atuaÇÃo do enfermeiro em primeiros socorros no...
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Deyse de Cassia dos Santos
Lucas André Alves de Godoi
Vanderson Martins Genova
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO EM PRIMEIROS SOCORROS
NO AMBIENTE ESCOLAR
Bragança Paulista
2011
Deyse de Cassia dos Santos - 001200801021
Lucas André Alves de Godoi - 001200800652
Vanderson Martins Genova - 001200800446
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO EM PRIMEIROS SOCORROS
NO AMBIENTE ESCOLAR
Projeto de Pesquisa apresentada à disciplina Trabalho de Conclusão de Curso, do Curso de Enfermagem, da Universidade São Francisco, sob orientação do Profa. Dra. Beatriz Helena de Araujo Verri, como exigência para conclusão do curso de graduação.
Bragança Paulista
2011
DEDICATÓRIA
“A Deus fonte de todo bem e toda graça em minha vida,
que em sua infinita misericórdia permitiu que chegasse
até aqui. Aos meus pais pelo apoio e carinho e paciência
durante o percurso da graduação. A minha irmã pelo
exemplo de dedicação e perseverança. A minha avó por
sua luta incansável pela vida. A todos os meus amigos e
professores que me auxiliaram nessa jornada.”
Deyse de C. Santos
"Agradeço primeiramente à Deus e ao meu querido pai
Tiãozinho in memoriam, minha linda esposa Gaby que
me dá muita força nas horas mais difíceis, meu filho
Vinny (my little boy) que me proporciona muita alegria
com os momentos mais simples que a vida oferece, à
minha mãe Cida que é uma grande guerreira e um
exemplo de vida e há todos meus familiares que me
apoiaram nesta fase da minha vida.”
Lucas A.A. de Godoy
“Aos meus pais Orlando e Dulcéia que sempre me deram
força para esta conquista a minha tia Nil pela força e
motivação durante esta jornada, a minha esposa Milena
que soube lidar carinhosamente a minha ausência no
decorrer da graduação e a todos aqueles que direta ou
indiretamente acreditaram ao meu potencial ou não por
fim contribuíram para esta realização e o incentivo a este
sonho.”
Vanderson M. Genova
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AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus, que nos
descortinou esta profissão e pela sua presença
constante em nossa jornada de estudos nesses
quatro anos.
À nossa querida amiga e orientadora Profª DRª
Beatriz Helena Verri, pelo seu comprometimento e
sua paciência em nos auxiliar nesta monografia;
Aos nossos mestres, que foram todos magníficos em
dividir conosco um pouco de sua sabedoria;
A todos nossos familiares e amigos pelo apoio e
colaboração;
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"Para realizar grandes conquistas, devemos não apenas agir, mas também sonhar; não
apenas planejar, mas também acreditar."
Anatole France.
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RESUMO
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO EM PRIMEIROS SOCORROS NO AMBIENTE ESCOLAR
Santos, Deyse C. dos; Godoi, Lucas Andre A. de; Genova, Vanderson M.; Verri, Beatriz Helena de A.
O espaço escolar é um ambiente propício a acidentes devido ao grande número de crianças que nele se encontra, interagindo e desenvolvendo nas mais diversas atividades. A ocorrência de um acidente os Primeiros Socorros é um ato de extrema importância que deve ser assistido rapidamente podendo evitar seqüelas grave em uma vítima ou até mesmo salvar sua vida. Frente a estas questões este estudo teve como objetivo analisar o nível de conhecimento dos professores e funcionários em primeiros socorros da escola E.M.E. F Professor Guilherme Pileggi Contensini da rede municipal do Município de Atibaia/SP. Tratou-se de um estudo analítico descritivo com abordagem quantitativo-qualitativa propondo-se conhecer o nível de conhecimento dos docentes e funcionários da rede ensino quanto primeiros socorros. O projeto de pesquisa foi submetido à aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São Francisco, sendo que a coleta de dados foi realizada com 27 colaboradores sendo 15 professores, 10 funcionários, 1 professor Coordenador e uma 1 diretora de ensino no período de maio e junho de 2011. Em relação aos principais resultados, verificou-se que a maioria (63%) afirmou que não possuem conhecimentos em primeiros socorros; 74% não possuem conhecimento em uma situação de bronco aspiração, 63% não saberiam agir frente à situação de queda, 77,8 % não apresentam conhecimento sobre desmaio, 77,78% não possuem conhecimento sobre convulsão, 78% não apresentam conhecimento frente à situação de Parada Cardio respiratória Verificou-se que 96% dos educadores entrevistados acham importante o conhecimento em Primeiros Socorros, pois evitaria riscos ou agravos no salvamento de uma vítima de acidente e apenas 1 profissional acredita ser importante o conhecimento no assunto porém quem deve saber agir são socorristas e não pessoas leigas. Não se observou conhecimento adequado dos professores entrevistados em relação aos procedimentos de urgência a serem adotados frente aos eventos analisados, demonstrando a necessidade da inclusão deste tema na capacitação dos profissionais e também da realização de campanhas de educação em saúde, melhorando assim o atendimento integral à sáude do escolar.
Palavras chaves: primeiros socorros, saúde do escolar, papel do enfermeiro.
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SUMMARY
PERFORMANCE OF NURSES IN FIRST AID AT SCHOOL
Santos, Deyse C. dos; Godoi, Lucas Andre A. de; Genova, Vanderson M.; Verri, Beatriz Helena de A.
ABSTRACT:
The school is an environment conducive to accidents due to the large number of children who it is, developing and interacting in various activities. The occurrence of an accident First Aid is an act of extreme importance that must be watched quickly can prevent serious sequelae in a victim or even save your life. Faced with these questions this study aimed to analyze the level of knowledge of teachers and staff in the school's first aid E.M.E.F Prof. Guilherme Pileggi Contensini the municipal city of Atibaia / SP. This was a descriptive analytical study with quantitative and qualitative approach, proposing to meet the level of knowledge of teachers and teaching staff in the network and first aid. The research project was submitted to the Ethics Committee in Research of the University San Francisco, and the data collection was carried out with 27 employees and 15 teachers, 10 staff, a Coordinator and a teacher teaching a director from May and June 2011. In relation to the main results, we found that a majority (63%) said they do not have knowledge of first aid, 74% have no knowledge of a situation bronco aspiration, 63% do not know the situation ahead of fall, 77, 8% have no knowledge of fainting, 77.78% have no knowledge about seizures, 78% have no knowledge in comparison to the situation of cardio respiratory arrest found that 96% of teachers surveyed think it is important knowledge in First Aid, because it would avoid risks and injuries in the rescue of a victim of an accident and only a professional believes is important to know the subject but who are first responders should know how to act and not lay people. There was no adequate knowledge of the teachers interviewed in relation to emergency procedures to be adopted before the events analyzed, demonstrating the need to include this subject in the training of professionals and also campaigns, health education, thus improving the comprehensive care health-related school.
Keywords: First aid, school nurse´s role.
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LISTA DE SIGLAS CIPAVE – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes OMS – Organização Mundial da Saúde SBV – Suporte Básico de Vida
LISTA DE TABELA TABELA1 - Caracterização dos professores e funcionário da Escola E.M.E.I Professor
Guilherme Pileggi Contensini da Rede Municipal do Município de Atibaia/SP, segundo
idade, profissão, cargo função ..........................................................................................
26
10
LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Distribuição do conhecimento dos entrevistados sobre Primeiros
Socorros. Atibaia, 2011. .................................................................................................
27
Gráfico 2 - Distribuição quanto ao fato dos entrevistados ter passado por alguma
situação de emergência envolvendo alunos em seu ambiente de trabalho. Atibaia,
2011. .............................................................................................................................
28
Gráfico 3 - Distribuição quanto ao fato dos entrevistados apresentarem
conhecimento sobre uma situação de bronco aspiração. Atibaia, 2011. .......................
30
Gráfico 4 - Distribuição das respostas dos entrevistados das condutas a ser tomada
em frente a uma emergência de broncoaspiração. Atibaia, 2011. .................................
