o PIB, PIL, PNB ou

PNL) pode ser valorado a preços correntes (nominais) ou a preços

constantes (reais).

Os valores são ditos a preços correntes quando não forem deflacionados

e, em contraposição, são ditos a preços constantes quando forem

deflacionados.

Um conceito importante é o de o deflator. Vamos ver um exemplo, para

entender esse conceito.

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Imagine que você tenha em mãos os valores do PIB nominal e do PIB

real, e deseja calcular o deflator desse PIB.

Vejamos um exemplo hipotético com os seguintes dados:

PIB Real = R$ 100,00

PIB Nominal = R$ 110,00

Vamos calcular o deflator?

Deflator do PIB = PIB Nominal = _110,00_ = 1,10

PIB Real 100,00

Daí temos as derivações. Uma questão de prova, por exemplo, pode te

dar o PIB Real e o deflator e lhe pedir o PIB Nominal. Basta seguir a

mesma “formula”.

Na verdade, não quero que gravem essa fórmula, mas que entendam.

Beleza?

Mas o deflacionamento do Produto não consiste apenas em calcular o

deflator. Tem mais ... é chegada a hora de estudarmos os famosos

Números Índices.

Na verdade, os números índices são “medidas” que vem da estatística,

mas que tem grande aplicação na área econômica. No nosso caso, vamos

estudar a sua aplicação apenas ao PRODUTO.

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Como sabemos, o produto é o resultado da soma dos preços multiplicado

pelas quantidades produzidas de todos os bens e serviços de uma

economia.

Desse modo, temos três variáveis o: preço, quantidade e valor, sendo

este último o resultado do produto do preço pela quantidade. De início já

lhes digo que a variável quantidade não é afetada pela inflação, mas

normalmente oscila de um ano para o outro, sendo, portanto, objeto de

índice.

Vamos então relembrar a “fórmula” do produto”

Produto = Σ(pi.qi)

Produto = Somatório de Preço x Quantidade

Onde “pi” representa o preço do bem ou serviço “i” e

“qi” representa as quantidades do bem ou serviço “i”.

Isso significa que no cálculo do Produto temos que somar o valor

monetário da produção dos diversos bens e serviços:

Produto = (preço do Arroz x quantidade do Arroz) + (p açúcar x q

açúcar) + (p livro x q livro) + (p computador x q computador

+pgeladeira.qgeladeiras

Agora já podemos começar o estudo dos Números índices. Vamos iniciar

pelo Número índice mais simples: o Relativo de Preço.

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6.1 Índice Relativo de Preço

Relacionando-se o preço de um produto numa época (chamada época

atual) com o de uma época o (chamada básica ou simplesmente base)

teremos um relativo de preço. Fazendo-se P t = preço numa época atual e

Po = preço na época-base, definiremos relativo de preço pela seguinte

quantidade:

p(o,t) pt

po

Galera atenção!

Se quisermos expressar em termos percentuais o relativo de

preço, bastará multiplicarmos o quociente acima por 100.

p(o,t) = pt X 100

po

Vamos ver um exemplo!

O preço do quilo da laranja em 2010 foi R$ 1,20 e em 2011 subiu para R$

1,38. Tomando-se por base o ano 2010, como podemos determinar o

preço relativo em 2011?

Galera, uma dica: o ano considerado base corresponderá sempre ao

índice igual a 100. Os demais apresentarão, portanto, valores que flutuam

em torno de 100. Então temos:

p (10,11) = p2011 = 1,38 = 1,15 ou 115% ou simplesmente 115.

P2010 1,20

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E o que esse resultado significa, você deve estar pensando?

Esse resultado indica que em 2011 houve um aumento de 15% no preço

da laranja com relação ao preço em 2010.

6.2 Índice Relativo de Quantidade

Amigo (a), da mesma forma que podemos comparar os preços de bens,

também pode-se fazê-lo em relação às quantidades, quer sejam elas

quantidades produzidas, vendidas ou consumidas. Se fizermos q t=

quantidade de um produto na época atual (época t) é qo = quantidade

desse mesmo produto na época 0 (básica), a quantidade relativa será o

seguinte quociente:

q(o,t) = qt

qo

Esse quociente que representa a variação da quantidade na época t com

relação a uma época 0 (base).

Vamos ver logo um exemplo:

Uma fazenda produziu 45 toneladas de soja em 2010 e 68 toneladas em

2011. A quantidade relativa será, tomando-se o ano de 2010 como base:

q (10,11) = q 11 = 68 = 1,51 ou 151% ou 151

q 10 45

Pessoal, podemos visualizar que essa fazenda no ano 2011 aumentou sua

produção de soja em 51% em relação a 2010.

Vamos agora ao nosso terceiro e último índice relativo:

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6.3 Índice Relativo de valor

Se p for o preço de determinado artigo em certa época e q a quantidade

produzida ou consumida desse mesmo artigo na mesma época, então, o

produto p x q será denominado valor total de produção ou de consumo.

Sendo p t e q t respectivamente, o preço e a quantidade de um artigo na

época atual (t) e po e qo, o preço e a quantidade do mesmo artigo na

época básica (0), definimos como total o valor relativo ou simplesmente

valor relativo o quociente:

v (o,t) = _vt_ = pt . qt = po, t . q o,t

vo po . qo

Imagine que uma empresa qualquer vendeu, em 2010, 1000 unidades de

um artigo ao preço unitário de R$ 500,00. Em 2011 vendeu 2000

unidades do mesmo artigo ao preço unitário de R$ 600,00.

O valor relativo da venda em 2011 foi:

v (10,11) = 600 . 2000 = 2,4 ou 240%.

500 . 1000

Galera, concluímos, portanto, que em 2011 o valor das vendas foi 140%

superior ao de 2010.

Pessoal, esses índices simples que vimos até aqui apresentam algumas

desvantagens, em especial ao de inexistirem pesos diferentes para cada

fator que os compõe de acordo com sua importância relativa.

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Para solucionar essa fragilidade, a estatística então usa os chamados

índices ponderados.

A ponderação (atribuição de pesos aos fatores) proposta pelos métodos

mais usados baseia-se na participação de cada bem no valor

transacionado total e é feita, em geral, segundo dois critérios: peso fixo

na época básica ou peso variável na época atual.

Vamos começar os estudo dos índices ponderados pelo Índice de

Laspeyres , também conhecido como Método da época Básica.

Depois, para finalizar esse assunto, vamos conhecer o Índice de

Paasche ou Método da época atual.

6.4 Índice de Layspeyers ou método da época básica

O índice de Laspeyres constitui uma média ponderada de relativos, sendo

os fatores de ponderação determinados a partir de preços e de

quantidades da época básica.

Desse modo, no índice de Laspeyres, a base de ponderação é a época

básica, sendo esse o motivo da denominação método da época básica.

O Índice Laspeyres de preços é:

LP = Σ(p2.q1)

Σ(p1.q1)

Para facilitar seu entendimento, raciocine assim: se quero calcular o índice

de preço, eu fixo a quantidade e como é Laspeyres fixo a quantidade da

época base.

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Já o Índice Laspeyres de quantidades é:

LP = Σ(p1.q2)

Σ(p1.q1)

De novo, para facilitar seu entendimento, raciocine assim: se quero

calcular o índice de quantidade, eu fixo o preço e como é Laspeyres fixo o

preço da época base.

6.5 Índice de Paasche ou método da época atual

O índice de Paasche constitui uma média ponderada de relativos, sendo

os fatores de ponderação determinados a partir de preços e de

quantidades da época atual.

Desse modo, no índice de Paasche, a base de ponderação é a época atual,

dai a denominação método da época atual.

O Índice Paasche de preços é:

LP = Σ(p2.q2)

Σ(p1.q2)

Para facilitar seu entendimento, raciocine assim: se quero calcular o índice

de preço, eu fixo a quantidade e como é Paasche fixo a quantidade da

época atual.

Já o Índice Paasche de quantidades é:

LP = Σ(p2.q2)

Σ(p2.q1)

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De novo, para facilitar seu entendimento, raciocine assim: se quero

calcular o índice de quantidade, eu fixo o preço e como é Paasche fixo o

preço da época atual.

7. INFLAÇÃO

Amigo (a), se você tem mais de 30 anos, você com certeza se lembra do

dragão da inflação que morou aqui no Brasil até o ano de 1994, ano em

que além de ganharmos o Tetra, também foi o ano do Plano Real.

O Plano Real conseguiu estabilizar os preços e a inflação foi reduzida ao

nível aproximado dos países desenvolvidos.

Se, por sorte, você não vivenciou a época em que os preços de quase

todos os produtos aram aumentados diariamente, às vezes até mais de

uma vez no mesmo dia, hoje você já pode ver que o tema aumento de

preços e inflação volta cada vez mais forte ao noticiário.

Mas, o que é mesmo a inflação?

Claro que todos nós sabemos que é o aumento de preços.

Mas e o que é a inflação para a Teoria Econômica?

Pessoal, o fenômeno da inflação não é pacífico na teoria econômica no

que diz respeito à sua conceituação. Em geral, o mesmo é definido como

o aumento continuado, permanente e generalizado dos níveis de

preços em uma economia.

Observem bem: o aumento de preços, para que possa ser considerado o

fenômeno inflação, tem que atender cumulativamente a três requisitos:

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Continuado /Permanente: a elevação dos preços ocorre, seja diária ou

semanalmente, e a expectativa é de que vai continuar ocorrendo

persistentemente;

Generalizado: a elevação dos preços tem que atingir todos os

produtos/serviços de uma economia de forma geral.

Vamos ver os principais tipos de inflação expressos em seu Edital,

classificados de acordo com a Teoria Econômica em função das suas

causas.

SE LIGUE: a inflação é o efeito. Assim, os economistas tipificaram

a mencionada classificação em função da causa desse efeito

inflacionário.

4.1 - INFLAÇÃO DE DEMANDA

Ocorre quando a demanda agregada supera a oferta agregada por bens e

serviços.

Em outras palavras, refere-se ao excesso de procura de produtos/serviços

pelos consumidores em relação à produção disponível de bens e serviços

pelas empresas na economia.

É aquela estória: quando tem muita gente procurando algo escasso, o

preço sobe. Agora imagine uma economia que não produza de um modo

geral os bens e serviços na quantidade suficiente que as pessoas querem

comprar.

O que acontece?

Os preços sobem de modo contínuo, persistente e generalizado.

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Ou seja, o excesso de demanda (procura) em relação ao que é ofertado

na economia, inflacionou (aumentou os preços) o mercado de bens e

serviços.

Pode-se dizer ainda a inflação de demanda é causada pelo crescimento

dos meios de pagamento, que não é acompanhado pelo crescimento da

produção.

Ocorre apenas quando a economia está próxima do pleno-emprego, ou

seja, não pode aumentar substancialmente a oferta de bens e serviços no

curto prazo. Ou seja, as empresas não podem produzir mais do que estão

produzindo no curto prazo.

Suas causas podem ser as mais diversas, dentre elas:

- Aumento dos gastos governamentais;

- Choque de demanda (euforia);

- Excesso de moeda;

- Excesso de crédito.

4.2 - INFLAÇÃO DE CUSTO (OU DE OFERTA)

Ocorre quando aumento do custo de produção é repassado aos preços

para o consumidor. Dependem de um mercado concentrado, assim,

quanto maior a concentração do mercado (menor concorrência), mais os

empresários possuem o poder de repassar o aumento dos custos para os

preços finais.

