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ATPSInstrumentos e Técnicas de

Atuação Profissional

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OBJETIVOS

OBTER UM MAIOR APRENDIZADO DAS TÉCNICAS PROFISSIONAIS DO SERVIÇO SOCIAL;

OBSERVAR NA PRÁTICA E NO DIA À DIA DO PROFISSIONAL SEUS MAIORES DESAFIOS E SUAS MAIORES REALIZAÇÕES.

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ETAPA I Somente quando se tem um procedimento teórico sobre a

pratica é que ela poderá expressar uma teoria que só poderá mudar a prática quando utilizada para projetá-la e avaliá-la.

O valor existe a partir do momento em que o homem destina um significado á realidade, qualificando-a, como, por exemplo, ao afirmar que algo é verdadeiro ou falso, belo ou feio, bom ou mal. Cabe, portanto a ética buscar os fundamentos desses valores , quais interesses representam, “como filosofia moral, isto é uma reflexão que discuta, problematize e interprete o significado dos valores morais”

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Os valores são encontrados em varias perspectivas, tais como, a da lógica; da estética; a da moralidade; a da cientifica; a da religião; a da econômica. A perspectiva da moralidade pertence ao plano da ética, cabendo ela entender os fundamentos dos valores que regem o comportamento moral, entender o comportamento classificado como bom ou mal.

Os comportamentos éticos morais se materializam no cotidiano por intermédio das escolhas de valores e das implicações éticos políticas da ação profissional ou, nas palavras de Luckács (1976:106).

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A realidade social deste comportamento [ético] depende, não por ultimo de qual valor, entre os valores emergentes do desenvolvimento social, esteja realmente ligado a ele, de que contribuição real ele dê para conservar, tornar perenes, etc. estes valores.

As normas e regras, constitutivas da moral, se sustentam em valores os quais, com são criados pelos sujeitos na relação que os homens estabelecem entre si e com a natureza, ou seja, na práxis social. É nesse espaço da moralidade que se avalia o comportamento dos homens, julgando o aprovado ou reprovado, correto ou incorreto.

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A moral, na sociedade capitalista, possui uma função ideológica. Suas escolhas podem estar voltadas tanto para a dominação quando vinculadas à liberdade. Entretanto, o fato de ter um caráter normativo e o fato de haver certo nível de coereção em sua estrutura, visto sua função fazer com que as normas vigentes sejam aceitas e reproduzidas pelos indivíduos, faz com que seu caráter livre seja relegado.

A partir do momento em que ética é uma reflexão sobre os valores, sobre os comportamentos morais do homem, ela está sempre presente em qualquer tomada de decisão , mesmo que não se tenha consciência da ética. Conforme Chaui (1995 :337).

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A consciência moral manifesta- se, antes de tudo, na capacidade para deliberar diante das alternativas possíveis ,decidindo e escolhendo uma delas antes de lançar-se na ação. Tem a capacidade para avaliar e pesar as motivações pessoais, as exigências feitas pela situação, as consequências para si e para os outros, a conformidade entre meios e fins (...), a obrigação de respeitar o estabelecido ou de transgredi-lo (se o estabelecido for imoral ou injusto).

Entretanto ” para que haja conduta ética é preciso que exista o agente consciente.

Consciência e responsabilidade são condições indispensáveis da vida ética”

(Chaui 1995:337)

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Nesse processo, a “escolha” esta sempre presente. Ter condições objetivas para agir e escolher com consciência é um ato de liberdade é, então uma capacidade fundamental do agir ético

“A ética é definida como uma capacidade humana posta pela atividade vital do ser social: Barroco (2001:19)

A capacidade de agir conscientemente com base em escolhas de valor, projetar finalidades de valor e objetivá-las concretamente na vida social, isto é, ser livre

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Desse modo, a liberdade requer a existência de alternativas conjugadas com o conhecimento critico dessas alternativas para que se possa fazer uma escolha consciente, a qual implica na responsabilização do sujeito por essa escolha. Assumir uma responsabilidade pela escolha entre alternativas resulta num compromisso efetivo do sujeito com a sua ação. Assumir responsabilidade é ter um compromisso com algo ou alguém possui um caráter político, de forma que ética e política estão sempre juntas.

Se ética é uma reflexão critica sobre determinados valores presentes na ação humana, e se toda ação dos homens sobre a sociedade é uma ação política, há uma intrínseca relação entre ética e política.

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A ética responde à pergunta “ de que vale...?” (qual o valor); já a política responde à pergunta “para onde vai...?” ( qual é a intenção, qual é a finalidade?). Para responder “ de que vale “ é necessário responder “ para onde vai”, uma vez que para onde vai implica os fins e como eles se algo, tenho que saber a que fim ele se destina: sabendo a finalidade posso buscar os meios favoráveis à sua efetivação. Dessa forma, a busca dos meios implica, também, um caráter procedimental , uma vez que escolher um dado instrumento requer um caráter teórico, ético e político, mas também um conhecimento de como utilizá-lo.

