atividade física na prevenção e controle da osteoporose

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS (UEG) UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PORANGATU CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA ATIVIDADE FÍSICA NA PREVENÇÃO E CONTROLE DA OSTEOPOROSE NA TERCEIRA IDADE Aline Grazianne Cordeiro Batista 1

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Page 1: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS (UEG)UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PORANGATU

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ATIVIDADE FÍSICA NA PREVENÇÃO E CONTROLE DA OSTEOPOROSE NA TERCEIRA IDADE

Aline Grazianne Cordeiro Batista

Porangatu/GO2010

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Page 2: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

Aline Grazianne Cordeiro Batista

ATIVIDADE FÍSICA NA PREVENÇÃO E CONTROLE DA OSTEOPOROSE NA TERCEIRA IDADE

Trabalho de Curso (TC) apresentado à Universidade Estadual de Goiás (UEG) – Unidade Universitária de Porangatu – como parte dos requisitos para obtenção do grau de Licenciatura Plena em Educação Física.

Orientador(a): Prof. Espec.: Lívia Fernandes Cavalcante

Porangatu/GO2010

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS (UEG)UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PORANGATU

TERMO DE APROVAÇÃO

ATIVIDADE FÍSICA NA PREVENÇÃO E CONTROLE DA OSTEOPOROSE NA TERCEIRA IDADE

Concluinte:

Aline Grazianne Cordeiro Batista

Trabalho de Curso (TC) apresentado à banca examinadora em __/__/2010, constituída pelos professores:

___________________________________________________________Prof. Esp. Lívia Fernandes Cavalcante – Orientadora/UEG

___________________________________________________________Prof. Esp. Mariana Lasmar – Membro/UEG

___________________________________________________________Prof. Esp. João Roberto Cruz e Castro – Membro/UEG

Porangatu/GO

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Page 4: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

2010

Àquelas pessoas especiais, que com carinho, compreensão, respeito e serenidade fazem com que sigamos a

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Page 5: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

nossa caminhada com mais confiança e determinação.

Agradecimentos

Gostaria de agradecer a todos os amigos, colaboradores e profissionais que, com suas sugestões contribuíram de alguma forma para a realização deste estudo, entretanto, registro a minha gratidão:

Aos professores do curso de Educação Física, em especial à professora e orientadora Lívia Fernandes Cavalcante que proporcionaram um grande crescimento profissional.

Aos alunos, coordenação e direção da Unidade Universitária de Porangatu, que colaboraram.

Aos amigos: Jakeline Lemos, Rosiléia Isídio, Bruno Diego, Emanoel Messias, Udiney Francisco, Bruno Marques, Nayara Antonia, Marinalva e Fausto, que me acompanharam e apoiaram por toda essa jornada.

E principalmente aos meus pais, Marli Cordeiro Batista e Francisco das Chagas Batista que apoiaram e incentivaram na realização deste trabalho.

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Page 6: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

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Page 7: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

A cultura é o melhor conforto para a velhice.

Aristóteles

RESUMO

O presente estudo tem por intenção desenvolver uma revisão bibliográfica sobre a relação da osteoporose com a atividade física, analisando como ocorre a doença, que acomete principalmente os idosos. Foi escolhida essa faixa etária, pois é a partir dela que o processo da perda da capacidade captação de cálcio, de uma forma geral acontece com mais intensidade, podendo assim tornar-se patológica. Tendo em vista que o envelhecimento traz como consequências as modificações físicas, estéticas, biológicas, culturais e sociais que influenciam na imagem corporal. Mostraremos os fatores causadores e os meios e cuidados para controlar essa patologia, que se trata da diminuição da capacidade de armazenamento de cálcio no interior ósseo. Dentro de uma perspectiva transformadora, enfatizaremos a importância da prática regular e individualizada de atividade física. Procurando assim orientar a população alvo (idosos) sobre a relevância do controle da osteoporose através de meios alternativos com a ajuda de profissionais capacitados.

Palavras-chave: Osteoporose. Atividade física. Envelhecimento

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Page 8: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

LISTA DE FIGURAS

Figura 01: Na osteoporose, todos os ossos podem fraturar a esforços mínimos, mas

essas três fraturas são as mais frequentes...............................................................14

Figura 02: Mudanças na coluna vertebral com a idade.............................................14

Figura 03: Ciclo vicioso do envelhecimento...............................................................18

Figura 04: Os ossos do esqueleto são mais de duzentos, mas os locais onde surge o

maior número de fraturas por osteoporose são: as vértebras da coluna, os dois

ossos do punho e o fêmur, no quadril........................................................................21

Figura 05: Vértebras normais e Osteoporóticas........................................................29

Figura 06: O osso está constantemente sendo remodelado. Para isso dá-se o nome

de turn-over, por causa da ação de dois tipos de células. Essa reinervação libera

cálcio..........................................................................................................................31

Figura 07: Estas seriam as causas da osteoporose, também chamadas fatores de

risco........................................................................................................................... 35

Figura 08: A perda da massa óssea segundo a idade nos três tipos de fratura

osteoporótica mais frequentes...................................................................................36

Figura 09: Densidade óssea da coluna vertebral, nas vértebras L2 e L4 de mulheres.

Verificar que de 50 a 60 anos, a perda de massa óssea é de 1,3% ao ano, o que é

muito, e depois passa para 0,4% ao ano. A linha horizontal é o limite de fragilidade

do osso, com perigo de fratura..................................................................................37

Figura 10: Step class.................................................................................................42

Figura 11: Natação....................................................................................................42

Figura 12: Ciclismo....................................................................................................42

Figura 13: Exercícios sugeridos para pessoas com osteoporose..............................45

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Page 9: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

LISTA DE QUADROS

Quadro 01: Possíveis causas da osteoporose secundária........................................33

Quadro 02: Algumas características do genótipo e do fenótipo humano...................44

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Page 10: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

SUMÁRIO

RESUMO...................................................................................................................7

LISTA DE FIGURAS..............................................................................................8

LISTA DE QUADROS...........................................................................................9

INTRODUÇÃO.......................................................................................................11

1 ENVELHECIMENTO........................................................................................13

1.1 Os efeitos físicos do envelhecimento..........................................................16

1.2 Perda óssea....................................................................................................20

1.3 Mudanças de necessidades nutricionais.....................................................24

1.3.1 Sugestões a serem seguidas...................................................................25

1.3.2 Recomendações......................................................................................26

2 OSTEOPOROSE...............................................................................................28

2.1 Definição.........................................................................................................28

2.2 Processo de remodelamento ósseo.............................................................30

2.3 Classificação da Osteoporose......................................................................32

2.4 Causas.............................................................................................................35

2.5 Sintomas e Consequências da Osteoporose..............................................36

2.6 Prevenção e Tratamento................................................................................38

2.6.1 Medidas de Prevenção contra a osteoporose.........................................38

2.6.2 Tratamento da Osteoporose...................................................................39

3 ATIVIDADES FÍSICA NA PROFILAXIA DA OSTEOPOROSE.............40

3.1 Efeitos do exercício na osteoporose............................................................40

3.2 Tipos de exercícios........................................................................................41

3.3 Frequência e duração da atividade física....................................................44

3.4 recomendações sobre o estilo de vida para um envelhecimento saudável

...............................................................................................................................46

CONCLUSÃO........................................................................................................48

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Page 11: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

GLOSSÁRIO..........................................................................................................49

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................51

INTRODUÇÃO

Ao pensarmos em doenças que acometem o sistema esquelético,

lembramos da osteoporose, que atualmente é considerada um problema de saúde

pública que invalida ou incapacita grande número de pessoas, principalmente

mulheres nas últimas décadas da vida. A osteoporose nada mais é que a porosidade

óssea causada pela diminuição da capacidade de captação dos minerais ósseos,

principalmente do cálcio, o que acaba fragilizando o tecido, expondo o osso às

fraturas e outras complicações derivadas, podendo ser agravadas. A

desmineralização pode ocorrer em qualquer parte óssea do corpo, porém, os locais

que têm altos índices e trazem maiores complicações são as regiões da bacia e da

coluna vertebral (KNOPLICH, 1993).

Sendo uma enfermidade causada por vários fatores, como por exemplo:

mal desempenho de hormônios, falta de atividade física e inadequada ingestão de

cálcio. A atividade física intensifica o nível de massa óssea atingido nas primeiras

décadas da vida. Manter a massa óssea e diminuir a perda que acontece

naturalmente com o decorrer da idade e que se intensifica nos primeiros anos após

a menopausa necessita-se de cuidados como: manter os hábitos saudáveis. O

processo é mais acentuado nas mulheres, pelo fato da massa óssea ser menor que

nos homens, mas os dois sexos estão sujeitos à doença (KNOPLICH, 1993).

“O declínio linear natural das capacidades funcionais, que se inicia ao redor

dos 30 anos, pode ser substancialmente modificado pelo exercício, pelo controle do

peso e pela dieta”(BERGER e SHEPHARD citado por OKUMA, 1998, p. 52).

No entanto, o exercício não reverte a perda óssea já existente, a

prevenção da osteoporose começa na infância e vai ao longo da vida com a prática

da atividade física e mantendo uma ingestão adequada de cálcio e reposição

hormonal nas mulheres. O efeito do exercício sobre o tecido ósseo é localizado e

depende da intensidade, tipo, freqüência e duração da atividade física, sendo mais

benéficas às atividades que suportem peso, associadas a exercícios aeróbicos.

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Page 12: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

“Muitas das alterações nas estruturas e funções fisiológicas que ocorrem com a

idade resultam da atividade física”(PESCATELLO e DI PIETRO citado por OKUMA,

1998, p. 53).

Portanto, manter as condições hormonais normais e praticar a atividade

física melhora a mineralização óssea, ou seja, a fixação de minerais (principalmente

o cálcio) na matriz, fortalece e suporta os esforços exigidos, os exercícios

localizados e específicos são benéficos nas regiões mais propensas à osteoporose,

sendo praticados com cautela e sem sobrecarga, minimizando assim o risco de

fraturas proeminentes de estresses ósseos, pela fragilidade já existente (OKUMA,

1998).

A metodologia usada por este estudo foi a de revisão bibliográfica, tendo

assim, por objetivo principal relatar métodos sugestivos para se ter uma vida

saudável em relação à osteoporose e mostrar a importância da atividade física e de

uma alimentação saudável na vida do idoso.