Em outras palavras, pode-se dizer que a Inflação de custos tem suas

causas nas condições de oferta de bens e serviços na economia. O nível

da demanda permanece o mesmo, mas os custos de certos fatores

importantes aumentam, levando à retração da oferta e provocando um

aumento dos preços de mercado.

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A inflação de custo pode ser causada, ainda, pelo choque de oferta.

Quando fenômenos inesperados afetam a produção (como a quebra de

uma safra causada por fenômenos naturais).

4.3 - INFLAÇÃO INERCIAL

Esse tipo de inflação é tem sua cauda no efeito psicológico dos agentes,

quando acreditam na elevação dos níveis de preço e agem de tal modo

que a inflação de fato se concretize.

Em outras palavras, está relacionada às expectativas dos agentes e sua

memória inflacionária. Presente em economias com preços indexados.

Pode-se dizer ainda que é a aquela em que a inflação presente é uma

função da inflação passada.

Sua causa é, portanto, a inércia inflacionária, que é a resistência que os

preços de uma economia oferecem às políticas de estabilização que

atacam as causas primárias da inflação.

Seu grande vilão é a "indexação", que é o reajuste do valor das parcelas

de contratos pela inflação do período passado.

4.4 – INFLAÇÃO MONETÁRIA

A inflação cuja causa é monetária, como o próprio nome sugere vem da

emissão de moeda/meios de pagamentos, é causada pelo crescimento

dos meios de pagamento, que não é acompanhado pelo crescimento da

produção. Basicamente é a emissão exagerada e até certo ponto

descontrolada de moeda por parte do governo.

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Dentro deste contexto a inflação da moeda é estreitamente relacionada

com a inflação de demanda, pois quando o governo pratica a emissão de

moeda (aumentando a base monetária) cria na população, a curto prazo,

a ideia do aumento do poder aquisitivo.

Existem outros conceitos de inflação:

INFLAÇÃO REPRIMIDA

Os preços não sobem ou sobem pouco devido às medidas governamentais

de contenção como tabelamento de preços, racionamento e etc.

INFLAÇÃO ESTRUTURAL

Ocorre pela elevação dos custos de produção, porém, ao contrário da

inflação de custo é causada pela configuração da infraestrutura existente

no local (estradas, transporte, energia e etc), que afetam os custos dos

processos de produção, distribuição e fornecimento.

Os economistas da chamada corrente estruturalista dizem que a inflação

em países em vias de desenvolvimento é essencialmente causada por

pressões de custos derivados de questões estruturais como a agrícola e a

de comércio internacional. Para eles, de modo distinto, a inflação de

demanda é acarretada basicamente por uma certa defasagem entre a

quantidade ofertada e a quantidade demandada, sendo esta última bem

maior do que a primeira, causando dessa forma uma pressão nos preços

em função de um certo patamar de demanda reprimida.

CURVA DE PHILLIPS E EQUAÇÃO DE FISHER

Galera, é muito comum aparecerem questões de prova sobre inflação

mencionado dois economistas e suas teorias: Phillips e Fisher.

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Vamos conhecer um pouquinho suas ideias!

A chamada “curva de phillips” é um conceito da economia, mais

especificamente da macroeconomia que relaciona inflação com

desemprego. Através desta análise pode-se ver como se relacionam estes

dois conceitos.

A teoria desenvolvida por Phillips dizia que a relação da inflação e

da taxa de desemprego são inversamente proporcionais, ou seja,

quando cresce a inflação cai a taxa de desemprego.

Esta teoria foi comprovada a partir da análise de curto período das taxas

de inflação e desemprego no Reino Unido no período que ia de 1957 a

1961 e posteriormente analisando curtos períodos das mesmas

informações nos EUA pode-se comprovar o funcionamento desta teoria.

No entanto, posteriormente, economistas ao analisarem mais

profundamente perceberam que não é uma regra geral, que esta

relação só se aplica desta forma quando a taxa de inflação está a

cima do esperado, sendo que, a médio prazo, esta taxa superior acaba

sendo a taxa esperada invalidando esta relação. Verificou-se que a

relação correta se dava entre a taxa de desemprego e a variação

em si da taxa de inflação.

Assim, pela chamada “curva de Phillips”, esperava-se que uma inflação

alta manteria um desemprego menor. Ou seja, que se poderia “escolher”

entre um desemprego de 5% com uma inflação de 1%, ou um

desemprego de 4% com inflação de 2% e assim por diante. Isso com

fundamento lógico na constatação de que com inflação mês a mês,

aumentando os preços dos produtos fabricados mês após mês, e

mantendo-se fixos os salários por um ano todo, fica cada vez mais fácil às

empresas manter e até contratar mais empregados.

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Por sua vez, o economista Irving Fisher, em 1962, ampliou o estudo

de Phillips para avaliar a relação entre a taxa de desemprego e a

inflação.

Resumidamente, de acordo com Fisher, ao investir, os agentes levam em

consideração a taxa de juros real, e não nominal.

Nessa linha de raciocínio, como, ao investir, eles não sabem a inflação

que ocorrerá no período em que tiver pagando esses juros ou abrindo

mão dele (custo de oportunidade), eles se pautam pela inflação esperada.

Assim, de acordo com o chamado efeito Fisher, para dada taxa de juros,

quanto maior a inflação esperada, menor os juros reais e, assim sendo,

maior é o investimento.

Galera, em termos de teoria, paramos hoje por aqui!

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8. QUESTÕES PROPOSTAS

01) (CESPE / ARE – SEFAZ-AC/2006) As empresas podem reagir a

um aumento da demanda agregada de várias maneiras.

Em consonância com a reação a ser adotada pelas empresas, a hipótese

mais plausível consiste em:

a) diminuir a produção física, aumentando os preços, ampliando a

capacidade ociosa.

b) aumentar os preços sem aumentar a produção física, se os recursos

estiverem plenamente empregados.

C) aumentar a produção, diminuindo os preços, até atingir a

capacidade plena.

d) reduzir preços e produção, se as empresas estiverem operando a

plena capacidade.

02) (CESPE/ TCU/ AUDITOR/2007) A macroeconomia lida com os

grandes agregados econômicos e, por essa razão, é importante para se

avaliar o desempenho global das economias de mercado.

Acerca desse assunto, julgue os itens subsequentes.

A redução das taxas de juros, que vem sendo paulatinamente

implementada no Brasil, desloca para cima e para a direita, a função de

consumo keynesiana.

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03) (FCC /TCE-CE/ACE/2008) O Produto Interno Bruto de uma

economia é igual ao somatório dos valores de produção de bens e

serviços

a) dessa economia em uma determinada unidade de tempo.

b) finais dessa economia em uma determinada data no ano-calendário.

c) dessa economia em uma determinada data no ano-calendário.

d) finais dessa economia em uma determinada unidade de tempo.

e) finais dessa economia, acrescido do valor das importações, em uma

determinada unidade de tempo.

04) (FCC /TCE-CE/ACE/2008) Suponha uma economia hipotética sem

governo, na qual tenham ocorrido as seguintes transações:

I. A empresa A adquire insumos da empresa C no valor de 100 e produz

bens no valor de 300, sendo 70% da produção vendida para a

empresa B e o restante para consumidores finais.

II. A empresa B, com os insumos adquiridos da empresa A, fabrica bens

no valor de 400, dos quais 20% são vendidos como insumos para a

empresa C e o restante para consumidores finais.

III. A empresa C, com os insumos adquiridos da empresa B, fabrica bens

no valor de 200, dos quais 50% são vendidos para a empresa A e o

restante para consumidores finais.

Considerando essas informações, é correto concluir que o valor agregado

por essa economia é

a) maior que a renda.

b) 900.

c) 760.

d) 530.

e) 510.

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05) (FCC /TCE-CE/ACE/2008) Considere as definições das siglas a

seguir:

C = Consumo privado

I = Investimento privado

G = Gastos totais do Governo

X = Exportação de bens e serviços

M = Importação de bens e serviços

A demanda agregada da economia, supondo-se que a oferta agregada

seja infinitamente elástica, é representada pela seguinte expressão:

a) C + I + G (–) X + M

b) C + I + G + X (−) M

c) C + I (−) G (–) X + M

d) C + I + G + X + M

e) (C + I + G) (–) (X + M)

06) (FCC /MPU/ANALISTA/2010) Instruções: Utilize as seguintes

informações, e somente elas, para responder à questão.

Importações de bens e serviços não fatores ............. 1.700

Consumo Final...................................................... 6.900

Variação de estoques................................................ 900

Formação bruta de capital fixo................................. 2.800

Renda líquida recebida do exterior ............................. 100

Déficit do balanço de pagamentos em transações c....... 300

O Produto Interno Bruto dessa economia é

a) 9.900

b) 10.000

c) 10.100

d) 10.200

e) 10.300

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07) (FCC /SEFIN-RO/AFTE/2010) É correto afirmar que

a) o PNL corresponde ao PIB, deduzida a depreciação do estoque de

capital físico da economia.

b) a diferença entre o PIB e o PIL de uma economia é o montante de sua

carga tributária líquida.

c) a Renda Nacional de uma economia é obtida a partir de seu PIB a

preços de mercado, deduzidos a depreciação do estoque de capital, a

renda líquida enviada para o exterior, e os impostos indiretos líquidos dos

subsídios.

d) a Renda Pessoal Disponível de uma economia é obtida a partir de seu

PIB medido a custo de fatores, deduzido o saldo da balança comercial e

sua variação de estoques e adicionada a carga tributária bruta.

e) a Renda Pessoal, em uma economia, corresponde à Renda Nacional,

deduzidos os impostos indiretos e as contribuições previdenciárias, outras

receitas correntes do Governo e os lucros não distribuídos pelas

empresas.

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08) (FCC/PREFEITURA DE SP/AFTM/2012) Foram extraídos os

seguintes dados, em milhões de reais, referentes às Contas Nacionais do

Brasil em um determinado ano-calendário:

Consumo Final................................................... 2.666.752

Exportação de Bens e Serviços.............................. 355.653

Consumo Intermediário....................................... 2.686.362

Formação Bruta de Capital Fixo ............................ 585.317

Variação de Estoques (negativa) ............................. (7.471)

Produto Interno Bruto a preços de mercado ......... 3.239.404

O valor da importação de bens e serviços, em milhões de reais, nesse

mesmo ano, correspondeu a

a) 351.479.

b) 353.376.

c) 380.457.

d) 375.789.

e) 360.847.

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09) (FCC/PREFEITURA-SP/AFTM/2012) Em um país hipotético, o

PIB nominal, em bilhões de unidades monetárias, e o índice geral de

preços (IGP) são os apresentados na tabela a seguir:

Para este país,

a) a partir de 2007, houve recessão na economia em termos nominais.

b) entre 2006 e 2007, o PIB apresentou variação real negativa.

c) a partir de 2008, houve crescimento real ininterrupto do PIB.

d) os valores do PIB em 2006 e 2009 são equivalentes, ambos medidos a

preços de 2009.

e) em 2010, o PIB apresentou crescimento real comparativamente a

2009.

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10) (UFG/ Prefeitura de Goiânia /AOF/2012) Existem duas formas

de representação do Produto Nacional: uma, a custo de fatores e, a

outra, a preços de mercado.

O Produto Nacional Líquido a custo de fatores é igual ao:

(A) Produto Nacional Bruto a preços de mercado + depreciação –

impostos indiretos + subsídios.

