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  • 7/24/2019 Aula 00 8112/90

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    Estratgia

    CONCURSOS

    Aula 00

    Regime Jurdico nico p/ INSS - Tcnico do Seguro Social - 2016 (Com videoaulas)

    Professor: Daniel Mesqu ita

  • 7/24/2019 Aula 00 8112/90

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    Regime Jurdico nico p/ INSS Tcnico do

    Seguro Social

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Daniel Mesquita Aula 00

    AULA 00: Agentes Pblicos.

    SUMRIO

    1. APRESENTAO

    2. CRONOGRAMA

    3.

    NTRODUO AULA INAUGURAL

    4. BASE CONSTITUCIONAL E LEGAL

    5. CLASSIFICAO DE AGENTES PBLICOS 2

    A.

    A

    GENTES POLTICOS 3

    B.

    SERVIDORES PBLICOS

    7

    C.

    M

    ILITARES

    1

    D.

    P

    ARTICULARES EM COLABORAO COM O

    P

    ODER

    P

    BLICO

    1

    6. FUNES CARGOS E EMPREGOS PBLICOS

    5

    A.

    C

    RIAO DE CARGOS 5

    B. A

    CESSIBILIDADE A BRASILEIROS E ESTRANGEIROS 7

    C. EXIGNCIA DE CONCURSO PBLICO 2

    D.

    C

    ARGOS EM COMISSO E FUNES DE CONFIANA

    2

    E.

    C

    ONTRATAO POR TEMPO DETERMINADO 7

    F.

    D

    IREITO DE ASSOCIAO SINDICAL E DIREITO DE GREVE

    1

    G.

    R

    EMUNERAO DOS AGENTES PBLICOS

    5

    H. SERVIDORES EM EXERCCIO DE MANDATOS ELETIVOS 00

    7. RESUMO DA AULA 03

    8 QUESTES

    13

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    Twitter: @danielmqt acebook: Daniel Mesquita

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    9. REFERNCIAS

    21

    1. Apresentao

    Bem vindos ao curso de Regime Jurdico, preparatrio para o

    concurso da INSS Tcnico de Seguro Social

    A banca organizadora do concurso o CESPE e as provas sero

    aplicadas dia 15 de Maio de 2016.

    Esse concurso to esperado pela expectativa para o nmero de

    nomeados, que ser grande. Afinal, a oferta total de 950 vagas, h

    reservada para negros e para candidatos com deficincia.

    Sem contar que a remunerao do cargo de Tcnico de Seguro

    Social simplesmente de R$ 4.614,87 (chegando a R$ 5.2 59,87, aps

    seis meses).

    Voc deve estar pensando: Esse curso suficiente para a minha

    aprovao?

    sim E vou explicar a razo.

    O nosso material super completo, pois possui vdeos e aulas

    em pdf. Veja bem, so aulas em pdf e no apostilas.

    Nessas aulas em pdf voc vai ter todo o contedo cobrado e m

    seu edital, nada mais, nada menos. Assim, voc no precisa ir at uma

    livraria, ficar folheando sumrios para ver se o livro que voc quer

    adquirir atende ao edital.

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    Ademais, o nosso pdf cheio de questes comentadas da banca

    do seu concurso e de concursos do mesmo estilo que a sua banca.

    Assim, voc no vai precisar procurar questes em sites de questes

    eu j fiz isso para voc

    Outro elemento fundamental do nosso pdf para a sua aprovao

    so os resumos ao final de cada aula.

    Por fim, se voc tiver dvidas, voc pode tir-las em nosso

    frum

    Se voc continua em dvida, veja as avaliaes que tivemos de

    nossos alunos nos ltimos cursos ministrados:

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    Uma inovao a disponibilizao de um nmero de wha tsapp

    (61) 9432-6886 para que voc tenha um meio mais direto de tirar as

    dvidas comigo.

    Meu amigo tenha isso em mente: SE VOC ESTUDAR, VOC VAI

    PASSAR E SE VOC PASSAR, VOC VAI SER CHAMADO

    Hoje eu estou aqui desse lado, tentando passar o caminho das

    pedras pra voc, mas lembre-se de que eu j estive a, onde voc est

    agora.

    Segue um resumo do meu currculo pra voc me conhecer

    melhor:

    Daniel Mesquita: Professor de Direito Administrativo no Estratgia

    Concursos desde o incio do site. Procurador do Distrito Federal.

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    Bacharel em Direito pela Universidade de Braslia UnB. Mestre em

    "Constituio e Sociedade pelo Instituto Brasiliense de D

    ireito Pblico -

    IDP. Ps-graduado em direito pblico. Ps-graduando em Direito

    Societrio pelo INSPER. Coautor do livro Direito Administrativo da Srie

    Advocacia Pblica, da editora Mtodo. Coautor do livro Direito

    Administrativo 4001 questes comentadas, Ed. Mtodo. Co autor do

    livro Direito Constitucional 4001 questes comentadas, Ed . Mtodo.

    Artigo no livro Licitaes, Contratos e Convnios Administrativos, Ed.

    Frum, ano 2013, n.1, jan. 2013. Professor de Direito Administrativo,

    tica no Servio Pblico e de Estatuto da OAB. Ex-Procurador Federal.

    Ex-Presidente da Associao dos Procuradores do Distrito Federal,

    binio 2010/2012. Ex-Analista Judicirio do Tribunal Superior Eleitoral.

    Ex-Tcnico judicirio no Superior Tribunal de Justia. Foi examinador

    de direito administrativo em diversas bancas de concurso publico,

    dentre elas, as de ingresso nas carreiras da AGU, da administrao

    pblica federal, na OAB, no Ministrio Pblico e no Poder Judicirio.

    Aprovaes em concurso pblico: Tcnico do Superior Tribunal de

    Justia; Analista do Tribunal Superior Eleitoral; Procurador

    Federal/AGU; Procurador do Distrito Federal.

    Veja que j fui aprovado em vrios concursos e que j fui,

    inclusive, examinador de bancas de concurso.

    Mas nem tudo na vida so louros. Na minha fase de concursa ndo

    obtive tambm derrotas e reprovaes. Desanimei por algumas vezes,

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    mas continuei firme em meu objetivo, pois s no passa em concurso

    quem pra de estudar

    Espero que a minha experincia possa ajud-lo no estudo do

    direito administrativo.

    Vamos tomar cuidado com os erros mais comuns, aprofundar

    nos contedos mais recorrentes e dar a matria na medida certa, assim

    como um bom mdico prescreve um medicamento.

    Para que esse medicamento seja suficiente, ele deve atacar

    todos os sintomas e, ao mesmo tempo, deve ser eficiente contra o foco

    da doena. Isso quer dizer que no podemos deixar nenhum ponto do

    edital para trs.

    Todos esses instrumentos voc ter a sua disposio para

    encarar a batalha.

    2. Cronograma

    Abaixo, segue o contedo do nosso curso bem como o

    cronograma:

    DISPONVEL CONTEDO

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    Teoria e exerccios com entados

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    DISPONVEL CONTEDO

    Disponvel

    INTRODUO -Agentes pblicos: classificao;

    poderes, deveres e prerrogativas; cargo,

    emprego e funo pblicos.

    Aula 01

    Disponvel

    LEI n 8.112/1990 - Regime Jurdico dos

    Servidores Pblicos Civis da Unio: Das

    disposies preliminares; Do provimento

    originrio e derivado), vacncia, remoo,

    redistribuio e substituio. Estgio Probatrio.

    Aula 02

    Disponvel

    LEI n 8.112/1990 Dos direitos e vantagens.

    Do tempo de servio. Do direito de petio.

    Aula 03

    Disponvel

    LEI n 8.112/1990 Do regime disciplinar: dos

    deveres e proibies; da acumulao; das

    responsabilidades; das penalidades, do processo

    administrativo disciplinar

    Aula 04

    Disponvel

    LEI n 8.112/1990

    Da seguridade social do

    servidor: disposies gerais, dos benefcios, da

    aposentadoria, do auxlio-natalidade, do salrio-

    famlia, da licena para tratamento de sade, da

    licena gestante, adotante e da licena-

    paternidade, da licena por acidente em servio,

    da penso, do auxlio-funeral, do auxlio-

    recluso, da assistncia sade. Das

    disposies gerais e das disposies transitrias

    e finais

    Aula 05

    Disponvel em 08/01/2016

    O servidor pblico como agente de

    desenvolvimento social; Sade e Qualidade de

    Vida no Servio Pblico.

    3. Introduo Aula Inaugural

    Nesta aula inaugural de Regime Jurdico nico para o concurso do

    INSS

    Tcnico do Seguro Social, vamos abordar um tema

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    importante da matria:

    INTRODUO -Agentes pblicos: classificao;

    poderes, deveres e prerrogativas; cargo, emprego e funo pblicos

    No se esquea de que, ao final, voc ter um resumo da aula e as

    questes tratadas ao longo dela. Use esses dois pontos da aula na

    vspera da prova

    Programe-se para ler os resumos na semana que antecede a

    prova. Lembre-se: o planejamento fundamental.

