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ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NA PSICOLOGIA DE EMERGÊNCIAS E DESASTRES FEPI/Agosto/2016 Valéria Corrêa da Silva Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Integrante da Comissão de Psicologia de Emergências e Desastres do CRPMG

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ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NA PSICOLOGIA DE

EMERGÊNCIAS E DESASTRES

FEPI/Agosto/2016

Valéria Corrêa da SilvaPsicoterapeuta Cognitivo

ComportamentalIntegrante da Comissão de Psicologia

de Emergências e Desastres do CRPMG

Reflexões Práticas

Setting terapêutico Protocolos Morte, perdas e mutilações O estresse Ambiente Flexibilidade Perfil Trabalho em equipe

Entendo alguns conceitos

Defesa civil: Conjunto de ações preventivas, de socorro, assistenciais e recuperativas destinadas a evitar ou minimizar os efeitos dos desastres, preservar o moral da população e restabelecer a normalidade social. (BRASIL 2002) Sistema de defesa civil:Os órgãos e entidades da administração pública federal, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, as entidades privadas e a comunidade, responsáveis pelas ações de defesa civil em todo o território nacional, constituirão o Sistema Nacional de Defesa Civil - SINDEC, sob a coordenação da Secretaria Nacional de Defesa Civil, do Ministério da Integração Nacional.

Entendo alguns conceitos Fernández (2007) - diferenciação quanto aos recursos que cada evento exige, diferenciando-se assim a gravidade destes:

Emergências: situações que poderiam ser resolvidas com serviços assistenciais locais, tanto de médicos como de resgate.

Desastres: exigem maior infra-estrutura para prestar ajuda aos feridos que se encontram em maior quantidade, bem como já existe um grau de destruição em uma área maior, levando também a um custo socioeconômico mais elevado.

Catástrofes: desastres massivos, que acionarão mais recursos humanos e materiais em um esforço coordenado para sanar as necessidades das pessoas envolvidas.

Psicologia nas Emergências e Desastres

Percurso Histórico

Visão Mítica

Visão Sociológica

Visão Clínica

Visão Psicossocial

Conceito de Desastre

Depende da perspectiva daquele que o nomeia e do lugar que ele ocupa nesta interação com o evento.

Ruptura do funcionamento habitual de um sistema ou comunidade, devido aos impactos ao bem estar físico, social, psíquico, econômico e ambiental de uma determinada localidade.

Afeta um grande número de pessoas, ocasionando destruição estrutural e/ou material significativa e altera a geografia humana, provocando desorganização social pela destruição ou alteração de redes funcionais.

Conceito de Desastre

Os desastres podem provocar medo, horror, sensação de impotência, confrontação com a destruição, com o caos, com a própria morte e\ou de outrem, bem como perturbação aguda em crenças, valores e significados.

Para haver um desastre é necessária a combinação de um conjunto de fatores: ameaças, exposição, condições de vulnerabilidade e insuficiente gestão integral de riscos.

O desastre deve ser compreendido vinculado ao contexto no qual ele ocorre, ou seja, é necessário considerar as dimensões sócio-politico-culturais e econômicos de vulnerabilidade, capacidade, exposição de pessoas e bens, características e percepções dos riscos e meio ambiente.

Desnaturalização dos Desastres

Desastres

Ambientais Econômicos

Políticos Sociais

Mudança de Paradigma

Psicologia nas Emergências e Desastres

Gestão Integral do Risco de DesastresPrevenção

Recuperação Resposta

Preparação

Mitigação

COM QUEM TRABALHAR?

Seis níveis de afetados (Taylor e Frazer, 1982):

Pessoas diretamente envolvidas

Familiares diretos das vítimas de primeiro

Integrantes das equipes de resgate

Comunidade envolvida no desastre

Pessoas que se envolvem pelo simples fato de tomarem conhecimento do desastre

Quem deveria estar no local do desastre e por algum motivo não esteve

EM QUE MOMENTO ATUAR? Fases do desastre

Prevenção

Mitigação

Preparação

Alerta/Alarme

Resposta

Reabilitação

Reconstrução

DE QUE FORMA ATUAR?

Antes

Durante

Depois do desastre

ANTES – PREVENÇÃO E MITIGAÇÃO:

Elaboração de planos de contingência

Programas de diminuição da vulnerabilidade familiar

Seleção de pessoal para as equipes de resposta

Capacitações técnicas

“Gestão do rumor” – estabelecimento de redes de comunicação adequadas

Simulações

DURANTE – RESPOSTA:

Técnicas de intervenção em crise

Primeiros Auxílios Psicológicos

Comunicação de más notícias – suporte ao reconhecimento de corpos e objetos

Coleta de dados

Gestão da espera

Psicoeducação

Suporte via call-center

DEPOIS – REABILITAÇÃO E RECONSTRUÇÃO

Terapia do luto

Terapias centradas no trauma:

TCC

EMDR

TFT

Integração dos dados

Apoio às ações de suporte de reconstrução social

Fortalecimento da resiliência individual e comunitária

Impacto de longo prazo sobre os transtornos mentaisTabela resumo das projeções da OMS

Mediana entre países e nível de exposição a adversidade esperada

ANTES DO DESASTRE: 12-meses prevalência

DEPOIS DO DESASTRE: 12 meses prevalência

Transtorno severo (exemplo: Psicose, depressão severa, incapacitantes formas de transtorno de ansiedade)

2-3% 3-4%

Transtorno mental leve ou moderada (por exemplo, formas leves e moderadas de depressão e ansiedade)

10% 15-20% (geralmente reduzindo ao longo do

tempo)

Reações "normais" ao estresse (sem desordem)

Sem estimativa Grande porcentagem que geralmente reduz

com o tempo

Respostas de Multicamadas: princípio chave

Considerações sociais em serviços básicos e segurança

Fortalecimento: apoios comunitários e

familiares

Suporte focado, mas não

especializado

Serviços especializados

Defesa para serviços básicos e de segurança e que sejam socialmente adequadas para protege a dignidade.

Ativando redes sociais e suportes tradicionais da comunidade; espaços de proteção da criança.

Cuidados básicos em saúde mental em UBS; apoio emocional e prático básico por trabalhadores da comunidade.

15 a 20%

Cuidados de saúde mental por especialistas em saúde mental: psicólogos, psiquiatras, etc.

3 a 4%

Bibliografia Psicologia de Emergências e Desastres na América Latina: promoção de direitos e construção de estratégias de atuação – CFP/www.pol.org.br/pdf1º Seminário nacional de Psicologia das Emergências e dos Desastres: contribuições para a construção de comunidades mais seguras – CFP/www.pol.org.br/pdfRecomendações para a recuperação emocional à população afetada por catástrofes – CRPMGO cuidado com crianças e adolescentes afetados por catástrofes – CRPMGSite do CRPSPApresentações assistidas no 9º COREP e Psicologia em Foco: Eliana Torga, Márcio Gagliato e Lilian Garete

Psicóloga Clínica e em Emergências e Desastres

Psicoterapeuta Cognitivo ComportamentalEspecialista em Adolescência e Saúde

Pública

[email protected] [email protected]

@gtped