atuaÇÃo do enfermeiro na equipe de saÚde durante … pereira costa... · atuaÇÃo do enfermeiro...

138
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA COORDENAÇÃO GERAL DE PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO PROFISSIONAL ENFERMAGEM ASSISTENCIAL -MPEA RODRIGO PEREIRA COSTA TAVEIRA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA: Proposta de Protocolo Orientador: Profa. Dra. Fátima Helena do Espírito Santo Niterói, RJ 2018

Upload: others

Post on 19-Jul-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

COORDENAÇÃO GERAL DE PÓS-GRADUAÇÃO

MESTRADO PROFISSIONAL ENFERMAGEM ASSISTENCIAL -MPEA

RODRIGO PEREIRA COSTA TAVEIRA

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE

DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM

UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA:

Proposta de Protocolo

Orientador: Profa. Dra. Fátima Helena do Espírito Santo

Niterói, RJ

2018

Page 2: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA

CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

PEDIÁTRICA: Proposta de Protocolo

Autor: Rodrigo Pereira Costa Taveira

Orientador: Profa Dra Fátima Helena do Espírito Santo

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado Profissional em

Enfermagem Assistencial da Escola de Enfermagem Aurora de

Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense, como parte dos

requisitos para obtenção do Título de Mestre.

Linha de pesquisa: O cuidado de enfermagem para os grupos humanos

Niterói, RJ

2018

Page 3: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Page 4: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Rodrigo Pereira Costa Taveira

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA

CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

PEDIÁTRICA: Proposta de Protocolo

Aprovado em:

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________________

Profa. Dra. Fátima Helena do Espírito Santo - Presidente

EEAAC/UFF

__________________________________________________

Prof. Dr. Carlos Magno Carvalho da Silva – 1º Examinador

EEAP/UNIRIO

__________________________________________________

Profa. Dra. Eny Dorea Paiva - 2º Examinador

EEAAC/UFF

__________________________________________________

Prof. Dr. Tadeu Lessa da Costa -Suplente

UFRJ/MACAÉ

__________________________________________________

Prof. Dr. Rodrigo Leite Hipólito - Suplente

EEAAC/UFF

Niterói, RJ

2018

Page 5: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

DEDICATÓRIA

Aos meus avôs maternos que são exemplo de pessoa e cidadãos! Meu avô, Seu Fernando

Pereira da Cunha, como exemplo de pessoa honesta e integra que trabalhou como agricultor e

minha avó, Dona Maria das Dores da Cunha, que além de cuidar de 10 filhos trabalhou por 25

anos como professora alfabetizando jovens e adultos e entre eles filhos e sobrinhos!

A todos os pacientes que podem vir a ser beneficiados com este estudo!

Page 6: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

AGRADECIMENTOS

Agradecer primeiramente a Deus, como de praxe, pois sem essa energia poderosa para nos

guiar, todo caminho acaba sendo mais árduo.

À minha mãe, que sempre foi uma incentivadora ferrenha com relação aos estudos, desde a

minha infância até os dias de hoje.

À minha orientadora Fátima Helena, por acreditar nesse projeto e em mim e por toda

paciência que teve com minhas oscilações durante todo esse percurso e por saber respeitar os

momentos certos com uma percepção muito refinada.

Ao meu amigo Jorge Luiz Lima, que me ajudou muito nessa caminhada com conselhos

preciosos, sempre me incentivando a não desistir.

À minha namorada Drielly Monteiro, pelo incentivo e ajuda em alguns pontos tecnológicos.

Aos componentes da Banca: Professor Doutor Carlos Magno Carvalho da Silva, Professora

Doutora Eny Dorea Paiva, Professor Doutor Tadeu Lessa da Costa, Professor Doutor Rodrigo

Leite Hipólito. Agradeço por dedicarem seu tempo e participarem desse momento importante!

Muito obrigado!

Page 7: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

RESUMO

Dentre as diversas situações que podem ocorrer na unidade de terapia intensiva (UTI) e em

outros ambientes hospitalares, indiscutivelmente nenhuma supera a prioridade de atendimento

a parada cardiorrespiratória (PCR) e ações bem organizadas e planejadas diminuem as

sequelas e influenciam nos resultados do atendimento. Os treinamentos também são

importantes para identificação prévia da parada cardiorrespiratória. Segundo a American

Heart Association, parada cardiorrespiratória (PCR) se define como irresponsividade

(inconsciência), ausência de respiração (apnéia) ou presença de respiração agônica (gasping) e

ausência de pulso central. Lembrando que o pulso só deve ser checado por profissional de

saúde. Importante destacar que não devemos apenas saber abordar o paciente com PCR, mas

também saber quando não iniciar as manobras de RCP. As UTIs Pediátricas em especial, são

mais complexas do que as UTIs adultas, pois além de lidar com crianças extremamente graves

com diferentes patologias, o profissional também tem que acolher e cuidar dos pais, sem

deixar que os sentimentos despertados enrijeçam comportamentos tecnicistas dos

profissionais, para evitar seu distanciamento do paciente. Embora a PCR seja evento passível

de ocorrer em qualquer ambiente, de saúde ou não, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) está

entre os locais em que há maior ocorrência, pois essas unidades assistem pacientes

gravemente enfermos e com instabilidade hemodinâmica. O presente estudo tem como objeto

a atuação do enfermeiro na equipe de saúde durante PCR na UTI pediátrica e como questão

norteadora: Como se caracteriza a atuação do enfermeiro na equipe de saúde durante PCR na

UTI pediátrica? O estudo tem como objetivos: Elaborar um protocolo de atendimento

assistencial para atuação da equipe de enfermgaem no manejo da PCR na UTI pediátrica;

Caracterizar a produção científica sobre atuação do enfermeiro na PCR em UTI pediátrica e

Discutir a atuação do enfermeiro na equipe de saúde durante PCR na UTI pediátrica. Trata-se

de um estudo descritivo exploratório realizado em duas etapas: Revisão integrativa da

literatura realizada entre março e maio de 2017, onde se buscou identificar evidências

científicas sobre a atuação do enfermeiro na PCR em UTI pediátrica e Elaboração do

protocolo de atendimento assistencial para atuação da equipe de enfermagem no manejo da

PCR em UTI pediátrica. Os resultados indicaram que muitos são os fatores que influenciam

no atendimento a vítima de PCR, porém manter atualizado o conhecimento técnico científico

com relação a esse tema parece ser o principal fator para realizar um atendimento de rápido e

Page 8: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

sistematizado com a maior qualidade possível, como é preconizado pelas diretrizes da

American Heart Association (AHA). Nesse contexto o enfermeiro é elemento importante

devido à flexibilidade na sua atuação, seja ela gerencial ou assistencial, enquanto líder da

equipe. O nível de conhecimento do enfermeiro e dos profissionais que atuam na PCR vai

influenciar na sobrevida do paciente que é atendido. Entretanto, não foram encontrados

estudos específicos sobre a atuação do enfermeiro e da equipe de enfermagem durante a PCR.

Os estudos selecionados abordam principalmente aspectos relacionados ao treinamento e

níveis de conhecimento desses profissionais sobre PCR e RCP e ferramentas tecnológicas, o

que aponta lacunas do conhecimento para outras investigações. Assim, conclui-se o estudo

com uma proposta de fluxograma que visa favorecer a sistematização do atendimento pelos

profissionais durante PCR na UTI pediátrica.

Descritores: Enfermeiro, Enfermagem, Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica, Parada

Cardiorrespiratória.

Page 9: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Abstract

Among the several situations that can occur in an Intensive Care Unit (ITU) and in other

hospital environments, indisputably none of them is a most importante priority as a medical

care than the cardiorespiratory arrest (CRA). Consequently, well organized and planned

actions can dicrease the numbers of sequelaes and can also influence in the results of the

medical care. The training programns are also very importante for the previous identification

of the cardiorespiratory arrest (CRA). According to the American Heart Association, the

cardiorespiratory arrest (CRA) is defined as unresponsive (unconsciousness), lack of

breathing (apnea) or the presence of agonal breathing (gasping respiration) and the lack of

central pulses. Reminding that the pulse should only be checked by professionals of the health

care area. Furthermore, it is importante to highlight that we should not only know how to

approach the patient with CRA, but also know when not to procede with CRA maneuvers.

The pediatric ICUs in special, are more complex than the adult ones, for in addition to dealing

with extremely severe cases of children with different pathologies, the professional has also to

accept and give support to the parents, without letting the affection of this relationship to

tighten the technical behaviour of the professionals, avoiding creating a distance towards the

patient. Although, the CRA is an amenable event in any environment, health care or not, the

Intensive Care Unit (ICU) is among the places where it mostly occurs, once these units assist

pacients extremely ill and with hemodynamic instability. The presente study has as his own

object of reseach, the practice of the nurse in the health staff during a CRA in a pediatric ICU

and as a main question: How is described the practice of the nurse in a medical staff, during a

CRA, in a pediatric ICU? This study aims to: Develop a heath care protocol for the practice of

the nursing staff in the handling of the CRA in a pediatric ICU; Define the scientific

production among the practice of the nurse during CRA in pediatric ICU and Discuss the

practice of the nurse in the health care staff during CRA in a pediatric ICU. This is an

exploratory descriptive study conducted in two stages: Integrative literature review of what

was published between march and may of 2017, when was researched scietific evidences

about the practice of the nurse during CRA in a pediatric ICU and in the development of a

health care protocol for the practice of the nursing staff in the handling of the CRA in a

pediatric ICU. The results indicate that many are the factors which have influence in the

Page 10: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

assistance of the victim of a CRA, but it appears to be crucial to have a fast, systematized and

quality assistance of the victim of CRA, it is also important the continuous research about this

theme and to maintan updated the scientific technical knowledge about it, as it it proposed by

the American Heart Association (AHA). In this context the nurses are a key element due to

their flexibility on the actions, being them managerial or of assistance, as a lider of a staff.

The level of knowledge of a nurse and of the professionals that work with CRA will influence

the survival time of the patient who is assisted. On the other hand, it was not found specific

studies about the pratice of the nurse and the nursing staff, during a CRA. The selected studies

mainly approach the aspects related about training and levels of knowledge of theses

professional related to CRA in a pediatric ICU. Therefore, the study is concluded with a

proposal of a flowchart which aims to benefit the systematisation of the assistance provided

by the professionals during CRA in a pediatric ICU.

Keywords: Nurse, Nursing, Pediatric Intensice Care Units, Cardiorespiratory arrest.

Page 11: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

LISTA DE SIGLAS

UTI: Unidade de terapia intensiva

PCR: Parada cardiorrespiratória

RCP: Ressuscitação cardiopulmonar

AHA: American Heart Association

ILCOR: International Liaison Committeon Resuscitation

ERC: European Resuscitation Council

IAHF: Inter American Heart Foundation

HSFC: Heart and Stroke Foundation of Canada

ARC: Australian Resuscitation Council

NZRC: New Zeland Resuscitation Council

RCSA: Resuscitation Councilof Southern Africa

EUA: Estados Unidos da América

M S: Ministério da Saúde

UTI: Unidade de Terapia Intensiva

UTIPs: Unidades de terapia intensiva pediátrica

AESP: Atividade elétrica sem pulso

FA: Fibrilação Atrial

IAM: Infarto Agudo do Miocárdio

UCO: Unidades Coronarianas

SBV: Suporte Básico de Vida

SAV: Suporte Avançado de Vida

GRADE: Grading of Recommendation Assessment, Development and Evaluation

TVSP: Taquicardia Ventricular sem Pulso

DEA: Desfibrilador automático externo

ONR: Ordem de não reanimação

CRM: Conselho Federal de Medicina

PBE: Prática Baseada em Evidência

BDENF: Base de Dados da Enfermagem

IBECS: Índice Bibliográfico Espanhol de Ciências da Saúde

Page 12: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

BVS: Biblioteca Virtual de Saúde

LILACS: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde

MEDLINE: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online

SCIELO: Scientific Eletronic Library Online

SAMU: Service d´Aide Médicale d´Urgence

ECMO: Equipamento de ressuscitação cardiopulmonar extracorpórea

SAMU: Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

CE: Carros de emergência

TOT: Tubo orotraquel

TRR: Times de Resposta Rápida

RI: Revisão Integrativa

DeCS: Descritores em Ciência da Saúde

Page 13: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

LISTA DE FIGURAS, QUADROS E GRAFICOS

Página

Figura 1 - Seleção dos artigos encontrados na BVS ................................................ 41

Figura 2 - Identificação de evidências para construção do protocolo assistencial

para atuação da equipe de enfermagem na PCR em UTI pediátrica ........................

43

Gráfico 1 - Distribuição dos artigos selecionados por base de dados ..................... 44

Gráfico 2 - Distribuição dos artigos selecionados por país de origem .................... 45

Gráfico 3 - Distribuição dos artigos selecionados por revista ................................ 46

Gráfico 4 - Distribuição dos artigos selecionados por profissão............................. 46

Gráfico 5 - Distribuição dos artigos selecionados por ano de publicação dos

artigos ........................................................................................................................

47

Gráfico 6 - Distribuição dos artigos selecionados por tipo de estudo .................... 47

Quadro 1: Artigos distribuídos em suas categorias temáticas .............................. 48

Figura 3: Represenção da dinâmica de atendimento ao paciente com risco de PCR

na UTI.......................................................................................................................

79

Page 14: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

SUMÁRIO

Pagina

INTRODUÇÃO

O tema e sua contextualização ................................................................................... 14

Objetivos .................................................................................................................... 19

Justificativa e Relevância ........................................................................................... 19

CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Histórico da parada cardiorrespiratória e aspectos legais .......................................... 24

Aspectos da parada cardiorrespiratória na pediatria .................................................. 26

Atuação do enfermeiro na parada cardiorrespiratória ............................................... 30

Ensino da parada cardiorrespiratória na enfermagem .............................................. 31

Aspectos éticos na ressuscitação cardiopulmonar ..................................................... 33

CAPÍTULO II: METODOLOGIA

Tipo de estudo ............................................................................................................ 38

Produção de dados ..................................................................................................... 38

Etapa 1: Revisão Integrativa ............................................................................... 38

Etapa 2: Elaboração do Protocolo ....................................................................... 42

CAPÍTULO III: EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS SEGUNDO REVISÃO

INTEGRATIVA DA LITERATURA E DIRETRIZES DA AMERICAN

HEART ASSOCIATION

Revisão integrativa da literatura ................................................................................ 44

Categorização os artigos selecionados: Resultados..................................................

Discussão...........................................................................................................

Atuação na unidade de terapia Intensiva e durante parada cardiorrespiratória e

fatores que podem comprometê-la ............................................................................

44

48

48

Função do enfermeiro na parada cardiorrespiratória ............................................... 52

Conhecimentos sobre Parada Cardiorrespiratória ..................................................... 56

Educação continuada e treinamento/capacitação ...................................................... 58

Ferramentas e tecnologias utilizadas na parada cardiorrespiratória .......................... 60

Parada cardiorrespiratória na pediatria ...................................................................... 63

Síntese ........................................................................................................................ 65

Comparação dos tópicos encontrados na primeira e segunda revisão integrativa ....... 66

Atendimento a parada cardiorrespiratória segundo as diretrizes internacionais da

American Heart Association.......................................................................................

67

Suporte básico de vida ............................................................................................... 67

Compressões torácicas ............................................................................................... 68

Vias aéreas e ventilação ............................................................................................. 69

Ciculação ................................................................................................................... 71

Suporte avançado de vida ......................................................................................... 71

Equipes de reanimação cardiopulmonar .................................................................... 72

Monitorização e via para administração de medicamentos no suporte avançado de

vida ............................................................................................................................

72

Page 15: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Algoritmos na ressuscitação cardiopulmonar ............................................................ 75

Ressuscitação cardiopulmonar no suporte avançado de vida .................................... 75

Folha de Parada .......................................................................................................... 76

Educação .................................................................................................................... 76

CAPÍTULO IV: PROTOCOLO DE MANEJO DA PARADA

CARDIORRESPIRATÓRIA

Construindo o Protocolo ............................................................................................ 78

Protocolo de atendimento assistencial para atuação da equipe de enfermagem no

manejo da Parada cardiorrespiratória na unidade de terapia intensiva pediátrica........

80

CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 87

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 89

APÊNDICES

Apêndice A: Categorização dos artigos selecionados na BVS para revisão

integrativa .....................................................................................................................

113

Apêndice B: Fluxograma – Esquema do protocolo de atendimento assistencial para

atuação da equipe de enfermagem no manejo da parada cardiorrespiratória na

unidade de terapia intensiva pediátrica .......................................................................

129

ANEXOS

Anexo A: Cadeias de sobrevivência da American Heart Association ......................... 130

Anexo B: Algoritmo de suporte básico de vida ........................................................... 131

Anexo C: Resumo dos componentes para ressuscitação cardiopulmonar de alta

qualidade no suporte básico de vida .............................................................................

132

Anexo D: Limites de pressão arterial sistêmica em neonatal e pediatria ..................... 133

Anexo E: Algoritmo de suporte avançado de vida ...................................................... 134

Anexo F: Resumo dos medicamentos usados no suporte avançado de vida ............... 135

Anexo G: Exemplo de “folha de parada” ..................................................................... 136

Page 16: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

14

INTRODUÇÃO

O Tema e sua contextualização

Dentre as diversas situações que podem ocorrer na unidade de terapia intensiva (UTI)

e em outros ambientes hospitalares, indiscutivelmente nenhuma supera a prioridade de

atendimento a parada cardiorrespiratória (PCR). Ações bem organizadas e planejadas

diminuem as sequelas e influenciam nos resultados do atendimento. Os treinamentos também

são importantes para identificação prévia da parada cardiorrespiratória.1-2

Deve-se ter em mente, que a PCR é sempre um fenômeno inesperado e não desejável,

seja em um paciente enfermo que esteja hospitalizado ou indivíduo hígido. Esse fato justifica

a realização das manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP).3

A PCR é estudada por vários conselhos e associações, como a American Heart

Association (AHA) e a International Liaison Committeon Resuscitation (ILCOR) que é

formada por vários membros como: European Resuscitation Council (ERC), Inter American

Heart Foundation (IAHF), Heart and Stroke Foundation of Canada (HSFC), Australian

Resuscitation Council (ARC), New Zeland Resuscitation Council (NZRC) e o Resuscitation

Councilof Southern Africa (RCSA). Eles realizam estudos e aprimoram técnicas de

ressuscitação cardiopulmonar (RCP) por meio da elaboração e padronização de condutas e o

treinamento de profissionais de saúde e leigos.2

Segundo a American Heart Association, parada cardiorrespiratória (PCR) se define

como irresponsividade (inconsciência), ausência de respiração (apneia) ou presença de

respiração agônica (gasping) e ausência de pulso central. Lembrando que o pulso só deve ser

checado por profissional de saúde. Importante destacar que não devemos apenas saber abordar

o paciente em PCR, mas também saber quando não iniciar as manobras de RCP.4-5

No paciente pediátrico, que apresenta frequência cardíaca menor ou igual a 60

batimentos e com sinais de má perfusão (ex: enchimento capilar lentificado e cianose central),

também deve ser dado o alerta de PCR.6

Anualmente, nos Estados Unidos da América (EUA), mais de 15000 crianças sofrem

PCR fora do hospital e cerca de 2% do total de crianças admitidas em unidades de terapia

intensiva pediátrica (UTIPs) sofrem PCR durante a hospitalização.3,7

Na área da saúde a tecnologia é classificada em leve, leve-dura e dura. A leve é a

relação entre as pessoas, sendo nesse caso o usuário e o profissional; a leve-dura é o saber

Page 17: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

15

estruturado e gestão de serviço de cada categoria profissional e a dura é o maquinário e

equipamento, estruturas organizacionais e normas.8

Toda essa tecnologia deve ser usada de maneira integrada dentro dos hospitais, com

objetivo de proporcionar a melhor assistência ao usuário. Dentro dessa organização, as UTIs

têm uma grande diversidade de equipamentos complexos e ampla gama de profissionais

especializados.9

O período entre as décadas de 1950 e 1970 é marcado pelo aparecimento das primeiras

unidades de terapia intensiva (UTI), diferenciadas dos outros setores por serem unidades

especializadas e com equipamentos sofisticados, sendo mais efetivo reunir os pacientes graves

em local único.10-11 A UTI, dentro do hospital, é o setor que presta atendimento a pacientes de

alto risco com uso expressivo de alta tecnologia, reunindo recursos artificiais que dão suporte

para manutenção da vida, sendo exigido comprometimento e qualificação do profissional.12-14

O Ministério da Saúde (MS) classifica a unidade de terapia intensiva como setor

especializado e tecnológico, que deve ser ocupado por profissionais altamente capacitados,

tanto no conhecimento teórico como no prático, tendo sempre o mesmo objetivo que é o de

salvar e/ou prolongar a vida da melhor maneira.15

As UTIs podem ser destinadas para atendimentos a adultos, a crianças e para bebês

pré-termos ou recém-nascidos a termo com alguma disfunção orgânica. Em alguns casos,

existem as unidades especializadas em atendimentos cardiológicos clínicos e cirúrgicos,

chamadas de Unidades Coronarianas (UCO).16

Em UTI adulto, pediátrico e neonatal, a abordagem da PCR vai ser diferente, pois o

paciente adulto normalmente entra em PCR devido a causas cardiovasculares, por exemplo,

infarto agudo do miocárdio (IAM), com súbita e inesperada fibrilação ventricular (FV). Os

recém-nascidos e os pacientes pediátricos entram em PCR principalmente por hipoxemia e

acidose, causada por insuficiência respiratória ou circulatória, evoluindo de bradiarritmias

para assistolia ou atividade elétrica sem pulso (AESP).5 A RCP no adulto é completamente

orientada para rápida desfibrilação, com desfecho geralmente favorável, na criança, os ritmos

cardíacos apresentados, tornam o prognóstico mais sombrio, apesar das tentativas de RCP

adequada.5,7

A PCR pode ocorrer por falência respiratória e circulatória e diferente da deterioração

circulatória, a falência do sistema respiratório ocorre de modo gradativo, sendo possível

identificar precocemente esses sinais e promover medidas para melhorar ou reverter a

Page 18: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

16

oxigenação e ventilação. Esses sinais de insuficiência respiratória que antecedem a falência

respiratória são taquipneia, taquicardia, desconforto respiratório como uso de musculatura

acessória (tiragem subcostal, intercostal e retração de fúrcula) e batimento de asa de nariz.5

A PCR na criança, mesmo sendo inesperada, muitas vezes pode ser prevenida e/ou

antecipada. Diversos hospitais pediátricos têm desenvolvido sistemas para prevenção da PCR

com a criação de equipes de emergência, também chamadas de resposta rápida, que são

solicitadas em ocasiões onde há presença de sinais de alerta nas crianças hospitalizadas,

mostrando resultados positivos na prevenção da PCR.3,17-18

Pode ser dito que a criança admitida na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica

(UTIP) em PCR, geralmente não foi adequadamente avaliada ou tratada nas horas anteriores a

esse evento, ou mesmo nem monitorizada corretamente durante sua transferência. Dentro da

UTI, a criança que sofre PCR, diversas vezes não estava suficientemente monitorizada ou os

sinais de alerta apresentados não foram valorizados anteriormente ao evento.3

Na UTI, como o próprio nome sugere, existem muitos procedimentos invasivos e

complexos, sendo muito comum o surgimento de situações que exigem a tomada de decisões

rápidas e seguras.19 Ambiente extremamente estressante, pois objetiva assistir pacientes

graves que necessitam de cuidados contínuos e observação constante e crítica.12, 20

As UTIs Pediátricas em especial, são mais complexas do que as UTIs adultas, pois

além de lidar com crianças extremamente graves com diferentes patologias, o profissional

também tem que acolher e cuidar dos pais, sem deixar que os sentimentos despertados

enrijeçam comportamentos tecnicistas dos profissionais, para evitar seu distanciamento do

paciente.21,16 Na criança que está internada na UTI, para chegar a melhor conduta, deve-se

realizar uma monitorização adequada, juntamente com o tratamento direcionado à estabilizar

parâmetros laboratoriais e clínicos.22

Em relação aos profissionais, a partir da minha experiência como enfermeiro

assistencial dentro de unidades de terapia intensiva, tanto pediátricas, como adultas, percebe-

se uma grande deficiência no conhecimento desses profissionais em geral com relação ao

tema PCR/RCP. Observa-se que coisas simples como checar o “carrinho de parada”,

laringoscópio, organizar a equipe durante o atendimento a PCR, observar horário de inicio da

PCR, registrar adequadamente o ocorrido no prontuário, nem sempre são feitos da maneira

como é preconizado.

Page 19: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

17

Vários estudos mostram a deficiência de conhecimento sobre PCR e RCP, tanto dos

enfermeiros como da equipe de enfermagem.23-24 Percebe-se o despreparo do profissional de

saúde, especificamente do enfermeiro, que está entrando no mercado de trabalho, apesar dos

esforços para normatizar, implementar e divulgar treinamentos em RCP.25-27

Na minha experiência profissional observo que a equipe de saúde nem sempre segue a

sequência das manobras de RCP preconizada pelo algoritmo de PCR o que pode repercutir na

demora para detectar os sinais da PCR e iniciar as manobras, a desfibrilação e infusão de

medicamentos entre outros.

O Suporte Básico de Vida (SBV) que hoje em dia é largamente descrito na literatura e

que foi introduzida na década de 1960, significa um grande avanço na sobrevida de vítimas

com PCR, aumentando suas chances de continuar a viver. Nas primeiras décadas de sua

introdução no tratamento da PCR, o SBV não era tão valorizado, pois eram priorizadas as

condutas mais invasivas de Suporte Avançado de Vida (SAV). Nas ultimas décadas isso

mudou, pois inúmeros estudos têm confirmado a suspeita de que as condutas e manobras de

RCP não vinham ocorrendo de forma adequada e/ou eficaz por falha humana, como demora

no reconhecimento da PCR, retardo no início das manobras de SBV, compressões cardíacas

mal executadas e ineficazes, interrupções demasiadas nas compressões torácicas, entre

outras.28-30

É observada dificuldade por parte dos enfermeiros para reconhecer a PCR e as

condutas certas a serem assumidas, havendo até mesmo a realização de condutas contrárias

(ex: manobras realizadas na sequência errada ou de forma errada, interromper a massagem

desnecessariamente) ao que é preconizado internacionalmente.26 Como estratégia para

promover mudanças e melhorar a formação dos profissionais, pode-se usar a educação

permanente na UTI. Essa forma de gerência vai contribuir para o ganho de novos

conhecimentos, havendo possibilidades de mudanças na forma dos sujeitos pensarem e

agirem.31

O enfermeiro deve participar integralmente do atendimento a PCR, que vai desde a

identificação de uma PCR, inicio ou participação das manobras, realizarem procedimentos

invasivos, ajudar a organizar o atendimento iniciando pelo que é preconizado

internacionalmente, entre outros.

Assim, o enfermeiro participa tanto do SBV como do SAV e tem como papel a

reanimação cardiorrespiratória contínua (manobras de RCP), garantir acesso venoso

Page 20: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

18

periférico, administração de fármacos conforme orientação médica, monitorização do ritmo

cardíaco e dos outros sinais vitais, registro dos acontecimentos, notificação ao médico

plantonista, bem como relatar os acontecimentos aos membros da família, sendo que o apoio

para os familiares e amigos é muito importante nesta ocasião.4-5, 32

Por atuar tanto no SBV como no SAV, o enfermeiro deve saber diferenciá-los, onde o

SBV é a sequência de manobras e procedimentos da ressuscitação cardiorrespiratória que

objetiva substituir as funções cardíacas (compressões torácicas) e respiratórias (abertura de

via aérea e ventilação artificial) e o SAV, que compreende uma série de medidas utilizadas

quando o SBV não for suficiente para reverter uma PCR, como a administração de

medicamentos, via aérea avançada e monitorização adequada do paciente, permitindo a

manutenção das funções circulatória e respiratória. O SAV frequentemente ocorre quando o

paciente se encontra em um ambiente de cuidados avançados.3

Observa-se que o enfermeiro parece exercer influência muito grande não só nas ações

da equipe de enfermagem, mas também nas ações da equipe multidisciplinar, isso de acordo

com o seu nível de conhecimento, sendo fator crítico para determinar o sucesso do

atendimento.24

Para um atendimento eficaz e seguro, a equipe de saúde deve dominar de maneira

medular o conhecimento sobre PCR, onde as instituições/hospitais devem garantir

treinamento regular para que isso seja possível. Sabe-se que o atendimento à parada

cardiorrespiratória envolve a necessidade de constantes avanços no conhecimento dos

profissionais de enfermagem sobre os cuidados prestados, bem como exige aperfeiçoamento

da atuação da equipe multidisciplinar com a valorização dos diversos saberes.33

Nos últimos 25 anos, observou-se aumento na taxa de sobrevivência após alta

hospitalar de unidades de terapia intensiva pediátricas, com desfecho neurológico favorável,

devido ao uso de novas tecnologias como o uso de membrana de circulação extracorpórea na

PCR refratária.34

Outro ponto a ser destacado é que durante a graduação esse assunto não foi abordado

com profundidade, mesmo sendo tão importante para a formação do profissional. Percebe-se

que pouco se estuda sobre o assunto. Em toda a minha graduação apenas uma matéria

abordava o tema de maneira mais específica, sendo que a mesma era optativa e muito

disputada entre os alunos. Por último, é durante a prática em cursos ou durante os anos de

trabalho que os profissionais adquirem o conhecimento sobre PCR.

Page 21: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

19

Muitos estudantes de enfermagem, mesmo após conclusão da graduação, não

apresentam conhecimento e preparo suficiente para o atendimento de PCR em crianças.35

Para que o atendimento seja eficaz, é necessário que o enfermeiro esteja capacitado

para exercer os procedimentos necessários a esse tipo de situação emergencial. Dentro disso,

ressalta-se a importância da competência técnico-científica dos profissionais e a necessidade

de protocolos de atendimento que visem à organização e sincronização das ações nessas

situações.33

Embora a PCR seja evento passível de ocorrer em qualquer ambiente, de saúde ou não,

a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) está entre os locais em que há maior ocorrência, pois

essas unidades assistem pacientes gravemente enfermos e com instabilidade hemodinâmica,

necessitando que a equipe aprimore suas habilidades cognitivas, motoras e atualização sobre

as manobras de RCP.36

Nesse sentido, o estudo tem como objeto a atuação do enfermeiro na equipe de saúde

durante PCR na UTI pediátrica

Para desenvolvimento do estudo foi elaborada a questão norteadora: Como se

caracteriza a atuação do enfermeiro na equipe de saúde durante PCR na UTI pediátrica?

1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivo Geral

Elaborar um protocolo de atendimento assistencial para atuação da equipe de enfermagem no

manejo da PCR na UTI pediátrica.

1.1.2 Objetivos Específicos

Caracterizar a produção científica sobre atuação do enfermeiro na PCR em UTI pediátrica;

Discutir a atuação do enfermeiro na equipe de saúde durante PCR na UTI pediátrica;

Justificativa e Relevância

A PCR constitui importante causa de mortalidade mundial e a necessidade de atitudes

rápidas e precisas oferecendo o suporte básico e avançado demonstra que é de extrema

importância manter-se atualizado e capacitado diante das novas diretrizes no atendimento de

pacientes em PCR, independente da especialidade desse profissional de saúde.37,5

Os profissionais de enfermagem, geralmente, são os primeiros que detectam a PCR e

devem iniciar as manobras de suporte básico de vida enquanto aguardam a chegada da equipe

Page 22: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

20

de suporte avançado.38 Nessas situações, o enfermeiro, constantemente, se encontra na linha

de frente, tornando-se o profissional que primeiro pode identificar a evolução do paciente para

a parada cardiorrespiratória.33

Em estudo realizado nos Estados Unidos da América, foi constatado que é o

enfermeiro que reconhece a PCR em mais de 60% dos casos, pois é o profissional de saúde

que está diretamente mais tempo em contato com o paciente. Percebe-se importância

fundamental para prevenir e identificar a PCR, assim como iniciar as manobras de RCP.39 Daí

observa-se como é essencial e importante o ensino e treinamento detalhado sobre PCR/RCP,

especialmente para os enfermeiro que prestam assistência a pacientes com alto risco de

morte.39,35

A aplicação imediata, competente e segura das manobras de reanimação

cardiopulmonar, por parte da equipe que primeiro detecta essa situação, é fator que contribui

para o sucesso do atendimento e consequente sobrevida da vítima de PCR.40,5

As diretrizes mais atualizadas, já trabalham com o foco da prevenção da PCR, com

medidas de intervenção como abertura de vias aéreas e oferta de oxigênio, ao serem

identificados pacientes com quadro de insuficiência respiratória, por exemplo, que evolui para

falência do sistema, com apneia, cianose, palidez cutânea e perda ou rebaixamento do nível de

consciência. Cientificamente é demonstrado que a identificação precoce destes sinais e a

instituição rápida de medidas adequadas de suporte melhoram as chances de sobrevida com

menores sequelas. Isso tem uma maior importância dentro da pediatria, pois a maioria das

causas de PCR são devido à hipoxemia.5

Ainda dentro da questão da prevenção, no ultimo protocolo de atendimento a PCR,

foram instituídas duas cadeias de sobrevivência para PCR, intra-hospitalar e extra hospitalar,

onde na cadeia de sobrevivência intra-hospitalar o primeiro elo é vigilância e prevenção.5 A

união de esforços entre os membros da equipe multiprofissional proporciona ao paciente, quer

seja em PCR ou não, melhor qualidade de assistência da qual o enfermeiro é imprescindível.23

Durante a PCR, é importante que a atuação da equipe de enfermagem seja coordenada

e articulada em todas as ações a serem executadas. O reconhecimento precoce das

emergências cardíacas determina o aumento da sobrevida dos pacientes.36 Na PCR durante a

década de 1950, apenas dois por cento dos pacientes sobreviviam. Conforme os profissionais

de enfermagem foram ganhando conhecimento e sendo capacitados cientificamente, esse

índice foi para 70 por cento, após socorro imediato.41

Page 23: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

21

Entretanto, para que o atendimento seja eficaz, é necessário que o enfermeiro esteja

capacitado para exercer os procedimentos necessários a esse tipo de situação emergencial.

