atos hoje edição 11

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22 de julho de 2012 - Ano 46 - Edição 29 www.lagoinha.com

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A revista Atos Hoje, é uma publicação semanal da Igreja Batista da Lagoinha, para fins demonstrativos de eventos e textos jornalisticos. O projeto gráfico inicial da revista, foi criado pelo designer Luciano Buchacra, onde os diretores de arte João Paulo Fortunato e Junio Amaro, produzem desde a capa ao layout das matérias nela publicada.

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22 de julho de 2012 - Ano 46 - Edição 29 www.lagoinha.com

O ATOS HOJE é uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha - Presidente: Pr. Márcio Valadão. Gerência de Comunicação: Pr. Charles Campos. Produção Editorial: Renata Giori. Projeto Gráfico: Doismiledoze (agencia2012.com.br). Arte e Diagramação: Junio Amaro, João Paulo Fortunato e Luciano Buchacra. Revisão: Adriana Santos e Nicibel Silva. Jornalistas: Érica Fernandes, Stephanie Zanandrais e Kátia Brito. Colaboradores: Seara Livraria e Rede Super. Tiragem: 15.000 exemplares. Impressão: Gráfica Paulinelli. Igreja Batista da Lagoinha. Rua Manoel Macedo, 360 - São Cristóvão - CEP 31110-440 - BH/ MG. Telefone: (31) 3429-9450 - www.lagoinha.com. Sugestões e contatos: Jornal Atos Hoje – [email protected] – Atenção: Os anúncios contidos, nesta edição, são de única e exclusiva responsabilidade dos anunciantes, não tendo a Igreja Batista da Lagoinha nenhuma responsabilidade sobre o conteúdo e veracidade de tais anúncios, inclusive pelo fato de que os espaços para tais são abertos a terceiros, empresários e/ou prestadores de serviços com os quais a igreja não tem nenhum relacionamento de qualquer espécie, e sobre os quais a igreja não tem nenhuma condição de exercer fiscalização e muito menos garantir a efetividade dos produtos ou serviços anunciados. Fica também a critério da Igreja Batista da Lagoinha selecionar os anúncios que serão veiculados de modo que sejam apenas anúncios que não firam ou contrariem a moral e os costumes cristãos ou os dizeres contidos na Bíblia Sagrada. Reprodução permitida mediante citação da fonte.

Igreja BatIsta da LagoInhaRua Manoel Macedo, 360 - São CristóvãoCEP 31110-440 - Belo Horizonte - MGTel.: (31) 3429-9450

sIga@lagoinha_com

FaCeBooKwww.facebook.com/igrejabatistalagoinha

índICeedItorIaL ››

País da semana5 geórgIa Ore pelo país cuja perseguição

e abertura ao Cristianismo tem crescido lado a lado.

Para reFLetIr6 as janeLas aBertas dos Céus O Deus da aliança chama seu povo

para voltar para ele; uma volta que toca o coração e o bolso.

esPeCIaL12 mÁrCIo VaLadÃo 40 anos servindo à Igreja Batista da

Lagoinha.

estudos de CéLuLa26 a VItórIa no deserto Estratégias de crescimento.

40 anos no propósito de alegrar o SenhorEsta edição é mais que especial. Você poderá conhecer um pouco da história de vida do nosso querido pastor Márcio Valadão. Neste mês ele completa 40 anos à frente das atividades ministeriais da nossa igreja, por isso é nosso homenageado.

Deus é o dono de tudo, criou o céu e a Terra, a mim e a você. Cada obra dele é perfeita, é esculpida e criada com muito carinho. Assim Ele nos fez; entretanto, dia após dia precisamos fazer a escolha de viver com o objetivo de honrar o Criador. Nesta trilha seguiu o pastor Márcio, um homem que escolheu o caminho mais estreito, o caminho de seguir os passos de Jesus.

Deus estabeleceu, para cada um de nós, várias qualidades, não foi diferente com Márcio. Um homem trabalhador, responsável, que recebeu do Senhor o dom de ser comerciante, mas não o usou para si mesmo. Seus dons foram investidos em vidas, em amor e expansão do reino de Deus. Por meio de atitudes acertivas perante o Senhor, Márcio hoje colhe bons frutos. Promessas que o próprio Deus nos fez. ”Feliz é o homem que me dá ouvidos, velando cada dia às minhas entradas, esperando junto ao limiar da minha porta.” (Provérbios 8.34)

Completar 40 anos de trabalho e dedicação à frente da mesma igreja, para um só fim e num mesmo contexto, não é para qualquer um. Só mesmo para quem confia que Deus sabe que a obra só será completa quando o Senhor determinar. Muitas lutas surgem, mas a vitória é certa. A bondade de Jesus Cristo é o sustento em meio às batalhas.

Não há como não se emocionar com a história contada por este servo do Senhor, pastor Márcio. Este que nos é exemplo para todas as horas, ungido e usado com tanta espontaneidade pelo Espírito Santo. Que nos dá tantos conselhos sábios, adquiridos pela grande experiência com Jesus. O amigo que intercede por nossas vidas, nos instrui e nos exorta em amor. Nosso pastor, que é capaz de nos consolar até mesmo sem saber dos nossos problemas e isso tudo por ser tão sensível ao nosso Pai.

Com alegria, parabenizamos o pastor Márcio e sua família, sabemos que juntos eles construíram diversas maneiras de nos ajudar a ser mais íntimos do Senhor. Somos gratos a Deus por suas vidas!

Então, não deixe de ler essa linda história que contamos nesta revista, que servirá de inspiração para que você decida também, em todas as manhãs, entregar ao Senhor a direção dos seus passos.

renata [email protected]

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LeItura dIÁrIa

dIa 22 1Co 9; 2rs 1-2; am 7

dIa 23 1Co 10; 2rs 3; am 8 dIa 24 1Co 11.1-16; 2rs 4 ; am 9 dIa 25 1Co 11.17-34 ; 2rs 5; ob dIa 26 1Co 12; 2rs 6.1-7.2; jn 1 dIa 27 1Co 13; 2rs 7.3-20; jn 2

dIa 28 1Co 14.1-25; 2rs 8; jn 3

ATOShoje ››DOMiNgO, 22 DE JUlhO DE 2012 • ANO 46 • EDiçãO 29

51.707ovelhas na lagoinha

”Por isso, tu não devorarás mais os homens, nem desfilharás mais o teu povo, diz o

Senhor DEUS”. (Ezequiel 36.14)

CeIa do senhor, CeLeBremos!

Hoje (22/7), às 13h e 15h, no Templo e às 17h, no Salão CEU. Receba a Ceia do Senhor em sua casa! Ligue: (31) 8793-2232.

ALELUiA! PELA GRAçA Do SEnhoR,hoJE SomoS

BatIsmos

alegramo-nos pela vida dos 18 irmãos que foram batizados em nossa igreja nessa semana:

Amilton Ferreira dos Santos, Bruna Alexandre Ferreira de Oliveira, Bruna Mendes Viana, Elizabeth Bragança Macedo, Elizabeth Maria da Cruz Lopes, Filipe Rodrigues Ferreira, Geraldo Magela Damasceno Júnior, Gislene Alves Ferreira, Glória Rodrigues Marçal, Gustavo Rodrigues Bertoldo, Imaculada Conceição Cunha, Jéssica Souza Rezende, Jocileide Santos Damasceno, Marcela Adriana Felinto Morais, Martmilo dos Santos Costa Caldeira, Vitor Henrique Santana de Souza, Wellinton Aparecido da Silva e Wendel dos Santos Macedo.

nasCImento

Veio como herança do Senhor no dia 17/7, o amado arthur avelar dias para os pais Bruno Bacelar, um de nossos pastores da Rede de Adolescentes, e Naiara F. Avelar Dias. Que Deus abençoe a vida dessa preciosa criança e conceda aos pais graça, sabedoria e discernimento para instruir Arthur no caminho em que deve andar.Deseja anunciar o nascimento do seu bebê na revista Atos hoje? Então, entre em contato com Rodrigo: (31) 3429-9400 / 8468-0711.

CasamentosNeste sábado (28/7), às 17h, no Tabernáculo, Luis Claudio Ferreira Cunha & jessica ribas da silva, e às 22h, alexandre guimarães alves & Fabiane Cristina dos santos silva. Às 18h, no Salão Céu, rodrigo Fonseca soares & nicolle Vaz de souza, e às 21h, marcelo Pimentel Barbosa & Liliane Ferreira guimarães. Às 20h, no Salão Ágape, Luiz Cláudio da silveira & ana Paula gomes. Deseja anunciar seu casamento na revista Atos hoje? Então, entre em contato com Rodrigo: (31) 3429-9400 / 8468-0711.

transFerênCIas

é com muita alegria que a família Lagoinha recebe os 36 amados que vieram por transferência: Alex Júnio de Paula, Adenilson Pereira do Nascimento, Andréa Rodrigues de Paula, Arlinda Emiliana de Oliveira, Creuza de Paula Martins, Cristina Maria Silva Macedo, Davidson Fábio Fernandes, Deborah Pimenta Faeda, Deivison Arcanjo dos Santos, Denise de Souza Fernandes, Durvalina de Souza Fortaleza, Fablícia Luci de Barcelos, Felipe Albert Cotta Corrêa, Felipe Fernandes Ferreira de Sá, Franciele Bruna de Jesus de Matos, Gessy Gomes Sette Bicalho, Isabel Cristina Gomes Cordeiro, Janaina Eller, Júnio Bispo Barreto de Moura, Kelly Rafaela de Carvalho, Luana Viana de Oliveira, Márcio Rodrigues de Macedo, Maria da Glória Emiliano Neta, Maria das Graças dos Santos, Maria Francisca da Silva Moura, Neuber Cássio Ferreira Passos, Patrícia Elias Costa, Priscila de Almeida Ferreira, Rayssa Edwiges Alves de Oliveira, Regina Márcia Guedes de Jesus, Reisla Fortini da Silva, Renildo Ferreira dos Santos, Ricardo Martins de Oliveira, Rieuza Gonçalves Vilela, Ruth Pinto Brum e Sayonara Anselmo da Silva Freitas Corrêa.

BíBLIa na Ponta da Língua

PRÓSPERoS

Dom

inGo saLmo 122.6

”Orai pela paz de Jerusalém! Sejam prósperos os que te amam.”

SEGU

nDA

saLmos 25.13 ”Na prosperidade repousará a sua alma, e a sua descendência herdará a terra.”

TERç

A

saLmos 35.27 ”Cantem de júbilo e se alegrem os que têm prazer na minha retidão; e digam sempre: Glorificado seja o SENHOR, que se compraz na prosperidade do seu servo!”

QUAR

TA saLmos 68.6 ”Deus faz que o solitário more em família; tira os cativos para a prosperidade; só os rebeldes habitam em terra estéril.”

QUin

TA saLmos 112.3”Na sua casa há prosperidade e riqueza, e a sua justiça permanece para sempre.”

SEXT

A saLmos 118.25 ”Oh! Salva-nos, SENHOR, nós te pedimos; oh! SENHOR, concede-nos prosperidade!”

