atlas de detalhe operacional

34

Upload: danilo-vieira

Post on 29-Mar-2016

267 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

Atlas de Detalhe Operacional do Saco da Ribeira, Ubatuba (SP)

TRANSCRIPT

Page 1: Atlas de Detalhe Operacional

Atlas de Detalhe Operacional:

Região do Saco da Ribeira,Ubatuba (SP)

São Pau lo

Feverei ro de 201 0

Page 2: Atlas de Detalhe Operacional
Page 3: Atlas de Detalhe Operacional

Atlas de Detalhe Operacional:

Região do Saco da Ribeira,Ubatuba (SP)

Page 4: Atlas de Detalhe Operacional
Page 5: Atlas de Detalhe Operacional

Atlas de Detalhe Operacional:

Região do Saco da Ribeira,Ubatuba (SP)

São PauloFevereiro de 2010

Page 6: Atlas de Detalhe Operacional

iv

Idealização

Carine de Godoi Rezende Costa

Organização

Danilo Rodrigues VieiraNatália Tasso Signorelli

Elaboração

Alexandre De CaroliBruna Fatiche PavaniCarine de Godoi Rezende CostaCarla NishizakiCésar Barbedo RochaDanilo Rodrigues VieiraGabriel Carvalhaes Aloi PaschoalGustavo Queiroz de OliveiraLuis Fabiano BaldassoMarcelo Franco de OliveiraMariana Ramos Aleixo de SouzaNatália Tasso SignorelliRoberto Tomazini de OliveiraRonaldo Mitsuo Sato

Supervisão

Prof. Dr. Michel Michaelovitch de MahiquesProf. Dr. Paulo Yukio Gomes SumidaProf. Dr. RolfRolandWeberProfa. Dra. Sueli Susana de Godoi

Diagramação

Danilo Rodrigues Vieira

Agradecimentos

Moysés Gonsalez TesslerVinícius Faria PatireEdílson de Oliveira FariaLourival Pereira de SouzaLuis Carlos da SilvaJosé Roberto Bairão LeiteLuiz Vianna NonnatoWilson Natal de OliveiraTripulação do B/Pq. Veliger IITripulação do B/Pq. AlbacoraRubens Cesar Lopes FigueiraAlexandre Barbosa SalaroliMary Rosa Rodrigues de MarchiSilvio Tarou SasakiElisabete de Santis Braga da Graça SaraivaJoão Carlos Cattini MalufVitor Gonsalez ChiozziniThaïs Navajas CorbisierMônica Angélica Varella PettiEduinetty Ceci P. M. de Sousa

Page 7: Atlas de Detalhe Operacional

v

Apresentação

Desde os tempos coloniais, a legislação brasileira preocupava-se com a proteção da natureza, especial-

mente recursos naturais, florestais e pesqueiros. Contudo, era sempre uma preocupação setorial vol-

tada para os interesses econômicos imediatos (OLIVEIRA, 2000) .

A partir da década de 1930, quando o país sofreu profundas modificações políticas, o velho Código Flo-

restal, o Código de Águas (ambos de 1934) , assim como o Código de Caça e o de Mineração, tinham seu

foco voltado para a proteção de determinados recursos ambientais de importância econômica. O Código de

Águas, por exemplo, muito mais que a proteção a este recurso natural, privilegiava, a sua exploração para ge-

ração de energia elétrica (OLIVEIRA, 2000) .

Hoje, após a criação da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei № 6.938 de 1981) , incorporada à

Constituição de 1988, a legislação brasileira tem como objetivo o desenvolvimento sustentável, promoven-

do a utilização racional e conservação dos recursos ambientais.

Dentro deste contexto, aprovou-se em 2000 a Lei № 9.966, Lei do Óleo, que atribuía ao órgão federal do

meio ambiente a responsabilidade de identificar, localizar e definir os limites das áreas ecologicamente sen-

síveis à poluição por óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional (GHE-

RARDI & CABRAL, 2007) . Por consequência a essa lei, criou-se as Cartas de Sensibilidade ao Óleo (Cartas

SAO) para subsidiar o planejamento de contingência nas escalas nacional, regional e local.

