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PRESTANDO CONTAS www.antonioanastasia.com.br | 2016 Antonio Anastasia Senador ATENÇÃO E ATUAÇÃO EM FAVOR DE MINAS E DO BRASIL Novos projetos de ANAstAsiA reforçAm combAte à corrupção e à impuNidAde seNAdor quer serviços públicos de mAis quAlidAde e propõe medidAs pArA moderNizAr AdmiNistrAção

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PRESTANDOCONTASwww.antonioanastasia.com.br | 2016

AntonioAnastasia

Senador

ATENÇÃO E ATUAÇÃOEM FAVOR DE MINAS E DO BRASIL

Novos projetos de ANAstAsiA reforçAm

combAte à corrupção e à impuNidAde

seNAdor quer serviços públicos de mAis quAlidAde e propõe medidAs pArA moderNizAr

AdmiNistrAção

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2 PRESTANDOCONTAS // SENADOR ANTONIO ANASTASIA // 2016

CARTA DO SENADOR

2016 foi um ano e tanto! Um ano, mais uma vez, de muito trabalho. De desafios que, sinceramente, eu nunca imaginei que iria enfrentar. Todos acompanharam bem, depois de aceito pela ampla maioria dos deputados na Câmara, o pedido de afastamento da presidente Dilma Rousseff chegou ao Senado. Por indicação de meu partido, o PSDB, e votação da maioria do colegiado, fui designado relator na Comissão Especial do Impeachment que analisaria o caso.

Sem dúvida, essa não foi uma tarefa fácil. O País dividido, com posições antagônicas, como é da democracia, depositava no Congresso Nacional a esperança de soluções. De minha parte, com serenidade e muita responsabilidade, realizei um trabalho técnico, baseado nas provas coletadas durante o processo, oitiva de testemunhas – ouvimos mais de 50 durante todo o período de análise do caso –, nas manifestações de especialistas, da Acusação e da Defesa.

O resultado foi o parecer pela pronúncia, aprovado por ampla maioria na Comissão e, depois, pelo Plenário do Senado que, posteriormente, realizou o julgamento e decidiu pela condenação da senhora presidente por crime de responsabilidade. Assumiu o então vice-presidente Michel Temer, que agora precisa, com vigor, enfrentar os desafios deixados por uma gestão que não honrou os compromissos assumidos com a Nação.

Estamos mergulhados hoje em uma crise que é política, é econômica e é ética, simultaneamente. E a população espera dos seus representantes as ações necessárias para que possamos voltar a crescer e retomar, finalmente, o caminho do progresso e do desenvolvimento.

O que queremos? Queremos uma política que represente, de fato, a vontade popular. E, por isso, a reforma política é tão necessária. Queremos uma gestão pública eficiente, de modo que os interesses sociais possam ser atendidos com transparência, com responsabilidade e com respeito ao dinheiro público. Queremos serviços públicos que funcionem, saúde de boa qualidade, educação que transforme, segurança pública que defenda o cidadão, transporte público de qualidade, infraestrutura que deixe o Brasil fluir e funcionar. Queremos um País sem burocracia, onde as pessoas possam trabalhar e se desenvolver profissional e pessoalmente.

Apresento esta revista de Prestação de Contas do meu mandato parlamentar do ano de 2016, portanto, consciente de que fizemos muito neste ano. Mas, sabedor de que esse muito ainda é muito pouco, que ainda há um País a se reconstruir. Precisamos reconquistar a confiança das pessoas na boa política. Precisamos reformar a política, a administração, os serviços públicos. Precisamos de leis que garantam menos burocracia e mais eficiência. E precisamos fazer com que as leis que já existem sejam efetivamente cumpridas.

Precisamos de todos. Por isso, ao mesmo tempo em que vejo o que fizemos, sei que muito mais ainda teremos que fazer. O futuro já chegou e espera de nós as soluções para tantos desafios. No ano que se inicia, ainda mais trabalho nos aguarda. Vamos a ele. Não podemos mais esperar.

Feliz 2017!

Há muito por fazer.

EXPEDIENTE

PRESTANDOCONTAS2016Atuação parlamentar do

Senador Antonio Anastasia

Gabinete parlamentarBrasília – DF

Senado Federal - Anexo IIBloco A – Ala Teotônio Vilela

Gabinete 23CEP: 70165-900

Telefone: (61) 3303-5717

Escritório políticoBelo Horizonte – MG

Rua Santa Catarina, 1631,9º andar. Bairro Lourdes.

CEP: 30170-081

Redação:Assessoria de Comunicação

Foto da capa: Moreira Mariz

Edição e Consultoria:Alberto Lage

Diagramação:Willian Souza

Revisão:Maria Lúcia Silvestre

Impresso na gráfica do Senado FederalSecretaria Especial de

Editorações e Publicações

www.antonioanastasia.com.brAntonio AnastasiaSenador da República

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3PRESTANDOCONTAS // SENADOR ANTONIO ANASTASIA // 2016

Pelo segundo ano, Anastasia é apontado como uma das principais lideranças do Congresso NacionalPelo segundo ano consecutivo, o senador Antonio Anastasia (PSDB/MG) foi apontado como um dos “Cabeças do Congresso Nacional”, conforme pesquisa feita pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP). Os “cabeças” do Congresso Nacional são, na definição do DIAP, aqueles parlamentares que conseguem se diferenciar dos demais pelo exercício de qualidades e habilidades.

Anastasia foi destacado como ‘um dos principais articuladores do PSDB‘, com excelente trânsito nas diversas correntes políticas, cuja facilidade de interpretar o pensamento da maioria o credencia a ordenar e criar as condições para o consenso, segundo a pesquisa. Mas foi o quesito ‘formulador‘ apontado como a principal característica do senador mineiro.

“Essa capacidade de formulação é uma das características mais importantes para um parlamentar. É a capacidade de elaborar textos e projetos que refletem as reais necessidades e interesses dos brasileiros em geral”, afirma o coordenador da pesquisa e diretor de Documentação do DIAP, Antonio Augusto de Queiroz.

Entre os atributos que caracterizam um protagonista do processo legislativo, o DIAP salienta a capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e formulações, seja pelo saber, senso de oportunidade, eficiência na leitura da realidade, que é dinâmica, e, principalmente, facilidade para conceber ideias, constituir posições, desenvolver propostas e projetá-las para o centro do debate, liderando sua repercussão e tomada de decisão. “Enfim, é o parlamentar que,

isoladamente ou em conjunto com outras forças, é capaz de criar seu papel e o contexto para desempenhá-lo”, destaca a pesquisa.

“Fico muito feliz com o reconhecimento. Sei também que isso aumenta minha responsabilidade. Continuarei firme e atuante, buscando representar bem os mineiros, que confiaram em mim, e apresentar ideias, projetos e propostas que melhorem a qualidade dos serviços públicos no Brasil, que dê maior competitividade ao nosso país e mais qualidade de vida a todos os brasileiros. É esse meu dever aqui: trabalhar muito para apresentar bons resultados”, afirma Anastasia.

Sociedade civil também reconhecea atuação parlamentar do senadorMais quatro diferentes organizações da sociedade civil também reconheceram a atuação de Anastasia. Em 2016, o senador recebeu, da OAB, a Comenda Paulo Neves de Carvalho “pelos relevantes serviços prestados ao Direito Urbanístico nacional, bem como pelas iniciativas de proteção aos animais e demais projetos de lei apresentados ao Senado Federal”.

O Sicoob Crediminas conferiu a ele a Comenda ‘Semeador do Cooperativismo’, que visa reconhecer o trabalho daqueles que colaboram com o setor cooperativo. Anastasia recebeu o ‘Prêmio Liberdade’ do Instituto de Formação de Líderes (IFL), e foi um dos ganhadores do VI Prêmio da Central Brasileira do Setor de Serviços 2016. Anastasia foi destacado na categoria “Atuação Parlamentar”.