(B) Produto Nacional Líquido a preços de mercado + depreciação –

impostos indiretos + subsídios.

(C) Produto Interno Bruto a preços de mercado – depreciação – impostos

indiretos – subsídios.

(D) Produto Nacional Bruto a preços de mercado – depreciação –

impostos indiretos + subsídios.

11) (UFG/ Prefeitura de Goiânia /AOF - Economista/ 2012) O

Produto Interno Bruto (PIB) pode ser mensurado pelo lado da oferta ou

pelo lado da demanda. No cálculo do PIB, pelo lado da demanda final, as

importações do país:

(A) não são contabilizadas, porque não são produzidas no país.

(B) são contabilizadas com sinal positivo.

(C) são contabilizadas no caso de superávit na Balança Comercial.

(D) são contabilizadas com sinal negativo.

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12) (FUNDAÇÃO DOM CINTRA/ISS-BH/AUDITOR/2012) Uma

economia hipotética, num determinado período de tempo, registrou os

dados a seguir especificados:

Depreciação 3.000

Importações 2.400

Impostos Diretos 6.000

Impostos Indiretos 4.500

Produto Interno Líquido a custo de fatores 45.000

Renda Líquida Enviada ao Exterior 3.400

Renda Recebida do Exterior 2.500

Subsídios 1.600

Conclui-se que Produto Nacional Bruto a preços de mercado apresenta o

seguinte valor:

A) $ 41.500

B) $ 45.900

C) $ 47.500

D) $ 50.000

E) $ 53.500

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13) (UFG/ Prefeitura de Goiânia /AOF/2012) PIB e PNB são

medidas do fluxo de riqueza. Normalmente, PIB refere-se à produção no

país e PNB refere-se à produção do país. Assim, nos países mais pobres,

o PIB é maior do que o PNB porque:

(A) suas exportações são maiores que suas importações.

(B) suas importações são maiores que suas exportações.

(C) a renda enviada para o exterior é maior do que a renda recebida do

exterior.

(D) a renda enviada para o exterior é menor do que a renda recebida do

exterior.

14) (UFG/ Prefeitura de Catalão /AOF/2012) PIB e PNB são

medidas do produto de uma região, em um determinado período.

Considerando que a região em questão seja um país, o primeiro refere-se

ao conjunto de bens e serviços elaborados, dentro de suas fronteiras

territoriais, e o segundo refere-se ao que pertence ao país, ou seja, o que

lhe é de direito, considerando o produto de suas empresas, estejam onde

estiverem.

Geralmente, nos países mais desenvolvidos, em valores brutos,

(A) o PIB é menor do que o PNB.

(B) o PIB é maior do que o PNB.

(C) o PIB é igual ao PNB.

(D) o PIB é o dobro do PNB.

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15) (FCC/PREFEITURA-SP/AFTM/2012) Em um país hipotético, o

PIB nominal, em bilhões de unidades monetárias, e o índice geral de

preços (IGP) são os apresentados na tabela a seguir:

Para este país,

a) a partir de 2007, houve recessão na economia em termos nominais.

b) entre 2006 e 2007, o PIB apresentou variação real negativa.

c) a partir de 2008, houve crescimento real ininterrupto do PIB.

d) os valores do PIB em 2006 e 2009 são equivalentes, ambos medidos a

preços de 2009.

e) em 2010, o PIB apresentou crescimento real comparativamente a

2009.

16) (UFG/ Prefeitura de Goiânia /AOF/2012) A economia é

conceituada por diversos autores como a ciência da escassez. Nessa

concepção, em uma economia de mercado, os problemas econômicos de

“o quê produzir”, “quanto produzir”, “como produzir” e “para quem

produzir” são equacionados pelo:

(A) montante de fatores produtivos disponíveis.

(B) planejamento estratégico governamental.

(C) mecanismo de preços em geral.

(D) nível de conhecimento tecnológico.

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17) (FCC /TCE-PR/ACE/2012) Os seguintes dados foram extraídos

das Contas Nacionais de um país (em milhões de unidades monetárias):

Importação de bens e serviços não fatores ........... 1.750

Variação de estoques ..................................................... 250

Formação bruta de capital fixo............................................. 2.300

Produto Interno Bruto, a preços de mercado ....................... 14.700

Exportação de bens e serviços não fatores .....................2.500

Impostos indiretos.............................................................. 2.900

Subsídios ........... ............................................................ 380

O Consumo Final da Economia (das Famílias e da Administração Pública)

nesse país correspondeu, em milhões de unidades monetárias, a

a) 11.020.

b) 11.400.

c) 11.650.

d) 14.300.

e) 13.920.

18) (FCC /SEFAZ-SP/APO/2010) Os impostos indiretos líquidos de

subsídios concedidos ao setor privado são agregados econômicos que

diferenciam os conceitos de

a) PIB a preços de mercado e PIB a custo de fatores.

b) PIL a custo de fatores e PNB a preços de mercado.

c) PIB a custo de fatores e PNL a preços de mercado.

d) PNB a preços de mercado e Renda Pessoal Disponível.

e) PNB a preços de mercado e PNL a preços de mercado.

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19) (FCC /DPE-RS/ANALISTA/2013) Em uma economia, a renda

líquida recebida do exterior é superior, em valor absoluto, ao montante

da depreciação do estoque de capital da economia. Portanto, o Produto

a) Interno Bruto é maior que o Produto Nacional Bruto.

b) Nacional Bruto é menor que o Produto Nacional Líquido.

c) medido a preços de mercado é menor que o Produto medido a custo de

fatores.

d) Interno Líquido é maior que o Produto Nacional Bruto.

e) Nacional Líquido é maior que o Produto Interno Bruto.

20) (CEPERJ/SEFAZ-RJ/OFICIAL CONTROLE INTERNO/2013)

Considere os seguintes dados das Contas Nacionais do Brasil (valores

hipotéticos, em milhões de reais):

· Produto interno líquido a preços de mercado: 10.000

· Impostos indiretos: 1.500

· Depreciação de capital fixo: 500

· Renda líquida enviada para o exterior: 120

· Subsídios: 400

Podemos concluir que o produto nacional bruto a custo de fatores

equivale a:

A) 9.280

B) 10.500

C) 10.380

D) 11.480

E) 10.620

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21) CETRO/ISS-SP/AUDITOR Fiscal/2014 (ADAPTADA) Com

relação aos conceitos básicos de macroeconomia, marque V para

verdadeiro ou F para falso e, em seguida, assinale a alternativa que

apresenta a sequência correta.

( ) Países com a renda líquida enviada ao exterior negativa possuem um

PNB maior do que o PIB.

( ) No sistema de contas nacionais considerado economia aberta com

governo, exportações de bens e serviços não fatores são lançadas a

crédito na conta transações com o resto do mundo e a débito na conta de

capital.

( ) Na identidade macroeconômica para economia aberta, em que Y + M

= C + I + G + X, o lado esquerdo da expressão representa a oferta

agregada global.

(A)V/V/V

(B)V/F/V

(C)F/V/F

(D)V/F/F

(E) F/F/ V

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22) (CETRO/ISS-SP/AUDITOR Fiscal/2014) A tabela abaixo

apresenta informações da evolução dos preços (P) e a quantidade (Q) de

três produtos (A, B e C), entre os anos de 2012 e 2013.

Assinale a alternativa que apresenta o índice Laspeyres de preços para

esses três produtos, no período considerado, tomando por base o ano de

2012.

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23) (FCC/ICMS-RJ/AUDITOR/2014) De acordo com a teoria da

ciência econômica, referem-se a conceitos econômicos, levados em conta

nas decisões individuais:

I. O trade off entendido como termo que define uma situação de escolha

conflitante, ou seja, quando uma ação econômica, visando à resolução de

determinado problema acarreta, inevitavelmente, outros problemas.

II. O custo de oportunidade é aquilo que o agente econômico deve ter de

recompensa para abrir mão de algum consumo.

III. A mudança marginal que é um pequeno ajuste incremental em um

plano de ação não revestido de racionalidade econômica.

IV. O incentivo que é algo que induz os indivíduos a agir, tal como a

perspectiva de uma punição ou recompensa.

Está correto o que se afirma em

(A) I, II, III e IV.

(B) I e II, apenas.

(C) II e III, apenas.

(D) I e IV, apenas.

(E) III e IV, apenas.

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24) (FCC/ICMS-RJ/AUDITOR/2014) O Produto Interno Bruto − PIB

a preços de mercado mede o total dos bens e serviços produzidos pelas

unidades residentes que têm como destino um uso final (exclui consumo

intermediário).

Considerando-se a ótica de mensuração do PIB pela demanda, é

correto afirmar que o seu cômputo é dado

(A) pela despesa de consumo final mais o total de impostos, líquidos de

subsídios sobre a produção e a importação, mais a formação bruta de

capital fixo, mais a variação de estoques, mais as exportações de bens e

serviços, menos as importações de bens e serviços.

(B) pelo valor da produção menos o consumo intermediário, mais os

impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos não incluídos no valor da

produção.

(C) pela remuneração dos empregados mais o total dos impostos, líquidos

de subsídios, sobre a produção e a importação, mais o rendimento misto

bruto, mais o excedente operacional bruto.

(D) pela despesa de consumo final mais a formação bruta de capital fixo,

mais a variação de estoques, mais as exportações de bens e serviços,

menos as importações de bens e serviços.

(E) pelo valor da produção menos o consumo intermediário, mais os

impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos não incluídos no valor da

produção, mais as exportações de bens e serviços, menos as importações

de bens e serviços.

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25) (FCC/SEFAZ-PE/AFTE/2014) No que tange ao cômputo dos

agregados macroeconômicos e ao registro das contas nacionais de um

país, é correto afirmar:

a) O valor de impostos indiretos líquidos de subsídios é o que diferencia a

mensuração do produto em seus conceitos “a preços de mercado” e “a

custo de fatores”.

b) Na conta destinada a registrar as transações com o resto do mundo,

as importações de bens são lançadas a débito e as exportações de bens

são lançadas a crédito.

c) O Produto Interno Bruto será inferior ao Produto Nacional Bruto

quando a Renda Líquida de Fatores de Produção enviada para o exterior

for positiva.

d) Não é possível aferir o valor do Produto Interno Bruto a partir da

análise das contas nacionais, qualquer que seja o modelo de

contabilização adotado.

e) Produto Nacional Bruto e Produto Interno Líquido diferem pelo valor da

depreciação do estoque de capital da economia.

26) (FCC/METRO-SP/ADV JR/2014) O total das remunerações pagas

aos proprietários dos fatores de produção que são residentes no país

corresponde ao agregado macroeconômico denominado:

a) Renda Nacional Líquida a custo de fatores.

b) Produto Nacional Bruto a preços de mercado.

c) Produto Interno Bruto a custo de fatores.

d) Renda Interna Líquida a preços de mercado.

e) Renda Interna Bruta a preços de mercado.

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27) (FCC/METRO-SP/ADV JR/2014) Um estudo divulgado pela

Receita Federal do Brasil informou que a Carga Tributária Bruta brasileira

passou de 35,31% do PIB em 2011 para 35,85% do PIB em 2012.