Inspirados nessas cartas, os alunos do Bacharelado em Oceanografia do Instituto Oceanográfico criaram

o ADO—Saco da Ribeira e Adjacências, um Atlas de Detalhe Operacional para a região do Saco da Ribeira,

localizado na Enseada do Flamengo, Ubatuba (SP) , que visa caracterizar as águas e os sedimentos na região

em relação aos potenciais impactos causados pelas marinas em operação no local. A elaboração do ADO

vem da necessidade de se licenciar esse tipo de empreendimento (responsáveis por parte do comércio e tu-

rismo locais) segundo a Resolução SMA 21, de 25 de março de 2008.

Por fim, cabe ressaltar que além de orientar a tomada de decisão quanto à proteção do ecossistema cos-

teiro local, subsidiando o licenciamento ambiental das marinas do Saco da Ribeira, o ADO compõe uma ba-

se de informações para o funcionamento e controle destes empreendimentos. O Atlas ainda pretende ser

exemplo para o país, auxiliando o licenciamento e o funcionamento sustentável de marinas em todo o Brasil.

NATÁLIA T. SIGNORELLIOrganizadora

Page 8: Atlas de Detalhe Operacional

vi

Page 9: Atlas de Detalhe Operacional

vii

Sumário

Apresentação v

Sumário vii

Introdução 1

Metodologia 3

Caracterização dos ambientes 5

Referências bibliográficas 23

Apresentação da área de estudo 6

Caracterização sedimentológica 8

Contaminação por tinta anti-incrustante 10

Contaminação por metais nos sedimentos 12

Contaminação por surfactantes 14

Contaminação por hidrocarbonetos 16

Contaminação por esgotos 18

Parâmetros hidroquímicos 20

Page 10: Atlas de Detalhe Operacional

viii

Page 11: Atlas de Detalhe Operacional

1

Introdução

OBrasil apresenta um processo histórico de ocupação e de degradação do meio ambiente, sem ou qua-

se nenhum controle e gestão e as regiões litorâneas não são exceções (MORAES, 1999) . Amarcan-te característica de vastidão do litoral brasileiro gerou uma falsa noção de inesgotabilidade de recursos. O

estímulo ao crescimento econômico alicerçado exclusivamente na ocupação dos espaços e na apropriação

de recursos, sem qualquer planejamento prévio, conduziu em poucas décadas ao acentuado declínio da pro-

dutividade biológica, o que estimula ainda mais, nos dias atuais, o emprego de práticas predatórias, levando

à falência dos estoques naturais (SMA, 2005) .

As regiões litorâneas abrigam hoje um quarto de toda a população brasileira, com densidade média de

87hab./km2, cinco vezes a média nacional (IBGE, 2004) . O litoral norte de São Paulo, que abrange os mu-

nicípios de Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela, vem sofrendo pelo constante aumento popu-

lacional desde a década de 60 (SMA, 2005) . O município de Ubatuba, por exemplo, até 1950, possuía uma

taxa de crescimento média anual menor que 0,08%. De 1950 a 1970, a população quase dobrou, numa taxa

de crescimento anual de 4,35%. Amaior taxa se deu entre os anos de 1970 e 2000, nos quais o município

passou de uma população de 15.203 para 66.861 habitantes. Em 2005 a taxa de crescimento anual margea-

va os 4% ao ano, totalizando 75 mil habitantes (SMA, 2005) .

Diversos processos típicos do crescimento urbano tem contribuído para degradação dos recursos natu-

rais. Entre eles estão a construção de rodovias, que impulsionou o processo de expansão urbana, a atividade

portuária, muito presente na região e especulação imobiliária (ANDRADE; TACHIZAWA; CARVALHO,

2004; SMA, 2005) .