Dentro disso, ressalta-se a importância da competência técnico-científica dos profissionais e a

necessidade de protocolos de atendimento que visem à organização e sincronização das ações

nessas situações.33

Nesse sentido, muitas vezes a equipe de enfermagem detecta os sinais de PCR,

dispara o chamado de emergência, entretanto não inicia as manobras de reanimação

cardiopulmonar, limitando-se a levar o equipamento de reanimação até a beira do leito do

paciente e esperar a chegada do médico plantonista.42 Importante lembrar que essa

dificuldade no atendimento não se restringe à equipe de enfermagem, sendo observada,

muitas vezes, em outros profissionais da área de saúde que participam do atendimento em

PCR.23

Sabendo que o tempo de atendimento ao paciente vítima de PCR é fundamental para a

sua sobrevida e melhor prognóstico, é muito importante que os profissionais da área de saúde

estejam preparados técnica e cientificamente para atuar durante as manobras de reanimação

cardiopulmonar. Percebendo que a equipe multiprofissional, pode apresentar e apresenta na

maioria das vezes profissionais com deficiência no conhecimento relacionado à atuação em

PCR, e tendo presenciado, participado e atuado em muitas PCR devido à experiência

profissional, percebe-se que se o enfermeiro da equipe domina o assunto, algumas dessas

deficiências podem ser amenizadas, evitando mais prejuízo ao paciente.23

Durante as situações de emergência como a PCR, a equipe de enfermagem, tem a

obrigação de dominar o conhecimento e ter preparo técnico, assim com, acesso a materiais

tecnológicos, para alcançar atendimento de qualidade ao paciente em PCR.43 Como líder, o

enfermeiro tem como função coordenar a equipe e gerenciar a assistência prestada ao

paciente, consequentemente esse indivíduo é quem exerce influência, não só na equipe de

enfermagem, mas entre outros membros que integram o serviço, incluindo os médicos.44

Os enfermeiros exercem liderança baseada no conhecimento das habilidades,

características individuais e necessidades dos membros da equipe de enfermagem e, no

ambiente hospitalar desenvolvem gerência mais orientada para as necessidades do serviço,

cumprindo assim normas, tarefas e reproduzindo o que é preconizado pela organização e por

outros profissionais, incluindo a equipe médica.44

Page 24: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

22

O enfermeiro como líder, vai coordenar toda a equipe que presta assistência ao

paciente. Portanto o enfermeiro deve conhecer bem as características de cada membro dessa

equipe, para que o atendimento seja exercido da melhor maneira.43

Em revisão integrativa feita entre agosto e setembro de 2015, com o objetivo de

identificar a produção científica acerca da atuação do enfermeiro na PCR, foram encontrados

nove artigos, sendo oito (88.8%) produzidos no Brasil e um (11,1%) na Suíça. Em relação à

formação dos autores, cinco (55.5%) enfermeiros e em quatro (44.4%) a formação dos autores

não foi identificada, sendo associado a alguma instituição, entre as quais: Universidades e

Hospitais.45

Quanto ao tipo de estudo desenvolvido, dois (22.2%) estudos de pesquisa aplicada

com produção tecnológica; dois (22.2%) estudos de investigação prospectiva, intervencionista

e comparativa; um (11.1%) revisão da literatura; um (11.1%) estudo descritivo transversal,

retrospectivo; um (11.1%) estudo descritivo e quantitativo; um (11.1%) estudo qualitativo,

descritivo e exploratório; um (11.1%) estudo de corte transversal. Foram encontrados quatro

(44.4%) relacionados ao ensino teórico-prático voltado para os profissionais da equipe de

enfermagem; três (33.3%) que abordam o conhecimento dos profissionais da área de saúde

(equipe multiprofissional e de enfermagem) sobre PCR e RCP e dois (22.2%) que falam sobre

o desempenho da equipe multiprofissional e/ou equipe de enfermagem durante e após a

PCR.45

Os estudos que foram encontrados nessa pesquisa estavam voltados para o

desenvolvimento de ferramentas que auxiliam no ensino teórico-prático e para medir o nível

de conhecimento dos profissionais sobre PCR, sendo evidenciada a necessidade de

treinamento e capacitação frequentes, devido ao baixo grau de conhecimento de boa parte dos

sujeitos que participaram dos estudos.

Foi evidenciado que para o bom desempenho durante a RCP, a equipe deve ter boas

condições de trabalho, como por exemplo, acessibilidade a tecnologias e estrutura física do

ambiente de trabalho. O planejamento e liderança também influenciam esse desempenho.

Em contrapartida, nenhum estudo abordou especificamente a atuação ou liderança do

enfermeiro durante a RCP, falando apenas superficialmente de sua importância por estar entre

os primeiros da equipe a detectar possível PCR, sendo necessário explorar mais esse assunto.

O estudo apresentou limitações pela quantidade de artigos encontrados e que se encaixavam

dentro do que se queria estudar.45

Page 25: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

23

Considerando a magnitude da PCR dentro da unidade de terapia intensiva, onde a

atuação da equipe deve ser sistematizada e qualificada para intervir prontamente e assim,

minimizar suas consequências ao paciente, este estudo espera contribuir para subsidiar

discussões sobre o tema tanto para melhorar a prática dos profissionais, como para incentivar

programas de educação permanente na instituição; além disso, espera sensibilizar os docentes

quanto à importância desse tema ser abordado mediante estratégias de simulação para

proporcionar o desenvolvimento de competências do futuro enfermeiro para atuar frente a

PCR.

No que se refere à construção do conhecimento, pretende ampliar os estudos sobre a

temática, despertando novas pesquisas que possam favorecer prática mais qualificada e

sistematizada dos profissionais de saúde, na perspectiva da atuação da equipe

multiprofissional em UTI, por meio da proposta de uso de protocolo no manejo da PCR.

Page 26: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

24

CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Histórico da Parada cardiorrespiratória e aspectos legais

Embora a ressuscitação cardiopulmonar tenha longa história que remonta aos tempos

bíblicos e se prolonga por meio dos séculos, o seu ‘nascimento’ moderno é considerado pela

maioria como tendo ocorrido em 1960, quando Koewenhoven, Jude e Knickerbocker

publicaram seu artigo sobre o uso da compressão torácica: eles destacaram que “tudo o que se

precisa são duas mãos” e de fato escreveram sobre 14 sobreviventes em universo de 20

tentativas em que utilizaram esta técnica.46

Em 1970, Milstein definiu a parada cardíaca como a cessação súbita e inesperada da

atividade mecânica ventricular útil e suficiente em indivíduo sem doença incurável,

debilitante, irreversível e crônica. Várias definições surgiram e pequenas nuances as

modificaram, porém é certo que a parada cárdica não advém de causa única, onde sua origem

deve ser investigada e diagnosticada para melhor assistir a vítima.47

Embora manobras semelhantes tenham sido descritas inúmeras vezes em períodos

anteriores, naquele momento, elas assumiriam nova importância, porque Safar havia feito

experimentos com a ventilação boca a boca e a desfibrilação externa. O que restava era juntar

esses três componentes-chave, o que aconteceu em setembro de 1960, em simpósio

organizado pelo Corpo Docente de Medicina e Cirurgia do Estado de Maryland, onde se

consagrou que “esses componentes não podiam mais ser considerados como elementos

isolados, e sim como parte da abordagem completa para a ressuscitação”.46

Naquela época, no entanto, a ressuscitação era considerada procedimento

exclusivamente médico; onde até mesmo enfermeiros e dentistas eram impedidos de executar

a prática. Assim seu impacto era limitado, apesar do grande interesse internacional.

Gradualmente, os pontos de vista foram mudando e, por volta de 1974, as grandes vantagens

de envolver o público em geral tornaram-se mais evidentes quando a American Heart

Association publicou suas primeiras diretrizes destinadas tanto aos profissionais da saúde

quanto a leigos.46

Alguns anos se passariam antes que as diretrizes de ressuscitação viessem a tornar-se

verdadeiramente internacionais. Outra vez, foi a American Heart Association que assumiu a

liderança nesse sentido. Mais de 25% dos participantes de sua conferência em Dallas, no ano

de 1992, vinham de fora dos Estados Unidos. Nesse encontro, decidiu-se criar comissão

Page 27: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

25

internacional de especialistas dos cinco continentes para orientar a prática de ressuscitação,

grupo que mais tarde seria conhecido como a Aliança Internacional dos Comitês de

Ressuscitação (International Liaison Committeeon Resuscitation- ILCOR).48

Segundo a American Heart Association, parada cardiorrespiratória (PCR) se define

como irresponsividade, ausência de respiração efetiva e ausência de pulso central. Lembrando

que o pulso só deve ser checado por profissional de saúde. Importante frisar que não devemos

apenas saber abordar o paciente com PCR, mas saber quando não iniciar as manobras de

reanimação cardiopulmonar (RCP).4-5

Em relação à sua aplicabilidade em situações diversas, os diferentes requisitos

voltados para crianças e, posteriormente, aos lactentes e recém-nascidos, tornaram-se

rapidamente aceitos. Mais tarde, também, foram surgindo diferenças nacionais baseadas em

parte nos costumes locais e nas variações epidemiológicas. Por este motivo, o termo “diretriz”

foi descartado pelo comitê internacional dando lugar ao “consenso”, fazendo com que grupos

regionais fossem adaptando as práticas às suas necessidades específicas.46

A cadeia de sobrevivência exige a rápida notificação da PCR, assistência das pessoas

próximas à vítima, desfibrilação precoce, mesmo antes da chegada dos serviços de

emergência e de cuidados especializados. Em nenhum país, pode-se afirmar que todos esses

requisitos são atendidos de forma satisfatória. Assim como a implementação mais efetiva dos

conceitos existentes sobre as melhores práticas, as diretrizes que existem hoje em dia não

permanecerão inalteradas, mas continuarão evoluindo no mesmo passo da evolução da ciência

da ressuscitação.46

A cada cinco anos, as Diretrizes de Ressuscitação Cardiorrespiratória são revisadas,

onde nas três ultimas edições deu grande importância à realização adequada do SBV,

objetivando a recuperação da vida da vítima com a melhor qualidade possível.3

Em 2010, houve uma mudança radical na ordem das manobras do SBV, promovida

pelas Diretrizes de Ressuscitação Cardiorrespiratória, onde o “ABC” praticado por 50 anos,

passou a ser ordenado por “CAB”, priorizando as compressões torácicas, e somente depois a

abertura da via aérea e respiração artificial.6

Isso se justifica especialmente nos adultos, pois na PCR primaria nesse grupo etário,

a prioridade é fazer o sangue ainda oxigenado, circular pelo corpo e para os órgãos mais

sensíveis a hipóxia, em vez de gastar tempo precioso nas manobras de abertura de via aérea e

respiração artificial.6 Outra mudança, quando o socorrista não dispõe de respiradores manuais

Page 28: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

26

ou dispositivos de proteção para realizar o boca a boca, tem sido preconizada apenas a

realização das compressões torácicas.5,49 Na criança, especialmente quando a PCR não tem

causa cardíaca, torna-se mandatório a realização da abertura da via aérea e da respiração,

mesmo que iniciando o SBV pelas compressões.6

Aspectos da Parada cardiorrespiratória na pediatria

A principal causa de óbitos no Brasil é a morte súbita, sendo relacionada com os

problemas cardiovasculares. Nos Estados Unidos nos últimos anos, ocorreram cerca de

330.000 óbitos causados por doença cardíaca coronariana. Estima-se que 250.000 dessas

mortes ocorrem ainda no ambiente pré-hospitalar.50 O diagnóstico de parada

cardiorrespiratória é realizado observando-se a irresponsividade do paciente, ausência de

respiração efetiva ou gasps (respiração agônica) e ausência de pulso central, lembrando que só

os profissionais de saúde devem checar o pulso. Fato importante é reconhecer que não

devemos apenas saber abordar o paciente com PCR, mas também saber quando não iniciar as

manobras de RCP.4-5

Até que o diagnóstico correto da causa da PCR seja definido, a equipe de reanimação

deverá se preocupar basicamente em manter o bombeamento sanguíneo e a função

respiratória. A PCR possui causas cardíacas e não-cardíacas. Dentro disso temos os 5 Hs e os

5Ts. Sendo respectivamente hipóxia, hipovolemia, hidrogênio (acidose), hiper/hipocalemia,

hipotermia e tóxicos, tamponamento cardíaco, tensão no tórax (pneumotórax hipertensivo),

trombose coronária (IAM), tromboembolismo pulmonar.4-5

Dentro da cadeia de sobrevivência pediátrica está a prevenção, a ressuscitação

cardiopulmonar precoce, o rápido acesso ao sistema de urgência-emergência, o precoce

suporte avançado de vida, seguido do cuidado pós-PCR.51 Reconhecer uma criança que está

prestes a entrar em PCR é essencial para evitá-la. Protocolos sistematizados e baseados em

evidências científicas têm sido publicados pela American Heart Association (AHA),

periodicamente a cada cinco anos, mantendo constante revisão por um grupo de especialistas

da área.

Nos anos de 2005, 2010 e 2015 foram lançados os últimos protocolos. Depois do ano

de 2015, foi decido pela ILCOR e AHA quando houver alguma revisão de literatura

importante ou estudo relevante para PCR ao longo desse período de cinco anos, esses estudos

seriam publicados para atualizar as recomendações no SBV e SAV. Importante frisar que

Page 29: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

27

muito do que se sabe sobre a qualidade das manobras de RCP em crianças surgiu de estudos

isolados em um único centro. Mesmo com a realização de estudos contínuos para melhoria do

atendimento a RCP, menos de 10% das crianças vítimas de PCR fora do ambiente hospitalar

sobrevivem após a entrada no hospital e com prognóstico neurológico incerto/negativo.52

Por meio da Política Nacional de Atendimento às Urgências, de 2003 é reconhecida a

necessidade de adequada infraestrutura para o atendimento às urgências e emergências,

olhando a linha de cuidado ao paciente agudamente enfermo como um todo e principalmente

a necessidade de capacitação dos profissionais que atuam nessa área.53

Mesmo com todos os esforços, ainda estamos longe da situação ideal. Em Estudo

realizado no Uruguai, em 2009, foi analisado o grau de conhecimento sobre as manobras de

RCP de 106 pós-graduandos de pediatria. Trinta e cinco por cento dos entrevistados já

trabalhavam em emergência ou atendimento pré-hospitalar; somente 5,7% obtiveram mais de

80% de acertos nas perguntas sobre SBV e SAV em pediatria.54

Em 2010, a AHA alterou a sequencia das manobras de RCP em adultos e crianças

saindo do A-B-C para C-A-B.6 Em relação a esta mudança, é necessário esclarecer

características da PCR em crianças e o impacto das manobras iniciais de reanimação.

Apenas cerca de 15 a 30% das vítimas de PCR recebem algum suporte antes da

chegada aos serviços de emergência.55-56 Uma das causas dessa demora para iniciar as

manobras de RCP é a dificuldade técnica na abertura das vias aéreas e a aplicação da

ventilação de resgate, sendo o AB respectivamente. Sabe-se que, a rápida realização das

manobras iniciais de RCP melhoram substancialmente a sobrevida de pacientes vítimas de

PCR fora do ambiente hospitalar. Dentro disso, foi concluído, que ao iniciar as manobras com

as compressões torácicas, a reanimação poderia ser antecipada/agilizada. Ou seja, pacientes

vítimas de PCR fora do ambiente hospitalar receberiam pelo menos as compressões torácicas

antes de chegar aos serviços de emergência.55-56

Como a PCR na criança, na maioria das vezes, ocorre em virtude de insulto hipóxico

grave ou choque, sabe-se que a ventilação é muito importante na RCP pediátrica. Dessa

forma, poderíamos questionar que o início da reanimação com as compressões torácicas

poderia atrasar a ventilação e, assim, piorar o prognóstico desses pacientes. Porém, foi

constatado por estimativas, que atraso de apenas poucos segundos na primeira ventilação,

provavelmente não afeta o desfecho e acaba gerando fluxo sanguíneo para órgãos vitais

precocemente.57

Page 30: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

28

Em 2015 para responder sobre essa recomendação, devido à carência de estudos em

humanos (os estudos são em manequins), pesquisadores de SBV e SAV em pediatria

elaboraram questões que alinharam população, intervenção, comparações e desfecho (PICO)

baseado na metodologia Grading of Recommendation Assessment, Development and

Evaluation (GRADE),58 comparando a antiga recomendação A-B-C com a nova C-A-B. As

perguntas criadas foram se há diferença no tempo para a primeira compressão, no retorno à

circulação espontânea, na sobrevida com 180 dias com bom prognóstico neurológico e na

mortalidade.59

Três ensaios clínicos baseados em simulação utilizando manequins (sendo dois em

adultos e um pediátrico) mostraram um tempo reduzido para primeira compressão torácica

com o uso da abordagem CAB em oposição a ABC. Revelaram que o tempo para a primeira

compressão foi menor na estratégia C-A-B (15,4 a 25 segundos contra 36 a 43,4 segundos).60-

62 Além disso, os dados de dois estudos de manequins mostraram que o tempo até a primeira

ventilação é adiado por apenas 5,7 a 6 segundos quando se utiliza uma sequência C-A-B,

tempo provavelmente insignificante do ponto de vista clínico.60,62 Não houve nenhum estudo

em humanos comparando o tempo para retorno à circulação espontânea, a mortalidade e a

sobrevida com 180 dias com bom prognóstico neurológico, tornando inviável a comparação.

Mesmo as evidências encontradas sendo de baixa qualidade (classe IIb), a

recomendação aparenta simplificar os treinamentos e, além disso, concorda com as

recomendações para adultos.60,62 Dispositivos automáticos de compressão torácica têm sido

desenvolvidos com o objetivo de oferecer frequência e profundidade adequadas na

compressão torácica, uma vez que manter a qualidade da reanimação tem importância

prognóstica para o paciente. Esses dispositivos podem ter feedback sobre a reanimação e,

ainda, desfibrilador automático externo acoplado. Há também pouca experiência com uso

desses dispositivos em crianças.63

Crianças vítimas de PCR súbita com Fibrilação Ventricular (FV) ou Taquicardia

Ventricular (TV) sem pulso devem receber a desfibrilação rapidamente. Isto pode ser

realizado por meio do desfibrilador manual, disponível no ambiente hospitalar, ou do

desfibrilador automático externo (DEA) (classe IIb). Sempre que possível, o desfibrilador

manual é preferível em crianças, porém, se não houver um desfibrilador manual disponível,

prefira um DEA que possui pás pediátricas e reduzem a carga para 50 a 70 joules e devem ser

Page 31: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

29

usadas em crianças menores de oito anos ou 25kg. A utilização desses dispositivos é simples.

O custo médio de um aparelho de DEA é de cerca de 2.000 dólares.64

Se o desfibrilador manual e o DEA com atenuador de carga não estiverem disponíveis,

as pás de adulto podem ser utilizadas no bebê, ou criança com menos de oito anos de idade,

pois é melhor aplicar o choque com uma carga maior do que o preconizado para o peso, do

que não chocar o lactente ou criança em ritmo chocável, e assim acabar evoluindo para um

ritmo não chocável (assistolia ou AESP). Não é recomendado utilizar uma pá pediátrica no

adulto.46,64

As duas pás devem ser aplicadas no tórax desnudo da criança. Uma ao lado direito do

esterno, abaixo da clavícula e outra do lado esquerdo, na linha axilar média, ao lado ou abaixo

do mamilo. Se o tórax da criança for muito pequeno não sendo possível manter uma distância

mínima de 3 cm entre as pás, deve-se colocar uma pá anteriormente e outra posteriormente ao

tórax. O aparelho analisa o ritmo, carrega e dispara a carga de desfibrilação. O único cuidado

deve ser certificar-se de estar afastado do paciente no momento da carga-disparo.46

O uso do DEA vem sendo valorizado e muitos locais públicos por todo o mundo como

aeroportos e estádios de futebol já possuem o dispositivo, tornando-se importante o

conhecimento sobre seu manuseio. A AHA preconiza seu uso para crianças desde 2005 e a

ILCOR em 2003 sugeriu que todas as crianças com idade maior que um ano em PCR

tivessem ao menos um equipamento de DEA disponível para reanimação.46

Constatou-se que crianças vítimas de PCR extra-hospitalar submetidas ao SBV com

uso do DEA têm melhor sobrevida.65 Quando comparadas aos adultos, crianças de um a oito

anos de idade vítimas de PCR extra-hospitalar são menos submetidas à avaliação e choque

com DEA, embora fora do hospital a frequência de ritmos chocáveis possa chegar a cerca de

33%, conforme grande estudo nos EUA.66 Em situações nas quais somente o DEA de adulto

encontra-se disponível e seu uso é recomendado, mesmo assim, profissionais de saúde

hesitam em utilizá-lo.67-68

Tem sido dada importância ao uso do DEA por reanimadores nas escolas, sendo

recomendado pela ILCOR que este treinamento faça parte do currículo de escolas de ensino

médio.69 Nos EUA, o treinamento em SBV com uso do DEA tem sido exigido cada vez mais

para a graduação em diversas escolas, assim como na Inglaterra, demonstrando a importância

do tema.70-71

Page 32: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

30

Embora o uso do DEA seja cada vez mais estimulado, destaca-se que não se deve

abandonar as manobras de reanimação para tentar obtê-lo. O equipamento deve estar

disponível para uso.72 A qualidade das evidências para a criança demonstra a necessidade de

realizar mais estudos em humanos. O reconhecimento da dimensão deste assunto tem levado

gestores de saúde de muitos países a envolver a população na abordagem inicial às vítimas de

PCR, entendendo que a abordagem pré-hospitalar e o SBV oportuno são insubstituíveis e

podem melhorar o prognóstico.73

Atuação do Enfermeiro na Parada cardiorrespiratória

A PCR, sendo situação extrema e estressante, vai exigir da equipe multiprofissional,

pessoa de referência para dar orientações da melhor maneira possível, para que seja garantida

assistência correta.74 O enfermeiro líder vai coordenar toda a equipe que presta assistência ao

paciente. O enfermeiro deve dominar o conhecimento sobre todas as características

individuais necessárias para o bom atendimento, e assim exercer bom trabalho em equipe. A

gerencia do enfermeiro deve se orientar pelas normas, tarefas e reproduzir o que é

preconizado ao serviço prestado, incluindo nesse meio a equipe médica.43

Esse profissional deve ser treinado para agir com muita competência frente à

gravidade de cada caso. O líder tem como papel e obrigação se manter atualizado para esta

atuação de emergência.75 Especificamente falando do enfermeiro pode-se dividir sua atuação

na PCR, sendo parte na assistência direta e outra, não menos importante, que é o registro

integral e adequado de todo o atendimento prestado.

Durante a assistência direta, seja no SBV ou SAV, o enfermeiro vai desempenhar

várias atividades como: revezamento com outros profissionais da equipe na reanimação

cardiorrespiratória contínua (manobras de RCP), garantir acesso venoso periférico,

administração de fármacos conforme orientação médica, monitorização do ritmo cardíaco,

bem como relatar os acontecimentos aos membros da família, sendo que o apoio para os

familiares e amigos é muito importante nesta ocasião.4-5,32

Em relação ao registro de todo o ocorrido durante a PCR/RCP, esse deve ser feito da

forma mais adequada possível. Além de distinguir os diferentes ritmos, como fibrilação

ventricular (FV), taquicardia ventricular sem pulso (TVSP), atividade elétrica sem pulso

(AESP) e assistolia, deve-se registrar a hora que foi detectada e iniciada as manobras de RCP,

a provável causa, quem diagnosticou, medicamentos infundidos e vias de administração

Page 33: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

31

utilizada, se foi utilizado o aparelho de desfibrilação, nível de carga e número de choques

aplicados. A sequencia de procedimentos, a equipe de atendimento, quadro do paciente pós-

PCR também devem ser relatados. Além de legalmente necessário, o registro vai possibilitar

avaliação de prováveis erros no atendimento e revisão de procedimentos, contribuindo para

construção de melhor atendimento.39

Outros pontos importantes são: realizar rigorosamente os cuidados pós-parada

cardiorrespiratória, checagem dos fármacos utilizados, reposição do “carro” de atendimento a

PCR, e como foi falado anteriormente, apoio a família.76

Quando se fala de atuação na PCR, tem que se lembrar da atuação em equipe, onde se

pode caracterizar equipe multidisciplinar, transdisciplinar e interdisciplinar. Na

multidisciplinaridade cada profissional vai analisar individualmente cada elemento, trazendo

parecer específico para sua especialidade. A transdisciplinaridade, busca identificar como

ocorre a integração e interação de todos os elementos, ou seja, como essa integração ocorre e

como se afetam, tentando alcançar o conhecimento integral e único daquela realidade

especifica e dinâmica.77 Por ultimo, a interdisciplinaridade destaca que a equipe deve

trabalhar para que todos os profissionais funcionem de maneira colaborativa e uniforme, onde

os membros dessa equipe vão interagir entre si, em busca de melhor qualidade de vida para o

paciente. Lembrando que a principal característica da atuação interdisciplinar é a

possibilidade de colaboração de diversas especialidades com conhecimentos e qualificações

diferentes.78

Desses três tipos de trabalho em equipe, talvez o que mais parece se encaixar no

momento da PCR é a atuação interdisciplinar, estando distante ainda do trabalho

transdisciplinar. O enfermeiro sendo um dos primeiros indivíduos que pode detectar a PCR

deve tentar buscar sempre de maneira harmônica com os outros profissionais, cuidado e

assistência de excelência.

Ensino da Parada cardiorrespiratória na Enfermagem

A PCR é uma situação que sempre provoca angústia e estresse psicológico e físico

para os profissionais de saúde e sabe-se que a RCP de alta qualidade é decisiva para o sucesso

no retorno da circulação espontânea e aumento da sobrevida do paciente. Com isso, a

padronização do atendimento através de algoritmos diminui a influência dos fatores

psicológicos e físicos, determinando a realização correta dos procedimentos e no tempo

Page 34: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

32

certo.3 Em situações de emergência, como na PCR, a equipe de enfermagem tem que estar

preparada e treinada tecnicamente e ter acesso a recursos materiais e tecnológicos, com

objetivo de oferecer bom atendimento ao paciente em RCP.43

Diversas pesquisas estão demonstrando o quanto é fundamental a primeira

abordagem do indivíduo que sofre PCR, seja ela realizada dentro ou fora do hospital, por

leigos ou profissionais de saúde.6 Por isso é importante a padronização e divulgação das

noções básicas de RCP entre a população em geral e do treinamento exaustivo da RCP entre

os profissionais de saúde.3,6

Os programas de capacitação existentes se destinam aos profissionais de saúde como

enfermeiros, paramédicos e médicos, principalmente aqueles que trabalham e vivenciam

diariamente situações de emergência. Também existem os relacionados com a preparação de

profissionais para atuarem como instrutores ou auditores desses cursos.43

Os estudos relacionados ao treinamento em RCP normalmente destacam mais as

questões relacionadas ao atendimento pré-hospitalar por pessoas leigas, pois 69% a 74% das

mortes devido ao infarto agudo do miocárdio ocorrem antes da chegada do paciente ao

hospital.79 Na PCR intra-hospitalar as chances de sobrevivência deveriam ser as melhores

possíveis, porém, se não houver conhecimento adequado dos profissionais responsáveis pelo

atendimento, com as manobras de suporte de vida, e ao mesmo tempo os hospitais não

disponibilizarem programas de capacitação, os resultados serão desanimadores.25

Os cursos de SBV e SAV disponibilizados hoje em dia por diversas associações no

Brasil, possibilitam o conhecimento com tecnologia adequada e certificação da atuação dos

profissionais, oferecendo alto nível em qualidade, entretanto, muitas vezes, são muito caros.43

Um programa para capacitação do enfermeiro relacionado ao atendimento da

PCR/RCP vai aproximar da sua realidade prática os conhecimentos que estão sendo

produzidos sobre o tema, e também contribui para que haja padronização e uniformização do

atendimento do paciente em PCR.43

Sabe-se que a responsabilidade pelo treinamento correto em RCP básica e avançada de

todo o pessoal alocado nas áreas de emergência do hospital é da própria instituição, não

devendo simplesmente imaginar que estes estejam capacitados para tal.80 A utilização de um

protocolo de PCR pode auxiliar no ensino e qualificação de recursos humanos na enfermagem

por meio de cursos e em programas de educação permanente no âmbito das instituições de

saúde mediante treinamento periódico, visando capacitar as equipes, em especial o

Page 35: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

33

enfermeiro, para atendimento rápido, seguro e eficaz, dentro do que é preconizado, e manter a

homogeneidade das condutas entre as equipes.81

Aspectos éticos na Ressuscitação cardiopulmonar

A ressuscitação cardiopulmonar tem como objetivos a preservação da vida,

recuperação das funções orgânicas e melhora de prognóstico. As bases para a prática atual de

ressuscitação cardiopulmonar (RCP) surgiram na década de 1950, durante o avanço da

medicina perioperatória, onde a instabilidade hemodinâmica era desencadeada por eventos

como hemorragia, estresse cirúrgico e agentes anestésicos.46

Estudos iniciais sugeriram protocolos simples de reanimação que se disseminaram nos

ambientes intra e extra-hospitalar. A disseminação tecnológica e o aumento dos

conhecimentos de medicina de ressuscitação orientaram o papel primordial de profissionais e

serviços de saúde em promover um rápido atendimento em resposta a uma morte súbita.

Associado a esses fatos, políticas públicas para instalação de desfibriladores em locais

públicos promoveram um conceito de necessidade de intervenção imediata e proteção

universal da vida.82

Na década de 1970, o otimismo tecnológico foi desafiado por uma corrente que

questionou a finalidade da aplicação universal de RCP, especialmente, em pacientes no

estágio final de vida, e, também, levantou questões éticas acerca de intervenções no fim de

vida. Alguns autores começaram a recomendar que ordens de não ressuscitação pudessem

constituir uma opção para guiar estas decisões.83

As variáveis que surgem com a RCP é o centro de debates complexos na prática

médica. E pode sofrer influência de fatores individuais, culturais, religiosos e legais e também

apresentar diferenças internacionalmente conforme o grau de avanço regional da medicina

intensiva.84 Atualmente, o grande desafio da prática médica consiste em buscar equilíbrio

entre a aplicação racional dos avanços terapêuticos modernos, garantia de qualidade de vida e

determinação de condições em que a morte seja um evento natural.85

Nos EUA, a Constituição Federal garante a seus cidadãos o direito de recusar um

tratamento médico, incluindo RCP. Além disso, os familiares podem tomar esta decisão para

pacientes inaptos que não possuem uma diretiva avançada.86

A Associação Médica Americana foi a primeira instituição a sugerir uma

documentação formal para Ordem de não reanimação (ONR) e a comunicação dessa decisão a

Page 36: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

34

todos os membros da equipe de saúde. A ONR é um documento legal que afirma

publicamente que a ressuscitação cardiopulmonar não deve ser realizada no evento de uma

parada cardiorrespiratória. Foi com o surgimento deste documento que a equipe médica pôde

iniciar a abordagem com o paciente e seus familiares das ordens de não ressuscitação antes do

acontecimento do evento fatal.46

No entanto, algumas problemáticas continuam mesmo em países com legislação

avançada em decisões de fim de vida. Ocorre grande variabilidade no número dos pacientes

que são indagados a respeito de ONR, com estudos relatando uma taxa entre 18 a 28%. A

porcentagem das ONR aumenta com a gravidade da doença e idade e pode alterar conforme o

sexo e tipo de doença de base. Essa diferença pode transmitir falta de homogeneidade dos

valores de fim de vida dos pacientes e da tomada de decisão dos médicos.87-88

A hora de cessar as manobras de RCP vai depender de muitos fatores, como por

exemplo: doença de base, possível causa da PCR, ausência de resposta às manobras e

medicamentos utilizados até o momento e probabilidade de alguma condição reversível. Para

essa falta de resposta, não há um período de tempo determinado que oriente a decisão de

suspender as manobras de RCP. Uma PCR testemunhada e iniciada dentro do hospital, de

acordo com a causa potencial, poderá exigir um tempo maior dos esforços para

ressuscitação.46

O diálogo com o paciente acerca da mudança do foco do tratamento curativo para

paliativo e sobre ONR é um fator que causa desconforto entre os profissionais de saúde.

Alguns médicos receiam iniciar este debate pelo medo de causar estresse ao paciente.

Usualmente, médicos não devem oferecer uma terapêutica que considera fútil ou

potencialmente danosa, não obstante existe uma obrigação de esclarecimento das razões pela

não realização de tratamento e discussão com o paciente, familiares e demais profissionais.

Quando a discussão não gerar harmonia/unanimidade, é necessário adicionar uma segunda

opinião ou consultar o comitê de ética hospitalar.89-90

Há uma necessidade cada vez maior do trabalho simultâneo entre médicos e familiares

na tomada de decisões de fim de vida. Estudos atuais demonstram que a satisfação da família

é maior, quanto maior o suporte e o grau de recomendações nítidas aos seus membros.