Ordem da Estrelada ItáliaAnastasia também foi homenageado em 2016 pelo Governo da Itália com a comenda Ordem da Estrela da Itália.

“O senador Anastasia, cidadão italia-no, é uma figura política de primeiro escalão no Brasil, que obteve altíssi-ma aprovação eleitoral nas eleições para governador do Estado de Minas Gerais em 2010, bem como para o Se-nado em 2014. Durante seus cargos públicos, sempre se esforçou em con-tribuir com os investimentos italia-nos e assistir às numerosas empresas que tem estabelecimentos em Minas Gerais. Por esses motivos, o senador Anastasia é merecedor de receber a condecoração”, afirmou o embaixa-dor italiano Raffaele Trombetta du-rante recepção realizada para a en-trega da comenda ao senador.

RECONHECIMENTO

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4 PRESTANDOCONTAS // SENADOR ANTONIO ANASTASIA // 2016

Serenidade e responsabilidade:O trabalho de Anastasia como relator do Impeachment

Quando foi eleito em abril de 2016 relator da Comissão Especial formada no Senado Federal para analisar o impedimento da presidente Dilma Rousseff, Anastasia sabia bem do desafio que estava à sua espera. Em meio a muita polêmica e discussão, disse que iria conduzir seu trabalho com absoluta serenidade e com muita responsabilidade.

“Com a seriedade que sempre marcou meu trabalho para culminar com a elaboração do relatório, de acordo com o que está determinado, quer pela Constituição, quer pela legislação infraconstitucional e pela decisão do Supremo. Há um rito a ser cumprido. Nós vamos cumpri-lo”, afirmou à época.

E assim cumpriu o que se propôs a fazer. Foram mais de quatro meses de trabalho ininterruptos. Algumas reuniões duravam mais de 10 horas seguidas. Mas ele não arrefeceu. Manteve a serenidade e deu prosseguimento a seu trabalho de maneira técnica. Ao todo, foram 31 reuniões, 127 ofícios expedidos; 135 requerimentos apresentados. Os autos do processo no Senado totalizaram mais de 12 mil folhas.

AJUSTANDO O BRASIL

Foto: Gerdan Wesley

O relatório do senador, apresentado em agosto na Comissão Especial de Impeachment do Senado Federal, apontou as provas da autoria da presidente Dilma Rousseff, por ação direta ou por omissão, nos crimes de responsabilidade por abertura de créditos suplementares sem autorização do Congresso Nacional e pela realização das chamadas “pedaladas fiscais” (operação de crédito com instituição financeira controlada pela União). Por esses fatos, o voto do senador foi pela continuidade do julgamento pelo Plenário do Senado.

A decisão foi embasada em evidências registradas no processo que colheu o depoimento de 44 pessoas, dos quais 38 indicados pela defesa da presidente afastada. Foram analisados, também, 171 documentos, entre eles relatórios oficiais de órgãos públicos, laudos técnicos elaborados pela Junta Pericial e análises da Defesa e da Acusação. No conjunto desse material, inclusive em manifestação da própria presidente, ficaram provados crimes de responsabilidade. (artigos 10 e 11 da Lei 1.079).

“A gravidade dos fatos constatados não deixa dúvidas quanto à existência, não de meras formalidades contábeis, mas de um autêntico ‘atentado à Constituição’”, afirma Anastasia em seu relatório. O parecer destacou, ainda, o manifesto descumprimento das leis por meio da “ação coordenada” de órgãos e entidades de cúpula da Administração Superior, o que jamais ocorreria, no contexto examinado, sem o conhecimento do comando central do Governo.

Segundo o relatório, três dos quatro decretos suplementares analisados pela Comissão Especial do Impeachment do Senado e assinados pela presidente Dilma promoveram alterações na programação orçamentária incompatível com a obtenção da meta de resultado primário vigente à época. Isso foi apontado pelo próprio laudo da Junta Pericial, constituída a partir de pedido da Defesa, com impacto negativo de R$1,75 bilhão. Ocorre que o artigo 4º da Lei Orçamentária Anual (LOA 2015) permitia a edição desses decretos apenas se as alterações promovidas fossem compatíveis com a obtenção da meta de resultado primário estabelecida.

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O processo

O relatório também demonstrou que a omissão da presidente Dilma Rousseff permitiu o financiamento de despesas primárias pelo Banco do Brasil por meio de operação de crédito, ação vedada pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Segundo o documento, o comportamento foi deliberado, sendo impossível que os passivos do Tesouro fossem saldados sem a participação direta da presidente. Anastasia também chamou a atenção para o fato de as chamadas “pedaladas fiscais” terem sido ocultadas da contabilidade pública ao longo dos anos, identificadas somente depois da investigação do TCU e de denúncias veiculadas pela imprensa.

“O que se constata, portanto, é que a acusada foi irresponsável não apenas na omissão quanto ao seu dever de coibir essas graves irregularidades, mas também na adoção de providências de sua competência exclusiva. A Presidente da República era a pessoa, em toda a cadeia administrativa, que detinha o poder definitivo de mudar a rota da ação lesiva, mas não o fez”, conclui o senador Anastasia em seu relatório.

Com 14 votos favoráveis e cinco contrários, o relatório de Anastasia foi aprovado na Comissão Especial e seguiu para o Plenário do Senado, onde foi amplamente discutido e votado. Por 59 votos favoráveis e 21 contrários, o parecer de Pronúncia foi então aprovado e a presidente foi

AJUSTANDO O BRASIL

Foto: Gerdan Wesley

Foto: Gerdan Wesley

levada à Julgamento. No dia 31 de agosto de 2016, por 61 votos a favor e 20 contra, Dilma foi condenada por ter cometido crimes de responsabilidade e foi afastada definitivamente do cargo, chegando ao fim mais de 13 anos de Governo do PT.

“Foi um trabalho exaustivo sob o ponto de vista físico. Praticamente me afastei dos outros assuntos que acompanho no Senado. Foi dedicação quase exclusiva. A maior dificuldade foi o volume de trabalho. Muitos documentos, muitas testemunhas. Tudo isso foi uma atividade muito trabalhosa. Tem que ter serenidade, paciência. É um trabalho difícil, que eu sabia que iria gerar controvérsias. Mas saí com o sentimento do dever cumprido”, afirma Anastasia.

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CCJ aprova PEC que fixa prazo para análise de contas da PresidênciaA Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal aprovou por unanimidade o relatório do senador Anastasia favorável à Pro-posta de Emenda à Constituição (PEC 79/2015) que prevê a obstrução da pauta do Congresso Nacional no caso de não haver manifestação sobre as contas prestadas pelo Presidente da República. A PEC, de autoria do se-nador José Agripino (DEM/RN), ago-ra vai ser apreciada pelo Plenário do Senado.

Em seu parecer, Anastasia falou da importância da proposta e da sua re-levância para que o Congresso Nacio-nal exerça seu papel constitucional. “Posicionamo-nos claramente pela aprovação da proposição. É inaceitá-vel que uma das suas mais expressi-vas atribuições na área do controle externo, qual seja o julgamento téc-nico-político das contas do Presiden-te da República relativas ao exercício findo, esteja sendo ignorada, criando uma situação criticável e inescusável de pendência do proferimento desse julgamento por mais de década”, afir-ma o senador.

A falta de prazo fixado para análise das contas tem prejudicado sua apre-ciação. Só em agosto de 2015, por exemplo, foram votadas na Câmara dos Deputados contas referentes a gestão dos ex-presidentes Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar de o inciso IX do artigo 49 da Constitui-ção prever que é tarefa do Congres-so Nacional “julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios so-bre a execução dos planos de gover-no”, não existe legalmente hoje prazo para que isso seja feito.

“Tal conduta omissiva é atentatória à dignidade do Parlamento nacio-nal, vulnera a segurança jurídica, faz tábula rasa da responsabilidade institucional do Poder Legislativo e, no limite, sinaliza à Chefia do Poder Executivo uma espécie de permissão geral à ilegalidade e à irregularidade das contas públicas sob seu encargo”, alerta o senador Anastasia.

A proposta em tramitação acrescenta ao artigo 49 da Constituição um novo parágrafo para definir que a pauta do Congresso ficará trancada se, até um mês antes do encerramento da sessão legislativa posterior ao exer-cício financeiro, as contas não forem votadas. Isso significaria, por exem-plo, que, se até dezembro de 2017 não forem analisadas as contas de 2016, nenhuma outra matéria pode-rá ser votada na sessão do Congresso Nacional. A PEC excetua apenas as matérias que tenham prazo constitu-cional determinado. Se aprovada em dois turnos no Plenário do Senado, ainda será analisada pela Câmara dos Deputados.

Anastasia apresenta substitutivo que possibilita revogação popular do mandato presidencialRelator da PEC 21/2015, de autoria do senador Antonio Carlos Valadares (PSB/SE), o senador Antonio Anastasia apresentou em 2016 um substitutivo que institui a possibilidade de revogação do mandato de Presidente da República mediante proposta subscrita por pelo menos 10% do número de eleitores que compareceram à última eleição presidencial. Assim recebida, a proposta de revogação será apreciada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, sucessiva e separadamente, e considerada aprovada se obtiver o voto favorável da maioria absoluta dos membros de

cada uma das Casas. Se a proposta for aprovada pelo Parlamento, será então convocado referendo popular para ratificá-la ou rejeitá-la. Pelo substitutivo apresentado, é vedada proposta de revogação durante o primeiro e o último ano de governo e a apreciação de mais de uma proposta de revogação por mandato.

“A adoção da revogação de mandatos no Direito brasileiro, o chamado recall, é um tema que fortalece a democracia participativa e que, vemos hoje, conta com apoio da maioria da população brasileira. Com a adoção desse instituto, vamos estimular o exercício

AJUSTANDO O BRASIL

Foto: Gerdan Wesley

Foto: Gerdan Wesley

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mais responsável da elevada função de Chefia do Estado brasileiro, já que os eleitores não precisarão aguardar até a próxima eleição regular para destituir um agente público incompetente, desonesto, despreocupado ou irresponsável”, afirma Anastasia.

Com o relatório de Anastasia, a matéria está agora pronta para ser deliberada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Se aprovada, seguirá para deliberação do Plenário do Senado, onde precisará ser votada em dois turnos e conquistar pelo menos 2/3 dos votos dos senadores.

Comissão aprova parecer do senador que regulamenta uso dos chamados “cartões corporativos”A Comissão de Transparência e Go-vernança Pública do Senado Fede-ral aprovou substitutivo do senador Anastasia que regulamenta o uso dos cartões corporativos na administra-ção pública. Anastasia foi relator do projeto (PLS 62/2016) do senador Ro-naldo Caiado (DEM/GO), que acaba com o sigilo dos gastos dos cartões. O substitutivo avança ainda mais sobre o tema e, além do fim do sigilo, prevê regras para o seu uso.

Pelo parecer aprovado na comissão, para ser portador de cartão corpora-tivo, a pessoa não poderá possuir an-tecedentes criminais, deverá estar em pleno gozo de direitos civis e políticos e não poderá ter sofrido penalidades por prática de atos desabonadores no exercício da atividade profissional ou de função pública. O projeto tam-bém veda o saque em dinheiro e a cobrança de taxas de adesão, de ma-nutenção, de anuidades ou de quais-quer outras despesas decorrentes da sua utilização.

As unidades gestoras deverão divulgar na Internet dados relativos às despesas realizadas com os cartões, com o nome e a matrícula do portador, a data de realização do gasto e o seu valor. Mesmo os dados considerados ‘confidenciais’ deverão ser analisados pelos servidores dos órgãos de controle e fiscalização, que utilizarão as informações sigilosas a que tiverem acesso para a elaboração de pareceres e relatórios.

As aquisições de objetos de uso pessoal realizados pelo ocupante da Presidência da República e por sua família às custas do erário e as despesas de consumo relativas a empregados domésticos, alimentação, bebida, telefone, restaurante, presentes, viagem e hospedagem serão listadas e publicadas, com o máximo detalhamento na Internet e não poderão ser consideradas confidenciais, segundo prevê o substitutivo aprovado pela Comissão.

Em 2015, somente 9% das despesas realizadas, de um total de aproximadamente R$ 6 milhões, foram divulgadas no Portal

AJUSTANDO O BRASIL

Transparência do Governo Federal, sendo os 91% restantes classificados como “informações protegidas por sigilo”. O projeto fará, assim, com que o sigilo seja exceção e não regra.

“Julgamos o projeto altamente meritório e oportuno, sendo merecedor de aprovação. Não basta definir a transparência como regra do uso do cartão corporativo, torna-se necessário regulamentar o uso deste importante e moderno instrumento de pagamentos, definindo-se normas básicas a serem observadas na sua utilização”, defendeu em seu parecer o senador Anastasia.

A proposta agora será apreciada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde será analisada em caráter terminativo no Senado Federal. Se aprovada, seguirá para a Câmara dos Deputados.

Foto: Gerdan Wesley

Foto: Geraldo Magela

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APRESENTANDO SOLUÇÕES

Luta incansável de Anastasia, PEC da Federação é aprovada por unanimidade na Comissão de Constituição e Justiça do Senado

Por unanimidade, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 47/2012) relatada por Anastasia, que dá maior autonomia para os Estados Federados legislarem sobre assuntos de interesse regional. A chamada PEC da Federação foi apresentada pelas Assembleias Legislativas do Brasil e foi destacada pelo senador Anastasia à Liderança do PSDB como uma das prioridades para o ano de 2016. Agora a matéria está pronta para ser apreciada pelo Plenário da Casa.

A proposta tira da União a competência privativa de legislar sobre alguns assuntos. Dessa forma, temas como política agrícola, trânsito e transporte, assistência social, licitação e contratação, em todas as modalidades, para a administração pública direta, autárquica e fundacional tornam-se competência da União e também dos Estados.

A PEC ainda deixa claro no texto constitucional que as normas gerais (pela qual a União deve legislar) “versam sobre princípios, diretrizes e institutos jurídicos”. Na prática isso significa dar maior autonomia legislativa aos Estados, que poderão fazer leis sobre esses temas de acordo com suas necessidades e peculiaridades regionais.

“Há muito o que avançar, mas a aprovação dessa PEC na CCJ é mais um passo importante para podermos fazer do Brasil uma verdadeira Federação. Temos, infelizmente, no nosso País, uma cultura centralizadora muito grande, o que prejudica a qualidade dos serviços públicos. A Federação tem o objetivo de preservar as características regionais, reconhecer as diferenças e permitir que cada ente descentralizado legisle conforme a sua realidade fática, sua situação real. É o que queremos com a aprovação dessa PEC”, afirma Anastasia.

Para que a proposta fosse aprovada, uma série de discussões ocorreu durante 2015. O senador levou para o debate os deputados estaduais, lideranças da oposição e do Governo Federal, além de juristas. Uma audiência pública para debater o tema também foi realizada na CCJ. Com as ponderações e considerações levadas em conta, Anastasia elaborou um substitutivo que foi, então, apreciado e votado por unanimidade na Comissão.

“Acredito que todo o esforço nesse tema vale a pena. Há hoje uma grande concentração de poderes na esfera Federal, não só sob o ponto de vista tributário e financeiro, mas mesmo de atribuições, o que esvazia o poder local. E o poder local precisa ser fortalecido porque é lá onde a sociedade participa de modo mais presente”, defende o senador.

Foto: Gerdan Wesley

Em encontro com governadores no Senado para discutir o Pacto Federativo, Anastasia conversa com o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja.

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9PRESTANDOCONTAS // SENADOR ANTONIO ANASTASIA // 2016

Senador é destacado relator-geral da Comissão do Pacto FederativoEm 2016, o senador Antonio Anastasia foi designado o relator-geral da Comissão Especial para o Aprimoramento do Pacto Federativo. “Esse é um dos temas que mais tenho me dedicado nos últimos anos, principal bandeira da minha campanha para o Senado em 2014. Só conseguiremos resolver os principais problemas do nosso País se descentralizarmos competências e recursos e valorizarmos mais os Estados e Municípios. Essa, portanto, é uma discussão fundamental”, afirma Anastasia.

O senador mineiro também se tornou um dos 9 titulares responsáveis pela Comissão Especial de Consolidação da Legislação Federal e Regulamentação da Constituição. “Espero poder fazer avançar projetos importantes para o Brasil, colaborar para a melhoria legislativa e, consequentemente, com o desenvolvimento e progresso no nosso País”, destaca.

Colegiado aprova fim do contingenciamento de recursos de Estados e MunicípiosCom Anastasia como relator, a Comissão do Pacto Federativo aprovou por unanimidade o PLS 399/2015, de autoria do senador Antonio Carlos Valadares, que veda que a União possa contingenciar os recursos devidos aos Estados e aos Municípios, a título de ressarcimento. “O projeto tem o objetivo de conter a prática contumaz, por parte da União, de contingenciar recursos que, originalmente, pertencem aos demais entes da Federação. A legislação em vigor não veda expressamente tal conduta, permitindo que a União siga retendo repasses de recursos a que os Estados e Municípios têm direito, o que lesa a autonomia dos entes federativos”, afirmou Anastasia em seu relatório.

Ele defendeu a aprovação do projeto, falou da sua relevância para o aprimoramento da Federação

Mais direitos aos MunicípiosTambém por unanimidade, o Plenário do Senado Federal aprovou em dois turnos proposta relatada pelo senador Anastasia (PEC 73/2015) que prevê que as entidades nacionais que representam os municípios tenham também legitimidade para propor ação direta de inconstitucionalidade (ADI) e ação declaratória de constitucionalidade (ADC).

A proposta, de iniciativa do senador Antonio Carlos Valadares e subscrita por Anastasia, atende a uma das reivindicações da Marcha dos Prefeitos, ocorrida em maio de 2015. Trata-se de mais uma matéria importante para o municipalismo e o

no Brasil e disse que a proposta não cria despesa para a União nem provoca impacto orçamentário direto. Segundo Anastasia, o projeto, na verdade, aperfeiçoa a Lei de Responsabilidade Fiscal ao proibir o contingenciamento, por parte da União, de recursos que jamais deveriam ser contingenciados, por pertencerem originalmente aos entes da Federação.

“Sua aprovação permitirá uma maior harmonia no pacto federativo, pois uma grande fonte de conflito entre a União e os Estados e Municípios estará sendo eliminada. Sua rejeição levaria autoridades federais a persistirem na prática espúria de reter repasses de recursos devidos aos entes federativos”, ressaltou. A matéria agora será analisada pelo Plenário do Senado Federal.

federalismo no Brasil, temas dos mais defendidos por Anastasia no Senado.“Essa é uma emenda singela, mas de grande impacto a favor da Federação brasileira e em prol dos Municípios de nosso Brasil. Ela tem um alto impacto e nós lamentamos que, decorridos 28 anos da promulgação da Constituição que elevou o Município à esfera de entidade Federada, só agora nós tenhamos a oportunidade de inserir, no rol do art. 103 da Carta Magna, a representação dos Municípios, como também agentes titulares para o ingresso das ações diretas de inconstitucionalidade ou declaratórias de constitucionalidade”, afirma Anastasia.

APRESENTANDO SOLUÇÕES

Foto: Gerdan Wesley

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APRESENTANDO SOLUÇÕES

Senado aprova projeto que aprimora administração públicaO Senado aprovou mudança na Lei de Licitações que abre a possibilidade de contratação de pessoal por tempo determinado em convênios, acordos e ajustes dentro do governo. O texto, que teve origem na Comissão do Pacto Federativo e foi relatado pelo senador Anastasia, tramita agora na Câmara dos Deputados.

O PLS 490/2015 torna obrigatória a inclusão de um plano de gestão de recursos humanos dentro do plano de trabalho que embasa

os convênios, acordos e ajustes firmados entre entes ou órgãos das administrações públicas federais, estaduais ou municipais. Em alguns casos, esse plano de gestão poderá estabelecer a contratação de pessoal por tempo determinado. Trata-se de uma autorização constitucional para casos de necessidade temporária de excepcional interesse público. O projeto abre essa possibilidade para entidades da administração pública direta (ministérios e secretarias) e para autarquias e fundações.

“É um projeto muito positivo porque evita o encarecimento da mão de obra, que ficaria permanente ao final dos convênios. Ao mesmo tempo, gera flexibilidade para o objeto do convênio. Isso é um nó górdio que está há muitos anos a desafiar os Municípios que recebem, por exemplo, um recurso da União para fazer uma determinada ação e tem de contratar pessoal no regime geral. Terminado o convênio, o pessoal permanece, aumentando o custo e já não tendo mais o objeto de seu implemento”, afirma Anastasia.

Responsabilidade FiscalO Plenário do Senado Federal também aprovou em 2016 projeto de lei que proíbe governantes de deixarem reajustes de servidores para seus sucessores. O PLS 389/2015 – Complementar, relatado pelo senador Anastasia foi aprovado por 56 votos favoráveis e sete votos contrários.

A proposta, de autoria do senador Ricardo Ferraço (PSDB/ES), altera a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/2000) e proíbe o presidente da República, os governadores e os prefeitos de promoverem aumento de despesas com pessoal que sejam implementadas após o final de seus

respectivos mandatos. O objetivo é enquadrar qualquer ato com potencial para aumentar gastos de pessoal com ocupantes de cargo, emprego ou função pública, tanto na administração direta como na indireta. O texto deixa claro que a vedação se aplica, por exemplo, a concessões de vantagens, aumentos e reajustes salariais, além de alterações de estrutura de carreiras e de subsídios.

Segundo Anastasia, o chefe do Executivo poderá até conceder aumentos escalonados, desde que dentro do período de quatro anos do seu mandato. A intenção da proposta, segundo ele, é restringir a prática de

“fazer graça com chapéu alheio”, com governantes concedendo aumentos a serem pagos pelo seu sucessor.

“Esse projeto aperfeiçoa a Lei de Responsabilidade Fiscal. Há uma omissão, uma lacuna do texto original (da LRF), que permite a concessão de benefícios de reajustes em mandatos distintos daquele que o titular do Executivo exercia. Então, na realidade, o que acontece? Na prática, o novo prefeito, o novo governador e o novo presidente, quando tomam posse, já encontram uma situação posta, inviabilizando seus projetos”, afirmou Anastasia no Plenário do Senado Federal. O projeto agora será analisado pela Câmara.