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Page 13: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

1 ENVELHECIMENTO

Este capítulo tem como enfoque o processo de envelhecimento, seus

efeitos físicos e a necessidade das mudanças nutricionais para a prevenção da

osteoporose.Atualmente o brasileiro envelhece mais do que há duas décadas. A

probabilidade de vida aumentou, e pelas projeções o país terá o sexto contingente

mundial de idosos em 2.025: 32 milhões, de acordo com informações divulgadas

pelo Almanaque Abril 2005.

Devido a isso a população idosa vem sendo foco cada vez mais elevado de

estudos e o processo de envelhecimento do ser humano tem sido alvo de atenção

progressiva por parte de cientistas em todo o mundo. Na proporção em que o

número de indivíduos que atinge a velhice aumenta, por conseqüência, faz com que

tanto os problemas de saúde peculiares desse período da vida quanto os vários

aspectos relacionados à qualidade de vida dessa população sejam motivo de

preocupação e de estudos (ALMANAQUE ABRIL, 2005).

O indivíduo idoso passa a ter características fisiológicas adquiridas pela

idade, o seu tronco se torna mais curto devido aos seus discos intervertebrais se

tornarem cada vez mais finos por perderem gradualmente o líquido que os

envolvem, as vértebras por sua vez começam a perder conteúdo mineral em

especial o cálcio, a coluna vertebral passa a ter uma forma curva e comprida

tornando-se mais frágil, os ossos longos como dos braços e pernas não sofrem

alterações no tamanho, porém são acometidos das perdas minerais, as escápulas e

outros ossos são bastante afetados pela porosidade decorrente (KNOPLICH, 1993).

Assim como nos discos vertebrais, as articulações do restante do corpo

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Page 14: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

também vão perdendo os líquidos que facilitam a flexibilidade, tornando-as mais

rígidas ocorrendo calcificação em alguns casos, as mais danificadas são as

articulações do quadril, dos ombros e dos joelhos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).

Veremos a seguir na figura 01, os locais mais sensíveis às fraturas em

indivíduos com osteoporose:

Figura 01: Na osteoporose, todos os ossos podem fraturar a esforços mínimos, mas essas três fraturas são as mais frequentes.Fonte: Knoplich (1993).

A coluna vertebral enfraquece com o envelhecimento, tornando-se mais

frágil e curvada. (ver figura 02).

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Page 15: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

Figura 02: Mudanças na coluna vertebral com a idade.Fonte: Enciclopédia Ilustrada de Saúde (2010).

Segundo Terra, et al. (2003),diante das necessidades de proporcionar

condições direcionadas para um maior conhecimento sobre a velhice surgiu a

Gerontologia, ciência de caráter multidisciplinar que estuda todos os aspectos do

envelhecimento (sanitário, sociológico, econômico, entre outros), partindo de um

contexto de que os termos envelhecimento, velhice ou idoso compreendem os

fenômenos biológicos, psicológicos e sociais que o homem enfrenta no decorrer de

sua existência.

O envelhecimento biológico é um fenômeno multifatorial que está associado a profundas mudanças na atividade das células, tecidos e órgãos, como também com a redução da eficácia de um conjunto de processos fisiológicos. (REBELATTO, et al., 2006, p. 128).

De acordo com Sand (2004), considera-se o termo envelhecimento como

um processo complexo que envolve várias mudanças (por exemplo: estilo de vida,

genética, doenças crônicas) que interagem entre si e influenciam expressamente o

modo no qual alcançamos determinada idade, e um dos fatores mais significativos

no processo de envelhecimento é a associação de certas doenças com o início da

terceira idade.

De acordo com Carvalho (2008), constata-se, portanto que o declínio da

replicação celular é um dos motivos, favorecedor do envelhecimento e explica-se

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Page 16: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

através acontecimentos naturais e gradativos envolvendo as células, há exemplos

de células que se dividem constantemente (medula óssea); células que param de

replicar, porém voltam a se dividir estimuladas (hepatócitos); e células que param

definitivamente sua replicação (hemácias, leucócitos, miócitos, células miocárdias,

etc).

A morte das células já existentes se acentua cada dia mais nesta fase, pois,

é como se o organismo humano já tivesse feito uma prévia programação desse

acontecimento, por exemplo, a perda dos dentes; sendo assim o fator genético é

bastante decisivo e o estilo de vida que o indivíduo adota ao longo de sua vida,

também influencia no aceleramento do envelhecimento (HELITO, et al., 2006).

Verifica-se, portanto a existência de três fatores básicos determinantes do

envelhecimento: a genética, o estilo de vida e o ambiente. A hereditariedade é um

fator incorruptível, no qual o indivíduo herda a genética de seus antepassados,

determinando o que ele é e será se terá mais predisposição à determinada doença,

ou a ter uma aparência mais jovem do que a idade cronológica, em termos, deve-se

à genética herdada (PORTO, 2008).

No que diz respeito ao estilo de vida o Ministério da Saúde (2006), relata

que, com base em hábitos alimentares saudáveis, atividades físicas regulares com

orientação, mantendo assim, o peso ideal e a ingestão de álcool moderada; aliada a

abstinência de tabaco e constante controle médico, mesmo sem a presença de

sintomas contribuem para melhor qualidade de vida do idoso.

O ambiente pode contribuir para um envelhecimento saudável, a partir da

adoção de certas medidas de apoio ao idoso como: a participação de eventos

socioculturais, moradia agradável (condições básicas de saneamento, ar puro,

acessibilidade) visitas periódicas ao médico. Todas essas medidas trazem bem estar

ao idoso, fazendo-o se sentir mais produtivo, passando por essa fase da vida com

melhor saúde física e mental, seguindo o curso da vida sem doenças limitantes e

preocupações adicionais aos familiares (CHOPRA, 1994).

A gerontologia, afirma que para tais desconfortos desta idade não existem

fórmulas ou tratamentos eficazes que os sanem. A informação é a melhor forma de

entender como o próprio organismo reage, portanto, deve-se pensar que as

moléstias que acometem os idosos não são acontecimentos normais e sim comuns,

pois o que é normal não há necessidade de tomar qualquer iniciativa para contornar

determinada situação, no entanto convém adotar uma atitude consciente para se

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Page 17: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

buscar a cura ou a melhora de algum mal (TERRA et al.,2003).

Nesse sentido, esta ciência poderá ajudar o individuo no que se refere ao

conhecimento dos efeitos físicos visando assim à adoção de medidas preventivas

para um envelhecimento saudável, uma vez que com o desenvolvimento sócio-

econômico-cultural e tecnológico, houve acréscimo da expectativa de vida da

população mundial, e consequentemente, um aumento no número de idosos. Como

a terceira idade é uma das faixas etárias mais susceptíveis a doenças, podemos

observar, portanto, um aumento na incidência de certas doenças, destacando a

osteoporose (RENNÓ, 2001, p. 49) como veremos a seguir.

1.1 Os efeitos físicos do envelhecimento

O comprometimento da forma muscular vem comprovar uma conseqüente

diminuição da massa músculo-esquelética colocando em estado de fragilidade o

indivíduo idoso. A queda do nível de hormônios (estrogênio nas mulheres e

testosterona, nos homens) influencia num sério enfraquecimento no sistema ósseo.

Entre os 25 e 65 anos de idade, ocorre a diminuição substancial do músculo

esquelético, pelo fato das perdas de massa óssea no sistema esquelético (TERRA,

et al., 2003).

Segundo as autoras Imamura, Imamura e Hirose-Pastor (1999), relatam que

a diminuição da massa muscular pode decorrer, em parte, da redução no número de

unidades motoras ou da substituição do tecido muscular por tecido conjuntivo.

Observa-se no sexo feminino, após a menopausa uma queda hormonal significativa,

a qual afeta a mulher de várias maneiras, evidenciando a ausência do ciclo

menstrual e desconfortos psicológicos que surgem e traz maior sensibilidade à

mulher idosa.

Começando aos 30 anos de idade e prosseguindo ao ritmo lentíssimo de 1% ao ano, o corpo humano normal começa a ter problemas: aparecem as rugas, a pele perde o tônus e o frescor, os músculos começam a ceder. Em vez de indicar três vezes mais músculos do que gordura, a proporção passa a ser igual, a visão e a audição são reduzidas, os ossos se afinam e se tornam quebradiços. A vitalidade e a resistência declinam progressivamente, tornando difícil a realização do mesmo trabalho que se

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Page 18: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

costumava fazer. A pressão arterial sobe e muitos elementos bioquímicos afastam-se de seus níveis ótimos ( CHOPRA, 1994, p.21).

Smith e Tommerup citado por Okuma (1998, p. 69), consideram que

(...) as mulheres atingem um menor pico de massa óssea e sua velocidade de perda é maior do que a dos homens. Para eles, os fatores mais importantes para atingir um pico ótimo de massa óssea são o estresse mecânico nos ossos, produzido pela atividade física, a ingestão de cálcio na infância e os hormônios gonadais (ou sexuais).

A boa saúde inicia pela boca, na ausência dos dentes e às vezes a prótese

dentária inadequada compromete a digestibilidade, pois a digestão dá inicio na boca,

e uma boa mastigação fará com que esse alimento ingerido seja mais bem

absorvido pelo organismo, e ao executar essas funções a mandíbula e toda a

estrutura existente (músculos, nervos vasos sanguíneos, tendões ligamentos)

devem estar em pleno funcionamento para que o processo digestivo ocorra

harmoniosamente (CORRÊA, 2002).

Com o avanço da idade a função do trato gastrointestinal fica reduzida, uma

série de fatores comprova essa redução, por exemplo, a diminuição do paladar,

enfraquecimento da mucosa gástrica e com isso a produção do acido clorídrico é

reduzida, o trabalho é insatisfatório, porque a vitamina B não é absorvida

adequadamente ( CORRÊA, 2002).

Na figura 03 temos esquematizado o ciclo vicioso do envelhecimento.

Figura 03: Ciclo vicioso do envelhecimento

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Page 19: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

Fonte: Nóbrega (1999, p. 208).

No que diz respeito às alterações da idade avançada e suas perdas

funcionais as autoras ressaltam que:

No aparelho locomotor, a deterioração funcional que ocorre com o progredir da idade envolve alterações morfológicas e bioquímicas. Dessa forma, a atrofia muscular concomitante ao aumento dos tecidos conjuntivo e gorduroso parece atingir com maior intensidade as fibras musculares de contração rápida. Outras alterações do envelhecimento incluem a perda da massa muscular sem gordura, o declínio da força muscular absoluta e a redução do uso de determinados grupos musculares. Esta última determina a queda no desempenho muscular, evidenciada pela menor resistência à fadiga e prejuízo na coordenação fina e na velocidade dos movimentos. (IMAMURA, IMAMURA E HIROSE-PASTOR, 1999, p. 35 e 36).