31
Gráfico 5 - Distribuição do conhecimento dos entrevistados frente a uma ocorrência de
queda de um aluno ocasionando hematoma e edema. Atibaia, 2011.............................. 32
Gráfico 6 - Distribuição das respostas dos entrevistados das condutas á ser tomada frente a
uma ocorrência de queda de um aluno ocasionado hematoma e edema. Atibaia, 2011... 33
Gráfico 7 - Distribuição quanto ao fato dos entrevistados apresentarem conhecimento sobre
uma situação de desmaio. Atibaia, 2011. ......................................................................... 35
Gráfico 8 - Distribuição das respostas dos entrevistados quanto à conduta a ser tomada
frente a uma ocorrência de desmaio. Atibaia, 2011. ........................................................ 36
Gráfico 9 - Distribuição quanto ao fato dos entrevistados apresentarem conhecimento
sobre uma situação de convulsão. Atibaia, 2011. ............................................................. 37
Gráfico 10 - Distribuição quanto ao fato dos entrevistados quanto à conduta a ser tomada
frente a uma situação de convulsão. Atibaia, 2011. .......................................................... 38
Gráfico 11 - Distribuição quanto ao fato dos entrevistados apresentarem conhecimento
sobre uma situação de ferimento corto – contuso. Atibaia, 2011. ..................................... 39
11
Gráfico 12 - Distribuição das respostas dos entrevistados quanto à conduta a ser tomada
frente a uma ocorrência de ferimento corta - contuso. Atibaia, 2011. ................................ 40
Gráfico 13 - Distribuição quanto ao fato dos entrevistados apresentarem conhecimento
sobre uma situação de Parada Cardio Respiratória. Atibaia, 2011. ................................. 42
Gráfico 14 - Distribuição das respostas dos entrevistados quanto à conduta a ser tomada
frente a uma ocorrência de uma Parada Cardio Respiratória. Atibaia, 2011. ................... 43
Gráfico 15 - Distribuição quanto ao fato dos entrevistados apresentarem conhecimento
sobre uma situação de Obstrução de Vias Aéreas. Atibaia, 2011. ................................... 45
Gráfico 16 - Distribuição das respostas dos entrevistados quanto à conduta a ser tomada a
uma ocorrência de Obstrução de Vias Aéreas. Atibaia, 2011. ........................................... 46
Gráfico 17 - Distribuição das respostas dos entrevistados quanto à importância do
conhecimento em Primeiros Socorros no Ambiente Escolar. Atibaia, 2011. ..................... 48
12
SUMÁRIO
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE SIGLAS
LISTA DE TABELA
LISTA DE GRÁFICOS
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 14
2. REVISÃO DE LITERATURA ....................................................................................................................... 16
3. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................................ 21
4. OBJETIVOS .................................................................................................................................................... 22
4.1 OBJETIVOS GERAIS ...................................................................................................................................... 22
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................................................................. 22
5. METODOLOGIA ........................................................................................................................................... 23
5.1 TIPO DO ESTUDO .......................................................................................................................................... 23
5.2 CONTEXTO DO ESTUDO ................................................................................................................................ 23
5.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA .............................................................................................................................. 23
5.4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO ............................................................................................................................. 23
5.4 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO ............................................................................................................................. 24
5.5 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS .......................................................................................................... 24
5.6 COLETA DE DADOS ...................................................................................................................................... 24
5.7 ANÁLISE DOS DADOS ................................................................................................................................... 24
5.8 ASPECTOS ÉTICOS ....................................................................................................................................... 25
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................................................................................... 26
6.1 Dados Socioeconômicos........................................................................................................26
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................................................50
8. CONCLUSÃO...................................................................................................................................................52
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................................................54
13
10. APÊNDICES....................................................................................................................................................53
10.1 APÊNDICE 1 ............................................................................................................................................... 53
10.2 APÊNDICE 2... ............................................................................................................................................ 60
10.3 APÊNDICE 3. .............................................................................................................................................. 61
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1. INTRODUÇÃO
Acreditamos que acidentes nunca acontecerão conosco, pois são percebidos como
situações inevitáveis, quando acontecem refletimos os que poderíamos ter feito para tê-lo
evitado (SOUZA,1999).
O ambiente escolar é um ambiente vulnerável a ocorrência de acidentes devido ao
grande número de crianças interagindo e realizando atividades frequentemente, também
pelo ambiente físico, social e psicológico sendo de extrema responsabilidade dos
professores, monitores e da direção da escola a segurança dos mesmos. Segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS) entre as primeiras causas de óbito nos países
desenvolvidos e em desenvolvimento são os acidentes entre crianças de 5 á 19 anos de
idade com idade escolar. Já no Brasil o índice é de 6 a 13% dos casos em crianças nesta
faixa etária (SENA et al, 2008).
O conhecimento do suporte básico de vida (SBV) é fundamental para todos aqueles
que lidam com vidas principalmente professores de redes de ensino infantil onde alunos
apresentam maior fragilidade por conta da idade e maturidade. O SBV são etapas que
podem ser realizadas fora do ambiente hospitalar, é o atendimento imediato prestado a uma
pessoa ferida ou que adoece repentinamente (FERREIRA, 2001).
Por não realizarem um atendimento correto pela falta de conhecimento do SBV os
leigos podem prestar um atendimento inadequado com isso poderia ocasionar ainda mais
prejuízos a vítima. Acredita-se que os socorristas agem sem possuírem treinamento correto,
mas sim pelo sentimento de solidariedade (ARAUJO, 2005).
Através deste estudo podemos analisar o conhecimento dos professores das creches
do Município de Atibaia, estado de São Paulo, com base em conhecimentos em primeiros
socorros visto que é um assunto de grande importância no cenário escolar. É importante
que haja preparação profissional, pois acidentes podem ocorrer a qualquer momento e por
isso temos que estar preparados para agir com conhecimento e segurança, minimizando
15
assim o risco de danos que venha a acontecer com a manipulação incorreta da vitima ou
falta de socorro imediato acarretando em um maior agravamento do estado da vitima ou até
mesmo a perda de sua vida.
16
2. REVISÃO DE LITERATURA
Educação em saúde é definida como instrumento do que pode, proporcionar
ampliação do cuidado á saúde do escolar (MARCONDES,1972).
O enfermeiro desenvolve nas creches um trabalho fundamentado no
planejamento e supervisão e de programas de saúde, vigilância epidemiológica, avaliação
dos cuidados prestados, supervisão de lactários, oferta de medicamento, controle de
imunização e orientação as famílias (MARANHÃO, 1999).
A escola constitui um importante espaço de formação de cidadania, inclusão social é
um ambiente de ralações complexas que permanecem por toda a vida (LlBERAL, et al,
2005).
O conceito sobre acidentes que ocorrem no ambiente escolar, era anteriormente
definido como um evento danoso que independe de qualquer vontade, resultado de uma
força externa, passa gradativamente a ser compreendido como um evento que poder ser
evitado(SENA, 2008).
Acidentes representam uma importante causa de morbi-mortalidade da população
infantil, a criação de políticas públicas se torna algo fundamental (AMARAL, et al, 2009)
O censo 2000 IBGE contabilizou 42,3 milhões de brasileiro em idades escolar, sendo
essa a população vulnerável acidentes e violência (LlBERAL, et al, 2005).
Quedas são a maior causa de internação na população de 0 á 19 anos seguido de
intoxicações, acidentes de transporte, agressões, queimaduras, afogamento, aspiração de
corpo estranho (AMARAL, et al, 2009).
O perfil epidemiológico também apresenta importantes variáveis, pois os acidentes
são determinados por multi-causalidades como: sexo, idade, etapa de desenvolvimento
neuro-psico-motor, imaturidade e incapacidade de identificar situações de risco e
incoordenação motora, comportamentos agressivos, hiperatividades, distração também são
um fator importante (MARTINS, 2006).
17
Na faixa etária 7 á 10 anos quedas predominantes na, aspiração de corpo estranho
lactentes a menores de 5 anos, afogamentos 0 á 3 anos. Queimaduras térmicas e
escaldaduras menores de 3 anos em todas os acidentes o sexo masculino é predominante
(AMARAL, et al, 2009).
O ambiente escolar é extremante vulnerável, dos acidentes com crianças em idade
escolar 6% a 13% ocorrem em instituições de ensino no Brasil (SENA, 2008).
Os professores detêm um conhecimento empírico sobre suas ações diante de
acidente, afirmam que experiência profissional e familiar que orientem como proceder
(VIEIRA, et al, 2004).
A percepção dos destes sobre os acidentes são diversas e podem ser atribuídas
como: fatalidades, fruto do acaso, algo que não explicação, conseqüências da própria
infância, conseqüência do ambiente físico inadequado e inseguro, conseqüência do modo
de vida e educação da família contemporânea, pais que trabalham e não dão devida
atenção os filhos, e como conseqüência da super - proteção familiar, cuidados que
impossibilitam a responsabilidade das crianças sobre ela mesma (SENA, 2008).
Os docentes apresentam sentimentos diferentes quando relativos á auto-
competência para prestar socorro, em geral se sentem tranqüilos e preparados,quando o
acidente não apresenta gravidade,mas diante de uma situação de gravidade o relatam
sentimento de estresse e impotência. É vivencia por todos (SENA, 2008).
Cuidadoras que vivenciaram os acidentes ocorridos em creches relatam que se
sentem despreparadas para realizar atendimentos, que sentimentos de insegurança muitas
vezes estão presentes, a principal preocupação consiste em esta agindo de forma
inadequada (SILVANI, et al, 2008).
A falta de conhecimento é causa de muitos problemas, que podem ser descritos
como: Estado de pânico ao ver o acidentado, manipulação incorreta da vítima, solicitação
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excessiva ou desnecessária do socorro especializado em emergência (FIORUC, et al,
2008).
Capacitação em primeiros socorros é um ponto importante, onde os professores
referem ter pouca ou nenhuma capacitação, os treinamentos geralmente são esporádicos
ou pontuais, o que demonstra o despreparo das escolas (SENA, 2008).
A falta desta, também é vivenciada pela cuidadoras que atuam em creches, durante
sua formação profissional não recebem nenhuma formação que orientem a prevenção de
acidentes na infância, os profissionais julgam necessária essa qualificação para bom
desempenho de seu trabalho (SILVANI, et al, 2008).
As principais dúvidas das pelas cuidadoras diante de acidente e como agir frete
acidente como: afogamento, picadas de insetos, queimaduras, desmaio, fratura e
sangramento nasal, outro dificuldade apresentada e como reconhecer a gravidade do
acidente que serviço deve ser solicitado (SILVANI, et al, 2008).
Prevenção de acidentes é reconhecida pelas professoras como um assunto
importante, embora muitos não consigam diferenciar se significado com o de primeiros
socorros a serem prestados (VIEIRA, et al, 2004).
As ações de prevenção são percebidas pelos professores e cuidadoras como
cuidados diretos, orientação por meio de conversar do cotidiano e orientações lúdicas
utilizando peças teatrais (VIEIRA, et al, 2004).