Considerando os conceitos de Carga Tributária Bruta e Carga Tributária

Líquida, é correto afirmar:

a) É condição necessária para a elevação da Carga Tributária Bruta que a

arrecadação tributária de todas as esferas de governo tenha aumentado

como proporção do PIB.

b) A Carga Tributária Líquida do Brasil deve ser inferior a 35% do PIB,

pois neste conceito não são computados os impostos indiretos como o

Imposto sobre Produtos Industrializados.

c) A medida da Carga Tributária Bruta como percentual do produto da

economia se faz pela razão entre a arrecadação tributária das três esferas

de governo e o PIB medido a preços de mercado, ambos em termos

nominais.

d) Verificar o crescimento da Carga Tributária Bruta entre 2011 e 2012 é

suficiente para concluir que houve decréscimo do PIB brasileiro no mesmo

período.

e) A medida da Carga Tributária Bruta como percentual do produto da

economia se faz pela razão entre a arrecadação tributária federal e o PIB

medido a custo de fatores, ambos em termos nominais.

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28) (FGV / DPE-MT/ECONOMISTA/2015) Considere as seguintes

siglas:

PIB = Produto Interno Bruto, PNB = Produto Nacional Bruto,

PIL = Produto Interno Líquido e PNL = Produto Nacional Líquido.

Se o governo impedir o envio ou recebimento de rendimentos do exterior

e zerar os impostos indiretos e os subsídios, pelas identidades

macroeconômicas básicas teremos:

a) PIB a preços de mercado = PNB a custo de fatores.

b) PIB a preços de mercado = PNL a custo de fatores.

c) PIL a preços de mercado = PNB a custo de fatores.

d) PIL a preços de mercado > PNL a custo de fatores.

e) PIB a preços de mercado > PIB a custo de fatores.

29) (FGV / DPE-MT/ECONOMISTA/2015) Um aumento do PIB

(Produto Interno Bruto) a custo de fatores, mantido constante o PIB a

preços de mercado, deve ser compensado por:

a) redução da depreciação;

b) aumento dos subsídios e redução dos impostos indiretos;

c) redução dos impostos diretos;

d) redução da renda líquida enviada ao exterior e aumento dos impostos

diretos e indiretos;

e) redução do Produto Nacional Bruto a custo de fatores.

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30) (FGV / TCM-SP/ Agente Fiscal/2015) Considere as seguintes

informações:

Poupança do setor privado = 50

Subsídios = 10

Impostos Indiretos = 10

Impostos Diretos = 30

Exportações = 50

Importações = 25

Saldo da Balança de Serviços = 0

Saldo da Conta de Rendas = 0

Transferências Unilaterais = 0

Variação dos estoques = 5

Formação Bruta de Capital Fixo = 5

Transferências do governo = Outras Receitas Líquidas

A partir dessas informações (medidas em bilhões de reais) e dos

conceitos de contas nacionais, o gasto do governo é igual a:

a) 35;

b) 40;

c) 45;

d) 50;

e) 60.

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31) (FGV / TCM-SP/ Agente Fiscal/2015) Considere o Sistema de

Contas Nacionais, baseado em quatro contas: produção, utilização da

renda, formação de capital e das operações da economia com o resto do

mundo.

A estática comparativa de acordo com tal sistema é:

a) um aumento da renda nacional líquida a preços de mercado pode ser

compensado por uma redução do consumo do governo;

b) um aumento do excedente operacional bruto pode ser decorrente do

aumento das exportações de bens e serviços de não-fatores;

c) uma redução dos recebimentos correntes pode levar a um aumento da

renda recebida do exterior;

d) um aumento do investimento em bens de capital, com aumento da

depreciação, leva à elevação do total da formação de capital;

e) um aumento dos impostos indiretos e redução dos subsídios leva a

uma redução da apropriação da renda nacional disponível líquida.

32) (ESAF/MPOG/APO/2015) Considerando os conceitos básicos em

macroeconomia, é correto afirmar que:

a) a dívida pública não pode ser maior do que o déficit público nominal.

b) independente da renda enviada ou recebida do exterior, a dívida

pública total do governo pode ser maior do que o Produto Nacional Bruto.

c) a poupança externa nunca pode ser negativa.

d) um aumento no valor nominal do PIB implica necessariamente em um

aumento na renda real da economia.

e) O PIB nominal não é influenciado pela inflação já que se trata de uma

medida de desempenho real da economia.

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33) (ESAF/MPOG/APO/2015) Considere:

A = Produto Interno Bruto

B= Remuneração dos empregados

C = Impostos sobre a produção e a importação

D = Subsídios à produção

E = Excedente operacional bruto e rendimento misto bruto

É correto, então, afirmar que:

a) A = B + C – E

b) A = B + C – D

c) A = B – E

d) A – B + C – D = 0

e) A = B + C – D + E

34) (FCC/TCM-AM/Auditor/2015) Em macroeconomia, sabendo que:

Y é o Produto Interno Bruto (PIB), C é o consumo das famílias, I é

investimento privado, G são os gastos do governo, X são as exportações

e M são as importações, a identidade macroeconômica básica, também

conhecida como equação do PIB pelo lado da demanda, é dada por:

a) Y=C+G+I

b) Y=C+G+I−(X−M)

c) Y=C+G+I+(X−M)

d) Y=C+G+I+(M−X)

e) Y=C+X+I−(G−M)

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35) (FCC/MANAUSPREV/AP/2015) Considere uma economia aberta

em que o governo recolha impostos e efetue gastos. A Contabilidade

Nacional pode ser sucintamente representada pela seguinte relação: Y =

C + I + G + X − M, em que as variáveis representam, respectivamente,

a renda interna bruta, o consumo agregado, o investimento, os gastos do

governo, as exportações e as importações. Essa equação

a) indica o produto interno líquido, pois os impostos não estão

contabilizados, isto é, já foram deduzidos dos valores brutos.

b) denota o produto nacional bruto, uma vez que desconta o valor das

importações.

c) representa o equilíbrio macroeconômico fundamental, em que a

diferença entre o valor dos investimentos e do consumo sinaliza a

remessa de rendas de residentes estrangeiros para suas famílias no

exterior.

d) revela a necessidade de poupança externa como o diferencial entre os

valores das importações e exportações, indicado pela relação, após algum

rearranjo algébrico, S − I = X − M, em que S contempla tanto a

poupança pública quanto a privada.

e) exprime a mensuração do PIB pela ótica da renda, uma vez que o

consumo apenas pode existir se houver renda.

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9. GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15

B C D E B D C E D D D C C A D

16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

C B A E A B A D D A A C A B C

31 32 33 34 35

B B E C D

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10. QUESTÕES COMENTADAS

Nada como fazer umas questões enquanto se espera a próxima aula. É

importante que você tenha lido a parte teórica antes. Os comentários

consideram a premissa anterior.

01) (CESPE / ARE – SEFAZ-AC/2006) As empresas podem reagir a

um aumento da demanda agregada de várias maneiras.

Em consonância com a reação a ser adotada pelas empresas, a hipótese

mais plausível consiste em:

a) diminuir a produção física, aumentando os preços, ampliando a

capacidade ociosa.

b) aumentar os preços sem aumentar a produção física, se os recursos

estiverem plenamente empregados.

C) aumentar a produção, diminuindo os preços, até atingir a

capacidade plena.

d) reduzir preços e produção, se as empresas estiverem operando a

plena capacidade.

Comentários

Pessoal, se aumentou a procura pelos produtos, as empresas vão tentar

aumentar a produção e/ou aumentar os preços.

A única alternativa nesse sentido é a letra b.

Nessa alternativa, aumenta-se apenas os preços, se as empresas já

estiverem no pleno emprego (100% da capacidade).

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02) (CESPE/ TCU/ AUDITOR/2007) A macroeconomia lida com os

grandes agregados econômicos e, por essa razão, é importante para se

avaliar o desempenho global das economias de mercado. Acerca desse

assunto, julgue os itens subsequentes.

A redução das taxas de juros, que vem sendo paulatinamente

implementada no Brasil, desloca para cima e para a direita, a função de

consumo keynesiana.

Comentários

Boa questão. Exigiu bom raciocínio dos candidatos.

A princípio, a função consumo do modelo keynesiano que estudamos hoje

não tem relação com a taxa de juros. Como visto a função consumo tem

relação direta com a renda.

Mas qual o efeito que a redução da taxa de juros tem no consumo? Amigo

(a), quando a taxa de juros diminui o consumo aumenta, pois, por

exemplo, as prestações nas compras a prazo diminuem. Concorda?

Assim, a Curva de demanda agregada é realmente deslocada para a

direita e para cima, pois a demanda agregada da economia como um todo

aumenta.

Outra forma de analisar essa afirmativa é fazendo a análise pelo lado da

poupança. Se você costuma poupar e está acostumado com uma

rentabilidade, digamos de 12% ao ano, o que você faria se essa taxa

fosse reduzida para 2% ao ano? Provavelmente você diminuiria a parcela

da sua renda destinada à poupança e aumentaria a parcela destinada ao

consumo. Assim como você, a economia em geral também reage assim!

Diante do exposto, a afirmativa está certa e o gabarito é C!

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03) (FCC /TCE-CE/ACE/2008) O Produto Interno Bruto de uma

economia é igual ao somatório dos valores de produção de bens e

serviços

a) dessa economia em uma determinada unidade de tempo.

b) finais dessa economia em uma determinada data no ano-calendário.

c) dessa economia em uma determinada data no ano-calendário.

d) finais dessa economia em uma determinada unidade de tempo.

e) finais dessa economia, acrescido do valor das importações, em uma

determinada unidade de tempo.

Comentários

Vamos analisar as alternativas e escolher a correta, ou melhor, a mais

correta.

a) faltou a palavra finais logo após bens e serviços, já que não soma os

intermediários.

b) o PIB é uma variável “tipo fluxo”, ou seja, é medido em um

determinado período, ou seja, um ano, um mês, etc. Se fosse uma

variável do tipo estoque, aí sim seria numa data.

c) o PIB é uma variável “tipo fluxo”, ou seja, é medido em um

determinado período. Se fosse uma variável do tipo estoque, aí sim seria

numa data.

d) é a melhor opção.

e) as importações são excluídas. Veja a fórmula!

O GABARITO é D!

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04) (FCC /TCE-CE/ACE/2008) Suponha uma economia hipotética sem

governo, na qual tenham ocorrido as seguintes transações:

I. A empresa A adquire insumos da empresa C no valor de 100 e produz

bens no valor de 300, sendo 70% da produção vendida para a

empresa B e o restante para consumidores finais.

II. A empresa B, com os insumos adquiridos da empresa A, fabrica bens

no valor de 400, dos quais 20% são vendidos como insumos para a

empresa C e o restante para consumidores finais.

III. A empresa C, com os insumos adquiridos da empresa B, fabrica bens

no valor de 200, dos quais 50% são vendidos para a empresa A e o

restante para consumidores finais.

Considerando essas informações, é correto concluir que o valor agregado

por essa economia é

a) maior que a renda.

b) 900.

c) 760.

d) 530.

e) 510.

Comentários

Vamos calcular os valores agregados de cada uma das três situações e

somá-los.

I) se A comprou 100 e produziu 300, logo agregou 200.

II) se B comprou 210 e fabricou 400, logo agregou 190.

III) se C comprou 80 e fabricou 200, logo agregou 120.

Assim temos o valor agregado = 200+190+120 = 510. O GABARITO é E!