O envelhecimento provoca inúmeras mudanças nos músculos esqueléticos.

A mais marcante é a perda da massa muscular, que começa por volta dos 25 anos

de idade. Por volta dos 50 anos, a massa de músculos esqueléticos está reduzida

em cerca de 10%, em torno dos 80 anos, ela é apenas cerca de 50% do que foi na

juventude. Essa redução relacionada com a idade deve-se principalmente à perda

de fibras musculares ( OKUMA, 1998).

No envelhecimento a simples perda da massa corporal magra é bem

notável tanto quanto o aumento da gordura, principalmente na região abdominal. A

massa muscular com o avanço da idade ocorre uma perda natural e quando

acompanhada do sedentarismo o indivíduo tende a reduzir significantemente sua

mobilidade levando a uma fragilidade do sistema músculo-esquelético. Uma vez que

este fator provoca a minimização do metabolismo (queda da queima calórica no

repouso), favorecendo o ganho de peso para quem não diminui a ingestão diária de

calorias ( CORRÊA, 2002).

Analisa-se que nos indivíduos que praticam exercícios regulares, o peso

ideal é mantido, contudo, idosos acima de 75 anos de idade tem a propensão de

serem magros, devido à diminuição do teor de líquidos corporais, comprometendo a

regulação da temperatura e aumentando a possibilidade de se ter uma desidratação

( OKUMA, 1998).

A partir de estudos realizados, há informações de que o processo

degenerativo do sistema orgânico inicia-se aos 30 anos de idade, pois é um

acontecimento lento e gradativo atingindo o organismo como um todo,

desacelerando a capacidade de captação de cálcio. Com isso a densidade mineral

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Page 20: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

óssea será abalada e terá como seqüela, sério comprometimento na musculatura,

levando a um encurtamento muscular, limitando ou até impossibilitando o idoso de

cumprir suas atividades normais de locomoção ( SAFONS E PEREIRA, 2007 ).

A redução da força acontece juntamente com a perda de tecido muscular

devido à diminuição do tamanho das fibras, em especial do tipo II (fibra rápida)

ocorrendo assim o fenômeno neurogênico, em que a produção dos novos nervos

não é capaz de acompanhar o processo de desenervação e reinervação, então as

fibras musculares que deixam de ser inervadas morrem e são substituídas por tecido

muscular contrátil. A importância da fibra tipo II está nas atividades que requerem

maior reflexo e rapidez de movimento, explica-se assim a dificuldade que os idosos

têm de realizar movimentos. Assim, alguns pesquisadores suspeitam que a

distribuição de fibras rápidas e de fibras lentas muda gradativamente com a idade,

com favorecimento das fibras lentas (IMAMURA, IMAMURA E HIROSE-PASTOR,

1999 ).

Minamoto (2005, p. 53) relata que

O envelhecimento é, em geral, acompanhado por uma pronunciada diminuição da atividade física, o que causa uma mudança no tipo de fibra no sentido rápida para lenta. Esse resultado pode parecer contraditório, uma vez que, conforme exposto, a diminuição da atividade neuromuscular promove uma transição do tipo de fibra no sentido oposto. Entretanto, alguns fatores devem ser considerados nessa situação, uma vez que o envelhecimento leva não somente à redução da atividade contrátil, mas também à perda seletiva e remodelamento de unidades motoras (UM). Assim, o maior número de fibras lentas ocorre devido à atrofia das UM de fibras rápidas, uma vez que atividades de força muscular não são muito praticadas por essa população.

1.2 Perda óssea

A fixação de cálcio nos ossos maximiza-se durante a juventude. A

densidade óssea alcança seu ápice entre 20 e 30 anos de idade, ou seja, ocorre

uma maior formação óssea do que degradação. Até em torno dos 35 anos, ainda é

possível “depositar” cálcio neles, certificando que alcancem uma densidade segura e

que possibilite atividades até o fim da vida. Após os 45 ou 50 anos de idade,

20

Page 21: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

acentua-se a perda óssea, causa comum do processo de envelhecimento, aonde os

minerais e principalmente o cálcio vão sendo extraídos do organismo por fatores: de

idade avançada, etnia, baixa hormonal, interações medicamentosas entre outras

( KNOPLICH, 1993 ).

A diminuição da matriz óssea está relacionada à redução hormonal, nutrição

inadequada, estilo de vida sedentária e genética, mas por volta dos 40 anos, para

ambos os sexos essa perda óssea acontece, mais cedo nas mulheres e com maior

intensidade naquelas que tiveram muitos filhos. Com o passar do tempo, e a idade

avançada, percebe-se a diminuição gradual na espessura dos ossos, e na

arquitetura do tecido ósseo. Essas mudanças podem ser notadas em função do tipo

de alimentação ingerida pela pessoa e seus hábitos de atividade física ( HELITO et

al., 2006 ).

As mudanças hormonais no que se refere aos níveis padronizados pela

Organização Pan-Americana da Saúde (2003) deixam as mulheres com um

referencial baixo, que após o climatério, passa a ocorrer uma maior perda de massa

óssea em relação aos homens. Com relativa baixa de estrogênio, as mulheres são

condicionadas ainda mais a gradual perda de massa óssea, devido à diminuição

deste hormônio, que entre outras funções, auxilia na regulação da capitação e

fixação de cálcio nos ossos. A ausência menstrual desencadeia a diminuição da

densidade óssea, deixando as mulheres bem mais sujeitas que os homens de

desenvolver osteoporose e em conseqüência disso, há o aumento eminente dos

riscos de fratura.

Homens podem apresentar perda óssea e desencadear osteoporose por

outros fatores, como os genéticos (que podem ser suavizados, mas não eliminados),

a ingestão precária de nutrientes (como cálcio e vitamina D), enfraquecimento

muscular e ausência de atividades físicas. Estudos indicam que também o

tabagismo, o consumo excessivo de café, outras fontes de cafeína (que interferem

na absorção do cálcio obtido na alimentação) e determinados medicamentos podem

acelerar a perda óssea ( LIMA, 2009 ).

O esqueleto tem 206 ossos (figura 04), segundo Knoplich (1993), mas

acontecem muitas variações individuais. Por isso não é muito importante o número

de ossos, mas como eles são:

FRENTE VERSO

21

Page 22: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

Figura 04: Os ossos do esqueleto são mais de duzentos, mas os locais onde surge o maior número de fraturas por osteoporose são: as vértebras da coluna, os dois ossos do punho e o fêmur, no quadril.Fonte: Knoplich (1993, p. 21).

Segundo Knoplich (1993), nos ossos surge um processo de calcificação que

não existe nos músculos, existe em pequena escala na cartilagem, mas é

predominante no osso. Calcificação - Apesar de se pensar principalmente na

calcificação (com o cálcio), este é um processo mais extenso. Na realidade, há uma

mineralização desse tecido conectivo. Mineralização porque existe depósito de

cálcio, fósforo, potássio, sódio, flúor, zinco, magnésio, cádmio e muitos outros

elementos. Essa mineralização é que deixa o osso ficar duro. A cartilagem, que é

mais mole, tem uma mineralização menor.

Tipos de ossos - Essa mineralização ou calcificação óssea também varia

num mesmo osso: em alguns lugares é muito intensa, dando origem a um osso

22

Page 23: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

compacto mais duro, e outras vezes é mais frouxa formando verdadeiras traves

ósseas, com muitos orifícios que parecem uma esponja. É por essa razão que esse

osso é chamado de osso esponjoso ( KNOPLICH, 1993).

Segundo Richard S. Snell (1984, p. 45):

O osso é um tecido vivo capaz de modificar sua estrutura em conseqüência do estresse a que está sujeito. Como outros tecidos conectivos, consiste em células, fibras e matriz. É duro devido à calcificação de sua matriz extracelular e possui um grau de elasticidade devido à presença de fibras orgânicas. O osso possui uma função protetora; por exemplo, o crânio e a coluna vertebral protegem o cérebro e a medula espinhal das lesões; o esterno e as costelas protegem as vísceras torácicas e abdominais superiores. Serve como alavanca, conforme se observa nos ossos longos dos membros. É uma importante área de armazenamento de sais de cálcio. Abriga e protege, em suas cavidades, a delicada medula óssea formadora do sangue.

Os ossos recebem grande suprimento sanguíneo, e, sendo um tecido vivo,

atuante, precisa de nutrientes muito importantes, tais como cálcio e carbonato de

cálcio, por isso o osso é denso, duro e tem uma constituição do tipo treliça, um

arranjo perfeito ( SACHS, 1995 ).

Conforme cita Knoplich (1993, p. 20):

(...)para que servem os ossos?” - da seguinte maneira: os ossos servem para formar a estrutura do corpo. Conforme a região, servem para formar cavidades que protegem órgãos importantes, que são muito sensíveis. Mas, isso é só uma parte das funções do osso. Seria a função estática (parada) de proteger os órgãos do organismo. Mas, os ossos também têm uma função dinâmica (ativa), de movimentar o corpo todo, de um lugar para outro, de rodar ou girar o corpo sobre si mesmo.

A diminuição da massa óssea é denominada osteopenia, que se acentuada

passa a ser patológica, ou seja, osteoporose. A densidade mineral óssea (DMO) é

determinada zona de tecido ósseo. A constituição óssea possui três tipos celulares

básicos: os osteoblastos, que respondem pela reposição do osso, produzem a

matriz óssea; e quando sobre ele se renova o novo osso, os osteoblastos se

transformam em osteócitos, e esse por sua vez reabsorve a matriz óssea, o terceiro

tipo são os osteoclastos, a sua função é produzir enzimas proteolíticas, muito

importantes na reabsorção do osso e, portanto, a reabsorção do cálcio (DAVIES, et.

al., 2002).

A taxa de formação óssea até 30 anos está no auge máximo e possuem

rigidez. A densidade óssea vai decrescendo com o envelhecimento, o risco de

23

Page 24: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

fraturas aumenta se a taxa de densidade fixa em um limiar baixo. Após os 35 anos

os minerais vão entrando em decadência mais rápida do que sua reposição

( KNOPLICH, 1993).