Os professores desejam encontros onde possam ser objetivamente orientados, como
devem agir em relação à prevenção de acidentes domésticos, com finalidade de ampliar seu
conhecimento, essa orientação poderia ser compartilhada com os pais e também
desenvolver uma linguagem que possa ser trabalhada de forma lúdica com as crianças
(VIEIRA, et al, 2004).
19
A criação de estratégias e ações são de extrema importância, podem ser primárias
que evitam a ocorrência de violência ou acidente, secundária que continue o atendimento da
vítima e terciário, promovendo a reabilitação da vítima (LlBERAL, et al, 2005).
Acidentes ocorrem no ambiente escolar, representam um problema complexo que
envolve responsabilidade legal do professor, que ao prestar atendimento abandona o
restante dos alunos. Diagnósticos epidemiológicos dentro das instituições de ensino são de
extrema importância para identificar as principais ocorrências, conhecendo esse conceito foi
criada na Argentina uma planilha de registro, que é utilizada no projeto “Escola Segura e
Saudável”, as planilhas registram informações como, sexo, idade nome, série, tipo de
acidente, horário, local, desenrolar, critério de inclusão (LlBERAL, et al, 2005).
Essas informações resultaram em medidas que alteraram horário de recreio,
separam crianças por faixa etária, horários de saídas conforme turmas, jogos dirigidos no
recreio, atividades musicais, a criação de um ambiente sempre limpo e seguro. O Brasil
também apresenta um importante conquista nesta área, na cidade de Recife foi à aprovação
da instalação das comissões internas de prevenção de acidentes e violência nas escolas
(CIPAVE) através da lei municipal 16665/2001, já sancionada cria o Programa Permanente
de prevenção de Acidentes que deve ser implementado pela (CIPAVE) (LlBERAL, et al,
2005).
A sociedade civil também apresentou projeto de mobilização como o projeto ”
Criança Segura” criado em 2001 com finalidade de promover ações de prevenção de
acidente com crianças de 0 a 14 anos, atua através do desenvolvimento de pesquisas sobre
o assunto e informando a população. O projeto já implementou o programa ”Criança segura
na Escola” desenvolvendo atividades em sala de aula e abordando o tema de forma
transversal.A criação da “Escola Segura” envolve um contexto amplo, onde a prevenção de
acidentes é prioridade constante, que resulta no incentivo a hábitos saudáveis, é prepara o
aluno para a vida. Todos os profissionais de saúde têm papel fundamental iniciativas dos
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setores de saúde devem ser compartilhados a outras ligadas à cultura segurança e justiça,
esses fatores são fundamentais para construção da cidadania (LlBERAL, et al, 2005).
21
3. JUSTIFICATIVA
O ambiente escolar é extremante vulnerável para a ocorrência dos acidentes com
crianças. Verificamos em estudos que dos acidentes em crianças em idade escolar, 6% a
13% ocorrem em instituições de ensino no Brasil. As ações de prevenção devem ser
conhecidas pelos professores, cuidadoras e por todos aqueles que estejam diretamente
dispensando cuidados às crianças Objetiva-se, portanto, com este Projeto, realizar
reflexões sobre a importância da atuação do enfermeiro em ambientes escolar por meio de
estratégias de primeiros socorros as crianças.
Esse estudo certamente se constituiu numa importante contribuição para a área de
saúde, em especial para a enfermagem, mediante o aprofundamento da temática na
compreensão do objeto de estudo, apontando que o papel do enfermeiro, como elemento da
equipe de saúde, implica numa postura ativa e acolhedora, apropriando-se de novas
atuações e práticas, instrumentalizando-os na transformação da atenção à saúde específica
para crianças e adolescentes na prevenção de acidentes.
22
4. OBJETIVOS
4.1 Objetivos Gerais
� Identificar nível de conhecimento em primeiros socorros dos professores e
funcionários da escola E.M.E.F Professor Guilherme Pileggi Contensini do município
de Atibaia/SP.
4.2 Objetivos Específicos
� Identificar a percepção dos professores e funcionários sobre acidentes no ambiente
escolar e quais são as situações de risco.
� Avaliar o nível de conhecimento dos professores e funcionários em primeiros
socorros.
� Reconhecer qual a necessidade de capacitação dos professores e funcionários em
primeiro socorros.
23
5. METODOLOGIA
5.1 Tipo do estudo
Foi um estudo analítico descritivo, com abordagem quantitativa-qualitativa propondo-
se identificar o nível de conhecimento em primeiros socorros dos professores e funcionários
da escola E.M.E.F Professor Guilherme Pileggi Contensini da rede municipal do município
de Atibaia/SP.
5.2 Contexto do estudo
Foi desenvolvido no ambiente escolar E.M.E.F Professor Guilherme Pileggi Contensini
do município de Atibaia/SP escola municipal composta por 15 Professores, 10 Funcionários
exercendo atividades diversas, 1 Professor Coordenador, 1 Diretora de Ensino. A escola
tem 453 alunos matriculados estes com faixa etária de 6 á 10 anos de idade.
5.3 População e amostra
O estudo foi realizado com os professores e funcionários da escola E.M.E.F Professor
Guilherme Pileggi Contensini do município de Atibaia/SP. O cálculo da amostra foi através
do levantamento do número de colaboradores da escola, estes com um contato direto com
os alunos. Com base nestes dados a amostra foi composta de 27 colaboradores sendo 15
Professores, 10 Funcionários, 1 Professor Coordenador, 1 Diretora de Ensino.
5.4 Critérios de inclusão
Foram incluídos no estudo todos colaboradores que trabalham na escola, maiores de
18 anos de idade, e que tenham um contato direto com os alunos e que estejam de acordo
em participar do estudo e a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Apêndice 02).
24
5.4 Critérios de exclusão
Foram excluídos do estudo os colaboradores que tenham idade inferior á 18 anos, que
prestam serviços terceirizados, não fazem parte do quadro de funcionários ou que não
concordem com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice 02).
5.5 Instrumento de coleta de dados
Foi elaborado um instrumento de coleta de dados como questionário (Apêndice 1),
dividido em 2 partes contendo os seguintes dados:
I- Identificação.
II- Questões.
O questionário foi composto de 10 questões de múltipla escolha sendo somente uma
correta, algumas contém a alternativa (Nenhuma das Anteriores e Sim____________...)
esta com um campo livre para uma resposta descritiva se necessário.
5.6 Coleta de dados
O projeto foi aprovado e autorizado pelo do Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade São Francisco e da Secretaria da Educação do Município de Atibaia/SP. Em
seguida foram selecionados os participantes da pesquisa como descrito no critério de
exclusão e apresentado o Termo do Consentimento Livre e Esclarecido.
Os dados foram coletados pelos próprios autores da pesquisa no período entre
Maio/Junho de 2011.
5.7 Análises dos dados
Após a aplicação do instrumento da coleta de dados, os mesmos foram catalogados e
dispostos em um banco de dados no Microsoft Excel. Ao termino da pesquisa, foram
calculadas as freqüências das variáveis de estudo, médias e desvio padrão. Após está
análise, as variáveis do estudo estão apresentadas em gráficos e tabelas, procurando
25
estabelecer articulações entre os dados encontrados e o referencial teórico do trabalho,
buscando-se compreender a descrição geral da realidade pesquisada estabelecendo
relações que permitam explicar a importância do conhecimento em primeiros socorros no
ambiente escolar.
5.8 Aspectos Éticos
Todos os participantes da pesquisa assinaram um Termo de Consentimento, Livre e
Esclarecido (Apêndice 2). Todas as informações fornecidas pelos participantes são de sua
livre escolha, sendo que para cada um deles foi explicado o motivo da pesquisa e o
conteúdo dos instrumentos de coleta de dados, e que caso a mesma não queira participar a
sua participação no programa não será afetado.
Este estudo, embora realizado com seres humanos, não acarretará risco conhecido à
saúde física e mental dos mesmos, visto que não será utilizada nenhuma forma de
intervenção, a não ser a aplicação de um questionário, porém, ressalta-se que o estudo
poderá causar constrangimento aos sujeitos de pesquisa quando da resposta às perguntas
do instrumento.
Será assegurada à participante da pesquisa a manutenção do sigilo da informação
prestada. Todos os instrumentos de coleta de dados ficarão arquivados e sob
responsabilidade do pesquisador(a).
A presente pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
São Francisco. Vale ressaltar foi autorizado à realização da pesquisa na escola E.M.E.F
Professor Guilherme Pileggi Contensini do município de Atibaia/SP.
Serão cumpridos os termos da Resolução 196 (10/10/1996), do Conselho Nacional de
Saúde (BRASIL, 1996).
26
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
6.1 Dados Socioeconômicos
A seguir apresentaremos os principais resultados bem como a discussão dos mesmos
referentes às características sócias econômicas.
O presente estudo nos revela que a faixa etária predominante dos entrevistados foi
acima de 40 anos caracterizando uma população adulta uma vez que 25,93% encontram-se
abaixo dos 40 anos de idade.
No trabalho realizado a faixa etária predominante de profissionais variou entre 18 e 40
anos de idade sendo que a maior faixa etária encontrada neste estudo foi acima de 40 anos
de idade (74,07 %).
Tabela 1 - Caracterização dos professores e funcionário da Escola E.M.E.I Professor
Guilherme Pileggi Contensini da Rede Municipal do Município de Atibaia/SP, segundo
idade, profissão, cargo função, Atibaia 2011.