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05) (FCC /TCE-CE/ACE/2008) Considere as definições das siglas a

seguir:

C = Consumo privado

I = Investimento privado

G = Gastos totais do Governo

X = Exportação de bens e serviços

M = Importação de bens e serviços

A demanda agregada da economia, supondo-se que a oferta agregada

seja infinitamente elástica, é representada pela seguinte expressão:

a) C + I + G (–) X + M

b) C + I + G + X (−) M

c) C + I (−) G (–) X + M

d) C + I + G + X + M

e) (C + I + G) (–) (X + M)

Comentários

Galera, para fins de FCC está fórmula básica tem que estar em mente:

PIB = C + I + G + X – M

Acharam ela entre as alternativas?

O GABARITO é B!

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06) (FCC /MPU/ANALISTA/2010) Instruções: Utilize as seguintes

informações, e somente elas, para responder à questão.

Importações de bens e serviços não fatores ............. 1.700

Consumo Final...................................................... 6.900

Variação de estoques................................................ 900

Formação bruta de capital fixo................................. 2.800

Renda líquida recebida do exterior ............................. 100

Déficit do balanço de pagamentos em transações c....... 300

O Produto Interno Bruto dessa economia é

a) 9.900

b) 10.000

c) 10.100

d) 10.200

e) 10.300

Comentários

Galera, vamos usar a fórmula pela ótica da despesa.

DIB = C + I + G + X – M = PIB

Onde:

C = Despesas de Consumo dos indivíduos, ao comprar os bens e serviços

finais;

I = Despesas de Investimento das empresas, ao comprar

máquinas/equipamentos, etc.

G = Despesas do Governo, ao gastar com a aquisição de bens de

consumo ou bens de investimento;

X = Despesas do setor externo com os nossos produtos, mandados ao

exterior através das exportações;

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M = as importações entram com o sinal negativo porque representam

deduções da despesa nacional. Isto ocorre pelo fato de que quando

realizamos importações estamos gastando menos com nossos próprios

produtos (menos despesa nacional) e gastando mais com o produto

gerado no exterior (contribuindo, desse modo, com a despesa nacional do

outro país).

Temos, portanto:

PIB = 6.900 + 900 + 2.800 + 0 + 1.300 – 1.700

PIB = 10.200

Assim, o GABARITO é D!

07) (FCC /SEFIN-RO/AFTE/2010) É correto afirmar que

a) o PNL corresponde ao PIB, deduzida a depreciação do estoque de

capital físico da economia.

b) a diferença entre o PIB e o PIL de uma economia é o montante de sua

carga tributária líquida.

c) a Renda Nacional de uma economia é obtida a partir de seu PIB a

preços de mercado, deduzidos a depreciação do estoque de capital, a

renda líquida enviada para o exterior, e os impostos indiretos líquidos dos

subsídios.

d) a Renda Pessoal Disponível de uma economia é obtida a partir de seu

PIB medido a custo de fatores, deduzido o saldo da balança comercial e

sua variação de estoques e adicionada a carga tributária bruta.

e) a Renda Pessoal, em uma economia, corresponde à Renda Nacional,

deduzidos os impostos indiretos e as contribuições previdenciárias, outras

receitas correntes do Governo e os lucros não distribuídos pelas

empresas.

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Comentários

Vamos analisar cada uma das alternativas e escolher a correta.

a) está errada já que o PNL corresponde ao PNB menos a depreciação.

b) também errada, já que a mencionada diferença é depreciação.

c) correta definição de Renda Nacional. É O GABARITO!

d) errada, visto que a renda pessoal disponível é obtida a partir do PIB a

preços de mercado.

e) errada, pois a renda pessoal logicamente depende daqueles lucros que

efetivamente foram distribuídos pelas empresas.

Assim, o GABARITO é C!

08) (FCC/PREFEITURA DE SP/AFTM/2012) Foram extraídos os

seguintes dados, em milhões de reais, referentes às Contas Nacionais do

Brasil em um determinado ano-calendário:

Consumo Final................................................... 2.666.752

Exportação de Bens e Serviços.............................. 355.653

Consumo Intermediário....................................... 2.686.362

Formação Bruta de Capital Fixo ............................ 585.317

Variação de Estoques (negativa) ............................. (7.471)

Produto Interno Bruto a preços de mercado ......... 3.239.404

O valor da importação de bens e serviços, em milhões de reais, nesse

mesmo ano, correspondeu a

a) 351.479.

b) 353.376.

c) 380.457.

d) 375.789.

e) 360.847.

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Comentários

Pessoal, em primeiro lugar é fundamental termos em mente que o

chamado Consumo Intermediário não deve ser computado no cálculo do

PIB, já que em seu cálculo somente devem ser somados os bens e

serviços finais.

Tranquilo?

Pronto, agora vamos usar a equação básica do PIB a preços de mercado:

PIBpm = C + I + G + X – M

No caso da questão em tela, o examinador juntou o consumo das famílias

ao consumo do governo numa linha denominada consumo final, ou seja,

C + G = 2.666.752.

Em relação aos investimentos, temos:

I = FBCfixo + Variação dos estoques

I = 585.317 – 7.471

I = 577.846

Além desses dados, o examinador nos deu de bandeja o valor das

exportações e do PIBpm, e nos pediu o valor das importações.

Substituindo os valores temos:

3.239.404 = 2.666.752 + 577.846 + 355.653 – M

M = 3.600.251 - 3.239.404

M = 360.847

Assim, o GABARITO é E!

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09) (FCC/PREFEITURA-SP/AFTM/2012) Em um país hipotético, o

PIB nominal, em bilhões de unidades monetárias, e o índice geral de

preços (IGP) são os apresentados na tabela a seguir:

Para este país,

a) a partir de 2007, houve recessão na economia em termos nominais.

b) entre 2006 e 2007, o PIB apresentou variação real negativa.

c) a partir de 2008, houve crescimento real ininterrupto do PIB.

d) os valores do PIB em 2006 e 2009 são equivalentes, ambos medidos a

preços de 2009.

e) em 2010, o PIB apresentou crescimento real comparativamente a

2009.

Comentários

Vamos analisar cada uma das alternativas e escolher a correta.

a) errada. Observe que o PIB nominal cresceu em todos os anos.

b) errada. Repare que enquanto a inflação foi de 6%, o PIB subiu 7%.

c) errada. Veja que em 2008, por exemplo, a variação do PIB foi

exatamente igual à da inflação, ou seja, crescimento real zero.

d) correta! Veja que o PIB de 2006 ($ 1.000,00) corrigido pelo IGP do

período (15%) é exatamente igual ao PIB de 2009, ou seja, $ 1.150,00.

e) errada. Na verdade, a inflação de 2010 (fator = 21,90) foi superior ao

crescimento do PIB (fator = 20,75).

O GABARITO é D!

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10) (UFG/ Prefeitura de Goiânia /AOF/2012) Existem duas formas

de representação do Produto Nacional: uma, a custo de fatores e, a

outra, a preços de mercado.

O Produto Nacional Líquido a custo de fatores é igual ao:

(A) Produto Nacional Bruto a preços de mercado + depreciação –

impostos indiretos + subsídios.

(B) Produto Nacional Líquido a preços de mercado + depreciação –

impostos indiretos + subsídios.

(C) Produto Interno Bruto a preços de mercado – depreciação – impostos

indiretos – subsídios.

(D) Produto Nacional Bruto a preços de mercado – depreciação –

impostos indiretos + subsídios.

Comentários

Galera, não vamos “pentear o macaco”!

Em relação ao Produto, vamos relembrar os critérios de Diferenciação e

variáveis:

Bruto (B) X Líquido (L): o diferenciador é a depreciação (d), veja:

PNL = PNB – d

IL = IB -d

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Custo de Fatores (cf) X Preços de Mercado (pm) : o modificador é a

diferença entre Tributos Indiretos e Subsídios

PNBpm = PNBcf + Imp Ind – Sub

PIBpm = PIBcf + Imp Ind -Sub

Interno (I) X Nacional (N): o diferencial é a Renda Líquida Enviada ao

Exterior (REE – RRE)

PIB – RLEE = PNB

PIL – RLEE = PNL

Agora vamos direto à resolução:

O Produto Nacional Líquido a custo de fatores é igual ao que?

Partimos do Produto Nacional Bruto (PNB) , tiramos a depreciação (dep)

chegamos ao Líquido (PNL), concordam?

Se queremos a custo de fatores temos que tirar o Governo, certo?

Logo tiramos também os Impostos Indiretos e os Subsídios.

Logo temos:

PNL cf = PNB pm – dep – impostos indiretos + subsídios.

O gabarito, portanto, é a letra D.

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11) (UFG/ Prefeitura de Goiânia /AOF - Economista/ 2012) O

Produto Interno Bruto (PIB) pode ser mensurado pelo lado da oferta ou

pelo lado da demanda. No cálculo do PIB, pelo lado da demanda final, as

importações do país:

(A) não são contabilizadas, porque não são produzidas no país.

(B) são contabilizadas com sinal positivo.

(C) são contabilizadas no caso de superávit na Balança Comercial.

(D) são contabilizadas com sinal negativo.

Comentários

Vamos ver como fica uma das principais equações vistas anteriormente

sob a ótica da demanda, ou seja, da Despesa Interna Bruta – DIB:

DIB = C + I + G + X – M = PIB

Onde:

C = Despesas de Consumo dos indivíduos, ao comprar os bens e serviços

finais;

I = Despesas de Investimento das empresas, ao comprar

máquinas/equipamentos, etc.

G = Despesas do Governo, ao gastar com a aquisição de bens de

consumo ou bens de investimento;

X = Despesas do setor externo com os nossos produtos, mandados ao

exterior através das exportações;

M = as importações entram com o sinal negativo porque

representam deduções da despesa nacional. Isto ocorre pelo fato

de que quando realizamos importações estamos gastando menos

com nossos próprios produtos (menos despesa nacional) e

gastando mais com o produto gerado no exterior (contribuindo,

desse modo, com a despesa nacional do outro país).

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Logo, podemos notar que as importações são contabilizadas com sinal

negativo.

O gabarito, portanto, é a letra D.

12) (FUNDAÇÃO DOM CINTRA/ISS-BH/AUDITOR/2012) Uma

economia hipotética, num determinado período de tempo, registrou os

dados a seguir especificados:

Depreciação 3.000

Importações 2.400

Impostos Diretos 6.000

Impostos Indiretos 4.500

Produto Interno Líquido a custo de fatores 45.000

Renda Líquida Enviada ao Exterior 3.400

Renda Recebida do Exterior 2.500

Subsídios 1.600

Conclui-se que Produto Nacional Bruto a preços de mercado apresenta o

seguinte valor:

A) $ 41.500

B) $ 45.900

C) $ 47.500

D) $ 50.000

E) $ 53.500

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Comentários

Temos PILcf = 45.000

A banca pediu o quê?

Pediu o PNBpm!

Portanto temos que converter o PILcf em PNBpm, ou seja, converter o

Interno em Nacional, o Líquido em Bruto, e o custo de fatores em preços

de mercado.

Vamos por partes:

Interno –> Nacional:

PILcf = PNLcf + RLEE

45000 = PNLcf + 3400

PNLcf = 41600

Líquido –> Bruto:

PNBcf = PNLcf + Dep

PNBcf = 41600 + 3000

PNBcf = 44600

Custo de fatores –> Preço de mercado:

PNBpm = PNBcf + II – Sub

PNBpm = 44600 + 4500 – 1600

PNBpm = 47.500

Assim, o Gabarito é C!

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13) (UFG/ Prefeitura de Goiânia /AOF/2012) PIB e PNB são

medidas do fluxo de riqueza. Normalmente, PIB refere-se à produção no

país e PNB refere-se à produção do país. Assim, nos países mais pobres,

o PIB é maior do que o PNB porque:

(A) suas exportações são maiores que suas importações.