SÁBA

Do 3 joÃo 1.2”Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma.”

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Foto

: Rep

rodu

ção

Inte

rnet

Localizada no extremo leste da Europa, Geórgia destacou-se na Idade Média pelo alto grau de desenvolvimento da cultura. Uma das mais prósperas repúblicas da antiga União Soviética (URSS), a nação contava com um desenvolvido parque industrial. O colapso do comunismo, as lutas políticas e as rebeliões separatistas, porém, arrasaram a economia no início da década de 90. Ainda assim, muitas mudanças sociais, econômicas e políticas vêm acontecendo desde então.

desaFIos de oraçÃo

A pequena Igreja Protestante lutou contra o Comunismo e, desde a independência, contra algumas facções da Igreja Ortodoxa (82,7% da pop.). Ministérios evangélicos têm sido reprimidos e criticados. Eles tiveram problemas com a aquisição de imóveis e com autorizações necessárias para realizar as reuniões. Porém, a abertura para o Cristianismo tem aumentado consideravelmente entre os georgianos. O antigo Departamento de Ateísmo da Universidade Nacional da Geórgia é agora uma faculdade teológica. Algumas mudanças legais viabilizaram o trabalho evangelístico, e diminuíram as ameaças de perseguição. Grupos cristãos têm experimentado um crescimento nas últimas décadas. Ore para que a expansão do evangelho não pare, mas gere milhares de frutos.Após a Revolução Rosa, o progresso econômico e político, iniciado em 2004, ajudou a tirar o país de muitos problemas sociais. Grande parte desse progresso, porém, ficou retraído, em 2008, quando as tropas russas

ocuparam brevemente a maior parte do país, em uma guerra a favor da Ossétia do Sul contra a Geórgia. Ore pelo fim do partidarismo russo, para que a paz

seja estabelecida e para que a situação econômica, mais uma vez seja estabilizada e faça progressos.Por causa dos conflitos étnicos dentro do país, na década passada, muitas pessoas saíram de suas casas e aldeias.

A maioria vive, hoje, em campos ou alojamento improvisados na periferia da capital Tbilisi. Há muitas necessidades humanitárias, como alimentação adequada, água, calor no inverno e muitos suprimentos médicos. A taxa de desemprego para essas pessoas é altíssima, e as necessidades emocionais e

espirituais são inúmeras. Ore para que o testemunho eficaz da igreja, e dos missionários, alcance essas famílias que carecem do socorro dos filhos de Deus.Ore pela necessidade espiritual das minorias étnicas. Crentes georgianos estão mais aptos a alcançar essas minorias, mas eles precisam ser treinados, e a Igreja Georgiana precisa enviar e apoiar os trabalhadores para isso. Há pouca divulgação para os muçulmanos, apesar de alguns batistas estarem recebendo treinamento para alcançá-los. Ore também pelos Abkhazes – em sua maioria ortodoxa e com uma considerável minoria muçulmana, eles tendem a refletir uma visão de mundo e prática que é mais étnico-religiosa e pagã. Eles vivem em sua própria região separatista no noroeste do país.

Fonte: Intercessão mundial

GeorgiaOre pelo país cuja perseguição e abertura ao Cristianismo tem crescido lado a lado

PAÍS DA SEMANA

CaPItaL: TBILISI moeda: LARI

goVerno: REPÚBLICA PRESIDENCIALISTAPoPuLaçÃo: 4,2 MILHÕES

• Conheça os Projetos CuLturaIs e transCuLturaIs da LagoInha. Tel.: (31) 3429-9500 / 8402-6366 / 8793-7891. gisselda ou Pr. Joãozinho.

as janelas abertas dos céus

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O Deus da aliança chama seu povo para voltar para ele; uma volta que toca o coração e o bolso. Uma volta espiritual e também uma volta que abrange o aspecto financeiro. Quem tem o coração convertido, tem o bolso aberto. O bolso reflete o coração. O bolso é a radiografia do coração. O dinheiro é um termômetro espiritual, pois o Senhor jamais será o Senhor do nosso coração, se não for o Senhor do nosso bolso. Se o bolso ainda não está convertido ao Senhor, nosso coração também ainda não está. A Bíblia diz que onde está o nosso tesouro, aí está também o nosso coração. Não podemos servir a Deus e às riquezas. Quando nosso coração se volta para Deus, nosso bolso vem a reboque.

Se o povo se voltar para Deus, Ele se voltará para o povo. Se o povo for fiel na devolução dos dízimos, em vez de maldição, ele terá as janelas dos céus abertas. A escolha é entre bênção e maldição.

Vamos abordar o tema supracitado, por meio da análise de Malaquias 3.6-12.

a restauraçÃo estÁ Fundamentada no CarÁter ImutÁVeL de deus

O profeta Malaquias registra as palavras do Senhor: ”Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.” (Ml 3.6) Destacamos três verdades aqui, na consideração desse assunto:

em primeiro lugar, deus é imutável em seu ser.

Deus é o mesmo sempre. Ele não tem começo nem fim. É o mesmo ontem, hoje e o será sempre. Nele não há variação nem sombra de mudança. Deus não tem picos de crise. Seu amor por nós não passa por baixas. Não podemos fazer nada para que nos ame mais nem deixar de fazer coisa alguma para que nos ame menos. Seu amor por nós é eterno, contínuo e incondicional. A causa do amor de Deus por nós está nele mesmo.

em segundo lugar, deus é imutável em relação à sua aliança conosco. É leal ao compromisso que assume. Como filhos de Jacó, trazemos suas marcas, somos inconstantes. Contudo, ainda que sejamos infiéis, Deus não nega a si mesmo. Mesmo quando somos infiéis, Deus permanece fiel (2Tm 2.13). Ele prometeu ser o nosso Deus para sempre. Ele prometeu nunca nos abandonar. Ele nos disciplina e nos corrige, mas jamais nos destrói.

em terceiro lugar, a imutabilidade de deus é a nossa segurança. A imutabilidade divina é a causa de não sermos destruídos. Se Deus nos tratasse segundo os nossos pecados, estaríamos arruinados. A nossa inconstância não abala a imutabilidade de Deus enquanto que seu amor perseverante é que nos dá a garantia da salvação. A segurança da salvação não está firmada em nós, mas em Deus; não se apoia no frágil bordão da nossa instabilidade, mas no rochedo firme da imutabilidade divina.

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a restauraçÃo estÁ dIsPoníVeL medIante um ConVIte graCIoso de deus

O profeta Malaquias ainda fala em nome de Deus:”Desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos

meus estatutos e não os guardastes; tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós outros, diz o Senhor dos Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar?” (Ml 3.7)

Quatro verdades fundamentais devem ser enfatizadas nesse convite gracioso de Deus:

em primeiro lugar, a paciência perseverante do restaurador. ”Desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos meus estatutos e não os guardastes.” (Ml 3.7) A geração de Malaquias estava no mesmo curso de desvio e desobediência dos seus pais. Apesar desse doloroso fato, Deus não desiste do seu povo nem do direito que tem de atraí-lo para si, de chamá-lo ao arrependimento e de atraí-lo com cordas de amor. Deus o chama à restauração apesar de tantos anos de apostasia e rebeldia.

em segundo lugar, o profundo anseio do restaurador. ”Tomai-vos para mim...” (Ml 3.7) Deus não quer apenas uma volta a determinados ritos sagrados, a uma religiosidade formal. Ele quer comunhão, relacionamento, e por isso, diz: ”Tornai-vos para mim.” O Cristianismo é mais do que um credo, é comunhão com uma pessoa, a pessoa bendita do Deus eterno. É um relacionamento vivo com o Deus vivo. A palavra ”tornar” significa arrepender-se, mudar de rumo e seguir na direção oposta.

em terceiro lugar, a dinâmica relacional do restaurador. ”E eu me tornarei para vós outros, diz o Senhor dos Exércitos.” (Ml 3.7) Se queremos que Deus se volte para nós, devemos nos voltar para ele, porque nós mudamos, e não Deus; ele é imutavelmente o mesmo (3.7). Quando nos voltamos para Deus, o Deus da aliança, encontramos sempre os seus braços abertos, o beijo do perdão e a festa da reconciliação. Quando o povo de Deus se volta para ele em penitência, Deus se torna para ele em bênçãos e prosperidade.

Deus procura adoradores e não adoração. Ele quer a nós, mais do que ao nosso culto, o nosso serviço. Antes de Deus requerer o dízimo, ele requer o coração. Antes de ordenar para trazer os dízimos, Deus ordena trazer a vida. Os fariseus do tempo de Jesus eram extremamente zelosos na devolução dos dízimos. Eles davam até mesmo o dízimo das hortaliças. Mas Jesus os denunciou como hipócritas, porque davam o dízimo do endro, da hortelã e do cominho, mas negligenciavam os preceitos

principais da lei: ”[...] a justiça, a misericórdia e a fé.” (Mt 23.23)

Os fariseus transformaram a religião num conjunto interminável de rituais e deixaram de ter um relacionamento vivo e íntimo com Deus. Os fariseus superestimaram o dízimo, pensando que ao devolverem-no com fidelidade, podiam negligenciar o aspecto relacional da fé. Porém, o princípio bíblico é que o coração precisa vir primeiro para Deus, depois o bolso virá naturalmente. Jesus expressou isso claramente ao dizer: ”[...] onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.” (Mt 6.21) Se você ama a Deus, você não terá dificuldade alguma de ser um dizimista fiel.

em quarto lugar, a insensibilidade espiritual dos que são chamados à restauração. ”Mas vós dizeis: em que havemos de tornar?” (Ml 3.7) Pior que o pecado é a insensibilidade a ele. Pior que a transgressão é a falta de consciência dela. A cauterização e o anestesiamento da consciência são estágios mais avançados da decadência espiritual.

a restauraçÃo Passa PeLa FIdeLIdade na deVoLuçÃo dos dízImos

A pergunta do Senhor dos Exércitos é perturbadora:”Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais

e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda. Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida.” (Ml 3.8-10)

Precisamos entender alguns aspectos importantes sobre a questão do dízimo. Esse é um tema claro nas Escrituras. Muitas pessoas, por desconhecimento, têm medo de ensinar sobre esse importante tema. Outros, por ganância, fazem dele um instrumento para extorquir os incautos. Ainda outros por desculpas infundadas, sonegam-no, retém-no e apropriam-se indebitamente do que é santo ao Senhor. O povo de Deus, que fora restaurado por Deus, agora estava roubando a Deus nos dízimos e nas ofertas.