IDADE N %
18 - 25 Anos 2 7,41%
26 - 40 Anos 5 18,52%
Acima de 40 Anos 20 74,07%
PROFISSÃO N %
Professora de Educação Física 1 3,70%
Merendeira 5 18,52%
Diretora 1 3,70%
Cozinheira 1 3,70%
Professora 12 44,44%
Auxiliar professores 1 3,70%
Estagiário 1 3,70%
Ajudante geral 1 3,70%
Secretária 1 3,70%
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Professora Coordenadora 1 3,70%
Inspetora de Alunos 2 7,41%
CARGO E FUNÇÃO N %
Professora 13 48,15%
Merendeira 5 18,52%
Diretora 1 3,70%
Cozinheira 1 3,70%
Auxiliar de Professores 1 3,70%
Secretária 1 3,70%
Inspetora de Alunos 2 7,41%
Estagiário 1 3,70%
Ajudante Geral 1 3,70%
Professor Coordenador 1 3,70%
6.2 Gráfico 1. Distribuição do conhecimento dos entrevistados sobre Primeiros
Socorros. Atibaia, 2011.
37%
63%
SIM (10)
NÃO(17)
Em relação ao conhecimento dos entrevistados em primeiros socorros, verificou-se
que 10 (37%) referiam que possuem conhecimentos nessa aérea e 17 (63%) referiam
negativamente nesse quesito, ou seja, não dominam o assunto.
28
No ambiente escolar os acidentes são uma preocupação constante sendo de
extrema importância que os profissionais e professores que estão diretamente ou
indiretamente em contato com os alunos saibam agir frente a esses eventos assim sabendo
como evitá-los e como agir diante desta situação, evitando complicações por conta de
procedimentos inadequados, podendo garantir uma melhor evolução e prognóstico nos
ferimentos (FRANÇOSO, 2007).
No Brasil em 2005 o total de óbitos segundo causas externas com faixa etária entre
menor que 1 ano á 19 anos de idade foi de 21.040 mortes totalizando 23,42% de óbitos
neste grupo, nesse sentido a escola tem uma importante responsabilidade na promoção de
saúde, prevenção de doenças e de acidentes entre crianças e adolescentes (FIORUC, et al,
2008).
6.3 Gráfico 2. Distribuição quanto ao fato dos entrevistados ter passado por alguma
situação de emergência envolvendo alunos em seu ambiente de trabalho. Atibaia,
2011.
41%
59%
SIM (11)
NÃO(16)
Em relação ao fato dos entrevistados ter presenciado alguma situação de
emergência envolvendo algum aluno em seu ambiente de trabalho verificou-se que: 11
(41%) já presenciaram alguma situação de emergência em seu ambiente de trabalho e 16
29
(59%) referiram não ter presenciado situações que envolvessem aspectos de urgência ou
emergência em seu ambiente de trabalho.
Todo acidente muitas das vezes é causado por um agente externo junto de um
desequilíbrio decorrente entre o seu ambiente permitindo que certa quantidade de energia
seja transferida ao indivíduo, capaz de causar um dano, esta energia transferida pode ser
mecânica (quedas e trombadas), térmica (queimaduras), elétrica (choques), química
(envenenamentos) entre outras. No ambiente escolar podem ocorrer diversos tipos de
acidentes de acordo com a idade e estágio de desenvolvimento físico e psíquico das
crianças e adolescentes. Verifica-se que os acidentes com crianças é facilitado pelo fato de
a mesma apresentar interesse de explorar situações novas onde mas muitas das vezes nem
sempre está preparada, tornando importante aos profissionais o conhecimento dos
acidentes mais freqüentes em cada faixa etária, assim posteriormente direcionando as
condutas a serem adotadas para sua prevenção ou primeiros socorros a vítima
(FRANÇOSO, 2007).
Os acidentes são a causa e o aumento do índice de mortalidade e invalidez na
infância e adolescência e importante fonte de preocupação por fazer parte do grupo
predominante de causas de morte a partir de um ano de idade, podendo atingir percentuais
acima de 70 % em adolescentes de 10 a 14 anos decorrentes a causas externas. A cada
ano no grupo com idade inferior a 14 anos quase 6.000 mortes e mais de 140.000
admissões hospitalares isso somente nas redes públicas (FRANÇOSO, 2007).
Em uma situação de emergência a avaliação e o atendimento da vitima devem ser
realizados rapidamente isso de forma objetiva e eficaz conseqüentemente isso aumenta a
sobrevida e redução de seqüelas a vítima (ARAUJO, 2008).
30
6.4 Gráfico 3. Distribuição quanto ao fato dos entrevistados apresentarem
conhecimento sobre uma situação de bronco aspiração. Atibaia, 2011.
26%
74%
SIM (7)
NÃO(20)
Em relação ao conhecimento dos entrevistados frente a uma situação de bronco
aspiração verificou-se que 7 (26%) apresentam conhecimento em uma situação de bronco
aspiração e 20 (74%) não apresentam conhecimento em uma situação de bronco aspiração.
A ingestão de um corpo estranho nas vias aéreas pode causar um problema de graves
proporções (CARDOSO, 2003).
A obstrução de vias aéreas é causada por um corpo estranho promovendo o
bloqueio da passagem de ar impedindo a vítima de respirar, podendo levar a morte. Mais de
90 % dos casos de morte por obstrução de vias aéreas ocorrem em crianças menores de
cinco anos de idade, destes 65% são até os dois anos de idade, ocasionadas por um corpo
estranho como pequenos objetos ou aspiração de líquidos (FRANÇOSO, 2007).
31
6.5 Gráfico 4. Distribuição das respostas dos entrevistados quanto às condutas a ser
tomada frente a uma emergência de bronco aspiração. Atibaia, 2011.
14%
14%
43%
29%
A)Liga pro serviço de emergência e aguarda sua chegada. (1)
B)Vira a criança de cabeça pra baixo sacudindo-a pelos pés. (1)
C)Dá uns tapinhas nas costas da criança e verifica se ela solta o suco pela boca. (3)
D)Nenhuma das alternativas anteriores. (2)
Em relação à conduta a ser seguida pelos entrevistados que apresentam
conhecimento frente a uma situação de bronco aspiração verificou-se que: 3 (43%)
realizariam “golpes” nas costas da vitima com as mãos e verificariam se a mesma eliminou
o liquido pelas vias aéreas, 2 (29%)não sabiam informar o que fariam,1 (14%) ligaria para o
serviço de emergência e aguardaria sua chegada, 1 (14%) colocaria a vítima de cabeça
para baixo elevando seus membros inferiores.
Antes de qualquer conduta a ser realizada, dependendo do nível de consciência da
vítima, deve ser tranqüilizada fazendo com que ela respire o mais normalmente possível
sem entrar em pânico isso é de extrema importância pois qualquer vítima que engasga seja
com qualquer tipo de alimento ela tende a ficar nervosa entrando em pânico perdendo o
controle da respiração podendo ser desastroso. Após tranqüilizar a vítima identifique o que
causou o engasgo assim posteriormente realize as técnicas para expelir este corpo
estranho, as principais técnicas são tapotagem, compressão torácica e compressão
abdominal (CARDOSO, 2003).
32
As chamadas compressões abdominais rápidas (Manobras de Heimlich) são
realizadas em crianças de um á oito anos de idade e no adolescente consciente, devendo
proceder da seguinte forma: 1, neste caso a vítima pode permanecer sentado ou em pé. 2,
posicione em pé ou ajoelhado atrás da vitima com os braços abaixo das axilas, direcionado
ao tórax do mesmo. 3, mantenha suas pernas levemente afastadas para amparar caso a
vitima venha a uma possível queda. 4, feche uma das suas mãos em punho e encosta ao
lado do polegar contra o abdome da vitima entre seus 2 mamilos o chamado apêncide-
xifóide. 5, agarre o punho fechado com sua outra mão. 6, exerça uma série de rápidas
compressões no local, continue as compressões até expelir o liquido ou corpo estranho,
caso a vitima venha a perder a consciência, ligue para o serviço de emergência, deite
imediatamente a vitima em decúbito dorsal (de costas) no chão, realize a abertura de vias
aéreas (manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo), inicie as manobras de
ressuscitação cardiopulmonar (FRANÇOSO, 2007).
6.6 Gráfico 5. . Distribuição do conhecimento dos entrevistados frente a uma
ocorrência de queda de um aluno ocasionando hematoma e edema. Atibaia, 2011.
37%
63%
SIM (10)
NÃO(17)
Em relação do conhecimento dos entrevistados frente a uma ocorrência de queda
envolvendo um aluno ocasionado hematoma e edema verificou-se que: 17 (63%) não
33
saberiam agir frente a essa situação e 10 (37%) dos entrevistados saberiam agir frente a
essa situação.
Em lesões chamadas fechadas, ocorre hematoma este é localizado abaixo da pele
danificando as partes moles, porém a pele não é rompida. A chamada contusão a epiderme
(camada externa da pele), permanece intacta, já a derme (camada subjacente da pele) os
vasos sangüíneos são dilacerados e as células são danificadas. São caracterizados
contusões quando há dor no local, inchaço e uma característica azulada o hematoma sendo
causado pela dilaceração de vasos grandes abaixo de uma área contundida (HAFEN, 2002).
Um trauma violento pode ser mais sério do que pode parecer, o organismo após o
trauma libera substâncias tóxicas e provoca falhas no fígado, assim a vitima precisa de
cuidados hospitalares urgente, já em traumas menos violentos apesar de doer não requer
muita atenção, mas não dispensa atenção médica (THOMSON, 1995).
6.7 Gráfico 6. Distribuição das respostas dos entrevistados quanto às condutas a ser
tomada frente a uma ocorrência de queda de um aluno ocasionado hematoma e
edema. Atibaia, 2011.