(B) suas importações são maiores que suas exportações.

(C) a renda enviada para o exterior é maior do que a renda recebida do

exterior.

(D) a renda enviada para o exterior é menor do que a renda recebida do

exterior.

Comentários

Galera, nos países mais pobres, o PIB é maior do que o PNB porque neles

normalmente estão instaladas filiais de empresas multinacionais, como,

por exemplo, Ford, Apple, Sony, LG, WW, etc. que enviam divisas como

royalties e dividendos para as matrizes no exterior em volume superior,

ao recebimento de divisas relativas a empresas nacionais (destes países

pobres) que por ventura venham a ter filiais no exterior.

Em suma, para países pobres, o normal é que a renda enviada para o

exterior seja maior do que a renda recebida do exterior

O gabarito, portanto, é a letra C.

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14) (UFG/ Prefeitura de Catalão /AOF/2012) PIB e PNB são

medidas do produto de uma região, em um determinado período.

Considerando que a região em questão seja um país, o primeiro refere-se

ao conjunto de bens e serviços elaborados, dentro de suas fronteiras

territoriais, e o segundo refere-se ao que pertence ao país, ou seja, o que

lhe é de direito, considerando o produto de suas empresas, estejam onde

estiverem.

Geralmente, nos países mais desenvolvidos, em valores brutos,

(A) o PIB é menor do que o PNB.

(B) o PIB é maior do que o PNB.

(C) o PIB é igual ao PNB.

(D) o PIB é o dobro do PNB.

Comentários

Questão da UFG muito parecida com a anterior, mas de modo diverso,

esta questão pede agora o que normalmente ocorre nos países mais

desenvolvidos.

Na verdade, ocorre o inverso, ou seja, o normal é que nos países ricos a

renda enviada para o exterior seja menor do que a renda recebida do

exterior, pois as filiais de empresas de países ricos situadas no exterior

mandam mais dinheiro para estes ricos países (recebem mais) do que sai

de divisas.

O gabarito, portanto, é a letra A.

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15) (FCC/PREFEITURA-SP/AFTM/2012) Em um país hipotético, o

PIB nominal, em bilhões de unidades monetárias, e o índice geral de

preços (IGP) são os apresentados na tabela a seguir:

Para este país,

a) a partir de 2007, houve recessão na economia em termos nominais.

b) entre 2006 e 2007, o PIB apresentou variação real negativa.

c) a partir de 2008, houve crescimento real ininterrupto do PIB.

d) os valores do PIB em 2006 e 2009 são equivalentes, ambos medidos a

preços de 2009.

e) em 2010, o PIB apresentou crescimento real comparativamente a

2009.

Comentários

Vamos analisar cada uma das alternativas e escolher a correta.

a) errada. Observe que o PIB nominal cresceu em todos os anos.

b) errada. Repare que enquanto a inflação foi de 6%, o PIB subiu 7%.

c) errada. Em 2009, enquanto o IGP foi de 109,18 para 115,00, ou seja,

inflação de 5,33%, o PIB nominal subiu de 1.123,50 para 1.115,00, ou seja, um crescimento nominal de 2,36%. Dessa forma, NO ANO DE 2009

não tivemos crescimento real, pois o crescimento nominal de 2,36%

descontando a inflação de 5,33% traduz crescimento real negativo de

2,97%. Assim, não podemos dizer que a partir de 2008, houve crescimento real ininterrupto do PIB o que torna a assertiva C incorreta.

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d) correta! Veja que o PIB de 2006 ($ 1.000,00) corrigido pelo IGP do

período (15%) é exatamente igual ao PIB de 2009, ou seja, $ 1.150,00.

e) errada. Na verdade, a inflação de 2010 (fator = 21,90) foi superior ao

crescimento do PIB (fator = 20,75).

O GABARITO é D!

16) (UFG/ Prefeitura de Goiânia /AOF/2012) A economia é

conceituada por diversos autores como a ciência da escassez. Nessa

concepção, em uma economia de mercado, os problemas econômicos de

“o quê produzir”, “quanto produzir”, “como produzir” e “para quem

produzir” são equacionados pelo:

(A) montante de fatores produtivos disponíveis.

(B) planejamento estratégico governamental.

(C) mecanismo de preços em geral.

(D) nível de conhecimento tecnológico.

Comentários

Questão sobre escassez! Galera, em uma economia capitalista, de

mercado, os problemas econômicos de “o quê produzir”, “quanto

produzir”, “como produzir”, “onde” e “para quem produzir” são

equacionados pelo próprio mercado, ou seja, por meio dos mecanismos

de preços em geral.

Note que a alternativa B se enquadra no regime socialista, e as

alternativas A e D, embora não estejam erradas, não são a melhor opção.

Para fins de prova precisamos sempre escolher a melhor opção.

O gabarito, portanto, é a letra C.

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17) (FCC /TCE-PR/ACE/2012) Os seguintes dados foram extraídos

das Contas Nacionais de um país (em milhões de unidades monetárias):

Importação de bens e serviços não fatores ........... 1.750

Variação de estoques ..................................................... 250

Formação bruta de capital fixo............................................. 2.300

Produto Interno Bruto, a preços de mercado ....................... 14.700

Exportação de bens e serviços não fatores .....................2.500

Impostos indiretos.............................................................. 2.900

Subsídios ........... ............................................................ 380

O Consumo Final da Economia (das Famílias e da Administração Pública)

nesse país correspondeu, em milhões de unidades monetárias, a

a) 11.020.

b) 11.400.

c) 11.650.

d) 14.300.

e) 13.920.

Comentários

O examinador nos dá algumas variáveis e nos pede a soma do Consumo

das famílias (C) com os Gastos do Governo (G), ou seja, o valor de C +

G!

É só usar nossa velha e boa equação da renda!

Vamos lá!

Y = C + I + G + X – M

Dando nome aos bois, ou seja, usando os dados do enunciado, temos:

14.700 = C + 250 + 2.300 + G + 2.500 – 1750

14.700 = C + G + 3.300

C+G = 11.400. Assim, o GABARITO é B!

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18) (FCC /SEFAZ-SP/APO/2010) Os impostos indiretos líquidos de

subsídios concedidos ao setor privado são agregados econômicos que

diferenciam os conceitos de

a) PIB a preços de mercado e PIB a custo de fatores.

b) PIL a custo de fatores e PNB a preços de mercado.

c) PIB a custo de fatores e PNL a preços de mercado.

d) PNB a preços de mercado e Renda Pessoal Disponível.

e) PNB a preços de mercado e PNL a preços de mercado.

Comentários

Galera, vamos revisar a parte da aula que estudamos esse assunto.

Lembre-se que o Produto “a preços de mercado - Ppm”, ou o Produto

medido através do preço final praticado para o consumidor será diferente

daquele chamado de “a custo de fatores - Pcf”.

Vamos ver o que os diferencia:

Ppm = Pcf + tributos indiretos -subsídios

Sim, enquanto na medição à preços de mercado os efeitos dos tributos

INDIRETOS e dos SUBSÍDIOS são considerados, eles não são computados

na medição a custo de fatores.

Lembre-se que os tributos INDIRETOS incidem sobre bens e serviços,

enquanto os tributos DIRETOS são aqueles que incidem sobre o

patrimônio e a renda dos indivíduos e das próprias empresas.

Nessa toada, como os tributos DIRETOS não são incidem sobre o valor

das transações econômicas, não interferem no valor do Produto de um

país como um todo.

Cuidado! Pode ser uma pegadinha em sua prova! Se ligue!

E o gabarito?

O GABARITO é A!

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19) (FCC /DPE-RS/ANALISTA/2013) Em uma economia, a renda

líquida recebida do exterior é superior, em valor absoluto, ao montante

da depreciação do estoque de capital da economia. Portanto, o Produto

a) Interno Bruto é maior que o Produto Nacional Bruto.

b) Nacional Bruto é menor que o Produto Nacional Líquido.

c) medido a preços de mercado é menor que o Produto medido a custo de

fatores.

d) Interno Líquido é maior que o Produto Nacional Bruto.

e) Nacional Líquido é maior que o Produto Interno Bruto.

Comentários

Excelente oportunidade de revisar a diferenciação do Produto Nacional do

Produto Interno.

Vimos que o Produto Interno corresponde de fato ao total de bens e

serviços finais produzidos por um determinado país, num certo período de

tempo, dentro de suas fronteiras territoriais.

Mas tem um detalhe: parte desse PIB (dessa Renda Interna Bruta) vai

remunerar indivíduos que estão fora do país: remessa de lucros,

pagamentos de assistência técnica, royalties, etc.

Isto significa que nem toda a renda gerada internamente vai de fato

pertencer aos residentes no país.

Logo, temos que abater do PIB a Renda Enviada ao Exterior”!

Beleza, mas lembre-se também que os residentes no país recebem

remuneração por serviços prestados em outros países.

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Logo também devemos somar ao PIB a Renda Recebida do Exterior.

Portanto, teremos a seguinte situação:

PIB – REE + RRE = PNB

“E o Produto Nacional”?

Ahhh sim, já ia me esquecendo de conceituar ..

O Produto Nacional corresponde à renda que pertence efetivamente aos

nacionais, incluindo a renda recebida por nossas empresas no exterior e

excluindo a renda enviada por nossas empresas para o exterior.

Assim, temos:

PIB – RLEE = PNB

A questão também exige que estejamos lembrados que a diferença entre

o Produto Bruto e o Produto Líquido decorre da Depreciação.

Como a questão nos informou que a RLRE – Renda Líquida Recebida do

Exterior é maior que a depreciação, podemos concluir que o PNL é maior

que o PIB.

O GABARITO é E!

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20) (CEPERJ/SEFAZ-RJ/OFICIAL CONTROLE INTERNO/2013)

Considere os seguintes dados das Contas Nacionais do Brasil (valores

hipotéticos, em milhões de reais):

· Produto interno líquido a preços de mercado: 10.000

· Impostos indiretos: 1.500

· Depreciação de capital fixo: 500

· Renda líquida enviada para o exterior: 120

· Subsídios: 400

Podemos concluir que o produto nacional bruto a custo de fatores

equivale a:

A) 9.280

B) 10.500

C) 10.380

D) 11.480

E) 10.620

Comentários

Pessoal, vamos começar a resolução da questão transformando o

PILPM em PNBCF.

Vamos por partes:

1) Transformar Interno em Nacional

PILPM = PNLPM + RLEE

10.000 = PNLPM + 120

PNLPM = 9.880

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2) transformar Líquido em Bruto

PNBPM = PNLPM + 500

PNBPM = 9.880 + 500

PNBPM = 10.380

3) Transformar Preços de mercado em Custo de fatores

PNBPM = PNBCF + II – Sub

10.380 = PNBCF + 1.500 – 400

PNBCF = 9.280

Concluímos que o Gabarito é A!

21) CETRO/ISS-SP/AUDITOR Fiscal/2014 (ADAPTADA) Com

relação aos conceitos básicos de macroeconomia, marque V para

verdadeiro ou F para falso e, em seguida, assinale a alternativa que

apresenta a sequência correta.

( ) Países com a renda líquida enviada ao exterior negativa possuem um

PNB maior do que o PIB.

( ) No sistema de contas nacionais considerado economia aberta com

governo, exportações de bens e serviços não fatores são lançadas a

crédito na conta transações com o resto do mundo e a débito na conta de

capital.