Foto: Gerdan Wesley

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APRESENTANDO SOLUÇÕES

Pouco a pouco, Senado começa a tirar reforma política do papelCom o voto do senador Anastasia, o Senado Federal começou a fazer importantes modificações na Constituição para garantir o início da Reforma Política tão demandada e esperada por toda sociedade. No final de 2016, foi aprovada a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 36/2016), que limita o acesso

dos partidos aos recursos do Fundo Partidário e fortalece as legendas com representação na sociedade.

De autoria dos senadores Aécio Neves (PSDB/MG) e Ricardo Ferraço, a proposta foi subscrita por Anastasia e relatada por Aloysio Nunes Ferreira (PSDB/SP) e prevê que os partidos só terão acesso aos recursos públicos do Fundo Partidário e ao tempo de propaganda na TV e rádio se atingirem um percentual mínimo de votos nas eleições. A PEC também acaba com as coligações nas eleições para vereador e deputado estadual e federal.

“Parecem modificações simples, mas terão um efeito positivo muito grande no País. Hoje temos 35 partidos no Brasil, mas isso não tem significado pluralidade de representação ou ideológica. Pelo contrário, as pessoas se sentem cada vez menos representadas pelos partidos políticos. Isso está errado e essa PEC começa a resolver parte desse problema”, afirma Anastasia.

A proposta agora segue para a Câmara dos Deputados onde, assim como ocorreu no Senado, precisa ser aprovada em dois turnos por pelo menos 2/3 dos parlamentares.

Veja o que muda com a nova PEC

Cláusula de Desempenho

Terão direito aos recursos do fundo partidário e ao tempo no rádio e na TV os partidos que obtiverem percentual mínimo de 2% dos votos válidos, apurados nacionalmente, distribuídos em pelo menos 14 estados, com um mínimo de 2% dos votos válidos em cada unidade da Federação. A regra será introduzida gradativamente a partir de 2018 e será totalmente incorporada em 2022, quando o percentual mínimo de votos a ser obtido por cada legenda subirá para 3%.

Coligações Proporcionais

Acaba em 2020 a coligação entre partidos nas eleições para vereador e deputado estadual e federal. As pequenas e médias legendas poderão disputar eleições e atuar no Legislativo pelo sistema de federação, com regras novas.

FundoPartidário

Pela regra atual, todos os partidos registrados no TSE têm direito aos recursos do fundo, que é distribuído da seguinte forma: 5% em partes iguais para todas as legendas e 95% de acordo com a proporção de votos obtidos na última eleição para a Câmara dos Deputados. Com a aprovação da PEC, apenas os que atingirem a cláusula de desempenho terão acesso aos recursos do fundo.

Partidos em Federação

A PEC autoriza os partidos com identidade ideológica e programática a se unirem no sistema de federação, devendo ser aprovada formalmente pelos diretórios e em convenção. A federação atuará nos Legislativos e terá, por tempo determinado, iguais direitos às demais legendas, quando alcançar o percentual mínimo nacional de votos. A divisão do fundo partidário e do tempo de TV e rádio será de acordo com a votação obtida por cada partido na federação.

Funcionamento Parlamentar

A PEC não impede a criação de legendas, mas sim o acesso livre a recursos públicos do fundo partidário e ao horário de rádio e TV. O candidato eleito por partido que não alcançar o mínimo nacional de votos terá garantido todos os direitos do exercício do mandato e poderá mudar de partido, mas a migração não terá efeito para fins de distribuição de recursos e de tempo de propaganda.

Fidelidade Partidária

Prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais, senadores, governadores e presidente da República, bem como seus vices e suplentes, perderão seus mandatos se mudarem do partido pelo qual foram eleitos. Exceto se houver comprovada mudança da linha programática e ideológica do partido.

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12 PRESTANDOCONTAS // SENADOR ANTONIO ANASTASIA // 2016

É uma espécie de “Simples Municipal”. Visa garantir na própria Constituição um tratamento diferenciado para pequenos municípios terem acesso a mais recursos e uma prestação de contas mais condizente com a realidade que vivenciam. Hoje a lei trata igualmente os pequenos municípios e as grandes metrópoles. A PEC quer garantir menos burocracia para que os municípios menores, que têm uma estrutura administrativa enxuta, com poucos técnicos, também tenham oportunidades de receber recursos e que tenham regras de controle específicas.

PEC 77 - MENOS BUROCRACIA PARA OS MUNICÍPIOS

Em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.Matéria com o relator.

Destina parte do dinheiro resgatado pelos órgãos de controle a um Fundo de financiamento de ações da Política Nacional de Combate à corrupção. Esse novo instrumento terá como objetivo a defesa do patrimônio estatal, a apuração de desvios e a promoção da responsabilização de pessoas pela prática de atos lesivos contra a administração pública. O dinheiro levantado pela nova política proposta poderá, dessa forma, servir para atividades relacionadas à correição, controle interno, auditoria, ouvidoria, incremento da transparência, capacitação de servidores e prevenção e combate à corrupção.

PLS 765 - FUNDO DE COMBATE À CORRUPÇÃO

Em tramitação na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.Matéria com o relator.

Visa garantir mais recursos da União para a saúde. O projeto estabelece que a aplicação em ações e serviços públicos de saúde pelo Governo Federal não poderá ser inferior a 15% da receita corrente líquida, nem inferior ao volume de recursos gastos no exercício financeiro anterior, corrigido pela inflação. Na prática, se aprovada, a proposta vai garantir que os investimentos na área não diminuam de um ano para o outro por parte da União, o que vai impedir a interrupção de serviços e programas da área em todo o País.

PEC 76 - MAIS RECURSOS PARA A SAÚDE

Em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

Se aprovado, projetos de grande impacto poderão ser decididos de forma rápida e em diálogo com a sociedade. Esse Projeto de Lei cria a figura da chamada ‘Decisão Coordenada’, espécie de comitê que reunirá, dependendo do tema, vários órgãos da administração pública para o debate e tomada de decisões. O projeto é baseado na experiência de Minas Gerais, com o destacado esforço da professora Maria Coeli Simões Pires, na época Secretária de Estado da Casa Civil, e na Legislação já em vigor em Países mais desenvolvidos.

PLS 615 - COORDENAÇÃO PARA ACELERAR DECISÕES

Em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

APRESENTANDO SOLUÇÕES

O TRABALHO CONTINUA:VEJA O ANDAMENTO DE OUTROS PROJETOSAPRESENTADOS PELO SENADOR ANASTASIA

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13PRESTANDOCONTAS // SENADOR ANTONIO ANASTASIA // 2016

Esse projeto prevê o compartilhamento de informações entre órgãos de investigação de todos os Poderes públicos com a criação de um banco de dados unificado. A sua aprovação vai garantir mais eficiência às investigações e celeridade aos procedimentos.

PLS 764 - BANCO DE DADOS CONTRA O CRIME

Em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

Obriga o prestador de serviços públicos a disponibilizar informações, metas e indicadores sobre a qualidade do serviço. A PEC e o PLS acrescentam dispositivos legais para obrigar o Estado ou o concessionário do serviço público a apresentar metas e resultados do trabalho que realiza. Além dos benefícios da transparência, a proposta obrigará os agentes públicos a, de fato, se comprometerem em elencar metas para serem alcançadas e a apresentarem os reais resultados daquilo que propõem.

PEC 71 e PLS 347 - QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

Em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

Estabelece normas gerais para a negociação coletiva na administração pública. Até hoje não há regulamento que normatize o tema, reinvindicação antiga dos sindicatos de servidores públicos no Brasil. O novo projeto vai ao encontro de convenção e recomendação da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e dará ao País uma legislação específica para a matéria. A intenção é garantir mecanismos permanentes de prevenção e solução de conflitos envolvendo servidores e o Estado, de forma a garantir resultados positivos, minimizando, por exemplo, a judicialização das negociações e reduzindo a incidência de greves que prejudiquem o serviço público.

