Guia rápido para iniciados no Detalhe Os processos devem seguir a ordem descrita e deve ser tudo feito à sombra e sem que o carro esteja quente. Temos dois conjuntos de tarefas que se devem realizar. A primeira é o tratamento: 1. Tratamento

1.1 Exterior

1.1.1 Lavagem Devemos utilizar um shampoo de qualidade que seja suave com a superficie do carro e que simultâneamente remova a camada de sujidade acumulada no dia-à-dia. O que acontece com a maiora dos shampoos disponíveis é que ou são demasiado eficazes e retiram a camada protectora (cera) e a longo prazo provocam danos no verniz ou são tão suaves que não limpam condignamente. Um exemplo do shampoo usado aqui é o "Sonax Gloss Shampoo". Deve-se usar um balde duplo ou dois baldes (ver posts no fórum com exemplos). Para quem já lavou o carro, e se pensar bem, vai ver que se lembra que a água do balde fica preta no fim da lavagem. Já pensaram que podem estar a limpar menos o carro e podem mesmo estar a danificar a pintura com a água suja? O conceito é muito simples: um recipiente só com água e outro com o shampoo. Ao lavar uma area do carro, passa-se a seguir por água para retirar a sujidade e residuos e só depois é que se passa no shampoo. Com que é que se aplica o shampoo no carro? Com uma luva de pele natural de ovelha. Esta luva não risca o carro, mesmo quando "agarra" a sujidade de uma área do carro. Liberta fácilmente a sujidade quando passada por água e ainda absorve muito shampoo para que se limpe fácilmente o carro. A lavagem deve ser feita por secções. Deve-se começar das mais altas para as mais baixas (e mais sujas). No final deve-se utilizar um pano micro-fibras WW para secar o carro. O que é isto? É um pano muito absorvente (formato WW) e que por ser de micro-fibras não risca a pintura. É tão absorvente que consegue-se secar o carro todo sem ter que torcê-lo. Porquê é que se seca o carro? Para que não fiquem marcas de água no carro. Para além de não serem estéticas, ao longo do tempo ficaram definitivas! Atenção que este processo deve ser (como tudo no detalhe) ralizado longe do Sol e sem que o carro esteja quente. E as jantes e os pneus? As jantes devem ser limpas antes de lavar o carro com um produto apropriado tal com o "Einszett Wheel Cleaner" (um produto não ácido). Também há informação detalhada

no fórum de como proceder. Para finalizar podemos cuidar e dar um bom ar aos pneus com o "Laquer New Tire Look" aplicado com um "aplicador de espuma". 1.1.2 Superficie pintada A superfície pintada é o que mais se vê no carro e é uma das partes do carro à qual devemos dar mais atenção pois é muito sensível e (para quem não sabe) exige manutenção! A lavagem é muito importante para manter o carro em condições, mas não é suficiente para limpar em profundidade. Existem vários tipos de problemas que têm no carro (com grande probabilidade de certeza) - vejam os dois pontos seguintes. 1.1.2.1 Claybar A pintura sofre contaminação constantemente. Ela não se vê, mas sente-se. Se depois de lavar o carro passarem com a mão envolta num plástico fino, vão notar que parece lixa ou pelo menos não é suave. Isso indica-nos que a superficie está contaminada. A longo prazo os danos podem ser irreparáveis. O que fazer? Aplicar a "Claybar". O que é isso? É uma plasticina inventada pelos Japoneses e que de forma fácil (e segura para a pintura) remove a contaminação presente. Como é que se usa? A plasticina necessita de um lubrificante na superficie para poder deslisar e "trabalhar". Pode ser utilizado um produto chamado "Quick Detail" (ou "Final Inspection"). Simplesmente borrifa-se a zona com o lubrificante e vai-se passando a plasticina numa direcção com a mão até que se sinta que a zona na qual estamos a trabalhar já está lisa. Só usando é que se entende e se admira o "milagre" realizado. Deve ser aplicado secção a secção e depois limpo com um pano micro-fibras. Não é o mesmo pano utilizado para secar o automóvel, é o acessório número um do detalhe. O pano micro-fibras é muito mais eficiente que um trapo-de-algodão-lá-de-casa-para-sujar e mais importante: não risca a pintura! 1.1.2.2 Polimento Já lavámos e já descontaminámos, não chega? Não. A lavagem remove a sujidade à superficie. A claybar remove os contaminantes, mas ainda temos sujidade entranhada, oxidação, marcas e riscos na pintura, o verniz baço, etc, etc, etc. Exitem três polishes da Einszett disponíveis: Ultra Paint Polish (UPP), Paint Polish (PP) e Metalic Polish (MP). O UPP é o mais abrasivo e deve ser utilizado para remover os defeitos maiores ou oxidação da pintura. O PP é o polish normal utilizado para polir

uma pintura com as marcas da lavgem. O MP é o mais suave e deve ser aplicado em pinturas em muito bom estado e/ou para finalizar a tarefa em carros escuros. Utilizando um "aplicador rectangular micro-fibras" aplicamos uma pequena quantidade de polish. Trabalhamos uma pequena secção e vai-se massajando, exercendo ligeira pressão, até o produto começar a desaparecer ou a secar. Depois retira-se com um pano micro-fibras limpo. Deve usar-se um pano e um aplicador para cada tipo de polish. Começamos por eliminar os defeitos maiores (riscos e oxidação). Depois passa-se para um polish menos abrasivo para remover as marcas de água e os pequenos riscos ("swirls") dos rolos da lavagem automática. Se o carro for escuro deve-se ainda dar uma passagem suplementar com o MP. O método de aplicação do polish (qualquer um deles) é feito na direcção paralela ao chão para os paineis horizontais do carro (capôt, tejadilho, mala) e na direcção perpêndicular ao chão para os restantes paineis. Convém sempre tentar aplicar a mesma quantidade de produto e o mesmo número de passagens em todo o carro para que fique uniforme. Este é o processo manual. Os mais avançados depois podem encontrar no fórum muita informação sobre polimento à máquina com estes mesmos produtos. 1.1.2.3 Protecção Agora sim: a superfície pintada está realmente limpa em profundidade e está bonita - os riscos quase desapareceram e o verniz ficou outra vez transparente. Não vamos deixar que rápidamente tudo volte atrás, pois não? A protecção da superfície pintada normalmente é conseguida à custa da cera. Hoje em dia há varios tipos de ceras e até de vários selantes acrílicos. Aconselha-se a selar o carro e a encerar depois. 1.1.2.4 Selagem O que é isso da selagem? Está diponível o "Grojet2000" que é um selante cuja sua fórumla é de base acrílica. É um produto que tem agentes de limpeza, de brilho e que deixa uma camada protectora de longa duração. Aplica-se com um "aplicador rectangular micro-fibras" humidificado com uma borrifadela de "Quick Detail" numa secção pequena. Assim que se acabe deve-se de imediato remover com um pano micro-fibras limpo. É fácil de aplicar e deixa um bom brilho - um aspecto saudável! 1.1.2.5 Enceramento Para que a protecção seja ainda maior e para que o carro ganhe ainda melhor aspecto,