Os dízimos requeridos pela lei mosaica eram 10% de tudo o que o povo recebia, valores esses destinados à manutenção dos levitas (Lv 27.30-32). Desses dízimos os levitas pagavam 10% aos sacerdotes (Nm 18.26-28). Ainda, outro dízimo era pago pelo povo a cada três anos, destinado aos pobres, viúvas e órfãos (Dt 14.28, 29).

as janelas abertas dos céus

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Vejamos alguns pontos importantes sobre o dízimo:

em primeiro lugar, o dízimo é um princípio estabelecido pelo próprio deus. A palavra dízimo (heb. – maaser e gr. – dexatem) significa 10% de algo ou de algum valor. O dízimo não é uma cota de 1% nem de 9%; o dízimo é a décima parte de tudo o que o homem recebe (Gn 14.20; Ml 3.10). O dízimo não é invenção da igreja, é princípio perpétuo estabelecido por Deus. O dízimo não é dar dinheiro à igreja, é ato de adoração ao Senhor. o dízimo não é opcional, é mandamento; não é oferta, é dívida; não é sobre, e sim primícias; não é um peso, é uma bênção.

O dízimo é ensinado em toda a Bíblia: antes da lei (Gn 14.20), na lei (Lv 27.30), nos livros históricos (Ne 12.44), poéticos (Pv 3.9,10), proféticos (Ml 3.8-12) e também

no Novo Testamento (Mt 23.23; Hb 7.8). O dízimo não é uma questão meramente financeira, mas, sobretudo, espiritual.

O bolso revela o coração. Durante o reinado de Ezequias, houve um grande despertamento espiritual, e o resultado foi a dedicação de dízimos e ofertas ao Senhor (2Cr 31.5,12,19). Sempre que o povo de Deus se volta para o Senhor com o coração quebrantado, os dízimos são devolvidos.

em segundo lugar, o dízimo é santo ao senhor (Lv 27.31). Quando o rei Belsazar usou utensílios santos e sagrados do templo de Deus para o próprio deleite, o juízo divino caiu sobre ele (Dn 5.22-31). ”Quando Acã tomou das coisas condenadas (primícias para

Deus) (Js 6.18,19) [...] A ira do Senhor se acendeu contra os filhos de Israel” (Js 7.1).

em terceiro lugar, o dízimo faz parte do culto. A devolução dos dízimos fazia parte da liturgia do culto. ”A esse lugar fareis chegar os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos...” (Dt 12.6). A devolução dos dízimos é um ato litúrgico, um ato de adoração que deve fazer parte do culto do povo de Deus.

em quarto lugar, o dízimo é para o sustento da Casa de deus. ”Aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel por herança, pelo serviço da tenda da congregação.” (Nm 18.21) O dízimo é o recurso que Deus estabeleceu para o sustento de pastores, missionários, obreiros, aquisição de terrenos, construção de templos, compra de literatura, assistência social, também toda a manutenção

e extensão da obra de Deus sobre a terra. Se no judaísmo os adoradores traziam mais de 10% de tudo que recebiam para a manutenção da Casa de Deus e dos obreiros de Deus, bem como para atender às necessidades dos pobres, muito mais agora, que a igreja tem o compromisso de fazer discípulos de todas as nações.

em quinto lugar, vejamos algumas desculpas descabidas quanto ao dízimo:

A primeira desculpa é a justificativa teológica: O dízimo e da lei. Sim, o dízimo é da lei, é antes da lei e também depois da lei. Ele existiu no sacerdócio de Melquisedeque, no sacerdócio levita e no sacerdócio de Cristo. A graça vai sempre além da lei (Mt 23.23). Se a lei nos isenta do dízimo, então, também nos isentará da justiça, da misericórdia e da fé, pois também são da lei. Ainda que o dízimo fosse uma prática exclusiva da lei, mesmo assim, deveríamos observá-lo, pois também o decálogo é da lei e nem por isso, sentimo-nos desobrigados de obedecê-lo. Ivonildo Teixeira corretamente exorta àqueles que procuram escapar da responsabilidade do dízimo, dizendo que só veem sua prática no Antigo Testamento:

”Que bom você enxergar o dízimo no Testamento que fala do povo de Deus, dos grandes milagres, dos homens ungidos, dos reis e rainhas, dos profetas e sacerdotes que foram tremendamente usados por Deus. É no Antigo Testamento que encontramos os Dez Mandamentos que nos ensinam a: ‘Não adorar a outro Deus’, ‘não fazer imagens de escultura’, “não matar, “não adulterar’, “não roubar, “não cobiçar”. Como essas leis estão inseridas no Antigo Testamento, sendo assim, você vai fazer tudo ao contrário? Creio que não! Se você crê na inspiração do Antigo Testamento, o dízimo está incluso, ordenado por Deus, e isso basta.”

A segunda desculpa é a justificativa financeira. O que eu ganho não sobra. Dízimo não é sobra, e sim primícias. Deus não é Deus de sobra, de resto. A sobra nós damos para os animais domésticos. A ordem de Deus é: ”Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda...” (Pv 3.9). Os homens fiéis sempre separaram o melhor para Deus, ou seja, as primícias (Êx 23.19; 1Cr 29.16; Ne 10.37) Se não formos fiéis, Deus não deixa sobrar. O profeta Ageu diz que o infiel recebe salário e o coloca num saquitel furado, vaza tudo. O que ele rouba de Deus foge entre os dados (Ag 1.6).

Hoje, os cristãos gastam mais com cosmético do que com o reino de Deus. Investem mais em coisas supérfluas do que com a salvação dos perdidos. Gastamos mais com aquilo que parece do que com a evangelização do mundo. Quando acumulamos justificativas e desculpas para sonegarmos o dízimo, revelamos apenas que o reino de Deus não é nossa prioridade e que o nosso amor por Deus é menor que o nosso apego ao dinheiro. Quando dizemos que a razão de retermos o dízimo é que se o pagarmos vai nos faltar o básico, estamos permitindo que satanás encha o nosso coração de incredulidade. É Deus quem cuida do seu povo. Dele vem a nossa provisão. Cabe-nos obedecer a Deus e deixar as consequências em suas mãos. Ele é fiel!

AS JANElAS AbErTAS DOS CéUS ››

“A esse lugar fareis chegar os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos...” (Dt 12.6). A devolução dos dízimos é um ato litúrgico, um ato de adoração que deve fazer parte do culto do povo de Deus.

9

A terceira desculpa é a justificativa matemática: Eu não entrego o dízimo, porque tem crente que não é dizimista e prospera ao passo que tem crente dizimista que é pobre. Não basta apenas ser dizimista, é preciso ter a motivação correta. É um engano pensar que as bênçãos de Deus se limitam apenas às coisas materiais. As pessoas mais ricas e mais felizes do mundo foram aquelas que abriram mão do que não podiam reter, para ganhar o que não podiam perder.

Dízimo não é barganha nem negócio com Deus. precisamos servir a Deus por quem ele é e não pelo que vamos receber em troca. Se o seu coração ainda está no dinheiro, você precisa se converter. A prosperidade financeira sem Deus pode ser um laço. Um homem nunca é tão pobre como quando só possui dinheiro. Jesus disse que a vida de um homem não consiste nas riquezas que ele tem. Nada trouxemos para este mundo nem nada levaremos dele. O máximo que o dinheiro pode oferecer ao homem é um rico enterro. Riqueza sem salvação é a mais consumada miséria.

A quarta desculpa é a justificativa sentimental. Eu não sinto que devo entregar o dízimo. Pagar o dízimo não é questão de sentimento, mas de obediência. O crente vive pela fé e fé na Palavra. Não posso chegar diante do gerente e dizer que não sinto vontade de pagar a dívida no banco. Não posso encher o meu carrinho de compras no supermercado e depois dizer para o caixa: eu não sinto vontade de pagar essa dívida.

Apropriar-se do dízimo é desonestidade, é roubo, é apropriar-se do que não nos pertence. Enganam-se aqueles que sonegam o dízimo, porque julgam que Deus não bate à sua porta para cobrar nem manda seu nome para o SPC do céu. A Bíblia diz que de Deus não se zomba, aquilo que o homem semear, isso ceifará. A retenção do dízimo provoca a maldição divina e a ação devastadora do devorador.

A quinta desculpa é a justificativa da consciência: Eu não sou dizimista, mas dou oferta. Dízimo é dívida, oferta é presente. Primeiro você paga a dívida, depois dá o presente. Não posso ser honesto com uma pessoa se devo a ela dez mil reais, e chego com um presente de quinhentos reais, visando com isso, quitar a dívida. Não podemos subornar a Deus. Ele não pode ser comprado nem enganado. Deus requer fidelidade!

A sexta desculpa é a justificativa política: A igreja não administra bem o dízimo. Deus mandou que eu trouxesse todos os dízimos à Casa do Tesouro, mas não me nomeou fiscal do dízimo. Eu não sou juiz do dízimo de Deus. Minha obediência não deve ser condicional. Quem administra o dízimo vai prestar contas a Deus.

A sétima desculpa é a da visão mesquinha. A igreja é rica, ela não precisa do meu dízimo. Em primeiro lugar, o dízimo não é meu, mas de Deus. Em segundo lugar, meu dever é entregá-lo com fidelidade como Deus me ordenou e aonde Deus me ordenou. Ainda perguntamos: será que temos tomado conhecimento das necessidades da igreja? Vislumbramos as possibilidades de investimentos em prol do avanço da obra? Além do mais, o dízimo não é da igreja, é do Senhor. É ele quem o recebe (Hb 7.8).

A oitava desculpa é a desculpa da discordância

pessoal: Eu não concordo com o dízimo. Temos o direito de discordar, só não temos o direito de escolher discordar, só não temos o direito de escolher as consequências das nossas decisões. Quando discordamos do dízimo estamos indo contra a palavra dos patriarcas, dos profetas, e acima de tudo, do Senhor Jesus, que disse: ”daí, pois, a césar (os impostos, os tributos e as taxas) o que é de César e a Deus o que é de Deus (os dízimos e as ofertas).” (Mt 22.21)

Em sexto lugar, pecados graves quanto ao dízimo. Malaquias denuncia alguns pecados graves quanto ao dízimo que estavam sendo cometidos pelo povo: O primeiro pecado é reter o dízimo. ”Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas” (3.8) O verbo ”roubar”, qaba, é raro no Antigo Testamento, mas bem conhecido na literatura talmúdica como ”tomar à força”. O povo estava roubando a Deus: 1) trazendo ofertas indignas (Ml 1.13); 2) oprimindo os pobres (Ml 3.5); retendo os dízimos (Ml 3.8). A palavra roubar, portanto, significa tomar à força, ou seja, é uma espécie de assalto intencional, planejado e ostensivo. A única vez que esse verbo aparece novamente é em Provérbios 22.23 para descrever o despojamento do pobre. Reter o dízimo santo do Senhor é uma insensatez, pois ninguém pode roubar a Deus impunemente. Tentar defraudar a Deus é defraudar a si mesmo, pois tudo que temos lhe pertence: nossa vida, família e bens. Uma águia buscando alimento para os filhos arrancou com suas possantes garras a carne do altar do sacrifício. Voou para o ninho dos seus filhotes como o cardápio do dia, mas havia ainda na carne uma brasa acesa, que incendiou o ninho dos seus filhotes, provocando um desastrado acidente. Não é seguro retermos o que é de Deus para o nosso sustento.