10%
10%
30%
50%
A)Colocaria gelo no local e ligaria para os pais da criança para vir busca-lá. (1)
B)Liga pro serviço de emergência e aguarda sua chegada.(1)
C)Passa pomada (gelol) no local e aguarda a chegada dos pais da criança. (3)
D)Nenhuma das alternativas anteriores.(5)
34
Em relação à conduta a ser seguida pelos entrevistados que saberiam agir frente a
uma ocorrência de queda de um aluno ocasionando hematoma e edema verificou-se que:
5(50%) nenhuma das alternativas anteriores não realizaria nenhuma conduta, 3(30%)
administraria solução tópica no local e aguardaria a chegada dos pais da criança, 1(10%)
colocaria gelo no local e seguidamente entraria em contato com os pais da criança para vir
busca-lá, 1 (10%) entraria em contato com o serviço de emergência e aguardaria sua
chegada.
A chamada contusão se dá através de um ferimento ocorrido na articulação de um
membro, caso a vítima venha a torcer ou deslocar uma articulação os ligamentos de suporte
pode esticar ou se romper, muita das vezes uma contusão grave pode ser na verdade uma
fratura então é sempre aconselhável procurar uma avaliação médica (THOMSON, 1995).
Neste caso o atendimento deve proceder da seguinte forma: Imobilize o local
inchado ou deformado para assim ajudar a controlar a dor e o inchaço e também prevenindo
lesões adicionais, a imobilização deve ser realizada com uma tipóia assim suportando o
membro lesionado. Logo após aplique gelo ou compressa frias para ajudar a aliviar a dor
reduzindo o inchaço lembrando que jamais aplique gelo por mais de 20 minutos ininterruptos
realizando isto encaminhe a vitima para o hospital para uma melhor avaliação da lesão.
(HAFEN, 2002).
35
6.8 Gráfico 7. Distribuição quanto ao fato dos entrevistados apresentarem
conhecimento sobre uma situação de desmaio. Atibaia, 2011.
22%
78%
SIM (6)
NÃO(21)
Em relação ao conhecimento dos entrevistados sobre a conduta a ser tomada frente
à ocorrência de desmaio verificou-se que: 21(78%) não apresentam conhecimento sobre
desmaio e 6 (22%) apresentam conhecimento sobre uma situação de desmaio.
Desmaio é uma intercorrência de causa multifatorial, normalmente causado por má
circulação cerebral de ocorrência repentina, resultado em perda da consciência, esse
aspecto também representa uma dificuldade ainda maior da população leiga em reconhecer
a principalmente quando o mesmo não é conseqüência de uma queda dificultando a
conduta ser tomada diante da situação. O desmaio prolongado pode progredir para
choque por isso é muito importante que os professores e funcionários tenham conhecimento
necessário para reconhecimento dos sintomas e a conduta correta (FIORUC, et al, 2008).
Mesmo se tratando de um evento relativamente comum, chama atenção o fato de
quase 80% dos entrevistados não apresentarem conhecimento sobre o assunto.
36
6.9 Gráfico 8. Distribuição das respostas dos entrevistados quanto à conduta a ser
tomada frente a uma ocorrência de desmaio. Atibaia, 2011.
A)Coloca um pano com alcool no nariz da criança até ela acordar.(0)
B)Joga água no rosto da criança até ela acordar.(0)
C)Flexiona sua cabeça até os joelhos até ela acordar.(0)
D)Eleva seus membros inferiores (Pernas e Pés) até ela acordar.(3)
E)Alternativas C e D estão corretas.(2).
F)Nenhuma das alternativas anteriores.(1)
Dos entrevistados que tinham conhecimento sobre a conduta a ser sobre a conduta a
ser tomada frente ao desmaio 3 (50%) elevariam os membros inferiores (pernas/pés), 2
(33%) alternativas apontaram que flexionariam sua cabeça até seu joelhos até ela acordar e
elevariam os membros inferiores( pernas / pés) até ela acordar que na verdade são os
procedimentos corretos frente ao desmaio e 1 (17%) não julga nenhuma das alternativas
corretas
Os dados nos revelam que através das respostas dadas, 50% dos professores e
funcionários que afirmam ter conhecimento da situação, agindo de maneira correta, ou seja,
apenas 3 pessoas, evidenciando o despreparo dos professores e funcionários diante da
situação o apresentada, 1 (17%) não reconheceu nenhuma das alternativas como correta
mesmo afirmando saber agir diante da situação apresentada. O estudo realizado por Araújo
e Pergola (2008) demonstra que boa parte da população sem treinamento adequado atua
em situações de primeiro socorros o que e realiza auxilio as vítimas por impulso ou
solidariedade o que pode comprometer a reabilitação da mesma.
50%
17%
33%
37
6.10 Gráfico 9. Distribuição quanto ao fato dos entrevistados apresentarem
conhecimento sobre uma situação de convulsão. Atibaia, 2011.
26%
74%
SIM (7)
NÃO(20)
Em relação ao conhecimento entrevistados sobre a conduta a ser tomada frente à
ocorrência 20(74%) não possuem conhecimento sobre convulsão, 7(26%) afirmam possuir
conhecimento sobre uma situação de convulsão.
Convulsões consistem em alterações súbitas das funções cerebrais, resultando em
contrações musculares involuntárias, que as convulsões são de multi-fatorias, podendo ser
recorrentes de hipertermias, pós-traumas e infecções neurológicas.
O gráfico mostra que 20 (74%) não têm conhecimento sobre convulsão. Em seu
estudo Fioruc, et al (2008) afirma, convulsão gera muitas dúvidas quanto à conduta a ser
realizada mesmo após o treinamento ainda á dúvidas quanto a conduta correta.
38
6.11 Gráfico 10. Distribuição quanto ao fato dos entrevistados quanto à conduta a
ser tomada frente a uma situação de convulsão. Atibaia, 2011.
57%
14%
29%A)Segura os braços e pernas do aluno até o fim da convulsão. (4)
B)Eleva as pernas deste aluno para melhor circulação assim acabaria rapidamente o período da crise de sua crise convulsiva. (0)C)Tenta abrir sua boca para ele respirar melhor e assim melhoraria e acabaria rapidamente o período de sua crise convulsiva. (1)D)Nenhuma das alternativas anteriores. (2)
Em relação ao conhecimento dos entrevistados sobre a conduta a ser tomada frente
à ocorrência, 4 (57%) segura os braços da criança até o fim da convulsão,1 (14%) tenta
abrir sua boca para ele respirar melhor assim melhoraria e acabaria rapidamente o período
de sua crise convulsiva e 2 (28%) não julgou nenhuma alternativa correta.
O gráfico mostra que a conduta incorreta é tomada pela maioria dos professores e
funcionários, a contenção dos membros inferiores o que não deve ser feito, pois pode
prolongar o período de convulsão e causar uma lesão nos membros inferiores da vítima pois
a contenção aparentemente interromperia a convulsão. A tentativa de abrir a boca poderia
ocasionar um novo acidente. Fica claro despreparo por parte dos professores e funcionários.
O estudo realizado por Santini (2008) comprova que pessoas que convivem no ambiente
escolar não possuem conhecimento de técnicas básica de primeiros socorros,
reconhecendo a necessidade de treinamentos e capacitação, não há conhecimento
científico para prestar socorro, se utiliza o senso comum, o que muitas vezes pode causar o
agravo da situação.
39
6.12 Gráfico 11. Distribuição quanto ao fato dos entrevistados apresentarem
conhecimento sobre uma situação de ferimento corto - contuso. Atibaia, 2011.
37%
63%
SIM (7)
NÃO(20)
Em relação ao conhecimento dos entrevistados sobre a conhecimento sobre um
situação de ferimento corto - contuso 20(63%) não apresentam conhecimento sobre
ferimento corto - contuso, 7(37%) apresentam conhecimento sobre ferimento corto –
contuso.
Conforme Sena (2006) a percepção por parte dos profissionais da educação da
capacitação em primeiros socorros, mas ainda não é suficiente para que isso ocorra de
forma sistematizada e de maneira efetiva, em parte o Ministério da Educação é responsável
por não implantar de forma efetiva uma Política de capacitação e prevenção de acidentes no
ambiente escolar.
O ferimento corto - contuso é um evento relativamente comum, mais deve ser tratado
com um cuidado maior, principalmente na ocorrência da exposição de sangue, devido ao
risco biológico que oferece ao socorrista, a falta de conhecimento aqui apresentam esse
agravante, o risco quando conhecido também pode tanto oferecer maior proteção ao
socorrista ou aumentar a situação de estresse. Ricas e Vieiras (2008) mostram os que os
educadores devem ser preparados para agir de maneira correta e situações de emergência
40
o que resultaria em consequência favoráveis para redução das sequelas dos acidente e
principalmente a redução do estresse em funcionário e professores.
6.13 Gráfico 12. Distribuição das respostas dos entrevistados quanto à conduta a ser
tomada frente a uma ocorrência de ferimento corta - contuso. Atibaia, 2011.
14%
14%
43%
29%
A)Liga para o serviço de emergência e aguarda sua chegada. (1)
B)Coloca pó de café no ferimento para estancar o sangue. (1)
C)Pressiona o local com um pano limpo e leva o aluno pro serviço de emergência. (3)
D)Nenhuma das alternativas anteriores. (2)
Em relação ao conhecimento dos entrevistados sobre a conhecimento sobre a
conduta ser tomada frente a uma ocorrência de ferimento corto - contuso, 3 (43%)
Pressionaria o local com um pano limpo e levaria o aluno para o serviço de emergência, 2 (
29%) não julgou nenhuma das alternativas como correta, 1(14%) ligaria para o serviço de
emergência e aguardaria sua chegada, 1 (14%) colocaria pó de café no ferimento para
estancar o sangue.
