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AS AVENTURAS DE NIM

Texto: Wendy OrrIlustrações: Kerry MillardTradução: ÍndigoTemas: Aventura, Coragem, Amizade e Fantasia Temas transversais: Pluralidade cultural e Meio ambiente Recomendado a alunos do 3o ao 9o ano (8 a 14 anos)

Rua Mourato Coelho, 1215 - Vila Madalena - CEP: 05417-012São Paulo - SP - Tel./Fax: (11) 3032-6436www.brinquebook.com.br - escola@brinquebook.com.br

Fazendo histórias, estreitando laços

*Para mais informações sobre os Temas Transversais propostos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ministério da Educação e Cultura, acesse: www.portal.mec.gov.br.**A Meta do Milênio 2 tem como objetivo atingir o ensino básico universal, ou seja, o ensino de qualidade para todos e, assim, permitir a formação de adultos alfabetizados e capazes de contribuir para a sociedade como cidadãos e profi ssionais. Para mais informações sobre as Metas do Milênio, acesse: www.pnud.org.br.

Sessão pipoca 2: os alunos também poderão assistir ao fi lme A Ilha da Imaginação (Nim’s Island, 2008, Fox, Universal e Paramount) baseado no livro A Ilha de Nim e comparar a maneira como a mesma história é contada em duas linguagens diferentes.

Campanha publicitária: assim como no livro em que há uma grande campanha publicitária para o lançamento de A Ilha de Nim, peça para que os alunos, todos juntos, criem uma campanha para divulgar a exposição fi nal de todo o projeto. Aproveite para explorar com eles a linguagem da publicidade, como são feitos os

textos publicitários para os diferentes veículos de comunicação (jornal, TV, rádio, revistas, Internet...) e proponha que façam a cam-

panha para cada um destes veículos. A campanha deverá ser lançada para a comunidade com antecedência, para que o evento seja efeti-

vamente divulgado.

Geografia

Peça que pesquisem os elementos geográfi cos citados durante a história: meseta, corrente do oceano, continente, cabo, arrecifes, enseada, penhasco, colina, encosta, pontos cardeais etc.

Fuso horário: a ilha deserta de Nim e a Ilha de Manhattan têm fusos horários diferentes. Por que isso acon-tece? Como se calcula a diferença de horário entre as diferentes regiões do planeta? Peça aos alunos que ilustrem essa diferença por meio de relógios com as horas das principais capitais do mundo.

Oceanos: o livro também fala em oceanos Índico e Atlântico. Que outros oceanos existem? Peça que pro-curem num globo terrestre. Proponha para que cada grupo faça um cartaz com desenhos e explicações sobre os elementos geográfi cos e os oceanos pesquisados, que também farão parte da exposição fi nal.

Américas: o navio em que Nim está passa pelo Canal do Panamá, na América Central, e chega a Nova York, na América do Norte. Peça que pesquisem como é dividido o continente americano, onde fi ca e quais são os países que pertencem a cada uma das Américas. E o Canal do Panamá, onde fi ca? Peça que o localizem no mapa-múndi. Nim descreve a passagem do navio pelo canal. Como é essa passagem? Como funciona uma eclusa? Peça que pesquisem e façam desenhos do funcionamento de uma eclusa. Em todo o território nacio-nal, existem cerca de 18 eclusas. Oriente-os para que pesquisem no site do Ministério dos Transportes o mapa das eclusas no país (www.transportes.gov.br/bit/.../mapa-eclusa.htm).

Estudo de meio: uma das eclusas mais conhecidas é a do Rio Tietê, que fi ca no muni-cípio de Barra Bonita, a 300 km de São Paulo. Que tal levar os alunos a um gostoso e enriquecedor passeio por essa eclusa? (os professores de Ciências, História e Física também participam dessa etapa).

Mapa: peça aos alunos que analisem o mapa da ilha de Nim das pp.14 e 15. O que há nesse mapa? Por que traz a indicação “fora de escala”? Como se faz um mapa? Como eram feitos os mapas antigamente? O pro-fessor de História poderá ajudar. E hoje, com satélites e o famoso GPS, como se faz um mapa? Vale consultar, por exemplo, o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais: www.inpe.br) e o Google Maps (www.maps.google.com.br). A partir das informações coletadas, comparar mapas antigos e atuais. Também vale consultar um Atlas e um guia de ruas.

Ilha: o que é uma ilha? A partir do exposto nas pp.14 e 15, peça que descrevam como é essa ilha. Elementos da outra ilha do livro, que a autora chama de “cidade-ilha”, também são pontuados como a Estátua da Liberdade (p.137 ), o Rio Hudson (p.145), o “touro gigante” – que fi ca em Wall Street (p.151), Manhattan (p.154), Nova York (p.164), o Central Park (pp.167-169) e Times Square (p.183). Peça que os alunos pesquisem que outros pontos de Manhattan também são famosos. Qual a diferença entre Manhattan e Nova York? Peça que os alunos comparem o mapa da ilha de Nim com o mapa da Ilha de Manhattan e relacionem as diferenças e as semelhanças.

Atividade finalPesquisas concluídas, todos deverão se reunir para fazer um balanço do

trabalho e compor um documento fi nal com as descobertas e resultados ob-tidos ao longo de toda a pesquisa. A partir daí, com a assistência de todos os pro-fessores envolvidos, principalmente os de Artes Plásticas, Física, Geometria e Ciências, proponha que toda a classe, junta, confeccione quatro grandes maquetes: uma da ilha de Nim e outra da Ilha de Manhattan, que fi carão expostas lado a lado para que possam ser comparadas. A terceira maquete mostrará o funcionamento de uma eclusa. A quarta maquete será de uma praia, em que fi carão as jangadas construídas pelos alunos.

O projeto fi nalizado será apresentado à comunidade escolar numa grande exposição em uma data previa-mente marcada. Todos os trabalhos realizados serão expostos de modo que o conhecimento adquirido seja compartilhado. Nessa data, também, serão lançados o livro coletivo e a campanha contra o tráfi co de animais.

Outras Leituras• A Ilha de Nim. Texto de Wendy Orr. Ilustrações de Kerry Millard. Tradução de Maria José

Silveira. São Paulo: Brinque-Book, 2008.

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As Aventuras de NimProfessor

As Aventuras de Nim começa numa ilha deserta do oceano Pacífi co, passa pelo canal do Panamá, na Améri-ca Central, e chega a uma outra ilha, a mais famosa do planeta, na América do Norte: Manhattan.

Com tanta riqueza a explorar, este é um livro que nos chega como uma obra a ser trabalhada de maneira multidisciplinar, num projeto que poderá ser desenvolvido ao longo de todo um semestre, ou, até, de todo um ano letivo. Material para isso é o que não falta.

Preparando a leituraApresente-lhes o livro e lance desafios: que história o livro traz? Quem é Nim? Sabem o que esse

nome significa?1 Que outros personagens a história traz? Como são as ilustrações? Observem os dados bibliográficos.

Para aguçar ainda mais a curiosidade dos alunos, peça que leiam a introdução da história nas pp.5 e 6, em seguida, abra para comentários: a partir do breve resumo sobre o primeiro livro, A Ilha de Nim, tem alguma ideia sobre a história que virá? O que são “Troppo Turistas”?2 Onde fi ca a ilha de Nim? Onde vivia Alex Rover antes de ir para a ilha? Na p.24, surge o nome “Menina Crusoé”. Já ouviram esse nome? Na mesma página, a autora esclarece que o sobrenome de Nim não é “Crusoé”, mas, sim, “Rusoé”, que é bem parecido. Por que a autora cita “Crusoé” e coloca sobrenome parecido em Nim? Quem é, afi nal, “Crusoé”?

Durante a leituraNossa sugestão é para que cada aluno leia o livro individualmente, em casa (um prazo de 15 dias é sufi cien-

te), anotando dúvidas e impressões. Lance um mistério: diga-lhes que As Aventuras de Nim será um livro a acompanhá-los por muito tempo num grande projeto, que contará com a participação de diversas disciplinas...