Deus é o Criador, provedor e protetor, por isso devemos depender dele mais do que dos nossos recursos. Nossa confiança precisa estar no provedor mais do que na provisão. Nenhum homem jamais perdeu alguma coisa por servir a Deus de todo o coração, ou ganhou qualquer coisa, servindo a ele como o coração dividido. Diante da sonegação dos dízimos, o Senhor lhes lembra que estavam, na realidade, roubando a si próprios, pois o resultado de tal atitude era o fracasso das colheitas. Quem rouba a Deus não é capaz de amá-lo. Na verdade, sonegar o dízimo é atuar

AS JANElAS AbErTAS DOS CéUS ››

hoje, os cristãos gastam mais com cosmético do que com o reino de Deus. investem mais em coisas supérfluas do que com a salvação dos perdidos. Gastamos mais com aquilo que parece do que com a evangelização do mundo.

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como dolo e essa é uma maneira estranha de exprimir gratidão a Deus. Reter o dízimo é colocar o salário num saquitel furado, diz o profeta de Deus, pois a Bíblia diz que reter mais do que é justo é pura perda (Pv 11.24). Reter o dízimo é uma clara demonstração de amor ao dinheiro, e a Bíblia diz que o amor ao dinheiro é raiz de todos os males (1Tm 6.10). Reter o dízimo é desconfiar da providência divina, é um ato de incredulidade e infidelidade àquele que nos dá a vida, a saúde, o sustento e a própria vida eterna. Reter o dízimo é roubar a Deus de forma ostensiva e abusiva. Reter o dízimo é desamparar a Casa de Deus (Dt 26.14).

Se quisermos ter os tesouros de Deus abertos, devemos abrir os nossos tesouros (Ml 3.10,11). Corações inteiros e mãos abertas abrem sobre nós as janelas dos céus e disponibilizam para nós os inesgotáveis recursos de Deus. Malaquias fala não apenas do dízimo, mas também das ofertas. Eram as partes dos sacrifícios separados para os sacerdotes (Êx 29.27,28; Lv 7.32; Nm 5.9). Elas tinham também uma finalidade especial (Êx 25.2-7). Quando ninguém trazia ofertas, os levitas não tinham outra opção senão desistir do seu ministério e ganhar o seu sustento na agricultura.

o segundo pecado é subtrair o dízimo. A Bíblia ordena: ”Trazei todos os dízimos” (Ml 3.10). O dízimo é integral. Muitas pessoas pensam enganar a Deus quando estão preenchendo o cheque do dízimo. Elas colocam um valor muito inferior ao que representa os 10% estabelecidos pelo Senhor. Pelo fato de enganarem a igreja, pensam que também enganam o Senhor da igreja. Isso é um terrível engano. Deus não precisa da árvore da ciência do bem e do mal no jardim do Éden. Deus queria a fidelidade de Adão. Não precisava do sacrifício de Isaque, ele queria a obediência de Abraão. Assim, também, Deus não precisa de dinheiro, ele requer a fidelidade do seu povo. Deus viu Ananias e Safira escondendo parte da oferta e os puniu por isso. Podemos nós enganar àquele que tudo vê? O dízimo é sustento da Casa do Senhor. Os levitas e os sacerdotes viviam dos dízimos. Os pobres eram amparados com os dízimos (Dt 14.28). Devemos trazer todos os dízimos à casa do Tesouro.

o terceiro pecado é administrar o dízimo. A Bíblia ensina: ”Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro” (Ml 3.10). Não temos o direito de mudar uma ordem do Senhor (Dt 12.11). Não podemos fazer o que bem entendemos com o que é de Deus. Não somos chamados para administrar o dízimo nem para sermos juízes dele, mas para devolvê-lo ao seu legítimo dono. Deus mesmo já estabeleceu em sua Palavra que o dízimo deve ser entregue em sua Casa.

Há pessoas que repartem o dízimo para várias causas: enviam 2% a uma igreja necessitada. Remetem 3% para uma obra social. Ajudam um missionário com mais 2% e depois, entregam 3% à igreja onde frequentam. Essa prática está errada. Não temos o direito de administrar o dízimo. Há pessoas, ainda, que frequentam uma igreja e entregam todo o dízimo em outra. Se quisermos ajudar uma causa, devemos fazê-lo com o que nos pertence e não com o dízimo

do Senhor. Este deve ser trazido integralmente à casa do Tesouro. A casa do Tesouro era uma expressão que designava os celeiros, ou armazéns, a tesouraria do templo, amplos salões em que se colocavam os dízimos (1Rs 7.51).

o quarto pecado é subestimar o dízimo. Eles perguntavam: ”Em que te roubamos?” (Ml 3.8). Eles pensavam que o dízimo era um assunto sem importância. Eles sonegavam o dízimo e julgavam que essa prática não os afetava espiritualmente. A nossa negligência e a dureza do nosso coração em reconhecermos o nosso pecado, não atenua a nossa situação. O que pensamos sobre uma situação não a altera aos olhos de Deus. A verdade de Deus é imutável, e isso não depende do que venhamos a pensar a respeito dela. A geração de Malaquias não apenas sonegava o dízimo, como também não sentia por isso nenhuma culpa. Eles pecaram e ainda justificavam o seu pecado.

em sétimo lugar, vejamos dois perigos sérios quanto à negligência do dízimo. O profeta Malaquias avisa solenemente acerca de dois graves perigos para aqueles que sonegam o dízimo e retêm em suas mãos o que é Santo ao Senhor. O primeiro perigo é a maldição divina. ”Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda” (Ml 3.9). A maldição chega a um terceiro nível no livro de Malaquias. A primeira foi imposta ao enganador que tendo o melhor, dá o pior para Deus (Ml 1.14). A segunda maldição é endereçada aos sacerdotes que desonram a Deus (Ml 2.2), mas agora, a terceira maldição é derramada sobre toda a nação que está roubando a Deus nos dízimos e ofertas (Ml 3.8,9). A desobediência sempre resulta em maldição. Insurgir-se contra Deus e violar as suas leis traz maldição inevitável. Deus é santo e não premia a infidelidade. Ele vela para que sua Palavra seja cumprida. Deus é fogo consumidor e terrível coisa é caIr nas mãos do Deus vivo. É tempo de a igreja se arrepender do seu pecado de infidelidade quanto ao dízimo. Sonegar o dízimo é desamparar a casa de Deus. Sonegar o dízimo é deixar de ser eu cooperador na

AS JANElAS AbErTAS DOS CéUS ››Quando a igreja é fiel, a casa de Deus é suprida, a obra de Deus cresce, o testemunho da igreja resplandece entre as nações. Ser cooperador com Deus é fazer um investimento para a eternidade (1Co 3.9).

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implantação do Reino. Precisamos nos voltar para Deus de todo o nosso coração, pois só assim com o coração tudo o que somos e temos para o altar.

O segundo perigo é a devastação do devorador. ”Por vossa causa repreenderei o devorador” (Ml 3.11). O devorador pode ser tudo aquilo que subtrai nossos bens, que conspira contra o nosso orçamento e que mina as nossas finanças. O devorador aqui não deve ser entendido como qualquer tipo específico de destruidor, mas qualquer e todo tipo, racional ou irracional.

O profeta Ageu alertou, sobre as consequências da infidelidade, dizendo que isso é o mesmo que receber salário e colocá-lo num saquitel furado (ag 1.6). Quando retemos fraudulentamente o que é Deus, o devorador come o que deveríamos entregar no altar do Senhor.

a restauraçÃo traz BênçÃo sInguLares de deusA ordem de Deus é clara: ”Trazei todos os dízimos à

casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida. Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos. Todas as nações vos chamarão felizes, porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos Exércitos.” (Ml 3.10-12)

O profeta Malaquias aponta quatro bênçãos que acompanham a restauração divina sobre aqueles que são fiéis nos dízimos e nas ofertas.

em primeiro lugar, as janelas abertas do céu (ml 3.10). É lá do alto que procede toda boa dádiva. Deus promete derramar sobre os fiéis, as torrentes caudalosas das bênçãos. Baldwin diz que as janelas do céu, que se abriram para a chuva durante o dilúvio (Gn 7.11), ”choverão” uma sequência superabundante de presentes, quando Deus mandar. É bênção sobre bênção, é bênção sem medida. É abundância. É fartura. Mais vale 90% com a bênção do Senhor do que 100% sob a sua maldição. Janelas abertas falam não apenas de bênçãos materiais, mas de ”(...) toda sorte de bênção espiritual” (Ef 1.3). Nós precisamos evitar dois extremos: a teologia da miséria não enxerga a bênção de Deus nas suas dádivas materiais.

em segundo lugar, as bênçãos sem medida de deus (ml 3.10). A bênção de Deus enriquece e com ela não traz desgosto. A Bíblia diz que aquilo que plantamos, isso também colhemos. Mas, colhemos sempre mais que plantamos. (...) o que semeia com fartura com abundância também ceifará” (2Co 9.6).

A promessa de Deus é: (...) daí, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também (Lc 6.38). Deus promete literalmente fazer prosperar a quem dá com liberalidade (2Co 9.6-11): ”A quem dá liberalmente, ainda se lhe acrescenta mais e mais; ao que retém mais do que é justo, ser-lhe-á em pura perda. A alma generosa prosperará, e quem dá a beber será dessedentado” (Pv 11.24-15).

em terceiro lugar, o devorador repreendido (ml 3.11). Deus não age apenas ativamente derramando bênçãos extraordinárias, mas também inibe, proíbe e impede a ação do devorador na vida daqueles que lhes são fiéis. Alguém, talvez, possa objetar dizendo que há muitos crentes não dizimistas que são prósperos financeiramente, enquanto há dizimistas que enfrentam dificuldades econômicas. Contudo, a riqueza sem fidelidade pode ser maldição e não bênção. Também, as bênçãos decorrentes da obediência não são apenas materiais, mas toda sorte de bênção espiritual em Cristo Jesus. O apóstolo Paulo diz que grande fonte de lucro é a piedade com contentamento, enquanto afirma que os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concuspicências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição (1Tm 6.6,9). A maldição do devorador não se quebra com ritos místicos nem oração e jejum, mas enfiando a mão no bolso e devolvendo a Deus o que lhe pertence: os dízimos e nas ofertas.

em quarto lugar, uma vida feliz (ml 3.12): ”Todas as nações vos chamarão felizes, porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos Exércitos”. Há grande alegria na obediência a Deus. Quando a igreja é fiel, a casa de Deus é suprida, a obra de Deus cresce, o testemunho da igreja resplandece entre as nações. Ser cooperador com Deus é fazer um investimento para a eternidade (1Co 3.9). Muitos estão investindo em projetos que não terão nenhuma consequência eterna. Onde você está ajuntando tesouros? Onde está colocando suas riquezas? Onde você tem colocado o seu coração? O dinheiro do Senhor que está em suas mãos tem sido desenvolvido para o sustento da obra de Deus?