Pesquisas anteriores apontavam a cafeína no aumento de risco de fraturas

na bacia e retenção deficiente de cálcio. Como parte de um estudo a longo prazo

sobre osteoporose, apontam que as mulheres consumidoras de quantidade

elevadas de cafeína apresentaram maiores taxas de perda de densidade óssea na

coluna vertebral ( LIMA, 2009).

As mulheres com faixa etária de 71 anos não estavam tomando quaisquer

suplementos de cálcio ou vitamina D e foram divididas em dois grupos: baixo grau

de consumo de cafeína (menos de 300 mg/dia) e alto grau de consumo de cafeína

(mais de 300 mg/dia). O cálculo da porcentagem de alteração durante o estudo de 3

anos mostrou que o alto consumo de cafeína estava associado à maior taxa de

perda óssea na maioria das partes da coluna vertebral. Essas descobertas

identificaram a cafeína como um fator que pode alterar a predisposição genética

para osteoporose ( BOWMAN E SPANGLER, 1997).

De acordo com Medina (1990) o exercício físico regular deve surgir como

proposta para aumentar a massa óssea, e aperfeiçoar a massa muscular

desempenhando sua capacidade funcional na prevenção de quedas e assim reduzir

o numero de fraturas. Deve-se tomar como aliado nesse processo as necessidades

de mudanças nutricionais mostradas a seguir.

1.3 Mudanças de necessidades nutricionais

Como nós não temos controle algum sobre nossa hereditariedade, ou nos

nossos níveis de hormônios, a nutrição adequada e a atividade física regular são as

áreas que podemos influenciar, desenvolvendo bons hábitos alimentares,

consumindo uma variedade de alimentos, incluindo aqueles ricos em cálcio e

exercitando regularmente para melhorar a força, flexibilidade e resistência

regulando o peso corporal (CORRÊA, 2002).

Na atualidade, a terceira idade representa custo assistencial muito alto para

24

Page 25: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

os sistemas de saúde na maioria dos países desenvolvidos. No caso do Brasil que é

semelhante aos demais países latino-americanos, e está passando por um processo

de envelhecimento populacional, ocupa o 6º lugar mundial, com aproximadamente

31,8 milhões de idosos. Outros países em desenvolvimento há incidência de

doenças e incapacidades físicas e mentais nos idosos que se agrava,

principalmente, em conseqüência da má nutrição (TERRA, et al., 2003).

Atualmente há um grande interesse em identificar os fatores que promovem

um envelhecimento sadio. E associado a isso, tem-se a iniciativa por parte dos

estudiosos em nutrição para ligar práticas dietéticas com a redução ou retardo das

mudanças e doenças que surgem com o envelhecimento, já que a alimentação

equilibrada interfere positivamente no aumento de qualidade e expectativa de vida

das pessoas(CORRÊA, 2002).

As mudanças degenerativas que acompanham o envelhecimento não são

bem entendidas, embora certos números de teorias tenham sido propostos para

explicar, pelo menos em parte, a deterioração que é observada. Não sabe se as

mudanças são programadas de forma inevitável no genoma, ou se elas ocorrem

com resultado de uma exposição durante a vida toda às influências ambientais, tais

como estresse, nutrição ou radiação solar (SAND, 2004).

O envelhecimento fisiológico de uma pessoa começa no final do período de

crescimento e desenvolvimento. As mudanças ocorrem lentamente e são

influenciadas pelos eventos da vida, enfermidades, heranças genéticas, estresse ou

estado sócio-econômico, acesso a cuidados médicos e ambiente propício. Em razão

dessas influências sobre as pessoas, está cada vez mais claro que o

envelhecimento cronológico é bem diferente de um envelhecimento fisiológico ou

funcional. Portanto, pessoas da mesma idade cronológica, sobretudo após os 60

anos, podem ter seu envelhecimento funcional e fisiológico diferenciado (MCARDLE,

KATCH E KATCH, 1998).

Entretanto, estudos mostram que dentre os fatores que podem condicionar a

qualidade de vida e a longevidade do ser humano, a nutrição é um dos principais,

sendo que várias mudanças decorrentes do processo de envelhecimento podem ser

atenuadas com uma alimentação adequada e balanceada nos aspectos dietéticos e

nutritivos. Dietas ricas em fibras reduzem o risco de doença coronariana em 40%. As

fibras solúveis presentes nas frutas, aveia, cevada, leguminosas (entre estas, a

lentilha, o feijão, o grão de bico, a ervilha) e nas hortaliças, quando consumidas em

25

Page 26: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

quantidades adequadas, reduzem o colesterol plasmático em 10 a 20%, além disso,

as bactérias intestinais reduzem as fibras solúveis a ácidos graxos de cadeia curta

que em alguns momentos bloqueia a síntese de colesterol no fígado (SAND, 2004).

1.3.1 Sugestões a serem seguidas

Sugere-se, nesta fase que aumente o consumo de pães, cereais e farinha de

grãos integrais; além de vegetais, leguminosas, frutas com casca, semente e

caroços comestíveis, podendo ser comprovada a eficácia do consumo, e por fim é

importante aumentar a ingestão de líquidos. A dieta bem diversificada e rica em

cálcio assegura a existência de ossos fortes e saudáveis. A maioria dos

especialistas acredita que cerca de um grama de cálcio deve ser ingerida

diariamente, visando proporcionar reflexos agradáveis na saúde (CORRÊA, 2002).

Existem nas lojas de comida natural e farmácias, produtos de cálcio, às

vezes são insuficientes para proteger os ossos contra a osteoporose, é interessante

esclarecer as dúvidas com um médico. A oferta de valores protéicos deve

corresponder em até 16% do valor energético ingerido (GOLDENBERG, 2006).

Segundo Goldenberg (2006), é fundamental que se consuma alimentos ricos

em ferro de origem animal( bife de fígado, ostras, rins, coração, carne magra, ave e

peixe), de origem vegetal( leguminosas, como feijão, ervilha, lentilha, soja e grão de

bico), verduras de folha verde-escura ( brócolis, espinafre, couve manteiga, agrião e

escarola) frutas secas (ameixa, damasco, uva passa, amêndoa), cereais integrais

(arroz, aveia em flocos e trigo). Também estão recomendados: acelga, açúcar

mascavo, uva, melão branco, melado, milho verde e repolho.

O ômega-3, nutriente famoso por seu potencial antiinflamatório, é o mais

novo aliado do esqueleto no combate à osteoporose. Os peixes possuem grandes

reservas de Omega-3; devem ser ingeridos pelo menos 2 vezes por semana. O leite

é composto de proteína de alto valor biológico, possui aminoácidos essenciais,

vitaminas A, B2 e B12. O leite e os produtos lácteos possuem altos índices de cálcio,

que são muito importantes para os ossos (FONSECA E WALDEVINO, 2007)

Dentre os alimentos ricos em ferro pode-se mencionar: brócolis, ervilha

seca, feijão, fígado, gema de ovo, lentilha e a soja; todos esses alimentos previnem

26

Page 27: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

a anemia. Pequenas no tamanho, porém grande no potencial nutritivo. Nesta lista

pode-se citar: as sementes de linhaça, abóbora, girassol e gergelim. Fontes de

fibras, vitaminas, sais minerais, elas ganham espaço por serem antioxidantes,

regularizam o funcionamento do intestino, protege das doenças cardiovasculares, e

atuam no combate da osteoporose (SAND, 2004).

Segundo especialista, devido à idade, existe uma tendência natural do osso

em não se consolidar, ou seja, normalmente a fratura exige tratamento cirúrgico para

auxiliar a cicatrização óssea. Em casos de osteoporose a cicatrização é ainda mais

demorada. Pode-se notar que a perda de massa óssea num idoso é

comprometedora fazendo com que a recuperação seja mais lenta (KNOPLICH,

1993).

1.3.2 Recomendações

Recomenda-se a ingestão de água que deve ser consumida aleatoriamente,

pois a mesma é fonte de vida. Seu papel é fundamental no trato digestivo, e seus

bons reflexos são sentidos em todo organismo. Com relação à atividade física

realizada, e/ou maior temperatura do ambiente tanto maior ainda deve ser a

quantidade de água ingerida. Uma recomendação diária adequada para adultos, na

maioria dos casos, é de 2,5 litros (350ml/kg peso), para crianças, de 150 ml/kg e

para bebês 60ml/kg de peso corpóreo (CORRÊA, 2002).

Segundo Goldenberg (2006), com relação à osteoporose, a água tem por

função ajudar na prevenção e auxiliar nas funções gastrointestinais, pois mantém o

organismo hidratado. A Vitamina D desempenha importante papel na manutenção

dos órgãos. Tanto a vitamina D como os raios solares fortalecem a estrutura óssea,

prevenindo as fraturas.

Regula os níveis de cálcio e fósforo no organismo promovendo sua absorção

dos alimentos no intestino e reabsorção de cálcio nos rins. Promove a formação

óssea e a mineralização, sendo essencial para um esqueleto forte. Porém, em níveis

muito altos, promove a reabsorção dos ossos. Afeta o sistema imunológico

promovendo a imunossupressão, fagocitose e atividade antitumor (GOLDENBERG,

2006).

27

Page 28: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

A vitamina D atuando com o cálcio solidifica a estrutura óssea com mais

êxito. A principal fonte de sintetização da vitamina D é o sol. E pode ser encontrada

em pequenos números de alimentos, tais como fígado, ostras, gema de ovo. Sendo

um componente essencial no tratamento da osteoporose, a vitamina D, é

recomendada a todos os pacientes no intuito de obter a redução de fraturas, e suas

desagradáveis conseqüências. Todas essas recomendações são importantes para

que o indivíduo possa incorporá-las no seu dia-a-dia, para ser beneficiado com uma

boa condição nutricional (GOLDENBERG, 2006).

2 OSTEOPOROSE

Fragilidade, fraturas, costas encurvadas e perda de peso são características

que todos nós estamos familiarizados, pois normalmente consideramos

conseqüências normais no processo de envelhecimento. Na realidade, estes são

sintomas de uma doença, a osteoporose, que pode ser evitada com atitudes que

deveriam ter sido tomadas mais cedo (KNOPLICH, 1993).

A osteoporose é uma doença dos ossos associada com a idade, sendo mais

habitual em mulheres na pós-menopausa, época em que acontece queda no nível

de estrogênio. Consiste no enfraquecimento devido à diminuição gradual de massa

óssea, tornando os ossos frágeis e susceptíveis a fraturas, especialmente nas

regiões do quadril, punho e vértebras. Dentre as principais causas desta doença

encontramos a ingestão inadequada de cálcio, deficiência de estrogênio e o

sedentarismo (CORRÊA, 2002).

Estudos comprovam que a atividade física beneficia o esqueleto

aumentando a massa óssea, reduzindo assim o risco da osteoporose. Em

contrapartida a imobilização o desgasta (KNOPLICH, 1993).

De acordo com o Ministério da Saúde (2006), a osteoporose é um problema

de saúde pública grave, pois provoca elevados gastos com a reabilitação de idosos

que sofrem fraturas. Além de vitimizar inúmeras pessoas no mundo todo, é um

problema de difícil solução, pois não tem cura. Ela pode ser apenas amenizada,

através de um tratamento permanente.

28

Page 29: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

2.1 Definição

A osteoporose é uma diminuição progressiva da massa óssea, que faz com

que os ossos se tornem mais frágeis e favoráveis às fraturas. É definida como uma

doença que generaliza o esqueleto, caracterizada por diminuição da densidade

mineral e alterações na arquitetura dos ossos, predispondo os seus portadores às

fraturas (HELITO et al.,2006).

De acordo com Knoplich (1993), por causa da ausência de sintomas as

pessoas podem perder massa óssea durante anos, mas só percebem a existência

da doença na incidência de episódios mórbidos mais graves. Por este motivo, alguns

autores e associações médicas a têm como uma ‘doença silenciosa’.

Outros autores consideram também um conceito mais técnico e menos

clínico, denominado de conceito densitométrico da osteoporose. O conceito norteia-

se no fato de que a medida da densidade mineral óssea forma a base do diagnóstico

da osteoporose ( FRISCHENBRUDER e ROSE, 1996).

A osteoporose caracteriza-se pela diminuição da densidade mineral óssea,

seguida pela deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, que, ao aumentar a

fragilidade dos ossos, propicia maior risco de fraturas (MIELI, MENDES e

LAURENTI, 2005) (Ver figura 05).

29

Page 30: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

Figura 05: Vértebras normais e OsteoporóticasFonte: Knoplich (1993, p. 23).

Os minerais como o cálcio e o fósforo dão solidez e densidade aos ossos. O

organismo necessita de um fornecimento adequado de cálcio e de outros minerais

para garantir a densidade dos ossos, além disso, deve produzir as quantidades

suficientes de hormônios para manutenção do mesmo (GOLDENBERG, 2006).

Também precisa de um estoque adequado de vitamina D para conseguir

absorver o cálcio dos alimentos e incorporá-lo nos ossos. Estes maximizam a sua

densidade ao máximo até por volta dos 30 anos de idade. A partir de então, a

densidade diminui lenta e gradativamente. Quando o organismo não tem capacidade

de controlar o conteúdo mineral dos ossos, estes perdem densidade e tornam-se

mais frágeis, provocando osteoporose. No entanto, se faz necessário reforçarmos a

definição de estrutura óssea e mineração dos ossos (CORRÊA,2002).

2.2 Processos de remodelamento ósseo

Os ossos do esqueleto são formados por uma camada externa densa,

denominada cortical, que envolve estrutura interna trabeculada, com maior

área, denominada osso trabecular ou esponjoso. O osso é formado

predominantemente pelo colágeno do tipo I, onde se depositam cálcio e fósforo. A

30

Page 31: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

resistência óssea depende do armazenamento deste mineral. A quantidade e a

resistência vão ser proporcionais ao número de furos. Se possuírem buracos

maiores o osso se quebrará com mais facilidade, se não acontece isso, a resistência

aumentará. Subtendendo que a osteoporose é a perda da matriz óssea e com

menos matriz, maior eliminação de cálcio e assim o osso passa a ficar menos

resistente (IMAMURA,IMAMURA e HIROSE-PASTOR, 1999).

Tomando como base o conceito da estrutura normal do osso segundo

Compston (2001, p.11) temos:

Os ossos normais são constituídos pela camada de osso compacta e sólida que circunda placas e trabéculas conectivas de osso (osso esponjoso) dentro das quais se encontra a medula óssea. A espessura da camada externa do osso compacto é variável nas diversas partes do esqueleto; por exemplo, é muito maior no crânio e ossos das pernas e braços do que na coluna. O osso é, na verdade formado principalmente por uma proteína chamada colágeno e pelo mineral do osso que contém cálcio.

O osso está em constantes transformações e necessita continuamente ser

renovada para garantir suas características, entre elas a resistência. Assim,

constantemente o osso velho vai sendo destruído e substituído por um osso novo e

consequentemente mais resistente. Se este processo não existisse na superfície

óssea, nosso esqueleto sofreria lesões mesmo durante a juventude. A este processo

dá-se o nome de remodelação óssea (COMPSTON, 2001).

As unidades básicas que proporcionam a remodelação do osso (fig.6) são

independentes e individuais, constituindo-se cada uma de osteoblastos e

osteoclastos, para formação e reabsorção, respectivamente. Ou seja, os

osteoblastos produzem osso novo e os osteoclastos destroem o osso. Como

mencionam Freire e Aragão (2004, p.3):

Osteoclastos aparecem na superfície do osso e são responsáveis pela reabsorção, que é o processo por meio de onde cristais de fosfato de cálcio são removidos do osso e são absorvidos pelo sangue. Depois que a fase de reabsorção é completada, os osteoblastos aparecem e são responsáveis por formação de osso novo. (Ver figura 06).

31

Page 32: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

Figura 06: O osso está constantemente sendo remode-lado.Para isso dá-se o nome de turn-over,por causa da ação de dois tipos células.Essa reinervação libera cálcio.Fonte: Knoplich (1993, p. 25).

De acordo com que envelhecemos, os osteoclastos se tornam mais ativos

que os osteoblastos, diminuindo sua atividade, resultando em uma maior remoção

de osso e uma menor quantidade é formada gerando a perda de massa óssea. Os

osteoblastos, apesar de ativos, não são capazes de reconstruir completamente as

cavidades ósseas reabsorvidas pelos osteoclastos e a partir daí inicia-se uma perda

excessiva de massa óssea, passando de osteopenia para osteoporose

(COMPSTON, 2001).

A osteoporose ocorre quando os osteoclastos criam uma cavidade

excessivamente profunda que não consegue ser suficientemente preenchida pelos

osteoblastos ou quando estes não conseguem preencher uma cavidade de

reabsorção normal. (FREIRE e ARAGÃO, 2004, p.3).

2.3 Classificações da Osteoporose

Existem duas classificações de osteoporose: a primária que se divide em

32

Page 33: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

dois tipos, tipo1 ou pós-menopausa causada por fator de perda hormonal, natural do

envelhecimento e tipo 2 ou senil, que está relacionada com idade avançada. E a

secundária que está relacionada a doenças endócrinas ou interação

medicamentosa. Quando uma pessoa permanece numa cama sem se locomover e

sem se movimentar, o organismo inicia uma retirada de cálcio do osso,

manifestando assim a osteoporose. Por isso, uma pessoa que necessita ficar

acamada, corre muito risco neste sentido (KNOPLICH,1993).

A osteoporose pode classificar-se em osteoporose primária e osteoporose

secundária.A osteoporose primária é a forma mais comum e é diagnosticada

unicamente depois de excluir todas as causas possíveis. (MATSUDO e MATSUDO

1991).

Relacionada com a idade, ocorre normalmente em mulheres na fase da pós-

menopausa. Nesta forma de osteoporose há menor quantidade de osso, mas

qualitativamente este osso é normal, porém a resistência mecânica do esqueleto

está diminuída (FRISCHENBRUDER e ROSE, 1996, p.37)

A osteoporose secundária, normalmente resulta da ingestão de

medicamentos ou de doenças identificáveis, conforme demonstra o quadro a seguir:

Quadro 1: Possíveis causas de osteoporose secundária

Endocrinopatias: Outras patologias que afetam o metabolismo ósseo:

Hiperparatireoidismo Desnutrição

Tireotoxicose Neoplasias produtora de PTHrp

Condições de hipoestrogenismo pós-menopausa (fisiológica ou cirúrgica)

Uso prolongado de corticóides, heparina, anticonvulsivantes

Hipogonadismos Anorexia nervosa

Hipertireoidismo DPOC

Diabetes mellitus Doenças hematológicas / infiltrativas da medula como mastocitose; mieloma, leucemias e linfomas

Hiperprolactinemia, prolactinoma

AIDS

Hipercortisolismos Doenças renais

33

Page 34: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

Síndrome de Cushing Doenças do aparelho conjuntivo como: artrite reumatóide, osteogênese imperfeita

Doenças gastrointestinais como síndrome de má absorção

Doença inflamatória intestinal, doença celíaca e colestase pós transplantes

Imobilização prolongada

Fonte: MINISTÉRIO DA SAÚDE (2006, p. 19).

Na osteoporose secundária a perda óssea que leva à mesma fragilidade

esquelética é causada por uma doença que desequilibra os mecanismos

deformação e reabsorção óssea e seu tratamento e prevenção estão ligados à

doença de base. (FRISCHENBRUDER e ROSE, 1996) .

Segundo Mieli, Mendes e Laurenti (2005), a causa da osteoporose pós-

menopáusica é a falta de estrogênio, o principal hormônio feminino que ajuda a

regular o fornecimento de cálcio aos ossos. Em geral, os sintomas aparecem em

mulheres dos 51 aos 75 anos de idade; não obstante, podem começar antes ou

depois dessas idades. Nem todas as mulheres têm o mesmo risco de desenvolver

uma osteoporose pós-menopáusica (as mulheres das etnias: branca e oriental são

mais propensas a esta doença que as mulheres de etnia negra).

A osteoporose senil é o resultado de uma deficiência de cálcio relacionada

com a idade e de um desequilíbrio entre a velocidade de degradação e de

regeneração óssea, se manifesta em pessoas de idade avançada. Afeta, em geral,

pessoas com mais de 70 anos e é duas vezes mais frequente nas mulheres que nos

homens. As mulheres, com frequência, sofrem de ambas as formas de osteoporose,

a senil e a pós-menopáusica (ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE,

2003).

Menos de 5 % das pessoas que padecem de osteoporose sofrem de uma

osteoporose secundária (induzida por outras perturbações de saúde ou por

medicamentos). Na sequência de certas doenças, como a insuficiência renal crônica

e certas perturbações hormonais (especialmente da tiróide, das paratireóides ou das

supra-renais) ou da administração de alguns medicamentos, como corticosteróides,

barbitúricos, anticonvulsivantes e quantidades excessivas de hormona tiroideia. O

consumo excessivo de álcool e de tabaco agrava a afecção (MINISTÉRIO DA

SAÚDE, 2006).

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Page 35: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

A osteoporose juvenil idiopática é uma doença pouco frequente, de causa

desconhecida. Aparece em crianças e adultos jovens, sem perturbações hormonais

nem carências de vitaminas, e que não apresentam qualquer razão óbvia para ter

ossos débeis (FREIRE e ARAGÃO, 2004).

Bowman e Spangler (1997, p. 24) sugerem que

A osteoporose poderia ser classificada em dois tipos, de acordo com a sua origem e a época em que se manifesta: osteoporose primária e osteoporose secundária. A osteoporose primária, por sua vez, é classificada em dois subtipos: osteoporose do tipo I (associada com deficiência de estrogênio) e osteoporose do tipo II ou senil (relacionada com a idade) a osteoporose do tipo I incide principalmente sobre os ossos trabeculares, afetando os corpos vertebrais e a parte distal do rádio, apresentando uma taxa de perda da DMO em torno de 3% a 5% ao ano.

Thacker, Nagler e Paul (1997) relatam que na osteoporose do tipo

II,também denominada de osteoporose senil, tanto os ossos corticais quanto os

trabeculares,tendo uma maior incidência sobre os ossos dos quadris .

Bowman e Spangler (1997) afirmam que neste tipo de osteoporose, a perda

da DMO situa-se em torno de 1% ao ano.

Chow, Harrison e Dornan (1989, p.12) referem que:

O pico de massa óssea do osso cortical é influenciado pelo sexo, raça, nutrição, exercício e a saúde global. A massa óssea é 30% maior nos homens que nas mulheres, e aproximadamente 10% mais alta na população negra do que na branca. Em cada população, a massa óssea pode variar entre os indivíduos. Uma em cada duas mulheres e um em cada oito homens com idades superiores a 50 anos, relatam fraturas correlacionadas com a osteoporose.

2.4 Causas

A osteoporose pode se desenvolver em qualquer pessoa, mas algumas têm

maior risco de apresentar a doença do que outras. A redução da massa óssea

decorrente do hipogonadismo também está relacionada com a diminuição da

absorção intestinal de cálcio. O estrógeno tem ação direta sobre a mucosa intestinal

e indireta, medida pela vitamina D. Sendo assim, espera-se, na deficiência de

estrógeno, diminuição do numero de receptores para vitamina D no intestino e

menor conversão renal da vitamina D inativa em sua forma ativa (MINISTÉRIO DA

SAÚDE, 2006).

A causa mais comum de osteoporose nas mulheres é a menopausa. Com a

35

Page 36: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

falência ovariana, não há mais hormônios femininos sendo produzidos, e há perda

do fator protetor sobre o osso. Com isso, a reabsorção comanda a situação em

detrimento da formação e o osteoblasto torna-se incapaz de reparar a reabsorção

óssea acelerada (BOWMAN e SPANGLER, 1997).

Segundo Knoplich (1993), os fatores que influenciam o risco de fraturas

incluem fragilidade esquelética, freqüência e gravidade de quedas e massa tecidual

ao redor do esqueleto. A prevenção de fraturas osteoporóticas, portanto, é

focalizada na preservação ou incremento do material e propriedades estruturais do

osso, a prevenção de quedas e a melhora da massa total de tecido magro. (Ver

figura 07).

Figura 07: Estas seriam as causas da osteoporose, também chamadas fatores de risco.Fonte: Knoplich (1993, p. 84).

2.5 Sintomas e Consequências da Osteoporose

Os Sintomas da osteoporose aparecem somente após ocasiões de fratura,

até então as pessoas vitimadas pela doença não manifestam indicativos da evolução

da doença. Devido também a osteoporose apresentar normalmente um avanço lento

e gradual, além de fazer parte do processo natural do envelhecimento. Os principais

sintomas da osteoporose são dor lombar, múltiplas fraturas, geralmente das

vértebras, quadril e região distal do rádio, perda de altura e deformidade da coluna,

como a hipercifose. (MATSUDO e MATSUDO, 2001).

36

FATORES SECUNDÁRIOS TIRÓIDEPARATIRÓIDESUPRA RENALDOENÇAS RENAISDIABETESIMOBILIZAÇÃOOPERAÇÃO DE ESTÔMAGO EINTESTINO

FATORES AMBIENTAIS

Page 37: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

De acordo co Knoplich (1993), com o envelhecimento e a incidência de

algumas doenças, os ossos se desgastam e ficam menos densos e naturalmente

mais frágeis, podendo quebrar-se facilmente. Estas fraturas provocadas pela

instabilidade óssea é a característica principal da osteoporose, e acometem em

maior quantidade na coluna, quadris, perna e punhos. (ver figura 08).

Figura 08: A perdada massa óssea segundo a idade nos três tipos de fratura osteoporótica mais frequentes.Fonte: Knoplich (1993, p. 68).

O risco de fratura como conseqüência da osteoporose eleva-se bastante

com a idade, conforme menciona Compston (2001, p. 8):

Aos 80 anos, uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens tem a possibilidade de fraturar o quadril. A mesma proporção se espera em fraturas na coluna. Aos 50 anos, uma mulher tem até o fim de sua vida, 40% de possibilidade de ter uma fratura causada por osteoporose. No homem, esse risco está em torno de 13%.

A osteoporose não produz dores nos ossos, assim comumente falado. As

dores surgem depois que já ocorreram as fraturas. Na coluna vertebral a dor se

relaciona com micro fraturas ocorridas pela compressão vertebral ou encurtamento.

37

Page 38: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

Há também as fraturas parciais e/ou completas as quais levam o paciente a uma

péssima qualidade de vida (TERRA et al.,2003).

O avanço da osteoporose é silencioso. O indicativo principal é o

aparecimento das fraturas. Depois que aparecem as fraturas na coluna, pode surgir

dores e deformidades na coluna. As fraturas resultantes da osteoporose provocam

dor e invalidez; podendo persistir por toda a vida em alguns casos, mas enquanto

que outras vão desaparecer ou aliviar ( Knoplich, 1993).

Figura 09: Densidade óssea da coluna vertebral, nas vértebras L2 e L4 de mulheres. Verificar que de 50 a 60 anos, a perda de massa óssea é de 1,3% ao ano, o que é muito, e depois passa para 0,4% ao ano. A linha horizontal é o limite de fragilidade do osso, com perigo de fratura. Fonte: Knoplich, (1993, p. 76).

2.6 Prevenção e Tratamento

2.6.1 Medidas de Prevenção contra a osteoporose

Como citado anteriormente, existem vários fatores do estilo de vida que

acometem a massa óssea. Baseados nisto, as pessoas podem tomar medidas que

favoreçam a saúde dos ossos, como por exemplo, a ingestão de uma dieta

balanceada e a incorporação de exercícios físicos no cotidiano (CORRÊA, 2002).

38

Page 39: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

Para Rennó (2001), a prevenção é feita sem o uso de medicamentos,

apenas adotando medidas simples como a atividade física, que se iniciada

precocemente na vida contribui para uma maior formação de massa óssea. Outra

medida preventiva é a ingestão diária de alimentos ricos em cálcio e exposição ao

sol também são aconselhadas. Como menciona Carvalho, Fonseca e Pedrosa

(2004):

Embora já estejam bem estabelecidos os benefícios das mudanças nos hábitos de vida como um importante fator modificável relacionado à saúde óssea, a sua importância e o conhecimento de que a prevenção de perda de massa óssea pode ser feita com alimentação bem balanceada e a prática regular de exercício físico nem sempre é do conhecimento da população.

É conveniente a suplementação de cálcio e vitamina D em alguns casos,

quando as pessoas que não extraem o cálcio de que necessitam dos alimentos e

não menos importante deve-se, tomar cuidados com pisos deslizantes, corrimão nas

escadas, iluminação no interior da casa, posição dos móveis, e proteção em

banheiros, pois são medidas que evitam quedas principalmente de idosos (OKUMA,

1998).

Fisioterapia é indicada para garantir o equilíbrio e terapia ocupacional para a

inserção de condições seguras no domicílio, previnem-se as quedas. Pra se prevenir

as fraturas e preservar a estrutura óssea, é interessante enfocar a prevenção de

quedas e a melhoria da massa magra total, ocorrendo assim um maior

fortalecimento e equilíbrio (CHOPRA, 1994).

2.6.2 Tratamento da Osteoporose

Atualmente não existe um tratamento específico de reversão do quadro da

osteoporose, mas muitas coisas podem ser feitas para minimizar ou retardar as

perdas ósseas no futuro e também aliviar os sintomas que causam dor. E ainda para

ajudar a restabelecer a confiança e a mobilidade, a fisioterapia é indicada (SAND,

2004).

39

Page 40: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

O tratamento da osteoporose abrange a cessação da dor, a melhoria da

mobilidade do corpo, o acompanhamento auxiliar para enfrentar os efeitos

psicossociais da doença e o combate a diminuição óssea (KNOPLICH, 1993).

A maioria das pessoas com osteoporose procura entender bem sobre a

doença, para que possam adotar alternativas de tratamento, sem que haja a

necessidade da interação medicamentosa, quando isso se faz possível. Diante disto,

procuram adotar exercícios, variação na dieta e afastamento do perigo de quedas e

uma vez que os pacientes com osteoporose se tornam mais confiantes e sentem

que tem maior controle da doença, atingem resultados mais rápidos em sua

recuperação (HELITO et al., 2006).

3 ATIVIDADE FÍSICA NA PROFILAXIA DA OSTEOPOROSE

A atividade física promove benefícios em qualquer período da vida e na

terceira idade, ela continua apresentando os mesmos efeitos que antes. Como

afirma Rebelatto et al (2006) quando retrata a importância do exercício físico:

A prática regular de exercícios físicos é uma estratégia preventiva primária, atrativa e eficaz, para manter e melhorar o estado de saúde física e psíquica em qualquer idade, tendo efeitos benéficos diretos e indiretos para prevenir e retardar as perdas funcionais do envelhecimento, reduzindo o risco de enfermidades e transtornos freqüentes na terceira idade tais como as coronariopatias, a hipertensão, a diabetes, a osteoporose, a desnutrição, a ansiedade, a depressão e a insônia.

O exercício é benéfico para os ossos, assim como para outros aspectos de

nossa vida. A inatividade total acarreta uma acelerada perda óssea, e em contra

partida os exercícios que usam o peso do corpo ajudam, na verdade, a maximizar a

massa óssea, principalmente em crianças e adolescentes (PORTO, 2008).

Em idosos, o exercício físico pode regredir a perda óssea decorrente com o

aumento da idade e proporcionar melhoria nas condições gerais do estado físico do

corpo, diminuindo assim o risco de quedas e uma eventual fratura (SAFONS e

PEREIRA, 2007).

40

Page 41: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

3.1 Efeitos do exercício na osteoporose

A atividade física cientificamente é um dos mais significativos meios para se

reduzir e até controlar o processo evolutivo da osteoporose. Quando a atividade

física está suficientemente presente ocorre hipertrofia óssea revertendo ou inibindo a

osteoporose já instalada ou a osteoporose em evolução (SACHS, 1995).

Segundo Okuma (1998), quando a força é exercida sobre o osso, ele tende

a gerar uma leve curvatura e assim, desencadear inúmeras reações que estimulam

as células locais a aumentar a massa óssea possibilitando-o suportar o esforço.

Caso contrário, sem a aplicação de força sobre o osso, ele não se sentirá estimulado

a se fortalecer, e conseqüentemente continua perdendo massa óssea.

Segundo Porto (2008), devido a esse motivo, o peso total do corpo

influencia diretamente a densidade mineral óssea, e dados demonstram que

pessoas com mais peso possuem ossos mais fortes. Além de fortificar a musculatura

e evitar quedas e a possibilidade de fratura e traumatismo. Conforme afirmam

Matsudo e Matsudo (1991, p.19) “é fundamental incrementar a força muscular, já

que sua perda é associada com instabilidade, quedas, incapacidade funcional e

perda de massa óssea”.

A ausência de força favorece as quedas. Para o idoso a queda é resultado

de um aparelho locomotor enfraquecido e fragilizado e se este tem osteoporose ou

uma musculatura muito fraca, poderá cair até mesmo em situações consideradas

seguras. Daí a importância da prática regular de atividades físicas (CHOPRA, 1994).

Como mencionam as Professoras Simões, Carvalho e Morais (2003)

Os exercícios aeróbios de baixo impacto, como caminhadas, estimulam a formação osteoblástica e previnem a reabsorção; exercícios com pesos leves aumentam a massa muscular e a força dos músculos esqueléticos. Lembrar que a diminuição da força do quadríceps é um risco para ocorrência de fraturas do quadril.

O efeito do beneficiamento por meio de exercícios físicos varia de acordo

com o estado de saúde, ou seja, uma pessoa saudável poderá executar exercícios

com grau de complexidade maior e conseqüentemente melhores resultados.

Estudos com pessoas saudáveis com idade acima de 60 anos indicaram que estas

perdem de 1% a 2% da sua força muscular por ano. Outros estudos demonstram

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Page 42: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

que, com um programa de exercícios adequado, homens e mulheres entre 60 e 65

anos conseguem aumentar sua capacidade de força em 30 a 40% (OKUMA, 1998).

Com o fortalecimento da musculatura aliado ao aumento da mobilidade

articular, por meio de exercícios de alongamento, a pessoa idosa recupera sua

habilidade para caminhar ou subir degraus, ficando mais preparada para evitar

quedas e garantindo sua independência (KNOPLICH, 1993).

3.2 Tipos de exercícios

Os exercícios indicados para pessoas com osteoporose são os realizados

com pesos moderados à 60% de sua carga máxima (musculação, ginástica

localizada, entre outros), ou aqueles que usam o peso do corpo como sobrecarga.

As atividades físicas com o uso de peso possuem o estímulo satisfatório

aumentando assim a massa óssea, indivíduos idosos que praticam essa atividade

passam a apresentar maior densidade de tecido ósseo nas vértebras em relação às

pessoas sedentárias e uma boa opção é combinar musculação com exercícios

aeróbicos (MATSUDO e MATSUDO, 1991).

Para a prevenção da osteoporose os esportes se enquadram perfeitamente

nesta mesma vertente, principalmente aqueles de grande impacto, como corrida,

vôlei, basquete ou handebol, pois o peso do corpo em movimento incide sobre os

pés e a ossatura em geral, proporcionando assim resultados mais satisfatórios na

manutenção da resistência dos ossos (FLECK e KRAEMER, 1999).

Segundo Chopra (1994), a dança e caminhadas são atividades que

agradam enormemente os idosos e são recomendadas por serem leves e

apresentam benefícios biológicos, psicológicos e sociais.

De acordo com Chiesa (2010), podemos mencionar como atividades

eficazes para a prevenção da osteoporose como: a corrida, o treinamento contra

resistência, exercícios que promovam impactos como a ginástica olímpica, aulas de

ginástica aeróbia de alto impacto e ‘step class’ (como demonstra a figura 10),

desportos como o voleibol e o basquetebol, ou mesmo pular corda ou saltitar no

mesmo lugar. Por outro lado, a grande maioria dos resultados das pesquisas tem

demonstrado que as atividades físicas, quando realizadas com menor presença da

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Page 43: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

força da gravidade terão um pequeno impacto sobre a DMO. Como exemplos,

podemos citar a natação e ciclismo, a serem praticados para obtenção de massa

óssea. (ver figuras 11 e 12).

Figura 10: step class Figura 11: Natação Figura 12: Ciclismo

Fonte: www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/natação.html. Acessado: em 14/1/10

Idosos que apresentam osteoporose necessitam de cuidados especiais

durante a prática física. Para minimizar ao máximo o risco de fraturas, os

movimentos devem ser harmoniosos e sem solavancos. A coluna vertebral deve se

manter sempre ereta e a lombar preservada, para esses cuidados serem seguidos é

preciso considerar quatro princípios de suma importância para o bom desempenho

fisiológico do paciente idoso (PORTO,2008).

De acordo com McArdle, Katch e Katch (1998, p. 379):

O primeiro é o princípio da sobrecarga, que preconiza que, para haver uma resposta fisiológica ao treinamento físico, é necessário que esse seja realizado numa sobrecarga maior do que a que se está habituado, a qual pode ser controlada pela intensidade, duração e freqüência do exercício. O segundo é o princípio da especificidade, que se caracteriza pelo fato de que modalidades específicas de exercício desencadeiam adaptações específicas que promovem respostas fisiológicas específicas. O terceiro é o princípio da individualidade, pelo qual deve-se respeitar a individualidade biológica de cada indivíduo na prescrição de um determinado programa de exercícios, pois a mesma sobrecarga e modalidade de exercício irá provocar respostas de diferentes magnitudes em diferentes indivíduos. O quarto e último princípio é o princípio da reversibilidade, que se caracteriza pelo fato de que as adaptações fisiológicas promovidas pela realização de exercício físico retornam ao estado original de pré-treinamento quando o indivíduo retorna ao estilo de vida sedentário.

Norteando-se por estes princípios, é possível selecionar os tipos de

exercícios adequados tanto para prevenção quanto tratamento da osteoporose. E

Considerando que após exercícios mais intensos devem-se associar os

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Page 44: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

alongamentos. Ao mesmo tempo em que fortalece os músculos e ossos, deve

relaxar a mente e as tensões tão frequentes nessa ocasião. Exercícios respiratórios

são importantes para uma boa oxigenação do sangue em conseqüência do

organismo em geral (KNOPLICH, 1993).

A maioria dos exercícios melhora o fôlego, emagrecem, combatem o stress,

o colesterol e a osteoporose na mulher com menopausa, mas isso não significa que

um excesso de exercícios aumentaria todas essas vantagens. Ao contrário, podem

aumentar as dores na coluna, trazer problemas sérios de aumento do apetite e até

aumentar a osteoporose (CHOPRA, 1994).

As mulheres mais idosas podem começar, ao invés de andar na rua ou no

clube, a andar em casa, no quintal, dando inúmeras voltas nestes ambientes. Outra

atividade inicial é a bicicleta ergométrica, em que a mulher fica numa posição ereta

adequada, pedalando, melhorando a oxigenação e fortalecendo os ossos

(KNOPLICH, 1993).

3.3 Frequência e duração da atividade física

Okuma (1998) sugere que, pessoas com osteoporose devem começar os

exercícios lentamente, antes de começar as atividades físicas na academia deve-se

fazer uma reeducação na respiração, ou seja, ter uma respiração mais prolongada,

inspirando e expirando lentamente e assim adaptando os músculos para essa

atividade. Começar andando cinco minutos, inspirando e expirando o ar

profundamente. Quando conseguir andar rapidamente por 30 minutos, sem sentir

dores pelo corpo, o indivíduo estará pronto para começar os exercícios de

musculação. Cada indivíduo possui estruturas físicas e psicológicas individualizadas,

pois, o ser humano é a união entre as características do genótipo (carga genética

recebida) com o fenótipo (carga geral de elementos que são adicionados ao

indivíduo após o nascimento) que formam o suporte de individualização humana.

Por conseguinte, essas características devem ser respeitadas e trabalhadas

individualizadamente. No quadro 02 a seguir encontram-se algumas características

do genótipo e do fenótipo humano.

Quadro 02: Algumas características do genótipo e do fenótipo humano

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Page 45: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

Genótipo Fenótipo

Estatura Habilidades motoras e esportivas

Biótipo ou estrutura corporal Nível intelectual

Aptidões físicas e intelectuaisConsumo máximo de oxigênio e limiar

anaeróbio

Força máxima Percentual de fibras musculares

Composição corporal  

Percentual dos tipos de fibras musculares

 

Fonte: Chiesa (2010).

Para o treinamento da força e da endurance musculares, devem-se

trabalhar os grandes grupos musculares. Duas a três séries de seis a 12 repetições

aumentam tanto a força quanto a endurance musculares. Propõe-se a realização de

duas a três vezes por semana, utilizando uma intensidade equivalente a

aproximadamente 60% de uma repetição máxima. A partir dos 55 anos de idade, as

pessoas já têm problemas na coluna, no joelho, no quadril; assim, muitos

movimentos são às vezes doloridos e pouco prazerosos (NOBRÉGA, 1999).

Os exercícios aqui sugeridos para pessoas com osteoporose devem ser

feitos de preferência deitados para proteger a coluna. (ver figura 13).

Figura 13: Exercícios sugeridos para pessoas com osteoporoseFonte: Knoplich (1993, p. 161).

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Page 46: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

A seguir veremos sugestões de exercícios segundo Knoplich (1993):

Figura 1 – Deitada em decúbito dorsal inspire e expire - 5 vezes de cada.

Com a perna flexionada, contraia e descontraia os músculos das nádegas. Faça 5

vezes, conte até 10. Fazer o mesmo com os músculos da barriga. Contrair os

músculos abdominais (5 vezes). Conte até 10 com os músculos contraídos. Cada

vez que fizer uma contração, tanto dos músculos das nádegas como os abdominais,

faça os exercícios respiratórios.

Figura 2 – Com uma das pernas apoiada ao chão, levantar a uma pequena

altura a outra perna, em seguida abaixá-la lentamente. Contrair os músculos da

coxa, da barriga e da perna, e conte até 5. Depois solte os músculos, mas deixe a

perna ligeiramente levantada. Respire (inspire e expire). Faça com a outra perna da

mesma maneira.

Figura 3 – Faça o mesmo com as duas pernas. Faça com os olhos abertos

e com os olhos fechados - Concentre a “força” de levantar as pernas.

Figura 4 – Flexionar uma perna até encostar-se ao peito. Faça força com os

braços para apertar a perna e com a perna procure esticar. Você está fazendo duas

forças contrárias, uma apertando a perna e a outra procurando esticar. É um

exercício sem movimento, mas eficiente para músculos e ossos. Conte até 5.

Respire.

Figura 5 - Fazer com as duas pernas exerçam o mesmo tipo de forças

antagônicas. Conte no começo até 3 e vá aumentando.

Figura 6 – Posicionar as pernas em ângulo de 90°. Fazer tesoura

(movimentos de abdução e adução)ou abaixar e levantar.

Todos esses exercícios realizados devagar com prazer, acompanhados de

música e da respiração, ajudam na oxigenação do corpo e no fortalecimento da

DMO.

3.4 Recomendações sobre o estilo de vida para um envelhecimento saudável

A adoção de um comportamento preventivo é um dos quesitos para que

uma pessoa tenha bem estar e um envelhecimento saudável, ou seja, atitudes de

auto-cuidado contra riscos da vida moderna. São muitos os comportamentos que

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Page 47: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

são recomendados como preventivos para se ter um estilo de vida melhor e

consequentemente um envelhecimento com saúde, tais como mudanças na

alimentação tornando-a balanceada e enriquecida com cálcio e vitamina D que

devem ser ingeridos em quantidades adequadas, das fontes certas, além de

exposição regular ao sol (em horários adequados) para que se haja a sintetização

da vitamina D no organismo (GOLDENBERG, 2006).

Comer bem, em primeiro lugar, não fazer dietas rigorosas, daí a importância

de uma boa alimentação. Nunca prive o sono, pois é muito importante. Os efeitos da

privação do sono são visíveis e nítidas, embora algumas pessoas não apresentem

olheiras, olhos vermelhos ou bocejos no meio do dia, existem fatores que vão se

acumulando e formando uma bomba pronta para explodir e desencadear inúmeras

doenças. Devemos sempre lembrar que enquanto dormimos, nosso corpo trabalha.

Controlar o estresse (CORRÊA, 2002).

Outro inimigo de uma vida saudável é nossa resposta emocional para os

acontecimentos de nossa vida, ou seja, é a maneira de lidar com ela. Evitar o uso de

drogas e tabaco, restringir a ingestão de bebidas alcoólicas, praticar atividade física

para viver em constante condicionamento. Fazer exercícios, eles ajudam a fortalecer

os ossos e, conseqüentemente, a reduzir a perda de massa óssea. Uma boa opção

é combinar musculação com exercícios aeróbicos. Evite o sedentarismo, estima-se

que a inatividade hoje é um importante fator de risco à saúde (CHOPRA, 1994).

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (2003, p.64), estudos

indicam que:

Atividade física regular diária é fundamental para prevenir doenças crônicas, junto com uma alimentação saudável e a eliminação do hábito de fumar. Para o indivíduo, é um meio poderoso de evitar doenças crônicas. Para os países, pode construir uma maneira econômica de melhorar a saúde de toda a população. Pesquisas mostram que atividade física regular fornece às pessoas de ambos os sexos, de todas as idades e condições – incluindo as portadoras de deficiências – muitos benefícios físicos, sociais

Não beber em excesso, pois consumir mais do que pequenas doses de

bebida alcoólica ao dia prejudica a formação dos ossos e reduz a habilidade do

organismo de absorver o cálcio. Não abusar da carne, principalmente pessoas com

osteoporose, pois estudos mostram que as proteínas aumentam a excreção de

cálcio, mas do que a absorção. Não fumar, o cigarro aumenta a perda de massa

óssea, além de desencadear um elevado número de doenças devido o consumo de

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Page 48: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

monóxido de carbono e outras substâncias nocivas. Concentrar nossa atenção

nestas recomendações e praticá-las, com certeza estaremos contribuindo

enormemente para a garantia de um envelhecimento saudável. Medidas simples e

indolores que podem propiciar um estilo de vida agradável, com saúde, bem estar e

livre de doenças (MEDINA, 1990).

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Page 49: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao aprofundarmos nossos conhecimentos direcionados ao envelhecimento,

podemos constatar que a osteoporose é uma patologia que não apresenta sintomas,

e a qual expõem os ossos a uma perda e comprometimento da massa óssea,

tornando-os mais suscetíveis às fraturas. Esse fato pode ser amenizado ou

controlado com medidas preventivas, tais como: banho de sol( auxilia na síntese da

vitamina D), ingestão de alimentos ricos em cálcio, e com mais ênfase, e de notável

importância a prática da atividade física, sendo preferencialmente assistida por um

profissional adequado.

Observamos que as mulheres brancas e asiáticas apresentam maior

tendência a desenvolver a osteoporose, com relação à população masculina esse

percentual é mais reduzido.

Constatamos que a prática regular de atividade física, atua como estímulo

sobre o sistema esquelético e é promovedor da contração muscular, viabilizando a

formação óssea. A qualidade de vida é proporcional aos cuidados preventivos

exercidos pela pessoa.

Sendo assim, percebemos que os cuidados devem ser redobrados no que

se refere à reposição hormonal, atividade física regular, alimentação balanceada e

nutritiva, podem garantir uma vida saudável e tranqüila na velhice.

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Page 50: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

GLOSSÁRIO

Osteopenia - patologia que consiste na diminuição da densidade mineral dos ossos, precursora da osteoporose. Classifica-se osteopenia quando a óssea é de 10% a 25% menor que a considerada normal.

Osteócito - é o osteoblasto maduro que parou de secretar matéria orgânica. os osteócitos estão localizados em cavidades ou lacunas dentro da matriz óssea.

Hiperparatireodismo - Doença caracterizada pelo excesso de funcionamento das glândulas paratireóides, causando aumento do hormônio da paratireóide (PTH) e levando a sinais e sintomas decorrentes do aumento de cálcio no sangue (hipercalcemia), na urina (hipercalciúria) e da retirada de cálcio dos ossos (osteoporose e cistos ósseos). Pode ser provocada por tumores benignos (adenomas), hiperplasia ou muito raramente por tumores malignos das glândulas paratireóides.

Tireotoxicose ou hipertireoidismo - é um distúrbio que resulta de quantidades excessivas de hormônio tireoidiano circulante. A causa habitual é a superprodução hormonal pela tireóide, porém pode instalar-se artificialmente por ingestão de hormônio inadvertidamente (factícia), ou por acumulo em uma tireóide inflamada.

Hipoestrogenismo - uma redução rápida e intensa dos estrogênios.

Hipogonadismos - diminuição/falha de produção de hormônios sexuais por ausência total ou não dos testículos.

PTHrp - Proteína relacionada à paratireóide.

DPOC - doença pulmonar obstrutiva crônica.

Mastocitose - é um distúrbio no qual os mastócitos, células produtoras de histamina envolvidas nas reações imunes, acumulam-se nos tecidos da pele.

Mieloma - é um câncer que se desenvolve na medula óssea, devido ao crescimento descontrolado de células plasmáticas.

Hiperprolactinemia - é o excesso de produção de prolactina (hormônio responsável pela produção do leite).

Prolactinoma - tumor pituitário que causa secreção excessiva do hormônio prolactina.

Hepatócitos - são células encontradas no fígado capazes de sintetizar proteínas, usadas tanto para exportação como para sua própria manutenção, por isso torna-se uma das células mais versáteis do organismo.

Leucócitos - leuc(o) branco + cito célula o mesmo que leucocyto, também conhecidos por glóbulos brancos, são células produzidas na medula óssea e presentes no sangue, linfa, órgãos linfóides e vários tecidos conjuntivos.

Miócitos- células musculares, são longas fibras, compõem: músculo esquelético,

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Page 51: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

músculo liso e músculo cardíaco.

Treliças - ou Sistemas Triangulados são estruturas formadas por elementos indeformáveis, aos quais se dá o nome de barras, ligados entre si por articulações que se consideram perfeitas, os nós. Nas Treliças as cargas existem somente nos nós, ficando assim as barras apenas sujeitas a esforços normais (alinhados segundo o eixo da barra) de tracção ou compressão.

Osteoblastos - são as células responsáveis por sintetizar a parte orgânica (colágeno tipo I, proteoglicanas e glicoproteínas) da matriz óssea. Possuem a capacidade de concentrar fosfato de cálcio, participando ativamente da mineralização da matriz óssea.

Osteoclastos - são células muito grandes, que possuem varios núcleos e são responsáveis pela destruição do osso.

Imunossupressão - É a supressão artificial da resposta imunológica, geralmente com a utilização de medicamentos.

Colestase - é o nome dado à redução do fluxo biliar, quer por diminuição ou mesmo interrupção do mesmo.

Neoplasia - (neo= novo + plasia = tecido) é o termo que designa alterações celulares que acarretam um crescimento exagerado destas células.

Hipertiroidismo - é uma situação em que temos uma produção excessiva de hormônios tireoidianos (T3 e T4).

Hipercortisolismo - (síndrome de Cushing ou hiperadrenocorticismo)é uma desordem endócrina causada por níveis elevados de cortisol no sangue.

Doença celíaca - é uma condição crônica que afeta principalmente o intestino delgado. É uma intolerância permanente ao glúten.

DMO - densidade de massa óssea.

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Page 52: Atividade física na prevenção e controle da osteoporose

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