    No que depender de mim voc est dentro Acredite voc capaz

    4 B a s e c o n s t i t u c i o n a l e l e g a l

    O art. 37 da Constituio Federal contm algumas das mais

    importantes disposies constitucionais aplicveis administrao

    pblica em geral, em todas as esferas de governo. No art. 38, CF, esto

    previstas regras aplicveis ao servidor pblico da administrao direta,

    autrquica e fundacional que esteja no exerccio de mandato eletivo. O

    art. 39, CF, traz regras especificamente aplicveis aos servidores

    pblicos estatutrios. No art. 40, CF, est disciplinado o regime

    previdencirio desses servidores pblicos Regime Prprio d e

    Previdncia Social

    RPPS). Por fim, o art. 42, CF, trata dos militares.

    Vamos falar rapidamente por alguns desses dispositivos

    constitucionais, que so bastante cobrados em provas de concursos,

    antes de entrarmos nos detalhes relativos aos agentes pblicos.

    O art. 37, inciso I, da CF, estabelece que, para o preenchimento

    dos cargos, funes e empregos pblicos no Brasil, aplica-se o princpio

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    da ampla acessibilidade, garantindo essa possibilidade a todos os

    brasileiros, natos ou naturalizados, que preencherem os requisitos e aos

    estrangeiros, de acordo com a previso legal.

    Isso quer dizer que a investidura em cargo ou emprego pblico

    depende de aprovao prvia em

    concurso pblico de provas ou de

    provas e ttulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo

    ou emprego, na forma prevista em lei.

    Em relao s pessoas portadoras de necessidades

    especiais, a lei reservar percentual dos cargos e empregos pblicos e

    definir os critrios de sua admisso.

    O

    prazo de validade

    do concurso pblico ser de at dois anos,

    prorrogvel uma vez, por igual perodo.

    Durante o prazo improrrogvel previsto no edital de convocao,

    aquele aprovado em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos

    ser convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir

    cargo ou emprego, na carreira.

    Quanto funo de confiana e ao cargo em comisso, so

    destinados apenas s atribuies de direo, chefia e

    assessoramento. A funo de confiana exercida exclusivamente por

    servidores ocupantes de cargo efetivo enquanto o cargo em comisso

    exercido por qualquer pessoa, desde que cumpridos os requisitos legais

    e obedecidos os percentuais mnimos previstos em lei para servidores

    de carreira.

    Em seu art. 37, inciso IX, a Constituio Federal prev a

    possibilidade de

    contratao por tempo determinado

    para atender a

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    necessidade temporria de excepcional interesse pblico, cujos casos

    sero estabelecidos em lei.

    garantido ao servidor pblico civil o direito livre associao

    sindical e o direito de greve.

    No tocante remunerao ou subsdio dos servidores pblicos,

    somente podero ser fixados ou alterados por lei especfica, observada

    a iniciativa privativa em cada caso, assegurada reviso geral anual,

    sempre na mesma data e sem distino de ndices.

    Alm disso, a remunerao e o subsdio dos ocupantes de cargos,

    funes e empregos pblicos da administrao direta, autrquica e

    fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da Unio, dos

    Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, dos detentores de

    mandato eletivo e dos demais agentes polticos e os proventos, penses

    ou outra espcie remuneratria, percebidos cumulativamente ou no,

    includas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, devero

    limitar-se ao teto remuneratrio previsto no art. 37, inciso XI, da CF.

    Essa regra tambm se aplica s empresas pblicas e s sociedades de

    economia mista, e suas subsidirias, que receberem recursos da Unio,

    dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municpios para pagamento de

    despesas de pessoal ou de custeio em geral.

    No sero computadas, para efeito do teto remuneratri o,

    as parcelas de carter indenizatrio previstas em lei.

    vedada a vinculao ou equiparao

    de quaisquer espcies

    remuneratrias para o efeito de remunerao de pessoal do servio

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    pblico. Alm disso, em regra, o subsdio e os vencimentos dos

    ocupantes de cargos e empregos pblicos so

    irredutveis

    .

    A retribuio por subsdio foi fixada na CF para

    os seguintes cargos pblicos: chefes do Poder Executivo de todas as

    ordens polticas; auxiliares imediatos do Poder Executivo; membros do

    Poder Legislativo; magistrados federais e estaduais; membros do MP;

    ministros e conselheiros dos Tribunais de Contas; membros da AGU;

    procuradores federais e estaduais; defensores pblicos; servidores

    policiais; demais servidores organizados em carreira, desde que a lei

    que disciplina sua remunerao opte pelo subsdio.

    Quanto

    acumulao

    remunerada de cargos pblicos, a regra

    sua vedao. Entretanto, o texto constitucional, em seu art. 37, inciso

    XVI, traz excees, desde que haja compatibilidade de horrios e seja

    respeitado o referido teto remuneratrio:

    1.

    Dois cargos de PROFESSOR;

    2. Um cargo de PROFESSOR com outro, TCNICO OU

    CIENTFICO;

    3.

    Dois cargos ou empregos PRIVATIVOS DE PROFISSIONAIS

    DE SADE, com profisses regulamentadas.

    Lembre-se que a proibio de acumular estende-se a empregos e

    funes e abrange autarquias, fundaes, empresas pblicas,

    sociedades de economia mista, suas subsidirias, e sociedades

    controladas, direta ou indiretamente, pelo poder pblico.

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    No caso de servidor pblico da administrao direta, autrquica e

    fundacional, no exerccio de mandato eletivo, aplicam-se as

    seguintes regras:

    1)

    Mandato eletivo federal, estadual ou distrital: afastamento do

    cargo, emprego ou funo;

    2) Mandato de Prefeito: afastamento do cargo, emprego ou

    funo, com possibilidade de escolher sua remunerao;

    3)

    Mandato de Vereador: h duas possibilidades

    s

    a)

    compatibilidade de horrios: vantagens de seu cargo, emprego

    ou funo, sem prejuzo da remunerao do cargo eletivo; b)

    sem compatibilidade de horrios: aplicao da regra do

    mandato de prefeito;

    4)

    No caso de afastamento do cargo, emprego ou funo, o

    tempo de servio ser contado para todos os efeitos legais,

    exceto para promoo por merecimento. Alm disso, para

    efeito de benefcio previdencirio, os valores sero

    determinados como se no exerccio estivesse.

    Com base no art. 39 da Constituio Federal, a Unio, os Estados,

    o Distrito Federal e os Municpios instituiro, no mbito de sua

    competncia, regime jurdico nico e planos de carreira para os

    servidores da administrao pblica direta, das autarquias e das

    fundaes pblicas.

    Essa a redao original do texto constitucional e significa que as

    pessoas da Administrao Direta e Indireta precisavam uniformizar o

    regime para o seu quadro de pessoal, aplicando um nico regime de

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    servidor pblico para determinada ordem poltica, ou seja, uma lei que

    regule todos os servidores pblicos de cargos efetivos de cada ente

    poltico (Unio, Estados, DF e municpios).

    Apesar de a EC n 19/98 ter alterado a redao do

    supracitado dispositivo para afastar a obrigatoriedade do regime jurdico

    nico dos servidores, o STF, no dia 2 de agosto de 20 07, concedeu

    medida cautelar na ADI n 2135 e suspendeu, at deciso final da ao,

    a eficcia da nova redao do dispositivo para manter a redao original

    da Constituio. Ou seja, o STF afastou a EC 19/98 e fez prevalecer a

    necessidade de regime jurdico nico at os dias atuais.

    O art. 40 da Constituio Federal trata do regime de previdncia

    social aplicvel aos servidores titulares de cargos efetivos d a Unio, dos

    estados, do DF e dos municpios, includas as respectivas autarquias e

    fundaes (RPPS), ou seja:

    regime prprio de previdncia social

    dos servidores pblicos efetivos.

    Esse regime diferente do regime geral (RGPS),

    disciplinado no art. 201, CF, a que esto sujeitos os demais

    trabalhadores, no s os da iniciativa privada regidos pela CLT,

    autnomos e outros, mas tambm os servidores ocupantes,

    exclusivamente, de cargo em comisso, cargo temporrio e emprego

    pblico.

    OBS: o regime geral de previdncia aplica-se subsidiariamente

    aos servidores pblicos submetidos ao regime prprio.

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    O regime tem carter contributivo e solidrio. Dessa forma,

    no importa apenas o tempo de servio do servidor; para fazer jus

    aposentadoria, s ser computado o tempo de efetiva contribuio do

    beneficirio.

    vedado ao legislador estabelecer qualquer forma

    de contagem de tempo de contribuio fictcio (art. 40, 10, da

    Constituio). A instituio desse regime foi mantida em carter

    facultativo para Estados e Municpios.