Após a leituraRetome o texto e abra espaço para os comentários: o que acharam da história? Como imaginam que o

livro será trabalhado? É realmente possível uma criança pequena como Nim fazer tudo o que ela faz sozinha?

Após o debate, aprofunde a explicação de que o livro será trabalhado de forma multidisciplinar. Tam-bém ressalte que o resultado do trabalho de cada área será parte de um produto fi nal conjunto: uma exposição aberta a toda a comunidade escolar. Peça para que os alunos se dividam em grupos. Explique que cada aluno deverá fazer seu próprio diário de bordo, a cada estudo de meio realizado, com textos

1Como queria um nome diferente para a sua personagem principal, ao pesquisar, Wendy Orr descobriu que, no Havaí, coco se

chama “niu”. Então, ela resolveu brincar com as palavras: transformou “niu” em “Nim”.2 “‘Troppo’ é uma palavra australiana que vem de ‘sol tropical’ e signifi ca ‘fi car meio louco’”. (Explicação da própria autora em

entrevista à revista Época de 18/7/2008).

e desenhos, contando tudo o que viram, ouviram e aprenderam. No fi nal, cada aluno reunirá todos os seus diários num único volume contendo o relato detalhado das visitas e do conhecimento adquirido. O balanço fi nal do projeto deverá ser anexado a este volume. Mostre-lhes a relação das áreas do conhecimento envolvidas e o que cada uma irá abordar concomitantemente:

Ciências

Animais: além dos amigos de Nim, Fred (um iguana-mari-nho) e Selkie (uma leoa-marinha), a história traz vários outros animais marinhos e, também, muitos animais pre-sos no navio (pp.43 a 50): tucano, onça, tatu... O que esses animais têm em comum? É permitido manter esses animais presos? Por que o “professor” os man-tém nessas condições? Por que ele os chama de “ani-mais inteligentes, especiais e interessantes”? Quem é o tal professor? Algum desses animais faz parte da lista de animais ameaçados de extinção do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis: www.ibama.gov.br)? Proponha que levantem quais os principais animais trafi cados em território nacional e ressalte que o tráfi co de animais é crime inafi ançável. Os alunos poderão consultar, ainda, a Rede Nacional de Combate ao Tráfi co de Animais – RENCTAS (www.renctas.org.br).

Estudo de meio: numa visita ao Parque Ecológico do Tietê, os alunos poderão ver de perto animais que foram apreendidos nas mãos de trafi cantes. Proponha que os alu-nos elaborem e lancem, a toda a comunidade, uma campanha de combate ao tráfi co de animais. A campanha poderá contar com cartazes, folders e até um blog.

Os professores de Língua Portuguesa e Informática também participarão dessa etapa. Jangada/navio: Jack constrói uma jangada (pp.75 a 77 ) e Nim viaja num navio. Termos como proa, popa e convés surgem a todo instante. Como é feito um navio? E a jangada? Quando e quem a inventou?

Estudo de meio: que tal um passeio ao Porto de Santos para visitar um dos navios atracados? Ou, então, uma visita a um estaleiro, para que os alunos conheçam todo o processo de fabricação de um navio? Desafi o: com a ajuda dos professores de Ar-tes Plásticas e Física, proponha que cada grupo construa uma jangada em miniatura com todos os elementos de uma jangada em tamanho real.

Filosofia e História

Choque cultural: ao entrar no navio, Nim, que sempre viveu numa ilha isolada, depara-se com um mundo totalmente diferente do seu. Como Nim se sente? Conhecem alguém que já tenha passado por situação semelhante? Proponha que pesquisem como se deu a imigração no Brasil. O que sentiam os imigrantes quando chegavam aqui? E, atualmente, isso ainda acontece? Onde?