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A prática profissional não se confunde com a prática social, mas também esta inserida nela. O que faz com que a Teoria Social de Marx seja fundamentada para o Assistente Social comprometido com a transformação social, mas não esgote uma prática profissional interventiva. Além do conhecimento teórico, precisa- se de outros tipos de conhecimentos – por exemplo, o conhecimento teórico, precisa-se de outros tipos de conhecimentos - por exemplo, o conhecimento procedimental- que venham a suprir necessidades de uma determinada pratica social: a pratica profissional do Assistente Social.

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Então, exposta a relação intrínseca entre a posição dos fins e a busca dos meios e seu caráter teórico, ético, político e técnico-operativo, a autora se detém, na subseção seguinte, nas tensões objetivas e subjetivas para a construção da finalidade e execução das mesmas na pratica profissional do Assistente Social. Essa reflexão é importante porque, no âmbito do Serviço Social , como já evidenciado, há lacunas no trato dessas dimensões.

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ETAPA 2

Qual é o instrumental técnico da minha prática?

Iniciei meu estágio na Secretaria de Promoção Social de Americana-SP, meu trabalho como estagiária é acompanhar as ações da Secretária Executiva do Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS); realizar os procedimentos e encaminhamentos da mesma; (acompanhamento da supervisora em Reuniões do CMAS; agendamento de Reuniões; realização de Atas e Relatórios após as Reuniões; acompanhamento da supervisora em visitas nas entidades...)

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Que relações estou estabelecendo entre a teoria e a prática, discurso e atuação?

Antes não tinha uma visão sobre o CMAS (Conselho Municipal de Assistência Social), mas hoje devido á minha participação, acompanhando minha supervisora, eu cresci como estagiária e consigo entender o trabalho do Conselho e sua importância.  

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Quais as limitações que estou enfrentando?

No começo tive muita dificuldade, não entendia o que minha supervisora falava ou solicitava, achei difícil a linguagem sobre reuniões, atas, relatórios; pensei até em desistir; mas depois de acompanhar ela em Reuniões com sequencia comecei entender o motivo das Reuniões, do que falam e o porquê de tudo.

Hoje entendo e vejo a importância do CMAS, a seriedade do trabalho, e suas funções de competências:

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Definir as prioridades da Política Municipal de Assistência Social no âmbito do Município de acordo com o que rege o Sistema Único de Assistência Social – SUAS;

Estabelecer diretrizes a serem observadas na elaboração do Plano Municipal de Assistência Social, bem como definir, controlar e avaliar a elaboração e execução do referido Plano;

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Aprovar a Política Municipal da Assistência Social, em consonância com os princípios e diretrizes estabelecidas na Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS;

Aprovar os Planos, Programas e Projetos, assim como os Planos de Aplicação Financeiras dos mesmos, objetivando a celebração de convênio entre o Poder Público e as entidades ou organizações privadas que prestam serviços de Assistência Social no âmbito municipal;

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Atuar na formulação de estratégias e controle de execução da Política de Assistência Social no Município;

Analisar e aprovar a inscrição das entidades e organizações de Assistência Social, assim como definir critérios de qualidade para o funcionamento dos serviços de Assistência Social públicos e privados no âmbito municipal;

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Emitir pareceres acerca da proposta orçamentária a ser encaminhada pelo órgão da administração pública municipal responsável pela coordenação da política municipal de assistência;

Estabelecer critérios para a destinação de recursos financeiros para o custeio do pagamento dos auxílios natalidade e funeral previstos no artigo 15, inciso I, da Lei Orgânica da Assistência Social;

Acompanhar a Administração e o funcionamento do Fundo Municipal de Assistência Social;

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Publicar em jornal local, suas resoluções administrativas, bem como as contas do Fundo Municipal de Assistência Social e dos respectivos pareceres emitidos;

Convocar, de acordo com orientações da Conferência Municipal de Assistência Social e do Conselho Estadual de Assistência Social, ordinariamente, a cada 2 (dois) anos, ou extraordinariamente, a qualquer tempo, pela vontade da maioria absoluta de seus membros, a Conferência Municipal da Assistência Social, que terá por atribuição avaliar a situação da Assistência Social no Município e propor diretrizes para o aperfeiçoamento do Sistema;

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Elaborar e aprovar seu Regime Interno; Promover discussões a ações que visem a integração entre vários

Municípios da região através de seus respectivos Conselhos; Fomentar coparticipações das Universidades, de Secretarias, de

Conselhos Municipais, Entidades e Movimentos Sociais, no intuito de buscar a colaboração em correspondência às necessidades prioritárias da população;

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ETAPA 3 Acadêmica Márcia C. Boldrini Francisco, RA-196565 entrevistou a Assistente Social

Alcimara Silva Batalhão CRESS Nº 33.625 que trabalha na Secretaria de Promoção Social da Cidade de Americana-SP.

Entrevista 1

1)Qual o papel do Serviço Social na Instituição?

Resposta: Gestão de informação, monitoramento e avaliação do SUAS no âmbito municipal.

  2) Quais as dificuldades enfrentadas no campo de trabalho?

Resposta: Número reduzido de profissionais para a demanda do serviço apresentado. Recursos financeiros além da necessidade para implementação do SUAS.

  3)Quais as principais atribuições e atividades do profissional?

Resposta: Assessoramento às entidades assistenciais e equipamentos públicos de média e alta complexidade no processo de implementação do SUAS. Análise de relatórios e dados quantitativos para subsidiar a gestão municipal na implantação e implementação de serviços socioassistenciais.

Subsidiar tecnicamente o CMAS quanto às normas vigentes no campo da Assistência Social.

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4)Através da oferta de serviços e atendimentos realizados pelo Serviço Social, como você avalia a aceitação dos usuários?

Resposta: Este serviço não atua diretamente com os usuários da Assistência Social.

5)A instituição trabalha de acordo com as Políticas Públicas ofertadas aos usuários?

Resposta: Sim, esta instituição faz a gestão da Política Pública de Assistência Social no âmbito municipal.

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Acadêmica Amanda Rogéria Pizani, RA-196604 entrevistou a Assistente Social Elisabete Perine CRESS Nº 22858 que trabalha no Núcleo de Atendimento Social do Bairro Jd. Europa- Sta.B.D´Oeste/SP

Entrevista 2

1) Qual o papel do serviço social na instituição?

Resposta - é de facilitar o acesso aos bens e serviços por ela ofertados aos usuários, para que possa ser efetivado a política de assistência social como direito do cidadão.

  2) quais as dificuldades enfrentadas no campo de trabalho?

Resposta - a falta de políticas publicas efetivas e de programas que venham contemplar e atender de fato o usuário sem cunho assistencialista e sem reforçar o sistema capitalista.

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3) Quais as principais atribuições e atividades do profissional?

Resposta - o assistente social habilita-se para: elaboração e gerenciamento de projetos sociais e programas,voltados para a população em situação de vulnerabilidade social.

são ferramentas: diagnóstico social e levantamento socioeconômico para atuar na situação apresentada,trabalha grupos em várias faixas etárias e com variação de gêneros também ,realiza pareceres,visita domiciliar,triagem,trabalha e desenvolve os projetos com equipe multidisciplinar .

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4) Através da oferta de serviços e atendimentos realizados pelo serviço social, como você avalia a aceitação dos usuários?

Resposta - de forma geral o usuário quer resolver a situação apresentada, onde nem sempre pode-se solucionar definitivamente, gerando um atendimento paliativo e fragmentado,atribuindo-se ao sistema capitalista que gera e cria a dependência do estado e do governo.

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5) A instituição trabalha de acordo com as políticas públicas ofertadas aos usuários?

Resposta - sinto que estamos caminhando para a implantação e efetivação das políticas publicas,que depende de gestores habilitados para desenvolverem esta política ainda se tem muito a avançar.

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Acadêmica Dagmar Correia B.Tondin, RA-281196 entrevistou a Assistente Social Nayara Cristina Nogueira que trabalha na Aequotan (Associação de Equoterapia de Americana).

Entrevista 3

1) Qual o papel do serviço social na instituição?

Resposta – Quando os usuários procuram a associação, a Assistente Social orienta como é o tratamento e pede a documentação necessária para a inclusão da criança. A mesma trabalha com crianças com deficiência física

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2) Quais as dificuldades enfrentadas no campo de trabalho?

Resposta – As dificuldades são o tempo de espera. A demanda do tratamento, o resultado vem a longo prazo, devido a cada deficiência.

3)Quais as principais atribuições e atividades do profissional?

Resposta – As atividades do profissional se resume em uma área em busca da pesquisa para dar continuidade no tratamento e o empenho no retorno dos mesmos a sociedade.

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4) Através da oferta de serviços e atendimentos realizados pelo serviço social, como você avalia a aceitação dos usuários?

Resposta - 90% de aceitação. A mesma vive de doação, os valores variam de R$150,00 a R$250,00.

5) A instituição trabalha de acordo com as políticas públicas ofertadas aos usuários?

Resposta - A entidade busca os meios, mais existe uma demanda muito grande, e a mesma se depara com a Política do Município.

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Referencias Bibliográficas

Dos Santos, Claudia Mônica. Na Teoria a Prática é Outra. Mitos e Dilemas na Relação entre Teoria, Pratica, Instrumentos e Técnicas no Serviço Social, Lumen Juris Editora Rio de Janeiro 2011.