    Devem contribuir para o sistema o ente pblico, os servidores

    ativos e inativos e os pensionistas. As contribuies devem observar

    critrios que preserve o

    equilbrio financeiro e atuarial do sistema

    (art. 40, caput da CF).

    No art. 40, 1, a Constituio Federal prev 3

    modalidades de aposentadoria:

    1. INVALIDEZ PERMANENTE: com proventos proporcionais

    ao

    tempo de contribuio, em todos os casos, exceto quando a

    invalidez decorrer de acidente de servio, molstia profissional

    ou doena grave, contagiosa ou incurvel, na forma da lei.

    2. COMPULSRIA (invalidez presumida): aos 70 anos de idade,

    independente de ser homem ou mulher, com proventos

    proporcionais ao tempo de contribuio. OBS: somente dar

    direito a proventos integrais se o funcionrio j tiver

    completado o tempo de contribuio exigido para a

    aposentadoria voluntria, ou seja, 35 anos, para homem, e 30

    para a mulher.

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    3. VOLUNTRIA: pode se dar com proventos integrais ou

    proporcionais.

    So 4 requisitos para aposentadoria voluntria com

    proventos

    integrais:

    tempo de efetivo servio pblico: 10 anos;

    tempo de servio no cargo efetivo em que se dar a

    aposentadoria: 5 anos;

    idade mnima: 60 anos, para o homem, e 55, para a mulher;

    tempo de contribuio: 35 anos para o homem e 30 para a

    mulher.

    J para a aposentadoria voluntria com

    proventos

    proporcionais so apenas 3 requisitos:

    tempo de efetivo servio pblico: 10 anos;

    tempo de servio no cargo efetivo em que se dar a

    aposentadoria: 5 anos;

    idade mnima: 65 anos, para o homem, e 60, para a

    mulher.

    ATENO, PARA PROVENTOS PROPORCIONAIS no se exige um

    tempo mnimo de contribuio, porm os proventos sero

    proporcionais ao tempo de contribuio.

    4. ESPECIAL

    : cabvel para o professor, para o deficiente fsico,

    para os que

    exeram

    atividades de risco e para aqueles cuja

    atividades sejam exercidas sob condies especiais que

    prejudiquem a sade ou a integridade fsica, no sendo

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    admitido qualquer outro tratamento especial (art. 40, 4 e

    5, da CF).

    A aposentadoria especial do professor a nica que

    tem seus requisitos expressos j no texto constitucional. No caso de

    professor ou professora que comprove exclusivamente tempo de efetivo

    exerccio das funes de magistrio na educao infantil e ensino

    fundamental e mdio, o tempo de contribuio e o limite de idade do

    reduzidos em 5 anos para a concesso de aposentadoria voluntria com

    proventos integrais. Perceba que os professores universitrios esto

    excludos desse tratamento diferenciado. Ademais, no inclui a

    aposentadoria voluntria com proventos proporcionais.

    As demais hipteses de aposentadoria especial possuem sua

    concretizao condicionada definio por lei complementar.

    Na contagem do prazo para aquisio do direito

    aposentadoria, o servidor pode considerar o tempo de contribuio

    tanto federal, quanto estadual ou municipal (art. 40, 9, CF). Alm

    disso, aplica-se o princpio da reciprocidade, que admite o

    aproveitamento do tempo de contribuio por servio prestado

    atividade privada (art. 40, 3, CF).

    Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos

    acumulveis, vedada a percepo de mais de uma aposentadoria

    conta do RPPS.

    O art. 40, 3, da Constituio Federal, a regra constitucional

    responsvel pelo

    fim da aposentadoria com proventos integrais do

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    servidor pblico. Os proventos no correspondero, como antes era

    possvel, ao valor da ltima remunerao do servidor. Seu valor ser

    uma mdia calculada, nos termos da lei, com base nas remuneraes

    sobre as quais o servidor contribuiu ao longo de sua vida profissional.

    O art. 40, 8, da CF, prev a reviso dos proventos,

    assegurando o reajustamento dos benefcios para preservar-lhes, em

    carter permanente, o valor real, conforme critrios estabelecidos em

    lei. Assim, fica institudo o princpio da preservao d o valor real, que

    o grande sonho de qualquer trabalhador, j que significa a manuteno

    do poder aquisitivo do servidor, do seu poder de compra.

    Com o fim da aposentadoria integral, levada a cabo pela

    EC41/2003, veio tambm a obrigatoriedade de

    instituio do regime

    de previdncia complementar. O ente poltico que pretenda

    estabelecer como teto dos proventos por ela pagos o limite de

    benefcios do RGPS dever instituir esse regime complementar, por

    meio de lei ordinria de iniciativa do chefe do Poder Executivo

    (Presidente da Repblica, governador do estado ou do DF ou prefeito),

    com a finalidade de permitir que o servidor contribua mais e com isso

    conquiste o direito de adquirir proventos superiores ao teto.

    Esse regime complementar ser organizado de forma autnoma

    em relao ao regime geral de previdncia social e ao regime de

    previdncia prprio do servidor pblico. Ficar a cargo de entidades

    fechadas de previdncia complementar, de natureza pblica, que

    oferecero aos respectivos participantes planos de benefcios somente

    na modalidade de contribuio definida.

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    O servidor que tenha ingressado no servio pblico at a data da

    publicao do ato de instituio do correspondente regime de

    previdncia complementar a ele estar sujeito somente se prvia e

    expressamente formalizar opo nesse sentido.

    A mesma EC 41/03 inseriu outro dispositivo inocente no art. 40

    da Constituio Federal, trata-se do 18, que instituiu a

    obrigatoriedade da contribuio do inativo. A contribuio incide

    sobre os proventos de aposentadorias e penses concedidas pelo

    regime prprio de previdncia dos servidores civis que superem o limite

    mximo estabelecido para os benefcios do regime geral d e previdncia

    (atualmente R$ 3.416,54), com percentual igual ao estabelecido para

    os servidores titulares de cargos efetivos (atualmente 11%).

    OBS: no

    caso de portador de doena incapacitante, essa contribuio

    incidir apenas sobre as parcelas que superem o dobro do teto

    do RGPS.

    Outro dispositivo inserido pela EC 41/03 foi o 19 do art. 40 da

    Constituio Federal, que trouxe uma nova natureza para a figura do

    abono de permanncia, que continua servindo para evitar a sada

    dos servidores e risco de comprometimento dos servios, garantindo o

    funcionamento da Administrao Pblica.

    E em que consiste esse instituto? Ele equivale dispensa

    do pagamento da contribuio previdenciria para o servidor que

    permanea em atividade aps ter completado os requisitos para

    requerer a aposentadoria voluntria no proporcional (60 anos de idade

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    e 35 de contribuio, se homem; 55 anos de idade e 30 de

    contribuio, se mulher; 10 anos de efetivo exerccio n o servio pblico;

    5 anos no cargo efetivo em que se dar a aposentadoria). O servidor

    far jus ao abono enquanto permanecer na ativa, at o limite de 70

    anos, idade em que alcanado pela aposentadoria compulsria.

    O art. 41 da Constituio Federal trata da estabilidade do servidor

    pblico, que consiste em uma garantia constitucional de permanncia

    no servio pblico, e no no cargo, vinculado atividade de mesma

    natureza de quando ingressou.

    Agora vamos falar de algumas importantes alteraes promovidas

    pela Emenda Constitucional n 19/1998 na Constituio no que diz

    respeito ao servidor pblico.

    Com a EC 19/98, a estabilidade passou a ser conferida somente

    aps

    trs anos de efetivo exerccio e no mais dois anos apenas.

    Ademais, a nova redao passou a exigir outros requisitos alm da

    prvia aprovao em concurso pblico.

    A partir da EC n 19/98, passaram a ser requisitos concomitantes

    para aquisio de estabilidade:

    1. concurso pblico;

    2.

    cargo pblico de provimento especfico;

    3.

    trs anos de efetivo exerccio;

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    4. aprovao em avaliao especial de desempenho por comisso

    instituda para essa finalidade.

    A respeito da

    perda do cargo, a partir da EC n

    0

    19/98, verifica-

    se que passam a ser 4 as hipteses de rompimento no voluntrio do

    vnculo funcional do servidor j estvel, expressas no texto

    constitucional (art. 41, 1

    0 e art. 169, 40

    ):

    1. sentena judicial transitada em julgado;

    2.

    processo

    dministrativo,

    esde ue ssegurados

    contraditrio e a ampla defesa;

    3. insuficincia de desempenho, verificada mediante avaliao

    peridica, na forma de lei complementar, assegurados tambm

    o contraditrio e a ampla defesa;

    4. excesso de despesa com pessoal.

    Invalidada por sentena judicial a demisso do servidor estvel,

    ser ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estvel,

    reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenizao, aproveitado

    em outro cargo ou posto em disponibilidade com remunerao

    proporcional ao tempo de servio.

    Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor

    estvel ficar em disponibilidade, com remunerao proporcional ao

    tempo de servio, at seu adequado aproveitamento em outro cargo.