O turismo é, hoje, a principal atividade econômica com fortes reflexos sobre as atividades de serviço e a

indústria da construção civil, consideradas as mais importantes e as que mais oferecem postos de trabalho

na região. Tais atividades, embora contribuam para o desenvolvimento econômico e a inclusão social, am-

pliando as oportunidades de renda e de trabalho, elevando a arrecadação municipal e propiciando a melho-

ria do atendimento às demandas de consumo da população local, são responsáveis por repercussões

negativas sobre o patrimônio natural e cultural, dado que elas não são pautadas por regras de uso, ocupação

do solo e apropriação dos recursos naturais terrestres e marinhos em conformidade com o desenvolvimen-

to sustentável (SMA, 2005) . No que tange às atividades das marinas do Saco da Ribeira, os turistas no Par-

que Nacional da Ilha da Anchieta somaram mais de 640mil usuários entre os anos de 1997 e 2000

(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2007) .

Hoje, há no Saco da Ribeira quatro importantes marinas, três garagens náuticas, sem licenciamento am-

biental, e agências de turismo, fazendo dele um grande pólo empregatício onde um grande número de famí-

lias é beneficiado direta e indiretamente. A população opera no local, fundamentalmente em função das

atividades náuticas.

Estes estabelecimentos contribuem para a liberação de compostos inorgânicos e orgânicos poluentes na

água do mar. Segundo relatório da CETESB (2005) , amostras de água coletadas em 1999 revelavam que o

local já estava contaminado por óleos, graxas, esgotos de origem doméstica, cobre e zinco (associados às

embarcações) .

A falta de licenciamento permite que os empreendimentos funcionem sem que seja avaliado o impacto

ambiental causado pelas atividades. Somado a expansão imobiliária, o aumento do comércio e do turismo

Page 12: Atlas de Detalhe Operacional

2

ligados a elas, as marinas colocam em risco a saúde do ecossitema local, bem como das praias na re-

gião da Enseada do Flamengo.

Desse modo, é preciso caracterizar a região do Saco da Ribeira e suas adjacências para que se co-

nheça a situação atual dos sedimentos e da coluna d'água locais. As Cartas de Detalhe Operacional

que compõem esse atlas tem o objetivo de mapear as concentrações poluentes e contaminantes na

área, servindo também de instrumento para o licenciamento das marinas e para a redução e mitiga-

ção dos impactos causados por elas.

Objetivos

O objetivo geral do Atlas de Detalhe Operacional é fornecer, de maneira rápida e objetiva, infor-

mações necessárias para o licenciamento ambiental das marinas presentes no Saco da Ribeira, Uba-

tuba (SP) .

Secundariamente, as Cartas de Detalhe Operacional tem o objetivo de caracterizar a área do Saco

da Ribeira e a região adjacente em relação à poluição marinha potencialmente causada pela Marina

Píer do Saco da Ribeira e por outras marinas existentes no local.

Para tanto, as Cartas foram organizadas dentro do Atlas de Detalhe Operacional que apresenta as

seguintes informações:1 . Descrição suscinta da metodologia empregada na determinação dos parâmetros estudados ena confecção das cartas;

2. Caracterização do ambiente costeiro com ênfase nos aspectos relacionados as atividades dasmarinas:• Batimetria local, marés e parâmetros de circulação atmosférica regionais;• Granulometria;• Teor de carbonato nos sedimentos;• Teor de matéria orgânica nos sedimentos;• Concentração de derivados de tinta anti-incrustrante (TBT) no sedimento;• Concentração de metais no sedimento:

▷ Cádmio (Cd);▷ Cobre (Cu);▷ Chumbo (Pb) ;▷ Cromo (Cr) ;▷ Níquel (Ni) ;▷ Estanho (Sn) ;▷ Zinco (Zn);

• Concentração de esteróis no sedimento;• Concentração de hidrocarbonetos na água do mar;• Concentração dos parâmetros hidroquímicos, na água do mar:

▷ Nitrito;▷ Nitrato;▷ Fosfato;▷ Oxigênio dissolvido;▷Matéria orgânica em suspensão;

• Concentração de surfactantes na água do mar.

Tendo alcançado os objetivos acima, as Cartas de Detalhe Operacional poderão ser utilizadas co-

mo ferramenta no licenciamento ambiental dos empreendimentos supracitados.

Page 13: Atlas de Detalhe Operacional

3

Metodologia

Page 14: Atlas de Detalhe Operacional

4

Page 15: Atlas de Detalhe Operacional

5

Caracterização dos ambientes

Escrever o que vem a seguir e explicar que os mapas referem-se à região em vermelho.