Familiares de pacientes graves podem apresentar alguns eventos adversos, como ansiedade,

depressão e transtorno de estresse pós-traumático, relacionados ao seu envolvimento na

tomada de decisões.91-93 É primordial um relacionamento próximo entre a equipe assistencial

Page 37: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

35

e os familiares a fim de oferecer todas as informações substanciais da direção clínica da

doença, bem como os riscos e benefícios dos diversos tipos de tratamento. Comunicação de

alta qualidade possibilita distinguir diferentes perfis de reações de familiares diante da

necessidade de tomada de decisão: desde aqueles que querem assumir plenamente a

responsabilidade pela decisão até aqueles que aceitam a opinião médica sem

questionamento.46

Na medicina moderna, o progresso tecnológico e a falsa perspectiva de cura levam a

um cenário cada vez mais rotineiro da utilização máxima de recursos e prolongamento do

sofrimento humano. Sob a justificativa de prática de medicina defensiva e pelo temor de

julgamento ético e criminal, aderem-se procedimentos fúteis com objetivo de defesa médica

num processo jurídico.46 No Brasil, o ajuste da legislação à realidade médica percorreu vários

projetos de lei na Câmara e no Senado, mas a divergência de conceitos na fase inicial

dificultou, por muitos anos, o estabelecimento de uma solução ética definitiva. Mediante esta

dificuldade, o Conselho Federal de Medicina (CFM) editou, em 2006, a Resolução CFM nº

1.805, que regulamenta a questão em seu artigo 1º: “é permitido ao médico limitar ou

suspender procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida do doente, em fase terminal,

de enfermidade grave e incurável, respeitada a vontade da pessoa ou de seu representante

legal”.94

A Resolução do CFM provocou reações antagônicas nas esferas médica e jurídica, e,

assim, uma ação civil pública divulgada em maio de 2007. Neste documento, exigiu-se uma

elucidação de critérios objetivos e subjetivos para considerar a ortotanásia e orientou que cada

caso fosse avaliado por uma equipe multidisciplinar. Após estas etapas, os pedidos deveriam

ser direcionados ao Ministério Público e ao Judiciário com antecedência.46 Em outubro de

2007, a Justiça Federal suspendeu liminarmente os efeitos da Resolução do CFM, com a

justificativa de que a resolução não aborda sobre o direito penal, mas sobre a ética médica e

suas consequências. Foram três anos de disputa para que Justiça Federal julgasse

improcedente a ação civil pública e a resolução voltou a entrar em vigor em dezembro de

2010.46

Importante falarmos sobre a presença dos pais durante a RCP, que nos dias de hoje

ainda é um tema bem polêmico e que recentemente começou a ser discutica e que gera

opiniões divergentes entre os profissionais de saúde.95-98 Mesmo com duas décadas de estudos

relacionados a esta questão controversa, não existe ainda consenso entre os profissionais de

Page 38: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

36

saúde sobre a presença dos pais nesse momento. Há uma tendência crescente que valoriza a

presença dos pais, comprovada por estudos efetuados e guidelines emitidas. Atualmente

mesmo os guidelines incentivando a presença dos pais durante a RCP, grande parte dos

profissionais resiste à adoção desta prática. Muitos médicos e enfermeiros não concordam

com a presença de espectadores perante este tipo de situação, com medo de confusão e

interferência durante os procedimentos.95

Pelo contrário, a evidências cientificas mostram que a presença de membros da família

os ajuda a perceber a gravidade da situação e a valorizar os cuidados realizados, podendo

minimizar um sentimento de culpa, facilitar o processo de luto e assegurar aos familiares que

não se poderia ter feito mais pela vida da criança. Perante os benefícios apresentados

relativamente à presença dos pais em situação de RCP, sabendo que existe resistência de

grande parte dos profissionais de saúde para aceitá-lo, deve-se buscar estratégias para efetivar

esta mudança.95 Estudos analisados permitem concluir que a presença da família durante a

reanimação é benéfica.96-98 Ainda assim, recomenda-se uma avaliação caso-a-caso, visto

coexistirem também efeitos negativos, como refere o estudo de Lowry.99 Destacar um

membro da equipa para acompanhar os familiares poderá ser a opção produtiva para atenuar

esses efeitos.96

Diversas entidades profissionais internacionais e americanas, como Emergency Nurses

Association (ENA), American Heart Association (AHA), American Association of Critical-

Care Nurses (AACN), Society of Critical Care Medicine (SCCM) e American Academy of

Pediatrics (AAP), recomendam conclusivamente que as instituições de saúde devem

desenvolver políticas e procedimentos que permitam a presença da família durante a

reanimação. Em países como Portugal, embora existam, neste mesmo sentido, as

recomendações, tanto no âmbito pré-hospitalar, como hospitalar, não são encontrados

protocolos definidos, ficando esta decisão a critério da equipe, o que contrasta com a

evidência dos estudos encontrados, nesta pesquisa, que recomendam a criação de normas ou

protocolos formais.96

Em outro estudo realizado em Portugal sobre a opinião dos enfermeiros em relação a

presença dos familiares em situações de emergência foi identificado que os enfermeiros desta

amostra têm uma opinião de discordância sobre a presença de familiares em situações de

urgência e RCP no serviço de urgência de adultos. Existem algumas evidências internacionais

e nacionais que mostram dados parecidos e outros completamente contrários. Porém, é

Page 39: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

37

importante destacar que a diversidade de resultados dos vários estudos está relacionada com a

cultura profissional de cada país onde foram realizados. Em locais onde a presença de

familiares é um hábito profissional há benefícios para todos, sejam profissionais de saúde,

paciente e família.97

Os resultados desse estudo não podem ser generalizados e apenas se referem à amostra

identificada. Em relação à presença da família em situações de emergência e RCP seria

importante realizar um ou vários estudos transversais que englobassem enfermeiros, médicos

e usuário (no papel de doente e de familiar) de forma a refletir-se sobre a prestação de

cuidados de emergência na presença da família. Pode ser o ponto de partida para se discutir no

seio das equipas de saúde sobre a presença de familiares em situações de emergência e RCP.97

Page 40: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

38

CAPÍTULO II: METODOLOGIA

Tipo do estudo

Estudo descritivo e exploratório. Em relação às pesquisas descritivas o objetivo é

descrever características de uma população, fenômeno ou de uma experiência. Por exemplo,

quais as características de um determinado grupo em relação a sexo, faixa etária, renda

familiar, nível de escolaridade etc. A pesquisa descritiva pode estabelecer relações entre

variáveis. Ao final desse tipo de pesquisa são encontradas muitas informações sobre o assunto

pesquisado. A diferença em relação à pesquisa exploratória é que o assunto pesquisado já é

conhecido. A grande contribuição das pesquisas descritivas é possibilitar novas visões sobre

uma realidade já conhecida. 100

A pesquisa exploratória objetiva maior familiaridade com o problema, visando torná-lo

mais claro ou a construir hipóteses. A grande maioria dessas pesquisas envolve: levantamento

bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema

pesquisado e análise de exemplos que estimulem a compreensão. Essas pesquisas podem ser

classificadas como: pesquisa bibliográfica e estudo de caso.101

Produção de dados

A produção de dados ocorreu durante o ano de 2017 entre os meses de março e

dezembro, nas seguintes etapas: Primeira Etapa: Revisão integrativa da literatura, onde se

buscou identificar evidências científicas sobre a atuação do enfermeiro na PCR em UTI

pediátrica;

Segunda etapa: Elaboração do protocolo de atendimento assistencial para atuação da equipe

de enfermagem no manejo da PCR na UTI pediátrica baseado nas evidências encontradas na

revisão integrativa da literatura e nas diretrizes mais recentes da AHA.

✓ PRIMEIRA ETAPA: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Essa etapa foi realizada no período de março a maio de 2017.

A revisão integrativa de literatura é uma forma de pesquisa que utiliza a literatura

disponível sobre o tema que se pretende estudar. Foi feita uma investigação sobre o assunto

Page 41: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

39

com objetivo de organizar um resumo com evidências, por meio de utilização de métodos

sistematizados de busca, organização e síntese das informações coletadas e discussão crítica.

Trata-se de um método de pesquisa amplamente utilizado na pesquisa baseada em evidências

(PBE), pois permite identificar as mais recentes evidências científicas e incorporá-las a prática

clínica para solução de problemas.102 Na revisão integrativa da literatura são preconizadas as

seguintes fases: identificação do tema e seleção da questão de pesquisa; estabelecimento de

critérios de exclusão e inclusão/ busca na literatura; categorização dos estudos; avaliação dos

estudos incluídos; interpretação dos resultados e síntese do conhecimento.102

I. Identificação do tema e seleção da questão de pesquisa: Pensando em identificar e

caracterizar o que vem sendo discutido sobre a atuação do enfermeiro na PCR,

elaborou-se a seguinte questão de pesquisa: Como as pesquisas abordam a atuação

do enfermeiro na equipe de saúde durante PCR e as causas de PCR em pediatria?

II. Estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão/busca na literatura: A busca

na literatura foi realizada nas bases de dados: Literatura Internacional em Ciências

da Saúde (MEDLINE); Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da

Saúde (LILACS); Base de Dados da Enfermagem (BDENF); Índice Bibliográfico

Espanhol de Ciências da Saúde (IBECS), por meio da Biblioteca Virtual de Saúde

(BVS) e na Scientific Electronic Library Online (SCIELO), sendo definidos como

critérios de inclusão: artigos indexados nas bases de dados; texto completo

disponível; com idioma livre; tendo como ano de publicação o período: 2010-

2016. Sendo excluídas, produções científicas realizadas exclusivamente em

animais, que não apresentavam relação com a temática e estudos repetidos.

Para realizar a busca na literatura foram utilizados os Descritores em Ciências da

Saúde (DeCs): enfermeiro; enfermagem; uti; pediatria; parada cardiorrespiratória.

Inicialmente, a busca caracterizou-se pela utilização dos descritores enfermeiro; uti;

pediatria, na BVS, de textos completos independente de idioma e ano, não sendo obtido

nenhum artigo. Posteriormente foi utilizada a seguinte associação: enfermeiro AND cti AND

pediatria; sendo encontrados 24 artigos, porém quando aplicado os critérios de inclusão

foram obtidos 6 artigos, porém, com a aplicabilidade dos critérios de exclusão, obtivemos o

total de 1 artigo. Quando associado, os descritores: enfermeiro AND parada

cardiorrespiratória AND pediatria, não foram obtidos estudos.

Page 42: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

40

Foram associados os descritores enfermeiro AND parada cardiorrespiratória; sendo

encontrados 173 artigos, porém quando utilizado os critérios de inclusão foram obtidos 44

artigos, onde ao aplicar os critérios de exclusão, totalizaram 17 estudos. Quando associado,

os descritores: parada cardiorrespiratória AND pediatria; foram encontrados 213 artigos, e

ao ser aplicados os critérios de inclusão chegou-se a um total de 61 artigos, entretanto quando

inseridos os critérios de exclusão foram obtidos quatro artigos. Associando, os descritores:

parada cardiorrespiratória AND pediatria AND enfermagem; foram encontrados 15 artigos,

sendo obtidos com a aplicação dos critérios de inclusão quatro artigos, entretanto quando

inseridos os critérios de exclusão não foram obtidos artigos. Finalizando o processo de busca,

foram associados os descritores enfermagem AND cti AND arritmias cardíacas; obtendo 54

artigos, onde ao serem aplicados os critérios de inclusão, chegamos a 32 artigos, e ao se

utilizar os critérios de exclusão foram encontrados três estudos.

Realizando o somatório dos artigos obtidos ao final de cada busca, chegamos à

totalidade de 147 estudos, sendo estes posteriormente submetidos à leitura e análise de seus

títulos e resumos.

Destes 147 artigos, 80 estudos foram excluídos por não estarem relacionados à

temática. Ainda neste contexto, 41 artigos foram excluídos por se repetirem na base de dados

e um estudo excluído por ser realizado com animais, totalizando um quantitativo de 122

artigos excluídos. Sendo assim, 25 artigos foram selecionados para compor o estudo.

Com objetivo de ampliar a busca na literatura, foi realizado o mesmo processo na base

de dados da SCIELO, utilizando-se os mesmo descritores, porém os poucos artigos

encontrados eram repetidos.

O caminho percorrido para seleção dos artigos é ilustrado no fluxograma apresentado

na Figura 1. Ao final dessa etapa foram obtidos 25 artigos e após a identificação de seus

resultados, discussão e análise dos dados, os estudos deram fundamentação para a elaboração

do protocolo de atendimento assistencial para atuação da equipe de enfermagem no manejo

da PCR na UTI pediátrica.

Page 43: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

41

Figura 1 -Seleção dos artigos encontrados na BVS

Fonte: TAVEIRA, 2017.

III. Categorização dos estudos: Esta etapa tem o objetivo de organizar e reunir as

informações de maneira clara, formando um banco de dados de fácil acesso e

manejo. Constitui a definição das informações a serem retiradas dos estudos

selecionados, utilizando um instrumento para reunir e sintetizar as

informações-chave. De modo geral, as informações extraídas dos estudos,

com objetivo de categorizá-los e facilitar as próximas etapas, são: objetivos,

desenho do estudo, principais resultados e conclusões.102

IV. Avaliação dos estudos incluídos: Esta fase corresponde à análise de dados de

uma pesquisa convencional, os estudos são analisados, de maneira minuciosa,

crítica, objetivando, explicações para os dados conflitantes nos diferentes

estudos. A competência clínica do revisor auxilia na avaliação crítica dos

estudos e na tomada de decisão para o emprego dos resultados na prática

clínica. A conclusão desta etapa, pode constituir mudanças nas

recomendações utilizadas na prática.102

V. Interpretação dos resultados: Fase de debate dos principais resultados na

pesquisa convencional, onde o revisor baseado nos resultados da avaliação

Base de dados: BVS

Descritores: enfermeiro; uti; pediatria; parada

cardiorrespiratória; enfermagem; arritmias

cardíacas

Resultados: 479 artigos sem critérios

Estudos

Excluídos

122

Estudos

incluídos

147

Artigos

repetidos:

41

Estudos com

animais:

1

Fora da

temática:

80

Total:

25

Page 44: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

42

crítica dos estudos incluídos realiza o confronto/comparação com o

conhecimento teórico, o reconhecimento das conclusões e implicações

resultantes da revisão integrativa. O reconhecimento de lacunas permite que o

revisor saliente sugestões pertinentes para futuras pesquisas direcionadas para

a melhoria da assistência à saúde.102

VI. Síntese do conhecimento: Nesta etapa, são apontados os principais resultados

dos estudos que foram selecionados, compreendendo a síntese das evidências

disponíveis na literatura sobre o assunto escolhido. Etapa de grande

importância, já que gera impacto devido ao acúmulo do conhecimento

existente sobre o assunto pesquisado.

Segunda Etapa: Construção do protocolo de atendimento assistencial para atuação da

equipe de enfermagem no manejo da PCR na UTI pediátrica

Nessa etapa ocorrida entre setembro e dezembro de 2017, alem das evidências

encontradas na revisão integrativa da literatura, utilizou-se as diretrizes internacionais da

American Heart Association como material de referência nos seguintes tópicos: Atendimento

a Parada Cardiorrespiratória segundo American Heart Association; Suporte Básico de Vida;

Compressões torácicas; Vias aéreas e ventilação; Circulação; Suporte Avançado de Vida;

Equipes de Reanimação Cardiopulmonar; Monitorização e via para administração de

medicamentos no Suporte Avançado de Vida; Algoritmos na Ressuscitação Cardiopulmonar;

Ressuscitação Cardiopulmonar no Suporte Avançado de Vida; Folha de Parada e Educação.

Os protocolos de cuidado à saúde são ferramentas utilizadas para orientar o cuidado e

a gestão nos ambientes de assistência em saúde, objetivando direcionar, procedimentos

clínicos e condutas por exemplo. Isso traz melhoras, pois possibilita o raciocínio, os recursos

e aumenta a qualidade assistencial.103

O desenvolvimento e implantação de protocolos devem ser entendidos como uma

estratégia de apoio teórico-prático, que beneficia o planejamento e avaliação da assistência e

contribui para a realização de uma assistência cada vez melhor.104

Portanto, para elaboração do protocolo proposto nesse estudo foram utilizadas

evidências científicas identificadas na revisão integrativa de literatura, para definir os

componentes/ recomendações do mesmo conforme ilustrado na Figura 2.

Page 45: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

43

Figura 2 - Identificação de evidências para construção do protocolo de atendimento

assistencial para atuação da equipe de enfermagem no manejo da PCR na UTI pediátrica.

Fonte: TAVEIRA, 2017.

Evidências

Científicas

Revisão

Integrativa da

Literatura

Diretrizes da

American Heart

Association (AHA)

Protocolo de

Atendimento

Assistencial para

manejo da parada

cardiorrespiratória

Page 46: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

44

CAPÍTULO III: EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS SEGUNDO REVISÃO INTEGRATIVA

DA LITERATURA E DIRETRIZES DA AMERICAN HEART ASSOCIATION

Revisão integrativa da literatura

Os artigos selecionados na revisão integrativa de literatura foram lidos na integra em

profundidade, analisados e seus achados expostos, discutidos e comparados entre si. Os

estudos foram divididos em categorias temáticas após sua análise e interpretação, com

objetivo de facilitar a exposição e discussão dos achados.

Categorização dos artigos selecionados: Resultados

Os estudos selecionados para compor essa revisão integrativa foram organizados em

um quadro síntese (Apêndice A), com informações de cada artigo, como: título, ano, autor,

local, objetivos, desenho metodológico, resultados e conclusão. Este instrumento foi utilizado

com objetivo de resumir as informações de cada estudo, favorecendo a exposição, análise e

discussão dos mesmos.

No referente à identificação desses estudos nas bases de dados, 12 (48%) dos artigos

encontram-se na Literatura Internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE), sete (28%) dos

estudos na Base de Dados de Enfermagem (BDENF), cinco (20%) na Literatura Latino

Americana em Ciências da Saúde (LILACS) um (4%) no Índice Bibliográfico Espanhol de

Ciências da Saúde (IBECS), como representa o (Gráfico 1).

Gráfico 1 - Distribuição dos artigos selecionados por base de dados

0 2 4 6 8 10 12 14

MEDLINE

BDENF

LILACS

IBECS

BASE DE DADOS

Fonte: TAVEIRA, 2017.

Page 47: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

45

Do total de 25 artigos selecionados para compor o estudo, 12 (48%) foram produzidos

no Brasil, cinco (20%) nos EUA, três (12%) na Espanha, um (4%) na Suécia, França,

Inglaterra, Grécia e Honduras respectivamente, como demonstra o (Gráfico 2)

Gráfico 2 - Distribuição dos artigos selecionados por país de origem

0 2 4 6 8 10 12 14

Brasil

EUA

Espanha

Suécia

França

Inglaterra

Grécia

Honduras

Paises

Fonte: TAVEIRA, 2017.

Em relação à distribuição dos artigos pelas revistas, 12 (48%) artigos foram

publicados em Revistas Brasileiras, sendo dois (8%) na Revista Latino Americana de

Enfermagem, na Revista da Escola de Enfermagem da USP, na Revista de Enfermagem da

UFPE e na Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste respectivamente, um (4%) na

Revista Brasileira de Enfermagem, na Revista de Enfermagem da UERJ, na Revista da

Sociedade Brasileira de Clínica Médica e na Revista Pediatria Moderna

respectivamente.(Gráfico 3)

Em relação às revistas de outros países temos sete (28%) artigos publicados em

Revistas Norte Americanas, sendo um (4%) na Nursing History Review, na Medical Care, no

Heart & Lung: The Journal of Acuteand Critical Care, American Journal of Nursing, Journal

for Nurse Practitioners, no Pediatric Emergency Care e no Journal of School Nursing

respectivamente; três (12%) artigos publicados em três revistas espanholas chamadas Revista

Española de Anestesiología y Reanimación, Enfermería Intensiva e Pediatría de Atención

Primaria ;um (4%) artigo publicado na revista francesa chamada Revue De L'Infirmiere; um

Page 48: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

46

(4%) na revista inglesa chamada Issues in Comprehensive Pediatric Nursing; um (4%) na

revista australiana International Journal of Nursing Practice.

Gráfico 3- Distribuição dos artigos selecionados por revista

0 2 4 6 8 10 12 14

Brasileiras

Norte Americanas

Espanholas

Francesas

Inglesas

Australianas

Revistas

Fonte: TAVEIRA, 2017.

Em relação à formação dos autores, 15 (60%) artigos foram realizados por

enfermeiros; cinco (20%) estudos por médicos, quatro (16%) estudos por professores

universitários e um (4%) artigo realizado por psicóloga. (Gráfico 4)

Gráfico 4- Distribuição dos artigos selecionados por profissão

0 5 10 15 20

Enfermeiros

Médicos

Professores

Psicólogos

Profissões

Fonte: TAVEIRA, 2017.

Quanto ao ano de publicação, o gráfico evidencia que, quatro (16%) artigos são

referentes ao ano de 2016 e três (12%) de 2015; um (4%) publicado em 2014 e três (12%) em

2013; cinco (20%) em 2012 e quatro (16%) no ano de 2011; cinco (20%) artigos foram

publicados no ano de 2010. (Gráfico 5)

Page 49: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

47

Gráfico 5- Distribuição dos artigos selecionados por ano de publicação

0 2 4 6

2016

2015

2014

2013

2012

2011

2010

Ano de publicação

Fonte: TAVEIRA, 2017.

Conforme o tipo de estudo desenvolvido, foi observado que sete (28%) artigos são de

debate/opinião; seis (24%) estudos descritivos; três (12%) tratam-se de uma revisão

integrativa (RI); dois (8%) estudo transversal; um (4%) estudo de coorte transversal; um (4%)

pesquisa aplicada; um (4%) investigação prospectiva, intervencionista e comparativa, um

(4%) estudo voltado para elaboração de guia teórico; um (4%) retrospectivo; um (4%)

observacional prospectivo; um (4%) qualitativo exploratório (Gráfico 6).

Gráfico 6- Distribuição dos artigos selecionados por tipo de estudo

0 2 4 6 8

Debate/opnião

Descritivo

RI

Transversal

Coorte

Pesquisa aplicada

PIC

Guia teórico

Retrospectivo

Observacional

Exploratório

Tipos de estudos

Fonte: TAVEIRA, 2017.

Page 50: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

48

Ao final da leitura detalhada de cada artigo, surgiram eixos temáticos entre os estudos,

devido a alguns aspectos específicos dentro do tema estudado. Os estudos foram divididos em

seis categorias, facilitando a discussão dos resultados encontrados, como observado no quadro

a seguir.

Quadro 1: Artigos distribuídos em suas categorias temáticas.

Categorias N° de

artigos

Tema abordado

Atuação na UTI e durante a PCR e

fatores que podem comprometê-la.

6 Atuação do enfermeiro na UTI e durante uma PCR e fatores

que pode comprometer essa atuação. Desafios encontrados

pelos profissionais e alguns aspectos de sua atuação nesse

momento crítico.

Função do enfermeiro na PCR 5 Abordam a função do enfermeiro dentro da PCR e evolução

dessas funções durante os anos, como por exemplo

monitorização adequada do paciente.

Conhecimentos sobre PCR. 5 Verificam o nível de conhecimento sobre PCR principalmente

dos enfermeiros e alguns profissionais da saúde.

Educação continuada e

treinamento/capacitação.

3 Ferramentas/tecnologias utilizadas para capacitar e manter o

conhecimento dos enfermeiros sobre atuação na PCR.

Ferramentas e tecnologias utilizadas

na PCR

3 Tecnologias que auxiliam o profissional durante a PCR, como o

carro de emergência e times de resposta rápida.

PCR na pediatria 3 Abordam atuação dos profissionais de saúde de maneira geral

na PCR em pediatria e alguns fatores que levam a essa PCR

Fonte: TAVEIRA, 2017.

Discussão

Atuação na Unidade de Terapia Intensiva e durante Parada cardiorrespiratória e

fatores que podem comprometê-la

Nessa categoria temos seis estudos que abordam alguns desafios encontrados na

atuação do enfermeiro na UTI e durante a PCR, como por exemplo, estresse no ambiente de

trabalho e como o conhecimento teórico e a prática podem ser aprimorados para melhorar a

assistência nesse momento.

Um dos estudos objetivou comparar o equilíbrio entre esforço (E) e recompensa (R)

entre enfermeiros e médicos que trabalhavam em UTI neonatal e pediátrica no hospital da

Page 51: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

49

universidade federal de São Paulo. Foi utilizada a versão brasileira do questionário Effort-

Reward Imbalance com 37 médicos e 20 enfermeiros. Não foi encontrado diferença estatística

entre os enfermeiros da UTI pediátrica e neonatal em relação ao E e R assim como entre os

médicos que trabalhavam nos mesmo setores.

Ao se comparar médicos com enfermeiros da UTI pediátrica, também não foram

encontrados diferenças entre as variáveis. Porém quando comparados os médicos da neonatal

com os enfermeiros do mesmo setor, obvservou-se maior supercomprometimento dos

médicos com o trabalho, o que representa maior estresse. O ambiente da NEO mostrou-se

mais exigente para os médicos, principalmente devido à maior irritabilidade com o trabalho e

dificuldade para se desligarem, determinando maior comprometimento com o trabalho,

enquanto, paro os enfermeiros de ambas as unidades, o esforço pareceu o mesmo. Esses dados

ajudam a detectar e reduzir fatores de risco ocupacional, bem como direcionar o trabalhador

para diminuir o estresse causado pelas exigências do trabalho.105

Em um estudo descritivo exploratório com 47 enfermeiros que trabalhavam em

unidades de internação adulta de um hospital especializado em cardiopneumonia, objetivou-se

identificar a percepção desses profissionais sobre os fatores que comprometem a qualidade de

ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e verificar a influência do turno de trabalho e tempo de

experiência dos profissionais nessa percepção. A maioria dos enfermeiros identificou que o

elevado número de profissionais (acima de seis) durante a RCP, atrapalha o atendimento,

assim como a ausência de harmonia entre a equipe, falta de material e/ou falha de

equipamento, falta de familiarização com o carro de PCR, presença de algum familiar no

momento da PCR ou estresse de algum membro durante o atendimento. Foi reforçado pelos

participantes que a presença de um líder melhora a qualidade da assistência ao paciente com

PCR. Esses resultados servem como parâmetros para a implementação de melhorias e

capacitação das equipes que atuam no setor de unidade de internação.106

Em estudo realizado com 12 enfermeiros que atuavam nos serviços de atendimento

pré-hospitalar fixo e móvel de uma cidade do interior da Bahia através de entrevista,

objetivou-se analisar a atuação desse profissional frente a uma PCR e as condutas tomadas.

Foram analisados, por exemplo, os sinais de PCR identificados pelos enfermeiros e as

condutas tomadas frente a PCR. Os resultados mostraram, por exemplo, que os três principais

sinais de PCR foram pouco referidos pelos enfermeiros, sendo citados apenas pela metade dos

entrevistados. Em relação às condutas tomadas seja no SBV ou SAV, foi observado que a

Page 52: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

50

grande maioria dos enfermeiros que atuavam no serviço pré-hospitalar fixo, quando

comparados com os enfermeiros do serviço móvel, não seguiam o protocolo, havendo assim

uma necessidade de refletir sobre o preparo desses profissionais. Esses resultados apontam um

importante déficit na qualificação desses profissionais, sendo bem preocupante, pois o

enfermeiro possui papel importante no atendimento direto ao paciente com PCR, sendo

sugerido à realização de cursos de capacitação periódicas para estes profissionais.107

Em um estudo realizado com sete enfermeiros suecos que trabalhavam em

ambulância, foram realizados entrevistas com objetivo de descrever e refletir sobre a

experiência desses profissionais no atendimento a pacientes que sofreram uma PCR.

Importante ressaltar que os participantes do estudo tinham anos de prática e especialização na

área. Os participantes descreveram a importância de preparar-se na ambulância no caminho

até o paciente que sofre PCR, refletindo com os colegas de trabalho sobre questões como: se a

RCP já havia sido iniciada, por exemplo, e uso de novas tecnologias para auxiliar no

atendimento, como dispositivos de compressão automáticos e a importância de interagir com

os familiares da vítima, mantendo-os informados sobre o que estava acontecendo.

Foi percebido uma melhor tomada de decisões pelo fato dos participantes terem

treinamento anual e constante para RCP em adultos e crianças. Um melhor feedback sobre o

cuidado prestado pelos enfermeiros de ambulância e sobre o diagnóstico e cuidados de

enfermagem que os pacientes receberam depois de serem internados no hospital são sugeridos

como melhorias que permitiriam aos enfermeiros de ambulâncias aprenderem mais com sua

experiência. Além disso, enfermeiras de ambulância precisam de treinamento e educação

regular para estar preparado para salvar a vida das pessoas e também para tomar as decisões

certas.108

Outro estudo explora a colaboração de médicos e enfermeiros durante o paradigma da

PCR, sendo visto como um quadro intelectual e institucional que moldou a prática da

medicina nos últimos 50 anos. Uma manifestação importante desse paradigma foi à

intensificação dos cuidados, particularmente no final da vida, mostrando a importância dos

enfermeiros na participação da RCP em colaboração com os médicos. Além disso, esse estudo

discute como se deu a evolução do papel dos enfermeiros com o passar dos anos e conclui que

seu desempenho em colaboração com os médicos deve ser considerado para que haja avanços

e melhorias nesse atendimento.109

Page 53: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

51

Um último estudo objetivou determinar a relação entre o pessoal de enfermagem e o

ambiente de trabalho e suas condições e influencia na sobrevivência dos pacientes após uma

PCR hospitalar. Foram vistos um total de 11.160 pacientes adultos em 75 hospitais de quatro

estados dos EUA. Foi constatado que para cada paciente a mais por enfermeiro em unidades

médico-cirúrgico foi associado uma probabilidade 5% menor de sobrevivência para alta.

Além disso, os pacientes atendidos em hospitais com ambientes de trabalho pobres tiveram

uma probabilidade menor de sobrevivência de 16%. Os resultados se somam a um crescente

corpo de literatura de pesquisa sugerindo que melhorar os ambientes de trabalho hospitalar

pode ser promissor para reduzir as mortes evitáveis e, especificamente, para melhorar a

sobrevivência após PCR no hospital. Os achados também fornecem provas adicionais de que

a equipe adequada de enfermagem hospitalar pode ser uma estratégia importante nos esforços

que visam alcançar resultados excelentes para o paciente.110

Nesse tópico observam-se alguns fatores e desafios encontrados que dificultam a

atuação do enfermeiro nesse cenário e trás respostas para melhorias dessa atuação, como

número correto de pessoal, ambiente de trabalho favorável, equipamento adequado. Mostram

também que existe a necessidade de reflexão sobre a assistência prestada e que a interação

entre os diferentes membros da equipe é importante para melhorar essa assistência. Um bom

nível de conhecimento é importante para manter uma assistência de qualidade. Esses fatores

podem mudar o prognóstico do paciente.

O desempenho da equipe durante a PCR é influenciada de maneira positiva ou

negativa por vários fatores, podendo-se destacar a infra-estrutura, quantidade de

trabalhadores, coordenação e liderança. A PCR, sendo um processo reversível, necessita de

organização, treinamento e trabalho em equipe, além do conhecimento técnico cientifico,

sendo necessário um olhar mais ampliado.33

É interessante destacar que o uso do “debriefing” pode ser utilizado como estratégia

para estimular o registro das ações, bem como para levar a equipe a um processo reflexivo

sobre a sua própria prática assistencial e levando a superar fatores que atrapalham essa

prática.33

Page 54: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

52

Função do enfermeiro na Parada cardiorrespiratória

Nessa categoria, temos cinco artigos que abordam a função do enfermeiro não só

durante a PCR, mas em fases anteriores e posteriores a esse evento, seja na parte gerencial ou

assistência direta e sua evolução e aumento da importância com o passar dos anos.

No primeiro artigo é abordado a evolução do papel do enfermeiro gerenciando a PCR

e a implementação da circulação extracorpórea (ECMO) por um hospital de Paris e sua gestão

pelo enfermeiro. O enfermeiro ou enfermeiro anestesista certificado pelo Estado que atuam no

Service d´Aide Médicale d´Urgence (SAMU) tem um papel fundamental na RCP e na

participação da implementação deste suporte circulatório.

O enfermeiro tem um papel importante na otimização da qualidade da ressuscitação

realizada pelo socorrista, em particular pela qualidade da massagem. Um papel central

desempenhado pelo enfermeiro é o gerenciamento quanto ao bom funcionamento do

equipamento de ressuscitação cardiopulmonar extracorpórea (ECMO). O enfermeiro deve

agir de acordo com as recomendações, administrar medicamentos prescritos, garantir a

logística de material, segurança transfusional, conhecimento do procedimento e

gerenciamento de outras partes interessadas e da equipe. A simplificação das técnicas e

equipamentos disponíveis para ECMO permitiu que ela chegasse aos serviços de resgate de

emergência (SAMU) e emergências de alguns hospitais. Particularmente versátil tanto no

SAMU como em uma equipe de ECMO, o papel do enfermeiro na PCR está em constante

evolução, onde o uso da ECMO é um exemplo de trabalho em equipe. A introdução desse tipo

de tecnologia requer treinamento significativo para todos os atores envolvidos no

gerenciamento da PCR.111

Um estudo feito nos EUA aborda e discute o papel do enfermeiro da escola na

implementação de um programa de uso de desfibrilador automático externo (DEA) nas

escolas, pois muitas vezes o enfermeiro é o único profissional de saúde na escola, e acaba

sendo o educador, coordenador e promotor de políticas para esse programa. Fala que o

conhecimento íntimo desse profissional sobre o status de saúde do aluno, tempo de resposta

dos serviços médicos de emergência e população estudantil atual podem fornecer dados

estatísticos necessários para determinar se a escola atende recomendações para implantação

de um DEA. Fala que a enfermeira da escola deve treinar os leigos para garantir que um

funcionário treinado esteja disponível e para uma boa utilização do DEA. A enfermeira da

escola deve ter um íntimo conhecimento sobre as leis para uso do DEA, garantindo

Page 55: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

53

integridade das partes envolvidas. Conclui-se que o enfermeiro tem oportunidade,

conhecimento, habilidades e visão para executar todos os aspectos de um programa de

implementação de DEA bem-sucedido, seguro e eficiente.112

Outro estudo com o mesmo tema do parágrafo anterior reflete sobre a responsabilidade

da enfermeira escolar em avaliar a necessidade de um desfibrilador automático externo (DEA)

nas escolas que acomodam alunos de todas as idades, uma vez que as novas diretrizes

permitem o uso do DEA em crianças menores de oito anos ou com menos de 55 libras. A

segurança dos estudantes e do pessoal da escola é uma preocupação primordial para

enfermeiros da escola, onde os enfermeiros devem manter-se atualizados com práticas

baseadas em evidências, educando pais, estudantes, membros do conselho escolar, etc. Dentro

disso, o enfermeiro da escola deve avaliar as necessidades de cada ambiente escolar para uso

do DEA com base nos seguintes parâmetros: aluno ou adulto com condição cardíaca ou outra

condição médica crítica, distância da escola para o serviço médico de emergência e utilização

das instalações da escola após o horário escolar. Os enfermeiros da escola são fundamentais

para estabelecer o programa de instalação do DEA nas escolas, com a colaboração dos

funcionários da escola, pessoal médico e familiares.113

Em outro estudo, foi realizada revisão da literatura abrangente sobre monitoramento

de pacientes em PCR e o papel da enfermagem nesse monitoramento, seja ele invasivo e não-

invasivo. Muitos estudos documentam que o registro fisiológico dessas medidas não é feito

adequadamente durante este momento crítico de deterioração clínica. A equipe de

enfermagem desempenha um papel fundamental no gerenciamento e monitoramento da PCR

hospitalar, porque geralmente são os primeiros a detectar uma PCR e iniciar a RCP, mesmo

antes da chega do médico.