Podemos observar através do gráfico que, 1 (14%) liga para serviço de emergência e
aguarda sua chegada, acionar o serviço de emergência é uma conduta importante, mas é
necessário que funcionário e ou professor saiba reconhecer os fatores podem ser
agravantes do ferimento como localização, presença de corpo estranho no ferimento,
profundidade e extensão do ferimento, quando é esse fatores são conhecidos é possível
reconhecer a gravidade e avaliar se é necessário acionar o serviço de emergência, o estudo
41
realizados por Bernardes et al (2008), mostra que os docentes não sabem reconhecer as
lesões, e apresentam algum conhecimento sobre procedimento de socorro que Urgências,
mas esse tema deve ser desenvolvido de maneira mais efetiva.
O gráfico mostra que 1 (14%) coloca pó de café para estancar o sangramento,
conduta que oferece riso de contaminação do ferimento, o que expressa o despreparo e
falta de conhecimentos básicos na assistência ao ferimento corto-contuso a conduta
utilizada esta fundamentada em sua vivência doméstica, O estudo realizado por Sena
(2006) mostra capacitação para lidar com acidentes demonstrada por educadores pode ser
divido em duas categorias; a corriqueira aqueles que realizam ações segundo sua vivência
anterior das situações de acidentes, de sua função materna, e aqueles que sentem pânico
diante da situação.
Nota-se que a dentre os profissionais que referem ter conhecimento sobre a conduta
a ser tomada, os que realizariam a atendimento correto são maioria 3 (43%) mas diante da
totalidade de professores e funcionário, representam um número pequeno, quanto maior o
número de profissionais que realizarem a conduta correta menor será risco de um agravo
recorrente de alguma lesão. Sena (2006) comprova que os profissionais da educação
possuem algum conhecimento sobre primeiros socorros, que provem geralmente dos
veículos de comunicação e órgãos responsáveis pelo trânsito o que não caracteriza uma
capacitação formal.
42
6.14 Gráfico 13. Distribuição quanto ao fato dos entrevistados apresentarem
conhecimento sobre uma situação de Parada Cardio Respiratória. Atibaia, 2011.
22%
78%
SIM (6)
NÃO(21)
Em relação ao conhecimento dos entrevistados frente a uma ocorrência de Parada
Cardio Respiratória verificou-se que: 21 (78%) não apresentam conhecimento frente a esta
situação e 6 (22%) apresentam conhecimento frente a esta situação.
A Parada Cardio Respiratória constitui uma ocorrência grave, onde o socorro
imediato é fundamental para sobrevida do paciente, na infância as causas mais comuns
são: lesões de natureza intencional, ou seja, os maus tratos, traumas acidentais, síndrome
de morte súbita infantil, cardiopatias congênitas, doenças respiratórias, afogamentos e etc.
(FRANÇOSO, 2007).
O gráfico mostra de 78% não apresenta nenhum conhecimento sobre o assunto, o
que representa um quadro grave, já que socorro realizado de maneira correta eficaz é
essência para sobrevida do paciente. O estudo realizado por Pergola e Araujo (2008) mostra
que a capacitação e atuação do leigo é fundamental para sobrevida da vítima de Parada
Cardio Respiratória, sua ação reduz o tempo entre a parada e o inicio das intervenções.
Diante de uma Parada Cardio Respiratória somente 6(22%) referem ter
conhecimento sobre o assunto, uma representação muito pequena, o que também não
define que as manobras serão realizadas de maneira correta garantindo a sobrevida da
43
vítima. Segundo HAZINSKI, (2010) a sobrevida da vítima esta diretamente relacionada com
conhecimento e aplicação da Cadeia de Sobrevivência composta por 5 elos:
reconhecimento da parada acionamento do serviço de emergência, as compressões
torácicas, rápida desfibrilação, suporte avançado de vida eficaz e cuidados pós Parada
Cardio Respiratória integrados.
6.15 Gráfico 14. Distribuição das respostas dos entrevistados quanto à conduta a ser
tomada frente a uma ocorrência de uma Parada Cardio Respiratória. Atibaia, 2011.
16%
17%
50%
17%
A)Realiza massagem cardíaca no centro do tórax (Peito) da vítima e seguidamente respiração boca boca realizando 10 massagens e 2 respirações. (1)
B)Liga para o serviço de emergência e não mexe na vítima. (1)
C)Leva a vítima rapidamente ao hospital. (3)
D)Nenhuma das alternativas anteriores. (1)
Em relação à conduta a ser seguida pelos entrevistados que apresentam
conhecimento frente a uma situação de Parada Cardio Respiratória verificou-se que: 3
(50%) encaminharia a vitima rapidamente ao hospital, 1 (16%) entraria em contato com o
serviço de emergência e não mexeria na vitima, 1 (17%) realizaria massagem cardíaca no
centro tórax (Peito) da vitima e seguidamente respiração boca a boca realizando 10
massagens e 2 respirações, 1 (17%) nenhuma das alternativas anteriores.
Quanto as condutas identificadas como corretas pelos entrevistados, 3 (50%)
encaminha a vítima ao hospital sem mesmo tocar na vítima, fica claro que não há
conhecimento sobre a importância de acionar o serviço de emergência, o que constitui o
44
primeiro elo da cadeia de sobrevivência, além da importância de um transporte adequado a
vítima de Parada Cardio Respiratória, e qual a Unidade de Pronto Atendimento mais
próxima.Reconhecer a parada e acionar o serviço de emergência aumenta os índices de
sobrevida, devendo ser amplamente difundida entre a população (ARAUJO, 2008).
Dois entrevistados totalizando 29% não julgou nenhuma das alternativas como
corretas, o que permite identificar que os mesmo não sabe o que é uma
Parada Cardio Respiratória quais sua consequências e agravos, a identificação é o fator
principal na assistência a vítima de Parada Cardio Respiratória constituindo o primeiro elo
da cadeia de sobrevivência, com base nos sinais responsivos da vítima como ausência da
respiração ou gaspin respiração anormal, acionando o serviço de emergência e as
contrações cardio pulmonares (HAZINSKI, 2010).
Um dos entrevistados 16% do total acionaria e serviço de emergência e não mexeria
na vítima, o serviço de emergência é fundamental na assistência a vítima, oferecendo
muitas vezes o suporte avançado de vida, mas é o inicio das compressões torácicas que
pode garantir a sobrevivência da vítima até a chegada ao serviço de emergência, ou até
mesmo o retorno dos batimentos cardíacos através dos estímulos mecânicos das
compressões sobre o músculo cardíaco. O retorno da circulação e sobrevivência sem
comprometimento das funções neurológica esta diretamente ligada às compressões
torácicas (HAZINSKI, 2010).
A conduta correta seria tomada por apenas (17%) 1 profissional dos entrevistados,
que realizaria as 10 compressões e 2 incursões respiratórias, em um ambiente vulnerável
como o ambiente escolar é de extrema importância o conhecimento sobre maneira certa de
agir diante de uma parada cardio isso pode representar a sobrevivência da vítima. O estudo
de Araujo e Pergola (2008) mostra que esclarecimento e capacitação da população leiga
sobre as manobras de ressuscitação cardio pulmonar evita a paralisia do socorrista e
tomada de decisão correta tendo uma relação direta com a sobrevida do paciente e a
redução de seqüelas decorrente a uma Parada Cardio respiratória.
45
6.16 Gráfico 15. Distribuição quanto ao fato dos entrevistados apresentarem
conhecimento sobre uma situação de Obstrução de Vias Aéreas. Atibaia, 2011.
22%
78%
SIM (6)
NÃO(21)
Em relação ao conhecimento dos entrevistados frente a uma ocorrência de obstrução
de vias aéreas verificou-se que: 21 (78%) não apresentam conhecimento frente a esta
situação e 6 (22%) apresentam conhecimento frente a esta situação.
O gráfico mostra que a maior parte dos entrevistados não apresenta conhecimento
sobre uma situação de obstrução de vias aéreas, uma ocorrência que não é rara em criança
em idade escolar, sendo uma importante causa de morbimortalidade infantil podendo
resultar em processos inflamatórios da árvore obstrução, enfisema obstrutivo, insuficiência
respiratória de em alguns casos óbito, pode ser causada por brinquedos pequenos,
tampinhas, objetos pequenos e alimentos além das secreções. O reconhecimento das
situações de risco e as manobras necessárias para desobstrução evitam os agravos
recorrentes da obstrução e óbitos em alguns casos. Em casos de obstrução total manobras
como as de Heimlich devem ser aplicadas rapidamente, pois a asfixia pode ser letal
(GONÇALVES, 2011).
Apenas 6 (22%) apresentam algum conhecimento, um número pequeno, que pode
ser importante em uma situação de emergência, mas não é o ideal, e não dispensa a
realização do treinamento e capacitação, para que o conhecimento também seja utilizado de
46
maneira correta em na ocorrência de uma emergência. A implementação de treinamento em
primeiros socorros para professores e funcionários, podem reduzir significativamente os
danos recorrentes de intervenções incorretas, identificando os comportamentos e situações
de risco (FIORUC, et al, 2008).
6.17 Gráfico 16. Distribuição das repostas dos entrevistados quanto á conduta a ser
tomada frente a uma ocorrência de obstrução de vias aéreas. Atibaia, 2011.