PLS 397 - NEGOCIAÇÃO COLETIVA NO SERVIÇO PÚBLICO

Aprovado no Senado Federal. Em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados com o número PL 3831/2015. Esse projeto prevê a adição de um novo artigo

na Lei da Transparência, em que ficará obrigada a gravação e manutenção, por no mínimo cinco anos, das sessões deliberativas dos conselhos de administração e fiscal das fundações públicas e das empresas públicas. A medida trará mais transparência para o trabalho e decisões desses conselhos, evitando dúvidas sobre a postura adotada por cada conselheiro. Até esse momento não há qualquer obrigação para que essas reuniões sejam registradas, gravadas e guardadas.

PLS 398 - GRAVAÇÃO DAS REUNIÕES DE CONSELHO

Em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.Matéria com a relatora, senadora Ana Amélia (PP/RS).

Foto: Gerdan Wesley

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O BRASIL DO FUTURO

Lei de Responsabilidade das Estatais entra em vigorO Senado Federal aprovou em 2016 o projeto de lei de responsabilidade das estatais (PLS 555/2015). O texto base do substitutivo apresentado pelo relator da matéria, o senador Tasso Jereissati (PSDB/CE), foi aprovado pelo Plenário da Casa depois de intenso debate e seguiu para a Câmara dos Deputados onde também foi aprovada e transformado em Lei Ordinária.

Para Anastasia, a matéria moderniza o estatuto jurídico das empresas estatais e vai ao encontro das novas necessidades de participação e modernização da governança. “Com esse projeto passamos a ter alguns avanços importantes.

O primeiro deles é exatamente o robustecimento do sistema de governança, estabelecendo a figura dos conselheiros independentes, o acompanhamento permanente, a transparência dos dados, o conselho fiscal com regramento mais específico. Ou seja, meios e mecanismos para que a sociedade civil possa acompanhar de maneira mais efetiva o dispêndio dos gastos e a efetividade das ações dessas empresas. Por outro lado, permite, também, que as suas atividades sejam acompanhadas não só pela sociedade, mas pelos órgãos de controle, já que nessas empresas reside, também, verba pública. O projeto avança muito”, destacou da tribuna do Senado Federal.

A Lei de Responsabilidade das Estatais traz normas que agora são aplicadas a toda e qualquer empresa pública e sociedade de economia mista da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, tanto as que exploram atividade econômica (sujeita ou não ao regime de monopólio da União), quanto as que prestam serviços públicos. O texto define as atribuições mínimas de fiscalização e controle a serem exercidas nas estatais, que deverão adotar práticas de governança e controles proporcionais à relevância, à materialidade e aos riscos do negócio do qual são participantes.

Segurança JurídicaJá está pronto para ser votado na Comissão de Constituição e Justiça o Projeto de Lei (PLS 349/2015) do senador Anastasia que visa melhorar as regras editadas pelo poder público e os mecanismos de controle público, de forma a garantir maior segurança jurídica nas decisões tomadas no Brasil. A proposta passou por ampla discussão com especialistas, professores, juristas e com toda a sociedade e já recebeu parecer favorável da relatora, a senadora Simone Tebet (PMDB/MS).

“Falta de previsibilidade e confiança significa menos investimento, menos emprego, mais inflação e mais atraso”, afirma Anastasia ao defender a aprovação de seu projeto.

A matéria incluiu novos dispositivos na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, estabelecendo que nenhuma decisão, nas esferas administrativa e judicial, seja tomada com base em valores jurídicos abstratos sem medir suas consequências práticas. Também determina que a interpretação

das normas sobre gestão pública considerará os obstáculos e dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo. Os princípios que norteiam a proposta são a razoabilidade e a motivação das decisões.

“São princípios que devem ser observados para que uma decisão não acarrete prejuízos para a sociedade. As autoridades públicas devem ter em conta quais são as consequências do seu ato”, afirma.

Foto: Moreira Mariz

Em Plenário, Anastasiaconversa com o senador Tasso Jereissati.

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O BRASIL DO FUTURO

Anastasia propõe ‘gestor de integridade’, mais um mecanismo legal para o combate à corrupção

O Brasil tem sofrido com grandes processos de corrupção que envolvem empresas públicas e privadas. As investigações da Polícia Federal e do Ministério Público têm mostrado que faltam controles internos nas empresas para a garantia da prevenção de ilícitos. Estudo elaborado pela KPMG, em 2015, mostra que 46% das empresas pesquisadas classificaram a estrutura de seus sistemas de integridade como “inexistentes” ou “mínimas”. Ao mesmo tempo, 47% das empresas não monitoram os orçamentos destinados à função de Compliance (conjunto de disciplinas para fazer cumprir as normas legais). E 40% das empresas não possuem política anticorrupção implementada.

Com a intenção de incentivar as empresas a implementarem mecanismos e instâncias de combate à corrupção, o senador Anastasia apresentou novo Projeto de Lei (PLS 435/2016) que institui o ‘gestor de sistema de integridade’. A função é baseada no sistema de compliance e na experiência de Países mais desenvolvidos. Trata-se de um profissional ou órgão que tem como função gerir, de forma autônoma, procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades.

Hoje a lei (12.846/2013) já define que serão levados em consideração na aplicação das sanções administrativas às pessoas jurídicas a existência de mecanismos e procedimentos internos de integridade. A nova proposta do senador Anastasia é que, a partir da aprovação do projeto, esses mecanismos sejam certificados pela figura de um gestor devidamente preparado para a função. Pelo projeto de lei, eles deverão atuar de forma constante e engajada nas interações entre a pessoa jurídica (empresa) e as autoridades públicas e manter de forma atualizada e disponível a documentação relevante ao cumprimento da Lei.

Segundo Anastasia, os sistemas de integridade funcionais proporcionam benefícios e efeitos positivos para as organizações, para a sociedade e para a economia em geral. “Com relação às organizações, estes sistemas aumentam seu desempenho, sua eficiência e sua conformidade; aumentam o seu valor através da redução do custo de capital; reforçam a reputação da empresa; melhoram a formulação e implantação da estratégia; constroem boas relações entre as partes interessadas; reduzem o risco e, finalmente, protegem os direitos dos acionistas”, aponta.

Para o senador, a sociedade também sai ganhando com o sistema, uma vez que colabora para a existência de relações éticas, abertas e transparentes entre as empresas e o poder público, impede a corrupção, promove o bom cumprimento da lei e da ordem, a prevalência da justiça e cria riquezas. Segundo ele, os níveis mais altos de governança tornam o País mais atraente para o investimento internacional e incentivam a implantação de novos negócios, tornando-os mais rentáveis.

“Sistemas de integridade bem implantados tendem a ampliar o investimento a longo prazo e o desenvolvimento sustentável, promovem a concorrência saudável, melhoram a qualidade dos produtos e serviços, intensificam a inovação, a produtividade e a eficiência dos mercados, aumentam a estabilidade, evitam falhas, crises e falências e reduzem a corrupção e o suborno”, afirma.

O projeto de Lei será analisado inicialmente pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, em decisão terminativa. Se aprovado, seguirá para análise da Câmara dos Deputados.

Foto: Gerdan Wesley

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O senador Anastasia apresentou no final de 2016 Projeto de Lei para prover a administração pública brasileira com uma gestão mais eficiente. O PLS 459/2016 cria o chamado Contrato de Desempenho.

“O parágrafo 8º do art. 37 da nossa Constituição já prevê a figura desse contrato que, infelizmente, ainda não foi regulamentado no Brasil. O que estamos propondo agora é justamente essa regulamentação: colocar regras para que a máquina pública possa ter metas e objetivos a serem alcançados, de modo a oferecer resultados concretos e mensuráveis ao cidadão brasileiro”, explica Anastasia.