Os resultados mostraram que o papel do enfermeiro na monitorização de pacientes em

PCR é extremamente significativo e se for realizado adequadamente, vai adicionar excelente

visão do planejamento, do tratamento e correta gestão. Conclui-se que o monitoramento

apropriado e correto, vai ajudar no reconhecimento precoce da PCR e uma rápida intervenção,

contribuindo assim para um retorno mais precoce da circulação espontânea e melhor resultado

neurológico. O treinamento pode melhorar o monitoramento do paciente com PCR, onde os

enfermeiros podem tomar mais responsabilidade para gerenciar esse momento, considerando

equipamentos fornecidos e disponibilidade de pessoal por exemplo.114

Page 56: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

54

Por último temos um estudo que aborda a importância do enfermeiro manter suas

habilidades para realizar as manobras de RCP com precisão e competência. É que em muitas

configurações clínicas os enfermeiros raramente usam suas habilidades de RCP, só voltando a

praticá-las, quando realizado outro curso de atualização, geralmente a cada dois anos. Isso

geralmente não é suficiente para manter a competência, visto que muitos estudos

documentaram que as habilidades de RCP deterioram-se rapidamente, dois meses após o

treinamento. Essa rápida perda na capacidade de realizar RCP combinada com longos

períodos entre reciclagens podem ser problemática para os enfermeiros, que são

frequentemente os primeiros provedores de cuidados de saúde a detectar e responder a uma

PCR, e, portanto, precisa atuar rapidamente e ser especializado em seu desempenho. Parece

que os enfermeiros, assim como outros prestadores de cuidados de saúde, não conseguem

realizar adequadamente algumas habilidades de RCP, especialmente a compressão torácica,

sendo necessário mais treinamento com manequins.115

Esses artigos mostram, que além, da parte assistencial, a atuação gerencial por parte do

enfermeiro que atua na PCR é muito importante para melhora e recuperação do paciente nessa

situação. Essa parte gerencial desenvolvida pelo enfermeiro colabora para a prevenção e

diminuição dos danos que a PCR pode causar. Vemos que os estudos falam, por exemplo, da

importância de uma monitorização adequada para detectar precocemente qualquer

deteriorização fisiológica do paciente com isso evitando a evolução para PCR; e

gerenciamento da equipe e dos equipamentos utilizados durante uma PCR. Fala sobre a

importância do enfermeiro atuar de maneira “preventiva”, pensando, por exemplo, sobre a

necessidade do DEA em ambientes escolares. Os artigos ressaltam que para melhorar tanto as

habilidades gerenciais como assistências, deve haver treinamento constante por parte dos

enfermeiros.

A realização de capacitação e simulados periódicas é essencial para manter a equipe de

enfermagem preparada para atuar em PCR. A distribuição rápida e coordenada de tarefas

mantém o nível de tranqüilidade. Reunir materiais e equipamentos necessários, são

imprescindíveis para a reanimação, sendo recomendada a atualização da equipe para melhor

execução das manobras.116-117

Através de estudos é demonstrado que a equipe de enfermagem e o enfermeiro

apresentam um déficit importante sobre os conceitos de PCR, identificação de vítima em

PCR, sequência do suporte básico de vida (CAB) e fármacos a serem administrados. Esse

Page 57: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

55

déficit de conhecimento pode gerar situações que irão interferir sobre toda a equipe

multiprofissional durante a PCR. O enfermeiro acaba sendo mediador, pois ele é responsável

pela provisão dos materiais (conferir carrinho de parada, drogas a serem preparadas, etc).33

Um enfermeiro que desconhece, em parte, esse processo, pode levar a equipe

multiprofissional ao erro. A falta de conhecimento do enfermeiro pode contribuir para a

desorganização do processo de trabalho que envolve o atendimento a vítima que está em PCR.

Constata-se então que o modo como o enfermeiro vai administrar esse momento, pode/vai

influenciar na sintonia da equipe multidisciplinar.33

Dentro da questão da prevenção, no ultimo protocolo de atendimento a PCR, foram

instituídas duas cadeias de sobrevivência para PCR, sendo intra hospitalar e extra hospitalar,

onde na cadeia de sobrevivência intra hospitalar o primeiro elo é vigilância e prevenção.5

Crianças vítimas de PCR súbita com Fibrilação Ventricular (FV) ou Taquicardia

Ventricular (TV) sem pulso devem receber a desfibrilação rapidamente. Sempre que possível,

o desfibrilador manual é preferível em crianças, porém, se não houver um desfibrilador

manual disponível, prefira um DEA que possui pás pediátricas e reduzem a carga para 50 a 70

joules e devem ser usadas em crianças menores de oito anos ou 25kg. A utilização desses

dispositivos é simples. O custo médio de um aparelho de DEA é de cerca de 2.000 dólares.64

O uso do DEA vem sendo valorizado e muitos locais públicos por todo o mundo, onde

aeroportos e estádios de futebol já possuem o dispositivo, tornando-se importante o

conhecimento sobre seu manuseio. A AHA preconiza seu uso para crianças desde 2005 e a

ILCOR em 2003 sugeriu que todas as crianças com idade maior que um ano em PCR

tivessem ao menos um equipamento de DEA disponível para reanimação.46

Constatou-se que crianças vítimas de PCR extra-hospitalar submetidas ao SBV com

uso do DEA têm melhor sobrevida.65 Quando comparadas aos adultos, crianças de um a oito

anos de idade vítimas de PCR extra-hospitalar são menos submetidas à avaliação e choque

com DEA, embora fora do hospital a frequência de ritmos chocáveis possa chegar a cerca de

33%, conforme grande estudo nos EUA.66 Em situações nas quais somente o DEA de adulto

encontra-se disponível seu uso é recomendado. Mesmo assim, profissionais de saúde hesitam

em utilizá-lo.67-68

Tem sido dada importância ao uso do DEA por reanimadores nas escolas, sendo

recomendado pela ILCOR que este treinamento faça parte do currículo de escolas de ensino

médio.69 Nos EUA, o treinamento em BLS com uso do DEA tem sido exigido cada vez mais

Page 58: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

56

para a graduação em diversas escolas, assim como na Inglaterra, demonstrando a importância

do tema.70-71

A monitorização durante o SAV tem valor diagnóstico e no julgamento da

qualidade da RCP. A eletrocardiografia é vital para identificar os ritmos de PCR e,

consequentemente, seu manejo positivo.5 A capnorafia pode ser usada para verificar posição

do tubo traqueal, avaliar a qualidade das compressões torácicas e o retorno da circulação

espontânea, assim com o cateter intra-arterial que além disso é usado para aferir a pressão

arterial de maneira mais fidedigna.3

Conhecimentos sobre Parada cardiorrespiratória

Temos aqui cinco artigos que tentam de alguma maneira aferir o nível de

conhecimento dos profissionais de saúde, mas principalmente do enfermeiro, em relação a

PCR e as manobras de RCP.

Um dos estudos objetivou avaliar o conhecimento dos enfermeiros que trabalham em

cinco prontos-socorros de hospitais públicos do Distrito Federal, sobre cuidados pós-parada

cardiorrespiratória, através de um questionário. Foi observado que o grupo estudado

apresentou conhecimento insuficiente sobre os cuidados pós-parada cardiorrespiratória, sendo

que os sujeitos que obtiveram melhores níveis de conhecimento haviam participado de mais

cursos de atualização no último ano, nesse caso os enfermeiros que trabalhavam no Serviço de

Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Foi sugerido então, ampliar as atividades de

educação permanente, dando ênfase aos cuidados pós-PCR, pois a melhor preparação de

enfermeiros para o atendimento de pacientes que sofrem RCP contribui efetivamente para

reduzir o risco de morte e lesões adicionais resultantes desse evento.118

Num segundo estudo, foi analisado o conhecimento teórico dos enfermeiros sobre

PCR que trabalham em 16 unidades não hospitalares de atendimento à urgência e emergência

(UNHAU/E), de sete municípios da região metropolitana de Campinas, através de um

questionário dividido em duas partes, sendo que a primeira aborda características como

formação e participação em cursos e a segundo o conhecimento sobre PCR. O estudo apontou

tempo médio de atualização dos participantes de 18 meses, estando acima do recomendado na

literatura, isto é, a cada seis meses. Em relação ao conhecimento teórico em PCR/RCP,

concluiu-se que o grupo de enfermeiros estudados tem conhecimentos insuficientes, sendo

Page 59: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

57

evidenciada a necessidade de cursos de capacitação e atualização para que os enfermeiros

obtenham melhor conhecimento teórico e consequentemente melhor assistência, melhorando

assim a sobrevida do paciente.119

Em um terceiro estudo foi avaliado o conhecimento da equipe de saúde de uma

emergência pediátrica sobre as novas diretrizes de ressuscitação cardiopulmonar. Foram 45

participantes, entre eles: seis médicos, 10 residentes, sete internos, oito enfermeiros, um

técnico e 13 auxiliares de enfermagem, que atuavam em um hospital de ensino do interior de

São Paulo. A maioria dos profissionais, 32 (72%), demonstrou conhecimento em relação às

novas diretrizes.

Vale ressaltar que das 12 (26,7%) pessoas que não conheciam as novas diretrizes, seis

(50%) eram estudantes. A maioria 35 (77,8%), quando perguntado sobre a principal causa de

PCR na pediatria, respondeu falha respiratória, enquanto 10 (22,2%) por falha cardíaca. O

estudo verificou que os profissionais de saúde têm dificuldade para determinar com certeza a

ausência ou presença de pulso em recém-nascidos e crianças. Concluiu-se a necessidade de

intervir junto a esses profissionais através de educação permanente, para melhorar a eficácia

do atendimento durante a PCR.120

Foi realizada uma revisão bibliográfica, com objetivo de investigar o conhecimento da

enfermagem sobre hipotermia terapêutica induzida pós-PCR e a necessidade de utilizar

protocolos que direcionem essa assistência. Percebe-se que existe boa literatura de

enfermagem abordando esse tema e ressalta-se a necessidade da criação de protocolos. Existe

conhecimento e literatura que podem ser usados e interpretados pela enfermagem para que ela

desempenhe seu próprio papel, através de protocolos padronizados. A prática atual deve ser

mudada por melhor prática, com base no conhecimento existente. Este trabalho mostrou

conceitos e conhecimentos suficientes para que a enfermagem forneça cuidados através do

desenvolvimento de protocolo, padronizando as ações e melhorando a qualidade da

assistência.121

Em um ultimo estudo, foi avaliado o conhecimento da equipe de enfermagem de uma

UTI, sobre o reconhecimento da PCR e a utilização das manobras de RCP segundo protocolo.

O estudo foi feito com 33 profissionais (sendo oito enfermeiros e 25 técnicos de enfermagem)

utilizando questionário adaptado, onde menos da metade havia participado de capacitação

específica sobre o tema. Houve baixo índice de acertos totais, com a maioria das perguntas

sendo respondidas de maneira parcialmente correta. Entre os profissionais que haviam

Page 60: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

58

realizado capacitação prévia sobre o tema, o índice de acertos foi maior quando comparados

com os que não haviam realizado qualquer tipo de treinamento. Entre os profissionais com

mais de dois anos de atuação em UTI, 100% responderam corretamente os sinais de

reconhecimento da PCR, demonstrando que o tempo de atuação/prática pode ser um fator

importante em alguns aspectos. O baixo índice de acerto demonstra a necessidade de

atualização e capacitação periódica da equipe de enfermagem, com avaliação mais sistemática

e rigorosa, pois o grande dinamismo das mudanças que ocorrem na área da saúde exige

atualização constante desses profissionais. A avaliação da equipe de saúde em relação ao seu

conhecimento também é importante para que falhas sejam identificadas. 122

Nesse tópico que aborda o conhecimento dos profissionais de saúde sobre PCR e

cuidados pós-PCR, principalmente o conhecimento do enfermeiro, é observado que há um

déficit de conhecimento teórico e prático desses profissionais em relação a esse tema. Falam

que a falta de prática e treinamento regular são os principais responsáveis desse déficit de

conhecimento. Uma solução para esse problema seria a atualização constante desses

profissionais através de educação continuada, pois foi observado um maior índice de

conhecimento entre os profissionais que tinham atualização mais recente.

O enfermeiro em muitas ocasiões é o primeiro a detectar o paciente vítima de PCR,

sendo de vital importância nos esforços para a reanimação, pois a detecção rápida e

acionamento da equipe ajuda a melhorar o prognóstico.109 O enfermeiro e sua equipe devem

assistir o paciente, com suporte ventilatório e circulatório, além disso, esses profissionais

devem adquirir habilidades que os capacitem a prestar assistência adequada.33,36

O enfermeiro é um mediador na atuação dentro da PCR. A formação do profissional e

o tempo de atuação, influenciam no índice de acertos das questões avaliadas.36. A falta de

domínio pelo enfermeiro das habilidades necessárias para atuação em uma PCR, pode levar

ao erro da equipe, podendo prejudicar o paciente.33

Educação continuada e treinamento/capacitação

Aqui temos três artigos, que abordam diferentes formas de treinamento e capacitação

do pessoal de enfermagem, com relação a PCR e os seus benefícios com aumento e

manutenção do conhecimento. Foi desenvolvida uma proposta educacional virtual para o

atendimento ao recém-nascido, por meio de plataforma chamada TelEduc, tendo como

resultado final ferramenta tecnológica para auxiliar no ensino teórico. Esse produto trouxe

Page 61: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

59

inovação do ensino em enfermagem, já que o atendimento a ressuscitação cardiopulmonar do

recém-nascido é tema importante.123

Em outro estudo, foi aplicado um programa de capacitação teórica em RCP para

enfermeiros, sendo comparado o conhecimento teórico de dois grupos: grupo A- controle e

grupo B-experimental. O grupo B apresentou conhecimento teórico-prático superior ao grupo

A, sendo sugerido pelos resultados que o programa de capacitação deve ser aplicado

regularmente, com uma periodicidade trimestral ou semestral, pois, foi observado declínio do

conhecimento com o passar do tempo.124

No ultimo estudo, foram descritas as metodologias de ensino de RCP neonatal

utilizadas no treinamento do enfermeiro e seu desempenho/atuação perante está atividade.

Foram encontradas duas categorias dentro do estudo, sendo a primeira: Ensino e tecnologias

educacionais para a realização de RCP neonatal, onde os estudos abordam questões sobre o

ensino e prática da RCP neonatal para enfermeiro e a segunda que é a atuação do enfermeiro

diante da RCP neonatal, que fala sobre as ações de enfermagem realizadas durante a RCP.

Conclui-se que o enfermeiro deve estar capacitado para atuar dentro deste setor e sempre

buscar melhorar e aprofundar seus conhecimentos por meio de cursos de atualização, visto

que novas diretrizes e conhecimentos surgem com o passar dos anos e aumento das

pesquisas.125

Observou-se que o ensino teórico-prático regular mantém adequado o nível de

conhecimento do profissional. A criação de ferramentas para auxiliar esse aprendizado tem se

mostrado eficaz como estratégia de ensino, desde que haja equilíbrio entre teoria e prática.

O rápido reconhecimento e intervenção da equipe de modo organizado são primordiais

para a recuperação do paciente em PCR. A realização incorreta das manobras de RCP está

associada a uma taxa de sobrevida menor quando comparada com as manobras realizadas

corretamente.111,116, 126-127

O treinamento constante e adequado da equipe de enfermagem, em especial a que atua

em UTI e emergência, é essencialmente decisivo para o atendimento em PCR. Identificar o

conhecimento teórico e prático da equipe a respeito de PCR e RCP é um requisito importante

para planejar o treinamento em serviço dessa equipe. O treinamento voltado para esse

atendimento deve atender o que preconiza os Guidelines para RCP. Atualmente há o

Guideline de 2015 para RCP e emergências cardiovasculares, com algumas alterações em

relação ao guideline de 2010.36

Page 62: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

60

Uma estratégia muito utilizada para educação dos profissionais que atuam na urgência

e emergência é o debriefing, onde são reunidos todos os profissionais que atuaram no

atendimento à PCR para registrar e discutir todo o processo de atendimento ao paciente.34

Nessas situações, o enfermeiro, constantemente, se encontra na linha de frente, tornando-se o

profissional que primeiro pode identificar a evolução do paciente para a parada

cardiorrespiratória.33

Em estudo realizado nos Estados Unidos da América, foi constatado que é o

enfermeiro que reconhece a PCR em mais de 60% dos casos, pois é o profissional de saúde

que está diretamente mais tempo em contato com o paciente. Percebe-se importância

fundamental para prevenir e identificar a PCR, assim como iniciar as manobras de RCP.39 Daí

observa-se como é essencial e importante o ensino e treinamento detalhado sobre PCR/RCP,

especialmente para o enfermeiro que presta assistência a pacientes com alto risco de

morte.39,35

A aplicação imediata, competente e segura das manobras de reanimação

cardiopulmonar, por parte da equipe que primeiro detecta essa situação, é fator que contribui

para o sucesso do atendimento e consequente sobrevida da vítima de PCR.40,5

Ferramentas e tecnologias utilizadas na Parada cardiorrespiratória

Neste tópico os três artigos, abordam como o uso de tecnologias pode auxiliar e

melhorar a assistência prestada durante a PCR, envolvendo o pessoal de enfermagem, com

ferramentas que tornam a assistência mais dinâmica e sistematizada.

Um dos estudos teve objetivo de identificar o conhecimento dos enfermeiros de um

hospital do Vale do Paraíba, São Paulo, sobre parada cardiorrespiratória, para elaboração de

guia teórico de atendimento na emergência. Os resultados mostraram limitações no

conhecimento da maioria dos participantes, como por exemplo: uso de fármacos, sendo

importante a educação continuada sobre PCR e RCP. Com os resultados foi criado um guia

teórico para atendimento a PCR com base na literatura científica servindo como suporte

teórico para a padronização e melhoria do desempenho da equipe avaliada.128

Outro estudo teve como objetivo analisar a adequação dos carros de emergência (CE)

segundo as diretrizes brasileiras, em dois hospitais universitários. Foram considerados

adequados os CE que possuíam todos os itens nas quatro categorias especificadas na diretriz

brasileira. Em todos os CE avaliados havia déficit de matérias, onde nenhuma continha o

Page 63: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

61

conjunto de materiais especificados na normatização brasileira. Por exemplo: nenhum CE

apresentou tubo orotraqueal (TOT) de todos os tamanhos recomendados, sendo que os CE das

unidades pediátricas apresentaram maior defasagem de material e equipamentos. Concluiu-se

que essa não adequação dos CE pode impactar as taxas de sobrevida das PCR de suas

respectivas unidades.129

No ultimo estudo dessa categoria, um hospital da Suécia implementou um modelo de

time de resposta rápida, liderado por um enfermeiro, com a finalidade de fornecer cuidados de

qualidade com rapidez diminuindo o numero de PCR fora da UTI e prestar consultoria à

equipe de enfermagem diminuindo falha nas taxas de resgate. A equipe atua em neonatologia,

bem como linhas de serviço médico-cirúrgico e de cuidados intensivos. Ao se fazer a

comparação entre o primeiro e segundo ano de atuação dessa equipe, foi observada

diminuição das transferências para UTI através de intervenção precoce e cuidados intensivos.

Houve uma diminuição dos casos de PCR, revelando que os pacientes receberam atendimento

em tempo hábil para prevenir a deterioração cardiopulmonar. A implementação desse modelo

liderado por um enfermeiro, levou a qualidade dos cuidados a um novo nível, enquanto

continha custos. Os eventos críticos reduzidos, taxas de transferências mais baixas para a UTI,

hospitalizações mais curtas e serviços de apoio clínico a uma ampla gama de departamentos

hospitalares ocorrem como resultados desse modelo.130

Percebe-se que a utilização de ferramentas e tecnologias, sejam elas leve, leve-dura ou

dura, auxilia o profissional e organiza o atendimento prestado, melhoram a qualidade da

assistência e sobrevida do paciente nas situações de emergência como uma PCR e pode

diminuir o tempo de internação e seus custos. A criação de protocolos que orientem esse

atendimento, gerenciamento do material utilizado e uso de equipes de resposta rápidas são

exemplos disso, tendo o enfermeiro como figura central. Percebe-se ser importante trabalhar

com foco na prevenção/antecipação a esse momento e essas ferramentas podem ajudar a

alcançar esse objetivo. É recomendado que a equipe de enfermagem busque atualização com

relação às manobras de RCP, assim como, ter domínio do conteúdo existente no carro de

emergência e manuseio do equipamento.118,131

Durante as situações de emergência como a PCR, a equipe de enfermagem, tem a

obrigação de dominar o conhecimento e ter preparo técnico, assim como, acesso a materiais

tecnológicos, para alcançar atendimento de qualidade ao paciente em PCR.43

Page 64: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

62

Nos últimos anos, surgiram muitos progressos nas estratégias para o atendimento das

emergências cardiovasculares, entre as quais se destaca o surgimento dos Times de Resposta

Rápida (TRR). Esses times começaram a ser implantados a partir do resultado de alguns

estudos que evidenciaram que a PCR era antecedida de deterioração clínica, em média de 6 a

8 horas antes do evento.132-137 Em 2005, foi iniciada a campanha de 100.000 vidas do Institute

for Healthcare Improvement, com objetivo de prevenir as mortes hospitalares e, entre as seis

intervenções recomendadas, a primeira foi a implantação dos TRR.138 Os TRR vêm sendo

implementados em muitas partes do mundo, como Brasil, Europa, Estados Unidos e

Austrália.134,139-140

A inserção dos TRR tem exposto eficácia na prevenção de PCR, assim como a

diminuição das taxas de mortalidade hospitalar e nas admissões em UTI, sejam pacientes

adultos ou pediátricos.132,134,141,142-150 Em revisão sistemática da literatura, publicada

recentemente, observou-se que com a implantação dos TRR houve diminuição de 33,8% das

PCR em adultos internados fora da UTI, mas não houve redução da mortalidade hospitalar.

Na atuação dos TRR em crianças, observou-se diminuição de 37,7% da incidência de PCR e

redução de 21,4% das taxas de mortalidade hospitalar e extra-hospitalar. A diferença

observada nas taxas de mortalidade pode ter ocorrido por dois motivos: 1) a principal causa de

PCR em crianças é a parada respiratória e 2) em geral, as crianças não apresentam tantas

comorbidades quando comparadas com adultos. Porém, existe a necessidade de outros estudos

para analisar os resultados de eficácia e eficiência na implementação dos TRR.146,151

O treinamento da equipe, tanto para a atuação nos TRR como para o trabalho conjunto

com a equipe do setor, é necessário. Sugere-se que o treinamento seja iniciado antes da

implantação dos TRR e ocorra de forma continuada.142,148

É imperioso a padronização dos carros de emergência nos diferentes setores do

hospital com o objetivo de uniformizar o conteúdo, a quantidade de materiais e

medicamentos, tornando acessíveis os itens necessários para o atendimento da emergência e

assim, agilizar o atendimento.

A padronização deve levar em conta a faixa etária da vítima (adulto e/ou pediátrico) e

o local de atendimento (unidade de internação, pronto-socorro, unidade de terapia intensiva,

centro cirúrgico, unidade ambulatorial, laboratório de hemodinâmica, entre outros).140,152

O Ministério da Saúde (MS) com as portarias GM/MS nº 3432, de 12 de agosto de

1998, e SAS/MS nº 123, de 28 de fevereiro de 2005, estabelece a necessidade de carro de

Page 65: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

63

emergência com desfibrilador/cardioversor, com material de entubação, medicamentos e

material para atendimento de emergência na proporção de um carro para cada 10 leitos.153-154

Todos os setores de atendimento aos pacientes devem ter carro de emergência, em

local de fácil acesso, de modo que possa ser rapidamente levado até o paciente em situação de

emergência. Todos os profissionais de saúde que participam do atendimento de emergências

devem conhecer o carro de emergência e ter domínio em seu manuseio.153-154

Parada cardiorrespiratória na pediatria

No ultimo tópico, temos três artigos que abordam a PCR em crianças e alguns fatores

de risco que podem causar essa PCR. Abordam também as manobras de SBV e SAV. O

primeiro artigo desse tópico aborda as principais e mais atuais manobras utilizadas tanto no

suporte básico de vida como no suporte avançado de vida cardiológico em pediatria, como por

exemplo: compressão torácica, manutenção de via aérea pérvia, procedimentos invasivos

como via aérea avançada, acessos vasculares, uso de fármacos e reconhecimento dos tipos de

PCR (Assistolia/AESP e FV/TV sem pulso) e a melhor maneira para serem executadas, visto

que a realização adequada e precoce das manobras de RCP permite melhorar o prognóstico

dos pacientes. Na população pediátrica o prognóstico de PCR é ruim, com porcentagens de

sobrevivência entre 0 e 23%, onde foi demonstrado que o tempo entre o inicio da realização

das manobras de SBV e SAV, a qualidade das mesmas e os cuidados pós-PCR são fatores

importantes que determinam a sobrevivência e qualidade de vida do paciente após uma

PCR.155

Em outro artigo foram analisadas PCR relacionadas com anestesia em hospital infantil

terciário na Espanha, com objetivo de identificar fatores de risco e assim evitar ou diminuir

esse tipo de evento. Foram obtidos dados como característica do paciente, do procedimento,

causa provável e evolução da PCR. Foi registrado um total de 15 PCR relacionadas com

anestesia num total de 43.391 procedimentos anestésicos em pacientes pediátricos. Os

principais fatores de risco foram: pacientes com menos de um mês e menos de um ano de

vida, que realizaram procedimentos urgentes, procedimentos cardiológicos e no laboratório de

hemodinâmica. A principal causa de PCR foi cardiológica, devido principalmente a

hipovolemia, seguido de causas respiratórias e efeitos adversos dos medicamentos usados na

anestesia. A identificação desses fatores de risco permite estabelecer condutas para melhora

do paciente que sofre PCR relacionada a procedimentos que necessitam de anestesia.156

Page 66: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

64

Um último estudo foi realizado com objetivo de analisar característica e fatores

prognósticos da PCR pediátrica em um hospital público de Honduras. Foram estudadas 46

crianças que sofreram PCR, onde 66,9% dos casos de PCR ocorreram no departamento de

emergência. Doenças respiratórias e sepse foram causas predominantes de PCR. O retorno da

circulação espontânea foi alcançado em 60% dos casos e 22,6% dos pacientes sobreviveram

para alta hospitalar. Fatores relacionados à mortalidade foram causas não respiratórias de

PCR, administração de adrenalina, duração de RCP maior que 10 minutos. Foi identificada

baixa sobrevivência das crianças e pior prognóstico em pacientes com causas não respiratórias

de PCR, uso de adrenalina e RCP prolongada.157

Abordam a importância de boas práticas, antes, durante e depois da PCR, para um

melhor prognóstico em pacientes pediátricos que possam ou venham a estar nessa situação.

Manter um bom conhecimento e prática das manobras, identificar fatores de risco e causas da

PCR em crianças contribui para uma rápida e melhor tomada de decisão. Manter o foco na

prevenção desse evento tem sido um dos objetivos.

Dentro da clínica, a principal causa de PCR em crianças é a hipoxia, diferente do

adulto que normalmente entra em PCR devido a causas cardiovasculares (ex: IAM). No

trauma a hipoxia também pode ser uma causa de PCR. Então em casos de PCR por hipoxia

(afogamento, overdose de drogas e para todas as crianças), dentro do CAB, o socorrista ou

profissional que presta assistência nesse momento, deve realizar as manobras de SBV e SAV

na ordem preconizada para esse grupo de pacientes, melhorando suas chances de sobrevida.3-5

A PCR na criança, mesmo sendo inesperada, muitas vezes pode ser prevenida e/ou

antecipada. Muitos hospitais pediátricos têm desenvolvido sistemas para prevenção da PCR

com a criação de equipes de emergência, também chamadas de equipes de resposta rápida,

que são chamadas em situações onde há presença de sinais de alerta nas crianças

hospitalizadas, mostrando resultados positivos na prevenção da PCR.3,17-18

Diversos são os fatores que podem ser considerados como anteriores ao acontecimento

da PCR, entre eles, as alterações significativas da frequência cardíaca, da pressão

arterial,141,151,158-159 da frequência respiratória, 141,158-160 do débito cardíaco,151 da saturação de

oxigênio, da temperatura corporal (de forma inexplicada), 141,158-160 do estado mental,151,158-

160 da característica da fala,151 da diurese nas últimas 4 horas,154 assim como a presença de

dor,151 sangramento agudo significante, arritmias,158 relato do paciente de que não está se

sentindo bem e/ou quando o médico ou enfermeiro informam estar preocupados com a

Page 67: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

65

situação clínica do paciente141,151,160 . Destaca-se que esses parâmetros devem ser

caracterizados de acordo com a população atendida.151

A PCR é uma síndrome com diferentes etiologias. Segundo estatísticas americanas,

cerca de 10% dos pacientes que sofreram algum tipo de PCR assistida obtiveram alta

hospitalar, sendo possível observar que, entre os que foram reanimados em decorrência de

taquicardia ventricular sem pulso/fibrilação ventricular (TVSP/ FV), a sobrevida chega

aproximadamente aos 30%. Todavia, aqueles que tiveram PCR em ritmos diferentes de

TVSP/FV, a porcentagem de alta hospitalar foi de apenas 6%. Desse grupo de sobreviventes,

uma parcela de 30% apresentou algum grau de lesão neurológica sequelar na alta, podendo

esta variar de um déficit cognitivo a um estado de encefalopatia anóxica permanente.161-162

Os Cuidados organizados pós-PCR, com destaque em programas multidisciplinares,

também são importantes e têm como objetivo diminuir, numa fase inicial, a mortalidade

associada à instabilidade hemodinâmica e, como isso, diminuir o dano cerebral e a lesão nos

demais órgãos. O suporte avançado de vida nesta fase, através de cuidados intensivos, busca

alcançar um potencial de sobrevida, assim como um planejamento sequencial que apresentou

qualidade de vida para aqueles que evoluíram com sequelas.161

Síntese

Foi evidenciada uma gama interessante de artigos sobre o tema, que vão desde a

atuação do enfermeiro e equipe de saúde na PCR até as causas de PCR em crianças. Percebe-

se que muitos são os fatores que influenciam na qualidade do atendimento a vítima de PCR

como, por exemplo, infraestrutura, organização do trabalho, número de pessoal, porém manter

atualizado o conhecimento técnico científico com relação a esse atendimento parece ser o

principal fator para realizar um atendimento rápido e sistematizado com a maior qualidade

possível, como é preconizado.

O enfermeiro é elemento importante nesse processo, devido à flexibilidade na sua

atuação, seja ela gerencial ou assistencial, e que seu papel vem evoluindo com o passar dos

anos. O nível de conhecimento do enfermeiro e dos profissionais que atuam na PCR vai

influenciar na sobrevida do paciente que é atendido. O enfermeiro sendo um dos mediadores

desse processo se mostrou importante para manter a equipe organizada durante esse

atendimento, ele deve trabalhar muitas vezes com um planejamento em relação à organização

de materiais e pessoal, tentando se antecipar a esse fenômeno.

Page 68: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

66

O uso de ferramentas que auxiliam o treinamento/educação dos profissionais que

atuam nessa área, assim como a discussão da prática entre os profissionais, é destacada como

boa estratégia para manter e melhorar a qualidade da assistência prestada. Portanto as

evidencias da literatura demonstram que a criação de uma ferramenta para auxiliar a equipe

no atendimento a PCR, pode ser de muita valia.

Comparação dos tópicos encontrados na primeira e segunda revisão integrativa

➢ 1ª Revisão integrativa da literatura: agosto e setembro de 2015

Temas abordados: Ensino teórico e prático; conhecimento sobre PCR e RCP; desempenho da

equipe durante a PCR.

➢ 2ª Revisão integrativa da literatura: março e maio de 2017

Temas abordados: Atuação na UTI e durante a PCR, função do enfermeiro na PCR,

conhecimentos sobre PCR, educação continuada e treinamento/capacitação, ferramentas e

tecnologias utilizadas, PCR na pediatria

Os tópicos destacados com a mesma cor abordam basicamente o mesmo assunto entre

eles em ambas as revisões integrativas. Pode-se perceber que a diferença básica encontrada

entre as duas revisões integrativas é o tema que aborda especificamente a PCR na pediatria,

pois diferente da primeira Revisão integrativa a segunda foi realizada direcionada com as

buscas para o campo da pediatria. Apesar do período de um ano e oito meses entre os dois

estudos, os principais assuntos abordados nas duas revisões falam basicamente sobre Ensino;

Conhecimento e Atuação na PCR, revelando um padrão e tendência dos temas estudados

sobre PCR.

• Vermelho: Nesses tópicos percebe-se que os estudos vão explorar o uso de ferramentas para

auxilio do treinamento; a interação entre teoria e prática e a importância de manter e explorar

a educação continuada com objetivo de evitar a defasagem do conhecimento dos profissionais

com o passar do tempo.

• Verde: Nesses tópicos nota-se que os estudos vão investigar o nível de conhecimento dos

profissionais e suas respectivas deficiências e a importância de manter um registro adequado

Page 69: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

67

dos procedimentos realizados e de todo o processo, possibilitando fazer análises da pratica

desempenhada.

• Azul: Nesses tópicos são abordados temas como a Infraestrutura, organização do trabalho,

conhecimento técnico, relação paciente/profissional, coordenação, planejamento, liderança,

gerencia e função do enfermeiro. Observa-se como essas características podem influenciar no

prognóstico do paciente, seja positiva ou negativamente. Importante frisar que finalmente

entre esses tópicos pode ser notado que a função e atuação do enfermeiro na PCR são

abordadas de maneira mais especifica, mesmo que timidamente.