−45˚40'

−45˚40'

−45˚20'

−45˚20'

−45˚00'

−45˚00'

−44˚40'

−44˚40'

−24˚00' −24˚00'

−23˚40' −23˚40'

−23˚20' −23˚20'

0 10 20 30

km

S

E

N

W

Ubatuba

Caraguatatuba

São SebastiãoIlhabela

I. dos Búzios

I. Vitória

I. Anchieta

Ilha deSão Sebastião

−180 −120 −60 0

m

Page 16: Atlas de Detalhe Operacional

6

Apresentação da área de estudo

−9

−9

−6

−6

−6

−3

−3

−3

−3

−3

−3

0

−45˚07'20"

−45˚07'20"

−45˚07'00"

−45˚07'00"

−45˚06'40"

−45˚06'40"

−45˚06'20"

−45˚06'20"

−23˚30'20" −23˚30'20"

−23˚30'00" −23˚30'00"

−23˚29'40" −23˚29'40"

−23˚29'20" −23˚29'20"

0 0.5 1

km

S

E

N

W

−10 −8 −6 −4 −2 0

m

Page 17: Atlas de Detalhe Operacional

7

Aprese

ntação

da

área

de

est

ud

o

Page 18: Atlas de Detalhe Operacional

8

Caracterização sedimentológica

por Carla Nishizaki

Page 19: Atlas de Detalhe Operacional

9

Caracteriz

ação

sed

imen

to

lóg

ica

Page 20: Atlas de Detalhe Operacional

10

Contaminação por tinta anti-incrustante

por Natália T. Signorelli, Carine G. R. Costa & Gabriel C. A. Paschoal

Page 21: Atlas de Detalhe Operacional

11

Co

ntam

inação

po

rtin

ta

an

ti-in

cru

stran

te

(TBT)

Page 22: Atlas de Detalhe Operacional

12

Contaminação por metais nos sedimentos

por Por Gabriel C. A. Paschoal, César Barbedo Rocha &Mariana R. A. Souza

Page 23: Atlas de Detalhe Operacional

13

Co

ntam

inação

po

rm

etais

no

sse

dim

en

to

s

Cd

−45˚0

7'2

0"−

45˚0

7'0

0"−

45˚0

6'4

0"−

45˚0

6'2

0"

−23˚3

0'2

0"

−23˚3

0'0

0"

−23˚2

9'4

0"

−23˚2

9'2

0"

Cr

−45˚0

7'2

0"−

45˚0

7'0

0"−

45˚0

6'4

0"−

45˚0

6'2

0"

−23˚3

0'2

0"

−23˚3

0'0

0"

−23˚2

9'4

0"

−23˚2

9'2

0"

Cu

−45˚0

7'2

0"−

45˚0

7'0

0"−

45˚0

6'4

0"−

45˚0

6'2

0"

−23˚3

0'2

0"

−23˚3

0'0

0"

−23˚2

9'4

0"

−23˚2

9'2

0"

Ni

−45˚0

7'2

0"−

45˚0

7'0

0"−

45˚0

6'4

0"−

45˚0

6'2

0"

−23˚3

0'2

0"

−23˚3

0'0

0"

−23˚2

9'4

0"

−23˚2

9'2

0"

Pb

−45˚0

7'2

0"−

45˚0

7'0

0"−

45˚0

6'4

0"−

45˚0

6'2

0"

−23˚3

0'2

0"

−23˚3

0'0

0"

−23˚2

9'4

0"

−23˚2

9'2

0"

Sn

−45˚0

7'2

0"−

45˚0

7'0

0"−

45˚0

6'4

0"−

45˚0

6'2

0"

−23˚3

0'2

0"

−23˚3

0'0

0"

−23˚2

9'4

0"

−23˚2

9'2

0"

Zn

−45˚0

7'2

0"−

45˚0

7'0

0"−

45˚0

6'4

0"−

45˚0

6'2

0"

−23˚3

0'2

0"

−23˚3

0'0

0"

−23˚2

9'4

0"

−23˚2

9'2

0"

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

4.5

5.0

5.5

6.0

6.5

7.0

FE

Page 24: Atlas de Detalhe Operacional

14

Contaminação por surfactantes

por Danilo R. Vieira & Natália T. Signorelli

Lavagem de embarcações:uma fonte de surfactantespara a água.