devemos aplicar uma ou várias camadas de cera de carnuba natural. Um dos produtos aconselhados é a "Natty paste wax". Esta é uma cera em pasta que deve ser aplicada com um aplicador "poli-espuma". Passa-se o aplicador no boião de cera e espalha-se deixando uma camada muito fina de cera na superfície. Faz-se secção a secção. Pode deixar-se a cera a actuar uns minutos. Depois remove-se gentil e fácilmente com um pano micro-fibras limpo. Se quiserem aplicar mais camadas deve-se esperar 24h para que a cera cure. Antes de aplicar a nova camada de cera aconselho a passar a superfície com o Quick Detail. Limpa o pó e melhora os resultados da cera. Agora sim, a pintura está melhor que nova! 1.1.3 Descapotáveis Existe um produto próprio para as capotas dos decapotáveis: é o "Einszett Cabrio Protect". Antes de aplicar deve-se passar com uma esponja (sem aplicar nenhum produto) e depois com uma escova para retirar toda a sujidade acumulada. Depois passa-se por água e seca-se com o pano WW ou deixa-se secar ao ar. Pulverizar uma quantidade adequada numa esponja húmida. Partindo do centro, aplicar longitudinalmente na área em questão, secção a secção. 1.1.4 Vidros Os vidros são muito importantes na segurança rodoviária. Sofrem tanto quanto a pintura. Deve-se aplicar a Claybar, tal como para a pintura, para remover os contaminantes encrustrados. Com um polish para vidros ("Einszett Glass Polish") faz-se o polimento para limpar em profundidade e remover pequenos defeitos. O processo é semelhante ao dos polishes da pintura (aqui pode-se usar um "aplicador de algodão" em vez do de micro-fibras). Para finalizar devem protejer-se os vidros. O ideal é selar com o "Grojet2000", pois é um selante que resiste melhor ao limpa-vidros e agarra bem ao vidro. Não se aconselha aplicar cera nos vidros, especialmente o da frente. Pode aplicar-se o mesmo processo aos farolins, caso sejam de vidro, e aos espelhos exteriores. 1.1.5 Plásticos não pintados Os plásticos não pintados fácilmente perdem a sua glória de outrora, mas agora podemos voltar atrás no tempo!

Devem limpar-se todos plásticos exteriores e borrachas com o "Laquer All Propose Cleaner" com um pano de algodão normal. Depois de tudo limpo deve proteger-se e recuperar. De uma só vez conseguem-se as duas coisas com o "Laquer Rubber & Vinil Shine". Este produto recupera a côr original e deixa uma camada protectora. Aplica-se com um pincel de espuma, deixando um aspecto homogénio. Deixa-se uns minutos e depois passa-se com um pano micro-fibras limpo para remover o excesso.

1.2 Interior Passamos muitas horas dentro do carro. Suja-se muito e todas as superficies à nossa volta degradam-se com o Sol e com os abusos que lhe damos no dia-a-dia. Começa-se por aspirar o carro todo muito bem. Os tapetes são aspirados cá fora. Se tiver um aspirador de vapor aproveite e use-o nos tapetes, deixando-os secar completamente antes de voltar a colocar no interior do carro. 1.2.1 Tecidos Os tecidos sujam-se e o aspirador não consegue limpar a sujidade entranhada. A solução é limpar com uma pequena quantidade de "Laquer All Propouse Cleaner" (é um detergente muito suave) e uma escova e/ou uma esponja. Seca-se com um pano. Nesta categoria incluem-se os tapetes, o chão, etc. Deve ter-se em atenção que o interior do tejadilho é muito sensível a água (e ao APC).

Aqui deve-se aplicar muito pouco produto e secar muito bem. 1.2.2 Vidros Todos nós sabemos o quanto é chato limpar vidros. Sabemos que muitas vezes não ficam tão bem quanto queriamos e que é um problema eliminar as marcas do pano. Utiliza-se o "Einszett Windscreen Clear" com um pano micro-fibras limpo. Aplica-se uma pequena quantidade no pano e limpa-se uma área. Depois com uma parte seca do pano, ou mesmo com outro, seca-se. Já está. Não ficam manchas e o vidro fica mesmo limpo. 1.2.3 Tablier O tablier deve ser limpo com o "Laquer All Propose Cleaner" e um pano micro-fibras. Assim limpa-se em profundidade e retiramos a silicone dos produtos que antigamente usávamos... Depois de limpo deve proteger-se com o "Einszett TiefenPfleger". É um produto semelhante ao dos plasticos exteriores, mas desta vez a sua fórumla é à base de água. Deve ser aplicado com um "aplicador de algodão" (borrifando uma pequena quantidade) e espalhando uniformemente. Deixa-se uns minutos e remove-se com um pano micro-fibras limpo. Este produto ajuda ainda a limpar, trás de volta a côr original e proteje do tacto e do Sol. 1.2.4 Pele Quem tem aplicações em pele (voltante, banco, etc) deve ter especial cuidado. Aconselha-se o "Einszett LederPflege". É um produto de limpeza e manutenção (nutrição) da pele. Deve ser aplicado em pequenas quantidades num "aplicador de algodão" limpo. Massaja-se a superfície de pele para que o produto penetre bem. Deixa-se alguns minutos e depois retira-se o excesso com um pano micro-fibras limpo. A pela fica suave, acetinada, sem rugas - tal como novo. 2. Manutenção O carro foi tratado e está impecável. E agora? Agora devemos manter o que se conseguiu. Como? Vamos ver. 2.1 Exterior