• Amarelo: Esse tópico surge apenas na segunda revisão integrativa, falando especificamente

das causas e características da PCR na pediatria

Atendimento a parada cardiorrespiratória segundo as diretrizes internacionais da

American Heart Association

Suporte Básico de Vida

O SBV é uma sucessão de manobras e procedimentos de RCP com objetivo de

substituir as funções cardíacas (compressões torácicas) e respiratórias/pulmonares (abertura

de via aérea/ventilação artificial). Amplamente descrito na literatura, sendo introduzido a

partir de 1960, o SBV significa grande evolução na sobrevida de pessoas com PCR,

aumentando as chances de sobreviver.6

Como já foi dito, nas primeiras décadas de sua introdução no tratamento da PCR, o

SBV não era tão valorizado, pois eram priorizadas as condutas mais invasivas de Suporte

Avançado de Vida (SAV). Nas ultimas décadas isso mudou, pois inúmeros estudos têm

confirmado a suspeita de que as condutas e manobras de RCP não vinham ocorrendo de forma

adequada e/ou eficaz por falha humana, como demora no reconhecimento da PCR, retardo no

início das manobras de SBV, compressões cardíacas mal executadas e ineficazes, interrupções

demasiadas nas compressões torácicas, entre outras. 28-30

Outro ponto a ser relembrado é que em 2010, houve uma mudança radical na ordem

das manobras do SBV, promovida pelas Diretrizes de Ressuscitação Cardiorrespiratória, onde

o “ABC” praticado por 50 anos, passou a ser ordenado por “CAB”, priorizando as

compressões torácicas, e somente depois a abertura da via aérea e respiração artificial.6 Além

Page 70: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

68

da introdução de duas cadeias de sobrevida, sendo uma extra-hospitalar e outra intra-

hospitalar (Anexo A). Isso se justifica especialmente nos adultos, pois na PCR primaria nesse

grupo etário, a prioridade é fazer o sangue ainda oxigenado, circular pelo corpo e para os

órgãos mais sensíveis a hipóxia, em vez de gastar tempo precioso nas manobras de abertura

de via aérea e respiração artificial.6 Quando o socorrista não dispõe de respiradores manuais

ou dispositivos de proteção para realizar o boca a boca, tem sido preconizada apenas a

realização das compressões torácicas.5,49 Na criança, especialmente quando a PCR não tem

causa cardíaca, torna-se mandatório a realização da abertura da via aérea e da respiração,

mesmo que iniciando o SBV pelas compressões.6

A AHA divide a população em bebês (menos de um ano de idade excluindo recém-

nascidos), crianças (um ano de idade à puberdade) e adultos e adolescentes.5,163 O primeiro

atendimento na vítima de PCR é essencial, seja ele extra-hospitalar ou intra-hospitalar,

realizadas por leigos ou profissionais de saúde. Sendo assim, é importante padronizar e

divulgar esse conhecimento básico sobre RCP para população e treinar exaustivamente os

profissionais de saúde.6 Algoritmo de SBV (Anexo B).

Compressões torácicas

Sendo confirmado irresponsividade do paciente, apneia ou apenas gasping

(respiração anormal) com ausência de pulso central, ou no caso da pediatria, freqüência

cardíaca menor ou igual a 60bpm com sinais de má perfusão (cianose central e enchimento

capilar lentificado), ou ritmo compatível com PCR no monitor (assistolia/AESP ou FV/TV

sem pulso), deve ser anunciado a PCR, solicitando a equipe de reanimação que deve iniciar as

compressões torácicas mais rápido possível.5,163

Para a alta qualidade das compressões, o socorrista/profissional de saúde deve

comprimir na metade inferior do esterno (dois dedos acima do apêndice xifóide) e aprofundar

pelo menos 1/3 do diâmetro anteroposterior do tórax (cerca de dois polegadas [5cm] em

crianças e 1,5 polegadas [4cm] em bebês, permitindo o retorno do tórax à posição de repouso,

evitando interrupções (quando necessário as interrupções não devem ultrapassar 10

segundos). No paciente que atingir a puberdade, recomenda-se utilizar a mesma profundidade

de compressões em adultos de no mínimo dois polegadas (5cm) e no máximo 2,4 polegadas

(6cm).5,163

Page 71: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

69

O paciente deve estar em decúbito dorsal e sobre uma superfície rígida. Naturalmente

deve haver nos setores do hospital uma tábua de ressuscitação para ser colocada embaixo do

paciente. A relação compressão-ventilação sem via aérea avançada em crianças e bebês deve

manter uma sincronização, ao ser realizada. A relação compressão-ventilação deve ser de

30:2, em qualquer idade, exceto no recém-nascido na sala de parto. Na criança até a

puberdade, no caso de mais de um socorrista estar presente, deve ser executada uma relação

de 15:2. Uma pausa de 1 segundo deve ser realizada para execução da ventilação ao final das

compressões torácicas.6,163

A técnica para as compressões torácicas depende da idade do paciente pediátrico e

número de socorristas. Em bebês (menores de 12 meses), na presença de dois socorristas, a

compressão torácica deve ser executada com os dois polegares no centro do tórax com as

mãos do socorrista envolvendo todo o tórax do paciente, na presença de um socorrista os

dedos médio e anular devem ficar perpendiculares sobre a metade inferior do esterno. Já em

crianças (um ano até a puberdade) o socorrista deve estar perpendicularmente ao paciente e

posicionar a região tenar e hipotenar de uma das mãos na metade inferior do esterno do

paciente, com os braços esticados (sem dobrar o cotovelo) formando um ângulo de 90° com o

paciente. Da puberdade a fase adulta, o socorrista deve usar as duas mãos, uma sobre a outra

com os dedos intrelaçados, posicionando a região tenar e hipotenar sobre a metade inferior do

esterno (dois dedos acima do apêndice xifóide), mantendo os braços esticados e utilizando o

peso do tronco como força para comprimir o tórax na profundidade desejada.5,163

Vias aéreas e ventilação

Após as primeiras 30 compressões, boca e faringe (traquéia, se paciente já estiver

intubado) devem ser aspiradas e limpas caso seja necessário e logo em seguida devem ser

realizadas duas ventilações com bolsa-autoinflável, mais conhecida como ambu. A cabeça

deve ser colocada medianamente em posição neutra, com manobra de extensão da cabeça e

elevação do mento. Pode-se posicionar um lençol embaixo dos ombros do paciente, evitando

hiperextensão da cervical (pode causar obstrução da via aérea). A intubação traqueal não é

priorizada durante a RCP, porém, caso imperioso, deve ser realizada entre 20 e 30 segundos.3

Com presença ou não de via aérea avançada (tubo traqueal ou mascara laríngea por

exemplo), a ventilação com bolsa-válvula-máscara (ambu), geralmente é suficiente para

Page 72: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

70

manter a saturação de oxigênio do paciente, uma vez que a oferta de FiO2 seja adequada

(próxima a 1,0 com fluxo de 15L de O2).3

No paciente com via aérea avançada, as ventilações são realizadas de maneira

assincrônica com relação às compressões, evitando hiperventilar o paciente. Nesse caso, são

realizadas 10 ventilações por minuto (uma ventilação a cada 6 segundos) e a frequência das

compressões torácicas em bebês e crianças é a mesma recomendada para adultos de 100 a

120/min.5,163

Em pacientes sem via aérea avançada, a máscara utilizada para ventilar deve ser a que

melhor se encaixa ao nariz e boca do paciente, evitando escape de ar e preferencialmente feita

com silicone transparente, possibilitando a visualização de algum corpo estranho que possa

surgir (seja líquido ou sólido). Se o tórax não expandir, deve-se suspeitar de obstrução de via

aérea por queda de base de língua, má posição da cabeça e pescoço ou equipamento

inadequado ou danificado, corrigindo os mesmos, caso confirmado.3

Importante saber que a maioria das bolsas autoinfláveis tem uma válvula de segurança

chamada válvula de alívio ou simplesmente pop-off , que se abre com pressões entre 25 e

30cm de água, sendo consideradas baixas para vencer a resistência das vias aéreas do

paciente em PCR. Portanto, quando necessário alcançar pressões maiores, o socorrista deve

comprimir o botão da válvula, ocluindo a mesma.3

No final do ano de 2017 surgiu uma nova recomendação para SBV com dois

socorristas (treinados), no ambiente extra-hospitalar em vítimas com PCR que não seja por

trauma ou asfixia, onde um dos socorristas vai fazer apenas compressões com a freqüência

mínima de 100/min durante dois minutos e o segundo socorrista vai realizar uma ventilação a

cada 6 segundos (10 ventilações/min) de forma assíncrona. É a mesma recomendação do

SAV com a vítima com via aérea avançada (tubo traqueal, dispositivo supraglótico [ ex:

máscara laríngea, tubo laríngeo e tubo esofágico traqueal]).164

Os socorristas agora podem optar por dois caminhos: massagem cardíaca contínua

com ventilação (bolsa-válvula-máscara ou boca-máscara) a cada 6 segundos de forma

assíncrona, mesmo sem via aérea avançada, ou alternar 30 compressões com duas ventilações

como já é recomendado. O objetivo principal é aumentar ou manter o tempo de compressão

torácica, ou seja, aumentar o tempo de atendimento, pois a maioria das PCR extra-

hospitalares ocorrem por FV/TV s/pulso secundária a doença coronariana.164 Resumo dos

componentes de uma RCP (Anexo C).

Page 73: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

71

Circulação

A avaliação da circulação em pediatria envolve mais que verificar o pulso e a

pressão sanguínea. A cor e a temperatura da pele e das mucosas podem ajudar a avaliar a

eficácia da circulação. A pele moteada ou cianótica indica uma fraca perfusão de tecido. O

tempo de enchimento capilar também é útil avaliação em pediatria. Adequadamente, a pele

bem perfundida irá encher rapidamente com sangue depois de ser espremida (por exemplo,

dobrando a ponta do dedo no leito de unha). Os tecidos inadequadamente perfundidos levarão

mais do que dois segundos para responder. Normalmente, a pele fria também pode sugerir

uma circulação fraca. A freqüência cardíaca normal e a pressão arterial em pediatria são

bastante diferentes do que em adultos e mudam com a idade. Do mesmo modo, as frequências

cardíacas são mais lentas quando crianças e bebês estão dormindo. A maioria dos centros têm

intervalos aceitáveis que eles usam para taxas cardíacas normais e anormais para uma

determinada idade. Enquanto você deve seguir suas diretrizes locais, intervalos aproximados

estão listados (Anexo D).163

Não devemos esquecer que o diagnóstico de PCR é clínico e a checagem de pulso

deve ser feita apenas por profissional de saúde. Deve-se verificar o pulso do bebê usando a

artéria braquial, já nas crianças e adultos verificamos o pulso na artéria carótida ou

femoral.5,163

Suporte Avançado de Vida

Quando o SBV não conseguir reverter uma PCR, a reanimação deve ser continuada

com o suporte avançado de vida (SAV). No SAV é oferecido uma gama de procedimentos a

mais dos que são realizados no SBV, como por exemplo: obtenção de via aérea avançada e

acesso vascular, administração de fármacos, monitorização adequada, objetivando a

manutenção das funções respiratórias e circulatórias. Normalmente a aplicação do SAV

ocorre com o paciente em um ambiente de cuidados avançados de saúde, sendo realizado

com equipe multiprofissional.3

Page 74: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

72

Equipes de Reanimação Cardiopulmonar

Realizar o atendimento da PCR por uma equipe de ressuscitação revela consequências

positivas no sucesso da reanimação, pois permite a realização de múltiplas ações ao mesmo

tempo, como compressões torácicas, ventilação e desfibrilação. Desenvolve-se então, um

modelo de assistência não sequencial, dinâmico, enérgico e arrojado, evitando demora na

execução das ações essenciais para reanimação.165

Todos os integrantes da equipe devem estar acostumados e treinados a desempenhar

ações necessárias durante a RCP, de acordo com sua área de prática. Sendo elas: aplicação de

ventilação e obter via aérea avançada, compressões torácicas, punção de acesso vascular

venoso para infusão de medicamentos, monitorização cardíaca e uso do desfibrilador. Os

membros que realizam as compressões torácicas devem revezar a cada 2 minutos

aproximadamente (equivalente a um ciclo), com objetivo de manter a qualidade da RCP. Em

um panorama desejado, um dos integrantes da equipe deveria observar a assistência prestada

e anotar as ações desempenhadas, levando a uma revisão e correção das dúvidas com relação

às medidas já estabelecidas, assim como oferecer um feedback do atendimento, permitindo

detectar pontos que possam ser melhorados posteriormente.3,163

Outros pontos que favorecem o bom desempenho de uma equipe de ressuscitação

compreendem a determinação das funções e responsabilidades de cada participante,

recomendados pela AHA, assim como reconhecer as limitações dos seus membros,

intervenções instrutivas e consecutivas avaliações das ações durante o atendimento,

assegurando que tudo esteja sendo desempenhado de forma correta. Para obter o atendimento

adequado da equipe, não pode haver apenas conhecimento e habilidades na RCP, mas

comunicação objetiva e clara da equipe. É necessário apurar se as solicitações feitas pelo

líder ou demais membros foram ouvidas e desempenhadas corretamente.3,163

Instituir equipes de reanimação ou times de resposta rápida perante situações de

urgência em clínicas e hospitais leva a prevenção e redução do número de PCR e maior taxa

de sucesso na reanimação, quando necessário, resultando na diminuição da mortalidade.17-18

Monitorização e via para administração de medicamentos no Suporte avançado de vida

A monitorização no SAV ajuda no diagnóstico e avaliação da reanimação, uma vez

que permite identificar os ritmos de PCR e a qualidade das compressões. A eletrocardiografia

Page 75: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

73

e a capnografia são utilizadas para identificar os ritmos e confirmar posição do tubo traqueal

e avaliar efetividade das compressões torácicas respectivamente. O cateter intra-arterial é

outra tecnologia que além de mensurar a pressão mais fidedignamente, também possibilita

avaliar a qualidade das compressões.3

Na PCR, a prioridade sempre será realizar as manobras de RCP com a melhor

qualidade possível associado à desfibrilação imediata, sendo a administração de fármacos

ação secundária. Após a desfibrilação, os profissionais devem instalar um acesso intravenoso

ou intraósseo, não interrompendo as compressões torácicas. Não há evidências suficientes

para estipular o momento ideal para administração dos fármacos, porém, parece que a infusão

precoce dos fármacos (menos de cinco minutos) está associada à melhor prognóstico.166

O acesso venoso periférico deve ser a primeira escolha para obter um acesso vascular,

e de preferência nos membros superiores (veia antecubital). Ele é considerado de fácil

obtenção, com menos risco para complicações, além de não interromper as manobras de

RCP. No paciente adulto, após infusão (em bolus) de cada fármaco por via periférica,

recomenda-se a administração em bolus de 20 ml de solução fisiológica 0,9% e elevar o

membro entre 10 a 20 segundos.167

O acesso vascular também é exigido para infusão de medicamentos utilizados no

SAV, seja ele central ou periférico. Tanto o acesso venoso periférico como o central podem

ser utilizados para administrar todos os medicamentos exigidos durante PCR. No paciente

pediátrico ao ser infundido medicamento no acesso venoso periférico, deve ser realizado um

flush de 5 ml de solução fisiológica 0,9% para garantir que o medicamento chegue à

circulação central. Geralmente o acesso venoso periférico é de difícil obtenção em pacientes

com distúrbios circulatórios, principalmente na PCR. Para evitar perda de tempo, pode-se

utilizar um acesso venoso profundo, onde a punção da veia femoral é uma alternativa

plausível e de rápida obtenção, desde que não haja interferência na manutenção das

compressões torácicas.3

Se não for possível estabelecer acesso venoso periférico, o acesso intraósseo pode ser

uma alternativa eficaz, rápida e segura, em situações de urgência como a PCR, sendo

utilizado para infusão de qualquer medicamento endovenoso.168-169 A região mais puncionada

é a tíbia proximal, podendo-se puncionar a tíbia distal, a espinha ilíaca anterossuperior, o

fêmur distal e outros locais em crianças maiores e adolescentes. Atenção para não puncionar

Page 76: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

74

ossos fraturados e não realizar varia punções no mesmo local, devido ao risco de

extravasamento dos medicamentos infundidos.170

Se ao realizar a punção intraóssea, o cateter não apresentar refluxo, infundir de 10 a

20 ml de solução fisiológica 0,9%, que deve fluir com pouca ou nenhuma resistência,

observando se não há presença de edema ou infiltrado do subcutâneo. As complicações no

acesso intraósseo são raras e entre elas estão: síndrome compartimental e infecção no local da

punção.170

Importante lembrar que a infusão de fármacos através de acesso venoso central pode

ser considerada se não houver nenhuma contraindicação (classe IIb, Nível de Evidência C).

Tem como vantagem, possibilitar maior concentração plasmática e menor tempo de

circulação. Possibilita medir a saturação venosa central e estimar a pressão de perfusão

coronariana durante a RCP, sendo esses parâmetros preditores de retorno da circulação

espontânea. A obtenção de acesso venoso central é relativamente contraindicado para infusão

de trombolíticos e necessita de treinamento específico.171-173

Não conseguindo obter nenhum acesso vascular, pode-se administrar alguns

medicamentos lipossolúveis através do tubo traqueal, como a atropina, naloxona, epinefrina e

lidocaína (utilize o mnemônico ANEL). Nesse caso a absorção não é fidedigna, onde a dose

necessária para ter o mesmo efeito da infusão endovenosa não é conhecida, sendo sugerido

administrar de dois a três vezes a dose da atropina, naloxona e lidocaína e até 10 vezes a de

epinefrina. Esses medicamentos podem ser diluídos em três a cinco ml de solução fisiológica

0,9% seguida de cinco ventilações.67

A administração desses fármacos via endotraqueal, na RCP, leva a menores

concentrações plasmáticas, ao serem comparadas com as mesmas doses infundidas por via

intravenosa. Estudos em animais sugerem que baixas concentrações plasmáticas de epinefrina

depois da administração traqueal podem levar a efeitos beta-adrenérgicos, produzindo

vasodilatação. A vasodilatação pode provocar hipotensão, baixa pressão de perfusão

coronariana (PPC) e menor retorno da circulação espontânea. Pode ser recomendado também

a diluição dos medicamentos administrados por essa via com 5 a 10ml de solução fisiológica

0,9% ou água estéril.174-177

Como a adrenalina é usada tanto na FV/TV sem pulso como na Assistolia/AESP,

importante destacar a dose a ser usada na PCR em lactentes e crianças, sendo: 0,01mg/kg ou

0,1ml/kg de 1:10000(1ml de adrenalina para 9ml de solução fisiológica 0,9%) intravascular

Page 77: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

75

ou intraóssea para todas as doses. A dose máxima única é de 1mg. Não obtendo uma via

endovenosa, a via endotraqueal pode ser usada, mesmo não sendo a mais recomendada, onde

a dose deverá ser aumentada em dez vezes (0,1mg/kg ou 0,1ml/kg de 1:1000)178-179 Doses

altas de adrenalina não melhoram o prognóstico neurológico e nem a sobrevida do

paciente.178

Algoritmos na Ressuscitação cardiopulmonar

Sabendo que a RCP de alta qualidade é vital para o seu sucesso e que é uma

ocorrência que produz estresse físico e psicológico para a equipe multiprofissional, a

padronização das ações através de algoritmos diminui fatores estressantes, melhorando a

qualidade e tempo do atendimento e procedimentos realizados. Esses algoritmos usados na

pediatria obedecem as Diretrizes de RCP sendo eles: bradicardia com perfusão e pulso

alterados, taquicardia com perfusão e pulso alterados e o de PCR. Algoritmo em SAV

(Anexo E).67

Ressuscitação cardiopulmonar no Suporte Avançado de Vida

Ao iniciar o SAV durante a RCP é obrigatório reconhecer o ritmo de PCR utilizando

um monitor cardíaco ou desfibrilador, seja ele manual ou automático externo (DEA). O

atendimento pode seguir dois caminhos distintos, sendo dos ritmos chocáveis (FV/ TV s/

pulso) e não chocáveis (assistolia/AESP). Nos diferentes ritmos, são mantidos ciclos de 2

minutos de compressões e ventilações conferindo-se o ritmo ao final de cada ciclo para

determinar a conduta a ser seguida. Na PCR persistente, seja qual for o ritmo de parada,

considerar o tratamento de causas reversíveis (6 “Hs” e 5 “Ts”).5,163

Se o ritmo de parada for assitolia ou atividade elétrica sem pulso (AESP), administra-

se adrenalina a cada 3 a 5 minutos (seu tempo de meia vida), enquanto a PCR nesse ritmo

durar. Investigar e tratar causas reversíveis se assistolia/AESP persistente. Se o ritmo for

fibrilação ventricular (FV) ou taquicardia ventricular sem pulso (TV s/ pulso), a desfibrilação

deve ser realizada o mais rápido possível (dentro da UTI até 3 minutos preferencialmente)

com choque inicial de 2 a 4j/kg, aumentando para 4j/kg no segundo choque e, em PCR

refrátaria, aumentar a dose até 10j/kg (dose máxima no adulto) nos choques seguintes.180-181

Page 78: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

76

Na FV/TV s/pulso, após o segundo choque, deve-se administrar uma dose de

adrenalina, podendo ser repetida entre três e cinco minutos. Após o terceiro choque na

FV/TV s/ pulso refratária, administrar amiodarona ou lidocaína, tratando possíveis causas

reversíveis. No caso de TV polimórfica com intervalo QT longo (Torsade de Points),

administrar sulfato de magnésio associado à desfibrilação.67,163 Resumo dos medicamentos

utilizados no SAV (anexo F).

Folha de Parada

A “folha de parada” é uma ferramenta pertinente para ser usada durante a RCP em

pediatria, onde as doses são calculadas baseadas no peso do paciente, evitando assim,

administração de doses erradas. Refere-se a um modelo com os medicamentos utilizados na

RCP, com as doses por quilo de peso, onde com o peso do paciente, calcula-se a dose a ser

administrada. Pode ser feita no computador ou manualmente. Idealmente, todos os pacientes

admitidos em UTI ou unidades de emergência devem ter a “folha de parada” preenchida na

admissão e colocada junto ao seu leito, em local de fácil visibilidade e disposição em caso de

urgência. Medicamentos usados em outras situações, como sequência rápida de intubação e

arritmias, podem estar presentes também.3 Sugestão de modelo (Anexo G).

Educação

Mesmo com o desenvolvimento de importantes avanços científicos no atendimento as

vítimas de PCR, a probabilidade de sobrevivência continua bem variável. Essa variabilidade

na sobrevivência não pode ser conferida privativamente às características do paciente. Para

melhorar as chances das vítimas de PCR receberem assistência com a maior qualidade

preconizada e baseada cientificamente, é necessário que o treinamento em reanimação

empregue princípios educacionais apoiados por pesquisas que tragam o conhecimento

cientifico para a prática. As diretrizes educacionais da AHA de 2015 direcionam seus

esforços especificamente para educação, sendo a implementação e as equipes incluídas em

outras partes da atualização das Diretrizes de 2015.5

São recomendados pelas diretrizes da AHA de 2015 como alguns pontos principais: o

uso de dispositivos que oferecem feedback corretivo (como um metrônomo) para ajudar no

aprendizado e melhorar as habilidades psicomotoras da RCP, melhorando o desempenho; uso

Page 79: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

77

de manequins de alta fidelidade; combinar autoaprendizado e cursos ministrados por

instrutores com treinamento voltado para prática é considerado como alternativa razoável aos

tradicionais cursos aplicados por instrutores; sendo a RCP um processo complexo que

necessita da cooperação de muitos participantes, o treinamento direcionado para os princípios

de liderança e trabalho em equipe deve ser introduzido aos cursos de SAV, visto a

importância da dinâmica da equipe de ressuscitação.5, 163

Ainda não foi determinado exatamente qual o prazo ideal para realizar a reciclagem

para atendimento a RCP. Muitos estudos evidenciam que a recertificação a cada dois anos

não é adequada. O conhecimento e habilidades adquiridas para executar o SBV vão piorar

muito após curto período de tempo sem o treinamento, ao contrario disso, alunos que treinam

mais frequentemente melhoram suas habilidades e confiança. Por isso a AHA a partir de

2015 recomenda que a reciclagem em SBV seja realizada com mais freqüência por pessoas

que tenham maior probabilidade de se deparar com situações de PCR.5

Page 80: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

78

CAPÍTULO IV: PROTOCOLO DE MANEJO DA PARADA

CARDIORRESPIRATÓRIA

Construindo o Protocolo

Os protocolos são recomendações com objetivo de nortear decisões sobre atendimento

adequado em determinado cenário, apoiando-se nas evidências científicas, no julgamento

tecnológico, econômico e na garantia da qualidade dessas ações.182

O protocolo de enfermagem equivale a um conjunto de dados que possibilita

direcionar o trabalho e registro dos cuidados realizados para solucionar ou prevenir

determinado agravo. Propondo, assim, padronização dos procedimentos executados pela

equipe.183

A assistência de enfermagem ausente de arcabouço teórico normatizado, propicia

ocorrência de imperícias, negligências ou imprudências no cumprimento das atividades

profissionais, podendo gerar sequelas ao paciente, problemas legais, éticos e depreciação da

classe pela população.184

A falta de normatização torna débil a assistência realizada pela equipe de

enfermagem, podendo provocar variações na realização desses cuidados. A atividade do

cuidar, além de complexa, exige confiabilidade à assistência executada através de

procedimentos seguros. A construção de protocolos é vital para o desenvolvimento das ações

nas quais a enfermagem está comprometida.183 Os protocolos assistenciais propiciam a

disseminação do conhecimento, a comunicação profissional e a coordenação do cuidado,

além de apresentarem vantagens referentes: à segurança dos usuários e profissionais;

diminuição da variabilidade de ações do cuidado; ajuda na tomada de decisão pelos

profissionais; estimulo para incorporação de inovações; na dosagem dos recursos disponíveis

e controle dos custos.184

Page 81: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

79

Figura 3: Representação da dinâmica de atendimento ao paciente com risco de PCR na UTI

PACIENTE

Equilibrar o quadro Morrer

RISCO DE PCR Evento agudo que aponta sequelas irreversíveis ou risco de morte

Equipe de enfermagem NA PCR Caráter repentino/imprevisível

Enfermeiro Ação imediata

24h Foco na intervenção

Chega 1 Assistolia/AESP ou FV/TV s/ pulso

Olhar do todo

Chega o médico

Enfermeiro

Delegar ajudar no controle, liderança e avaliação registrar

UTIUnidade especializada Risco de morte

Unidade fechada Monitorização contínuaEquipe especializada

Aparato tecnológico

Fonte: TAVEIRA, 2017.

Page 82: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

80

Protocolo de atendimento assistencial para atuação da equipe de enfermagem no

manejo da Parada cardiorrespiratória na unidade de terapia intensiva pediátrica

O protocolo deve ser pensado desde o momento em que o enfermeiro está assumindo

o plantão. Na passagem de plantão deve ser dada mais ênfase aos pacientes mais graves (ex:

pacientes sépticos, intubados com infusão continua de catecolaminas ou outros

vasopressores, pós-operatório cardíaco, pacientes hemodinamicamente instáveis), pois eles

têm maior chance de evoluir para uma PCR. Lembrando que devemos agir baseados na

corrente de sobrevida intra-hospitalar, com seu primeiro elo voltado para prevenção,

mantendo vigilância mais detalhada nos pacientes mais graves.

Justificativa: O primeiro atendimento na vítima de PCR é essencial, seja ele extra-

hospitalar ou intra-hospitalar, realizados por leigos ou profissionais de saúde. Sendo assim, é

importante padronizar e divulgar esse conhecimento básico sobre RCP para população e

treinar exaustivamente os profissionais de saúde.6

Justificativa: A PCR na criança, mesmo sendo inesperada, muitas vezes pode ser

prevenida e/ou antecipada. Muitos hospitais pediátricos têm desenvolvido sistemas para

prevenção da PCR com a criação de equipes de emergência, também chamadas de equipes de

resposta rápida, que são chamadas em situações onde há presença de sinais de alerta nas

crianças hospitalizadas, mostrando resultados positivos na prevenção da PCR.3,17-18

Justificativa: Dentro da questão da prevenção, no ultimo protocolo de atendimento a

PCR, foram instituídas duas cadeias de sobrevivência para PCR, intra hospitalar e extra

hospitalar, onde na cadeia de sobrevivência intra hospitalar o primeiro elo é vigilância e

prevenção.5 Primeiramente, não deve ser fixado um número mínimo ou máximo de

participantes das manobras de RCP. Isso vai depender da demanda imposta pelo momento e

quantitativo da equipe. Ex: necessidade de acesso vascular ou outros procedimentos

invasivos. Importante tentar manter um equilíbrio nesse número, evitando indivíduos de mais

ou de menos no atendimento.

Justificativa: Realizar o atendimento da PCR por uma equipe de ressuscitação revela

consequências positivas no sucesso da reanimação, pois permite a realização de múltiplas

ações ao mesmo tempo, como compressões torácicas, ventilação e desfibrilação. Desenvolve-

se então, um modelo de assistência não seqüencial, dinâmico, enérgico e arrojado, evitando

demora na execução das ações essenciais para reanimação.165

Page 83: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

81

Justificativa: Instituir equipes de reanimação ou times de resposta rápida perante

situações de urgência em clínicas e hospitais leva a prevenção e redução do número de PCR e

maior taxa de sucesso na reanimação, quando necessário, resultando na diminuição da

mortalidade.17-18

O enfermeiro como líder e gerente do setor, deve se certificar de que alguns

equipamentos essências para o atendimento estejam funcionando. Checar o carro de

emergência e equipamento para intubação (laringoscópio) por exemplo.

Além de checar se o carro de emergência está lacrado e com a tábua rígida, o

enfermeiro deve testar o desfibrilador para observar se o mesmo está em perfeitas condições,

além de verificar funcionamento da lámina e cabo de laringoscópio (ex: presença de pilha,

observar se a luz está funcionando e até se está adequadamente higienizado). No leito do

paciente o enfermeiro deve certificar e garantir que os equipamentos estejam em perfeitas

condições. Exemplo: se bolsa autoinflável (ambu) é adequada para a idade ou peso, assim

como o funcionamento da rede de gases e vácuo.

Justificativa: É imperioso a padronização dos carros de emergência nos diferentes

setores do hospital com o objetivo de uniformizar o conteúdo, a quantidade de materiais e

medicamentos, tornando acessíveis os itens necessários para o atendimento da emergência e

assim, agilizar o atendimento.

A padronização deve levar em conta a faixa etária da vítima (adulto e/ou pediátrico) e

o local de atendimento (unidade de internação, pronto-socorro, unidade de terapia intensiva,

centro cirúrgico, unidade ambulatorial, laboratório de hemodinâmica, entre outros).140,152

O Ministério da Saúde (MS) com as portarias GM/MS nº 3432, de 12 de agosto de

1998, e SAS/MS nº 123, de 28 de fevereiro de 2005, estabelece a necessidade de carro de

emergência com desfibrilador/cardioversor, com material de intubação, medicamentos e

material para atendimento de emergência na proporção de um carro para cada 10 leitos.153-154

Todos os setores de atendimento de pacientes devem ter carro de emergência, em local

de fácil acesso, de modo que possa ser rapidamente levado até o paciente em situação de

emergência. Todos os profissionais de saúde que participam do atendimento de emergências

devem conhecer o carro de emergência e ter domínio em seu manuseio.153-154

Justificativa: É recomendado que a equipe de enfermagem deva buscar atualização

com relação às manobras RCP, assim como, ter domínio do conteúdo existente no carro de

emergência e manuseio do equipamento.118,131

Page 84: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

82

Durante as situações de emergência como a PCR, a equipe de enfermagem, tem a

obrigação de dominar o conhecimento e ter preparo técnico, assim como, acesso a materiais

tecnológicos, para alcançar atendimento de qualidade ao paciente em PCR.43

Uma folha de parada para cada paciente contendo o nome, peso e altura, idade,

diagnóstico base, patologias prévias e medicamentos utilizados na PCR com dose/kg, será de

grande valia.

Justificativa: Idealmente, todos os pacientes admitidos em UTI ou unidades de

emergência devem ter a “folha de parada” preenchida na admissão e colocada junto ao seu

leito, em local de fácil visibilidade e disposição em caso de urgência. Medicamentos usados

em outras situações, como na sequência rápida de intubação e arritmias, podem estar

presentes também.3

Importante estabelecer que o membro da equipe que identificar o início da PCR, deve

observar o horário e se o mesmo não for o enfermeiro deve informá-lo, assim como iniciar

imediatamente as manobras de SBV, tomando o cuidado para pedir auxilio ao resto da

equipe. Se o médico não estiver presente no momento, o mesmo deve ser solicitado o mais

rápido possível por algum membro da equipe que não esteja envolvido no atendimento direto

a vítima.

O enfermeiro como líder da equipe, deve preferencialmente gerenciar e fazer o

controle do tempo com relação a todos os aspectos da RCP, desde a hora de início da PCR,

final dos esforços, intervalos entre a infusão dos medicamentos. Isso ajuda a manter o

atendimento organizado, orienta os cuidados seguintes e facilita os registros.

Justificativa: Em um panorama desejado, um dos integrantes da equipe deve

observar a assistência prestada e anotar as ações desempenhadas, levando a uma revisão e

correção das dúvidas com relação às medidas já estabelecidas, assim como oferecer um

feedback do atendimento, permitindo detectar pontos que possam ser melhorados

posteriormente.3,163

Justificativa: Em estudo realizado nos Estados Unidos da América, foi constatado que

é o enfermeiro que reconhece a PCR em mais de 60% dos casos, pois é o profissional de

saúde que está diretamente mais tempo em contato com o paciente. Percebe-se importância

fundamental para prevenir e identificar a PCR, assim como iniciar as manobras de RCP.39 Daí

observa-se como é essencial e importante o ensino e treinamento detalhado sobre PCR/RCP,

Page 85: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

83

especialmente para os enfermeiro que prestam assistência a pacientes com alto risco de morte.

35, 39

A aplicação imediata, competente e segura das manobras de reanimação

cardiopulmonar, por parte da equipe que primeiro detecta essa situação, é fator que contribui

para o sucesso do atendimento e consequente sobrevida da vítima de PCR. 5, 40

Justificativa: Os dois princípios essenciais para o bom trabalho em equipe são:

liderança e comunicação objetiva.185-186 Assim, a cada atendimento, deve haver um

profissional que assuma o papel de líder para atuação no caso. Esta pessoa deve garantir que

todas as tarefas foram compreendidas e executadas pelos diferentes membros da equipe,

agregar novas informações, reavaliar o caso e centralizar a comunicação entre os membros da

equipe. É seu papel, também, avaliar o desempenho de seus colegas, garantindo RCP de boa

qualidade, controle adequado da via aérea e segurança na manipulação do desfibrilador. Cada

membro da equipe deve dominar o objetivo da sua atuação, reconhecendo suas limitações. O

ideal é que o líder se coloque de fora, executando o mínimo de tarefas possível.

Quando o enfermeiro do setor estiver fazendo a escala (dividir os pacientes aos

cuidados dos técnicos do setor), ele deve predeterminar a função dos membros da equipe em

uma possível PCR.

Um dos membros da equipe deve ficar responsável apenas pela diluição dos

medicamentos, tendo o cuidado de guardar as ampolas dos medicamentos utilizados com

objetivo de controlar as doses administradas. O resto da equipe deve revezar nas manobras

de compressão/ventilação a cada 2 minutos. O membro da equipe que realizar a infusão de

epinefrina deve estar atento ao horário que a droga foi administrada, tomando cuidado para

administrar a cada 3-5 minutos, tentando manter esse intervalo o mais próximo possível. Se o

quantitativo da equipe permitir, esse membro deve ser fixo também.

Para identificar cada membro da equipe segundo sua função no atendimento, deve ser

usado um crachá identificando esse membro segundo sua função na PCR. Isso ajuda a manter

o atendimento organizado e dinâmico e sempre com fluxo contínuo.

Lembrando que as habilidades de RCP não devem ser adquiridas no momento da

PCR. Se o enfermeiro identificar má execução das manobras de RCP ou no atendimento em

geral do SBV e SAV, por algum membro da equipe, o mesmo deve ser substituído o mais

rápido possível.

Page 86: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

84

Importante que o membro da equipe que está participando e executando diretamente o

atendimento a PCR, deve repetir a ordem que lhe foi dada em voz alta, para que haja a

confirmação da mesma, antes de sua execução, evitando erros.

Justificativa: Outros pontos que favorecem o bom desempenho de uma equipe de

ressuscitação compreendem a determinação das funções e responsabilidades de cada

participante, recomendados pela AHA, assim como reconhecer as limitações dos seus

membros, intervenções instrutivas e consecutivas avaliações das ações durante o

atendimento, assegurando que tudo esteja sendo desempenhado de forma correta. Para obter

o atendimento adequado da equipe, não pode haver apenas conhecimento e habilidades na

RCP, mas comunicação objetiva e clara da equipe. É necessário apurar se as solicitações

feitas pelo líder ou demais membros foram ouvidas e desempenhadas corretamente.3,163

Justificativa: Os protocolos assistenciais propiciam a disseminação do conhecimento,

a comunicação profissional e a coordenação do cuidado, além de apresentarem vantagens

referentes: à segurança dos usuários e profissionais; diminuição da variabilidade de ações do

cuidado; ajuda na tomada de decisão pelos profissionais; estimulo para incorporação de

inovações; na dosagem dos recursos disponíveis e controle dos custos.184

Justificativa: Para o atendimento desejado da PCR, além de ênfase na RCP de boa

qualidade, deve-se observar ao papel de cada membro da equipe de ressuscitação. O

treinamento para atendimento de PCR em equipe minimiza erros e é recomendado.187

Justificativa: A comunicação adequada deve se dar em “alça fechada”, ou seja, cada

membro repete a ordem antes de executá-la e sinaliza a ação após tê-la realizado.

Intervenções construtivas pertinentes devem ser dirigidas ao líder, que, por sua vez, deve

deixar os membros da equipe dar sugestões durante o atendimento.186, 188

No caso de evento com duas PCR simultâneas, em uma equipe composta por dois

enfermeiros, cada um deles vai se posicionar como líder em umas das frentes. Havendo

apenas um enfermeiro na equipe, o mesmo deve designar o membro da equipe que seja mais

experiente ou que ele considere que tenha mais intimidade com essa situação para atuar e

manter a ordem na outra PCR que está ocorrendo simultaneamente. O enfermeiro de um setor

próximo também pode ser designado para atuar nessa segunda PCR.

Justificativa: Todos os integrantes da equipe devem estar acostumados e treinados a

desempenhar ações necessárias durante a RCP, de acordo com sua área de prática. Sendo

elas: aplicação de ventilação e obtenção de via aérea avançada, compressões torácicas,

Page 87: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

85

punção de acesso vascular venoso para infusão de medicamentos, monitorização cardíaca e

uso do desfibrilador. Os membros que realizam as compressões torácicas devem revezar a

cada 2 minutos aproximadamente (equivalente a um ciclo), com objetivo de manter a

qualidade da RCP. 3,163

O enfermeiro deve observar o ritmo da PCR e caso em duvida, confirmar com o

médico. Saber o que está exatamente acontecendo faz com que o atendimento seja mais

rápido e correto. Garantir uma monitorização correta do paciente é de vital importância.

Justificativa Ao iniciar o SAV durante a RCP é obrigatório reconhecer o ritmo de

PCR utilizando um monitor cardíaco ou desfibrilador, seja ele manual ou automático externo

(DEA). O atendimento pode seguir dois caminhos distintos, sendo dos ritmos chocáveis (FV/

TV s/ pulso) e não chocáveis (assistolia/AESP).5,163

Justificativa: A monitorização durante o SAV tem valor diagnóstico e no julgamento

da qualidade da RCP. A eletrocardiografia é vital para identificar os ritmos de PCR e

consequentemente seu manejo positivo. A capnorafia pode ser usada para verificar posição

do tubo traqueal, avaliar a qualidade das compressões torácicas e o retorno da circulação

espontânea, assim com o cateter intra-arterial que, além disso, é usado para aferir a pressão

arterial de maneira mais fidedigna.3

Justificativa: Sabendo que a RCP de alta qualidade é vital para o seu sucesso e que é

ocorrência que produz estresse físico e psicológico para a equipe multiprofissional, a

padronização das ações através de algoritmos diminui fatores estressantes, melhorando a

qualidade e tempo do atendimento e procedimentos realizados. Esses algoritmos usados na

pediatria obedecem as Diretrizes de RCP sendo eles: bradicardia com perfusão e pulso

alterados, taquicardia com perfusão e pulso alterados e o de PCR.67

Se por algum motivo (perda ou acesso difícil) o paciente que está na UTI pediátrica,

não estiver com acesso venoso na hora da PCR, o mesmo deve ser adquirido o mais rápido

possível (preferencialmente periférico), sem que haja interrupção das manobras de

compressão/ventilação.

Justificativa: Existem evidências insuficientes para recomendar o momento

específico e a sequência de obtenção de acesso venoso e via aérea avançada. Em muitos

casos, o momento destas intervenções depende do número de socorristas disponíveis para

atendimento. O atraso no início da administração de vasopressores acima dos primeiros cinco

minutos de PCR, assim como a demora em instalar via aérea avançada, pode estar associado

Page 88: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

86

à pior prognóstico.166 Assim, pode-se sugerir o início do uso de vasopressores nos primeiros

dois ciclos de RCP. 189-191

Os pais/acompanhantes legais devem ser orientados quanto aos procedimentos que

estão sendo realizados. Normalmente pede-se que o acompanhante se retire nesse momento,

porém, deve ser discutida pela equipe (com antecedência) a presença dos pais nesse

momento.

Justificativa: Importante falarmos sobre a presença dos pais durante a RCP, que nos

dias de hoje ainda é um tema bem polêmico e que recentemente começou a ser discutico e que

gera opiniões divergentes entre os profissionais de saúde.95-98

Estudos analisados permitem concluir que a presença da família durante a reanimação

é benéfica.96-98 Ainda assim, recomenda-se uma avaliação caso-a-caso, visto coexistirem

também efeitos negativos, como refere o estudo de Lowry.99 Destacar um membro da equipe

para acompanhar os familiares poderá ser a opção produtiva para atenuar esses efeitos.96

Diversas entidades profissionais internacionais e americanas, como Emergency Nurses

Association (ENA), American Heart Association (AHA), American Association of Critical-

Care Nurses (AACN), Society of Critical Care Medicine (SCCM) e American Academy of

Pediatrics (AAP), recomendam conclusivamente que as instituições de saúde devem

desenvolver políticas e procedimentos que permitam a presença da família durante a

reanimação. Em países como Portugal, embora existam, neste mesmo sentido,

recomendações, tanto no âmbito pré-hospitalar, como hospitalar, não são encontrados

protocolos definidos, ficando esta decisão ao critério da equipe, o que contrasta com a

evidência dos estudos encontrados, nesta pesquisa, que recomendam a criação de normas ou

protocolos formais.96

Page 89: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

87

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os estudos sobre PCR e RCP vem aumentando e se refinando a cada ano e cada vez

mais, aumenta a procura desse conhecimento pelos profissionais e leigos em todo o mundo.

Desde a busca pela cientificidade desse tema no inicio da década de 1960 até os dias de hoje,

houve considerável avanço que permitiu discussões mais pormenorizadas sobre o assunto,

porém ainda há muito que se descobrir e aperfeiçoar, pois assim como todo conhecimento e

disciplina científica o estudo da PCR e RCP é dinâmico e necessita de constantes pesquisas.

A necessidade de estudos sobre PCR e RCP direcionados vem aumentando a cada

ano, devido à diversidade da população nas diferentes regiões do mundo e nas diversas

instituições e suas especialidades e na enfermagem isso não é diferente, pois seus

profissionais necessitam de conhecimento, atualização e treinamento constante para

aperfeiçoar suas práticas, mantendo um padrão ouro em relação a essa assistência.

Por isso este estudo buscou propor um instrumento para organizar o atendimento feito

pela equipe de enfermagem no momento da PCR na UTI pediátrica, com objetivo de manter

o que é preconizado pelas instituições internacionais que norteiam o tema e minimizar erros,

mantendo assim alto padrão no atendimento a PCR, melhorarando a sobrevida e prognóstico

Pós-Parada Cardiorrespiratória do paciente assistido e permitir discussões mais minuciosas

sobre a prática realizada, mostrando possivelmente o que pode ser aperfeiçoado, direcionando

mais pesquisas e construção de mais instrumentos, que sejam de fácil entendimento e

aplicabilidade.

A literatura observada e usada para construção desse estudo possibilitou uma

discussão ampla e rica sobre o tema, evidenciando aspectos importantes na atuação na PCR

pediátrica, onde muitas vezes não é dado o real valor em vários de seus aspectos. Importante

destacar que nas duas revisões integrativas realizadas durante a produção desse estudo não

foram encontrados artigos direcionados especificamente para atuação do enfermeiro e da

equipe de enfermagem durante a PCR. Foram encontrados principalmente estudos voltados

para treinamento e níveis de conhecimento desses profissionais sobre PCR e RCP e

ferramentas tecnológicas.

Em relação à lacuna encontrada, o fato de ter sido evidenciado não existir muitos

estudos específicos sobre atuação do enfermeiro e da equipe de enfermagem na PCR

pediátrica é importante como ponto de partida, mostrando a necessidade de mais estudos

voltados para esse tema, assim como a necessidade de criar novas ferramentas para orientar

Page 90: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

88

essa assistência realizada pela equipe de enfermagem, visto que os estudos sobre a ciência da

RCP são relativamente recentes em relação a outras disciplinas biomédicas.

Por fim, pode-se dizer que esta ferramenta foi construída alicerçada sobre o

conhecimento encontrado na literatura, respeitando a metodologia científica preconizada,

sendo possível fazer uma associação entre as evidencias encontradas nos diversos estudos

que apontaram temas já explorados e lacunas dentro da atuação do enfermeiro e equipe de

enfermagem na PCR pediátrica, possibilitando a construção de um instrumento que ajude a

organizar e melhorar o atendimento ao paciente pediátrico internado na UTI.

Como destacado é importante ampliar estudos sobre essa temática. Ao longo de dois

anos foram realizados duas revisões integrativas da literatura, sendo a primeira com um

quantitativo de artigos consideravelmente inferior a segunda, mas que mostrava o mesmo

cenário, ou seja, necessidade de mais estudos sobre o tema direcionados para enfermagem.

Foi observado com essas duas revisões integrativas e literatura internacional

(Diretrizes AHA) usada na construção desse estudo, a necessidade de pesquisas com maior

grau de evidências considerado padrão ouro, como ensaio clínico randomizado. O aumento

de estudos com maiores evidências cientificas, torna o estudo mais fidedigno e

fundamentado, tornando a construção de ferramentas e comparação entre estudos mais

confiáveis.

Mesmo com todos os desafios e limitações que praticamente existem em qualquer

estudo, está ferramenta tem não só o objetivo de atingir um público alvo, mas ser gatilho para

a construção e aperfeiçoamento de outras pesquisas e ferramentas com interação entre a

teoria e prática. Por fim foi criado um fluxograma para representar e ilustrar o protocolo,

visando sistematizar e facilitar o entendimento pelos profissionais que participam da

dinâmica que envolve o atendimento em uma PCR na UTI pediátrica (Apêndice B).

Page 91: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

89

REFERÊNCIAS

1. Alves FG, Maia LFS. A importância do treinamento em PCR e RCP para os profissionais

de enfermagem em unidade de terapia intensiva. São Paulo: Revista Recien, São Paulo 2011;

1 (2): 11-16. Disponível em:

http://www.recien.com.br/online/index.php/Recien/article/view/21

2. Pinto TV. Parada cardiorrespiratoria em pediatria: O conhecimento de enfermeiros.

Campinas: Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de

Campinas/UNICAMP 2003.

3. Piva JP. Medicina intensiva pediátrica. 2° Ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2015.

4. American Heart Association -AHA. Destaques das diretrizes da AHA para RCP e ACE.

Guidelines CPR e ECC. United States of America, 2010:28p. Disponível em:

http://cpr.heart.org/idc/groups/heartpublic/@wcm/@ecc/documents/downloadable/ucm_3173

43.pdf

5. American Heart Association -AHA. Destaques da atualização das diretrizes da AHA para

RCP e ACE. Guidelines CPR e ECC. United States of America, 2015:32p. Disponível em:

https://eccguidelines.heart.org/wp-content/uploads/2015/10/2015-AHA-Guidelines-

Highlights-Portuguese.pdf

6. Berg MD, Schexnayder SM, Chameides L, Terry M, Donoghue A, Hickey RW et al. Part

13: pediatric basic life support: 2010 American Heart Association Guidelines for

Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Circulation.

2010;122(18 suppl 3):s862-75. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3717258/

7. Young KD, Seidel JS. Pediatric cardiopulmonary resuscitation: a collective review. Ann

Emerg Med 1999; 33:195-205. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9922416

8. Merhy EE. Saúde: a cartografia do trabalho vivo em ato. São Paulo: Hucitec, 2002.

Page 92: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

90

9. Duarte MCS, Moreira MCN. Autonomia e cuidado em terapia intensiva pediátric: os

paradoxos da prática- Comunicação, Saude, Educação, 2011. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832011000300006

10. Garanhani ML. Et al. O trabalho de enfermagem em unidade de terapia intensiva:

significados para técnicos de enfermagem. SMDA. Ver. Eletrônica Saúde Mental Álcool

Drog. Ribeirão Preto, 2008 ago; 4 (2).

11. Paranhos GK, Rego S. Limitação do suporte de vida pediátrico: argumentações éticas.

Rev. bioét. (Impr.). 2014; 22 (3): 519-28. Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/bioet/v22n3/v22n3a16.pdf

12. Silva RCL, Porto IS, Figueiredo NMA. Reflexões acerca da assistência de enfermagem e

o discurso de Humanização em Terapia Intensiva. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem

2008 mar; 12 (1): 156-159. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ean/v12n1/v12n1a24.pdf

13. Fonseca AC, Fonseca MJM. Cuidados Paliativos para idosos na unidade de terapia

intensiva: realidade factível. Scientia Medica, Porto Alegre 2010; 20(4):301-309. Disponível

em:

http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientiamedica/article/viewFile/7510/5829&a

=bi&pagenumber=1&w=100

14. Campagner AO, Garcia PC, Piva JP. Aplicação de escores para estimar carga de trabalho

de enfermagem em unidade de terapia intensiva pediátrica. Rev Bras Ter Intensiva

2014;26(1):36-43. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbti/v26n1/0103-507X-rbti-26-01-

0036.pdf

15. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Consulta Pública n° 3, de 7 de

julho de 2005. Diário Oficial da União. 2005 jul 08; n°130. Disponível em:

http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2005/PT-03-CONS.htm. Acesso em: 12

ago. 2016

16. Peixoto TC. Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica [manuscrito] : vidas pulsando entre a

estabilidade orgânica e a instabilidade subjetiva. 2016. 177 f. Disponível em:

http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/ANDO-

A9SHYS/teresa_cristina_peixoto_para_divulga__o.pdf?sequence=1

Page 93: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

91

17. Sharek PJ, Parast LM, Leong K et al. Effect of a rapid response team on hospital-wide

mortality and code rates outside the ICU in a Children´s Hospital. JAMA 2007; 298(19):

2267-74. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18029830

18.Tiballs J, Kinney S. Reduction of hospital mortality ando f preventable cardiac arrest and

death on introduction of a pediatric medical emergency team. Pediatr Crit Care Med 2009; 10:

306-12. Disponível em: http://pedsccm.org/FILE-CABINET/pccm/Tibballs-MET.pdf

19. Gelbcke FL et al. Liderança em ambientes de cuidados críticos: reflexões e desafios à

enfermagem brasileira. Ver. Bras. Enferm. Brasília 2009 fev; 62(1):136-139. Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/reben/v62n1/21.pdf

20. Araújo AD et al. Trabalho no Centro de Terapia Intensiva: perspectivas da equipe de

enfermagem. Reme, Ver. Min. Enferm., Belo Horizonte 2005 Jan./mar; 9(1): 20-28.

Disponível em: http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/689

21. Pitta A. Hospital: dor e morte como ofício. São Paulo: Hucitec, 1999.

22. São Pedro TC, Morcillo AM, Baracat EC. Etiologia e fatores prognósticos da sepse em

crianças e adolescentes. Rev Bras Ter Intensiva. 2015;27(3):240-246. Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/rbti/v27n3/0103-507X-rbti-27-03-0240.pdf

23. Cunha CM, Toneto MAS, Pereira EBS. Conhecimento teórico dos enfermeiros de hospital

público sobre reanimação cardiopulmonar. Biosci. J, Uberlândia 2013 Sept./Oct; 29(5):1395-

1402. Disponível em:

http://www.seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/viewFile/17175/13036

24. Alves CA, Barbosa CNS, Faria HTG. Parada Cardiorrespiratória e Enfermagem: O

conhecimento acerca do Suporte Básico de Vida. Cogitare Enferm 2013 Abr/Jun; 18(2):296-

301. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/32579/20693

25. Granittof N. Reanimação Cardiorrespiratória- Aspectos relacionados à dinâmica de

atendimento no pronto-socorro de um hospital de ensino. São Pualo. Dissertação [Mestrado

Universidade Federal de São Paulo]; 1995.

26. Copovilla NC, Araújo IEM, Noronha R. Ressuscitação cardiorrespiratória: atuação,

dificuldades e perspectivas na assistência de enfermagem. In: Resumos de trabalhos de temas

Page 94: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

92

livres, 51° Congresso Brasileiro de Enfermagem e 10° Congresso Panamericano de

Enfermería de 2 a 7 de outubro de 1999, Florianópolis.

27. Nyman J, Sihvonen M. Cardiopulmonary resuscitation skills in nurses and nursing

students, Resuscitation 2000;47(2):179-184. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11008156

28. Abella BS, Alvarado JP, Myklebust H et al. Quality of cardiopulmonary resuscitation

during in-hospital cardiac arrest. JAMA 2005;293:305-10. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15657323

29. Wik, Kramer-Johansen, Myklebust et al. Quality of cardiopulmonary resuscitation during

out-of-hospital cardiac arrest. JAMA 2005;293:299-304. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15657322

30. Bobrow, Clark, Ewy et al. Minimally interrupted cardiac resuscitation by emergency

medical services for out-of-hospital cardiac arrest. JAMA 2008;299(10):1158-65. Disponível

em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18334691

31. Medeiros AC, Pereira QLC, Siqueira HCH, Cecagno D, Moraes CL. Gestão participativa

na educação permanente em saúde: olhar das enfermeiras. Revista brasileira de enfermagem

2010 jan-fev;63(1):38-42. Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/reben/v63n1/v63n1a07.pdf

32. Hudak MC, Gallo MB, Benz JJ. Cuidados Intensivos de Enfermagem: Uma Abordagem

Holística. 2 ed. Rio de Janeiro: Artmed; 1994.

33. Rocha FAZ, Oliveira MCL, Cavalcante RB, Silva PC, Rates HF . Atuação da Equipe de

Enfermagem Frente à Parada Cardiorrespiratória Intrahospitalar. R. Enferm. Cent. O. Min,

2012 jan/abr; 2(1):141-150. Disponível em:

http://www.seer.ufsj.edu.br/index.php/recom/article/view/100/265

34. Lasa JJ et al. Extracorporeal Cardiopulmonary Resuscitation (E-CPR) During Pediatric

In-Hospital Cardiopulmonary Arrest Is Associated With Improved Survival to Discharge: A

Report from the American Heart Association's Get With The Guidelines-Resuscitation

Page 95: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

93

(GWTG-R) Registry. Circulation 2016 Jan; 133(2): 165-76. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26635402

35. Peterlini MAS et al. Reanimação cardiorrespiratória e cerebral (RCRC) em pediatria: o

conhecimento dos graduandos em enfermagem. Acta Paul Enf 1996;9(2):68-73.

36. Zanini J, Nascimento ERP, Barra DCC. Parada e Reanimação Cardiorrespiratória:

Conhecimentos da Equipe de Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva. Rev. Bras

Terapia Intensiva 2006 Abril/ Junho;18(2):143-147. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2006000200007

37. Feitosa-Filho GS et al. Atualização em Reanimação Cardiopulmonar: O que mudou com

as novas diretrizes. Revista Brasileira de Terapia Intensiva 2006 abr./jun;18(2):177-185.

Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbti/v18n2/a11v18n2.pdf

38. Araújo LP, Silva AL, Marinelli NP, Posso MBS, Almeida LMN. Conhecimento da equipe

de enfermagem sobre o protocolo ressuscitação cardiopulmonar no setor de emergência de um

hospital público. Revista Univap São José dos Campos, 2012 dez;18(32):66-78.

http://revista.univap.br/index.php/revistaunivap/article/view/106

39. Capone PGL, Capone Neto A. O papel da enfermagem na reanimação. In: Lane JC,

Albarran-Sotelo, R. Reanimação Cardiorrespiratória Cerebral. Rio de Janeiro: MEDSI, 1993.

p.361-8.

40. Bertoglio VM, Azzolin K, Souza EM, Rabelo ER. Tempo decorrido do treinamento em

parada cardiorrespiratória e o impacto no conhecimento teórico de enfermeiros. Rev. Gaúcha

Enferm, Porto Alegre 2008 set;29(3):454-460. Disponível em:

http://seer.ufrgs.br/RevistaGauchadeEnfermagem/article/view/6774

41. Ferrari CMP. Parada cardiorrespiratória: ressuscitação cardiopulmonar: aspecto de

enfermagem. São Paulo: Atheneu; 2005.

42. Santiago PSN. Reanimação cardiopulmonar: habilidades afetivas da equipe de

enfermagem em Terapia Intensiva. Belo Horizonte. Dissertação [mestrado em enfermagem] –

Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais. 108 f; 2006. Disponível

em: http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/handle/1843/GCPA-6VUH5K

Page 96: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

94

43. Bellan MC. Capacitação do enfermeiro para o atendimento da parada cardiorrespiratória.

Campinas: Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de

Campinas/UNICAMP; 2006. Disponível em:

http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/309773/1/Bellan_MargareteConsorti_M.pdf

44. Wehbe G, Galvão MC. Aplicação da liderança situacional em enfermagem de emergência.

Revista Brasileira de Enfermagem 2005 jan/fev;58(1):33-38. Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/reben/v58n1/a06.pdf.

45. Taveira PCT, Santo FHE, Chibante CLP, Santos TD, Brito WAP. Evidências científicas

sobre atuação do enfermeiro na parada cardiorrespiratória na unidade de terapia intensiva:

revisão integrativa. Revista Enfermagem Atual, 2017 jul/set;82(20):79-86.

46. Gonzalez M.M., Timerman S., Gianotto-Oliveira R., Polastri T.F., Canesin M.F., Lage

S.G., et al. Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e

Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq. Bras.

Cardiol. 2013, Volume 101, Nº 2, Supl. 3, Agosto 2013. Disponível em:

http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2013/Diretriz_Emergencia.pdf

47. Braz JRC, Castglia YMM. Temas de anestesiologia. 2ª ed. São Paulo: UNESP; 2000.

48. Chamberlain D. Founding Members of the International Liaison Committee on

Resuscitation. The International Liaison Committee on Resuscitation (ILCOR)-past and

present: compiled by the Founding Members of the International Liaison Committee on

Resuscitation. Resuscitation 2005;67(2-3):157-61. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16221520

49. Sayre MR, Berg RA, Cave DM et al. Hands-only (compresion-only) cardiopulmonary

ressuscitation: a call to action for bystander response to adults who experience out-of-hospital

sudden cardiac arrest. Circulation 2008; 117:1-6. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18378619

50. Guimarães HP. Parada cardiorrespiratória. São Paulo: Atheneu; 2005.

51. Gupta S, Taneja LN. PALS update 2010. Indian Pediatr. 2012;49(10):789-92.

Page 97: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

95

52. Atkins DL, Everson-Stewart S, Sears GK, Daya M, Osmond MH, Warden CR et al. the

Resuscitation Outcomes Consortium Epistry-Cardiac Arrest. Circulation. 2009;119(11):1484-

91. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19273724

53. Brasil. Política nacional de atenção às urgências / Ministério da Saúde. – Brasília:

Ministério da Saúde, 2003: 228 p.

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nac_urgencias.pdf

54. Timarchi LJP, Patinõ V, Molina N, Pedrosa OB. Auto evaluación de los pediatras em

formación sobre reanimación cardiopulmonar. Arch Pediatr Urug. 2009;80(4):269-75.

55. Abella BS, Aufderheide TP, Eigel B, Hickey RW, Longstreth WT, Nadkarni V et al.

Reducing barriers for implementation of bystander-initiated cardiopulmonar resuscitation: a

scientific statement from the American Heart Association for healthcare providers,

policymakers, and Community leaders regarding the effectiveness of cardiopulmonar

resuscitation. Circulation. 2008;117(5):704-9. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18195177

56. Donoghue AJ, Nadkarni V, Berg RA, Osmond MH, Wells G, Nesbitt L et al. Out-of-

hospital pediatric cardiac arrest: an epidemiologic review and assessment of current

knowledge. Ann Emerg Med. 2005;46(6):512-22. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16308066

57. Al-Shamsi M, Al-Qurashi W, Caen A, Bhanji F. Pediatric Basic and Advanced Life

Support: an update on practice and education. Oman Med J. 2012;27(6):450-4. Disponível

em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23226814

58. Atkins D, Best D, Briss PA, Eccles M, Falck-Ytter Y, Flottorp S et al. Grading quality of

evidence and strength of recommendations. BMJ. 2004;328(7454):1490. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15205295

59. Maconochie IK, de Caen AR, Aickin R, Atkins DL, Biarent D, Guerguerian AM et al.

Part 6: Pediatric basic life support and pediatric advanced life support: 2015 International

Consensus on Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care Science

with Treatment Recommendations. Resuscitation. 2015;95:e147-68. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26477423

Page 98: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

96

60. Marsch S, Tschan F, Semmer NK, Zobrist R, Hunziker PR, Hunziker S. ABC versus CAB

for cardiopulmonary resuscitation: a prospective, randomized simulator-based trial. Swiss

Med Wkly. 2013;143:w13856. doi: 10.4414/smw.2013.13856. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24018896

61. Sekiguchi H, Kondo Y, Kukita I. Verification of changes in the time taken to initiate chest

compressions according to modified basic life support guidelines. Am J Emerg Med.

2013;31:1248–1250. doi: 10.1016/j.ajem.2013.02.047. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23769851

62. Lubrano R, Cecchetti C, Bellelli E, Gentile I, Loayza Levano H, Orsini F, Bertazzoni G,

Messi G, Rugolotto S, Pirozzi N, Elli M. Comparison of times of intervention during pediatric

CPR maneuvers using ABC and CAB sequences: a randomized trial. Resuscitation.

2012;83:1473–1477. doi: 10.1016/j.resuscitation.2012.04.011. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22579678

63. Gruber J, Stumpf D, Zapletal B, Neuhold S, Fischer H. Real-time feedback systems in

CPR. Trends Anaesth Crit Care. 2012;2(6):287-94. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4869179/

64. Folke F, Lippert FK, Nielson SL, Gislason GH, Hansen ML, Schramm TK et al. Location

of cardiac arrest in a city center: strategic placement of automated external defibrillators in

public locations. Circulation. 2009;120(6):510-7. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19635969

65. Akahane M, Tanabe S, Ogawa T, Koike S, Horiguchi H, Yasunaga H et al. Characteristics

and outcomes of pediatric out-oh-hospital cardiac arrest by sgolastic age category. Pediatr Crit

Care Med. 2013;14(2):130-6. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23314182

66. Johnson MA, Grahan BJH, Haukoos JS, McNally B, Campbell R, Sasson C et al.

Demographics, bystander CPR, and AED use in out-of-hospital pediatric arrests.

Resuscitation. 2014;85(7):920-6. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24681302

Page 99: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

97

67. Kleinman ME, Chameides L, Schexnayder SM, Samson RA, Hazinski MF, Atkins DL et

al. Part 14: pediatric advanced life support: 2010 American Heart Association Guidelines for

cardiopulmonar resuscitation and emergency cardiovascular care. Circulation. 2010;122(18

suppl 3):s876-908. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20956230

68. Haskell SE, Kenney MA, Patel S, Sanddal TL, Altenhofen KL, Sanddal ND et al.

Awareness of guidelines for use of automated external defibrillators in children within

emergency medical services. Resuscitation. 2008;76(3):354-9.

69. Cave DM, Aufderheide TP, Beeson, Ellison A, Gregory A, Hazinski MF J et al.

Importance and implementation of training in cardiopulmonary resuscitation and automated

external defibrillation in schools: a science advisory from the American Heart Association.

Circulation. 2011;123(6):691-706. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21220728

70. CPR and First Aid. CPR in Schools Legislation Map. Disponível em:

https://cpr.heart.org/AHAECC/CPRAndECC/Programs/CPRInSchools/UCM_475820_CPR-

in-Schools-Legislation-Map.jsp

71. Salciccioli JD, Marshall DC, Sykes M, Wood AD, Joppa SA, Sinha M et al. Basic life

support education in secondary schools: a cross-sectional survey in London, UK. BMJ Open.

2017;7(1):e011436. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28062467

72. López-Herce J, Rodríguez A, Carrillo A, de Lucas N, Calvo C, Civantos E et al.

Novedades em las recomendaciones de reanimación cardiopulmonar pediátrica. An Pediatr.

2017;86(4):229.e1-e9. Disponível em: https://www.analesdepediatria.org/es-novedades-las-

recomendaciones-reanimacin-cardiopulmonar-articulo-S1695403316303083

73. Sobrinho CO. Suporte básico de vida em pediatria: evidências científicas. Rev.Ped.

SOPERJ. 2017 dez;17:22-27. Disponível em:

http://revistadepediatriasoperj.org.br/detalhe_artigo.asp?id=1032

74. Lima EC. A liderança do enfermeiro no centro de terapia intensiva. Ribeirão Preto.

[Dissertação de mestrado] - Escola de enfermagem de Ribeirão Preto/USP. 143p; 2015.

Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-05012016-140908/pt-

br.php

Page 100: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

98

75. Wehbe G, Galvão C. O enfermeiro de unidade de emergência de hospital privado:

algumas considerações. Rev Latino-am Enfermagem 2001 março;9(2):86-90. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010411692001000200012&script=sci_abstract&tlng=t

76. Chellel A. The role of nurse in resuscitation attemps in hospital. Resuscitation: A guide

for nurses. London: Churchill Livingstone 2000:33-48.

77. Tavares SO, Vendrúscolo CT, Kostulski CA, Gonçalves CS. Interdisciplinaridade,

multidisciplinaridade ou transdisciplinaridade.

http://www.unifra.br/eventos/interfacespsicologia/Trabalhos/3062.pdf. Acesso em 02 de

Junho de 2015.

78. Angerami-Camon VA. (org.). Psicologia da saúde: um novo significado para a prática

clínica. São Paulo: Pioneira; 2001.

79. Hollis S, Gillespie N. An audit of basic life support skills amongst general practitioner

principals: is there a need for regular training? Resuscitation, 44(3):171-75, 2000. Disponível

em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10825616

80. Lane JC. Reanimação cardiorrespiratória externa na comunidade. Ensino, erros,

complicações e resultados - Campinas. Tese [concurso de docência livre] - Universidade

Estadual de Campinas; 1974.

81. Alves CA, Barbosa CNS, Faria HTG. Parada Cardiorrespiratória e enfermagem: O

conhecimento acerca do suporte básico de vida. Cogitare Enferm 2013 abr-jun;18(2):296-

301. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/32579

82. Jude JR, Kouwenhoven WB, Knickerbocker GG. A new approach to cardiac resuscitation.

Ann Surg. 1961;154:311-9. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1465907/

83. Rabkin MT, Gillerman G, Rice NR. Orders not to resuscitate. N Engl J Med.

1976;295(7):364-6. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/934225

84. Yaguchi A, Truog RD, Curtis JR, Luce JM, Levy MM, Melot C, et al. International

differences in end-of-life attitudes in the intensive care unit: results of a survey. Arch Intern

Med. 2005;165(17):1970-5. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16186466

Page 101: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

99

85. Venneman SS, Narnor-Harris P, Perish M, Hamilton M. “Allow naturaldeath” versus “do

not resuscitate”: three words that can change a life. J Med Ethics. 2008;34(1):2-6. Disponível

em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18156510

86. O’Keeffe S, Redahan C, Keane P, Daly K. Age and other determinants of survival after

in-hospital cardiopulmonary resuscitation. Q J Med. 1991;81(296):1005-10. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1808635

87. Burns JP, Edwards J, Johnson J, Cassem NH, Truog RD. Do-not-resuscitate order after 25

years. Crit Care Med. 2003;31(5):1543-50. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12771631

88. Loertscher L, Reed DA, Bannon MP, Mueller PS. Cardiopulmonary resuscitation and do-

not-resuscitate orders: a guide for clinicians. Am J Med. 2010;123(1):4-9. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20102982

89. Wenger NS, Pearson ML, Desmond KA, Harrison ER, Rubenstein LV, Rogers WH, et al.

Epidemiology of do-not-resuscitate orders: disparity by age, diagnosis, gender, race, and

functional impairment. Arch Intern Med. 1995;155(19):2056-62. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7575064

90. Wachter RM, Luce JM, Hearst N, Lo B. Decisions about resuscitation: inequities among

patients with different diseases but similar prognoses. Ann Intern Med. 1989;111(6):525-32.

Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2549825

91. Stapleton RD, Engelberg RA, Wenrich MD, Goss CH, Curtis JR. Clinician statements and

family satisfaction with family conferences in the intensive care unit. Crit Care Med.

2006;43(6):1679-85. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16625131

92. Curtis JR, Burt RA. Point: the ethics of unilateral “do not resuscitate” orders: the role of

“informed assent”. Chest. 2007;132(3):748-51. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17873188

93. Tomlinson T, Brody H. Ethics and communication in do-not-resuscitate orders. N Engl J

Med. 1988;318(1):43-6. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3336383

Page 102: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

100

94. Moritz RD. Conflitos bioéticos do viver e do morrer. Brasília: Conselho Federal de

Medicina; 2011:89-99. Disponível em:

https://portal.cfm.org.br/images/stories/biblioteca/conflitos.pdf

95. Ferreira A. A presença dos pais em situação de ressuscitação cardio-pulmonar. Salutis

Scientia – Revista de Ciências da Saúde da ESSCVP Vol.3 Novembro 2011: 24-30

Disponível em: file:///C:/Users/Dell/Downloads/SS-54%20(2).pdf

96. Malta H, Alves N, Graça P, Conde T, Costa T. A Presença da Família Durante a

Reanimação do Doente no Pré-Hospitalar e na Sala de Emergência: Uma Revisão Integrativa.

Interações: Sociedade e as Novas Modernidades 29. 2015: 74-96. Disponível em:

http://www.interacoes-ismt.com/index.php/revista/article/view/384

97. Batista MJ, Vasconcelos P, Miranda R, Amaral T, Geraldes J, Fernandes AP. Presença de

familiares durante situações de emergência: a opinião dos enfermeiros do serviço de urgência

de adultos. Revista de Enfermagem Referência Série IV - n.º 13 - ABR./MAI./JUN. 2017: 83-

92. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/pdf/ref/vserIVn13/serIVn13a09.pdf

98. Vaz J, Alves R, Ramos V. Vantagens da presença da família numa reanimação pediátrica

ou em procedimentos dolorosos. Enfermería Global Nº 41 Enero 2016: 387-398. Disponível

em: http://scielo.isciii.es/pdf/eg/v15n41/pt_revision4.pdf

99. Lowry, E. 2012. ‘It’s just what we do’: a qualitative study of emergency nurses working

with well-established family presence protocol. Journal of Emergency Nursing, 38(4), 329-

334. doi:10.1016/j.jen.2010.12.016. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21514648

100. Gil AC. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

101. Gil AC. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

102. Mendes KDS, Silveira RCCP, Galvão CM. Revisão integrativa: método de pesquisa para

a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto Contexto Enferm,

Florianópolis, 2008 out-dez;17(4):758-764,. Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/tce/v17n4/18.pdf . Acesso em: 10 março. 2016.

Page 103: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

101

103. Alves KYA. et al. Análise do conceito “protocolos de enfermagem” a partir da visão

evolucionária de Rodgers. Rev enferm UFPE on line 2014 jan;8(1):177-182. Disponível em:

http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/viewFile/4680/pdf_44

70 . Acesso em: 10 jul. 2017.

104. Negreiros FDS. et al. Captação do fígado do doador para o transplante: Uma proposta de

protocolo para o enfermeiro. Esc Anna Nery 2016 jan-mar; 20(1):38-47. Disponível em:

http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=127744318006 . Acesso em: 10 jun. 2016.

105. Fogaça MC, Carvalho WB, Cítero VA, Nogueira-Martins LA. Estudo preliminar sobre o

estresse ocupacional de médicos e enfermeiros em UTI pediátrica e neonatal: o equilíbrio

entre esforço e recompensa. Rev Lat Am Enfermagem 2010 Jan.-Feb; 18(1): 67-72.

Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v18n1/pt_11.pdf

106. Citolino Filho CM, Santos ES, Silva RCG, Nogueira LS. Fatores que comprometem a

qualidade da ressuscitação cardiopulmonar em unidades de internação: percepção do

enfermeiro. Rev Esc Enferm USP 2015 Dec; 49(6):907-913. Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v49n6/pt_0080-6234-reeusp-49-06-0908.pdf

107. Barros AG, Estrela FR, Batista LP, Carmo AFS, Emidio SCD. Atendimento pré-

hospitalar: condutas do enfermeiro frente à parada cardiorrespiratória. Rev. enferm. UFPE on

line 2011 jun; 5(4): 933-938. Disponível em: http://bases.bireme.br/cgi-

bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=BDENF&lang=p&nex

tAction=lnk&exprSearch=31049&indexSearch=ID

108. Larsson R, Engström A. Swedish ambulance nurses' experiences of nursing patients

suffering cardiac arrest. Int J Nurs Pract 2013 Apr;19(2):197-205. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23577977

109. Brauner D. Nurses, Doctors, and the Cardiac Arrest Paradigm: A Collaborative

Endeavor. J. Nurs Hist Rev 2016; 24:103-9.

110. Mchugh MD, Rochman MF, Sloane DM, Berg R A, Mancini ME, Nadkarni VM,

Merchant RM, Aiken LH. Better Nurse Staffing and Nurse Work Environments Associated

With Increased Survival of In-Hospital Cardiac Arrest Patients. Med Care 2016 Jan; 54(1):

74-80. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26783858

Page 104: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

102

111. Loosli F, Hutin A, Lefort H, Carli P, Lamhaut L. Évolution du rôle de l'infirmier

dans la prise en charge de l'arrêt cardiaque. Rev Infirm 2016 Nov; 65(225):18-21.

112. Boudreaux S, Broussard L. Sudden cardiac arrest in schools: the role of the school

nurse in AED program implementation. Issues Compr Pediatr Nurs 2012;35(3-4):143-52.

Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23140410

113. Evans WK, Ficca M. The school nurse role in preparing for sudden cardiac arrest in the

school setting. J Sch Nurs 2012 Dec;28(6): 418-22. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22733830

114. Pothitakis C, Ekmektzoglou KA, Piagkou M, Karatzas T, Xanthos T. Nursing role in

monitoring during cardiopulmonary resuscitation and in the peri-arrest period: a review. Heart

Lung 2011 Nov-Dec; 40(6):530-44. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21411152

115. Oermann MH, Kardong-Edgren SE, Odom-Maryon T. Competence in CPR. Am J Nurs

2012 May;112(5):43-6. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22543660

116. Araújo IEM, Araújo S. Ressuscitação Cardiorrespiratória. In: Cintra EA, Nishide VM,

Nunes WA. Assistência de Enfermagem ao Paciente Gravemente Enfermo. São Paulo:

Atheneu; 2001.

117. Ovalle CCIS, Araújo S, Oliveira RARA, Dragosavac D. A importância do treinamento

prévio no uso do desfibrilador externo automático por fisioterapeutas e enfermeiros. RBTI

[Internet]. 2005;17(2):112-5. [acesso em 20 ago 2016]. Disponível em:

http://www.amib.com.br/rbti/download/artigo_20106171741.pdf

118. Lisboa NS, Borges MS, Monteiro PS. Avaliação do conhecimento dos enfermeiros sobre

os cuidados pós-parada cardiorrespiratória. Rev. enferm. UFPE on line 2016 Out;

10(10):3778-3786. Disponível em: http://bases.bireme.br/cgi-

bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=BDENF&lang=p&nex

tAction=lnk&exprSearch=30107&indexSearch=ID

119. Almeida AO, Araujo S, Araújo IEM, Dalri MCB. Conhecimento teórico dos enfermeiros

sobre parada e ressuscitação cardiopulmonar, em unidades não hospitalares de atendimento à

Page 105: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

103

urgência e emergência. Rev Lat Am Enfermagem 2011 Mar.-Apr;19(2):261-268. Disponível

em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v19n2/pt_06

120. Bertolo VF, Rodrigues CDS, Ribeiro RCHM,Cesarino CB,Souza LH. Conhecimento

sobre ressuscitação cardiopulmonar dos profissionais da saúde da emergência pediátrica. Rev.

enferm. UERJ 2014 jul.-ago; 22(4):546-550. Disponível em:

http://www.facenf.uerj.br/v22n4/v22n4a18.pdf

121. Paradinas LL. Conocimiento enfermero sobre hipotermia inducidatras parada

cardiorrespiratoria: revisión bibliográfica. Enferm Intensiva 2012 Jan-Mar; 23(1): 17-31.

Disponível em: http://www.elsevier.es/es-revista-enfermeria-intensiva-142-articulo-

conocimiento-enfermero-sobre-hipotermia-inducida-S1130239911000915

122. Moura LTR, Lacerda LCA, Gonçalves DDS, Andrade RB, Oliveira YR. Assistência ao

paciente em parada cardiorrespiratória em Unidade de Terapia Intensiva. Rev. RENE 2012

mar. - abr; 13(2):419-427. Disponível em:

http://www.periodicos.ufc.br/rene/article/view/3947

123. Gonçalves GR, Peres HHC, Rodrigues RC, Tronchin DMR, Pereira IM. Proposta

educacional virtual sobre atendimento da ressuscitação cardiopulmonar no recém-nascido.

Rev esc enferm USP [Internet]. 2010;44(2):413-20. [acesso em 10ago 2017] Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342010000200025

124. Bellan MC, Araújo II, Araújo S. Capacitação teórica do enfermeiro para o atendimento

da parada cardiorrespiratória. Rev bras enferm [Internet]. 2010;63(6):1019-27. [acesso em 10

ago2017] Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-

71672010000600023

125. Andrade GS, Soares RS, Rocha RM, Andrade PR. A relação do binômio teoria-prática

na atuação do enfermeiro perante a reanimação cardiopulmonar neonatal: revisão integrativa.

Pediatr. mod 2015 ago; 51(8). Disponível em:

http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=6166

126. Cirenza C, Knobel E, Feher J. Reanimação Cardiorrespiratória. In: Knobel E. Condutas

no Paciente Grave. Rio de Janeiro: Atheneu; 1994.

Page 106: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

104

127. Laselva RG,Moura JúniorDF. Parada Cardiorrespiratória e Reanimação. In: Knobel E,

Laselva RG, Moura Júnior DF. Terapia Intensiva: Enfermagem. São Paulo: Atheneu; 2005.

128. Silva AB, Machado RC. Elaboração de guia teórico de atendimento em parada

cardiorrespiratória para enfermeiros. Rev Rene (Online) 2013; 14(5): 1014-1021. Disponível

em: http://www.redalyc.org/pdf/3240/324028789019.pdf

129. Lima SG, Vidal ML, Sá MPBO, Diniz LR, Oliveira JAV, Oliveira MF, Nunes Filho

EO. Os carros de emergência e o suporte avançado de vida. Rev. Soc. Bras. Clín.Méd 2010

set.-out; 8(5). Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2010/v8n5/006.pdf

130. Sonday, Charles; Grecsek, Edward; Casino, Paul Del. Rapid response teams: NPs lead

the way. Nurse Pract 2010 May; 35(5): 40-6. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20395767

131. Coelho OR, Cirillo W, Barbeiro RMD. Ressuscitação cardiopulmonar. Rev.Soc.Card.

1997; 7:1-3.

132. Buist MD, Moore GE, Bernard SA, Waxman BP, Anderson JN, Nguyen TV. Effects of a

medical emergency team on reduction of incidence of and mortality from unexpected cardiac

arrests in hospital: preliminary study. BMJ. 2002;324(7334):387-90. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11850367

133. Bellomo R, Goldsmith D, Uchino S, Buckmaster J, Hart G, Opdam H et al. Prospective

controlled trial of effect of medical emergency team on postoperative morbidity and mortality

rates. Crit Care Med. 2004;32(4):916-21. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15071378

134. DeVita MA, Bellomo R, Hillman K, Kellum J, Rotondi A, Teres D, et al. Findings of the

first consensus conference on medical emergency teams. Crit Care Med. 2006; 34(9):2463-78.

Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16878033

135. Cretikos MA, Chen J, Hillman KM, Bellomo R, Finfer SR, Flabouris A. The

effectiveness of implementation of the medical emergency team (MET) system and factors

associated with use during the MERIT study. Critical Care and Resuscitation. 2007;9(2):206-

12. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17536993

Page 107: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

105

136. Buist MD, Jarmolowski E, Burton PR, Bernard SA, Waxman BP, Anderson J.

Recognising clinical instability in hospital patients before cardiac arrest or unplanned

admission to intensive care: a pilot study in a tertiary-care hospital. Med J Aust.

1999;171(1):22-5. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10451667

137. Hillman KM, Bristow PJ, Chey T, Daffurn K, Jacques T, Norman SL, et al. Antecedents

to hospital deaths. Intern Med J. 2001;31(6):343-8. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11529588

138. Berwick DM, Calkins DR, McCannon CJ, Hackbarth AD. The 100 000 lives campaign:

setting a goal and a deadline for improving health care quality. JAMA. 2006;295(3):324-7.

Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16418469

139. Hillman K, Chen J, Cretikos M, Bellomo R, Brown D, Doig G, et al. Introduction of the

medical emergency team (MET) system: a clusterrandomised controlled trial. Lancet.

2005;365 (9477):2091-7. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15964445

140. Guimarães JI, Souza GEC, Quilici AP, Gonzalez MMC, Gomes AG, Garcia AM, et al.

Diretriz de apoio ao suporte avançado de vida em cardiologia – código azul – registro de

ressuscitação – normatização do carro de emergência. Arq Bras Cardiol. 2003;81(Supl. IV):1-

14. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-

782X2003001800001

141. Santamaria J, Tobin A, Holmes J. Changing cardiac arrest and hospital mortality rates

through a medical emergency team takes time and Constant review. Crit Care Med.

2010;38(2):445-50. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20029341

142. Chan PS, Nichol G, Krumholz HM, Spertus JA, Nallamothu BK; American Heart

Association National Registry of Cardiopulmonary Resuscitation (NRCPR) Investigators.

Hospital variation in time to defibrillation after in-hospital cardiac arrest. Arch Intern Med.

2009;169(14):1265-73. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19636027

143. Dacey MJ, Mirza ER, Wilcox V, Doherty M, Mello J, Boyer A, et al. The effect of a

rapid response team on major clinical outcome measures in a community hospital. Crit Care

Med. 2007;35(9):2076-82. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17855821

Page 108: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

106

144. Baxter AD, Cardinal P, Hooper J, Patel R. Medical emergency teams at The Ottawa

Hospital: the first two years. Can J Anaesth. 2008;55(4):223-31. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18378967

145. Tibballs J, Kinney S, Duke T, Oakley E, Hennessy M. Reduction of paediatric in-patient

cardiac arrest and death with a medical emergency team: preliminary results. Arch Dis Child.

2005;90(11):1148-52. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16243869

146. Calzavacca P, Licari E, Tee A, Egi M, Sowney A, Quach J, et al. The impact of rapid

response system on delayed emergency team activation patient characteristics and outcomes.

A flollow-up study. Resuscitation. 2010;81(1):31-5. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19854557

147. Chen J, Bellomo R, Flabouris A, Hillman K, Finfer S. The relationship between early

emergency team calls and serious adverse events. Crit Care Med. 2009;37(1):148-53.

Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19050625

148. King E, Horvath R, Shulkin DJ. Establishing a rapid response team (RRT) in an

academic hospital: one year’s experience. J Hosp Med. 2006;1(5):296-305. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17219515

149. McFarlan SJ, Hensley S. Implementation and outcomes of a rapid response team. J Nurs

Care Qual. 2007;22(4):307-13. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17873726

150. Rothschild JM, Woolf S, Finn KM, Friedberg MW, Lemay C, Furbush KA, et al. A

controlled trial of a rapid response system in an academic medical center. Jt Comm J Qual

Patient Saf. 2008;34(7):417-25, 365. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18677873

151. Massey D, Aitken LM, Chaboyer W. Literature review: do rapid response systems

reduce the incidence of major adverse events in the deteriorating ward patient?. J Clin Nurs.

2010;19(23-24):3260-73. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21029228

152. Souza GE, Quilici AP, Gonzalez MM, Margarido ES, Palomo JS. Apoio ao Suporte

avançado em cardiologia: código azul. In: Timernan S, Gonzalez MM, Ramires JA.

Page 109: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

107

Ressuscitação em emergências cardiovasculares do básico ao avançado. Barueri: Manole;

2007. p. 380-5.

153. Ministério da Saúde. Estabelece critérios de classificação para as unidades de tratamento

intensivo – UTI. Portaria GM/MS nº 3432 de 12 de agosto de 1998. DOU nº 154. [acesso em

2017 set 10]. Disponível em: http://www.assobrafir.com.br/userfiles/file/PTGM MS3432-

98UTI.pdf

154. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Política nacional de atenção

cardiovascular de alta complexidade. Portaria SAS/MS nº 123 de 28 de fevereiro de 2005.

[acesso em 2017 set 10]. Disponível em:

http://www.saude.mg.gov.br/atos_normativos/legislacao-sanitaria/estabelecimentos-de

saude/cardiologia/portaria_0123.pdf

155. Herrero MAG, Cortés RG, González JL, Santos FA. La reanimación cardiopulmonar y

laatención inicial a lasurgencias y emergencias pediátricas. J. Pediatr. aten. prim 2011 nov;

13(supl.20): 197-210. Disponível em:

http://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1139-76322011000400022

156. Sanabria-Carretero P, Ochoa-Osorio C,Martín-Veja A, Lahoz-Ramón A, Rodríguez-

Pérez E, Reinoso-Barbero F, Goldman-Tarlovsky L. Parada cardiaca relacionada conla

anestesia enpediatría. Registro em un hospital infantil terciario. Rev esp anestesiol reanim

2013 Oct; 60(8):424-33. Disponível em: http://www.elsevier.es/pt-revista-revista-

espanolaanestesiologia-reanimacion-344-articulo-parada-cardiaca-relacionada-con-anestesia

S003493561300090X

157. Matamoros M, Rodriguez R, Callejas A, Carranza D, Zeron H, Sánchez C, Del

Castillo J, López-Herce J.In-hospital pediatric cardiac arrest in Honduras. Pediatr Emerg

Care 2015 Jan; 31(1): 31-5. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25526019

158. Gerdik C, Vallish RO, Miles K, Godwin SA, Wludyka PS, Panni MK. Successful

implementation of a family and patient activated rapid response team in an adult level 1

trauma center. Resuscitation. 2010;81(12):1676-81. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20655645

Page 110: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

108

159. Duckitt RW, Buxton-Thomas R, Walker J, Cheek E, Bewick V, Venn R, et al. Worthing

physiological scoring system: derivation and validation of a hysiological early-warning

system for medical admissions. An observational, population-based single centre study. Br J

Anaesth. 2007;98(6):769-74. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17470844

160. Hodgetts TJ, Kenward G, Vlachonikolis IG, Payne S, Castle N. The identification of risk

factors for cardiac arrest and formulation of activation criteria to alert a medical emergency

team. Resuscitation. 2002;54(2):125-31. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12161291

161. Hypothermia After Cardiac Arrest Study Group. Mild therapeutic hypothermia to

improve the neurologic outcome after cardiac arrest. N Engl J Med. 2002;346(8):549-56.

Disponível em: https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/nejmoa012689

162. Bernard SA, Gray TW, Buist MD, Jones BM, Silvester W, Gutteridge G, et al.

Treatment of comatose survivors of out-of-hospital cardiac arrest with induced hypothermia.

N Engl J Med. 2002;346(8):557-63. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11856794

163. Disque K. PALS – Pediatric Advanced Life Support. Provider Handbook. United States

of America.2016: 5-62.

164. Kleinman ME, Goldberger ZD, Rea T, Swor RA, Bobrow BJ et al. American Heart

Association Focused Update on Adult Basic Life Support and Cardiopulmonary

Resuscitation Quality: An Update to the American Heart Association Guidelines for Cardio

pulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Circulation. 2018;137:e7-e13;

Originally published November 6, 2017. Disponível em:

http://circ.ahajournals.org/content/137/1/e7

165. Travers AH, Rea TD, Brobrow BJ et al. Part 4: CPR overview: 2010 American heart

association guidelines for cardiopulmonary resuscitation and emergency cardiovascular care.

Circulation 2010;122:S676-84. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20956220

Page 111: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

109

166. Ornato JP, Peberdy MA, Reid RD, Feeser VR, Dhindsa HS. Impact of resuscitation

system errors on survival from in-hospital cardiac arrest. Resuscitation. 2012;83(1):63-9.

Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21963583

167. Emerman CL, Pinchak AC, Hancock D, Hagen JF. The effect of bolus injection on

circulation times during cardiac arrest. Am J Emerg Med. 1990;8(3):190-3. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2331257

168. Glaeser PW, Hellmich TR, Szewzuga D, Losek JD, Smith DS. Five-year experience in

prehospital intraosseous infusions in children na adults. Ann Emerg Med 1993;22(7):1119-24.

Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8517560

169. Horton MA, Beamer C. Powered intraosseous insertion provades safe and effective

cascular Access for pediatric emergency patients. Pediatr Emerg Care 2008;24(6):347-50.

Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18562874

170. Schexnayder SM, Khilnani P, Shimizu N et al. Invasive procedures. In: Nichols DG,

Ackerman AD, Carcillo JÁ et al. Rogers’ textbook of pediatric intensive care. 4th Ed.

Baltimore: Lippincott Williams and Wilkins, 2008.

171. Barsan WG, Levy RC, Weir H. Lidocaine levels during CPR: differences after

peripheral venous, central venous, and intracardiac injections. Ann Emerg Med.

1981;10(2):73-8. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7224254

172. Kuhn GJ, White BC, Swetnam RE, Mumey JF, Rydesky MF, Tintinalli JE, et al.

Peripheral vs central circulation times during CPR: a pilot study. Ann Emerg Med.

1981;10(8):417-9. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/m/pubmed/7020494/

173. Emerman CL, Pinchak AC, Hancock D, Hagen JF. Effect of injection site on circulation

times during cardiac arrest. Crit Care Med. 1988;16(11):1138-41. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3273155

174. Lee PL, Chung YT, Lee BY, Yeh CY, Lin SY, Chao CC. The optimal dose of atropine

via the endotracheal route. Ma Zui Xue Za Zhi. 1989;27(1):35-8. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2725184

Page 112: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

110

175. Prengel AW, Lindner KH, Hahnel J, Ahnefeld FW. Endotracheal and endobronchial

lidocaine administration: effects on plasma lidocaine concentration and blood gases. Crit

Care Med. 1991;19(7):911-5. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2055080

176. Schmidbauer S, Kneifel HA, Hallfeldt KK. Endobronchial application of high dose

epinephrine in out of hospital cardiopulmonary resuscitation. Resuscitation. 2000;47(1):89.

Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11004385

177. Hahnel JH, Lindner KH, Schurmann C, Prengel A, Ahnefeld FW. Plasma lidocaine

levels and PaO2 with endobronchial administration: dilution with normal saline or distilled

water? Ann Emerg Med. 1990;19(11):1314-7. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2240730

178. Florence LGA. Corpo estranho em vias aéreas e trato digestivo. In: Schvarstman C, Reis

AG, Farhat SCL. Pronto Socorro. Barueri: Manole; 2009. (Coleção Pediatria. Instituto da

Criança HC-FMUSP).

179. Gausche M, Lewis RJ, Stratton SJ, Haynes BE, Gunter CS, Goodrich SM, et al. Effects

of out-of-hospital pediatric endotracheal intubation on survival and neurological outcome: a

controlled clinical trial. JAMA. 2000;283(6):783-90. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10683058

180. Berg MD, Samson RA, Meyer RJ, Clark LL, Valenzuela TD, Berg RA. Pediatric

desfibrillation doses often fail to terminate prolonged out-of-hospital ventricular fibrillation in

children. Resuscitation 2005;67(1):63-67. Disponível em:

https://www.resuscitationjournal.com/article/S0300-9572(05)00216-9/abstract

181. Rodriguez-Nuñez A, López-Herce J, García C, Domínguez P, Carrillo A, Bellón JM.

Pediatric desfibrillation after cardiac arrest: initial response and outcome. Critical Care

2006;10:R113. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1751019/

182. Catunda HLO. Construção e validação de protocolo para utilização de pessário vaginal,

Fortaleza, 2016. 132f. Dissertação (Mestrado em Ciências Enfermagem). Faculdade de

Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Ceará, 2016.

Disponível em:

Page 113: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

111

http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/15552/1/2016_dis_hlocatunda.pdf . Acessado

em: 15 out. 2017.

183. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA - COREN-

SC. Solicitação de parecer sobre o processo de elaboração de protocolos assistenciais. 2014.

Disponível em: < http://www.corensc.gov.br/wp-content/uploads/2015/07/Parecer-007-2014-

CT-Elabora%C3%A7%C3%A3o-de-Protocolos-Assistenciais.pdf> . Acesso em: 15 out.

2017.

184. Pimenta CAM et al. Guia para construção de protocolos assistenciais de enfermagem.

São Paulo: COREN-SP 2015. Disponível em: http://www.coren-

sp.gov.br/sites/default/files/Protocolo-web.pdf . Acesso em: 15 out. 2017.

185. Murray WB, Foster PA. Crisis resource management among strangers: principles of

organizing a multidisciplinary group for crisis resource management. J Clin Anesth.

2000;12(8):633-8. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11173002

186. Siassakos D, Bristowe K, Draycott TJ, Angouri J, Hambly H, Winter C, et al. Clinical

efficiency in a simulated emergency and relationship to team behaviours: a multisite cross-

sectional study. BJOG. 2011;118(5):506-607. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21291509

187. DeVita MA, Schaefer J, Lutz J, Wang H, Dongilli T. Improving medical emergency

team (MET) performance using a novel curriculum and a computerized human patient

simulator. Qual Saf Health Care. 2005;14(5):326-31. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16195564

188. Brindley PG, Reynolds SF. Improving verbal communication in critical care medicine. J

Crit Care. 2011;26(2):155-9. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21482347

189. Wong ML, Carey S, Mader TJ, Wang HE. Time to invasive airway placement and

resuscitation outcomes after in hospital cardiopulmonary arrest. Resuscitation.

2010;81(2):182-6. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20022157

Page 114: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

112

190. Kudenchuk PJ, Cobb LA, Copass MK, Cummins RO, Doherty AM, Fahrenbruch CE, et

al. Amiodarone for resuscitation after out-ofhospital cardiac arrest due to ventricular

fibrillation. N Engl J Med. 1999;341(12):871-8. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10486418

191. Dorian P, Cass D, Schwartz B, Cooper R, Gelaznikas R, Barr A. Amiodarone as

compared with lidocaine for shock-resistant ventricular fibrillation. N Engl J Med.

2002;346(12):884-90. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11907287

Page 115: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

113

Apêndice A - Categorização dos artigos selecionados na base de dados da BVS para revisão

integrativa, Niterói, RJ, Brasil, 2017.

Título/ Local/

Ano

Autor Objetivos Desenho

metodológico

Resultados Conclusão

Estudo

preliminar

sobre o

estresse

ocupacional

de médicos e

enfermeiros

em UTI

pediátrica e

neonatal: o

equilíbrio

entre esforço e

recompensa,

Brasil

2010

Fogaça

MC,

Carvalho

WB, Cítero

VA,

Nogueira-

Martins LA

O objetivo do estudo

foi comparar o

equilíbrio entre

esforço (E) e

recompensa (R)

entre médicos de

unidades de terapia

intensiva pediátrica

(PED) e neonatal

(NEO) e entre

enfermeiros das

mesmas unidades

Este é estudo

transversal

descritivo com

37 médicos e

20 enfermeiros.

O questionário

Effort-

RewardImbalan

ce foi utilizado.

Não se encontrou

diferença

estatística entre

médicos da PED e

da NEO em relação

ao E e R (p>0,05).

Da mesma forma,

enfermeiros da

PED e da NEO não

diferiram

estatisticamente em

relação ao E e R

(p>0,05).

Comparando

médicos com

enfermeiros da

PED, não foram

encontradas

diferenças entre as

variáveis

estudadas. Em

relação à

comparação feita

entre profissionais

da NEO,

encontrou-se maior

supercomprometim

ento dos médicos

do que de

enfermeiros

(p=0,01).

O ambiente

organizacional

da NEO

mostrou-se

mais exigente

para os

médicos,

determinando

maior

comprometime

nto com o

trabalho,

enquanto que,

para os

enfermeiros de

ambas as

unidades, a

demanda

pareceu ser a

mesma.

Fatores que

comprometem

a qualidade da

ressuscitação

cardiopulmon

ar em

unidades de

internação:

percepção do

enfermeiro,

Brasil

Citolino

Filho CM,

Santos ES,

Silva RCG,

Nogueira

LS.

Identificar, na

percepção dos

enfermeiros, os

fatores que

comprometem a

qualidade da

ressuscitação

cardiopulmonar

(RCP) em unidades

de internação adulto

e verificar a

influência do turno

de trabalho e do

Estudo

descritivo,

exploratório,

realizado em

hospital

especializado

em

cardiopneumol

ogia com a

aplicação de

questionário a

49 enfermeiros

que atuavam

A maioria dos

enfermeiros relatou

que elevado

número de

profissionais no

cenário (75,5%),

falta de harmonia

(77,6%) ou estresse

de algum membro

da equipe (67,3%),

falta de material

e/ou falha de

equipamento

A identificação

dos fatores que

comprometem

a qualidade da

RCP, na

percepção dos

enfermeiros,

serve de

parâmetro para

implantação de

melhorias e de

capacitação

das equipes

Page 116: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

114

2015 tempo de

experiência dos

profissionais na

percepção destes

fatores.

em unidades de

internação.

(57,1%), falta de

familiarização com

o carrinho de

emergência

(98,0%) e presença

de familiar no

início do

atendimento da

parada

cardiorrespiratória

(57,1%) são fatores

que interferem

negativamente na

qualidade da

assistência prestada

durante a RCP. O

tempo de

experiência

profissional e o

turno de trabalho

dos enfermeiros

não exerceram

influência na

percepção destes

fatores.

que atuam em

unidades de

internação.

Título/ Local/

Ano

Autor Objetivos Desenho

metodológico

Resultados Conclusão

A relação do

binômio

teoria-prática

na atuação do

enfermeiro

perante a

reanimação

cardiopulmon

ar neonatal:

revisão

integrativa

Brasil

2015

Andrade

GS,Soares

RS, Rocha

RM,

Andrade PR

Descrever as

metodologias

utilizadas no ensino

da reanimação

cardiopulmonar

neonatal e a atuação

do enfermeiro

perante esta

atividade.

Revisão

bibliográfica

sistematizada.

A coleta do

material foi

realizada no

período de

junho a

setembro de

2012 com os

descritores:

parada

cardiorrespirató

ria, recém-

nascido,

cuidados de

enfermagem,

neonatal e

reanimação.

Dentro da categoria

Ensino e

tecnologias

educacionais para a

realização da RCP

neonatal foram

encontrados quatro

artigos abordando

questões

relacionadas ao

ensino e prática da

RCP neonatal para

enfermeiros. Na

segunda categoria,

Atuação do

enfermeiro perante

a RCP neonatal,

foram encontrados

três artigos,

enfocando as ações

de enfermagem

realizadas durante

O enfermeiro

deve ser

capacitado

para atuar

neste setor,

buscando

aperfeiçoar e

aprofundar

seus

conhecimentos

através de

cursos de

atualização, a

fim de deixá-lo

a par do que há

de novo, em

relação a

assistência de

enfermagem

ao paciente

neonatal.

Page 117: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

115

a reanimação

neonatal.

Título/ Local/

Ano

Autor Objetivos Desenho

metodológico

Resultados Conclusão

Atendimento

pré-hospitalar:

condutas do

enfermeiro

frente à parada

cardiorrespirat

ória

Brasil

2011

Barros AG,

Estrela FR,

Batista LP,

Carmo

AFS,

Emidio

SCD.

Conhecer a atuação

dos enfermeiros dos

serviços pré-

hospitalares fixo e

móvel frente à

paradacardiorrespirat

ória (PCR).

Estudo

qualitativo de

caráter

exploratório,

realizado na

cidade de Feira

de Santana-

BA.Participara

m do estudo 12

enfermeiros

que trabalham

em unidades de

atendimento

pré-hospitalar.

A coleta de

dados foi

realizada no

através de

entrevistas

semiestruturada

s abordando

questões como:

condutas do

enfermeiro

frente à PCR,

sinaisde parada

cardiorrespirató

ria.

Apontam para a

necessidade da

implantação de

programas de

aperfeiçoamento

contínuo e

suscitam reflexões

acerca do preparo

dos enfermeiros no

atendimento pré-

hospitalar à vítima

de PCR.