Em relação à conduta a ser seguida pelos entrevistados que apresentam
conhecimento frente a uma situação de obstrução de vias aéreas verificou-se que: 4 (67%)
ligaria para o serviço de emergência, e realizaria uma compressão forte abaixo dos dois
mamilos (apêndice xifóide) com as mãos até sair o brinquedo, 1 (17%) encaminharia a
vitima rapidamente ao hospital, 1 (16%) colocaria o dedo na boca da vitima e retiraria o
brinquedo.
A conduta a ser realizada em uma situação de obstrução de via aérea irá depender
das condições da vítima e a idade do escolar permitindo o socorrista fazer a seguinte
pergunta “Você está engasgado?” Se a vítima responder ou realizar algum gesto
afirmativamente o procedimento irá depender de acordo com o grau da obstrução da via
67%
16% 17%
47
aérea podendo ser leve ou grave. A conduta na obstrução leve verifica-se se a vitima está
consciente assim deverá ser acalmada e incentivada a tossir vigorosamente este é o meio
mais efetivo para a remoção de um corpo estranho, agora se a vítima não expelir o corpo
estranho ela pode estar evoluindo para um quadro de obstrução grave neste caso o
socorrista deve proceder com a manobra de Heimlich (FRANÇOSO, 2007).
A manobra de Heimlich em crianças conscientes deve ser realizada da seguinte
forma: Fique em pé atrás da vitima, abrace a criança por trás com os braços por baixo de
suas axilas, coloque o polegar em contato com o abdome da vitima na altura do ponto entre
a cicatriz umbilical e o apêndice xifóide, mantendo o punho fechado, a outra mão do
socorrista é colocada sobre a primeira realizando compressões abdominais sucessivas
direcionadas para cima até desobstruir a via aérea ou a vitima perder a consciência. Caso a
vitima venha a perder a consciência solicite o serviço de emergência e seguidamente abra
sua via aérea examinado sua boca procurando o corpo estranho se este é visualizado deve
ser removido (SANTOS, et al, 2005).
Através de uma complicação de obstrução de vias aéreas pode ocorrer a parada
cardio respiratória nesse caso de acordo com nova resolução da American Heart
Association 2010 para um socorrista não treinado ou pouco treinado deve solicitar o serviço
de emergência e realizar somente compressões torácicas entre os dois mamilos da vitima
até sua chegada.
48
6.18 Gráfico 17. Distribuição das respostas dos entrevistados quanto à importância do
conhecimento em Primeiros Socorros no Ambiente Escolar. Atibaia, 2011.
A)Não pois existem serviços treinados como os bombeiros caso haja alguma emergência na escola. (0)B)Sim mas quem deve saber são só socorristas e não pessoas comuns. (1)
C)Sim pois evitaria riscos ou agravos no salvamento de uma vítima de acidente.(26)
D)Nenhuma das alternativas anteriores. (0)
A partir das respostas dos entrevistados quanto à importância do conhecimento em
primeiros socorros no ambiente escolar verificou-se que: 26 (96%) dos entrevistados acham
importantes, pois evitaria riscos ou agravos no salvamento de uma vítima de acidente e 1
(4%) dos entrevistados acredita ser importante o conhecimento no assunto, porém quem
deve saber são socorristas e não pessoas comuns.
Grande parte dos acidentes poderia ser evitada, porém quando ocorrem, alguns
conhecimentos simples que seja poderiam diminuir e evitar complicações futuras ou até
mesmo salvar vidas, como 96 % dos entrevistados relatou que acreditam ser importante o
conhecimento em primeiros socorros fica evidente a importância de saber agir frente a uma
situação de emergência a prestação de socorro, além de um dever moral, é um dever legal
e sua recusa constitui crime de omissão de socorro, prevista no artigo 135 do código penal
brasileiro.
Para se chegar a um ideal de uma “escola segura” é importante que se conheça
além das questões e riscos oferecidos também é visto de como a forma de como o ambiente
social lida com a ocorrência do acidente, sendo essencial o conhecimento da percepção dos
96%
4%
49
educadores do que seria um acidente e qual sua responsabilidade frente à situação quanto
à prevenção e socorro a vitima acidentada. O acidente na escola é uma importante fonte de
estresse para o educador pelo dano a criança e pelos problemas potencias gerado em
relação á família, fica evidente que os educadores se sentem em geral despreparados frente
a uma situação de emergência por isso deve ser preparado quanto a ocorrência isso inclui
desde procedimentos simples, pequenos acidentados até o suporte básico de vida, como já
realizado em alguns países sendo extensivos á qualquer cidadão (SENA, 2008).
50
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse trabalho teve como objetivo mostrar a importância da Atuação do Enfermeiro em
Primeiros Socorros no ambiente escolar, os resultados levaram as seguintes conclusões:
• Quanto as característica da população pesquisada verificou-se que a idade 2
(7,42%) se encontravam-se entre 18 e 25 anos; 5 (18,52%) encontravam-se 20
(74,07%) acima de 40 anos. Em relação a profissão destaca-se 12 (44,44%) de
Professores, 5 (18,52%) de Merendeiras e 2 (7,41%) de Inspetoras de alunos.
• Quanto ao cargo e função verificaram-se que 13 (48,15%) de Professores, 5
(18,52%) de Merendeiras, Inspetor de alunos 2 (7,41%), Diretora 1(3,70%),
Cozinheira 1 (3,70%), Auxiliar de Professores1(7,41%), Estagiário 1(3,70%),
Ajudante Geral 1(3,70%) e Professor Coordenador 1(3,70%).
• Em relação ao conhecimento dos entrevistados quanto conhecimento em primeiros
socorros, verificou-se que: 17 (63%) referiam que não tem conhecimento em
primeiros socorros.
• Quanto as vivência de acidentes em ambiente escolar 16 (59%) referiram não ter
presenciado situações que envolvessem aspectos de urgência ou emergência em
seu ambiente de trabalho
• Na ocorrência de bronco aspiração 20 (74%) não apresentam conhecimento em uma
situação de bronco aspiração.
• Quanto a conduta a ser toma na ocorrência de bronco aspiração, a maioria sendo 3
(43%) realizariam “golpes” nas costas da vitima com as mãos e verificariam se a
mesma eliminou o liquido pelas vias aéreas.
• Na ocorrência de uma queda que ocasiona hematoma e edema, 17 (63%) não
saberiam agir frente a essa situação.
• Quanto à conduta a ser tomada parte da população pesquisada 3 (43%)
administraria solução tópica no local e aguardaria a chegada dos pais da criança.
• Na ocorrência desmaio: 21 (77,8 %) não apresentam conhecimento sobre desmaio.
51
• Quanto a conduta a ser tomada, maior parte da população pesquisada 3 (50%)
elevariam os membros inferiores (pernas/pés).
• Em uma ocorrência de uma convulsão e 21(77,78%) não possuem conhecimento
sobre o assunto.
• Quanto à conduta a ser tomada a maior parte da população pesquisada 4 (55,14%)
segura os braços da criança até o fim da convulsão.
• Na ocorrência de um ferimento corto-contuso17(62,96%) não apresentam
conhecimento sobre o assunto.
• Quanto a importância do conhecimento em primeiros socorros no ambiente escolar
verificou-se que 26 (96%) dos entrevistados acreditam ser importante, pois isso
evitaria riscos ou agravos no salvamento de uma vítima de acidente e somente 1
(4%) acredita que dominar o assunto são somente socorristas e não pessoas
comuns.
Novos estudos e pesquisas devem ser incentivados a fim de orientarem políticas
públicas voltadas à segurança escolar.
52
8. CONCLUSÃO
O ambiente escolar é um local onde passamos boa parte das nossas vidas, e
todos estamos vulneráveis a acidentes por mais cautelosos que sejamos. Qualquer
pessoa poderá ser surpreendida por situações de urgência ou emergência daí a
importância de conhecimentos em primeiros socorros, pois a prestação de socorro além
de um dever moral é um dever legal e sua recusa constitui crime de omissão de socorro
previsto no artigo 135 de código penal brasileiro. Este trabalho nos possibilitou o
conhecimento dos professores e funcionários de uma escola de ensino fundamental,
mediante a situação de urgência e emergência, avaliando assim o conhecimento dos
profissionais frente a estas situações. Com base nos resultados obtidos no estudo,
verificou-se que 63% dos profissionais não possuem conhecimento em primeiros
socorros e boa parte dos que apresentam conhecimento são incorretos ou incompletos,
comprometendo o socorro, podendo acarretar em uma complicação no atendimento á
vitima. Em muitas respostas pode se observar a presença de conhecimentos de senso
comum com nenhuma fundamentação teórica como colocar pó de café no ferimento
para estancar o sangue. Entretanto verificou-se que muitos profissionais agem por
impulso onde muitas das vezes sem treinamento algum agindo simplesmente por
solidariedade. É de extrema importância os profissionais passarem por um treinamento
sobre o assunto, isso está diretamente ligado a diminuição de acidentes, estresse do
profissional causado pela não capacitação, e a busca de uma sobrevida maior em
ocorrências escolares. Através dos dados obtidos conclui-se que 96 % dos
entrevistados relatam a importância de primeiros socorros no ambiente escolar
reforçando a implantação de um enfermeiro no local, usando desta característica para
realização de atividades em educação em saúde, contribuindo a partir de prevenção de
acidentes á treinamentos em situações urgência e emergência a todos os profissionais
ligados diretamente ao ambiente, assim conscientizando o educando e assegurando a
53
todos o respeito à vida, onde o lapso temporal entre o momento do acidente e o socorro
está diretamente ligado entre a vida e a morte.