Devemos lavar o carro todas as semanas. O processo e os produtos é tal como quando se inciou o tratamento: luva de pêlo de ovelha, shampoo bom, pano WW, dois baldes, etc. A cera natural evapora com o tempo e especialmente com o calor. Normalmente dura entre um a dois meses, pelo que após esse intervalo de tempo convém repor a camada. É algo que se faz em meia hora. O selante dura mais de seis meses. A reposição do selante elemina o anterior e as ceras, pois tem agentes de limpeza. Após a selagem deve-se voltar a encerar o carro. 2.2 Interior No interior deve-se aspirar e limpar os vidros semanalmente. O tablier agora já só precisa do TiefenPfleger uma vez por mês ou quando se achar necessário. As aplicações de pele devem ser mantidas uma vez por mês.

Manual de Manutenção 14-12-2007

Após um detalhe ou até mesmo antes, temos de ter em atenção certos aspectos para que a nossa viatura se mantenha sempre nas melhores condições possíveis. É certo que sem estarem detalhadas o resultado aparente apenas vai ser de não estragar mais, se estiver detalhada é claro que se vai manter o detalhe por muito tempo. Os produtos utilizados vão estar a negrito para uma mais fácil identificação. Resta dizer que este manual poderá sofrer alterações, sempre que testemos novos produtos e superem o resultado dos que descrevemos. Limpeza de motor Antes de mais isolar (com aquele papel de aluminio que se usa nas cozinhas, este molda-se bem e é óptimo) tudo que seja eléctrico, alternador, distribuidor, bateria, alarme e pronto, algo mais que poderão ver. Isto não tem ciência nenhuma e não é preciso ter medo para limpar um motor. Aquelas capas em plástico do motor devem ser tiradas e lavadas como o motor, assim vai-se mais ao detalhe. Com este cuidado inicial o resto é fácil.

Primeiro lavar o capot por baixo, passar por água (nada de pressão) e borrifar Einszett Car Star(1). Ir passando por água pois pode secar rapidamente e criar manchas do produto. Nada que não se resolva borrifando novamente. São necessários panos microfibras e pinceis para os recantos. Para o motor a tecnica é igual. Para finalizar, apenas na parte do motor ou onde contenha plásticos e borrachas, borrifar Meguiar´s HyperDressing(2) e passar por água, com a saída em leque e pronto, o produto é espalhado mais uniformemente. Para secar utilizador panos secos, microfibras. Depois colocar o carro a trabalhar durante 5 minutos. Caso note sair um vapor, normalmente pela sonda lambda, não se assuste, passado uns minutos desaparece, é só água a evaporar. Lavagem e Secagem Este processo é o mais importante para se manter a viatura com bom aspecto. É mesmo o inicio de um bom detalhe e de manutenções bem feitas. Deve-se comprar dois baldes, pequenos, algo de 5 litros chega perfeitamente. Num dos baldes colocar uma tampa e meia ou duas de Einszett Exclusiv Glanz e colocar água até perfazer os 5 litros mais ou menos. No outro balde colocar apenas água limpa. Sobre o processo, simples, primeiro de tudo lavar as cavas das rodas. Podemos levantar um pouco o carro casoo espaço entre o pneu e a cava seja curto e com uma escova do género da Viking Wheel & Fender Brush ou até uma de lavar costas. Basicamente molhar e esperar 1 minuto, depois borrifar com Einzett Car Star e esfregar com a escova anteriormente referida (ou similar). Depois passar novamente por água. Poderá desejar o aspecto natural e para isso utilize a diluição de Meguiar´s HyperDressing como já dito no motor, mesma diluição. Após isto lavar as jantes. Basta colocar num balde champô e água (veja o nome do champô no parágrafo anterior) e depois com a escova Ez Detail Brush molhar na água e na jante. Algo normal. Por fim com uma luva de microfibras lavar o exterior da jante (mesma coisa de passar pela água com champô). Caso seja necessário, com um pincel lavar as cavidades dos pernos. Depois passar água na jantes e por todo o carro, deve-se evitar lavar ao sol. A superficie convém estar sempre molhada. Com uma luva de pêlo de ovelha natural (pode ser a profissional e assim não molha as mãos), enxagua no balde com o champô e passa numa secção de 70cm x 70cm (mais ou menos, se o automóvel estiver muito sujo a secção diminui) e depois passar pela água limpa. Novamente meter a luva no champô e passar na secção, depois água limpa. Fazer isto intercaladamente e porquê? Porque assim evita-se que a luva fique com impurezas e sobretudo que a água com champô se mantenha sempre limpa. A água do outro balde, caso esteja muito suja pode ser mudada por nova.

Também atenção para não deixar secar a espuma, ou seja, ir molhando os paineis. Por fim secar com uma toalha microfibras waffle weave, basta estender a toalha e puxar pelas pontas. Tanto na lavagem como aqui na secagem não pressionar, sempre suavemente. Na parte da secagem pode optar pela técnica do fio de água caso a pintura esteja devidamente tratada e poderá ver como AQUI . No final os pneus dão aquele toque e portanto, lavar (após lavagem das cavas) com uma escova, poderá ser uma dura daquelas de banho (à venda nos hipers), com chapô normal, como se lavasse a pintura. Após isto, para ainda melhorar a limpeza borrifar APC e esfregar com a escova. Secar com um pano microfibras e aplicar condicionadores (no final da lavagem da pintura) como Duragloss Wet Look Tire Shine (para aspecto mate) ou o Mothers FX Tire Shine (para um look mais brilhante), com uma esponja ou aplicador próprio para pneus. Se vir que sujou a jante, um pano microfibras e retire de imediato o indesejável da jante. Como capricho, poderá utilizar um booster depois do automóvel seco, isto é, vai avivar o look da sua viatura. Isto pode ser feito com o Z-8 Grand Finale Spray Seal. É liquido, borrifa-se numa secção de 50cm x 50cm e remove-se em seguida com auxilio de um pano microfibras. Sempre assim por todo o carro. Utilizar vários panos para que não fiquem vestigios de excessos na pintura. Limpeza e Condicionamento de Interiores O interior é mais simples de cuidar, no entanto toma mais tempo caso se queira ir ao pormenor e aqui será relatado uma rigorosa manutenção ao interior. Podemos começar por retirar os tapetes e se tivermos "tralha" no interior, tirar tudo e no fim até ver o que precisamos ou não. Começamos por aspirar todos os tapetes e carpetes. Depois partir para limpeza do tecto, em tecido ou plástico, a técnica será igual que é: borrifar para um pano microfibras APC(3) (All Purpose Cleaner) e depois esfregar suavemente o tecido ou plástico. Claro que devemos mudar de lado do pano, preferencialmente dobrá-lo em quatro e temos várias faces para limpezas. Nunca deixar saturar o pano com sujidade, não interessa o número de panos a utilizar. Agora relativamente aos estofos, temos duas possibilidades, aliás, três caso seja em pele: - com a espuma Einszett Upholostry, aplicar nos estofos, esperar 5 minutos e depois escovar com uma escova de sapatos. Por fim retirar os excessos com um pano microfibras; - apenas com panos microfibras e APC, podemos limpar tal como se faz no tecto. Retirar sempre excessos com um pano microfibras limpo; - caso seja pele, limpar com o Duragloss Leather Shampoo, tem uma capacidade surpreendente de limpeza.

Depois partimos para limpeza dos plásticos. Também com APC borrifar no pano e limpar, tal como os tectos. Tudo pode ser limpo com o APC, o próprio nome indica isto mesmo. Para limpar os ventiladores, borrifar APC e com um pincel passar suavemente e depois com um pano microfibras retirar o excesso. Nesta fase condicionar os plásticos com Poorboys Natural Look Dressing, com um aplicador poliespuma colocar uma pequena quantidade e passar nos plásticos. passado 1 minuto passar um pano microfibras limpo. Poderá ainda polir partes metálicas, alguns carros possuem aluminio ou outro metal e com o Autosol Metal Polish, juntamente com um pano microfibras, esfregar com pouca quantidade de produto até obter o resultado desejado. Agora limpa-se os vidros com Einszett Windscreen Clear, pano microfibras e claro, temos de ver se é necessário algo limpo para o vidro ficar imaculado. Para condicionar a pele, utilizar o Duragloss Leather Conditioner, também aplicar com mãos ou pano microfibras nos bancos ou todas as superficies em pele. Deixar uns 10 minutos e depois passar um pano microfibras limpo. Há uma parte muito sensível que são os mostradores, aliás, o seu plástico. Simplesmente passe um pano microfibras limpo e seco por essa zona, muito suavemente. Se estiver riscado e desejar melhorar o aspecto, utilizar Mothers Plastic Polish com um aplicador em microfibras e retirar excessos com novo pano microfibras. Caso seja necessário, aspirar novamente tudo porque com as limpezas algo poderá ficar com impurezas, até mesmo dos pés que lá andaram no durante. Proteger/Look do Exterior Após a lavagem do exterior, poderemos querer que a pintura fique com algo mais, nomeadamente protegida contra agentes exteriores (dejectos de animais, chuvas, cálcario e muitas mais impurezas) e aliar isto a um bom look, óptimo! Poderá optar por um destes processos. Selar, encerar, selar e encerar. O selante tem a particularidade de durar mais tempo, no entanto se fizer uma reposição de cêra de mais ou menos 2 em 2 meses ou até 3 em 3 meses, o selante pode ser facultativo. Não vamos escolher x produto para x processo, apenas vamos enumerar e depois pode escolher. Selante: Duragloss Polish and Cleaner + Duragloss 111 Clear Coat Polish (CCP) Cêras: Pinnacle Souveran Wax ou Collinite Liquid Insulator Wax (No. 845) ou Poorboys Nattys Paste Wax - Blue Em termos de aplicação, depende do produto. Se for líquido com aplicador em microfibra, caso

seja sólido o aplicador amarelo em poli-espuma. Devemos obedecer a determinadas condições para aplicação e remoção dos excessos, devemos ver sempre a descrição do produto na loja ou até na embalagem. A maioria dos selantes requerem processo de cura que normalmente é de 12 horas. Só após isto poderemos aplicar a cêra. Antes da aplicação devemos escolher, se o carro é escuro, claro, vermelho, preto, azul, etc. Existem compromissos na escolha, ver novamente as descrições dos produtos. Ainda há um outro aspecto, os plásticos exteriores não pintados. Naqueles um pouco rugosos, utilizar ou Einzett Vinyl Gel ou o Einzett Kunstoff (este líquido). Aplicar com um aplicador poliespuma. Atenção que o aplicador vai ficar escuro, normalmente apenas se utiliza este aplicador para os tratamentos com estes produtos. Caso o plástico seja completamente liso, aplicar o ClearKote Vanilla Moose Wax Hand Glaze ou algo semelhante. Visto o plástico ser liso, caso sejam aplicados algum dos produtos para o material rugosos, poucos dias depois este desaparece. Existem casos como o Mercedes E270 de 2004, em que o plástico entre o capot e o pára-brisas é mesmo liso. A aplicação deste último produto pode também ser pelo aplicador poliespuma e depois deve-se passar um pano limpo para retirar excessos. Atenção, antes de os condicionar limpar bem, além do champô da lavagem normal, utilizar APC e um pano, vai conferir ainda mais limpeza.

Lavar e secar

Vamos então falar de como não estragar o brilho espectacular do nosso carro com métodos e materiais

adequados.

Comecemos, à sombra, com a viatura fria (basta que a chapa não queime as mãos ao toque) e admitimos

que temos carro vulgar não tratado regularmente ou, mais comum, nunca tratado.

1. As rodas.

Um balde com água e shampoo auto (a ser usado só nas rodas). Acessórios, escovas de vários formatos,

esponja. Spray de limpeza de jantes não ácido (1Z, PB, Laquer...).

Pulveriza-se uma jante de cada vez aguardando depois cerca de 2 minutos, não deixando nunca secar. Agita-

se nas zonas mais sujas com uma escova de cerdas naturais (suave) ou pincel do mesmo tipo. Enxagua-se

depois com àgua abundante. Este processo remove grande parte do pó dos travões senão todo, a menos

que a acumulação seja tal que esteja incrustrada, aí pode não se conseguir tirar tudo.

Lava-se depois com uma escova como estas o pneu com a mistura do balde

e a jante com a esponja e a mesma mistura.

Usa-se um pincel redondo de cerdas naturais (sem partes metálicas à mostra) para lavar os orificios dos

parafusos e válvula de ar. Deve-se também usar uma escova tubular longa para (dependendo do desenho da

jante) limpar o interior da mesma através dos orifícios. Eu uso esta:

Em caso de muitas manchas de alcatrão nas jantes, pode-se usar um removedor de alcatrão pulverizado que

depois de deixar actuar um pouco para dissolver, limpa-se com um pano turco (100% algodão) e lava-se

outra vez.

Nesta fase, também deve lavar-se as cavas das rodas, usando uma daquelas escovas que se usam para lavar

as costas no banho - longas. Escovar bem essa zona, afinal não queremos que nos falhe nenhum detalhe,

não é?

Depois de termos lavado as rodas, cavas e embaladeiras, deitamos fora a àgua do balde, lavamo-lo muito

bem (e aos demais acessórios usados) e passamos à fase seguinte.

2. Lavagem carroçaria

Enchemos dois baldes com água e num deles adicionamos o shampoo na quantidade recomendada, por

exemplo uma tampa para um balde de 4-5 litros de água. Shampoo a mais é prejudicial, principalmente

quando temos o carro tratado e encerado.

Depositamos a luva dentro do balde com água limpa enquanto vamos passar água pelo carro. Lavamo-lo

bem com a àgua da mangueira (não é necessário maquina de pressão).

Começamos então por lavar a partir do tejadilho. Encharcamos a luva na água que tem o shampoo e

lavamos suavemente cerca de 1/4 do tejadilho em movimentos longitudinais, no sentido da deslocação do

ar em andamento. Nunca em movimentos circulares. Lavamos a luva na àgua limpa e repetimos o processo

até termos acabado o tejadilho. Lavamos com àgua da mangueira para retirar o shampoo.

Passamos à secção seguinte, o capô, seguindo o mesmo método.

Depois a mala e por fim as laterais, começando de cima para baixo.

Sempre que a luva pareça mais suja lava-se em àgua corrente. Assim garantimos que nunca estamos a

danificar a superfície.

Assim que tenhamos concluído o processo de lavagem, seca-se imediatamente com uma toalha micro-fibras

WW.

Dica: se o pára-brisas tiver muitos insectos, lavar com uma esponja própria para limpar insectos.

1. Lavagem:

- A lavagem da jantes deve ser efectuada – sobretudo, na primeira vez em que vão ser tratadas – com o

apoio do 1Z FELGEN-REINIGER, ou do AUTOSOL FELGEN-REINIGER (ou equivalente), por forma a retirarmos

todo o excesso de sujidade proveniente do ferodo das pastilhas dos travões;

- Pulverizamos a jante com o produto e aguardamos 30 a 35 segundos enquanto este actua (durante a

operação completa da lavagem, nunca exceder um total de 3 minutos!);

- Lavamos a jante com um pincel de pêlo natural, dando especial atenção aos cantos da jante, junto à válvula

da pressão de ar e das porcas de aperto e passamos por água corrente limpa;

- Voltando a atenção aos pneus, caso estes tenham alguma sujidade depositada (areias, terra, ou lama seca),

podemos lavá-los com um pouco de APC (ALL PROPOSE CLEANER) e uma escova de dureza intermédia, o que

vai permitir limpá-los a fundo, sem danificar os compostos de borracha que estes têm;

- Em seguida, damos uma passagem de Shampoo Sonax ou Laquer Gel Shampoo pela jante toda e pelo pneu

(com uma esponja natural) e voltamos a enxaguar;

- Se persistirem nas jantes, marcas depositadas de sujidade (ferodo) nos locais mais difíceis de lavar

normalmente, aplicamos um pouco da AUTOSOL WHEEL CLEANING PASTE, pois a sua textura permite-lhe

remover sem esforço essa mesma sujidade e removemos com água corrente limpa;

- Caso haja a presença de vestígios de alcatrão que não saíram com a lavagem normal, poderemos passar

com um aplicador, um pouco de LAQUER TAR & ADHESIVE REMOVER (ou análogo) para remover manchas

ou resíduos de alcatrão;

- Secamos com um pano de micro-fibras e podemos, se necessário, iniciar os procedimentos de tratamento,

de seguida descritos;

- No final de tudo, aplicamos nos pneus um pouco de LAQUER NEW TIRE LOOK, ou POORBOY'S BOLD &

BRIGHT (ou análogo), com o auxílio de um aplicador em espuma para pneus, espalhando bem por toda a

superfície lateral externa do pneu e deixamos secar.

2. Cuidados:

- Quer seja uma jante nova, ainda recente ou com um acabamento já a necessitar de tratamento, devemos

ter sempre em atenção os produtos que usamos para atingir os fins que pretendemos. Assim, poderemos

enveredar pelo 1Z PAINT-POLISH, (ou equivalentes desta gama), para polir a superfície da jante, sempre com

o apoio de um aplicador de algodão ou em poli-espuma;

- Após cuidada lavagem, por fora e por dentro (se possível), procedemos à descontaminação da jante, com o

auxílio de uma clay-bar, bem como, ao tratamento/polimento da jante e selamos com o POORBOY’S WHEEL

SEALANT, com a ajuda de um aplicador em algodão (ou em poli-espuma), aplicando três ou quatro camadas

do selante, removendo o excesso com um pano de MF limpo e seco, por forma a conferirmos à jante um

acabamento exemplar e uma protecção duradoura;

- Após a aplicação das ditas três ou quatro camadas, podemos renovar o processo a cada mês (sobretudo

pelo facto de que as jantes estão sujeitas a elevadas temperaturas, desgastando mais rapidamente o

acabamento que estas tenham);

- Podemos, em alternativa, usar o selante GROJET 2000 (selante acrílico), pois a sua utilização é muito

genérica, conferindo também bons níveis de protecção e de acabamento, ainda que ligeiramente inferiores

aos do POORBOY’S WHEEL SEALANT;

Como tudo, após estes procedimentos, interessa manter. Para tal, basta lavar as jantes normalmente

(aquando da lavagem da carroçaria) com um shampoo genérico (Laquer Gel Shampoo ou Sonax) e, no final

de tudo, renovar o acabamento com mais uma camada de POORBOY’S WHEEL SEALANT. Isso é o suficiente

para termos sempre as jantes com um acabamento impecável e, mais importante, sempre protegidas.

É a partir do habitáculo do carro que este é conduzido. Como tal, de maneira a que o seu aspecto esteja em

equilíbrio com o exterior, este também importa uma série de cuidados, designadamente, na limpeza e

condicionamento dos plásticos, bem como, dos estofos. Assim, há que ter em conta os seguintes aspectos:

1. 1Z TIEFENPFLEGEN e LAQUER ALL PROPOSE CLEANER

- Todos os elementos do interior (plásticos, alcatifas, tapetes, estofos) podem ser limpos com o auxílio do

LAQUER APC – ALL PROPOSE CLEANER (ou análogo), que permite a remoção a fundo de toda a sujidade que

esteja depositada nos elementos do interior do carro;

- Para tal, lavamos os elementos com o APC e limpamos com um pano micro-fibras, pois estes panos têm

uma textura que agarra o pó, limpando os plásticos sem deixar marcas ou resíduos de sujidade;

- Podemos imprimir alguma força no momento da limpeza, em algum sítio localizado que tenha sujidade

mais entranhada, de maneira a que esta seja removida por inteiro;

- Após tudo limpo passamos para o condicionamento dos plásticos com a ajuda do 1Z TIEFENPFLEGEN (ou

equivalente), que vai tratar os plásticos, protegendo-os contra a acção dos raios solares e reduzindo o

depósito de pó no tablier;

- Borrifamos um pouco para um pano de micro-fibras ou um aplicador de poli-espuma e passamos no tablier,

de forma homogénea, de modo a ficar bem espalhado e uniforme;

- No fim desta aplicação, passamos um pano de micro-fibras limpo e seco por todos os plásticos, de maneira

a remover qualquer excesso e a que o efeito do 1Z TIEFEN seja concretizado;

- Este processo deve ser realizado uma vez por mês, podendo as aplicações do 1Z TIEFEN serem intercaladas

pela aplicação do 1Z COCKPIT PREMIUM, que funciona como uma espécie de quick detailer para os plásticos,

por exemplo: podemos aplicar o 1Z CP de 15 em 15 dias, mas sempre o 1Z TP uma vez em cada mês.

2. Tratamento de plásticos (acrílicos, plásticos do painel de instrumentos, etc.)

- De maneira a eliminarmos os “swirls” que possamos encontrar no visor do rádio, do acrílico que protege os

quadrantes, no relógio, ou nos elementos em plástico mais rígido, dispomos de alguns produtos que,

preferencialmente, devem ser usados manualmente, por forma a atingirmos melhores resultados, não se

justificando o uso de orbital ou rotativa;

- Podemos optar entre o MOTHERS PLASTIC POLISH, o MEGUIARS PLASTX (ou equivalentes);

- Temos de nos certificar que a superfície a limpar está devidamente limpa (basta a passagem de um pano de

micro-fibras com APC ou com quick detailer), de maneira a remover a sujidade que possa estar depositada;

- Com a ajuda de um aplicador em espuma (mais pequeno que os usados nas ceras), deitamos uma pequena

porção de produto no aplicador e passamos, ou em movimentos circulares, ou horizontais, ou verticais, na

área a tratar;

- Removemos o excesso com um pano de micro-fibras e observamos o resultado;

- Considerando que é um processo manual, pode haver a necessidade de repetir todo o processo acima

descrito até atingirmos o resultado pretendido.

3. Limpeza de vidros (parte interior)

- É do conhecimento de qualquer detalhista que os vidros, tal como qualquer outra parte do automóvel,

também carecem de cuidados especiais, pois são uma parte importante do contacto entre o condutor e a

estrada;

- Para este fim, poderemos optar pela utilização do 1Z GLASS CLEANER; do AUTOSOL GLASS CLEANER EXTRA

STRONG (mais recomendado para superfícies com sujidade muito entranhada e onde os restantes, menos

abrasivos, já não produzem efeitos de maior), do LAQUER GLASS CLEANER (ou equivalentes);

- Borrifamos um pouco de 1Z GLASS CLEANER (ou equivalente) num pano de micro-fibras e passamos na

superfície a limpar;

- Passamos um pano de micro-fibras limpo, por forma a remover qualquer marca que fique da limpeza ou

para remover qualquer excesso de produto;

- Este processo deve ser repetido, até atingirmos os resultados desejados.