Os resultados

do estudo

apontaram

para um

importante

déficit de

qualificação

dos

profissionais

entrevistados

de modo mais

ampliado e

identificou

uma situação

mais relevante

e preocupante

no que serefere

aos

profissionais

do serviço pré-

hospitalar fixo.

Assistência ao

paciente em

parada

cardiorrespirat

ória em

Unidade de

Terapia

Intensiva

Brasil

2012

Moura LTR

, Lacerda

LCA,

Gonçalves

DDS,

Andrade

RB,

Oliveira

YR.

Avaliar o

conhecimento da

equipe de

enfermagem de uma

unidade de terapia

intensiva em relação

ao reconhecimento

da parada

cardiorrespiratória e

a instituição de

manobras de

reanimação

conforme os

protocolos.

Estudo

descritivo e

quantitativo,

realizado no

período de abril

a junho de

2011.

Dos 33

profissionais que

participaram do

estudo 54,5% não

haviam feito

capacitação prévia

sobre o tema;

93,9% acertaram

parcialmente os

ritmos de parada;

apenas 15,2%

acertaram

totalmente as

manobras de

ventilação no

O baixo índice

de acertos

totais

demonstra a

necessidade de

atualização da

equipe de

enfermagem,

com

capacitação

teórico-prática

de maneira

periódica, e

avaliações

sistemáticas da

atuação dessa

Page 118: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

116

paciente intubado. equipe.

Título/ local/

ano

Autor Objetivos Desenho

metodológico

Resultados Conclusão

Swedish

ambulance

nurses'

experiences of

nursing

patients

suffering

cardiac arrest

Suécia

2013

Larsson R,

Engström

Å

Descrever as

experiências de

enfermeiros de

ambulância de

pacientes de

enfermagem que

sofrem parada

cardíaca.

Desenho

descritivo e

qualitativo,

ancorado no

paradigma

naturalista. As

entrevistas

pessoais

qualitativas

foram

conduzidas

com sete

enfermeiras de

ambulância

com

experiência em

pacientes que

sofrem paradas

cardíacas.

Os textos de

entrevista foram

analisados

utilizando análise

de conteúdo

temático

qualitativo, o que

resultou na

formulação de um

tema com seis

categorias.

Preparação mútua,

treinamento regular

e educação foram

fatores importantes

na enfermagem de

pacientes que

sofrem de parada

cardíaca. Os

enfermeiros de

ambulância são

colocados em

situações

éticamente

exigentes sobre se

e por quanto tempo

eles devem

continuar a

ressuscitação

cardiopulmonar

(RCP) de acordo

com as diretrizes

cardíacas pré-

hospitalares e os

desejos dos

pacientes.

Um melhor

feedback sobre

o atendimento

oferecido pelas

enfermeiras de

ambulância

sobre o

diagnóstico e o

atendimento

aos pacientes,

recebidos após

a sua admissão

nos hospitais

foram

adotados como

melhorias que

permitiriam

que fossem

melhoradas de

sua

experiência.

Os enfermeiros

de ambulância

precisam

regularmente

de treinamento

e educação

para estar

preparado para

salvar a vida

das pessoas e

também para

tomar decisões

corretas.

The school

nurse role in

preparing for

sudden cardiac

arrest in the

school setting.

EUA

Evans WK,

Ficca M

O foco deste artigo

foi sobre parada

súbita cardíaca

(SCA) e as

recomendações para

o uso do

desfibrilador

automático externo

(DEA) e diretrizes

Artigo

debate/opnião

Os enfermeiros da

escola devem

avaliar as

necessidades de

cada ambiente

escolar para um

desfibrilador

automático externo

(DEA) com base

Os enfermeiros

da escola

podem ser

fundamentais

para

estabelecer

Programas de

instalação de

DEA

Page 119: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

117

2012 do programa na

configuração da

escola.

nos seguintes

parâmetros: aluno

ou adulto com

condição cardíaca

ou outra condição

médica crítica,

distância da escola

do serviço médico

de emergência, e

como o edifício é

utilizado após o

horário escolar.

destinados a

reduzir a

mortalidade

por SCA.

Título/ local/

ano

Autor Objetivos Desenho

metodológico

Resultados Conclusão

Nurses,

Doctors, and

the Cardiac

Arrest

Paradigm: A

Collaborative

Endeavor.

EUA

2016

Brauner DJ Este artigo explora a

colaboração de

médicos e

enfermeiras no

estabelecimento do

paradigma da PCR

Estudo

debate/opnião

Fala sobre a

introdução da

participação/atuaçã

o do enfermeiro na

PCR e sua

interação com o

médico, visto que

as enfermeiras têm

uma presença

muito maior do que

os médicos dentro

do hospital. Assim,

caiu naturalmente

para enfermeiros

para fazer o

diagnóstico de

parada cardíaca.

Isso exigiu uma

mudança de foco e

uma profunda

alteração ao olhar

clínico, pelo menos

no momento da

parada cardíaca e

por algum tempo

que o precede.

A história dos

papéis

colaborativos

de médicos e

enfermeiras é

vital para

entender como

o Paradigma

surgiu. Em

última análise,

exigirá a

colaboração

entre médicos

e enfermeiros

e, claro, o

público leigo,

para considerar

formas de

avançar para

além dela.

Better Nurse

Staffing and

Nurse Work

Environments

Associated

With

Increased

Survival of In-

McHugh

MD,

Rochman

MF, Sloane

DM, Berg

RA,

Mancini

ME,

Determinar a

associação entre

pessoal de

enfermagem,

ambientes de

trabalho de

enfermeiro e

sobrevivência de

Estudo

transversal de

dados de:

banco de dados

de reanimação

das

recomendações

da Associação

Cada paciente

adicional por

enfermeiro em

unidades médico-

cirúrgicas foi

associado com uma

probabilidade de

sobrevivência de

Melhores

ambientes de

trabalho e

menor número

de pacientes

por

enfermeiros

em unidades

Page 120: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

118

Hospital

Cardiac Arrest

Patients.

EUA

2016

Nadkarni

VM,

Merchant

RM, Aiken

LH.

IHCA Americana do

Coração; o

Cuidado de

Enfermagem

Multi-Estado

da

Universidade

da Pensilvânia

e a Segurança

do Paciente; e a

pesquisa anual

da American

Hospital

Association. Os

modelos de

regressão

logística foram

utilizados para

determinar a

associação das

características

da enfermagem

e a

sobrevivência

do IHCA para a

alta após o

ajuste das

características

hospitalares e

do paciente.

5% menor para alta

(oddsratio = 0,95;

intervalo de

confiança de 95%,

0,91-0,99). Além

disso, os pacientes

atendidos em

hospitais com

ambientes de

trabalho pobres

tiveram uma

probabilidade

maior de

sobrevivência de

IHCA de 16%

(oddsratio = 0,84;

intervalo de

confiança de 95%,

0,71-0,99) do que

os pacientes

atendidos em

hospitais com

melhores

ambientes de

trabalho

médico

cirúrgicas

estão

associados a

maiores

probabilidades

de

sobrevivência

do paciente

após um

IHCA. Esses

resultados se

somam a um

grande número

de pesquisas

sugerindo que

os resultados

são melhores

quando os

enfermeiros

têm uma carga

de trabalho

mais razoável

e trabalham em

ambientes de

trabalho

hospitalares

bons. Melhorar

as condições

de trabalho das

enfermeiras é

promissor para

melhorar a

sobrevivência

após IHCA

Título/ local/

ano

Autor Objetivos Desenho

metodológico

Resultados Conclusão

Évolution du

rôle de

l'infirmierdans

la prise en

charge de

l'arrêtcardiaqu

e. / [Evolution

of the nurse's

role in the

management

of a cardiac

Loosli F,

Hutin A,

Lefort H,

Carli P,

Lamhaut L

Discutir sobre a

evolução do papel do

enfermeiro na

atuação assistencial

e principalmente

gerencial da PCR

Artigo

debate/opnião

O enfermeiro tem

um papel

importante na

otimização da

qualidade da RCP

realizada pelos

socorristas, em

particular pela

qualidade da

massagem

(profundidade,

ritmo,

Particularment

e versátil, tanto

no Samu

quanto dentro

de uma equipe

de

ressuscitação

cardiopulmona

r extracorpórea

(ECMO), o

papel do

enfermeiro

Page 121: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

119

arrest]

França

2016

massajadores de

alívio, etc.) que

requerem

conhecimento

perfeito e controle

de ações de

resgate. O

enfermeiro do

ECPR desempenha

um papel central

no gerenciamento,

durante a RCP, no

atendimento pós-

paradae na

instalação de uma

ressuscitação

cardiopulmonar

extracorpórea

(ECMO).

está em

constante

evolução com

a evolução do

gerenciamento

da PCR. Um

exemplo de

trabalho em

equipe onde a

antecipação e

know-how

permitem

procedimentos

eficientes,

onde a

ressuscitação

cardiopulmona

r extracorpórea

(ECMO)

integra-se

plenamente na

RCP refratária.

Esta mudança

requer

treinamento

significativo

para todos os

atores

envolvidos no

gerenciamento

da PCR.

Título/ local/

ano

Autor Objetivos Desenho

metodológico

Resultados Conclusão

Sudden

cardiac arrest

in schools: the

role of the

school nurse

in AED

program

implementatio

n.

Inglaterra

2012

Boudreaux

S,

Broussard

L

Descrever a

implementação do

programa DEA em

um ambiente escolar,

incluindo a

necessidade,

elementos

essenciais,

benefícios e

preocupações

potenciais

relacionadas a este

componente vital da

Cadeia de

Artigo

debate/opnião

O conhecimento

íntimo das

enfermeiras

escolares sobre o

status de saúde do

aluno, tempo de

resposta do serviço

de emergência e

população

estudantil atual

pode fornecer

dados estatísticos

necessários para

determinar se uma

escola atende

recomendações

Estudos

baseados em

evidências

demonstram

que maiores

taxas de

sobrevivência

fornecem

justificativa

para a

implementação

de programas

AED por

enfermeiras

Page 122: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

120

sobrevivência da

AHA

para uso do DEA.

A participação das

enfermeiras

escolares nos

programas de

prevenção primária

pode diminuir a

incidência de SCA

em crianças em

idade escolar. A

prevenção só pode

ser alcançada com

os programas DEA

escolares.

Título/ local/

ano

Autor Objetivos Desenho

metodológico

Resultados Conclusão

Nursing role

in monitoring

during

cardiopulmon

ary

resuscitation

and in the

peri-arrest

period: a

review.

Grécia

2011

Pothitakis

C,

Ekmektzogl

ou KA,

Piagkou M,

Karatzas T,

Xanthos T

Apresentar uma

revisão abrangente

da literatura sobre o

monitoramento de

pacientes com

parada

cardiorrespiratória e

a contribuição da

enfermagem nesta

situação crucial.

Busca

abrangente em

bancos de

dados

eletrônicos

relevantes

(Medline,

CINAHL,

Cochrane

Review),

usando palavras

chaves

relevantes (ex:

parada

cardíaca)

O papel da

enfermeira em

pacientes com PCR

é extremamente

significativo e, se

realizado

corretamente,

acrescenta uma

ótima visão ao

planejamento do

tratamento e ao

gerenciamento

correto

Reconhecimen

to precoce e

invasivo da

PCR

(utilização de

equipamentos

que exigem

acesso

endoarterial ou

intravenoso) e

monitoramento

não invasivo

devem ser

rápidos e

apropriados

para o retorno

precoce da

circulação

espontânea e o

melhor

resultado

neurológico

nos pacientes.

Competence

in CPR.

EUA

2012

Oermann,

MH,

Kardong-

Edgren SE,

Odom-

Maryon T.

Comparar estudos

que mostram a

importância do

treinamento em RCP

principalmente para

os alunos de

enfermagem e

enfermeiros

Artigo de

debate/opnião

sobre a

importância da

manutenção do

treinamento

regular para

manter uma boa

prática das

manobras de

Alunos e

profissionais de

enfermagem e

outros prestadores

de cuidados de

saúde que mantém

a prática das

habilidades em

RCP, conseguem

manter ou

Parece que os

enfermeiros,

como outros

prestadores de

cuidados de

saúde, são

incapazes de

realizar

adequadament

e algumas

Page 123: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

121

RCP melhoram suas

habilidades em

RCP. Ao contrário,

os que não mantém

um treinamento

regular, tem suas

habilidades de RCP

deterioradas em

menos de 1 ano.

habilidades de

CPR,

especialmente

comprimindo a

profundidade

suficiente.

Trowbridge e

colaboradores

recomendam

que aqueles

que executem

compressões

torácicas

troquem com

outro

socorrista após

dois minutos,

para evitar a

deterioração

do

desempenho.

Manequins que

fornecem

feedback

corretivo e

dispositivos de

feedback

visual que

permitem que

os enfermeiros

reconheçam a

profundidade e

a taxa de suas

compressões,

podem ser

benéficos

durante o

treinamento e

ao atualizar

habilidades.

Título/ local/

ano

Autor Objetivos Desenho

metodológico

Resultados Conclusão

Avaliação do

conhecimento

dos

enfermeiros

sobre os

cuidados pós-

parada

Lisboa NS,

Borges MS,

Monteiro

PS

Avaliar o

conhecimento dos

enfermeiros que

atuam nas unidades

de emergências de

hospitais públicos

acerca dos cuidados

Estudo

descritivo, de

abordagem

quantitativa, do

qual

participaram

enfermeiros de

A média da nota

obtida

pelosrespondentes

foi 5,9 e foram

identificadas

lacunas no

conhecimento dos

Os enfermeiros

apresentaram

conhecimento

insatisfatório

sobre cuidados

pós-parada

cardiorrespirat

Page 124: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

122

cardiorrespirat

ória

Brasil

2016

pós-parada

cardiorrespiratória.

cinco unidades

de prontos-

socorros de

hospitais

públicos do

Distrito

Federal. Na

coleta de dados,

utilizou-se um

questionário, os

cuidados pós-

parada

cardiorrespirató

ria, cujos

resultados

foram

analisados

estatisticamente

(p<0,005).

mesmos.

Observou-se que o

grupoque obteve

melhor

desempenho

participou de mais

cursos de

atualização no

último ano.

ória, por

issosugere-se

ampliar as

atividades de

educação

permanente,

bem como a

ênfase nos

cuidados pós-

PCR a fim

dequalificar a

assistência

prestada.

Conhecimento

teórico dos

enfermeiros

sobre parada e

ressuscitação

cardiopulmon

ar, em

unidades não

hospitalares

de

atendimento à

urgência e

emergência

Brasil

2011

Almeida

AO, Araujo

S,Araújo

IEM, Dalri

MCB.

Analisar o

conhecimento

teórico dos

enfermeiros dessas

unidades, sobre

parada

cardiorrespiratória e

ressuscitação

cardiopulmonar.

Estudo

descritivo,

cujos dados

foram obtidos

pela aplicação

de questionário

a 73

enfermeiros de

16 unidades,

de sete

municípios da

Região

Metropolitana

de Campinas.

Os entrevistados

apresentaram

lacunas de

conhecimento

sobre como

detectar a parada

cardiorrespiratória,

a sequência do

suporte básico de

vida e a relação

ventilação/compres

são

(>60%);

desconhecem as

condutas imediatas

após detecção

(>70%) e os

padrões de ritmos

presentes na parada

cardíaca (>80%) e

que identificaram

parcialmente

(100%) os

fármacos utilizados

na ressuscitação

cardiopulmonar

A nota média

foi 5,2 (±1,4),

em uma escala

de

zero a dez.

Conclui-se que

os enfermeiros

apresentaram

conhecimento

parcial das

diretrizes

disponíveis na

literatura.

Page 125: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

123

Título/ local/

ano

Autor Objetivos Desenho

metodológico

Resultados Conclusão

Conhecimento

sobre

ressuscitação

cardiopulmon

ar dos

profissionais

da saúde da

emergência

pediátrica

Brasil

2014

Bertolo VF,

Rodrigues,

CDS,

Ribeiro

RCHM,

Cesarino

CB, Souza

LH

Avaliar o

conhecimento da

equipe de saúde da

emergência

pediátrica sobre as

novas diretrizes de

ressuscitação

cardiopulmonar.

Estudo

descritivo,

transversal, de

análise

quantitativa,

que utilizou um

questionário

como

instrumento de

coleta de dados.

Foram 45

participantes:

seis médicos,

10 residentes e

sete internos da

medicina, oito

enfermeiros,

um técnico e 13

auxiliares de

enfermagem da

emergência

pediátrica, de

hospital de

ensino do

interior Estado

de São Paulo.

Dos profissionais

avaliados, 71,1%

deles responderam

que conheciam as

novas diretrizes. A

questão mais

acertada foi a

principal causa de

parada

cardiopulmonar na

pediatria e a menos

acertada

relacionava a

profundidade das

compressões

torácicas.

Os resultados

demonstraram

a necessidade

de

intervenções

de educação

permanente

para a

melhoria da

prática da

ressuscitação

cardiopulmona

r.

Conocimiento

enfermero

sobre

hipotermia

inducidatras

parada

cardiorrespirat

oria: revisión

bibliográfica.

Espanha

2012

Lázaro

Paradinas L Revisar a evidência

científica atual

sobre hipotermia

terapêutica (HT)

induzida após a

parada

cardiorrespiratória

(PC). Examinar a

literatura publicada;

conhecimento de

enfermagem

existente; e a busca

do papel apropriado

da Enfermagem.

Os bancos de

dados acessados

são: Medline,

Pubmed, Ocenet

Health,

Cochrane

Library Plus,

Cuiden, Scielo e

as plataformas

eletrônicas

Elsevier, OVID

e ProQuest. As

seguintes

palavras-chave

foram usadas

para iniciar a

pesquisa:

hipotermia,

induzida, parada

cardíaca,

Depois de revisar

a literatura, os

seguintes

conceitos e

conhecimentos

atualmente

publicados, que

são necessários

para entender a

indução

hipotérmica e

para alcançar uma

nova abordagem

de enfermagem

que é evidente

nasUTIs:A.Conce

pção de

hipotermia

terapêutica.

Análise de

evidências; B.

Este trabalho

mostra a

evidência do

uso de HT

induzido após

PC; e o

conhecimento e

a literatura

necessários para

que a

Enfermagem

desempenhe seu

próprio papel e

implemente

protocolos

padronizados

em nossa UTI

em relação.

Page 126: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

124

enfermagem. Fisiologia da

termorregulação;

C.Definição de

hipotermia

terapêutica;

D.Classificação

dos níveis de

hipotermia; E.

Fisiologia da

hipotermia;

F.Construção de

um protocolo de

hipotermia

induzido após PC.

Título/ local/

ano

Autor Objetivos Desenho

metodológico

Resultados Conclusão

Proposta

educacional

virtual sobre

atendimento

da

ressuscitação

cardiopulmon

ar no recém-

nascido

Brasil

2010

Gonçalves

GR, Pereira

IM,

Tronchin

DMR,

Rodrigues

RC, Peres

HHC.

Desenvolver uma

proposta educacional

virtual, utilizando

recursos multimídia,

visando inovar,

dinamizar e

diversificar espaços

de comunicação e

interação,

favorecendo o

processo de ensino

aprendizagem

autônomo e

reflexivo do

enfermeiro.

Pesquisa

aplicada,

seguindo as

fases cíclicas e

interativas de

concepção e

planejamento,

desenvolviment

o e

implementação.

A proposta

educacional foi

desenvolvida

na plataforma

TelEduc,

utilizando

ferramentas de

organização, de

conteúdo, de

comunicação,

do aluno e do

administrador.

Módulos de

ensino: Módulo 1 -

Fundamentos de

anatomia e

fisiologia cardíacas

do recém-nascido;

Módulo 2 - Fatores

de risco para

ocorrência da

parada

cardiorrespiratória

no recém-nascido;

Módulo 3 -

Planejamento da

assistência de

enfermagem;

Módulo 4 -

Medicações

empregadas na

parada

cardiorrespiratória

no recém-nascido;

e Módulo 5 -

Atendimento da

PCR no RN.

Este projeto

pode contribuir

com a

inovação do

ensino em

enfermagem a

partir de uma

proposta

educacional

virtual sobre

um tema de

relevância que

é o

atendimento da

ressuscitação

cardiopulmona

r do recém-

nascido.

Título/ local/

ano

Autor Objetivos Desenho

metodológico

Resultados Conclusão

Capacitação

teórica do

enfermeiro

para o

Bellan MC,

Araújo IIM,

Araújo S

Aplicar um

programa de

capacitação teórica

para enfermeiros na

Tratou-se de

uma

investigação

prospectiva,

Amostra composta

por enfermeiros

assistenciais, 21 no

grupo-A e 38 no

Concluiu-se

que o grupo-B

foi superior ao

grupo-A.

Page 127: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

125

atendimento

da parada

cardiorrespirat

ória

Brasil

2010

ressuscitação

cardiopulmonar e

comparar o

conhecimento

teórico do grupoA-

controle com o

grupoB-

experimental.

intervencionista

e comparativa

realizada em

um hospital

escola do

interior do

Estado de São

Paulo, com 402

leitos, de

atendimento

terciário e

quaternário.

grupo-B.

Verificou-se que a

média das notas no

grupo-A variou de

forma progressiva:

6,45; 6,66 e 7,10;

e, no grupo-B, de

forma oscilante:

6,48; 8,36 e 8,0;

etapas II e III

(p<0,001).

Entretanto, o

desempenho

do grupo-B

etapa-II foi

superior ao da

etapa-III,

enquanto o

grupo-A

apresentou

melhora

progressiva.

Elaboração de

guia teórico de

atendimento

em parada

cardiorrespirat

ória para

enfermeiros

Brasil

2013

Silva AB,

Machado

RC

Identificar o

conhecimento de

enfermeiros de

hospital do Vale do

Paraíba, São Paulo,

Brasil, sobre a

parada

cardiorrespiratória e

elaborar um guia

teórico para o

atendimento nesta

emergência.

Elaborou-se

instrumento de

coleta de dados

embasado na

literatura

pertinente e

nas Diretrizes

da American

Heart

Association. A

amostra

constituiu-se

de 41

enfermeiros

que

desenvolvem

atividades

assistenciaisem

diversas

unidades do

hospital.

Estes enfermeiros

afirmaram estar

capacitados para

atuar em

reanimação

cardiorrespiratória,

porém, foram

identificadas

limitações em seus

conhecimentos

sobre a referida

temática.

Diante do

exposto foi

criado um

guia teórico

para o

atendimento à

parada

cardiorrespirat

ória com base

na literatura

científica,

contemplando

as dúvidas

apresentadas

pelos

enfermeiros.

Título/ local/

ano

Autor Objetivos Desenho

metodológico

Resultados Conclusão

Os carros de

emergência e

o suporte

avançado de

vida

Brasil

2010

Lima SG,

Vidal ML,

Sá MPBO,

Diniz LR,

Oliveira

JAV,

Oliveira

MF, Nunes

Filho EO.

normatizar os

materiais dos carros

de emergência (CE)

e assim agilizar o

atendimento foi

publicada a Diretriz

de Apoio ao Suporte

Avançado de Vida

(SAV).

Estudo de corte

transversal.

Foram

avaliados os CE

de dois

hospitais

universitários.

Foram

considerados

adequados

aqueles que

possuíam todos

os itens nas

Nenhum CE

avaliado dispunha

do conjunto de

materiais

especificados na

normatização

brasileira.

Aspirina, material

para acesso de via

aérea alternativa,

entre outros, não

estavam

disponíveis em

Os CE dos

hospitais

pesquisados

não obedecem

à normatização

brasileira.

Page 128: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

126

quatro

categorias

especificadas

na referida

diretriz.

nenhum dos CE.

Apenas 29,2% dos

CE localizados em

enfermarias para

adultos possuíam

monitor /

desfibrilador com a

função de

monitorização nas

pás e 45,9% deles

dispunham de

desfibrilador

externo automático

(DEA). Os CE das

unidades de

pediatria

apresentavam as

maiores defasagens

de materiais e

equipamentos.

Rapid

response

teams: NPs

lead the way

EUA

2010

Sonday C,

Grecsek E,

Casino PD.

Avaliar a eficácia

dos times de resposta

rápida (compostos

em sua maioria por

enfermeiros e tendo

o mesmo como líder)

que realiza cuidados

intensivos e

intervenção de

maneira precoce,

para diminuir a taxa

de transferência para

UTI

Estudo

retrospectivo

O time de resposta

rápida diminuiu o

numero de

pacientes

transferidos para

UTI, onde a

maioria dos

pacientes foram

estabilizados na

unidade médico-

cirúrgica. O

número de PCR

também foi muito

inferior com a

atuação do time de

resposta rápida,

revelando que os

pacientes

receberam

intervenção em

tempo hábil,

prevenindo a

deterioração

cardíaca. O serviço

é prestado

principalmente

para pacientes

adultos e neonatais,

além de

A

implementação

de um modelo

de resposta

rápida liderado

por enfermeiro

levou a

qualidade dos

cuidados a um

novo nível,

enquanto

continha os

custos. Os

eventos

críticos

reduzidos,

taxas de

transferência

mais baixas

para a UTI,

hospitalizações

mais curtas e

serviços de

apoio clínico a

uma ampla

gama de

departamentos

hospitalares

ocorreram

Page 129: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

127

obstétricos. As

equipes vêem o

time de resposta

rápida como uma

adição positiva ao

atendimento, onde

97% da equipe

avaliou o time de

resposta rápida

como excedendo as

expectativas dos

serviços prestados.

como resultado

desse modelo.

Embora seja

difícil contar o

número de

vidas salvas, é

evidente que

este modelo

forneceu

serviços que

reduziram os

eventos

adversos do

paciente.

Título/ local/

ano

Autor Objetivos Desenho

metodológico

Resultados Conclusão

La

reanimación

cardiopulmon

ar y laatención

inicial a

lasurgencias y

emergenciaspe

diátricasEspan

ha

2011

García

HMA,

González

CR, López

GJ, Aracil

SFJ

Falar sobre

manobras de suporte

básico (SBV e SAV)

e avançado de vida

para pacientes

pediátricos

Artigo

debate/opnião

Aborda as

principais

manobras de SBV

e SAV como

compressão

torácica,

desfibrilação,

acesso vascular e

obtenção de via

aérea avançada

As manobras

devem ser

feitas de

maneira eficaz

e rápida

Título/ local/

ano

Autor Objetivos Desenho

metodológico

Resultados Conclusão

Parada

cardiaca

relacionada

conla

anestesia

enpediatría.

Registro enun

hospital

infantil

terciario.

Espanha

2013

Sanabria

CP, Ochoa

O C,

Martín VA,

Lahoz RA,

Rodríguez

PE,

Reinoso

BF,

Goldman

TL.

Analisar a parada

cardíaca relacionada

à anestesia em um

hospital de crianças

terciárias, a fim de

identificar fatores de

risco que permitam

estabelecer

oportunidades de

melhoria.

Um estudo

retrospectivo de

5 anos da

parada cardíaca

relacionada à

anestesia que

ocorreu em

pacientes

pediátricos.

Foram

incluídos todos

os

procedimentos

anestésicos

urgentes e

eletivos

realizados por

anestesiologista

Um total de 15

paradas cardíacas

relacionadas à

anestesia foram

registradas em

43.391

procedimentos

anestésicos (3.4

por 10.000), com

incidência em ASA

I-II versus ASA ≥

III crianças de 0,28

e 19,27 por 10.000,

respectivamente.

Os principais

fatores de risco

foram crianças com

ASA ≥ III (p

Os principais

fatores de risco

para parada

cardíaca foram

ASA ≥ III,

idade inferior a

um ano,

procedimentos

urgentes,

cardiológicos e

aqueles

realizados no

laboratório

hemodinâmico

. A principal

causa da

paralisação foi

cardiovascular,

Page 130: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

128

s. Os dados

obtidos

incluíram

características

do paciente, o

procedimento, a

causa provável

e a evolução da

parada

cardíaca.

<0,001), crianças

com menos de um

mês (p <0,001),

crianças com

menos de um ano

(p <0,001),

procedimentos

urgentes (p <0,001)

e procedimentos

laboratoriais para

hemodinâmica (p

<0,05). As

principais causas

de parada cardíaca

foram

cardiovasculares

(53,3%),

principalmente

devido a

hipovolemia,

seguidas por causas

respiratórias (20%)

e efeitos adversos

da medicação

(20%).

principalmente

devido à

hipovolemia.

Todos os

pacientes que

morreram ou

apresentaram

lesão

neurológica

foram ASA ≥

III. A

hipertensão

arterial

pulmonar

comporta o

risco de

mortalidade

relacionada à

anestesia.

In-hospital

pediatric

cardiac arrest

in Honduras.

Honduras

2015

Matamoros

M,

Rodriguez

R, Callejas

A, Carranza

D, ZeronH,

Sánchez C,

Del Castillo

J, López-

Herce J

Analisar as

características e

fatores prognósticos

da parada cardíaca

pediátrica em um

hospital público de

Honduras

Estudos

prospectivo

observacional

realizado em

ambulatório

pediátrico

como parte de

um estudo

internacional

multicêntrico.

Foram

estudadas 170

crianças, sendo

realizadas

análises de

regressão

logística para

avaliar a

influência de

cada fator na

mortalidade

A PCR ocorreu na

emergência em

66,9%. Doenças

respiratórias e

sepse foram causas

determinantes de

PCR. O retorno da

circulação

espontânea foi

alcançado em 60%

dos pacientes e

22,6% tiveram alta

hospitalar. Os

fatores

relacionados à

mortalidade foram

causas não

respiratórias,

administração de

adrenalina, e

duração da

ressuscitação

cardiopulmonar >

que 10 minutos

Em país em

desenvolvimen

to a sobrevida

de uma criança

que sofre

parada

cardiorrespirat

ória e baixa,

onde pacientes

com causas

não

respiratórias e

que necessitam

de

administração

de adrenalina e

ressuscitação

prolongada

apresentam

pior

prognóstico

Page 131: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

129

Apêndice B - Fluxograma: Esquema do protocolo de atendimento assistencial para atuação

da equipe de enfermagem no manejo da parada cardiorrespiratória na UTI pediátrica.

Paciente em PCR Duas PCRs simultâneas:

garantir a presença de

um enfermeiro em cada

frente

Profissional que primeiro identificar

deve acionar a equipe e atentar para a

hora de inicio

Verificar/confirmar e garantir

monitorização adequada

Iniciar manobras de RCP segundo algoritmo de PCR em pediatria. Revesar

compressões a cada 2 minutos (o enfermeiro deve confirmar o ritmo de

PCR com o médico)

O carro de emergência é trazido por algum profissional

Os membros da equipe que estiverem participando/executando

diretamente as manobras de RCP devem repetir em voz alta a ordem dada,

confirmando a mesma e evitando erros

Fixar um membro da

equipe como responsável

pela diluição dos

medicamentos utilizados,

tendo cuidado para

guardar as ampolas

facilitando o controle das

doses administradas

Um membro da equipe

(de preferência o

enfermeiro) deve anotar

todos os medicamentos

administrados e o

intervalo entre eles, assim

como os procedimentos

realizados

O enfermeiro ou qualquer

pessoa da equipe deve

sinalizar/corrigir qualquer

membro da equipe que

esteja realizando alguma

manobra de maneira

equivocada. Esse

profissional deve ser

subistituido imediatamente

O registro/evolução de

todos os membros da

equipe deve ser feito o

mais fidedignamente. Ex:

hora do inicio da PCR;

retorno da circulação

espontânea; ritmo da

PCR e etc

A essa altura o médico já deve estar presente

Garantir um acesso vascular venoso o mais rápido, caso o

paciente ainda não tenha

A essa altura todos os equipamentos e matérias

necessários para o atendimento devem estar disponíveis

Garantir a desfibrilação até 3 minutos do início de PCR em FV ou TV sem pulso

O enfermeiro ao receber o plantão deve:

1° identificar os pacientes mais graves e

sinalizar para equipe.

2º conferir o funcionamento do laringoscópio;

presença de tábua rígida no carro de emergência e certificar se os equipamentos do

leito (ex: vácuo, ambu e etc) estão em perfeitas

condições e adequadas para a idade.

3º predeterminar as funções dos componentes da equipe e identifica-los com um crachá de

acordo com sua função. Obs: Não fixar número

mínimo ou máximo de profissionais para o atendimento, evitando indivíduos de mais ou menos

Importante:

• Orientar os pais/acompanhante legal sobre os procedimentos

realizados.

•Discutir com antecedência com todos os membros da equipe, a

presença dos pais nesse momento.

Page 132: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

130

Anexo A: Cadeias de sobrevivência da AHA

Fonte: American Heart Association -AHA. Destaques da atualização das diretrizes da AHA

para RCP e ACE. Guidelines CPR e ECC. United States of America, 2015:32p

Page 133: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

131

Anexo B: Algoritmo de SBV

Fonte: American Heart Association -AHA. Destaques da atualização das diretrizes da AHA

para RCP e ACE. Guidelines CPR e ECC. United States of America, 2015:32p

Page 134: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

132

Anexo C: Resumo dos componentes para RCP de alta qualidade no SBV

Fonte: American Heart Association -AHA. Destaques da atualização das diretrizes da AHA

para RCP e ACE. Guidelines CPR e ECC. United States of America, 2015:32p

Page 135: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

133

Anexo D: Limites de Pressão arterial sistêmica em neonatal e pediatria.

Fonte: Disque K. PALS – Pediatric Advanced Life Support. Provider Handbook. United

States of America.2016: 5-62.

Page 136: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

134

Anexo E: Algoritmo de SAV.

Fonte: Disque K. PALS – Pediatric Advanced Life Support. Provider Handbook. United

States of America.2016: 5-62.

Page 137: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

135

Anexo F: Resumo dos medicamentos usados no SAV.

Fonte: Disque K. PALS – Pediatric Advanced Life Support. Provider Handbook. United

States of America.2016: 5-62.

Page 138: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE … Pereira Costa... · ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE DURANTE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

136

Anexo G: Exemplo de “folha de parada”

Fonte: Melo MCB, Gresta MR, Vascocellos MC, Serufo JC, Oliveira NS. Atendimento à

parada cardiorrespiratória: Atendimento progressivo à vida. Revista Médica de Minas Gerais

2008; 18(4): 267-274.