( ) Na identidade macroeconômica para economia aberta, em que Y + M

= C + I + G + X, o lado esquerdo da expressão representa a oferta

agregada global.

(A)V/V/V

(B)V/F/V

(C)F/V/F

(D)V/F/F

(E) F/F/ V

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Comentários

Vamos julgar e justificar as assertivas seguindo a sequência que foi

apresentada pelo examinador:

(V) O correto relacionado PIB e PNB é: PIB = PNB + RLEE.

Seguindo essa linha de raciocínio básica, por acaso se temos RLEE

negativa, logo o PNB é maior que o PIB, pois o PNB menos algum valor

será igual ao PIB. Podemos concluir que teremos PNB > PIB, quando RLEE

é negativa.

(F) Pessoal, sabemos que a conta de transações com o resto do mundo é

aquela que evidencia o valor da poupança externa, registrando

as exportações como débito, já que o resto do mundo está perdendo

poupança neste tipo de transação conosco. Assim, na conta de capital,

aquela que na verdade identifica as fontes de financiamento do capital

também registradas a débito, ao diminuírem uma das fontes de

financiamento (que é a poupança externa).

(V) Vamos reorganizar a expressão do PIB = C + I + G + X – M para

vermos de modo mais didático e fácil o que nos diz assertiva:

PIB + M = C + I + G + X

Assim, observamos em seu lado esquerdo, que a oferta global (produção

interna mais os produtos importados) e no lado direito a demanda global.

Assim, o Gabarito é B!

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22) (CETRO/ISS-SP/AUDITOR Fiscal/2014) A tabela abaixo

apresenta informações da evolução dos preços (P) e a quantidade (Q) de

três produtos (A, B e C), entre os anos de 2012 e 2013.

Assinale a alternativa que apresenta o índice Laspeyres de preços para

esses três produtos, no período considerado, tomando por base o ano de

2012.

Comentários

Pessoal, essa questão não tem segredo! Trata-se de mera aplicação da

fórmula do índice de Laspeyres!

Quem está lembrado dela?

Vamos então refrescar a memória!

L = [Somatório (P2013 x Q2012)] / [Somatório (P2012 x Q2012)]

L = [(7 x 30) + (17 x 60) + (32 x 110)] / [(5 x 30) + (12 x 60) + (26 x

110)]

L = 4.750 / 3.730

L = 1,2735

O Gabarito é A!

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23) (FCC/ICMS-RJ/AUDITOR/2014) De acordo com a teoria da

ciência econômica, referem-se a conceitos econômicos, levados em conta

nas decisões individuais:

I. O trade off entendido como termo que define uma situação de escolha

conflitante, ou seja, quando uma ação econômica, visando à resolução de

determinado problema acarreta, inevitavelmente, outros problemas.

II. O custo de oportunidade é aquilo que o agente econômico deve ter de

recompensa para abrir mão de algum consumo.

III. A mudança marginal que é um pequeno ajuste incremental em um

plano de ação não revestido de racionalidade econômica.

IV. O incentivo que é algo que induz os indivíduos a agir, tal como a

perspectiva de uma punição ou recompensa.

Está correto o que se afirma em

(A) I, II, III e IV.

(B) I e II, apenas.

(C) II e III, apenas.

(D) I e IV, apenas.

(E) III e IV, apenas.

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Comentários

Vamos lá pessoal, matar mais uma da FCC!

Vamos começar pelas erradas e comentar os erros!

Saibam que a proposição II está equivocada, já que custo de

oportunidade é o que se perde (ou o que se deixa de ganhar) em função

da escolha realizada.

Nessa toada, nada a ver com recompensa tem o custo de oportunidade,

mas sim uma perda, ou melhor, algo que se deixa de ganhar.

Outra equivocada é a afirmativa III!

Ela erra já que a mudança marginal é um ajuste incremental em um

plano de ação racional do ponto de vista econômico, um princípio sempre

levado em conta.

Guardem a ideia de que sempre partimos da premissa que os indivíduos

são racionais, caso contrário, não seria possível sistematizar os

comportamentos dos agentes econômicos.

Temos como Gabarito a letra D!

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24) (FCC/ICMS-RJ/AUDITOR/2014) O Produto Interno Bruto − PIB

a preços de mercado mede o total dos bens e serviços produzidos pelas

unidades residentes que têm como destino um uso final (exclui consumo

intermediário).

Considerando-se a ótica de mensuração do PIB pela demanda, é

correto afirmar que o seu cômputo é dado

(A) pela despesa de consumo final mais o total de impostos, líquidos de

subsídios sobre a produção e a importação, mais a formação bruta de

capital fixo, mais a variação de estoques, mais as exportações de bens e

serviços, menos as importações de bens e serviços.

(B) pelo valor da produção menos o consumo intermediário, mais os

impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos não incluídos no valor da

produção.

(C) pela remuneração dos empregados mais o total dos impostos, líquidos

de subsídios, sobre a produção e a importação, mais o rendimento misto

bruto, mais o excedente operacional bruto.

(D) pela despesa de consumo final mais a formação bruta de capital fixo,

mais a variação de estoques, mais as exportações de bens e serviços,

menos as importações de bens e serviços.

(E) pelo valor da produção menos o consumo intermediário, mais os

impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos não incluídos no valor da

produção, mais as exportações de bens e serviços, menos as importações

de bens e serviços.

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Comentários

Vamos começar analisando a correta que é a letra D!

Galera, de acordo com a ótica da demanda/despesa, temos:

PIBpm = C + G + I + X – M

Por sua vez, sabendo que: Cfinal = C + G; e que: I = FBKF + varE, então

temos:

PIBpm = Cfinal + FBKF + varE + X – M

Vamos agora ver os erros das outras assertivas:

A) O erro foi ter feito menção aos impostos líquidos dos subsídios.

B) O erro foi apresentar o PIB pela ótica do produto, em detrimento da

ótica da despesa. Para concertá-la teríamos ainda que somar os impostos

sobre produtos incluídos no valor da produção.

C) Errou ao mostrar o PIB pela ótica da renda (e não pela ótica da

despesa).

E) Erra ao misturar as óticas do produto e da despesa, fazendo uma

bagunça danada nas fórmulas!

Portanto, o Gabarito é D!

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25) (FCC/SEFAZ-PE/AFTE/2014) No que tange ao cômputo dos

agregados macroeconômicos e ao registro das contas nacionais de um

país, é correto afirmar:

a) O valor de impostos indiretos líquidos de subsídios é o que diferencia a

mensuração do produto em seus conceitos “a preços de mercado” e “a

custo de fatores”.

b) Na conta destinada a registrar as transações com o resto do mundo,

as importações de bens são lançadas a débito e as exportações de bens

são lançadas a crédito.

c) O Produto Interno Bruto será inferior ao Produto Nacional Bruto

quando a Renda Líquida de Fatores de Produção enviada para o exterior

for positiva.

d) Não é possível aferir o valor do Produto Interno Bruto a partir da

análise das contas nacionais, qualquer que seja o modelo de

contabilização adotado.

e) Produto Nacional Bruto e Produto Interno Líquido diferem pelo valor da

depreciação do estoque de capital da economia.

Comentários

Pessoal, vamos analisar cada uma das opções e escolher a correta.

a) correta, lembre-se que: Ppm = Pcf + tributos indiretos –subsídios.

Logo, enquanto na medição à preços de mercado os efeitos dos tributos

INDIRETOS e dos SUBSÍDIOS são considerados, eles não são computados

na medição a custo de fatores.

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b) errada, já que as exportações são registradas à débito e as

importações são registradas à crédito na conta de transações correntes.

c) errada, é o contrário ...

d) errada, claro que é possível ... vimos hoje ...

e) errada, misturou os conceitos de bruto e líquido, além de interno e

nacional, logo são 2 fatores de diferenciação: depreciação e RLEE – Renda

Líquida Enviada ao Exterior.

O GABARITO é A!

26) (FCC/METRO-SP/ADV JR/2014) O total das remunerações pagas

aos proprietários dos fatores de produção que são residentes no país

corresponde ao agregado macroeconômico denominado:

a) Renda Nacional Líquida a custo de fatores.

b) Produto Nacional Bruto a preços de mercado.

c) Produto Interno Bruto a custo de fatores.

d) Renda Interna Líquida a preços de mercado.

e) Renda Interna Bruta a preços de mercado.

Comentários

Galera, a primeira expressão do enunciado que temos que “grifar” é

“residentes no país”. Isso significa que os proprietários são

Fique atento ao fato de que o que vale não é nacionalidade da pessoa

(física ou jurídica) mas o local definido como de sua residência. Assim,

como o enunciado falou em residente, estamos falando de NACIONAL.

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Assim, já eliminamos as letras C, D e E. Ficamos então entra a A que se

refere a ótica da Renda e a letra B do Produto.

Ora, como o enunciado fala em “remuneração dos proprietários dos

fatores de produção”, estamos falando de RENDA, ou seja, salários, juros,

aluguéis e lucros.

O GABARITO é A!

27) (FCC/METRO-SP/ADV JR/2014) Um estudo divulgado pela

Receita Federal do Brasil informou que a Carga Tributária Bruta brasileira

passou de 35,31% do PIB em 2011 para 35,85% do PIB em 2012.

Considerando os conceitos de Carga Tributária Bruta e Carga Tributária

Líquida, é correto afirmar:

a) É condição necessária para a elevação da Carga Tributária Bruta que a

arrecadação tributária de todas as esferas de governo tenha aumentado

como proporção do PIB.

b) A Carga Tributária Líquida do Brasil deve ser inferior a 35% do PIB,

pois neste conceito não são computados os impostos indiretos como o

Imposto sobre Produtos Industrializados.

c) A medida da Carga Tributária Bruta como percentual do produto da

economia se faz pela razão entre a arrecadação tributária das três esferas

de governo e o PIB medido a preços de mercado, ambos em termos

nominais.

d) Verificar o crescimento da Carga Tributária Bruta entre 2011 e 2012 é

suficiente para concluir que houve decréscimo do PIB brasileiro no mesmo

período.

e) A medida da Carga Tributária Bruta como percentual do produto da

economia se faz pela razão entre a arrecadação tributária federal e o PIB

medido a custo de fatores, ambos em termos nominais.

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Comentários

Galera, vamos analisar as alternativas e escolher a correta.

a) errada, não existe essa condição. O que vale é o total.

b) errada, já que os impostos indiretos são computados.

c) correta. Isso, como contempla impostos indiretos e subsídios, é a

preços de mercado.

d) errada, já que a carga tributária pode subir e o PIB cair, e vice-versa.

e) errada, o certo é o dito na alternativa C.

O GABARITO é C!

28) (FGV / DPE-MT/ECONOMISTA/2015) Considere as seguintes

siglas:

PIB = Produto Interno Bruto, PNB = Produto Nacional Bruto,

PIL = Produto Interno Líquido e PNL = Produto Nacional Líquido.

Se o governo impedir o envio ou recebimento de rendimentos do exterior

e zerar os impostos indiretos e os subsídios, pelas identidades

macroeconômicas básicas teremos:

a) PIB a preços de mercado = PNB a custo de fatores.

b) PIB a preços de mercado = PNL a custo de fatores.

c) PIL a preços de mercado = PNB a custo de fatores.

d) PIL a preços de mercado > PNL a custo de fatores.

e) PIB a preços de mercado > PIB a custo de fatores.

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Comentários

Agora nosso desafio é uma questão da FGV sobre o tema identidades

macroeconômicas.

Nesse tipo de questão temos que ter muito cuidado com o joguete de

palavras!

Para começar, devemos nos lembrar que o Produto Líquido é igual ao

Produto Bruto deduzido da depreciação.

Mas e agora?

A questão não fala nada sobre depreciação ...

Hum ....

Vamos ver depois se essa falta de informação sobre a depreciação vai nos

fazer falta.

Mas antes temos que diferenciar o Interno – I do Nacional – N!

O Produto Nacional é o Produto Interno deduzido dos rendimentos

enviados ao exterior e somado dos rendimentos recebidos do exterior.

Como no caso em tela o governo impediu os envios e recebimentos do

exterior, para fins de resolução desta questão temos que Nacional =

Interno!

Bem, mas ainda falta um aspecto!

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Temos que diferenciar Produto a preços de mercado – Ppm do Produto a

custo dos fatores – Pcf.

Lembrem que o Ppm = Pcf + impostos indiretos – subsídios!

Pessoal, nessa questão temos a terceira “colher de chá”!

O Governo zerou os impostos indiretos e subsídios! Portanto temos que

PIB = PNB seja a custo dos fatores, seja a preços de mercado.

Agora ficou fácil!

É só dar uma olhada e escolher a alternativa que não contradiz a

sequência apresentada.

Logo na alternativa a temos PIB pm = PNB cf

Assim, o GABARITO é A! Repare que as demais alternativas apresentam

erros seja no sinal (>) ou ao comprar Bruto com Líquido.

29) (FGV / DPE-MT/ECONOMISTA/2015) Um aumento do PIB

(Produto Interno Bruto) a custo de fatores, mantido constante o PIB a

preços de mercado, deve ser compensado por:

a) redução da depreciação;

b) aumento dos subsídios e redução dos impostos indiretos;

c) redução dos impostos diretos;

d) redução da renda líquida enviada ao exterior e aumento dos impostos

diretos e indiretos;

e) redução do Produto Nacional Bruto a custo de fatores.

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Comentários

Agora nosso desafio é uma questão da FGV sobre conceitos

macroeconômicos e de contabilidade nacional.

Para resolver essa questão temos que diferenciar Produto a preços de

mercado – Ppm do Produto a custo dos fatores – Pcf.

Lembrem que o Ppm = Pcf + impostos indiretos – subsídios!

Agora já podemos ver com clareza que para que haja um aumento no PIB

a custo dos fatores, considerando o PIB a preços de mercado constante,

precisamos apenas que um aumento dos subsídios/redução dos impostos

indiretos.

Assim, o GABARITO é B!

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30) (FGV / TCM-SP/ Agente Fiscal/2015) Considere as seguintes

informações:

Poupança do setor privado = 50

Subsídios = 10

Impostos Indiretos = 10

Impostos Diretos = 30

Exportações = 50

Importações = 25

Saldo da Balança de Serviços = 0

Saldo da Conta de Rendas = 0

Transferências Unilaterais = 0

Variação dos estoques = 5

Formação Bruta de Capital Fixo = 5

Transferências do governo = Outras Receitas Líquidas

A partir dessas informações (medidas em bilhões de reais) e dos

conceitos de contas nacionais, o gasto do governo é igual a:

a) 35;

b) 40;

c) 45;

d) 50;

e) 60.

Comentários

Agora vamos a uma questão da FGV sobre contabilidade nacional.

Vamos começar lembrando da identidade fundamental em que o

Investimento é igual à poupança!

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Lembremos também que a poupança na verdade é a soma da poupança

interna com a externa e que a poupança interna é obtida pela soma da

poupança privada com a poupança pública.

Assim temos:

I = S privada + S pública + S externa

Por sua vez, o investimento é a soma da formação bruta de capital fixo

com a variação dos estoques.

Logo, temos:

I = FBKF + Var estoques

Vamos agora dar números às identidades apresentadas.

I = FBKF + Var estoques

I = 5 + 5 = 10

Bem, já sabemos o valor do Investimento e já temos o valor da poupança

privada, ou seja, já sabemos até aqui que:

10 = 5 + S pública + S externa

Galera, sabemos que a poupança externa ne verdade corresponde ao

saldo de transações correntes com o sinal invertido. Nesta questão só

integra esse saldo o valor da balança comercial.

Então temos:

S externa = Importações – Exportações

S externa = 25 – 50 = - 25

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Agora já podemos calcular a poupança pública!

10 = 50 + S pública – 25

S pública = -15

Pessoal, a questão nos deu a receita do governo, logo já podemos

calcular seus gastos.

S pública = receita pública – gasto público

S pública = Impostos Diretos + Impostos Indiretos - subsídios – gasto

público

- 15 = 30 + 10 – 10 + gasto público

Gasto Público = 45

E o GABARITO é C!

31) (FGV / TCM-SP/ Agente Fiscal/2015) Considere o Sistema de

Contas Nacionais, baseado em quatro contas: produção, utilização da

renda, formação de capital e das operações da economia com o resto do

mundo.

A estática comparativa de acordo com tal sistema é:

a) um aumento da renda nacional líquida a preços de mercado pode ser

compensado por uma redução do consumo do governo;

b) um aumento do excedente operacional bruto pode ser decorrente do

aumento das exportações de bens e serviços de não-fatores;

c) uma redução dos recebimentos correntes pode levar a um aumento da

renda recebida do exterior;

d) um aumento do investimento em bens de capital, com aumento da

depreciação, leva à elevação do total da formação de capital;

e) um aumento dos impostos indiretos e redução dos subsídios leva a

uma redução da apropriação da renda nacional disponível líquida.

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Comentários

Agora vamos a uma questão difícil da FGV sobre contabilidade nacional.

A correta é letra B e vamos logo comentá-la.

Como sabemos, o Produto pode ser mensurado pelas óticas da demanda,

renda ou produção, e renda é a remuneração dos fatores de produção, ou

seja, é composta pelos juros, os aluguéis, os lucros e os salários.

Nessa toada, temos que o chamado excedente operacional bruto é a

remuneração desses fatores de produção, mas excluídos os salários.

Ora, um aumento do excedente operacional bruto pode ser decorrente do

aumento das exportações de bens e serviços de não-fatores, já que pode

gerar um aumento no produto e na renda, desde que não seja

compensado totalmente por aumento de salários.

Assim, o GABARITO é B!

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32) (ESAF/MPOG/APO/2015) Considerando os conceitos básicos em

macroeconomia, é correto afirmar que:

a) a dívida pública não pode ser maior do que o déficit público nominal.

b) independente da renda enviada ou recebida do exterior, a dívida

pública total do governo pode ser maior do que o Produto Nacional Bruto.

c) a poupança externa nunca pode ser negativa.

d) um aumento no valor nominal do PIB implica necessariamente em um

aumento na renda real da economia.

e) O PIB nominal não é influenciado pela inflação já que se trata de uma

medida de desempenho real da economia.

Comentários

a) Incorreta, já que normalmente as dívidas públicas dos países são muito

superiores aos déficits públicos já que foram “construídas” ao longo de

toda a história.

b) Correta, pois não há, economicamente falando, absurdo nenhum no

fato de que um país tenha uma dívida superior a seu PNB, como é o caso

real dos EUA, Japão, Grécia, Portugal, etc.

c) Incorreta, já que pode ser negativa, positiva ou nula.

d) Incorreta, pois caso ocorra aumento de inflação maior que o aumento

do valor nominal do PIB, isso acarreta uma queda da renda real da

economia.

e) Incorreta, quem não é afetado pela inflação é o PIB real em detrimento

do PIB nominal.

Galera, o Gabarito é B!

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33) (ESAF/MPOG/APO/2015) Considere:

A = Produto Interno Bruto

B= Remuneração dos empregados

C = Impostos sobre a produção e a importação

D = Subsídios à produção

E = Excedente operacional bruto e rendimento misto bruto

É correto, então, afirmar que:

a) A = B + C – E

b) A = B + C – D

c) A = B – E

d) A – B + C – D = 0

e) A = B + C – D + E

Comentários

Galera, vamos usar a fórmula do EOB – Excedente Operacional Bruto :

EOB + RMB = RIB – RE – Imp + Sub

E = A – B – C + D

A = E + B + C – D

E o gabarito?

Claro que o Gabarito é E!

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34) (FCC/TCM-AM/Auditor/2015) Em macroeconomia, sabendo que:

Y é o Produto Interno Bruto (PIB), C é o consumo das famílias, I é

investimento privado, G são os gastos do governo, X são as exportações

e M são as importações, a identidade macroeconômica básica, também

conhecida como equação do PIB pelo lado da demanda, é dada por:

a) Y=C+G+I

b) Y=C+G+I−(X−M)

c) Y=C+G+I+(X−M)

d) Y=C+G+I+(M−X)

e) Y=C+X+I−(G−M)

Comentários

Agora vamos a uma questão da FCC sobre identidades fundamentais da

macroeconomia. Essa questão é para acertar!

É só lembrar da equação da demanda agregada Y=C+G+I+(X−M)

Assim, o GABARITO é C!

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35) (FCC/MANAUSPREV/AP/2015) Considere uma economia aberta

em que o governo recolha impostos e efetue gastos. A Contabilidade

Nacional pode ser sucintamente representada pela seguinte relação: Y =

C + I + G + X − M, em que as variáveis representam, respectivamente,

a renda interna bruta, o consumo agregado, o investimento, os gastos do

governo, as exportações e as importações. Essa equação

a) indica o produto interno líquido, pois os impostos não estão

contabilizados, isto é, já foram deduzidos dos valores brutos.

b) denota o produto nacional bruto, uma vez que desconta o valor das

importações.

c) representa o equilíbrio macroeconômico fundamental, em que a

diferença entre o valor dos investimentos e do consumo sinaliza a

remessa de rendas de residentes estrangeiros para suas famílias no

exterior.

d) revela a necessidade de poupança externa como o diferencial entre os

valores das importações e exportações, indicado pela relação, após algum

rearranjo algébrico, S − I = X − M, em que S contempla tanto a

poupança pública quanto a privada.

e) exprime a mensuração do PIB pela ótica da renda, uma vez que o

consumo apenas pode existir se houver renda.

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Comentários

Vamos analisar as alternativas e escolher a correta, sempre tendo em

mente a equação PIB = C + I + G + X – M.

a) errada, já que a equação em tela representa o PIB pela ótica da

Despesa Agregada.

b) errada, já que a equação em tela representa o PIB pela ótica da

Despesa Agregada.

c) errada, sendo falsa a afirmação de que a diferença entre o valor dos

investimentos e do consumo sinaliza a remessa de rendas de residentes

estrangeiros para suas famílias no exterior. Nada impede um indivíduo,

ou mesmo todos eles, consumir, poupar e ainda mandar renda para o

exterior.

d) correta!

e) errada, já que a equação em tela representa o PIB pela ótica da

Despesa Agregada. Pela ótica da Renda é Y = Salários + Lucros + Juros +

Aluguéis.

O GABARITO é D!

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Caro aluno,

Com isso chegamos ao final da nossa aula demonstrativa.

Além de apresentar os conceitos iniciais da matéria, esta aula serve,

também, para dar uma ideia de como será o nosso curso.

Até a próxima aula.

Para mim será um prazer acompanhá-lo ao longo do curso.

Um grande abraço e bons estudos!

Prof. Manuel Piñon

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