O Contrato de Desempenho é, segundo o projeto apresentado, o acordo celebrado entre a entidade ou órgão supervisor e a entidade ou órgão supervisionado, por seus administradores, para o estabelecimento de metas de desempenho, com os respectivos prazos de execução e indicadores de qualidade, tendo como contrapartida a concessão de flexibilidades ou autonomias especiais. Assim, quanto mais um órgão da administração apresentar resultados para o Estado,

maior poderá ser sua autonomia gerencial, orçamentária e financeira.

“Tem um ditado que diz que quando não se tem rumo, qualquer caminho serve. É o que temos visto hoje em grande parte da administração pública brasileira, infelizmente. Não há um Plano Nacional de Desenvolvimento e cada órgão da administração pública rema para um lugar. Não há esforço e objetivo nacionais comuns. Estamos trazendo um pouco da experiência bem-sucedida do reconhecido Choque de Gestão, com o Pacto de Resultados, que implementamos em Minas Gerais, e propondo essa lei, em âmbito nacional, que pode melhorar muito a eficiência e os resultados da gestão pública no Brasil”, afirma o senador.

Segundo o projeto de lei apresenta-do por Anastasia, o contrato de de-sempenho tem como objetivo funda-mental a promoção da melhoria do serviço público em todos os níveis, de modo a aperfeiçoar o acompanha-mento e o controle de resultados da gestão pública, mediante instrumen-to caracterizado pela consensualida-de, objetividade, responsabilidade e transparência.

Anastasia apresenta projeto para garantir gestão mais eficiente no serviço público

Também visa compatibilizar as ati-vidades do supervisionado com as políticas públicas e os programas governamentais; facilitar o controle social sobre a atividade administra-tiva; estabelecer indicadores obje-tivos para o controle de resultados, de forma a aperfeiçoar as relações de cooperação e supervisão; fixar a res-ponsabilidade de dirigentes quanto aos resultados; e promover o desen-volvimento e a implantação de mo-delos de gestão flexíveis, vinculados ao desempenho, propiciadores do envolvimento efetivo dos agentes e dirigentes na obtenção de melhorias contínuas da qualidade dos serviços prestados à comunidade.

“Com a regulamentação do contrato de desempenho, o Congresso Nacional certamente dará um passo decisivo para a efetiva implementação da administração pública gerencial no Brasil, com relevantes ganhos de eficiência, economicidade e transparência na gestão pública. Espero que o Senado possa compreender a extensão e a importância dessa proposta e aprovar com a celeridade possível esse projeto de lei”, afirma Anastasia.

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Convenção da ApostilaEntrou em vigor em 2016 no Brasil a Convenção sobre a Eliminação da Exigência de Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros, conhecida como Convenção da Apostila, que tornará mais simples e ágil a tramitação de documentos públicos entre o Brasil e os mais de 100 países que são partes do acordo. A vigência da Convenção da Apostila traz significativos benefícios para cidadãos e empresas que necessitem tramitar internacionalmente documentos como diplomas, certidões de nascimento, casamento ou óbito, além de documentos emitidos por tribunais e registros comerciais.

Antes, para um documento ser aceito por autoridades estrangeiras, era necessário tramitá-lo por diversas instâncias, gerando as chamadas “legalizações em cadeia”. A entrada em vigor da Convenção da Apostila permite a “legalização única”, bastando ao interessado dirigir-se a um cartório habilitado em uma das capitais estaduais ou no Distrito Federal e solicitar a emissão de uma “Apostila da Haia” para um documento. A apostila confere validade internacional ao documento, que pode ser apresentado nos 111 Países que já aderiram à Convenção. A partir de agora, o Brasil também passa a aceitar apostilas emitidas pelos demais Estados partes da Convenção.

O projeto de Decreto Legislativo que possibilitou a adoção da Apostila no Brasil foi relatado em 2015 por Anastasia no Senado Federal. A chamada ‘Convenção da Apostila’ foi assinada em Haia em 1961 e não teve efeito por 53 anos porque não havia sido referendada ainda pelo Congresso Nacional.

A prática de elencar metas e objetivos e de levar para o setor público ferramentas bem-sucedidas na iniciativa privada, adaptando-as conforme a necessidade, já se mostrou exitosa durante o período em que o senador trabalhou no Governo de Minas. O chamado “Choque de Gestão”, criado e implementado por Anastasia quando secretário de Planejamento e, depois, como governador do Estado, colocou Minas Gerais, naquela época, no topo de todos os indicadores em diversos setores como educação, saúde e segurança pública. O projeto chegou a servir de modelo internacional e arrancou elogios de diversos especialistas.

“Tal reforma apresentou resultados surpreendentes e serviu de exemplo para outros Estados brasileiros e também para outros países. A série de programas começou com o ‘Choque de Gestão’, passou para ‘Estado para Resultados’ e depois para ‘Gestão para Cidadania’, que ajudou o governo a reduzir significativamente a pobreza e a melhorar os serviços nas áreas de educação e saúde, por exemplo”, chegou a afirmar a diretora do Banco Mundial para o Brasil, Deborah Wetzel.

Foto: Gerdan Wesley

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Uma das principais preocupações do senador Antonio Anastasia em seu trabalho no Congresso Nacional tem sido a segurança pública. Na entrevista a seguir, ele faz um amplo diagnóstico sobre essa área, apontando soluções e falando sobre o seu trabalho a esse respeito no Senado Federal.

Senador, como o senhor tem visto a segurança pública no Brasil nos últimos anos?

Se nós observarmos as últimas pesquisas de opinião pública, nós veremos que, em primeiro lugar, a principal preocupação das pessoas é a saúde pública. E, em seguida, na maioria das cidades brasileiras, a segurança é a grande reclamação. A última edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública traz como

destaque um dado que, para mim, é assustador. De março de 2011 a novembro de 2015, a Guerra na Síria fez cerca de 256 mil mortos. Em um período correspondente, de janeiro de 2011 a dezembro de 2015, nós tivemos no Brasil cerca de 280 mil mortos decorrentes de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e morte decorrente de intervenção policial. Quer dizer, o Brasil está em guerra e ninguém nos avisou. É um número assustador de mortes. Por outro lado, se nós olharmos o sistema carcerário brasileiro, nós vamos ver um modelo que também não deu certo. O sistema é caro, demanda muito investimento e custeio por parte do Estado, continua superlotado e não recupera. Nos últimos anos, aumentou-se substancialmente os recursos para essa área e, pasmem,

nada melhorou. Na maioria dos Estados, piorou.

Pois é, senador. Mas, olhando por esse ângulo, a gente não vê solução.

A solução existe. O que não podemos achar é que ela será fácil. Demanda muito planejamento, muito esforço e, principalmente, só será possível se envolver vários aspectos e instituições. Mas é preciso atuação e coordenação – disso não tenho dúvidas – por parte do Governo Federal. Por muito tempo, vimos que a União se isentou de responsabilidade em relação à segurança pública no Brasil. E foi assim que chegamos a esta catástrofe. O crime é organizado, mas o Estado não tem se organizado da mesma forma para combatê-lo.

Segurança Pública: entrevista com o Senador Antonio Anastasia

Foto: Gerdan Wesley

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O que é preciso ser feito, então?