Os surfactantes aniônicos são muito conheci-

dos por suas aplicações domésticas (GLOXHU-

BER, 1980) , principalmente sob a forma de

detergentes. Analiticamente, isto é, de acordo

com a metodologia analítica recomendada, deter-

gentes ou surfactantes são definidos como com-

postos que reagem com o azul de metileno sob

certas condições especificadas. Estes compostos

são designados “substâncias ativas ao azul de me-

tileno” (MBAS—Metilene Blue Active Substan-

ces) e suas concentrações são relativas ao

sulfonato de alquil benzeno linear (LAS—Linear

Alkylbenzene Sulphonate) que é utilizado como

padrão na análise (CETESB, 2001b) . Seu estudo

é importante devido aos efeitos tóxicos sobre a

biota.

Apesar da biodegradabilidade dos surfactan-

tes ser exigida por leis nacionais (Lei Federal

№7365 de 13 de setembro de 1985) , Braile e Ca-

valcanti (1993) advertem que, a rigor, nenhum

detergente é biodegradável, pois para a perfeita

assimilação por micro-organismos seria necessá-

rio a produção de enzimas específicas, que nem

todos os organismos estão aptos a desenvolver.

Outro problema é que os surfactantes considera-

dos biodegradáveis consomem oxigênio durante

o processo de biodegradação, e podem conferir

características anóxicas ao corpo d’água.

Há ainda um terceiro problema. Segundo

Bellam e Pérès (1974) , os surfactantes propria-

mente ditos apresentam baixa toxicidade quan-

do comparados aos efeitos que seus produtos de

degradação podem causar sobre a biota, tais co-

mo o decréscimo na produção de gametas mas-

culinos e efeitos cancerígenos em algumas

espécies.

Os surfactantes ainda estão frequentemente

associados a aditivos que atuam como comple-

xantes e antiderrepositantes e que contém fósfo-

ro em sua composição.

Os valores encontrados neste trabalho estão

muito acima das concentrações médias de sur-

factantes encontradas no Sistema Estuarino de

Santos por Bosquilha e Braga (2003) . Em mé-

dia, as concentrações de MBAS encontradas, du-

rante o inverno, foram de 0,13mg/l em São

Vicente, 0,11mg/l na Baía, 0,09mg/l no Canal

de Santos e 0,07mg/l em Cutabão.

As autoras ainda encontraram neste estudo,

durante o inverno, concentrações máximas de

MBAS de 0,23mg/l na Baía de Santos, na esta-

ção realizada sobre os difusores do emissário

submarino e 0,30mg/l em São Vicente, próximo

a conjuntos habitacionais irregulares e com sis-

tema de saneamento básico precárias. Essas con-

centrações são 3 vezes menores do que as

Page 25: Atlas de Detalhe Operacional

15

Surfactantes

−45˚07'20"−45˚07'00"−45˚06'40"−45˚06'20"

−23˚30'20"

−23˚30'00"

−23˚29'40"

−23˚29'20"

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0

mg/l

Nitrito

−45˚07'20"−45˚07'00"−45˚06'40"−45˚06'20"

−23˚30'20"

−23˚30'00"

−23˚29'40"

−23˚29'20"

0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5

µM

Nitrato

−45˚07'20"−45˚07'00"−45˚06'40"−45˚06'20"

−23˚30'20"

−23˚30'00"

−23˚29'40"

−23˚29'20"

0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5

µM

Amonia

−45˚07'20"−45˚07'00"−45˚06'40"−45˚06'20"

−23˚30'20"

−23˚30'00"

−23˚29'40"

−23˚29'20"

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5

µM

Oxigênio

−45˚07'20"−45˚07'00"−45˚06'40"−45˚06'20"

−23˚30'20"

−23˚30'00"

−23˚29'40"

−23˚29'20"

4.50 4.75 5.00 5.25 5.50

ml/l

Fosfato

−45˚07'20"−45˚07'00"−45˚06'40"−45˚06'20"