Concluímos dizendo que Deus chama o seu povo a fazer prova dele. O Senhor nos exorta a fazer prova dele quanto a esse assunto (Ml 3.10). Deus não quer obediência cega, mas fidelidade com entendimento. O dinheiro é uma semente. Quando você semeia com fartura, você colhe com abundância. Na verdade você tem o que dá, perde o que retém. A semente que se multiplica não é a que você come, mas a que você semeia. Jesus disse: ”Mais bem-aventurado é dar que receber” (At 20.35). Quando você oferta, Deus multiplica a sua sementeira. Deus nunca fica em dívida com ninguém. Ele nos desafia e nos exorta a fazer prova dele. Precisamos aprender a ofertar. Precisamos ter experiências da generosidade de Deus.

Deus nos propõe duas alternativas: O que você vai acolher: bênção ou maldição? Se o povo de Deus trouxer os dízimos à Casa do Tesouro na terra, Deus abrirá os seus tesouros no céu.

Deus propõe ao seu povo dois caminhos: de bênção ou de maldição. Que caminho iremos escolher? Que decisão tomaremos? Ele nos exorta a escolher o caminho da bênção, o caminho da vida!

Pr. hernandes dIas LoPesAprenda mais sobre esse assunto. ligue para o Pr. ronaldo (31) 8793-1010.

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Pastor

Márcio Valadão40 anos servindo a Igreja

Batista da LagoinhaPor atilano muradas

o número 40 é um dos mais utilizados na Bíblia. saul, davi e salomão reinaram cada um 40 anos. jesus jejuou por 40 dias e 40 noites. moisés morou na corte egípcia por 40 anos antes de morar 40 anos no deserto e voltar para libertar o povo de Israel e peregrinar por 40 anos até a terra Prometida. Chegar aos 40 anos de casado e fazer Bodas de rubi ou esmeralda é algo raro, tal qual fazer 40 anos de serviço ou de ministério. não é para qualquer pessoa; não se chega de graça; seria impossível sem esforço, determinação e a bênção de deus.

o pastor márcio Valadão, em poucos anos, completará 40 anos de casado, mas antes disso, completa 44 de ministério e, neste mês de julho, exatos 40 anos de pastorado na Igreja Batista da Lagoinha. a história de seu ministério é tão linda quanto a história de seu casamento: muitas lutas, muitas alegrias e tristezas, muitos filhos gerados, e muitas, muitas conquistas. tantas conquistas que espantam o Brasil e o mundo. nunca uma igreja local chegou a tamanho crescimento com um único pastor à frente e por tantos anos. o segredo? Você saberá nesta matéria que conta os fatos que antecederam a ascensão do pastor márcio à liderança da Igreja Batista da Lagoinha, seu próspero ministério.

ESPECiAl

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Márcio Roberto Vieira Valadão nasceu em 1948, num lar evangélico presbiteriano. Seu pai era um homem muito piedoso, que realizava todos os dias um culto em família, o chamado culto doméstico. ”Meu pai lia a revista da Escola Dominical. Um dia ele orava e no outro dia a mãe orava”, lembra o pastor Márcio.

A família era grande – o casal e sete filhos – e Márcio começou a trabalhar bem cedo – com 7 anos. ”Não tenho lembrança dos meus pais me comprarem roupas depois desse tempo, afinal, eu já trabalhava e comprava minhas próprias coisas. Não éramos miseráveis, mas também não éramos ricos e nem pobres. O papai trabalhava em casa como sapateiro até quando nos mudamos para o bairro Bonfim e pudemos

abrir uma porta para a rua. Meu pai tinha a sua freguesia e também algumas paixões: falar de política, futebol e religião. Todas as pessoas que vinham até a sapataria eram evangelizadas, ainda que o evangelismo daquele tempo fosse bem diferente dos dias de hoje”, explica. Na década de 50 o evangelismo era mais anticatólico, ou seja, se falava mais contra os católicos, a Infalibilidade Papal, a Idolatria, do que propriamente sobre o Evangelho.

Quando Márcio tinha 15 anos, em 1964, um terrível acidente desestabilizou toda a família: a morte de seu pai durante uma caçada. Um tiro acidental na coxa o levou a passar uma semana hospitalizado. ”Eu fiquei com ele no hospital. Infelizmente, os médicos não lhe deram uma vacina antitetânica, então ele acabou morrendo, não do tiro, mas de tétano. Meu pai era um homem saudável e integrado à igreja”, relembra.

Mas a vida precisava continuar. Como já aprendera a negociar, comprar, vender, Márcio, então, assumiu os negócios do pai. Em pouco tempo, a loja cresceu e foi preciso alugar outro espaço e contratar mais funcionários. Márcio era agora um empresário bem-sucedido no centro da cidade de Belo Horizonte. Uma curiosidade dessa época é que ele ia a São Paulo fazer compras para a loja, mas não tinha Carteira de Identidade porque era menor de idade. Podia ser empresário, mas não podia ter o documento. Sua sorte é que tinha porte de adulto, então ninguém lhe pedia identidade. Contudo, à medida que os negócios cresciam, o jovem Márcio se distanciava da igreja. ”Por mais que eu estivesse fora da igreja, sempre me batia saudade, afinal, eu fui criado nela”, confessa o pastor.

Os primeiros anos

na foto acima, arminda (mãe), hélio, héle (Pai), dayse, márcio, Vera e

ângela.

na foto abaixo, márcio,

héle (Pai) e seus irmãos.

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Algum tempo depois que seu pai faleceu, Márcio ficou sabendo de uma igreja evangélica onde aparecia fogo no altar e as pessoas andavam nas paredes igual formiga – às vezes, ele diz lagartixa. ”Fui nessa igreja como curioso e, claro, não vi ninguém subir nas paredes e nem fogo aparecer”, conta rindo. Por quase um ano Márcio frequentou essa igreja cujo pastor era José Rego do Nascimento, o precursor da renovação espiritual no Brasil. Mas mesmo assim ele não se encontrou espiritualmente. ”Eu ouvia todas as mensagens, mas não tinha a experiência do novo nascimento. Meu foco naqueles dias estava em trabalhar e ser rico”, declara.

A história de Márcio, no entanto, começou a tomar um novo rumo quando um jovem vendedor chamado José Carlos Pezzotti, que era da igreja que frequentava, lhe pediu um espaço na loja para expor e vender livros. Naturalmente eles passaram a conversar e andar juntos com frequência. Certo dia, depois de longa conversa, Pezzotti – que hoje é pastor e reside em Belo Horizonte – questionou Márcio se ele tinha certeza da sua salvação e ele teve de admitir que necessitava ter um encontro real com Jesus. Então, em 19 de maio de 1966, durante uma vigília, Márcio aceitou Jesus como seu Senhor e Salvador, foi batizado com o Espírito Santo e chamado para o ministério. Um novo capítulo de sua vida começaria a ser escrito.

o semInÁrIo ou o exérCIto?O ano de 1966 foi especial e decisivo para a vida

do recém-convertido Márcio. Ao mesmo tempo em que Deus havia lhe falado por meio de uma profecia que no ano seguinte estaria no seminário, Márcio foi

selecionado para prestar o serviço militar obrigatório. ”Tínhamos aí um problema. Como eu iria para o seminário se eu tinha que servir o Exército?”, lembra. Mas Deus tem suas maneiras de conduzir os fatos.

No dia da sua apresentação no 12º Batalhão de Infantaria (12 BI), depois dos exames médicos, Márcio entrou numa fila para receber a designação de onde iria servir. Quando chegou a sua vez, o oficial leu no alto da ficha a expressão ”Excesso de Contingente”. Estava liberado. ”Isso pra mim foi um sinal de qual caminho eu deveria seguir. Mas não seria fácil, afinal, eu possuía uma loja num dos lugares mais nobres de Belo Horizonte, no Praça Sete Shopping Center, o primeiro a ter escala rolante em Belo Horizonte. Todavia, de repente, milagrosamente, perdi toda aquela ambição pelo dinheiro. Desfiz de tudo, fiz acerto com cada funcionário dando máquinas, materiais, e vendendo o que era possível. Houve um momento em que olhei e não havia mais nada; nem loja e nem dívidas. Minha vida estava zerada. Então, fui para o seminário, em 1967, quase um ano depois de convertido”, testemunha.

Diferente dos dias de hoje em que a maioria dos seminários funciona em prédios próprios, o Seminário Teológico Evangélico do Brasil (STEB), onde estudou o pastor Márcio teve sede em igrejas nos bairros Carlos Prates, depois Sagrada Família, Santa Efigênia e Venda Nova. ”Eu tomava o ônibus no Parque Municipal. Lembro-me que um dia encontrei um moço de terno indo para o seminário e perguntei a ele se eu também tinha que ir de terno”, conta rindo.

A conversão e o chamado

Hélio, Márcio e Héle (Pai)

ESPECiAl

márcio recebe o seu diploma das mãos de enéas tognini e renê

Feitosa.

márcio com seus colegas de seminário

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Querido Pr. márcio,agradecemos por se empenhar em cumprir a missão de honrar o deus triuno, servindo-o com alegria no cumprimento da sua vocação, no poder do espírito santo.

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A Terceira Igreja Batista, onde funcionava o seminário, tinha um pastor bem velhinho chamado Achiles Barbosa, que adoeceu e morreu. No dia do culto fúnebre, a igreja levantou uma oferta, mas sem saber exatamente o que fazer com ela. Alguém, então, sugeriu que fosse criado um fundo missionário. Aprovado isto, o primeiro convidado a ser missionário custeado pelo fundo foi o seminarista Márcio. O trabalho seria em Martinho Campos, uma cidade a 185 quilômetros de Belo Horizonte, onde havia parentes de membros da Terceira Igreja. Martinho Campos era uma cidade pequena, no alto de uma colina, com uma igreja católica enorme, e nenhuma igreja evangélica. ”Fiquei quase três anos trabalhando nessa cidade. A partir desses poucos irmãos começamos a igreja. Eu estudava no seminário todos os dias de manhã e, nos finais de semana, ia para Martinho Campos. O ônibus levava 5 horas e meia para cumprir aqueles 185 quilômetros. Foi um tempo tão bom, de muitas experiências”, relembra.

O pastor Márcio conta que, quando chegou à cidade, em outubro de 1967, as pessoas o abordavam como se ele fosse um extraterrestre, tamanha a simplicidade do povo. A cidade era interior de fato. Telegrama chegava de ônibus e não havia luz elétrica; apenas um gerador que funcionava algumas horas por dia. Telefone então, era uma raridade, e nem havia cinema. ”Eu cheguei no tempo de Deus naquela cidade. O nível do catolicismo era altíssimo. Para você entender isso, bastava ir ao cemitério de propriedade da Igreja Católica. Ele era dividido em três partes. Na primeira parte, chamada ‘Sagrado’, eram enterrados os católicos. Na segunda, chamada ‘Limbo’, se enterravam as crianças. A terceira parte, chamada ‘Excomungado’, era reservada para os assassinos, os suicidas, e quem não fosse católico”, explica.

Exatamente naqueles dias, um fazendeiro muito rico havia se suicidado e foi sepultado no local ”Sagrado”. O povo estava irado porque o ”Sagrado” fora contaminado com um suicida. E foi nesse momento de polvorosa que o seminarista Márcio chegou para evangelizar.