Estudo de meio: uma visita ao Memorial do Imigrante, na Mooca, e ao Museu His-tórico da Imigração Japonesa, na Liberdade, revelará um pouco do impacto sofrido por estes dois povos ao chegarem numa terra desconhecida e o que tiveram de fazer para se adaptar.

Língua Portuguesa

Ficção x realidade: a construção da narrativa é especial, uma vez que destaca a concretização do ciclo apresentado em A Ilha de Nim: a trama do primeiro livro virou história, escrita pela personagem Alex, ou seja, dentro da ficção, existe uma autora que escreve o livro de sua própria “realidade”. Em As Aventuras de Nim, embora, na ficção, Alex não esteja escrevendo um livro, a autora destaca, em diversas passagens, o lançamento do primeiro livro escrito por Alex. Nim e o pai dela, Jack, e a própria Alex Rover são, ao mesmo tempo, reais e personagens. A partir do momento em que Nim deixa a ilha deserta e passa a ter contato com a vida urbana, ela começa a se deparar com anúncios de lançamento de A Ilha de Nim: a menina e a personagem ficam frente a frente; a personagem sai das páginas da ficção direto para a vida real e, aí, surge a inevitável questão: Nim existe mesmo, ou é só ficção? Mas Alex e Jack também surgem como personagens. Aproveite para discutir esses aspectos em sala de aula. Peça para que identifiquem as passagens do livro em que mais nitidamente ficção e realidade se misturam. Conhecem outras obras em que isso ocorre? Proponha que cada grupo crie uma história utilizando essa técnica. No final, as histórias formarão um livro coletivo.

Origem das palavras: a autora usa palavras em inglês, que já fazem parte da nossa rotina: milkshake, show, e-mail, spam, videogames... Por que isso acontece? Explique que se trata do chamado anglicismo (no caso do inglês) e galicismo (no do francês) e que com a globalização a tendência é de que, cada vez mais, os “estrangei-rismos” entrem para a nossa língua. Peça que façam cartazes com listas de palavras de diferentes origens, que usamos no nosso dia a dia. Os cartazes farão parte da exposição fi nal.

Correspondência: Alex, Jack, Nim e os amigos que ela encontra no navio recorrem, várias vezes, aos e-mails para se corresponder. Como deve ser escrito um e-mail? Que outros tipos de correspondência existem? Aproveite para mostrar aos alunos outras maneiras de se corresponder: telegrama, carta, cartão postal etc. Nas pp.56 e 57, a autora fala de um outro tipo de mensagem usado por Nim e ao longo de toda a história da humanidade: a mensagem em garrafas, como a encontrada recentemente num muro de uma escola próxima ao campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, escrita a lápis, datada de 9 de setem-bro de 1944, e contendo os nomes e os números do campo de concentração de sete jovens prisioneiros da Polônia e da França. Peça que descubram em que outros momentos da história esse tipo de mensagem também foi usado.

Estudo de meio: que tal uma visita a uma agência dos Correios, onde os alunos pode-rão ter noção de como um envelope deve ser preenchido (destinatário, remetente, CEP), da importância do CEP, de como as cartas são encaminhadas e distribuídas, de quando se usa selo e do trabalho de um carteiro? Os alunos poderão, ainda, co-nhecer a própria história dos Correios no Brasil, que teve início com a chegada dos portugueses, em 1500, quando Pero Vaz de Caminha escreveu e enviou uma carta ao rei de Portugal, relatando as belezas da nova terra. Como era essa carta? O que diz o texto? Aproveite para explorá-la e mostrar aos alunos as diferenças de texto. Como seria o texto de Pero Vaz de Caminha hoje? Peça para que cada grupo escreva como seria essa carta.

O professor de História poderá ajudar. Sessão pipoca 1: para ilustrar a importância da correspondência, que tal assistir ao DVD de Nunca te vi, sempre te amei (1986, Columbia Home Video)? O fi lme conta a história de uma escritora de Nova York, que se corresponde, por carta, ao longo de vinte anos, com um livreiro de Londres. Neste período, uma amizade especial surge entre os dois, sem eles nunca terem se visto.

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