4. Limpeza de tapetes e alcatifas-

De modo a retirarmos a sujidade dos tapetes (alcatifa ou borracha), devemos ter em conta o uso do LAQUER

APC e de uma escova suave ou de dureza intermédia – dependendo da sujidade – bem como, de um

aspirador;

- Após devidamente aspirados os tapetes, com a ajuda de uma escova (para libertar areias e algum pó que

esteja mais «escondido»), borrifamos por todo o tapete um pouco de LAQUER APC;

- Podemos humedecer um pouco a escova – se necessário – e passamo-la por todo o tapete, de forma

uniforme, removendo toda a sujidade e nódoas que possam residir na superfície;

- Aí, voltamos a aspirar o tapete de maneira a remover qualquer excesso de espuma ou sujidade que venha

ao de cima, por forma a devolver ao tapete, o seu devido aspecto;

- No que respeita à limpeza de alcatifas (chão do habitáculo), o procedimento é semelhante, com uma

excepção: após a passagem com o LAQUER APC e a escova, pode ser necessário a passagem de um pano

humedecido antes de voltar a aspirar, mas tudo isto depende do estado em que se encontre a alcatifa.

Para quem já está familiarizado com o Detalhe, produtos e técnicas e quer evoluir para a orbital, aqui ficam

algumas dicas sobre estas máquinas e sobre o polimento em si.

1. Orbitais

1.1. O que são?

A maioria das chamadas "orbitais" são máquinas adaptadas das lixadoras de madeira. São conhecidas como

lixadoras excêntricas ou roto-orbitais. Estas máquinas produzem no seu prato um movimento excêntrico que

permite lixar, polir, etc.

O movimento roto-orbital, que também é conhecido lá fora como de "dual-action" (DA), consiste numa

rotação muito lenta - quase livre - e num movimento orbital. Este movimento é um movimento livre do

prato sobre os excêntricos, dando a ilusão de ser aleatório (na prática acaba por ser considerado como

aleatório). O movimento do prato aproxima-se muito do movimento da aplicação circular de produto à mão.

Como a máquina produz velocidades de orbita muito superiores às da mão, consegue mais trabalho em

menos tempo.

Aqui no detalhe utilizamos a orbital com esponjas de polimento, que em conjunto com os "polishes"

permitem polir as superfícies pintadas dos nossos automóveis.

1.2. Tipos de máquinas

1.2.1. Formato "ferro de engomar"

As lixadoras mais comuns e mais acessíveis têm o motor por cima dos excêntricos e do prato. Normalmente

têm um prato com base de velcro, de 125mm ou 150mm de diâmetro. Costumam ter um saco de retenção

de pó.

As velocidades vão até às 13000 orbitas por minuto (OMP). Algumas têm gatilho electrónico, outras têm

apenas um regulador de velocidade. As que não permitem regulação não servem para o polimento

automóvel.

As mais evoluídas já têm mecanismos de controlo de velocidade para um trabalho mais preciso, mais

potência e até regulação do diâmetro de excentricidade.

Como exemplo temos a a DWD26410, a Bosch PEX420AE ou mesmo a Fartools.

1.2.2. Formato "L"

As lixadoras profissionais são, na sua maioria, em formato "L". Como exemplo temos a PorterCable 7424,

Makita BO6040, Festool Rotex, DeWalt 443, etc.

Estas máquinas são máquinas para trabalho contínuo e muito potentes. Em todo o caso permitem trabalhos

de precisão, tais como polimento. Como vantagem principal em relação às anteriores temos a ergonomia:

são mais compactas e equilibradas.

1.3. O que devo procurar numa lixadora?

Queremos utilizar uma lixadora de madeira para polir superfícies pintadas em automóveis. Por isso mesmo

nem todas servem.

Normalmente queremos uma máquina com um prato entre 125mm e os 150mm. Existem várias razões:

tanto pela dimensão das esponjas mais adequadas (falaremos a seguir), como pela superfície a tratar (curvas

e etc), como pela potência da máquina, como pela aplicação de acabamento (que é para isso que vai servir).

A máquina deve ter regulação de velocidade: seja por gatilho electrónico ou por potênciómetro. A segunda

opção resulta numa operação mais cómoda.

O intervalo de velocidades da máquina deve estar entre as 3000 OMPs e as 6000OMPs. Máquinas que fazem

4000-12000 já servem, se bem que se deve ter sempre em mente que temos uma máquina um pouco

desajustada e por isso devemos operá-la com cuidados.

A máquina deve ter um raio de excentricidade próximo dos 5mm.

Não deve ser muito pesada: um peso de mais de 3Kg é excessivo.

Era bom que tivesse estabilização de velocidade. O que é isso? É um mecanismo electrónico que permite

que a máquina faça a mesma velocidade sem carga ou com carga. Ajuda a manter a aplicação de produtos

(polish ou outros) de forma uniforme.

2. Polimento com orbital

Depois de ter a máquina, vamos polir!

Como é que se faz o polimento? O polimento é uma acção de fricção. Esta fricção é o resultado do tipo de

produto (polish ou outro) e do tipo de esponja.

2.1. Esponjas

As esponjas para orbital utilizadas no detalhe são esponjas com base em velcro. Estas esponjas existem em

várias densidades e permitem aplicar os polihes (ou outros produtos) de forma eficaz.

As esponjas caiem em três categorias: corte, polimento e acabamento.

Existem varias escolhas de esponjas disponíveis no detalhe. A escolha da esponja deve ser feita conforme o

estado da superfície a tratar e também consoante a dimensão do prato. Normalmente deixa-se cerca de um

centímetro entre o prato e a esponja, tendo esta sempre um diâmetro superior ao do prato. Isto deve-se,

obviamente, a questões de segurança no trabalho - não queremos que o prato de velcro atinja a superfíce a

tratar!

2.1.1. Corte

A esponja de corte é uma esponja densa que permite uma acção mais abrasiva.

Normalmente recorre-se ao corte para remover defeitos mais sérios da pintura. Muitas vezes usa-se este

tipo de esponja em conjunto com os polishes mais abrasivos. Tudo depende das condições da pintura a

tratar. Cada caso é um caso!

2.1.2. Polimento

A esponja de polimento é, como o nome indica, para polir. Queremos deixar a superfície uniforme, o verniz

transparente e brilhante. É para isto mesmo. Normalmente é uma etapa imprescindível no tratamento das

superfícies.

2.1.3. Acabamento

A esponja de acabamento é para acabamentos. Permite deixar a superfície com um brilho vibrante. É

importante nas superfícies de côr escura e não tão essencial nas superfícies de côr clara.

2.2. Produtos

Já sabemos que tipos de esponjas existem, agora, que polishes existem?

Os produtos destinados ao tratamento das superficies pintadas caiem em três grandes categorias:

compound, polish e glazer.

2.2.1. Compound

O compound é o tipo de produto mais abrasivo. É utilizado para retirar marcas de lixagem, defeitos graves.

Normalmente aplica-se com máquina rotativa (não descrita neste guia). Esta gama de produtos tem vários

níveis de abrasividade e normalmente não deixa a superfície com brilho. É possível aplicar alguns tipos de

compound com orbital e com alguma técnica.

O compound disponível no detalhe.net é o Menzerna Power Gloss que tem características especiais. Apesar

de ser destinado a ser aplicado com máquinas de polimento (rotativas), porque é muito fino consegue ser

utilizado com sucesso com orbitais (desde que com alguma velocidade). Também devido às suas

características especiais deixa a superfície com algum brilho.

2.2.2. Polish

O polish destina-se a limpar com profundidade ou a retirar defeitos ligeiros. Por si só deixa brilho e

uniformidade.

Existem em vários níveis de abrasividade nos polishes. O 1Z UPP (Ultra Paint Polish) é o mais abrasivo.

Depois vem o 1Z PP (Paint Polish) ou o Menzerna IP (Intensive Polish). Ainda existem o 1Z MP (Metalic

Polish) e o Menzerna FF (Final Finish).

2.3. Que produto/esponja aplico?

A escolha da variável esponja e da variável produto deve ser decidida antes de polir. Na generalidade dos

casos inicia-se com a esponja de polimento e com o produto de abrasividade média, ou seja, o polish (1Z PP

ou Menzerna IP).

Dependendo da situação em mãos pode-se aumentar ou diminuir a abrasividade através da esponja, através

do produto ou de ambos.

Esta questão é difícil de explicar. Normalmente requer a experiência para sabermos o que funciona em

determinadas situações e o que não funciona noutras.

É importante nunca aplicar nenhum conjunto mais abrasivo do que o necessário.

2.3.1. Carro com pintura nova ou carro tratado

Se o carro tiver uma pintura jovem devemos em primeiro lugar deixar curar a tinta. Normalmente leva entre

um a dois meses. Os puristas falam em seis. Durante este tempo é importante tomar bem conta da pintura,

pois não está protegida e queremos que fique imaculada até ao tratamento. É aconselhável ser lavado todas

as semanas com cuidado.

Se o carro já foi tratado e queremos apenas fazer o polimento de manutenção, podemos seguir a partir

daqui.

Chegando à altura do tratamento podemos aplicar o detalhe completo (fora do âmbito deste guia). Na fase

de polimento e como a superfície está em condições, basta aplicar produtos pouco abrasivos. Normalmente

o 1Z MP é mais que suficiente para remover marcas da plasticina e pequenas sujidades.

Se o carro está isento de swirls também poderemos recorrer aos polishes químicos (Grojet ou PwC). Estes

conseguem limpar a superfície e deixá-la com um aspecto impecável.

2.3.2. Carro nunca polido

Um carro nunca polido está claramente a necessitar de cuidados. Dependendo do tempo de vida e seu

estado, podemos (regra geral) aplicar inicialmente um polish médio: PP ou IP. Depois de uma aplicação pode

decidir-se se foi suficiente, se mais uma ou duas passagens são suficientes ou se é mesmo necessário

aumentar a abrasividade da combinação esponja/produto.

Aconselha-se sempre a não aplicar mais abrasividade do que a necessária. Muitas vezes vale mais a pena

aplicar duas ou três vezes um polimento médio do que ir directamente a um abrasivo. A camada de verniz

protector da pintura é muito fina e não há necessidade em diminuí-la. Mais tarde fará falta!

2.4. Como faço o polimento?

Estando a esponja limpa e seca deve-se aplicar uma ou duas borrifadelas de QD. De seguida aplica-se o

produto na esponja a usar, ou em pontos da esponja espalhados ou num circulo a meio da esponja.

Espalha-se o produto na superfície a tratar, com a máquina desligada, numa secção de 60cm por 60cm. Com

a máquina poisada na superfície ligamo-la e trabalha-se o produto.

Sempre avançando devagar, deve-se percorrer um quadrado imaginário numa direcção. Quando se chega ao

fim do quadrado numa passagem, volta-se para trás deixando que a esponja volte a cobrir metade do que a

passagem anterior cobriu. Quando se chega ao fim do quadrado, segue-se na direcção perpendicular.

Continua-se nesta rotina até que o produto comece a apresentar indícios de ficar seco ou desaparecer. Aí

pára-se. Depois basta retirar o excesso com um pano microfibras limpo e seco.

2.5. Que velocidade devo imprimir?

Para efeitos de corte superior devemos usar de velocidades mais elevadas, enquanto que para polir usamos

velocidades intermédias. Para aplicar produtos de finalização, recomendam-se as velocidades mais baixas.

3. Notas finais

Nunca se devem misturar produtos diferentes na mesma esponja e/ou no mesmo pano. Devem-se sempre

utilizar panos distintos para produtos distintos e o mesmo com as esponjas.

Os panos, como todos sabem, podem ser lavados na máquina. As esponjas da orbital não. O ideal é lavar

com água morna e detergente da loiça. Fazem-se algumas passagens com detergente e no fim enxagua-se

muito bem. A secagem é feita ao ar.

As esponjas, depois de lavadas e secas (tal como os panos), podem ser utilizadas com outros produtos.