Márcio conta que ”Em pouco tempo o povo se familiarizou comigo e eu com eles, por isso, as pessoas foram vindo para Jesus. Tínhamos comprado um lote para construir o templo. Só que esse lote era bem afastado do centro da cidade. Mas o domínio católico era tão terrível ali que o padre fez com que a pessoa que nos

vendeu o terreno nos devolvesse o dinheiro e desfizesse o negócio. Entretanto, Deus estava no controle, porquanto um homem nos procurou para nos vender um lote e nós o compramos. O terreno era mais barato e melhor localizado, na rua principal da cidade, bem no centro. O nome do homem era ‘Jeová’. Veja se não era coisa de Deus. Depois disso até a esposa dele se converteu.”

Antes de haver um templo, as reuniões aconteciam numa casa alugada, a mesma aonde Márcio dormia, dava aulas na sala para os adultos, e ensinava as crianças. ”Até cantar, eu cantava”, disse. Durante os cultos era comum jogarem pedras no telhado. As pessoas não gostavam do protestantismo que era pregado, mas gostavam do seminarista Márcio porque ele estava sempre visitando a todos. ”Naquele tempo não havia tantas padarias; as pessoas faziam pães e biscoitos em casa. Se eu fizesse 20 visitas no dia, eram 20 cafezinhos com biscoitos. Eu só passei mal na primeira vez. Depois disso, nunca mais”, conta o pastor. Essa atitude de amor constrangeu a muitos que passaram a prestar atenção na mensagem do evangelho.

O projeto da construção do templo de Martinho Campos foi criado por um arquiteto bem famoso em Belo Horizonte – Silas Raposo. Era arrojado, com quatro cruzes de quatro metros de altura, ”uma coisa linda”, disse o pastor. O dinheiro para a obra não veio fácil. De manhã, Márcio estudava no seminário e, à tarde, saía para buscar recursos para a construção. O templo foi construído em praticamente dois anos. Tornou-se o prédio mais bonito da cidade. No início da construção, no entanto, algumas vezes, pessoas contrárias à obra destruíam o que havida sido feito – fechavam as valas, derrubavam paredes. Mas em vez de amaldiçoar essas pessoas, o pastor orava bem alto: ”Deus, abençoe quem fez isso.” Então, envergonhadas, elas pararam de atrapalhar a obra.

Quando o prédio ficou pronto, houve muitas conversões. Os batismos eram feitos num córrego bem conhecido e as pessoas da cidade vinham para assistir. ”Lembro-me de uma senhora bem velhinha, dona Rosinha, que iria ser batizada. Muita gente dizia que ela morreria afogada no batismo, mas não aconteceu nada disso. Aquele foi um tempo que me marcou muito a alma. Em dois anos acabamos a construção e a igreja foi organizada direitinho”, relembra.

Martinho camposO primeiro local de trabalho

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A Primeira igreja como Pastor ordenado

Depois de Martinho Campos, o pastor Márcio foi designado para iniciar um trabalho em Diamantina; contudo, ele ficou pouquíssimo tempo nessa cidade tendo em vista que o pastor Reuel Feitosa o convidou para trabalhar na Lagoinha. ”Eu não fiquei em Diamantina. Um outro pastor foi designado e hoje existe uma grande igreja lá. Então, meu quarto e último ano de seminário foi trabalhando na Lagoinha. Uma vez por mês havia o culto de batismo. Como o pastor tinha que trocar de roupa após o batismo, e isso demorava um tempinho, nesse dia eu é que sempre pregava, relembra com alegria.

Quando terminou o seminário, em dezembro de 1970, o seminarista Márcio foi consagrado pastor e recebeu três convites: Belo Horizonte, São Paulo e Ponta Grossa, no Paraná. ”Disse ao Senhor que gostaria de ir para onde fosse mais útil. Ficar em Belo Horizonte seria ótimo, perto da família, mas Ponta Grossa era um lugar mais carente, então fui pra lá”, conta.

O agora pastor Márcio chegou em Ponta Grossa exatamente no dia de Natal de 1970. Era uma igreja relativamente grande para a época, 108 membros. Seu trabalho nessa igreja foi de um ano e três meses, então, voltou para a Lagoinha. ”Cheguei a Belo Horizonte na Sexta-feira da Paixão de 1972”, relembra. Sua intenção era iniciar um trabalho com marginalizados; sequer passava pela sua mente o que Deus estava lhe reservando.

Nessa época, havia uma comissão da igreja em busca de um novo pastor, e o interino, Ilton Quadros, estava indo a Brasília para buscar um dos candidatos, o pastor Gerson Vilas-Boas, que seria apresentado à igreja. Porém, antes de chegar ao destino, o pastor Ilton sofreu um grave acidente, o que o levou a ficar hospitalizado por um tempo. ”Quando fui visitá-lo, ele me perguntou se eu podia pregar na igreja. Eu disse que sim, e estou aí até hoje,” conta sorrindo.

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templo projetado e construido durante a gestão do missionário márcio.

momento da ordenação (1970)

Igreja em Ponta grossa, Paraná , em 1972.

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A posse e o início do pastorado na lagoinha”O homem não pode receber coisa alguma se do Céu não lhe for dada.” (João 3.27)

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Em sessão extraordinária, no dia 2 de julho de 1972, o pastor Márcio foi eleito pastor efetivo da Igreja Batista da Lagoinha com 210 votos a favor e 4 contra. A reunião de posse aconteceu em 31 de julho, uma segunda-feira, com a presença de 18 pastores. A oração de posse foi feita pelo pastor Achilles Barbosa Júnior.

Depois de ser empossado e receber a palavra, o pastor Márcio citou em sua mensagem um apropriado

verso bíblico que espelhou de fato aquele momento único: ”O homem não pode receber coisa alguma se do Céu não lhe for dada.” (João 3.27)

Nessa época, a Igreja Batista da Lagoinha tinha mais de 300 membros e muitos desafios que deveriam ser enfrentados por um jovem pastor solteiro, com apenas 23 anos. O pastor Márcio, no entanto, encarou o desafio se dedicando às atividades pastorais, visitando os membros, e caminhando debaixo da bênção de Deus.

os primeiros anos .

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De 10 em 10 anos é natural que a vida de uma pessoa mude, tome novos rumos, alce outros voos. Nas últimas quatro décadas, a IBL viveu sob a batuta do pastor Márcio e a visão que Deus lhe deu. Em entrevista exclusiva, perguntei-lhe o que marcou em especial cada uma das quatro décadas de seu ministério à frente da Lagoinha. Com sua peculiar tranquilidade em responder, o pastor Márcio resume os fatos, opina, e revela as fórmulas que levaram uma igreja de 300 pessoas a ter hoje mais de 50 mil membros em 40 anos – média de 12 mil novos membros por década.

anos 70”Os anos 70 foi para mim como se fosse aquele período da Inglaterra em que o povo ficou esperando o rei voltar – essa é a história do Ricardo, Coração de Leão. Eu tinha e tenho um amor muito grande pelo pastor José Rego do Nascimento. Quando eu vim para a igreja não havia um culto em que não orássemos pela volta e a melhora da saúde do pastor José Rego. Eu sempre achava que ele voltaria, pois eu me considerava a pessoa menos qualificada para estar naquela posição de liderança. O pastor José Rego foi um homem que abalou o Brasil. Ele ainda é vivo. Eu já ouvi muitos pregadores bons, mas nunca alguém como ele. Nos anos 70, portanto, eu tinha a expectativa que ele voltaria, e que quando voltasse, o púlpito seria novamente dele. Mas depois de 10 anos cheguei à conclusão que ele realmente não voltaria mais. Esses anos também foram importantes por causa do meu casamento e nascimento dos meus filhos. Meu casamento com Renata aconteceu em 1975 e foi celebrado pelo mesmo pastor que orou na minha posse, pastor Achilles Barbosa Júnior.”

Quatro décadas marcadas por sucessivos avanços

”A década de 70 foi caracterizada por grande dinamismo no que se refere ao crescimento interno e à expansão evangelística-missionária. Todos os departamentos da Lagoinha podiam sempre contar com a presença do seu pastor. Em seu primeiro ano de ministério, as tarefas foram distribuídas entre os irmãos. A igreja formava caravanas com ônibus lotados para visitar as congregações, e o trabalho evangelístico se fortalecia. Em 1977, construiu-se o prédio de Educação Religiosa ao lado do templo.” (Revista Profetizando Vida, Edição Comemorativa do Jubileu de Ouro, página 22).

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Pr. márcio pregando e renata (grávida de ana Paula) cantando no coral gênesis (1976).

Pr. márcio no Congresso de renovação espiritual.

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anos 80. ”Os anos 80 foi o período de avanço evangelístico porque começamos a abrir igrejas, tal qual a Assembléia de Deus, em que as congregações nunca se emancipam da sede. Em meados da década já éramos cerca de 60 igrejas. Só em 1986 abrimos 15 igrejas; mais de uma por mês. Tínhamos igrejas em Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e aqui. Eu viajava e cuidava dessas igrejas junto a outro colega pastor. Éramos em torno de 5 mil membros. Então, percebi que boa parte do meu tempo era consumido mais fora do que aqui, e que tanto a minha vocação quanto a da igreja não era se transformar numa denominação. Foi quando emancipamos todas as igrejas, de uma só vez, em 21 de abril de 1987. Queríamos investir nos membros para que eles pudessem fazer a obra dos ministérios. A nossa sede ficou com pouco mais de mil membros e passamos a investir em outra direção: grupos pequenos.”

anos 90. ”Os anos 90 foram marcados pelo investimento nos grupos de crescimento. Para me ajudar nisso chamei o pastor Jonas Neves, que foi enviado para todos os lugares onde havia grupos a fim de aprender tudo sobre o assunto. Ele foi pra Coreia, Argentina, Goiânia, Porto Alegre. Então, crescemos e nosso espaço já não cabia mais as pessoas. A história da conquista de cada pedacinho de terra é muito linda. Foi uma batalha violenta até chegarmos à vitória. Em 1999, também tivemos contato com o pessoal de Manaus, do René Terra Nova, e eu fui lá em junho e outubro daquele ano. Foi logo no início do movimento que me incendiou muito o coração. Uma visão de conquista.”

”Nos anos de 80, novos departamentos da igreja foram se consolidando para o bom desempenho da missão: Comissão Consultiva, Ação Social, Financeiro, Evangelismo, Departamento de Música, Educação Religiosa (CFO) e Administrativo. A Igreja começou a romper também na área cultural, quando surgiu o jornal ‘Atos Hoje’ com sua proposta evangelística. A Escola Cristã começou funcionando com o Ensino Fundamental. O ano de 1982 foi chamado de ‘o ano da conquista’. O pastor Márcio Valadão trouxe para a igreja o desafio da expansão da sede e, então, formularam-se os planos para comprar os lotes ao redor do templo. Nesse tempo, a igreja ganhou um ônibus e comprou uma área para realização de acampamentos, a Fazendinha.” (Revista Profetizando Vida, Edição Comemorativa do Jubileu de Ouro, página 22).

”Na década de 90, a Igreja da Lagoinha encontrava-se madura para prosseguir sua missão. A Escola Cristã consolidou-se como Colégio Cristão de Belo Horizonte. Em 1992, o Centro de Formação de Obreiros (CFO) veio substituir a Escola da Bíblia, embrião que se transformou em Faculdade de Ensino Teológico, FATE-BH, hoje, sem vínculos com a igreja. O pastor Jonas Neves implantou os Grupos de Crescimento nos lares. O número de funcionários da Lagoinha cresceu vertiginosamente. A Fundação Oásis reestruturou os Estatutos da Beneficência e ampliou em grande escala a atuação social da Lagoinha. Dentro dessa Fundação estavam incluídas as seguintes organizações: Casa das Vovós, Centro Estudantil, Creche Oásis, Projeto Menina Dança, Ação Social da Lagoinha, Assistência Médica Evangélica (AME), Clínicas Integradas e Odontologia (CLIO), Projeto Resgate, para recuperação de viciados e vários outros projetos sociais.” Nessa década também surgiram os ministérios Ephatá, Siloé, Madalena, Deus se Importa, Telefone da Paz, o programa Profetizando Vida pela TV Bandeirantes, Centésima Ovelha, Onésimo e a Rádio Comunitária Oásis. Em 1998, houve a primeira gravação do Diante do Trono. (Revista Profetizando Vida, Edição Comemorativa do Jubileu de Ouro, página 23).

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anos 2000. ”Os anos 2000 foi um tempo de conquista. Na passagem de década, o surgimento do Diante do Trono foi um marco. Na época, já éramos um grupo grande com quase 7 mil membros que se multiplicou sem parar. O Ministério Diante do Trono começou em 1998 e foi um marco muito forte na história da igreja. Ele trouxe uma exposição nacional enorme da igreja. O Diante do Trono era familiar, com a Ana Paula, então não tinha como medirmos a sua relevância. Essa medição, no entanto, veio por meio de um congresso de pastores chamado ‘Conferência Profética’ que aconteceu em 2001 aqui na Lagoinha. Vieram mais de 7 mil pastores do Brasil. Nunca havia acontecido isso. Daí começamos a compreender a dimensão do DT. Não me lembro bem a data em que lancei o alvo de ganhar 10% de Belo Horizonte, mas sei que foi nos anos 2000; contudo, a inspiração veio desde 1991, quando fui no Haggai, de onde eu trouxe e implantei para a igreja o sistema de alvos. Até então nós não tínhamos alvos.”

Nos anos 2000 ”o culto de passagem do milênio aconteceu no estádio do Mineirinho. Veio o Ministério Gideões da Oração, em 2003, com a visão de levar a igreja a orar por 24 horas diárias, ininterruptamente, até a volta de Cristo. Surgiu a Escola Carisma, para treinamento ministerial, o Centro de Treinamento Missionário Diante do Trono (CTMDT) para preparar jovens para o campo missionário. Nasceu também o portal Lagoinha.com (2001), o jornal Atos Hoje que passou a ser o boletim semanal da igreja. Nessa década a igreja também adquiriu o canal de televisão Rede Super (2002). Em 2000, sob a supervisão do pastor Carlos Fagundes, nascia a revista Profetizando Vida”. (Revista Profetizando Vida, Edição Comemorativa do Jubileu de Ouro, página 23 e 33).

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o ministério diante do trono começou em 1998 e foi um marco muito forte

na história da igreja.

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”O que consigo concluir com 40 anos de ministério é que tudo é bondade de Deus.”Pr. márcio Valadão

Quem lê uma história de 40 anos de sucesso como a do pastor Márcio se encanta e tem muita vontade de fazer-lhe três perguntas: ”Qual o segredo do seu sucesso?”, ”em algum momento sentiu o desejo de largar tudo e seguir outro caminho?” e ainda tem planos depois de tantos anos e objetivos já alcançados?” As respostas são claras e vêm do próprio pastor Márcio.

”O segredo é Deus poder fazer algo com alguém que não é capaz. Eu me conheço. É como se fosse um jogador de futebol que não sabe jogar futebol, mas coloca a roupa para jogar e acaba fazendo o gol. Não tem explicação como se faz o gol. Eu não tive um mentor, ou seja, eu nunca tive um pastor. Na verdade eu nunca tive grandes amigos, sempre vivi uma vida muito solitária. Sempre foi a igreja e a família. À exceção dos anos 70, quando eu frequentava a casa do pastor José Rego, nunca tive companheiros para me orientar. Durante a minha vida, sempre aprendi muito lendo a Bíblia, revistas, livros, colhendo informações aqui e ali. Tive uma formação muito eclética.”

”Nunca pensei em desistir ou interromper o ministério. Sempre valeu a pena ser pastor. Pelo fato de viver muito sozinho é verdade que, muitas vezes, as pressões, a responsabilidade aumenta por cada pessoa que se converte a Cristo, porque vamos prestar conta

dessa pessoa diante de Deus. O sonho da minha vida foi sempre querer agradar ao Senhor. Deus me deu o dom de ser comerciante, mas eu nunca usei isso pra mim. Eu já comprei mais de 100 imóveis para a igreja, mas, pra mim, somente a casa que moro. Não tenho casa de praia ou sala pra alugar. Eu vivo para Deus. Ministério é dependência de Deus.”

”Tenho planos para até os 100 anos, mas sempre com a ideia de que só tenho um dia para viver. Um dos planos é a construção do novo templo. Outro plano é ver realmente convertido 10% de Belo Horizonte. E no dia que chegarmos aos 10% vamos colocar mais 10% até Jesus voltar. Nossa igreja é aberta, onde há espaço pra todo mundo. A diversidade de ministérios é muito intensa. Mas eu sempre digo que é só o começo, ou seja, ainda temos muita coisa além de tudo o que já pensamos. Um cuidado que sempre tenho em meu ministério é lembrar que o Senhor é quem tira alguém de trás das malhadas. O mérito é todo dele. O que consigo concluir com 40 anos de ministério é que tudo é bondade de Deus. Nunca esqueço o dia em que nos primeiros meses que eu estava na igreja um pastor disse – sem saber que eu estava por perto: ”vamos ver quanto tempo o Marcinho vai aguentar’. Só Deus é quem sabe”.

O segredo e os planos

Renata de Souza Machado

ESPECiAl

A companheira de todas as horas

Fotos: Arquivo pessoal e ministerial

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lAgOiNhA EM CéLuLas ››

A vitória no deserto[ Estratégias de crescimento ]

ESTUDo DE CÉLULA ADUlTO

ComPARTiLhAR: Leia 1Co 13.11. na sua opinião, o que as pessoas estão querendo dizer quando falam em crescimento espiritual?

1. CRESCimEnTo nATURAL. O crescimento é espontâneo, você mesmo sem querer, cresce. Cada fase da vida (infância, juventude, adulta) tem características específicas com comportamentos próprios. Apesar disso, existem pessoas que apresentam comportamentos incoerentes com sua faixa etária. Tal atitude é percebida por todos e considerada inadequada, desajustada. Na vida, tudo tem o seu tempo.

2. o CRESCimEnTo ESPiRiTUAL. Também é espontâneo, mas a pessoa pode ficar uma vida inteira sem crescer espiritualmente. Só há crescimento quando desistimos de ser crianças na fé. E para isso acontecer precisamos guerrear. Chega um momento em que precisamos começar a demonstrar atitudes e comportamentos próprios aos de um crente mais maduro. Mas o que significa realmente crescer espiritualmente? É adquirir mais conhecimento bíblico? Será que uma criança precisa apenas conhecer coisas novas para crescer?

ComPARTiLhAR: muitos irmãos, apesar de serem crentes veteranos, não demonstram maturidade espiritual. Por que isso acontece? Em dupla dívida com o irmão, quais são as áreas de sua vida que precisam ser desenvolvidas? Faça uma oração pedindo ao Senhor nesse sentido. Vamos ver agora quais são as dimensões do crescimento espiritual:

2.1. Dimensões do crescimento espirituala) Crescimento no caráter: 1Co 3.1-3 – A Palavra de Deus diz que o crescimento se expressa primeiramente por meio do caráter. Se dissermos que estamos mudando, mas nosso caráter não está sendo afetado, isso é preocupante. Não há crescimento sem mudança de conduta. Se as pessoas que convivem com você não conseguem ver mudanças no seu comportamento, não se engane, você não está crescendo. Crescer espiritualmente representa desenvolver o caráter e a santidade de Cristo em nossas vidas. Quanto mais temos um caráter semelhante ao de Cristo, mais maduros espiritualmente somos. b) Crescimento no conhecimento: 1Tm 2.4 – O pleno conhecimento da verdade é enxergar tudo sob a ótica de Deus, ver como Deus vê, enxergar como Deus enxerga. Esse conhecimento não é natural, e sim espiritual. Ele não é adquirido em livros. É um conhecimento que o Espírito de Deus nos dá por meio da revelação. c) Crescimento em fé: Hb 5.12-14 e Ef 4.14 – O crescimento em fé é muito importante, pois a nossa fé também deve ser edificada. Crescer

na dimensão da fé significa: andar por fé, romper em fé, olhar para Deus, e não para as circunstâncias. Quando crescemos em fé, aprendemos a descansar em Deus, reconhecemos que o trabalho não é nosso, e sim dele. d) Crescimento nos relacionamentos: Crescer nos relacionamentos é saber se relacionar apropriadamente no trabalho, na igreja, no lar. Uma pessoa madura nessa área sabe comunicar-se, compartilhar, realizar trocas afetivas e compreender os outros. Existem pessoas que apesar do sucesso nas outras três dimensões (caráter, conhecimento e fé) são um fracasso nos relacionamentos.

2.2. Estratégias usadas por Deus para promover o nosso crescimento espirituala) Ensino: O ensino é uma estratégia que produz mudanças contínuas na conduta humana. Quando a palavra ministrada ”toca” em alguém, imediatamente produz mudança na vida dessa pessoa, sua visão e percepção espiritual são alargadas. Essa é a razão por que insistimos tanto para que participem das reuniões, pois elas são instrumentos usados pelo Espírito Santo para tratar o nosso caráter, a alma ferida, o nosso relacionamento pessoal e a nossa comunhão com Deus. Por isso, os faltosos dificilmente crescem. Participar de reuniões, e de ministrações de ensino é absolutamente vital para o nosso crescimento espiritual. Sempre que uma verdade da Palavra é inserida dentro do nosso espírito, somos edificados e crescemos espiritualmente. Compartilhe uma experiência em que você sentiu o “toque” da Palavra de Deus e o que isso trouxe de mudanças práticas na sua vida. b) Inspiração: Ninguém cresce espiritualmente se não estiver inspirado ou motivado a crescer. Existem muitas pessoas em nosso meio cujas vidas são uma fonte de inspiração e motivação para a nossa edificação e crescimento espiritual. Se você quer crescer, ande com pessoas perseverantes na fé. Pessoas disciplinadas na oração, comprometidas com a Palavra e identificadas com os princípios de pureza, santidade, humildade, obediência e submissão. Se você quer ir em frente, caminhe com aqueles que estão rompendo, que vão te motivar a alcançar novos níveis. c) Tribulação: Sem adversidade não há crescimento. Ela testa a nossa estrutura, nos mostra como estamos, quem realmente somos e como reagimos às pressões. Em circunstâncias normais não temos como saber quem de fato somos. Quando passamos pelas tribulações, a nossa fé cresce e gera perseverança em nosso caráter. É a tribulação que gera a pressão que nos impulsiona à vitória. Só quando sofremos tribulações nos tornamos mais sensíveis e somos capazes de entender e sentir a dor do outro. d) Experiência: Nada substitui o tempo, há tempo para tudo: tempo de ser criança, de crescer

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• Quer saBer onde tem uma CéLuLa Perto da sua Casa? LIgue Para a Casa de CéLuLas. geral: (31) 3429-1350 | Cadastro: (31) 3429-1357/1359. |

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Formação Cristã: (31) 3429-1356.

e desistir das coisas de criança. Adquirir experiência demanda tempo, não tem como pegar um ”atalho” e amadurecer. Todas as estratégias que vimos anteriormente são importantes, mas nada substitui a experiência. Viver uma situação qualquer e aprender com a própria experiência produz crescimento. Também aprendemos ouvindo. É tão bom conversar com alguém experiente! A experiência é o troféu das pessoas mais velhas que já foram provadas pela vida. e) Desafio: Nossa vida é feita de desafios. Não há crescimento espiritual sem desafios. Mas o desafio é diferente da tribulação, no primeiro você pode retroceder, mas na tribulação você não tem saída, ou você mata o leão ou o leão mata você. O desafio assusta, mas se não recuarmos com certeza sairemos com a fé robustecida e de cabeça erguida. Quanto mais forte o desafio que vencemos, mais forte torna-se a nossa fé, a nossa confiança na Palavra. Em Jesus, não importa o desafio a enfrentar, sempre somos mais que vencedores. Compartilhar: Sem adversidade não há crescimento. Qual a sua opinião sobre isso? f) Relacionamentos: O discipulado é um tipo de relacionamento que nos ajuda a crescer. Biblicamente, todos nós precisamos manter um relacionamento desse tipo, no mínimo, com três pessoas, conforme o exemplo de Timóteo, Paulo e Barnabé. Timóteo é aquele a quem estamos ensinando, instruindo e inspirando. Barnabé é aquele companheiro com quem conversamos de igual para igual, com quem choramos e rimos juntos. Ele é aquele que está acima de nós, nos motivando, inspirando e ajudando a crescer. Paulo é aquele a quem nos submetemos e prestamos conta da nossa vida. Muitas pessoas fogem dos relacionamentos, não têm um Paulo a quem responder, um Barnabé com quem compartilhar, nem um Timóteo a quem ministrar. Compartilhar: Quais os tipos de pessoas que mais contribuem para o nosso crescimento espiritual? Como elas fazem isso?

ConCLUSão. Quer crescer e avançar no Senhor? Veja abaixo seis fatores de crescimento que o Senhor quer usar na sua vida:

• Se hoje o Senhor quer te instruir, responda imediatamente: absorva e ”coma” a Palavra.• Se você está deslumbrado com a igreja, então dê glória a Deus por isso. Uma pessoa deslumbrada, cresce porque imita e absorve os exemplos que a deixaram assim.• Se for a tribulação, responda a Deus e pise na cabeça do diabo. Aprenda a pelejar; tenha uma fé robusta, aprenda a perseverança; não ande no sentimento; cresça no meio da tribulação.• Se Deus está querendo levar você a crescer por meio do relacionamento, responda ao Senhor. Procure de imediato um ”Timóteo”, um ”Barnabé” e um ”Paulo”. Relacione-se com eles e cresça.

Eventualmente, Deus pode mudar suas estratégias. Apesar de variar e mudar os métodos, Ele jamais deixa de lidar conosco e o que Ele quer é que cheguemos à estatura de varão perfeito. Só reinará com o Senhor quem for maduro espiritualmente. Aqui e agora é o tempo para crescermos nessa maturidade; e tornar restaurada em nós a imagem do Senhor.

BatismoBem-vindos à Família LagoinhaNo último mês, 41 pessoas desceram às águas para serem batizadas. Foi um momento marcante para os amigos e familiares presentes, pois viram pessoas sem esperança de vida que puderam experimentar o amor de Deus e serem restauradas. Nosso coração se alegra ao ver a fidelidade e misericórdia de Deus na vida de cada uma dessas pessoas! Se você quer ter uma experiência nova com Deus em sua vida, participe do Impacto Vida. E você que quer ser batizado, faça o curso Primeiros Passos do CFC. informações: (31) 3429-1356 / 3429-1355.

reLatórIoamado líder, você está em dia com seu relatório? o entregue para seu supervisor. é muito importante acompanharmos sua Célula por meio da entrega dos relatórios.

ESTUDo DE CÉLULA PArA CriANçAS

importância do nomeAprendemos em estudos anteriores que existem tantos nomes diferentes para Jesus. Os nomes servem como uma descrição de quem Jesus é e como Ele trabalha na vida das pessoas. O próprio Deus, ao dar nome para as pessoas, ao revelar o significado de seu nome e usá-los, mostrou que o nome é algo especial.

QueBra-geLo Material: Cartolina ou papel cartão e canetinha. Líder, use sua criatividade e faça um jogo da memória. Use nomes e seus significados. Exemplo: quem tirar a carta com o nome de Abraão (Gn 17.5) vai ter que achar a outra carta com significado (pai de uma multidão). Faça dois grupos, cada grupo escolhe um líder para jogar, o grupo que acertar mais cartas, ganha. Na pág. 45 do livro de estudo, veremos mais alguns nomes de Jesus e faremos mais um jogo com esses nomes para as crianças memorizarem.

desafio da semana: Tire um momento para louvar a Deus usando Seus vários nomes. Vamos Orar! ”Jesus, Tu és o Caminho, a Verdade e a Vida. Tu és minha vida, pois sem Ti nada teria valor. Tu és o meu Salvador e o meu Rei, o Cordeiro de Deus que sofreu pelo meu pecado. Tu és o Alfa e Ômega e Tu controlas o início e o fim de cada circunstância em minha vida. Tu és o Pão da Vida e paz perfeita. Tu és o meu Senhor e meu Deus. Em Seu santo nome, amém.”

Faça o curso de capacitação para líderes de crianças e junioresInício: 5 de agosto. Período: Sete semanas. Dias: Domingos, das 16 às 18h. Investimento: R$ 30,00 (incluindo apostila). Inscrições: Rede de Crianças e Juniores, à Rua Caetano Marques, 54 - São Cristóvão. Informações: (31) 3429-1250 / 3429-1254 / 3429-1256 – RCJ ou 8793-2050 - Pr. Omar / 8468-1789 - Pr. Flávio / 9838-4782 - Maria Geralda.

Não perca, chá em homenagem às vovós!Faremos sorteio de brindes e eleição da vovó mais charmosa.Data: 26/7. Horário: 15h. Investimento: R$ 3,00. Local do evento: Casa da Honra. Inscrições: Rua Joazeiro, 20 – São Cristóvão. De 9h as 21h - até o dia 25/7. Informações: (31) 3429-0550 / 8793-7810 – Tânia / 8793-6485 – Césia.

ACONTECE EM NOSSA Igreja ››

Atividades para deficientes visuais na nova sede do Siloéas reuniões voltaram à ativa depois da mudança de local e, em breve, os cursos também estarão de volta!

A missão do Siloé é simples: levar os deficientes visuais ao conhecimento da Palavra de Deus, para que possam experimentar na intimidade a vida em santidade, autoridade e conquista, além de experimentarem também a boa, perfeita e agradável vontade de Deus.

As atividades oferecidas são diversas, entre elas: Células, leitura bíblica, visitas e atendimentos com aconselhamento, que estão acontecendo a todo o vapor na nova sede do ministério – bem perto da Lagoinha. Os cursos em breve estarão de volta, entre eles: informática, braille (videntes/deficientes), artesanato e um novo projeto de curso de orientação e mobilidade.

E você, que tem um parente com deficiência visual ou conhece alguém, tem a missão de levá-la ao projeto Siloé e cooperar com essa estratégia de evangelismo e investir em seu crescimento espiritual.

noVA SEDE SiLoÉ Endereço: Rua Beberibe, 106, Bairro São Cristóvão – Bh/mG. informações: (31) 3234-7157 / 3234-7158 / 8485-1263 – Pra. maria Geralda.

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Dê um presente a sua avó!Uma viagem à Caldas Novas com a Colônia do SESC. Entre os dias 15 e 20/8. Investimento: R$ 735,00. Incluso: transporte, acomodações, pensão completa e três passeios turísticos na cidade. Não fique de fora! Receba o melhor de Deus, comunhão, adoração, descontração e ministrações da Pra. Ana Lúcia de Melo, que estará nesta viagem.

informações: (31) 8491-9039 – Pra margareth / 8563-6784 – Luzimar.

Participe do chá da rede de MulheresTema: ”Não desista da sua família”. Data: 28/7. Horário: 16h. Local: Casa da Honra. informações: (31) 3429-1300 - Casa Rosada / 8793-2906 – Pra. Patrícia.

Não perca o curso para Pais grávidosAproveite a oportunidade de receber diversos ensinamentos por meio de palestras ministradas por profissionais da área da saúde em relação a essa fase tão especial, o nascimento de um bebê. O curso será realizado nos meses de agosto e setembro, aos domingos, de 8h30 as 12h, no Salão Fé. Inscrições: Central das inscrições, à Rua Manuel Macedo, 1.324 / loja 3. informações: (31) 3429-9400 - Rodrigo ou Alexandre / 9755-7117 – Joaquim Souza. E-mail: [email protected].

inscreva-se para o Encontro com Deus Entre os dias 27 e 29/7 – José Carlos e 3 a 5/8 – Pr. Marco Túlio, na Pousada Olaria do Rei, em Betim (MG).

Central de inscrições e informações: (31) 3429-9500 – Tábata ou michael. Envie e-mail para: [email protected].

Cultos – rede de Mulheres Toda quarta-feira, às 19h30, na Casa da Honra, com a Pra. Ana Lúcia. Gerando Vidas: Toda segunda-feira, 14h30, na Casa Rosada. Informações: (31) 8489-2512 Pra. Ana Lúcia.

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ACONTECE EM NOSSA Igreja ››

Faça o Curso de NoivosA partir do dia 1/8, serão abertas as inscrições para o próximo Curso de Noivos do Edificando um Novo Lar, destinado aos noivos com casamento previsto até agosto de 2013. O curso será realizado entre os meses de setembro e novembro deste ano. As inscrições podem ser feitas na Central de Inscrições da Lagoinha, à Rua Manoel Macedo, 1.324 – São Cristóvão. BH/MG.

informações: (31) 3429-9500 / 3429-9400 / 8468-0711 – Rodrigo ou Alexandre. E-mail: [email protected].

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43 anosRua Espírito Santo, 858 - Centro - Belo Horizonte-MG | Fone: 3226 9456

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