    Quanto aos

    militares

    , o art. 42 da CF preceitua que os membros

    das Polcias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituies

    organizadas com base na hierarquia e disciplina

    , so militares dos

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    Estados, do Distrito Federal e dos Territrios, sendo as patentes dos

    oficiais conferidas pelos respectivos governadores.

    Por fim, em obedincia redao original do art. 39 da CF

    determina que as pessoas da Administrao Direta e Indireta

    uniformizem o regime para o seu quadro de pessoal, aplicando um

    nico regime para determinada ordem poltica), a Lei n 8.112/90

    dispe sobre o regime jurdico dos servidores pblicos civis da Unio,

    das autarquias e das fundaes pblicas federais.

    Essas so as principais regras trazidas pela Constituio no que

    diz respeito aos servidores pblicos (arts. 37 a 40).

    1. (CESPE -2015- MPU -Analista do MPU) O ocupante de cargo

    vitalcio s perde o cargo mediante regular processo judicial com

    sentena transitada em julgado.

    A respeito da perda do cargo, a partir da EC n 19/98, verifica-

    se que passam a ser 4 as hipteses de rompimento no voluntrio do

    vnculo funcional do servidor j estvel, expressas no texto

    constitucional (art. 41, 1 e art. 169, 4):

    1. sentena judicial transitada em julgado;

    2. processo administrativo,

    esde que assegurados o

    contraditrio e a ampla defesa;

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    3. insuficincia de desempenho, verificada mediante avaliao

    peridica, na forma de lei complementar, assegurados tambm

    o contraditrio e a ampla defesa;

    4.

    excesso de despesa com pessoal.

    Gabarito: Errado.

    5 l a s s i f i c a o d e a g e n t e s p b l i c o s

    Agora destacaremos a principal classificao de agentes pblicos

    adotada. Trata-se da apresentada por Maria Sylvia Zanella Di Pietro.

    Para ela, os agentes pblicos dividem-se em 4 categorias:

    1. agentes polticos: titulares dos cargos estruturais

    organizao poltica do Pas;

    2. servidores pblicos

    : em sentido amplo, englobam as

    pessoas fsicas que prestam servios ao Estado e s entidades

    da Administrao Indireta, com vnculo de dependncia com o

    poder pblico estatutrio ou celetista), de natureza

    profissional, de carter no eventual e mediante remunerao

    paga pelos cofres pblicos;

    3.

    Militares

    : prestam servios s Foras Armadas (Marinha,

    Exrcito e Aeronutica) e s Polcias Militares e Corpos de

    Bombeiros Militares dos Estados, DF e dos Territrios, com

    vnculo estatutrio sujeito a regime jurdico prprio; e

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    4. particulares em colaborao com o Poder Pblico

    : as

    pessoas fsicas que prestam servios ao Estado, ainda que em

    carter ocasional ou temporrio, sem vnculo empregatci o,

    com ou sem remunerao.

    2. (CESPE - 2013 - ANS - Tcnico Administrativo) Agente pblico

    aquele que exerce emprego ou funo pblica mediante remunerao.

    Veja o conceito dado por Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo

    Agente pblico toda pessoa fsica que exera, ainda que

    transitoriamente ou sem remunerao, por eleio, nomeao,

    designao, contratao ou qualquer forma de investidura ou vnculo,

    mandato, cargo, emprego ou funo pblica..

    Diante desta definio o gabarito est errado.

    a. Agentes polticos

    Para Celso Antnio Bandeira de Mello: agentes polticos so os

    titulares dos cargos estruturais organizao poltica do Pas

    ou seja, so os ocupantes dos cargos que compem o arcabouo

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    constitucional do Estado e, portanto, o esquema fundamental do

    poder. Sua funo a de formadores da vontade superior do Estado.

    (Curso de Direito Administrativo, 2008).

    Podemos dizer que o agente poltico aquele

    possuidor de cargo eletivo, eleito por mandatos transitrios. Exemplos:

    Os Chefes de Poder Executivo e membros do Poder Legislativo, alm de

    cargos de Ministros de Estado e de Secretrios nas Unidades da

    Federao, os quais no se sujeitam ao processo administrativo

    disciplinar.

    O regime jurdico desses agentes, os direitos e deveres aplicveis

    a eles, esto previstos em lei ou, em alguns casos, na prpria

    Constituio Federal, afastando, assim, a natureza contratual da

    relao.

    Assim, como bem salienta Fernanda Marinela, o vnculo jurdico

    desses agentes , em regra, de natureza poltica. Podem ser

    nomeados, mas, em sua maioria, so escolhidos por eleio popular e o

    que os qualifica no a aptido tcnica e sim a qualidade de cidado

    com a capacidade de conduzir a sociedade.

    Suas principais caractersticas so:

    1.

    Competncia prevista na prpria Constituio Federal;

    2. No sujeio s regras comuns aplicveis aos servidores

    pblicos em geral;

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    3. Normalmente, a investidura em seus cargos por meio de

    eleio, nomeao ou designao;

    4.

    No so hierarquizados, salvo os auxiliares imediatos dos

    Chefes dos Executivos, sujeitando-se somente s regras

    constitucionais.

    Um parecer da AGU merece um destaque especial:

    Parecer-AGU n GQ-35, vinculante: 4. A Lei n 8.112, de 1990, comin

    a a

    aplicao de penalidade a quem incorre em ilcito administrativo, na condio

    de servidor pblico, assim entendido a pessoa legalmente investida em cargo

    pblico, de provimento efetivo ou em comisso, nos termos dos arts. 2

    0 e 30

    Essa responsabilidade de que provm a apenao do servidor no alcana os

    titulares de cargos de natureza especial, providos em carter precrio e

    transitrio, eis que falta a previso legal da punio. Os titulares dos cargos

    de Ministro de Estado cargo de natureza especial) se excluem da viabilidade

    legal de responsabilizao administrativa, pois no os submete a positividade

    do regime jurdico dos servidores pblicos federais aos deveres funcionais,

    cuja inobservncia acarreta a penal idade ad ministrat iva

    De acordo com esse parecer, os que possuem cargos eletivos,

    eleitos por mandatos transitrios, como os Chefes de Poder Executivo e

    membros do Poder Legislativo, alm de cargos de Ministros de Estado e

    de Secretrios nas Unidades da Federao, no se sujeitam ao processo

    administrativo disciplinar.

    Para voc que vai fazer esse concurso,

    IMPORTANTE saber que atualmente h uma tendncia a considerar os

    membros da Magistratura (juzes e desembargadores) e do Ministrio

    Pblico (promotores e procuradores de justia) como agentes polticos.

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    1)

    Os magistrados enquadram

    -se na espcie de agente poltico,

    investidos para o exerccio de atribuies constitucionais,

    sendo dotados de plena liberdade funcional no desempenho de

    suas funes, com prerrogativas prprias e legislao

    especfica (RE 228.977/SP, STF Segunda Turma, Rel. Min.

    Nri da Silveira, julg: 05.03.2002, DJ: 12.04.2002) .

    2)

    Segundo o STF, a funo dos agentes diplomticos

    eminentemente poltica (Ext 1082, STF

    Tribunal Pleno, Rel.

    Min. Celso de Mello, julg: 19.06.2008, DJe: 07.08.2008).

    3. (CESPE - 2013 - MS - Administrador) Senadores, deputados e

    vereadores so considerados agentes polticos.

    Vimos que: agentes polticos so os titulares dos cargos

    estruturais organizao poltica do Pas

    , ou seja, so os

    ocupantes dos cargos que compem o arcabouo constitucional d o

    Estado e, portanto, o esquema fundamental do poder. Sua funo

    a de formadores da vontade superior do Estado.

    Resposta: certo.

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    4. (CESPE - 2013 - MS - Analista Administrativo) Os magistrados,

    agentes polticos investidos para o exerccio de atribuies

    constitucionais, tm plena liberdade funcional no desempenho de suas

    funes, bem como prerrogativas prprias e legislaes especficas.

    Jurisprudncia pura do STF, veja o julgado:

    "A autoridade judiciria no tem responsabilidade civil pelos atos

    jurisdicionais praticados. Os magistrados

    enquadram-se na espcie

    agente poltico, investidos para o exerccio de atribuies

    constitucionais, sendo dotados de plena liberdade funcional no

    desempenho de suas funes, com prerrogativas prprias e legislao

    especfica.

    " (RE 228.977, Rel. Min. Nri da Silveira, julgamento em 5-

    3-2002, Segunda Turma, DJ de 12-4-2002.)

    Resposta: certo.

    b. Servidores pblicos

    Em sentido amplo, englobam as pessoas fsicas que prestam

    servios ao Estado e s entidades da Administrao Indireta, sejam

    pessoas jurdicas de direito pblico ou privado, com vnculo

    empregatcio (ou seja, natureza profissional, de carter no eventual e

    sob vnculo de dependncia) e mediante remunerao paga pelos cofres

    pblicos.

    Subdividem-se em:

    1.

    SERVIDORES ESTATUTRIOS: sujeitos ao regime

    estatutrio (= regime disposto em lei especial para disciplinar

    os servidores de determinado ente pblico) e ocupantes de

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    cargos pblicos (aqui se incluem os ocupantes de

    funes de confiana e cargos em comisso).

    No regime estatutrio, ressalvadas as pertinentes disposies

    constitucionais impeditivas, o Estado deter o poder de

    alterar legislativamente o regime jurdico de seus servidores,

    inexistindo a garantia de que continuaro sempre

    disciplinados pelas disposies vigentes quando de seu

    ingresso, j que no h direito adquirido quanto

    manuteno do regime.

    2. EMPREGADOS PBLICOS: contratados sob o regime da

    legislao trabalhista (CLT) e ocupantes de emprego pblico

    tendo como vnculo jurdico um contrato de trabalho (regime

    contratual).

    Para o regime celetista ou contratual, os direitos e obrigaes

    constitudos na ocasio da avena so unilateralmente

    imutveis, gerando para o servidor direito adquirido.

    3.

    SERVIDORES TEMPORRIOS: contratados por tempo

    determinado para atender necessidade temporria de

    excepcional interesse pblico. Exercem funo

    , sem estarem

    vinculados a cargo ou emprego pblico.

    A Constituio exige a adoo, por parte de cada ente da

    Federao, de um s regime jurdico (regime jurdico nico)

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    aplicvel a todos os servidores integrantes de sua administrao

    direta, autarquias e fundaes pblicas.

    CUIDADO Os servidores das empresas pblicas, sociedades de

    economia mista e fundaes privadas regem-se pela legislao

    trabalhista.

    No caso dos empregados pblicos, no podem Estados e

    Municpios derrogar outras normas da legislao trabalhista, j que no

    tm competncia para legislar sobre Direito do Trabalho, reservada

    privativamente Unio (art. 22, I, CF).

    Aos servidores temporrios aplica-se regime jurdico especial a

    ser disciplinado em lei de cada unidade da federao.

    5. (CESPE - 2012 - Cmara dos Deputados Analista) Laura foi

    contratada pelo poder pblico federal, por tempo determinado, para

    atender necessidade temporria de excepcional interesse pblico, sem

    ter sido submetida a prvio concurso pblico. Nessa situao, a

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    contratao vlida, j que o concurso pblico no indispensvel para

    a investidura e para o exerccio da funo pblica.

    Como acabamos de ver, os servidores temporrios

    so

    contratados por tempo determinado para atender necessidade

    temporria de excepcional interesse pblico. Exercem funo, sem

    estarem vinculados a cargo ou emprego pblico. Nesse caso, dispensa-

    se o concurso pblico.

    Gabarito: Certo.

    6. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) A Constituio

    Federal determina a obrigatoriedade de a Unio, os estados, o Distrito

    Federal e os municpios institurem, no mbito de sua competncia,

    regime jurdico nico e planos de carreira para os servidores da

    administrao direta e de todas as entidades da administrao indireta.

    No foi toa que eu chamei a sua ateno para esse ponto da

    aula. A Constituio exige a adoo, por parte de cada ente da

    Federao, de um s regime jurdico (regime jurdico nico) aplicvel a

    todos os servidores integrantes de sua administrao

    direta

    , autarquias

    e fundaes pblicas. E ainda disse: CUIDADO Os servidores das

    empresas pblicas, sociedades de economia mista e fundaes privadas

    regem-se pela legislao trabalhista e voc se lembra que essas

    estatais compem a administrao indireta.

    Gabarito: Errado.

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    c.

    Militares

    Abrangem as pessoas fsicas que prestam servios s Foras

    Armadas (Marinha, Exrcito e Aeronutica) e s Polcias Militares e

    Corpos de

    Bombeiros

    Militares dos Estados, DF e dos Territrios, com

    vnculo estatutrio sujeito a regime jurdico prprio, mediante

    remunerao paga pelos cofres pblicos. Eram considerados servidores

    pblicos at a EC n 18/98, sendo excludos da categoria, s lhes

    aplicando as normas referentes aos servidores pblicos quando houver

    previso expressa nesse sentido.

    d. Particulares em colaborao com o Poder Pblico

    Englobam as pessoas fsicas que prestam servios ao Estado,

    ainda que em carter ocasional ou temporrio,

    sem vnculo

    empregatcio

    , com ou sem remunerao.

    Dividem-se em:

    1. DELEGADOS DO PODER PBLICO: exercem funo pblica,

    em seu prprio nome, sem vnculo empregatcio, porm sob

    fiscalizao do Poder Pblico. A remunerao que recebem

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    no paga pelos cofres pblicos, mas pelos terceiros usurios

    do servio. Exemplos: os que exercem servios notariais e d e

    registro, os leiloeiros, tradutores e intrpretes pblicos.

    Importante ressaltar que os oficiais dos

    servios notariais, apesar da exigncia de concurso pblico,

    no perdem a qualidade de particular, no devendo ser

    includos na categoria de servidores pblicos, como alguns

    acabam confundindo. Como bem salienta o STF, os notrios e

    os registradores exercem atividade estatal, entretanto no

    so titulares de cargo pblico efetivo, tampouco ocupam

    cargo pblico, no sendo, assim, servidores pblicos (ADI

    2602/MG, STF Tribunal Pleno, Rel. Min. Joaquim Barbosa e

    Min. Eros Grau, julg: 24.11.2005, DJ: 31.03.2006).

    2.

    REQUISITADOS, NOMEADOS OU DESIGNADOS PARA O

    EXERCCIO DE FUNES PBLICAS RELEVANTES

    : no

    tm vnculo empregatcio e, em geral, no recebem

    remunerao. So agentes convocados para exercer funo

    pblica, tendo assim a obrigao de participar sob pena de

    sano. Exemplos: jurados, convocados para prestao de

    servio militar ou eleitoral, comissrios de menores,

    integrantes de comisses, grupos de trabalho, etc.

    3. GESTORES DE NEGCIO

    : assumem, espontaneamente,

    determinada funo pblica em momento de emergncia, como

    epidemia, incndio, enchente, etc.

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    Para sistematizar, apresentamos o esquema da

    classificao de Di Pietro. ABRA O OLHO, e tenha esse quadro sempre

    em mente

    Agentes polticos Titulares os argos struturais rganizao

    poltica o

    as Ex.: residente,

    enadores,

    Governadores, Deputados etc).

    Servidores

    Servidores STATUTRIOS: egime estatutrio

    pblicos

    ocupantes de cargos pblicos (Ex.: voc ao passar

    neste concurso)

    EMPREGADOS BLICOS:

    egime rabalhista

    ocupantes de emprego pblico (Ex.: carteiro dos

    Correios);

    SERVIDORES EMPORRIOS: ontratados or

    tempo determinado ara

    tender

    ecessidade

    temporria de excepcional interesse pblico (Ex.:

    enfermeiro contratado para fazer frente a um surto

    de dengue).

    Militares

    Prestam ervios s oras rmadas Marinha,

    Exrcito Aeronutica) s

    olcias

    ilitares

    Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, DF e

    dos Territrios, com vnculo estatutrio e regime

    jurdico prprio (Ex.: soldado do Exrcito e da PM).

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    Particulares em

    colaborao com

    o Poder Pblico

    DELEGADOS DO PODER PBLICO: exercem funo

    pblica, em seu prprio nome, sem vnculo

    empregatcio, porm sob fiscalizao do Poder

    Pblico (Ex.: donos de cartrios).

    REQUISITADOS, NOMEADOS OU DESIGNADOS

    PARA O EXERCCIO DE FUNES PBLICAS

    RELEVANTES: no tm vnculo empregatcio e, em

    geral, no recebem remunerao (Ex.: jurado do

    Tribunal do Jri).

    GESTORES

    E EGCIO: ssumem,

    espontaneamente, determinada funo pblica em

    momento de emergncia Ex.: cidado que se

    prontifica a catalogar donativos para vtimas de

    enchentes).

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    7. (CESPE - 2009 - ANATEL - Analista Administrativo - Direito) Os

    jurados das sesses de tribunal do jri e os mesrios convocados para

    os servios eleitorais nas eleies so classificados pela doutrina

    majoritria do direito administrativo como agentes particulares

    colaboradores que, embora sejam particulares, executam certas

    funes especiais que podem ser qualificadas como pblicas.

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    Quem leu com ateno a aula j ganhou esse ponto Jurados e

    mesrios so agentes particulares colaboradores e tem mnus pblicos;

    no entanto, no recebem remunerao.

    Resposta: Certo.

    8. (CESPE - 2013 - ANS - Tcnico Administrativo) Os ocupantes de

    cargo ou funo em comisso so considerados agentes honorficos.

    Os agentes honorficos so aqueles cidados que por razo d a sua

    notria capacidade profissional ou intelectual presta temporariamente,

    prestam determinados servios, colaborando com o Estado, mas no

    possuem vnculo com o mesmo. Exemplo: jurados, os mesrios

    eleitorais, os comissrios de menores

    Gabarito: Errado.

    6. Funes cargos e empregos pb li cos

    Qual seria a distino entre cargo, emprego e funo pblica?

    CARGO PBLICO

    : conjunto de atribuies e responsabilidades

    previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um

    servidor, criando com este um vnculo estatutrio

    .

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    Segundo Marinela, cargo pblico a mais simples e indivisvel

    unidade de competncia a ser expressa por um agente pblico para o

    exerccio de uma funo pblica, representando um lugar dentro da

    organizao funcional da Administrao Pblica direta, autrquica e

    fundacional. Possui regime jurdico definido em lei, denominado assim

    regime legal ou estatutrio, de ndole institucional e no contratual.

    Assim, para lembrar o que

    cargo pblico (como um lugar

    dentro da estrutura da Administrao), tenha em mente a seguinte

    imagem + vnculo estatutrio:

    + VNCULO ESTATUTRIO

    Fonte:

    www.moveisparaescritorio.ind.br

    O cargo pblico acessvel a todos os brasileiros.

    Em regra, criado por lei, que definir um nmero

    determinado, uma denominao prpria e correspondente vencimento

    pago pelos cofres pblicos, para provimento em carter efetivo ou em

    comisso. Essa lei de iniciativa de cada Poder.

    EXCEO: no caso dos servios auxiliares do Poder

    Legislativo, a criao do cargo pblico ser feita por resoluo de cada

    uma das Casas do Congresso Nacional, no dependendo de lei,

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    lembrando, entretanto, que a fixao de sua remunerao depende de

    lei.

    Por paralelismo de formas, sua extino tambm s poder

    ocorrer por meio de lei, ressalvado o caso de cargos pblicos vagos,

    que podero ser extintos por decreto do Presidente da Repblica.

    Aquele que ocupa o cargo pblico chamado de

    funcionrio

    pblico.

    Em relao ao cargo pblico, Marinela ainda destaca outros

    conceitos relacionados:

    a)

    Carreira

    : um conjunto de cargos organizados em uma

    estrutura escalonada, hierarquizada;

    b) Classe: o agrupamento de cargos da mesma profisso e com

    idnticas atribuies, responsabilidades e vencimentos,

    consistindo nos degraus de acesso dentro da carreira;

    c)

    Quadro: o conjunto de carreiras e cargos isolados que

    compe a estrutura de um rgo ou Poder, podendo ser

    permanente ou provisrio.

    Por fim, Marinela traz duas formas de classificar os cargos

    pblicos:

    1) De acordo com a sua

    posio estatal no quadro funcional da

    Administrao, em:

    a) Cargos de carreira: aqueles organizados em uma srie de

    classes, que consiste nos agrupamentos de cargos da

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    mesma rofisso, om dnticas

    tribuies,

    responsabilidades e vencimentos, estando essas classes

    escalonadas em funo do grau de hierarquia existente no

    servio, que decorre do nvel de responsabilidade e

    complexidade de suas atribuies. Nesse caso, garantido

    aos servidores a possibilidade de ascenso funcional, o que

    ocorre, normalmente, por meio de promoo.

    b) Cargos isolados: apesar de estarem no quadro funcional da

    Administrao, no esto escalonados; so estanques, no

    contando os seus ocupantes com a possibilidade de

    progresso, de ascenso funcional.

    2) Conforme a sua

    vocao para reteno

    de seus ocupantes,

    considerando se o servidor tem maior ou menor garantia de

    permanncia, em:

    a)

    Cargo em comisso: consiste em um lugar no quadro

    funcional da Administrao que conta com um conjunto de

    atribuies e responsabilidades de direo, chefia e

    assessoramento. ocupado em carter transitrio e pode

    ser preenchido por qualquer pessoa. de livre nomeao e

    livre exonerao, no dependendo de qualquer justificativa

    ou motivao. Assim, no h qualquer garantia de

    permanncia.

    b)

    Cargo efetivo: depende de prvia aprovao em concurso

    pblico, sendo que a nomeao feita em carter definitivo

    e seu ocupante tem a possibilidade de, preenchidos os

    requisitos constitucionais art. 41, CF), adquirir a

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    estabilidade. Nesse caso, a retirada do servidor no ocorre

    de forma livre, dependendo de motivao com prvio

    processo administrativo, ou seja, conta com maior garantia

    de permanncia.

    c) Cargo vitalcio: o mais seguro, o que oferece ao servidor a

    maior garantia de permanncia, pelo fato de o desligamento

    s poder ocorrer via processo judicial. Em regra, esse cargo

    depende de prvia aprovao em concurso pblico, como na

    Magistratura (art. 95, I, CF) e no Ministrio Pblico (art.

    128, 5, I, a, CF), salvo as excees previstas no texto

    constitucional, tais como os Ministros e Conselheiros dos

    Tribunais de Contas (art. 73, 3, CF). Essa garantia se

    justifica pela independncia necessria atuao desses

    agentes.

    EMPREGO PBLICO: um ncleo de encargo de trabalho

    permanente a ser preenchido por agente contratado para desempenh-

    lo, ou seja, tambm uma unidade de atribuies e responsabilidades,

    distinguindo-se do cargo pelo tipo de vnculo que liga o servidor ao

    Estado.

    O ocupante de emprego pblico tem um vnculo contratual e

    submete-se ao regime trabalhista (CLT), com a aplicao de algumas

    normas do regime pblico.

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    + VNCULO TRABALHISTA

    Fonte:

    www.moveisparaescritorio.ind.br

    Para o mbito federal, a Unio, com o

    objetivo de definir as regras aplicveis aos empregados pblicos, editou

    a Lei n 9.962/00. O diploma estabelece, dentre outras regras, que a

    escolha desses empregados deve ser por meio de concurso pblico (art.

    2), trata-se de um contrato com prazo indeterminado e a sua resilio

    no pode ser unilateral (art. 3). Assim fica afastada a dispensa desses

    empregados de forma imotivada, s sendo possvel quando ocorrer:

    falta grave (art. 482, CLT); acumulao ilegal de cargos, empregos e

    funes pblicas; necessidade de reduo de quadros por excesso de

    despesa (art. 169, CF) e insuficincia de desempenho apurada em

    processo administrativo.

    A criao e a extino desses empregos pblicos tambm

    devem ser feitos por meio de lei.

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    FUNO PBLICA: o conjunto de atribuies s quais no

    corresponde um cargo ou emprego (conceito residual), no contando,

    assim, com um lugar no quadro funcional da Administrao. Segundo

    Marinela, consiste no conjunto de atribuies e responsabilidades

    assinaladas a um servidor; a atividade em si mesma, ou seja,

    corresponde s inmeras tarefas que devem ser desenvolvidas por um

    servidor.

    A criao e a extino dessa funo tambm deve ser feita por

    meio de lei.

    Abrange 2 tipos de situao: funo exercida por servidores

    contratados temporariamente, para a qual no se exige,

    necessariamente, concurso pblico, e funo de natureza permanente,

    correspondentes a chefia, direo, assessoramento

    (funo de

    confiana, de livre provimento e exonerao).

    PARA AS OBSERVAES:

    OBS1)

    As funes de confiana, exercidas exclusivamente por

    servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comisso,

    a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos,

    condies e percentuais mnimos previstos em lei, destinam-se

    apenas s atribuies de direo, chefia e assessoramento.

    OBS2) No art. 37, II, da Constituio Federal, o constituinte s

    exigiu concurso pblico para a investidura em cargo ou

    emprego. Nos casos de funo, essa exigncia no existe.

    Confira os seguintes dispositivos constitucionais:

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    37. II - a investidura em cargo ou emprego pblico depende de aprovao

    prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com a

    natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei,

    ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso declarado em lei de livre

    nomeao e exonerao;

    (...)

    V - as funes de confiana, exercidas exclusivamente por servidores

    ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comisso, a serem preenchidos

    por servidores de carreira nos casos, condies e percentuais mnimos

    previstos em lei, destinam-se apenas s atribuies de direo, chefia e

    assessoramento

    IMPORTANTE OBSERVAR que os tribunais

    brasileiros j sedimentaram o entendimento de que no existe direito

    adquirido manuteno do regime jurdico do servidor pblico;

    o regime jurdico pode ser alterado unilateralmente pelo poder pblico,

    com a simples alterao da lei de regncia.

    9. (CESPE -2015 TCU - Auditor Federal de Controle Externo -

    Conhecimentos Gerais) No que se refere a ato administrativo, agente

    pblico e princpios da administrao pblica, julgue o prximo item. A

    exonerao dos ocupantes de cargos em comisso deve ser motivada,

    respeitando-se o contraditrio e a ampla defesa.

    Conforme estudado ao longo da aula, Cargo em comisso consiste

    em um lugar no quadro funcional da Administrao que conta com um

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    conjunto de atribuies e responsabilidades de direo, chefia e

    assessoramento. ocupado em carter transitrio e pode ser

    preenchido por qualquer pessoa. de livre nomeao e livre

    exoneraono dependendo de qualquer justificativa ou

    motivao

    . Assim, no h qualquer garantia de permanncia.

    Gabarito Errada.

    10.

    (CESPE - 2011 - TRE-ES - Analista Judicirio - rea Administrativa

    - Especficos) Cargo pblico o conjunto de atribuies e

    responsabilidades que, previstas na estrutura organizacional, devem ser

    cometidas a um servidor.

    CARGO PBLICO

    : conjunto de atribuies e responsabilidades

    previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um

    servidor, criando com este um vnculo estatutrio. Acessvel a todos

    os brasileiros, criado por lei, com denominao prpria e vencimento

    pago pelos cofres pblicos, para provimento em

    carter efetivo ou em

    comisso. Aquele que ocupa o cargo pblico chamado de

    funcionrio pblico

    Resposta: Certo.

    11. (CESPE - 2013 - IBAMA - Analista Administrativo) A investidura no

    cargo pblico ocorre com a nomeao, sendo de trinta dias o prazo para

    o nomeado tomar posse.

    Alunos, ateno aos detalhes Veremos esse ponto mais adiante,

    mas saiba desde j que a investidura no cargo ocorre com a posse e

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    no com a nomeao. O prazo est correto, de 30 dias, nos termos da

    Lei n 8.112/90 .

    Gabarito: Errado

    12. (CESPE - 2013 - MPU - Analista - Direito) So requisitos para a

    investidura em cargo pblico, entre outros, a idade mnima de dezoito

    anos e a aptido fsica e mental, podendo as atribuies do cargo

    justificar a exigncia de outros requisitos estabelecidos em lei.

    isso mesmo, o artigo 5 da Lei n. 8.112/90, que ser abordada

    a fundo logo logo, nos ensina quais so os requisitos mnimos para a

    investidura. No esquea do pargrafo 1:

    Art. 5- So requisitos bsicos para investidura em cargo pblico:

    I - a nacionalidade brasileira;

    II - o gozo dos direitos polticos;

    III - a quitao com as obrigaes militares e eleitorais;

    IV - o nvel de escolaridade exigido para o exerccio do cargo;

    V - a idade mnima de dezoito anos;

    VI - aptido fsica e mental.

    1 o As atribuies do cargo podem justificar a exigncia de outros

    requisitos estabelecidos em lei.

    Gabarito: Certo.

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    13. (CESPE - 2013 - TC-DF - Procurador) A promoo constitui

    investidura derivada, enquanto a nomeao traduz investidura

    originria do servidor pblico.

    Meus caros, saiba desde j que a nica forma de provimento

    originrio a nomeao, qualquer outra derivada.

    Gabarito: Certo.

    a. Criao de cargos

    E como se d a criao, transformao e extino de cargos,

    empregos e funes pblicas?

    No mbito federal, isso ocorre por meio de lei, da competncia do

    Congresso Nacional. A iniciativa dessa lei privativa d o Presidente da

    Repblica, quando se tratar de cargos, funes ou empregos pblicos

    na administrao federal direta e autrquica.

    De acordo com o princpio do paralelismo, o STF considera que os

    Estados devem seguir o mesmo modelo. Portanto, nos Estados-

    membros, o Governador tem a iniciativa do projeto de lei e a

    Assembleia Legislativa tem a competncia de edit-la.

    No caso especfico de cargo ou funo pblica que estejam

    vagos, a extino pode ser feita mediante decreto do prprio Chefe

    do Executivo (no precisa edio de lei pelo Legislativo).

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    A extino de funo ou cargo pblico preenchido

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    somente poder ser efetivada mediante lei; caso o cargo esteja

    vago, a competncia para sua extino privativa do Chefe do

    Poder Executivo, mediante decreto autnomo.

    14.

    (CESPE - 2011 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo)

    Apesar do princpio da legalidade, que norteia toda a administrao

    pblica, o presidente da Repblica pode dispor, por meio de decreto,

    sobre a organizao e o funcionamento da administrao federal se isso

    no implicar aumento de despesa nem criao ou extino de rgos

    pblicos.

    Compete privativamente ao Presidente da Repblica, a organizao

    e funcionamento da administrao federal, quando no implicar

    aumento de despesa nem criao ou extino de rgos pblicos,

    segundo o artigo 84, VI, da Constituio Federal. Item certo.

    15.

    (CESPE - 2013 - ANS - Tcnico Administrativo) A extino de

    cargo pblico preenchido somente pode ser efetivada mediante lei. No

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    entanto, nos casos de cargo vago, essa extino pode ser efetivada

    mediante decreto autnomo.

    Conforme a CF/88 a criao, transformao ou extino de cargos

    ser por lei. Mas competncia privativa do Presidente d a Repblica

    dispor, mediante decreto, sobre a extino de funes ou cargos

    pblicos, quando vagos.

    Gabarito: Certo.

    b. Acessibilidade a brasileiros e estrangeiros

    Marinela conceitua acessibilidade como o conjunto de regras e

    princpios que regulam o ingresso de pessoas nos quadros da

    Administrao Pblica.

    De acordo com o art. 37, I, da Constituio Federal, o s cargos,

    empregos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros que

    preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos

    estrangeiros, na forma da lei. Trata-se do princpio da ampla

    acessibilidade.

    Os referidos requisitos estabelecidos em lei devem,

    obrigatoriamente, mostrar-se necessrios ao adequado desempenho da

    funo pblica correspondente. lm disso, vedado o

    estabelecimento de exigncias ou condies pelos editais de concursos

    pblicos que no possuam amparo legal. OBS: a EC n 45/2004

    estabeleceu duas hipteses novas de requisitos constitucionais

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    especificamente para o acesso aos cargos de juiz e de membro

    do Ministrio Pblico, tanto estaduais quanto federais. A

    referida emenda passou a exigir do bacharel em direito, em

    ambos os casos, no mnimo 3 anos de atividade jurdica, alm da

    aprovao em concurso pblico de provas e ttulos.

    No caso dos brasileiros, natos ou naturalizados, basta o

    atendimento aos requisitos da lei para que se tenha a possibilidade de

    acesso aos cargos, empregos e funes pblicas. J para os

    estrangeiros, necessria a edio de lei que estabelea as condies

    de ingresso; por exemplo, o art. 5, 3, da Lei n 8 .112/90 prev que

    as universidades e instituies de pesquisa cientfica e tecnolgica

    federais podero prover seus cargos com professores, tcnicos e

    cientistas estrangeiros.

    Segundo Fernanda Marinela, esse conjunto de normas que define

    os requisitos e parmetros para o acesso ao servio pblico deve ser

    respeitado rigorosamente pelos Administradores, gerando, assim, no

    que tange aos parmetros exigidos, um direito subjetivo para os

    candidatos a essas vagas, sendo vedada qualquer possibilidade de

    discriminao abusiva, o que gera flagrante desrespeito ao princpio da

    isonomia.

    Quanto aos brasileiros, importante ressaltar a exceo do art.

    12, 3, da CF, que listou alguns cargos que s podem ser preenchidos

    por brasileiros natos, em razo da segurana nacional.

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    Art. 12.3 - So privativos de brasileiro nato os cargos:

    I - de Presidente e Vice-Presidente da Repblica;

    II - de Presidente da Cmara dos Deputados;

    III - de Presidente do Senado Federal;

    IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

    V - da carreira diplomtica;

    VI - de oficial das Foras Armadas.

    VII - de Ministro de Estado da Defesa (Includo pela Emenda Constitucional n

    23, de 1999)

    Alm disso, exige-se a qualidade de brasileiro nato aos cidados

    que vo ocupar as seis vagas no Conselho da Repblica ( art. 89, VII).

    Esse tpico no pode ser encerrado sem a seguinte transcrio da

    Lei n 8.112/90, que trata da contratao de professores estrangeiros:

    Art. 5 (...)

    3o As universidades e instituies de pesquisa cientfica e tecnolgica

    federais podero prover seus cargos com professores, tcnicos e cientistas

    estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei.

    16. (CESPE

    2015

    FUB - Conhecimentos Bsicos - Nvel

    Intermedirio) luz do disposto na Constituio Federal de 1988 acerca

    da administrao pblica, julgue o item a seguir.

    Os cargos pblicos devem ser plenamente acessveis a brasileiros e

    a estrangeiros, podendo o edital do concurso estabelecer,

    justificadamente, requisitos apropriados s funes a serem

    desempenhadas.

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    Conforme estudado acima, o art. 37, I, da Constituio Federal

    determina que os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis

    aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim

    como aos estrangeiros, na forma da lei. Trata-se do princpio da ampla

    acessibilidade.

    Gabarito Errado.

    17. (CESPE -2015

    FUB) Considere que Joana, servidora pblica da

    Universidade de Braslia, tenha recebido documentao para a instruo

    do processo administrativo de posse de um professor estrangeiro em

    um cargo pblico da universidade. Nessa situao, Joana deve

    desconsiderar a no apresentao, pelo professor, do documento

    comprobatrio de nacionalidade brasileira, devendo dar prosseguimento

    ao referido processo.

    Sabemos, que requisito para a investidura a nacionalidade

    brasileira, porm, na contratao de professores estrangeiros, aplica-se

    a seguinte regrinha:

    Art. 5 (...)

    3o As universidades e instituies de pesquisa cientfica e tecnolgica

    federais podero prover seus cargos com professores, tcnicos e cientistas

    estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei.

    Gabarito: Certo

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    18. (CESPE - 2013 - TCE-RS - Oficial de Controle Externo) Professor

    estrangeiro que resida no Brasil e pretenda ocupar cargo pblico em

    universidade federal somente poder atuar como professor visitante,

    visto que a investidura em cargo pblico restrita a brasileiros natos ou

    naturalizados.

    A disposio constitucional que guiar nosso raciocnio para

    essa questo o artigo 37, I. Os cargos pblicos so acessveis tanto a

    brasileiros que preencham os requisitos

    quanto a estrangeiros

    , na

    forma da lei. Veja que a questo do estrangeiro na maioria das vezes

    fonte de dvidas, mas agora, voc j gravou o dispositivo constitucional

    que permite a investidura.

    Alm disso, a Lei 8.112 prev expressamente a

    possibilidade de as Universidades e instituies de pesquisa proverem

    seus cargos com professores, tcnicos e cientistas estrangeiros.

    Portanto o gabarito : Errado.

    19.

    (CESPE - 2013 - MPU - Tcnico - Tecnologia da Informao e

    Comunicao) A Constituio Federal de 1988 (CF) no restringe o

    acesso aos cargos pblicos a brasileiros que gozam de direitos polticos,

    admitindo que cargos, empregos e funes pblicas sejam preenchidos

    por estrangeiros, na forma da lei.

    De acordo com o art. 37, I, da Constituio Federal, o s cargos,

    empregos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros que

    preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos

    estrangeiros, na forma da lei.

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    Gabarito: Certo.

    20. CESPE - 2013 - MI - Analista Tcnico - Administrativo) A

    ausncia de previso de acesso de estrangeiros a cargos pblicos

    coaduna-se com a poltica de soberania do Estado brasileiro, que

    restringe as funes pblicas aos brasileiros que gozam de direitos

    polticos.

    De acordo com o art. 37, I, da Constituio Federal, o s cargos,

    empregos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros que

    preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos

    estrangeiros, na forma da lei, ou seja, h sim previso de acesso a

    estrangeiros a cargos pblicos na legislao brasileira (art. 5, 3, da

    Lei n. 8.112/90).

    Resposta: Errado.

    c. Exigncia de concurso pblico

    A investidura em cargo ou emprego pblico depende de

    aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos,

    de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na

    forma prevista em lei, ressalvadas as nomeaes para cargo em

    comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao.

    Esse dispositivo aplicvel administrao direta e indireta,

    inclusive para o preenchimento de empregos nas empresas

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    pblicas e sociedades de economia mista, pessoas jurdicas de

    direito privado integrantes da administrao indireta.

    Ao falar em concurso pblico, a Constituio Federal est exigindo

    procedimento aberto a todos os interessados, ficando vedados os

    chamados concursos internos, s abertos a quem j pertence a o quadro

    de pessoal da Administrao Pblica. Alm disso, deve-se propiciar igual

    oportunidade de acesso a cargos e empregos pblicos a todos os que

    atendam aos requisitos estabelecidos de forma geral e abstrata em lei.

    Marinela entende que o concurso pblico um procedimento

    administrativo colocado disposio da Administrao Pblica para a

    escolha de seus futuros servidores. Representa a efetivao d e

    princpios como a impessoalidade, a isonomia, a moralidade

    administrativa, permitindo que qualquer um que preencha os requisitos,

    sendo aprovado em razo de seu mrito, possa ser servidor pblico,

    ficando afastados os favoritismos e perseguies pessoais, bem como o

    nepotismo.

    Como bem lembrado por Marinela, para evitar

    os abusos, os Tribunais Superiores vem realizando um papel

    fundamental para aplicao dessa exigncia, reconhecendo, por

    exemplo:

    1) a impossibilidade de provimento ou deslocamento de um

    servidor para cargos de carreiras diversas, antigamente

    denominadas transposio ou ascenso funcional (Smula n

    685 do STF);

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    2) a impossibilidade de transformao de cargos ou a

    transferncia de servidores celetistas no submetidos a

    concurso pblico para servidores estatutrios, o que pressupe

    a ocupao de cargos efetivos (ADI 248/RJ, STF Tribunal

    Pleno, Rel. Min. Celso de Mello, DJ: 08.04.1994; RMS

    13604/RO, STJ Sexta Turma, Rel. Min. Paulo Medina, julg:

    03.03.2005, DJ: 18.04.2005);

    3) a proibio para criao de novas carreiras com inmeros

    cargos para serem preenchidos com antigos servidores de

    carreiras diversas, independentemente de serem eles celetistas

    ou estatutrios. Nova carreira exige novo concurso pblico;

    4) ser vedado o aproveitamento de servidores de um ente poltico

    em cargos ou empregos de outros entes pblicos. A exigncia

    de concurso pblico se refere investidura em cargo ou

    emprego pblico de carreira de cada pessoa jurdica de direito

    pblico, no autorizando o provimento inicial de cargo ou

    emprego de entidade poltica diversa (ADI 402, STF Tribunal

    Pleno, Rel. Min. Moreira Alves, DJ: 20.04.2001);

    5) ser proibido o aproveitamento de servidores de cargos extintos

    em outros cargos em que no haja plena identidade

    substancial entre eles, compatibilidade funcional e

    remuneratria e equivalncia dos requisitos exigidos em

    concurso (ADI 3.051/MG, STF

    Tribunal Pleno, Rel. Min. Carlos

    Britto, DJ: 28.10.2005; EREsp 279.920/PE, Rel. Min. Paulo

    Medina, DJ: 06.02.2006).

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    CUIDADO COM AS EXCEES, MEUS CAROS

    Para os cargos em comisso e para a contratao por tempo

    determinado

    (contratos temporrios) para atender a necessidade

    temporria de excepcional interesse pblico,

    dispensa-se o concurso

    pblico. Tambm a

    nomeao dos membros dos Tribunais

    no

    necessita ser precedida de concurso pblico. Outras excees so:

    cargos de

    mandato eletivo e ex-combatentes que tenham

    efetivamente participado das operaes blicas da Segunda Guerra

    Mundial.

    Segundo o art. 11 da Lei n 8.112/90, o concurso ser d e provas

    ou de provas e ttulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme

    dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira,

    condicionada a inscrio do candidato ao pagamento do valor fixado no

    edital, quando indispensvel ao seu custeio, e ressalvadas as hipteses

    de iseno nele expressamente previstas

    Importante perceber que o concurso pblico dever ser de

    provas ou de provas e ttulos, ficando, assim, proibida a realizao

    de contrataes para cargos ou empregos efetivos com base em anlise

    exclusiva de ttulos ou currculos ou quaisquer outros procedimentos

    que no incluam a realizao de provas.

    No Brasil, hoje vedada a prova somente de

    ttulos por prejudicar a disputa igualitria. A prova de titulao no

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    pode ser o nico parmetro para seleo de candidatos a cargo ou

    emprego pblico, sob pena de excluir as pessoas que esto no incio da

    carreira, servindo apenas como mecanismo para definir a classificao

    dos candidatos no concurso.

    A regra da acessibilidade e do concurso visa dar a todos iguais

    oportunidades, no se admitindo distines entre brasileiros natos e

    naturalizados, exceto hipteses do art. 12, 3, da CF , nem mesmo as

    distines em razo de idade e sexo, exceto aquelas distines cuja

    natureza do cargo assim o exigir,

    desde que previstas em lei

    .

    A exigncia de 3 anos de atividade jurdica para as carreiras da

    Magistratura e do Ministrio Pblico possvel no concurso

    independente de lei formal para institu-la, isso porque trata-se de regra

    expressa na Constituio Federal a partir do advento d a EC n 45/2004

    (arts. 95, I, e 129, 3). Inclusive, essa norma j foi objeto da ADI n

    3.460 no STF, sendo declarada constitucional.

    Admite-se a exigncia de aprovao em exame psicotcnico

    para provimento de alguns cargos pblicos, com vistas avaliao

    pessoal, intelectual e profissional do candidato. No entanto, exige-se a

    presena dos seguintes pressupostos:

    a) haver previso legal, sendo insuficiente mera exigncia no

    edital. Segundo a Smula n 686 do STF,

    s por lei se pode

    sujeitar a exame psicotcnico

    a habilitao de candidato a

    cargo pblico.

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    b) ser realizado a partir de critrios objetivos de aferio da