54
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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56
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10. APÊNDICES
10.1 Apêndice 1 Instrumento de Coleta de Dados
I - IDENTIFICAÇÃO
INICIAIS: IDADE:
PROFISSÃO: CARGO/FUNÇÃO:
II - QUESTÕES
1- Você tem algum conhecimento em Primeiros Socorros? Sim ( ) Não ( ) 2- Você já passou por alguma situação de emergência, envolvendo algum aluno em seu ambiente de trabalho? Sim( ) Não ( ) 3-Uma criança está ingerindo suco de caixinha quando de repente “afoga”com suco ficando cianótico (roxo), respira com dificuldade, não chora, você sabe como agir diante esta situação?
Sim( ) Não( )
Se sim preencha uma alternativa a seguir:
A) ( ) Liga pro serviço de emergência e aguarda sua chegada.
B) ( ) Vira a criança de cabeça pra baixo sacudindo-a pelos pés.
C) ( ) Dá uns tapinhas nas costas da criança e verifica se ela solta o suco pela boca.
D) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores, e sim____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.
4- Uma criança está correndo no recreio de repente cai e você verifica que há um edema (inchaço) grande seguido de hematoma (roxo) no punho direito, você sabe como agir diante esta situação?
Sim ( ) Não ( )
Se sim preencha uma alternativa a seguir:
A) ( ) Colocaria gelo no local e ligaria para os pais da criança para vir busca-lá.
B) ( ) Liga pro serviço de emergência e aguarda sua chegada.
C) ( ) Passa pomada (gelol) no local e aguarda a chegada dos pais da criança.
D) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores, e sim____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.
5-Uma criança está conversando normalmente de repente começa a suar frio perde a consciência e cai, ou seja, tem um desmaio, você sabe como agir diante esta situação?
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Sim ( ) Não ( ) Se sim preencha uma alternativa a seguir:
A) ( ) Coloca um pano álcool perto do nariz da criança até ela acordar.
B) ( ) Joga água no rosto da criança até ela acordar.
C) ( ) Flexiona sua cabeça até seus joelhos até ela acordar.
D) ( ) Eleva seus membros inferiores (Pernas/Pés) até ela acordar.
E) ( ) Alternativa C e D estão corretas.
F) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores, e sim________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.
6- Seu aluno ao ir para sala tem um mal estar apresentando tremulações em braços e pernas, rigidez de mandíbula ( trava os dentes) não responde, ou seja está convulsionando, você sabe como agir diante esta situação ?
Se sim preencha uma alternativa a seguir:
Sim ( ) Não ( )
A) ( ) Segura os braços e pernas do aluno até o fim da convulsão.
B) ( ) Eleva as pernas deste aluno para melhor circulação assim acabaria rapidamente o período da crise de sua crise convulsiva.
C) ( ) Tenta abrir sua boca para ele respirar melhor e assim melhoraria e acabaria rapidamente o período de sua crise convulsiva..
D) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores, e sim________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.
7- Durante o recreio uma aluna cai de um brinquedo e você verifica que ela está com um corte profundo acima do olho (Supercílio) você sabe como agir diante esta situação?
Sim ( ) Não ( )
Se sim preencha uma alternativa a seguir:
A) ( ) Liga pro serviço de emergência e aguarda sua chegada.
B) ( ) Coloca pó de café no ferimento para estancar o sangue.
C) ( ) Pressiona o local com um pano limpo e leva o aluno pro serviço de emergência.
D) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores, e sim________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.
8- Diante de uma Parada Cardio Respiratória, a vítima não tem batimento cardíaco e respiração, neste caso você sabe como agir diante esta situação?
Sim ( ) Não ( )
Se sim preencha uma alternativa a seguir:
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A) ( ) Realiza massagem cardíaca no centro do tórax (Peito) da vítima e seguidamente respiração boca boca realizando 10 massagens e 2 respirações.
B) ( ) Liga para o serviço de emergência e não mexe na vítima.
C) ( ) Leva a vítima rapidamente ao hospital.
D) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores, e sim________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.
9- Um aluno coloca um brinquedo na boca e engasga ficando cianótico (Roxo), você sabe como agir diante esta situação?
Sim ( ) Não ( )
Se sim preencha uma alternativa a seguir:
A) ( ) Realizaria tapinhas nas costas deste aluno até sair o brinquedo da traquéia (garganta).
B) ( ) Coloca o dedo na boca do aluno e retiraria o brinquedo.
C) ( ) Liga para o serviço de emergência, e realizaria uma compressão forte abaixo dos dois mamilos (apêndice xifóide) com as mãos até sair o brinquedo.
D) ( ) Leva a vítima rapidamente ao hospital.
E) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores, e sim________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.
10- Você acha importante o conhecimento em Primeiros Socorros no Ambiente Escolar?
A) ( ) Não pois existem serviços treinados como os bombeiros caso haja alguma emergência na escola.
B) ( ) Sim mas quem deve saber são só socorristas e não pessoas comuns.
C) ( ) Sim pois evitaria riscos ou agravos na salvamento de uma vítima de acidente.
D) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores, e sim________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.
60
10.2 Apêndice 2
Termo de Consentimento
Pesquisa: Atuação do Enfermeiro em Primeiros Socorros no Ambiente Escolar.
Pesquisadores: Deyse de Cassia dos Santos, Lucas André Alves de Godoi, Vanderson Martins Genova.
Orientadora: Profª Dra, Beatriz Helena de Araujo Verri. Eu ______________________________________________________________________, ______________anos, portadora do RG ________________________________, residente _________________________________________________________________________, declaro que é de livre espontânea vontade que estou participando como voluntária do projeto pesquisa supra-citado, de responsabilidade do pesquisador, estando ciente de que:
I. O objetivo desta pesquisa é identificar o nível de conhecimento em primeiros socorros dos docentes e funcionários da escola da rede municipal E.M.E.F Professor Guilherme Pileggi Contensini do município de Atibaia/SP.
II. Durante o estudo será realizada uma entrevista com questionário contendo perguntas sobre Primeiros Socorros abordando situações de acidentes que podem ocorrer no ambiente escolar;
III. A participação neste estudo não acarretará nenhum beneficio terapêutico. IV. Obtive todas as informações necessárias para poder decidir conscientemente sobre
a participação do referido estudo. V. Estou livre para interromper a entrevista a qualquer momento. VI. Os resultados obtidos durante esta entrevista serão mantidos em sigilo, e os
pesquisadores não identificarão o voluntário por ocasião da exposição e/ou publicação dos mesmos.
VII. Poderá contatar o Comitê de Ética em Pesquisa para apresentar recursos ou reclamações em relação ao projeto (Fone: (11) 2454-8028).
VIII. Não será ressarcido ajuda de custo para participação neste estudo. IX. Poderá contatar as responsáveis (Deyse de Cassia dos Santos telefone (11)6468-
8639, Lucas André Alves de Godoi telefone (11)6385-2485 ou Vanderson Martins Genova (11)8461-3059) pelo estudo sempre que necessário.
X. Esse termo será preenchido em duas vias de igual teor, permanecendo uma via com o voluntário e a outra com os pesquisadores.
XI. Algumas questões podem causar constrangimento os sujeitos da pesquisa. XII. A duração da entrevista terá em média 20 minutos
Bragança Paulista, _____de _____________de 2011. ________________________ ________________________ Assinatura do voluntário Assinatura do pesquisador
61
10.3 Apêndice 3
AUTORIZAÇÃO
Bragança Paulista,____ de ______ de 2011.
Exmo Sr. Dr.
Responsável pelo
Vimos solicitar as dignas providências no sentido de autorizar a coleta de dados da pesquisa intitulada “Atuação do Enfermeiro em Primeiros Socorros no Ambiente Escolar” em desenvolvimento pela minha orientada, Deyse de Cassia dos Santos, Lucas André Alves de Godoi, Vanderson Martins Genova, alunos do 7º semestre do Curso de Enfermagem, do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade São Francisco, como exigência parcial para a conclusão do curso de graduação. Os dados serão obtidos através da aplicação de um questionário, com o objetivo de avaliar o conhecimento dos professores e funcionários em Primeiros Socorros da escola E.M.E.F Professor Guilherme Pileggi Contensini do município de Atibaia/SP.
Somente participarão desta pesquisa os profissionais que estiverem de acordo com o Termo de Consentimento e a coleta de dados somente será realizada após a autorização do Comitê de Ética em Pesquisa.
Em anexo, enviamos o Projeto de Pesquisa, o Termo de Consentimento e o Instrumento de Coleta de Dados.
Agradecendo antecipadamente a valiosa colaboração de VS, colocamo-nos a disposição para qualquer esclarecimento.
Atenciosamente
__________________________________
Profª. (Orientadora)
Declaro que conheço o Projeto de Pesquisa em questão e autorizo a realização do mesmo
após apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa.
_________________________________________
(Responsável)
AUTORIZAÇÃO
62
Bragança Paulista, de Abril de 2011. Ilmo. Sra. xxxxxxxxxxxxxxx Secretária Municipal da Educação
Venho por meio desta solicitar autorização para o desenvolvimento da pesquisa “Atuação do Enfermeiro em Primeiros Socorros no Ambiente Escolar” a ser realizada pelos alunos Deyse de Cassia dos Santos, Lucas André Alves de Godoi, Vanderson Martins Genova, regularmente matriculadas no curso de Enfermagem da Universidade São Francisco, a pesquisa será orientada pela Profª Dra Beatriz Helena de Araujo Verri.
Atenciosamente.
Profª Dra Beatriz Helena de Araujo Verri Disciplina Trabalho de Conclusão de Curso
Declaro que conheço o Projeto de Pesquisa em questão e autorizo a realização do mesmo
após apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa.
_________________________________________ xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx