atividades para o 3fa

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Antes de fazer esses exercícios de interpretação de texto, não deixe de pensar um pouco nessas dicas que coloco abaixo. Bons estudos. DICAS DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 01. Ler todo o texto; 02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura; 03. Ler o texto pelo menos umas três vezes; 04. Ler com perspicácia, sutileza; 05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 06. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor; 07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão; 08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente; 09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão; 10. Marcar a resposta correta apenas quando for entregar os exercícios. Vamos aos exercícios então. TEXTO XX Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco. (Machado de Assis, in Memórias Póstumas de Brás Cubas) 1) Pode-se afirmar, com base nas ideias do autor-personagem, que se trata: a) de um texto jornalístico b) de um texto religioso c) de um texto científico d) de um texto autobiográfico e) de um texto teatral 2) Para o autor-personagem, é menos comum: a) começar um livro por seu nascimento. b) não começar um livro por seu nascimento, nem por sua morte. c) começar um livro por sua morte.

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Page 1: Atividades Para o 3fa

Antes de fazer esses exercícios de interpretação de texto, não deixe de pensar um pouco nessas dicas que coloco abaixo. Bons estudos.

DICAS DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

01. Ler todo o texto;02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura;03. Ler o texto pelo menos umas três vezes;04. Ler com perspicácia, sutileza;05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;06. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão;08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente;09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;10. Marcar a resposta correta apenas quando for entregar os exercícios.

Vamos aos exercícios então.

TEXTO XX

Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco. (Machado de Assis, in Memórias Póstumas de Brás Cubas)

1) Pode-se afirmar, com base nas ideias do autor-personagem, que se trata: a) de um texto jornalístico b) de um texto religioso c) de um texto científico d) de um texto autobiográfico e) de um texto teatral

2) Para o autor-personagem, é menos comum: a) começar um livro por seu nascimento. b) não começar um livro por seu nascimento, nem por sua morte. c) começar um livro por sua morte. d) não começar um livro por sua morte. e) começar um livro ao mesmo tempo pelo nascimento e pela morte.

3) Deduz-se do texto que o autor-personagem: a) está morrendo. 

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b) já morreu. c) não quer morrer. d) não vai morrer. e) renasceu.

4) A semelhança entre o autor e Moisés é que ambos: a) escreveram livros. b) se preocupam com a vida e a morte. c) não foram compreendidos. d) valorizam a morte. e) falam sobre suas mortes.

5) A diferença capital entre o autor e Moisés é que:  a) o autor fala da morte; Moisés, da vida. b) o livro do autor é de memórias; o de Moisés, religioso. c) o autor começa pelo nascimento; Moisés, pela morte. d) Moisés começa pelo nascimento; o autor, pela morte. e) o livro do autor é mais novo e galante do que o de Moisés.

6) Deduz-se pelo texto que o Pentateuco: a) não fala da morte de Moisés. b) foi lido pelo autor do texto. c) foi escrito por Moisés. d) só fala da vida de Moisés. e) serviu de modelo ao autor do texto.

7) Autor defunto está para campa, assim como defunto autor para: a) intróito b) princípio c) cabo d) berço e) fim

8) Dizendo-se um defunto autor, o autor destaca seu (sua): a) conformismo diante da morte ; b) tristeza por se sentir morto c) resistência diante dos obstáculos trazidos pela nova situação d) otimismo quanto ao futuro literário e) atividade apesar de estar morto

TEXTO XXI

Segunda maior produtora mundial de embalagem longa  vida, a SIG Combibloc, principal divisão do grupo suíço SIG, prepara a abertura de uma fábrica no Brasil. A empresa, responsável por 1 bilhão do 1,5 bilhão de dólares de faturamento do grupo, chegou ao país há dois anos disposta 5 a brigar com a líder global, Tetrapak, que detém cerca de 80% dos negócios nesse mercado. Os estudos para a implantação da fábrica foram recentemente concluídos e apontam para o Sul do país, pela facilidade logística junto ao Mercosul. Entre os oito atuais clientes da Combibloc na região estão a Unilever, com a marca de

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atomatado Malloa, no Chile, e a 10 italiana Cirio, no Brasil. (Denise Brito, na Exame, dez./99)

9) Segundo o texto, a SIG Combibloc: a) produz menos embalagem que a Tetrapak. b) vai transferir suas fábricas brasileiras para o Sul. c) possui oito clientes no Brasil. d) vai abrir mais uma fábrica no Brasil. e) possui cliente no Brasil há dois anos, embora não esteja instalada no país.

10) Segundo o texto: a) O Mercosul não influiu na decisão de instalar uma fábrica no Sul. b) a SIG Combibloc está entrando no ramo de atomatado. c) a empresa suíça SIG ocupa o 2o lugar mundial na produção de embalagem longa vida.d) a Unilever é empresa chilena. e) a SIG Combibloc detém 2/3 do faturamento do grupo.

11) Os estudos apontam para o Sul porque: a) o clima favorece a produção de embalagens longa vida. b) está próximo aos demais países que compõem o Mercosul. c) a Cirio já se encontra estabelecida ali. -v-.v. d) nos países do Mercosul já há clientes da Combibloc. e) o Sul é uma região desenvolvida e promissora.

12) “...que detém cerca de 80% dos negócios nesse mercado.” (/. 5-6) Das alterações feitas nessa passagem do texto, a que não mantém o sentido original é: a) a qual detém cerca de 80% dos negócios em tal mercado. b) que possui perto de 80% dos negócios nesse mercado.  c) que detém aproximadamente 80% dos negócios em tais mercados. d) a qual possui aproximadamente 80% dos negócios nesse mercado. e) a qual detém perto de 80% dos negócios nesse mercado.

13) “...e apontam para o Sul do país...” O trecho destacado só não pode ser entendido, no texto, como: a) e indicam o Sul do pai b) e recomendam o Sul do país c) e incluem o Sul do país d) e aconselham o Sul do país e) e sugerem o Sul do país

TEXTO XXII

Pode dizer-se que a presença do negro representou sempre fator obrigatório no desenvolvimento dos latifúndios coloniais. Os antigos moradores da terra foram, eventualmente, prestimosos colaboradores da indústria extrativa, na caça, na  pesca,  em  determinados  ofícios 5 mecânicos e na criação do gado. Dificilmente se acomodavam, porém, ao trabalho acurado e metódico que exige a exploração dos canaviais. Sua tendência espontânea era para as atividades menos sedentárias e que pudessem exercer-

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se sem regularidade forçada e sem vigilância e fiscalização de estranhos. (Sérgio Buarque de Holanda, in Raízes)

14) Segundo o autor, os antigos moradores da terra: a) foram o fator decisivo no desenvolvimento dos latifúndios coloniais. b) colaboravam com má vontade na caça e na pesca. c) não gostavam de atividades rotineiras. d) não colaboraram com a indústria extrativa. e) levavam uma vida sedentária.

15) “Trabalho acurado” (l. 6) é o mesmo que: a) trabalho apressado b) trabalho aprimorado c) trabalho lento d) trabalho especial e) trabalho duro

16) Na expressão “tendência espontânea” (/. 7), temos uma(a): a) ambigüidade b) cacofonia c) neologismo d) redundância e) arcaísmo

17) Infere-se do texto que os antigos moradores da terra eram: a) os portugueses b) os negros c) os índios d) tanto os índios quanto os negros e) a miscigenação de portugueses e índios

18) Pelo visto, os antigos moradores da terra não possuíam muito (a):  a) disposição b) responsabilidade c) inteligência d) paciência e) orgulho 

TEXTO XXIII

Com todo o aparato de suas hordas guerreiras, não conseguiram as bandeiras realizar jamais a façanha levada a cabo pelo boi e pelo vaqueiro. Enquanto que aquelas, no desbravar, sacrificavam indígenas aos milhares, despovoando  sem  fixarem-se,  estes  foram 5 pontilhando de currais os desertos trilhados, catequizando o nativo para seus misteres, detendo-se, enraizando-se. No primeiro caso era o ir e voltar; no segundo, era o ir-e-ficar. E assim foi o curral precedendo a fazenda e o engenho, o vaqueiro e o lavrador, realizando uma obra de conquista dos altos sertões, exclusive a pioneira. (José Alípio Goulart, in Brasil do Boi)

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19) Segundo o texto: a) tudo que as bandeiras fizeram foi feito também pelo boi e pelo vaqueiro. b) o boi e o vaqueiro fizeram todas as coisas que as bandeiras fizeram. c) nem as bandeiras nem o boi e o vaqueiro alcançaram seus objetivos. d) o boi e o vaqueiro realizaram seu trabalho porque as bandeiras abriram o caminho. e) o boi e o vaqueiro fizeram coisas que as bandeiras não conseguiram fazer.

20) Com relação às bandeiras, não se pode afirmar que: a) desbravaram  b) mataram  c) catequizaram d) despovoaram e) não se fixaram

21) Os índios foram: a) maltratados  b) aviltados  c) expulsos d) presos e) massacrados

22) O par que não caracteriza a oposição existente entre as bandeiras e o boi e o vaqueiro é: a) aquelas (/. 3) / estes (/. 4) b) ir-e-voltar (/. 6/7) / ir-e-ficar (/. 7) c) no primeiro caso (/. 6) / no segundo (/. 7) d) enquanto (/. 3) / e assim [1.7)  e) despovoando (/. 4) / pontilhando (/. 5)

23) “...catequizando o nativo para seus misteres...” Das alterações feitas na passagem acima, a que altera basicamente o seu sentido é: a) doutrinando o indígena para seus misteres b) catequizando o aborigine para suas atividades c) evangelizando o nativo para seus ofícios d) doutrinando o nativo para seus cuidados e) catequizando o autóctone para suas tarefas

24) O elemento conector que pode substituir a preposição com (/. 1), mantendo o sentido e a coesão textual, é: a) mesmo  b) não obstante  c) de d) a respeito de e) graças a

25) “...o aparato de suas hordas guerreiras...” sugere que as conquistas dos bandeirantes ocorreram com: a) organização e violência b) rapidez e violência 

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c) técnica e profundidade d) premeditação e segurança e) demonstrações de racismo e violência

TEXTO XXIV

Você se lembra da Casas da Banha? Pois é, uma pesquisa mostra que mais de 60% dos cariocas ainda se recordam daquela que foi uma das maiores redes de supermercados do país, com 224 lojas e 20.000 funcionários, desaparecida no início dos anos 90. Por isso, seus antigos 5 donos, a família Velloso, decidiram ressuscitá-la. Desta vez, porém, apenas virtualmente. Os Velloso fizeram um acordo com a GW.Commerce, de Belo Horizonte, empresa que desenvolve programas para supermercados virtuais. Em troca de uma remuneração sobre o faturamento, A GW gerenciará as vendas para a família Velloso. A família cuidará apenas das 10 compras e das entregas. (José Maria Furtado, na Exame, dez./99)

26) Segundo o texto, a família Velloso resolveu ressuscitar as Casas da Banha porque: a) a rede teve 224 lojas e 20.000 funcionários. b) a rede foi desativada no início dos anos 90. c) uma empresa do ramo de programas para supermercados propôs um acordo vantajoso, em que a rede só entraria com as compras e as entregas. d) mais da metade dos cariocas não esqueceram as Casas da Banha. e) a rede funcionará apenas virtualmente.

27) A palavra ou expressão que justifica a resposta ao item anterior é: a) Você (/. 1) . ,.. . b) desaparecida (/. 4) c) Por isso (/. 4) d) Desta vez (/. 5) e) acordo {l. 6)

28) “Desta vez, porém, apenas virtualmente.” Com a passagem destacada acima, entende-se que as Casas da Banha: a) funcionarão virtualmente, ou seja, sem fins lucrativos. b) não venderão produtos de supermercado. c) estão associando-se a uma empresa de informática. d) estão mudando de ramo. e) não venderão mais seus produtos em lojas.

29) O pronome “Ia” (/. 5) não pode ser, semanticamente, associado a: a) Casas da Banha (/. 1) b) pesquisa (/. 1) c) daquela (/. 2) d) uma (/. 3) e) desaparecida (/. 4) 

TEXTO XXV

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A fábrica brasileira da General Motors em Gravataí, no Rio Grande do Sul, será usada como piloto para a implementação do novo modelo de negócios que está sendo desenhado mundialmente pela montadora. A meta   da   GM    é    transformar-se    numa    companhia    totalmente 5 voltada para o comércio eletrônico. A partir do ano 2000, a Internet passará a nortear todos os negócios do grupo, envolvendo desde os fornecedores de autopeças até o consumidor final. “A planta de Gravataí representa a imagem do futuro para toda a GM”, afirma Mark Hogan, ex-presidente da filial brasileira e responsável pela nova divisão e-GM. (Lidia Rebouças, na Exame, dez./99)

30) Segundo o texto: a) a GM é uma empresa brasileira instalada em Gravataí. b) a montadora fez da fábrica brasileira de Gravataí um modelo para todas as outras fábricas espalhadas pelo mundo. c) no Rio Grande do Sul, a GM implementará um modelo de fábrica semelhante ao que está sendo criado em outras partes do mundo. d) a fábrica brasileira da GM vinha sendo usada de  acordo com o modelo mundial, mas a montadora pretende alterar esse quadro. e) a GM vai utilizar a fábrica do Rio Grande do Sul como um protótipo do que será feito em termos mundiais.

31) A opção que contraria as idéias contidas no texto é: a) A GM vai modificar, a partir de 2000, a forma de fazer negócios. b) Será grande a importância da Internet nos negócios da GM. c) O consumidor final só poderá, a partir de 2000, negociar pela Internet. d) O comércio eletrônico está nos planos da GM para o ano 2000. e) A fábrica brasileira é considerada padrão pelo seu ex-presidente.

32)Deduz-se, pelo texto, que a fábrica brasileira: a) será norteada pela Internet. b) terá seu funcionamento modificado para adaptar-se às necessidades do mercado. c) será transferida para Gravataí. d) estará, a partir de 2000, parcialmente voltada para o comércio eletrônico. e) seguirá no mesmo ritmo de outras empresas da GM atualmente funcionando no mundo.

33) Por “implementação” (/. 2), pode-se entender: a) complementação b) suplementação c) exposição d) realização e) facilitação

34) Segundo as idéias contidas no texto, a transformação que se propõe a GM: a) não tem apoio dos fornecedores. b) tem apoio do consumidor final. c) tem prazo estabelecido. d) é inexeqüível. e) não tem lugar marcado.  

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1- d  2-c  3- b  4- e  5- d  6- c  7- d 8- e 9- e 10- e 11- b  12- c 13- c 14- c 15- b  16- d  17- c 18- b  19- e  20- c  21- e  22- d  23- d  24- b  25- a  26- d  27- c 28- e 29- b  30- e 31- c 32- a  33- d  34- c

Mais uma vez trago um exercício de interpretação de textos. Muitos reclamam que têm dificuldades com esse tipo de atividade, mas é preciso entender que somente a prática, o contato constante com textos e também o estudo da gramática normativa é que farão com que o estudante conheça as possibilidades de construção e interpretação dos textos. Boa sorte nessa atividade. Ao final, coloco o gabarito.

QUE PAÍS...Dissecando os gastos públicos no Brasil, um economista descobriu barbaridades no Orçamento da União deste ano. Por exemplo:Considerada a despesa geral da Câmara, cada deputado federal custa ao país, diariamente, R$ 3.700. Ou R$ 1,3 milhão por ano.Entre os senadores, a loucura é ainda maior, pois o custo individual diário pula para R$ 71.900. E o anual, acreditem, para R$ 26 milhões.Comparados a outras ''rubricas'', os números beiram o delírio. É o caso do que a mesma União despende com a saúde de cada brasileiro - apenas R$ 0,36 por dia.E, com a educação, humilhantes R$ 0,20.Ricardo Boechat, JB, 6/11/01

01 Considerando o sentido geral do texto, o adjetivo que substitui de formaINADEQUADA os pontos das reticências do título do texto é:A) autoritário;B) injusto;C) estranho;D) desigual;E) incoerente.      02 O gerúndio da primeira frase pode ter como forma verbal desenvolvida adequada ao texto:A) embora dissecasse;B) porque dissecou;C) enquanto dissecava;D) já que dissecou;E) logo que dissecou.      03 O termo ''gastos públicos'' se refere exclusivamente a:A) despesas com a educação pública;B) pagamentos governamentais;C) salários da classe política;D) gastos gerais do Governo;E) investimentos no setor oficial.      04 A explicação mais plausível para o fato de o economista citado no texto não ter sido identificado é:

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A) não ser essa uma informação pertinente;B) o jornalista não citar suas fontes de informações sigilosas;C) evitar que o economista sofra represálias;D) desconhecer o jornalista o nome do informante;E) não ser o economista uma pessoa de destaque social.      05 O item do texto em que o jornalista NÃO inclui termo que indique sua opinião sobre o conteúdo veiculado pelo texto é:A) ''...um economista descobriu barbaridades no Orçamento da União...'';B) ''Entre os senadores, a loucura é ainda maior...'' ;C) ''E com a educação, humilhantes R$ 0,20'';D) ''...os números beiram o delírio.'';E) ''...cada deputado federal custa ao país, diariamente, R$3.700.''.      06 O Orçamento da União é um documento que:A) esconde a verdade da maioria da população;B) só é consultado nos momentos críticos;C) mostra a movimentação financeira do Governo;D) autoriza os gastos governamentais;E) traz somente informações sobre as casas do Congresso.      07 Os exemplos citados pelo jornalista:A) atendem a seu interesse jornalístico;B) indicam dados pouco precisos e irresponsáveis;C) acobertam problemas do Governo;D) mostram que os gastos com a classe política são desnecessários;E) demonstram que o país não dispõe de recursos suficientes para as despesas.      08 ''Considerada a despesa geral da Câmara, cada deputado federal custa ao país, diariamente, R$3.700.''; o cálculo para se chegar ao custo diário de cada deputado federal foi feito do seguinte modo:A) a despesa geral da Câmara foi dividida pelo número de deputados federais;B) a despesa com os deputados federais foi dividida igualmente por todos eles;C) os gastos gerais da Casa foram repartidos por todos os funcionários;D) os gastos da Câmara com os deputados foram divididos pelo seu número total;E) as despesas gerais da Câmara foram divididas entre os deputados federais.      09 Na oração ''Ou R$ 1,3 milhão por ano.'':A) o termo milhão deveria ser substituído por milhões;B) a conjunção ou tem valor de retificação do termo anterior;C) o signo $ se refere ao dólar americano;D) o termo milhão concorda com a quantidade da fração;E) o numeral 1,3 é classificado como multiplicativo.      10 ''Comparados a outras 'rubricas', os números beiram o delírio.''; o comentário correto sobre o significado dos elementos desse segmento do texto é:A) o termo rubricas, escrito entre aspas, tem valor irônico;B) o delírio refere-se aos gastos ínfimos com saúde e educação;C) as outras rubricas referidas no texto são a educação e a saúde;

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D) comparados com a educação, os gastos citados são humilhantes;E) os números referem-se à grande quantidade de deputados e senadores.            GABARITO01-A | 02-C | 03-D | 04-A | 05-E | 06-C | 07-A | 08-A | 09-D | 10-C

Instruções para as questões de números 1 a 6.

Cada um dos períodos abaixo foi redigidos de cinco formas diferentes. Leia-os todos com

a tenção e selecione a letra que corresponde ao período que tem melhor redação,

considerando correção, clareza, concisão ,elegância.

01 - (SJRP-JUNDIAÍ)

a) Um sentimento pungente me dominava, abafando uma vaga, uma imprecisa sensação

de sarcasmo.

b) Eu sentia duas coisas: uma imprecisa sensação de sarcasmo e um sentimento

pungente que, ao dominar-me, abafava o mesmo.

c) Uma imprecisa e vaga sensação sarcástica me abafava a pungência que me dominava.

d) O sarcasmo impreciso e vago era abafado pelo sentimento que eu sentia, pungente

dentro de mim.

e)Tão pungente que era, denominava-me um sentimento que abafava a sensação de

sarcasmo, por sua vez, vaga e imprecisa.

02 - (SJRP-JUNDIAÍ)

a)A pouco a pouco, eis que vão desaparecendo do nosso litoral do Ceará as dunas, que

restavam como derradeiro recurso natural doa últimos que o homem não tocou.

b)As constas Cearenses estão perdendo aos poucos as dunas, que o homem deixou em

último lugar, dos recursos naturais que ele mesmo vai destruindo.

c)As dunas que representam um dos últimos recursos naturais intocados pelo homem,

estão desaparecendo pouco a pouco da costa cearense.

d)No Ceará, vão sumindo pouco por pouco os recursos naturais de que as dunas são um

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deles, mas o homem vai pondo a perder, o litoral

e)Por obra do homem, os recursos naturais entre os quais as dunas da costa do Ceará,

vão sendo destruídas aos poucos

03 - (SJRP-JUNDIAÍ)

a)A política externa americana, depois da guerra, precisa fornecer aos seus presidentes

um triunfo ribombante, para que em política interna os mesmos criem uma boa imagem

de si..

b)As imagens dos presidentes americanos, como se viu depois da guerra, só ficam boas

internamente quando um sucesso enorme externamente contribui para tal melhoria.

c)Após a guerra, o exemplo que se vê é esse, que todos os presidentes americanos

melhorem sua imagem interna às custas de uma política externa capaz de fazê-lo.

d)Em termos de imagem interna, sucede aos presidentes americanos que, no período de

pós-guerra, só uma política externa favorável consegue melhorar a mesma.

e)A julgar pelos exemplos de pós-guerra, todo presidente americano precisa de um triunfo

retumbante em política externa para firmar a sua imagem no plano interno

04 - (SJRP-JUNDIAÍ)

a)Empurradas por ventos de mais de 60 quilômetros horários, as dunas, em alguns

trechos, chegaram a avançar até 300 metros.

b)Os ventos, de até mais de 60 quilômetros por hora, empurraram as dunas, avançando-

as em certos pontos de até 300 metros.

Page 12: Atividades Para o 3fa

c)As dunas que são empurradas por ventos que ultrapassam 60 quilômetros à hora ,

ocuparam trechos que avançam até 300 metros.

d)A velocidade de mais de 60 quilômetros à hora imprimem um impulso nas dunas em

alguns trechos, cobrindo uma faixa de até 300 metros, devido ao vento.

e)Cerca de 300 metros de certos trechos, foram cobertos pelas dunas que avançavam;

tendo sido empurradas pelo vento de mais de 60 quilômetros horários.

05 - (SJRP-JUNDIAÍ)

a)Impossível dizer, no que tange ao atual movimento poético, a extensão e sua

persistência.

b)A persistência e extensão do movimento poético da atualidade é impossível determinar.

c)É impossível determiná-los, com relação à persistência e extensão do movimento

poético contemporâneo.

d)Não é possível determinar nem a extensão nem a persistência do atual movimento

poético.

e)É impossível determinar a extensão como a persistência da atualidade da poesia que

nele se faz.

06 - (SJRP-JUNDIAÍ)

a)Esta presente geração hodierna, se guardar o entusiasmo, terá o futuro em suas mãos.

b)Na mão do jovem está o futuro, senão afrouxar seu entusiasmo.

c)Contando que lhe não afrouxe o entusiasmo, a geração atual tem nas mãos o futuro.

d)Se não lhe afrouxar o entusiasmo, o futuro pertence à mão do jovem atual.

e)Guardando o entusiasmo, será esta a condição par que a geração atual tenha ao futuro

nas mãos.

Instruções para as questões de número 7 a 10.

Essas questões referem-se à compreensão de leitura. Leia atentamente cada uma delas e

assinale a alternativa que esteja de acordo com o texto. Baseie-se exclusivamente nas

informações nele contidas.

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07 - (UEMT-LONDRINA) “Não muito remota é a conquista pedagógica que consiste na

interpretação psicológica da criança como criança, e não como adulto em miniatura. Até

então, a criança tinha sido considerada do ponto de vista do adulto, olhada como um

adulto ante um binóculo invertido; aquilo que fosse útil ao inútil par o adulto, igualmente o

seria, guardadas as devidas proporções para a criança.”

Segundo o texto:

a)O comportamento da criança é a uma antecipação do comportamento do adulto.

b)Atualmente, a pedagogia considera a criança um ser qualitativamente diferenciado do

adulto.

c)A pedagogia moderna, para interpretar o comportamento do adulto, tem que reportar-se

à infância.

d)Para a corrente pedagógica moderna, a não ser por uma questão de grau, a motivação

intrínseca da criança é a mesma que a do adulto.

e) O comportamento humano é explicado por fatores que são os mesmo tanto par a

criança quanto para o adulto.

08 - (UEMT-LONDRINA) “Para vendermos produtos, mesmos mais baratos, os salários

das classes mais baixas precisariam ser maiores.”

Conclui-se do texto que:

a)As classe pobres podem comprar apenas os produtos cujo preço foi sensivelmente

reduzidos.

b)O fato de os salários serem baixos induz as classes pobres à indiferença diante de suas

necessidade do consumo..

c)As calasses pobres, em face de seus baixos vencimentos, não se importam com a

qualidade dos produtos que consomem

d)As classes pobres se endividam demasiadamente, já que, por força dos baixos salários

que recebem, têm poder aquisitivo muito reduzido.

e)A redução do preço dos produtos não é suficiente para colocá-los ao alcance dos

salários das classes mais baixas.

09 - (UEMT-LONDRINA) “A idéia de que diariamente, cada hora, a cada minuto e em cada

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lugar se realizam milhares de ações que me teriam profundamente interessado, de que eu

deveria certamente tomar conhecimento e que, entretanto, jamais me serão comunicadas

– basta par tirar o sabor a todas as perspectivas de ação que encontro a minha frente. O

pouco que eu pudesse obter não compensaria jamais esse infinito perdido.”

De acordo com o texto , para o autor:

a)a consciência da impossibilidade de participar de todos os acontecimentos diminui a

importância de seus atos.

b)O interesse que o indivíduo manifesta em participar dos acontecimentos é maior que sua

capacidade par dirigi-los.

c)O mundo ganha valia com o conjunto das ações humanas, mas destrói o sabor que a

vida possa, individualmente, oferecer aos homens.

d)O mundo não se resolve nos gestos individuais, mas resulta do conjunto da ação

harmoniosa dos indivíduos.

e)A impotência de participar dos acontecimentos de seu tempo traz, como conseqüência, o

descaso pela ação humana.

10 - (UEMT-LONDRINA) “Um dia desta semana, farto de vendavais, naufrágios, boatos,

mentiras, polêmicas, farto de ver como se descompõem os homens, acionistas e

diretores,importadores e industriais, farto de mim, de ti, de todos, de um tumulto sem vida,

de um silêncio sem quietação, peguei de uma página de anúncios (...)".

Dizendo-se farto "de um tumulto sem vida, de um silêncio sem quietação”, o cronista

permite-nos concluir que ele vê o mundo como:

a)incompreensível

b)contraditório

c)autoritário

d)Indiferente

e)Inatingível

Quando Platão considerava os homens, pensava neles, naturalmente, do ponto de vista de

seu próprio interesse pala vida do intelecto. Classificando as forças humanas desde a

amais elevada até a amais baixa, citava em primeiro lugar a razão; depois a coragem, e

por último, os sentidos e os desejos.

Segundo o texto:

11 - (UEMT-LONDRINA)

Page 15: Atividades Para o 3fa

a)A classificação das forças da natureza humana que Platão estabelece decorre de uma

hierarquia de valores universalmente aceitos.

b)As forças humanas, segundo Platão, não podem ser submetidas a hierarquias de

valores.

c)A classificação das forças humanas, como foi concebida por Platão, deu-se em função

da elevada capacidade de intelectual desse filósofo.

d)Os sentidos e os desejos, embora inferiores às outras forças humanas, são

intelectualmente valorizados pelos homens.

e)Platão ao classificar as forças humanas, estabeleceu entre elas uma hierarquia,

alicerçada em critério evidentemente pessoal.

A palavra destacada pode ser substituída, sem alteração do sentido da frase, por:

12 - (UEMT-LONDRINA) Seu caráter insidioso desagradava a gregos e troianos.

a)invejoso

b)mesquinho

c)pérfido

d)irresponsável

e)insinuante

13 - (UEMT-LONDRINA) Os jagunços deslizavam-lhes adiante, impondo todas as fadigas

de uma perseguição improfícua.

a)inútil

b)delituosa

c)selvagem

d)imponderável

e)inoportuna

14 - (UEMT-LONDRINA) Um exame perfunctório do problema traria a solução desejada.

a)superfícial

b)atento

c)arguto

d)consciente

e)imparcial

Page 16: Atividades Para o 3fa

15 - (UEMT-LONDRINA) Nessa edição foram insertos dois capítulos.

a)retirados

b)revistos

c)reescritos

d)impressos

e)introduzidos

16 - (UEMT-LONDRINA) A melodia causava-lhe inefável sensação, talvez de saudade,

talvez de angústia.

a)rara

b)estranha

c)indizível

d)melancólica

e)interminável

17 - (UEMT-LONDRINA) era notória a probidade de sua vida.

a)pobreza

b)honradez

c)mediocridade

d)rotina

e)miséria

18 - (UEMT-LONDRINA) A batuta do maestro fendia airosamente o espaço.

a)aereamente

b)marcialmente

c)desajeitadamente

d)rudemente

e)elegantemente

19 - (UEMT-LONDRINA) Na puerícia, a vida é feita de encantos

Page 17: Atividades Para o 3fa

a)mocidade

b)adolescência

c)pré-puberdade

d)puberdade

e)infância

As questões de 20 a 22 são a respeito do texto abaixo.

“Era uma galinha de Domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da

manhã.Parecia calma. Desde Sábado encolhera-se num canto da cozinha. Não olhava

para ninguém, ninguém olhava para ela... Mesmo quando a escolheram, apalpando sua

intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou magra. Nunca se

adivinharia nela um anseio. Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto

vôo, inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço. Um instante

ainda vacilou – o tempo da cozinheira dar um grito – e em breve estava no terraço do

vizinho, de onde, em outro vôo desajeitado, alcançou um telhado. Lá ficou em adorno

deslocado, hesitando ora num pé ora no outro pé. A família foi chamada com urgência e

consternada viu o almoço junto de uma chaminé. O dono da casa, lembrando-se da dupla

necessidade de fazer esporadicamente algum esporte e de almoçar, vestiu radiante o

calção de banho e resolveu seguir o itinerário da galinha: em pulos cautelosos alcançou o

telhado onde esta hesitante e trêmula escolhia com urgência ouro rumo . A perseguição

tornou-se mais intensa. De telhado a telhado foi percorrido mais de um quarteirão da rua.

Pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida, a galinha tinha que decidir por si mesma

os caminhos a tomar sem nenhum auxílio de sua raça. O rapaz, porém, era um caçador

adormecido. E por mais ínfima que fosse a presa, o grito de conquista havia

soado. Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às

vezes, na fuga, pairava ofegante no beiral de telhado e, enquanto o rapaz galgava outros

comdificuldade, tinha tempo de se refazer por um momento. E então parecia tão

livre. Afinal, numa das vezes em que parou para gozar sua fuga, o rapaz alcançou-a. Entre

gritos e penas, ela foi presa e pousada no chão da cozinha com certa violência.”

20 - (FGV) Indique uma passagem em que o autor alude ironicamente ao recônditos

instintos selvagens do dono da casa.

a)“o rapaz, porém, era um caçador adormecido.

b)“ pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida...

c) “... o rapaz alcançou-a.”

d)“... resolveu seguir o itinerário da galinha...”

21 - (FGV) Indique uma passagem que traduz exatamente o que representava a galinha

para a família.

Page 18: Atividades Para o 3fa

a)“... ninguém olhava par ela...”

b)“foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas...”

c)“... viu o almoço junto de uma chaminé...”

d)nenhuma das alternativas anteriores

22 - (FGV) A fuga da galinha causa consternação à família porque:

a)ao alcançar o telhado, “lá ficou em adorno deslocado...”

b)“nunca se adivinharia nela um anseio.”

c)Estava “sozinha no mundo, sem pai nem mãe...”

d)“era uma galinha de domingo

As questões de 23 a 25 são a respeito do texto abaixo:

“Não tendo assistido à inauguração dos bondes elétricos, deixei de falar neles. Nem

sequer entrei em algum, mais tarde, para receber as impressões da nova atração e contá-

las. Daí o meu silêncio da outra semana. Anteontem, porém, indo pela praia da Lapa, em

um bonde comum, encontrei um dos elétricos, que descia. Era o primeiro que estes meus

olhos viam andar. Para não mentir, direi que o que me impressionou, antes da eletricidade,

foi o gesto do cocheiro. Os olhos do homem passavam por cima da gente que ia no meu

bonde, com um grande ar de superioridade, Posto não fosse feio, não era as prendas

físicas que lhe davam aquele aspecto. Sentia-se nele convicção de que inventara, não só

o bonde elétrico, mas a própria eletricidade. Não é meu ofício censurar as meias glórias ou

glórias de empréstimo, como lhe queiram chamar espíritos vadios. As glórias de

empréstimo, se não valem tanto como as de plena propriedade, merecem sempre alguma

mostra de simpatia. Para que arrancar um homem a essa agradável sensação? Que tenho

para lhe dar em troca? Em seguida, admirei a marcha serena do bonde, deslizando como

os barcos dos poetas, ao sopro da brisa invisível e amiga. Mas, como íamos em sentido

contrário, não tardou que nos perdêssemos de vista, dobrando ele para o largo da Lapa e

rua do Passeio, e entrando eu na rua do Catete. Nem por isso o perdi de memória. A gente

do meu bonde ia saindo aqui e ali, outra gente estava adiante e eu pensava no bonde

elétrico.”

(Machado de Assis – A Semana – Rio, Jacksom, 1955)

23 - (FGV) Para Machado de Assis, o conforto do bonde elétrico:

a)não vale “a marcha serena” do bonde comum.

Page 19: Atividades Para o 3fa

b)Compensa as “meias glórias” ou “glorias inteiras.

c)Impressionou menos do que a atitude do cocheiro.

d)Não poderia ser trocado pela “agradável sensação”

proporcionada pelo bonde comum

24 - (FGV) Para o autor, o “ar de superioridade “ do cocheiro devia-se.

a)à certeza íntima de que inventara a eletricidade.

b)Às suas prendas físicas, pois não era feio.

c)Às suas prendas físicas, embora fosse feio.

d)Ao advento da eletricidade

25 - (FGV) Segundo o texto, o autor considera que:

a)atitudes alheias não devem ser censuradas, pois são “glorias de empréstimos”

b)mesmo os bondes comuns merecem nossa simpatia e não devem ser desprezados.

c)Só as “glórias de plena propriedade” são válidas.

d)Não vale a pena desfazer uma :” agradável sensação”.

As questões 26 a 27 são a respeito do texto abaixo:

“Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela

revelou pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes a

culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste. E falando assim, compreendo

que perco o tempo. Com efeito, se me escapa o retrato moral de minha mulher, para que

serve esta narrativa? Para nada, mas sou forçado a escrever. Quando os grilos cantam,

sento-me aqui à mesa da sala de jantar, bebo café, acendo o cachimbo. Às vezes as

idéias não vêm, ou vêm muito numerosas- e a folha permanece meio escrita, como estava

na véspera. Releio algumas linhas, que me desagradam. Não vale a pena tentar corrigi-

las. Afasto o papel. Emoções indefiníveis me agitam – inquietação terrível, desejo doido de

voltar, de tagarelar novamente com Madalena, como fazíamos todos os dias, a esta hora.

Saudade? Não, não é isto: é desespero, raiva, um peso enorme no coração. Procuro

recordar o que dizíamos. Impossível. As minhas palavras eram apenas palavras,

reprodução imperfeita de fatos exteriores, e as dela tinham alguma coisa que não consigo

exprimir. Para senti-las melhor, eu apagava as luzes, deixava que a sombra nos

envolvesse até ficarmos dois vultos indistintos na escuridão.”

Page 20: Atividades Para o 3fa

(Graciliano Ramos – São Bernardo – São Paulo, Liv.Martins Editora)

26 - (FGV) Segundo o texto, o narrador não pôde conhecer totalmente sua esposa,

Madalena, sobretudo:

a)porque ela nunca se revelou inteiramente.

b)Por causa “desta vida agreste”

c)Por ser sempre agitado por indefiníveis emoções.

d)Porque as palavras são reproduções imperfeitas das inquietações.

27 - (FGV) A narrativa é inútil, porque o narrador:

a)não conseguiu compor um retrato moral de sua esposa.

b)Foi forçado a escrever.

c)Tem uma alma agreste.

d)Não gosta do que escreve.

As questões 28 a 29 são a respeito do texto abaixo:

“Durante muito tempo o único objetivo dos sinais era evitar colisões nos cruzamentos

perigosos. Enquanto havia poucos veículos nas ruas, isso era válido; hoje, porém, a

principalfinalidade dos sinais luminosos é regularizar o tráfego, evitando ao máximo os

transtornos dos congestionamentos. Os sinais luminosos se aperfeiçoaram bastante. Do

sinal manual da Quinta –Avenida chegamos aos sinais controlados por computador que já

existem no Brasil. O mais comum entre nós é o sinal em que cada uma das luzes fica

aberta durante um tempo previamente determinado. Esse é o modelo americano, diferente

de um aparecido inicialmente na Inglaterra, em que o tempo de abertura das luzes varia de

acordo com a intensidade do tráfego: o controle geralmente, se faz por um dispositivo

colocado sobre o pavimento eacionado pelas próprias rodas dos veículos. Mesmo com os

modernos sinais de tempo prefixado ou os avançadíssimos controlados por computador –

cujos modelos mais sofísticados usam até circuitos fechados de televisão para

acompanhar a corrente do tráfego nos locais de intenso movimento – as formas antigas de

controlar o trânsito continuam a ser usadas: dependendo do caso, são ainda mais seguras

e/ ou econômicas. Por isso vemos, em muitas cidades brasileiras e do mundo inteiro,

guardasinaleiros (às vezes atuando junto com o sinal) , sinais luminosos manuais e até

semáforos do tipo primitivo, manuais, ou elétricos.”

Page 21: Atividades Para o 3fa

28 - Do texto se conclui que:

a)nas ruas de tráfego intensos sinais luminosos são acionados pelas próprias rodas dos

veículos.

b)Nas ruas de tráfico intenso guarda-sinaleiros substituem os sinais luminosos;

c)O modelo inglês de sinal luminoso foi adotado há alguns anos pelo governo da

Guanabara;

d) O modelo americano de sinal luminoso é muito usado no Brasil.

29 - Do texto se infere que:

a)os programas de televisão de grande audiência são utilizados para melhor controle do

tráfego.

b)Os dispositivos de controle do tráfego não podem ser acionados pelos guarda-sinaleiros.

c)O aperfeiçoamento dos sinais luminosos não levou a sofisticação das técnicas de

controle de tráfego

d)Como a maior intensidade do tráfego, o objetivo dos sinais luminosos mudou

30 - De acordo com o texto, o sinal luminoso pode ser definido:

a)como um invento que superou as formas antigas de controle de tráfego.

b)Com um invento ultrapassado, que foi superado pelo computador eletrônico.

c)Como um invento destinado a evitar colisões e regularizar o tráfego.

d)Como um invento destinado a auxiliar o trabalho dos guarda-sinaleiros

GABARITO

01)A02)C03)E04)A05)D06)C07)B08)E09)A10)B

Page 22: Atividades Para o 3fa

11)E12)C13)A14)A15)D16)C17)B18)E19)A20)A21)C22)D23)B24)D25)B26)B27)B28)D29)D30)C

Atenção: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto abaixo.

A indiferença da natureza

Eu me lembro do choque e da irritação que sentia, quando criança, ao assistir a

documentários sobre a violência do mundo animal; batalhas mortais entre escorpiões e

aranhas, centenas de formigas devorando um lagarto ainda vivo, baleias assassinas

atacando focas e pingüins, leões atacando antílopes etc. Para finalizar, apareciam as

detestáveis hienas, “rindo” enquanto comiam os restos de algum pobre animal.

Como a Natureza pode ser assim tão cruel e insensível, indiferente a tanta dor e

sofrimento? (Vou me abster de falar da dor e do sofrimento que a espécie dominante do

planeta, supostamente a de maior sofisticação, cria não só para os animais, mas também

para si própria.) Certos exemplos são particularmente horríveis: existe uma espécie de

vespa cuja fêmea deposita seus ovos dentro de lagartas. Ela paralisa a lagarta com seu

veneno, e, quando os ovos chocam, as larvas podem se alimentar das entranhas da

lagarta, que assiste viva ao martírio de ser devorada de dentro para fora, sem poder fazer

nada a respeito. A resposta é que a Natureza não tem nada a dizer sobre compaixão ou

Page 23: Atividades Para o 3fa

ética de comportamento. Por trás dessas ações assassinas se esconde um motivo

simples: a preservação de uma determinada espécie por meio da sobrevivência e da

transmissão de seu material genético para as gerações futuras. Portanto, para

entendermos as intenções da vespa ou do leão, temos que deixar de lado qualquer tipo de

julgamento sobre a “humanidade” desses atos. Aliás, não é à toa que a palavra humano,

quando usada como adjetivo, expressa o que chamaríamos de comportamento decente.

Parece que isentamos o resto do mundo animal desse tipo de comportamento, embora

não faltem exemplos que mostram o quanto é fácil nos juntarmos ao resto dos animais em

nossas ações “desumanas”.

A idéia de compaixão é puramente humana. Predadores não sentem a menor culpa

quando matam as suas presas, pois sua sobrevivência e a da sua espécie dependem

dessa atividade. E dentro da mesma espécie? Para propagar seu DNA, machos podem

batalhar até a morte por uma fêmea ou

pela liderança do grupo. Mas aqui poderíamos também estar falando da espécie humana,

não?

(Marcelo Gleiser, Retalhos cósmicos. S.Paulo: Companhia das Letras, 1999, pp. 75-77)

1. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de Sistemas - Julho/2005

Conforme demonstram as afirmações entre parênteses, o autor confere em seu texto estas

duas acepções distintas ao termo indiferença, relacionado à Natureza:

(A) crueldade (indiferente a tanta dor e sofrimento) e generosidade (o que chamaríamos de

comportamento decente).

(B) hipocrisia (por trás dessa ações assassinas se esconde um motivo simples) e

inflexibilidade (predadores não sentem a menor culpa).

(C)) impiedade (indiferente a tanta dor e sofrimento) e alheamento (não tem nada a dizer

sobre compaixão ou ética de comportamento).

(D) isenção (isentamos o resto do mundo animal desse tipo de comportamento) e pretexto

(para propagar seu DNA).

Page 24: Atividades Para o 3fa

(E) insensibilidade (sua sobrevivência e a da sua espécie dependem dessa atividade) e

determinação (indiferente a tanta dor e sofrimento).

2. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de Sistemas - Julho/2005

Considere as afirmações abaixo.

I. Os atributos relacionados às hienas, no primeiro parágrafo, traduzem nossa visão

“humana” do mundo natural.

II. A pergunta que abre o segundo parágrafo é respondida com os exemplos arrolados

nesse mesmo parágrafo.

III. A frase A idéia de compaixão é puramente humana é utilizada como comprovação da

tese de que a natureza é cruel e insensível.

Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma em:

(A)) I.

(B) II.

(C) III.

(D) I e II.

(E) I e III.

3. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de Sistemas - Julho/2005

Considerando-se o contexto em que se emprega, o elemento em destaque na frase

(A) Vou me abster de falar da dor e do sofrimento traduz a indiferença do autor em

relação ao fenômeno que está analisando.

(B) Por trás dessas ações assassinas se esconde um motivo simples revela o tom de

sarcasmo, perseguido pelo autor.

Page 25: Atividades Para o 3fa

(C) a Natureza não tem nada a dizer sobre compaixão ou ética de

comportamento expõe os motivos ocultos que regem o mundo animal.

(D) Mas aqui poderíamos também estar falando da espécie humana refere-se diretamente

ao que se afirmou na frase anterior.

(E) Por trás dessas ações assassinas esconde-se um motivo simples anuncia uma

exemplificação que em seguida se dará.

4. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de Sistemas - Julho/2005

Considerando-se o choque e a irritação que o autor sentia, quando criança, com as cenas

de crueldade do mundo animal, percebe-se que, com o tipo de argumentação que

desenvolve em seu texto, ele pretende:

(A) justificar sua tolerância, no presente, com a crueldade que efetivamente existe no

mundo natural.

(B)) se valer da ciência adquirida, para fazer compreender como natural a violência que

efetivamente ocorre na Natureza.

(C) se valer da ciência adquirida, para justificar a crueldade como um recurso necessário à

propagação de todas as espécies.

(D) justificar suas intolerâncias de menino, reações naturais diante da efetiva crueldade

que se propaga pelo mundo animal.

(E) se valer da ciência adquirida, para apresentar a hipótese de que os valores morais e

éticos contam muito para o funcionamento da Natureza.

Page 26: Atividades Para o 3fa

5. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de Sistemas - Julho/2005

Quanto à concordância verbal, está inteiramente correta a seguinte frase:

(A) De diferentes afirmações do texto podem-se depreender que os atos de grande

violência não caracterizam apenas os animais irracionais.

(B) O motivo simples de tantos atos supostamente cruéis, que tanto impressionaram o

autor quando criança, só anos depois se esclareceram.

(C) Ao longo dos tempos tem ocorrido incontáveis situações que demonstram a violência e

a crueldade de que os seres humanos se mostram capazes.

(D) A todos esses atos supostamente cruéis, cometidos no reino animal, aplicam-se, acima

do bem e do mal, a razão da propagação das espécies.

(E)) Depois de paralisadas as lagartas com o veneno das vespas, advirá das próprias

entranhas o martírio das larvas que as devoram inapelavelmente.

6. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de Sistemas - Julho/2005

NÃO admite transposição para a voz passiva o seguinte segmento do texto:

(A) centenas de formigas devorando um lagarto.

(B)) ao assistir a documentários sobre a violência do mundo animal.

(C) uma espécie de vespa cuja fêmea deposita seus ovos dentro de lagartas.

(D) Predadores não sentem a menor culpa.

(E) quando matam as suas presas.

7. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de Sistemas - Julho/2005

Page 27: Atividades Para o 3fa

Está inteiramente adequada a articulação entre os tempos verbais na seguinte frase:

(A) Predadores não sentirão a menor culpa a cada vez que matarem uma presa, pois

sabem que sua sobrevivência sempre dependerá dessa atividade.

(B) Se predadores hesitassem a cada vez que tiveram de matar uma presa, terão posto

em risco sua própria sobrevivência, que depende da caça.

(C) Nunca faltarão exemplos que deixassem bem claro o quanto é fácil que nos viessem a

associar aos animais, em nossas ações “desumanas”.

(D) Por trás dessas ações assassinas sempre houve um motivo simples, que estará em vir

a preservar uma determinada espécie quando se for estar transmitindo o material genético.

(E) Ao paralisar a lagarta com veneno, a vespa terá depositado seus ovos nela, e as larvas

logo se alimentariam das entranhas da lagarta, que nada poderá ter feito para impedi-lo.

8. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de Sistemas - Julho/2005

Temos que deixar de lado qualquer tipo de julgamento sobre a “humanidade” desses

atos. O segmento sublinhado no período acima pode ser corretamente substituído, sem

prejuízo para o sentido, por:

(A) nos isentarmos a.

(B) nos eximir para.

(C)) nos abster de.

(D) subtrair-nos em

(E) furtar-nos com.

9. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de Sistemas - Julho/2005

Page 28: Atividades Para o 3fa

Está inteiramente correta a pontuação do seguinte período:

(A) Paralisada pelo veneno da vespa nada pode fazer, a lagarta, a não ser assistir viva à

sua devoração, pelas larvas, que saem dos ovos ali chocados.

(B) Nada pode fazer, a lagarta paralisada, pelo veneno da vespa, senão assistir viva, à sua

devoração pelas larvas que saem dos ovos, e passam a se alimentar, das entranhas da

vítima.

(C) A pobre lagarta, paralisada pelo veneno da vespa assiste sem nada poder fazer, à sua

devoração pelas larvas, tão logo saiam estas dos ovos, que, a compulsória hospedeira,

ajudou a chocar.

(D) Compulsória hospedeira, paralisada pelo veneno da vespa, a pobre lagarta assiste à

devoração de suas próprias entranhas pelas larvas, sem poder esboçar qualquer tipo de

reação.

(E) Sem qualquer poder de reação, já que paralisada pelo veneno da vespa a lagarta,

compulsoriamente, chocará os ovos, e depois se verá sendo devorada, pelas larvas que

abrigou em suas entranhas.

10. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de SistemJulho/2005

Atente para as frases abaixo.

I. Quando criança assistia a documentários sobre a vida selvagem.

II. Tais documentários me irritavam.

III. Nesses documentários exibiam-se cenas de extrema violência.

Essas frases estão articuladas de modo correto e coerente no seguinte período:

(A) Irritavam-me aqueles documentários sobre a vida selvagem que assisti quando

Page 29: Atividades Para o 3fa

criança, nos quais continham cenas que exibiam extrema violência.

(B) Naqueles documentários sobre a vida selvagem, a que quando criança assistia, me

irritava, conquanto exibissem cenas de extrema violência.

(C) Uma vez que exibiam cenas de extrema violência, irritava-me com aqueles

documentários sobre a vida selvagem, assistidos quando criança.

(D) As cenas de extrema violência me irritavam, quando criança, por assistir tais

documentários sobre a vida selvagem, em que eram exibidas.

(E) Os documentários sobre a vida selvagem, a que assistia quando era criança, irritavam-

me porque neles eram exibidas cenas de extrema violência.

11 . TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de SistemJulho/2005

Há uma relação de causa (I) e conseqüência (II) entre as ações expressas nas frases

destacadas em:

(A) I. Para entendermos as intenções da vespa, II. temos que deixar de lado qualquer tipo

de julgamento.

(B) I. Para finalizar, II. apareciam as detestáveis hienas.

(C) I. Isentamos o resto do mundo animal desse tipo de comportamento,

II. embora não faltem exemplos que mostram o quanto é fácil nos juntarmos ao resto dos

animais.

(D) I. as larvas podem se alimentar das entranhas da lagarta, II. que assiste viva ao

martírio de ser devorada de dentro para fora.

Page 30: Atividades Para o 3fa

(E) I. Predadores não sentem a menor culpa, II. quando matam as suas presas.

12. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de Sistemas - Julho/2005

Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados em:

(A) O autor se pergunta por que haveriam de ser cruéis os animais que

aspiram àpropagação da espécie.

(B) Quando investigamos o por quê da suposta crueldade animal, parece de que nos

esquecemos da nossa efetiva crueldade.

(C) À lagarta, de cujo ventre abriga os ovos da vespa, só caberá assistir ao martírio de

sua própria devoração.

(D) Se a idéia de compaixão é puramente humana, não

há porque imputarmos nos animais qualquer traço de crueldade.

(E) Os bichos a cujos atribuímos atos cruéis não fazem senão lançar-se na luta pela

sobrevivência.

13. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de Sistemas - Julho/2005

O emprego das aspas em “rindo” (primeiro parágrafo) deve-se ao fato de que o autor

deseja

(A) remeter o leitor ao sentido mais rigoroso que essa palavra tem no dicionário.

(B) chamar a atenção para a impropriedade da aplicação desse termo, no contexto dado.

Page 31: Atividades Para o 3fa

(C) dar ênfase, tão-somente, ao uso dessa palavra, como se a estivesse sublinhando ou

destacando em negrito.

(D) assinalar o emprego despropositado de um termo que a ninguém, habitualmente,

ocorreria utilizar.

(E) precisar o sentido contrário, a significação oposta à que o termo tem no seu emprego

habitual.

14. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de Sistemas - Julho/2005

O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para

preencher corretamente a lacuna da frase:

(A) Não se ...... (atribuir) às lagartas a crueldade dos humanos, por depositarem os ovos

no interior das vespas.

(B) O que ...... (impelir) os animais a agirem como agem são seus instintos herdados, e

não uma intenção cruel.

(C) Não se ...... (equiparar) às violências dos machos, competindo na vida selvagem, a

radicalidade de que é capaz um homem enciumado.

(D) ...... (caracterizar-se), em algumas espécies animais, uma modalidade de violência que

interpretamos como crueldade.

(E) ...... (ocultar-se) na ação de uma única vespa os ditames de um código genético

comum a toda a espécie.

15. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de Sistemas - Julho/2005

Considerando-se o contexto, o elemento sublinhado pode ser substituído pelo que está

entre parênteses, sem prejuízo para o sentido e a correção da frase, em:

Page 32: Atividades Para o 3fa

(A) Por trás dessas ações assassinas se esconde um motivo simples. (Nessas ações

assassinas infiltra- se)

(B) Apareciam as detestáveis hienas, “rindo” enquanto comiam os restos de algum

pobre animal. (à medida em que devoravam os detritos)

(C) A idéia de compaixão é puramente humana. (restringe-se à espécie humana)

(D) Sua sobrevivência e a da sua espécie dependem dessa atividade. (são permeáveis a

tais iniciativas)

(E) A Natureza não tem nada a dizer sobre compaixão ou ética de comportamento.

(dissimula seu interesse por)

Atenção: As questões de números 16 a 26 baseiam-se no texto que segue.

1º. O Brasil foi jogar bola no Haiti e isso não teve nada a ver com preparação para a

próxima Copa. Quem estava em campo era a diplomacia. Para comprovar, basta ver a

cobertura da televisão: em vez da Fifa, era a ONU que aparecia nas imagens. No lugar do

centroavante, era o presidente do país que atraía a atenção dos repórteres. Não foi a

primeira nem será a última vez em que futebol e política se misturaram. É por causa dessa

proximidade que alguns estudiosos olham para o gramado e enxergam um retrato perfeito

da sociedade. A bola está na moda entre os analistas políticos.

2º Se 22 jogadores em campo podem resumir o mundo, surge então a dúvida: por que

justamente o futebol, e não o cinema ou a literatura? “A arte sempre será produto da

imaginação de uma pessoa. O futebol é parte da comunidade, da economia, da estrutura

política. É um microcosmo singular”, diz um jornalista americano. Não apenas singular,

mas global. É o esporte mais popular do planeta. Uma fama, aliás, que tem razões pouco

esportivas. “O futebol nasceu na Inglaterra numa época em que os ingleses tinham um

império e viajavam por muitos países. Ferroviários levaram a bola para a América do Sul,

petroleiros para o Oriente Médio”, acrescenta ele.

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3º. Mas é preciso não confundir o papel do esporte. Ele faz entender, mas não muda o

mundo. “Não se trata de uma força revolucionária capaz de transformar uma nação. É

apenas um enorme espelho que reflete a sociedade em que vivemos”, diz outro

especialista.

4º. Em 1990, quando o Brasil, sob a tutela de Sebastião Lazzaroni, foi eliminado da Copa,

o presidente era Fernando Collor. Além de contemporâneos, eles foram ícones de uma

onda que varreu o país na virada da década: a febre dos importados. Era uma fase em

que se idolatrava o que vinha de fora – a solução dos problemas estava no exterior.

Motivos existiam: com o mercado fechado aos importados, a indústria estava obsoleta e

pouco competitiva. O estilo futebol-arte da seleção, por sua vez, completava 20 anos de

frustrações em Copas. Collor e Lazzaroni bancaram o risco. Enquanto o presidente

prometia revolucionar a economia com tecnologia estrangeira, o treinador se inspirou

numa tática européia, colocou um líbero em campo e a seleção jogou na retranca. O

resultado todos conhecem.

(Gwercman, Sérgio. Como o futebol explica o mundo. Superinteressante, São Paulo,

num.205, p. 88 e 90, out. 2004. Com adaptações)

16. TRE-RN - Técnico Judiciário - Op Computador - Julho/2005

A frase que sintetiza o assunto do texto é:

(A) O esporte pode mudar os rumos da diplomacia internacional.

(B) A transmissão pela televisão valoriza uma competição esportiva.

(C)) O futebol pode ser visto como reflexo do mundo e da sociedade.

(D) A mistura de futebol e política é vista com desconfiança por analistas.

(E) É necessária a influência da tática estrangeira no futebol brasileiro.

17. TRE-RN - Técnico Judiciário - Op Computador - Julho/2005

A resposta correta para a questão que aparece no início do 2º parágrafo está na seguinte

afirmativa:

(A) A arte, sendo produto da imaginação, é abstrata, enquanto um jogo de futebol é real.

(B) O cinema e a literatura podem tomar o futebol como tema para filmes ou para livros.

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(C) São diferentes os objetivos de um público interessado em futebol e os dos que

freqüentam cinemas ou bibliotecas.

(D) O futebol pode aceitar interferências de analistas, ao contrário da arte, que é única e

pessoal.

(E)) O futebol, sendo múltiplo, reflete toda a estrutura social, enquanto a arte resulta de

uma criação individual.

18. TRE-RN - Técnico Judiciário - Op Computador - Julho/2005

O último parágrafo do texto se desenvolve como

(A) censura à utilização, como instrumento político, de um evento esportivo bastante

popular em todo o mundo.

(B) exemplo que ilustra e comprova a opinião do especialista, que vem reproduzida no

parágrafo anterior.

(C) manifestação de que o futebol se espalhou por todo o mundo, por ser também uma

das formas da arte.

(D) prova de que uma partida de futebol é capaz de alterar os rumos da política externa,

apesar de opiniões contrárias de especialistas.

(E) defesa da avançada visão tática de um treinador da seleção, tentando modernizar o

futebol brasileiro.

19. TRE-RN - Técnico Judiciário - Op Computador - Julho/2005

Quem estava em campo era a diplomacia. (1º parágrafo) O que justifica a afirmativa acima

está:

(A) na maneira como o evento foi transmitido pela televisão, com ênfase na presença de

Page 35: Atividades Para o 3fa

figuras políticas.

(B) no fato de o Brasil ter sido compelido a jogar num país tão longínquo e politicamente

inexpressivo.

(C) na semelhança socioeconômica entre Brasil e Haiti, que buscam o reconhecimento

político dos países desenvolvidos.

(D) no objetivo de chamar a atenção para a próxima Copa do Mundo, em evento

transmitido internacionalmente.

(E) na falta de compromisso dos participantes, principalmente jogadores, com a

preparação para a próxima Copa.

20. TRE-RN - Técnico Judiciário - Op Computador - Julho/2005

"Uma fama, aliás, que tem razões pouco esportivas". (meio do 2º parágrafo)

É correto afirmar, considerando-se o contexto, que a frase transcrita acima

(A) assinala o fato de que trabalhadores de diversas áreas podem tornar-se mundialmente

famosos jogadores de futebol.

(B) considera que o futebol não é propriamente um esporte, apesar da fama que o

acompanha em todo o mundo.

(C) confirma a opinião do jornalista americano de que um esporte de origem nobre tem

poucas razões para ser famoso.

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(D)) atribui a expansão do futebol no mundo todo muito mais à atividade comercial dos

ingleses do que à preocupação com o esporte.

(E) critica, de maneira sutil, a preocupação de analistas em valer-se do esporte para tentar

mudar a situação política de certos países.

21. TRE-RN - Técnico Judiciário - Op Computador - Julho/2005

Não apenas singular, mas global. (meio do 2o parágrafo).

Considere o que diz o Dicionário Houaiss da língua portuguesa a respeito dos vocábulos

grifados na frase acima.

singular: 1. único de sua espécie; distinto; ímpar; 3. fora do comum; admirável, notável,

excepcional; 4. não usual; inusitado, estranho, diferente; 6. que causa surpresa;

surpreendente, espantoso; extravagante, bizarro.

global: 1. relativo ao globo terrestre; mundial; 2. que é tomado ou considerado no todo,

por inteiro ; 3. a que nada falta; integral, completo, total.

O sentido mais próximo dessas palavras está representado, respectivamente, em

(A) 1 e 3.

(B) 3 e 1.

(C) 6 e 2.

(D) 4 e 3.

(E) 6 e 1.

22. TRE-RN - Técnico Judiciário - Op Computador - Julho/2005

".... eles foram ícones de uma onda que varreu o país na virada da década: a febre dos

importados". (último parágrafo)

O emprego dos dois pontos assinala, no contexto, a introdução de

(A) uma restrição à afirmativa anterior.

Page 37: Atividades Para o 3fa

(B) uma repetição para realçar o assunto desenvolvido.

(C)) um segmento que explica a frase anterior.

(D) a enumeração dos fatos mais importantes da época.

(E) a citação exata de uma opinião exposta anteriormente.

23. TRE-RN - Técnico Judiciário - Op Computador - Julho/2005

Considerando-se o emprego de pronomes no texto, grifados nos segmentos abaixo, a

ÚNICA afirmativa INCORRETA é:

(A) e isso não teve nada a ver − o pronome demonstrativo vale pela frase: O Brasil foi

jogar

bola no Haiti.

(B) dessa proximidade – o pronome retoma a idéia da mistura entre futebol e política.

(C) alguns estudiosos – o pronome indefinido limita o número dos que compartilham a

mesma opinião.

(D) Ele faz entender – o pronome substitui o termo o esporte, para evitar repeti-lo.

(E) de uma onda que varreu o país – o pronome refere-se a país.

24. TRE-RN - Técnico Judiciário - Op Computador - Julho/2005

A concordância está correta APENAS na frase:

(A) Os que estavam em campo era os assuntos diplomáticos.

(B) A cobertura dos jogos mostravam as imagens das principais autoridades.

(C) Não se tratam de forças revolucionárias capazes de transformar uma nação.

(D) Jogos de futebol podem ser vistos como um enorme espelho que reflete a sociedade.

(E) Uma partida entre 22 jogadores podem ser considerados um reflexo da comunidade.

25. TRE-RN - Técnico Judiciário - Op Computador - Julho/2005

O futebol reflete mudanças na sociedade.

Em várias ocasiões, em diversos países, futebol e política se misturaram.

O futebol é parte da comunidade, da economia, da estrutura política.

As três frases acima estruturam-se num único período, com lógica, clareza e correção, da

seguinte maneira:

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(A) O futebol, por ser parte da comunidade, da economia e da estrutura política, reflete

mudanças na sociedade, tendo havido várias ocasiões, em diversos países, em que

futebol e política se misturaram.

(B) O futebol reflete mudanças na sociedade, onde em muitas ocasiões, sendo no entanto

parte da comunidade, da economia, da estrutura política nos diversos países, futebol e

política se misturaram.

(C) O futebol que em várias ocasiões, em diversos países, se misturaram com a política,

ele é reflexo de mudanças na sociedade, cujo futebol é parte da comunidade, da

economia, da estrutura política.

(D) O futebol, cuja parte da comunidade, da economia, da estrutura política, reflete

mudanças na sociedade em várias ocasiões, em diversos países, que futebol e política

misturaram-se.

(E) Em várias ocasiões, em diversos países, que futebol e política se misturaram, ele vem

sendo parte da comunidade, da economia, da estrutura política, conquanto que reflete

mudanças na sociedade.

GABARITO

1C // 2A // 3D // 4 B // 5 E // 6 B // 7 A // 8 C // 9 D // 10 E // 11 D // 12 A // 13 B // 14 E // 15 C //16 C // 17 E // 18 B // 19 A // 20 D // 21 B // 22 C // 23 E // 24 D // 25 A