−23˚30'20"

−23˚30'00"

−23˚29'40"

−23˚29'20"

0.15 0.20 0.25 0.30

µM

Hidrocarbonetos

−45˚07'20"−45˚07'00"−45˚06'40"−45˚06'20"

−23˚30'20"

−23˚30'00"

−23˚29'40"

−23˚29'20"

0 2 4 6 8 10

µg/l

MES

−45˚07'20"−45˚07'00"−45˚06'40"−45˚06'20"

−23˚30'20"

−23˚30'00"

−23˚29'40"

−23˚29'20"

10 15 20 25 30 35

mg/l

Co

ntam

inação

po

rsu

rfactan

tes

máximas encontradas no presente estudo na região

do Saco da Ribeira.

Embora as concentrações encontradas estejam,

em sua maioria, acima do limite estabelecido pela

CONAMA№357 de 2005, é possível que estejam

subestimadas. Segundo Bosquilha (2002) , a metolo-

gia proposta pela CONAMA№20 utilizada nesse tra-

balho, mostrou-se inadequada para a determinação

de surfactantes em águas salgadas. Segundo a auto-

ra, as concentrações de MBAS encontradas no Siste-

ma Estuarino de Santos foram entre 2 a 3 vezes

menores do que as obtidas por outros métodos de

análise adequados para água doce.

As altas concentrações encontradas, principal-

mente próximo às marinas, aliadas às características

da circulação no local, e a ausência de emissários de

esgotos domésticos de volume expressivo, indicam

os empreendimentos como fonte do poluente para

o local.

Por fim, a presença de surfactantes no ambiente,

muito acima dos limites propostos pela legislação,

colocam em risco a biota local. Segundo Bosquilha

(2002) , concentrações de surfactantes acima de

0,2mg/l atuam de forma negativa sobre o fito e o

zooplâncton. Este valor é ainda considerado o limi-

te crítico para desencadear efeitos negativos sobre

organismos aquáticos (EPA, 1974) .

Page 26: Atlas de Detalhe Operacional

16

Contaminação por hidrocarbonetos

por Carine G. R. Costa, Marcelo F. Oliveira, Bruna F. Pavani, Luis F. Baldasso, Danilo R. Vieira & Roberto Tomazini

Page 27: Atlas de Detalhe Operacional

17

Co

ntam

inação

po

rh

idro

carbo

neto

s

Page 28: Atlas de Detalhe Operacional

18

Contaminação por esgotos

por Carine G. R. Costa

Page 29: Atlas de Detalhe Operacional

19

Co

ntam

inação

po

resg

oto

Page 30: Atlas de Detalhe Operacional

20

Parâmetros hidroquímicos

por Por Gustavo Queiroz de Oliveira

Page 31: Atlas de Detalhe Operacional

21

Parâm

etro

sh

idro

qu

ímic

os

Page 32: Atlas de Detalhe Operacional

22

Page 33: Atlas de Detalhe Operacional

23

Referências bibliográficas

Page 34: Atlas de Detalhe Operacional

Atlas de Detalhe Operacional:

Região do Saco da Ribeira,Ubatuba (SP)

Este atlas trás, de maneira clara e objetiva, uma caracterização do ambiente costeiro com ênfase nosaspectos relacionados as atividades das marinas:

• Batimetria local, marés e parâmetros de circulação atmosférica regionais;• Granulometria;• Teor de carbonato nos sedimentos;• Teor de matéria orgânica nos sedimentos;• Concentração de derivados de tinta anti-incrustrante (TBT) no sedimento;• Concentração de metais no sedimento:▷ Cádmio (Cd);▷ Cobre (Cu);▷ Chumbo (Pb) ;▷ Cromo (Cr) ;▷ Níquel (Ni) ;▷ Estanho (Sn) ;▷ Zinco (Zn);

• Concentração de esteróis no sedimento;• Concentração de hidrocarbonetos na água do mar;• Concentração dos parâmetros hidroquímicos, na água do mar:▷ Nitrito;▷ Nitrato;▷ Fosfato;▷ Oxigênio dissolvido;▷ Matéria orgânica em suspensão;

• Concentração de surfactantes na água do mar.