Continuo defendendo que o Governo Federal lidere um amplo Plano Nacional de Segurança Pública, com planejamento, indicadores, objetivos e metas para cada setor, definindo bem as responsabilidades, as funções e as ações que caberão a cada ente da Federação e órgão envolvido na segurança pública no Brasil. É preciso que esse Plano preveja, por exemplo, um combate intenso, permanente e incansável ao tráfico de drogas e de armas. Fechar o cerco. Planejamento e investimento em tecnologia para cobertura de nossas fronteiras. A maior parte das drogas traficadas no Brasil vem de fora. Temos que fazer isso cessar. Desmantelar as principais organizações envolvidas com o tráfico. A droga hoje é o principal indutor do alto número de mortes que temos, dos assaltos e dos crimes contra a vida. Começar a resolver esse problema é começar a resolver o problema da segurança pública no Brasil. Mas isso tão somente não basta. É preciso acabar com a sensação de impunidade no nosso País, com o grande sentimento vigente hoje de que o crime compensa.

Como fazer isso?

Primeiro de tudo, fazendo cumprir a lei. Veja bem, a maior parte das nossas forças de segurança é formada de pessoas muito bem preparadas, que dão a vida pelos ideais que defendem. São profissionais que querem muito ajudar e também ficam frustrados com a sensação de que estão enxugando gelo. Precisamos criar mecanismos que favoreçam – e não atrapalhem – o trabalho desses profissionais. Vejamos um exemplo. Hoje cada órgão do Poder Público responsável por investigações no Brasil possui um banco de dados próprio e

esses bancos não se comunicam. É estarrecedor, mas hoje a Polícia Civil, a Polícia Federal, o Ministério Público, o Tribunal de Contas, podem estar fazendo a mesma investigação sem que saibam. Esforço e dinheiro jogado fora. Apresentei um projeto de Lei aqui no Senado Federal para criar um Banco de Dados Nacional unificado. Pela proposta, as polícias judiciárias (federal e civil de cada Estado), o Ministério Público, as comissões parlamentares de inquérito, os tribunais de contas, as controladorias, corregedorias e conselhos de ética, o Banco Central, o Conselho Nacional de Justiça, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), assim como as demais instituições ou entidades de fiscalização tributária deverão manter um banco de dados unificado. Isso vai gerar economia, vai evitar retrabalho e vai dar muito mais eficiência às investigações. Vai resultar, enfim, em um combate muito maior ao crime.

No que depende do senhor, nessa área, o que tem sido feito além disso?

Esse problema que eu acabei de relatar tem a ver com o cumprimento da Lei. Muitas vezes, a lei não é cumprida e esse é um desafio que tem que ser resolvido. Mas temos um outro problema que é a própria Lei que não avançou junto com o crime. Veja bem, o Código Penal Brasileiro é de 1940. Isso mesmo, 1940! Do tempo do Estado Novo de Getúlio Vargas. É claro que, de lá para cá, ele passou por algumas modificações, mas a estrutura é a mesma há mais de 75 anos. Agora, em 2016, me tornei relator de uma proposta apresentada em 2012 para um Novo Código Penal, mas que até agora avançou muito pouco no Senado Federal.

Agora, vou debruçar-me sobre esse tema que é fundamental. Sei bem da polêmica envolvida nessa discussão, dos mais variados segmentos que ele certamente envolve, da repercussão que um novo Código pode trazer para o Brasil. Mas estou disposto a enfrentar esse debate, conversando com todas as instituições dispostas a colaborar, comparando com outros Códigos mundo afora... mas precisamos dar ao nosso País um Novo Código Penal mais condizendo com a realidade atual e que ofereça respostas e soluções para a Justiça que a sociedade espera.

Que bom, senador. Sucesso para o senhor nessa área porque estamos precisando muito.

Muito obrigado. Quero, por fim, deixar uma mensagem por uma cultura de paz. Nenhum esforço desses que citei será solução para nada se nós não desenvolvermos uma cultura de paz nas nossas ações do dia a dia. Cada um precisa fazer a sua parte, não corrompendo e não se deixando corromper, não infringindo regras simples de trânsito, respeitando o outro na fila, nas ações mais simples do nosso cotidiano. E mais... auxiliando a polícia e os órgãos de investigação com denúncias quando virem um erro, um assalto ou qualquer indício de irregularidade. Podemos, como cidadãos, fazer e participar muito mais do que estamos fazendo efetivamente. E, nesse sentido, a participação cidadã de cada um é essencial. Vamos trabalhar aqui no Congresso Nacional para os avanços necessários e possíveis e, no dia a dia, colaborar com uma cultura de paz, com respeito às regras e as leis e em colaboração com os agentes públicos.

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O Anuário de Segurança Pública aponta que, só em 2015, ocorreram mais de 15 mil mortes por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) no trânsito em todo o Brasil. É um número assustador, mas que poderia ser bem menor se as pessoas não insistissem em misturar bebida e direção. Buscando aumentar a segurança das pessoas e diminuir a impunidade, o senador Anastasia apresentou duas emendas ao PLC 144/2015, que altera dispositivos do Código de Trânsito Brasileiro, que dispõem sobre crimes cometidos na direção de veículos automotores.

A primeira emenda busca aumentar a pena em caso de homicídio culposo na direção de veículo se o agente estiver sob a influência de álcool ou de outra substância entorpecente. A reclusão passaria a ser de cinco a oito anos. Com essa pena, em caso de condenação, o infrator não poderia iniciar a execução em regime aberto. “Dirigir em estado alterado de consciência é uma conduta extremamente grave”, afirma Anastasia. “Nos últimos meses, recebi diversos relatos de

familiares de vítimas de acidentes de trânsito causados por motoristas embriagados. É impressionante como ainda impera em nosso País a cultura da impunidade. Enquanto os familiares choram a perda de um ente querido, muitos pagam suas penas com pequenos serviços à comunidade. Isso tem que mudar”, defende.

A segunda emenda introduz no Código de Trânsito Brasileiro a chamada “alcoolemia zero”. Com isso, da mesma forma como já é na infração administrativa, ou seja, para as multas, qualquer quantidade de álcool ou de substância entorpecente será suficiente para a incidência no crime.

“Buscando acabar com a impunidade, queremos, enfim, diminuir substancialmente o número de pessoas que bebe e dirige. As mudanças que propomos visam melhorar a Legislação atual para dar mais segurança ao trânsito e reduzir o número de mortos no trânsito, hoje tão alto ainda em nosso País, infelizmente.

Senador apresenta emendas para punir com rigidez quem bebe e mata no trânsito

O BRASIL DO FUTURO

As mudanças vão ao encontro das demandas dos movimentos envolvidos nessa luta. Pena mais dura e tolerância zero. O projeto, com as alterações sugeridas pelo senador Anastasia, foi aprovado por unanimidade na Comissão de Constituição e Justiça e, depois, no Plenário do Senado Federal. Como sofreu alterações na proposta inicial, seguiu para última análise da Câmara dos Deputados.

Foto: Moreira Mariz

Aprovado projeto que dá direito a companheiro sobrevivente ficar no imóvel onde moraO Senado também aprovou projeto de lei (PLS 63/2016), relatado pelo senador Anastasia, que assegura ao companheiro ou companheira sobrevivente o direito de continuar morando no imóvel destinado à residência da família. Pelo texto, o “direito real” de habitação sobre o imóvel deve perdurar enquanto o companheiro viver e não constituir nova união estável ou casamento, desde que o imóvel seja o único bem de moradia a ser inventariado.

Anastasia recomendou a aprovação da proposta, a seu ver uma iniciativa louvável do senador José Maranhão (PMDB/PB), autor da matéria. Segundo o relator, o projeto serve para encerrar a polêmica que se instalou após o advento do atual Código Civil a respeito do direito do companheiro sobrevivente a continuar a habitar o imóvel. Para ele, a proposição se revela “conveniente e oportuna por conformar o instituto da união estável com o padrão jurídico (especialmente quanto aos direitos dos conviventes) a que lhe alçou o novo Código Civil”.

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INTERNACIONAL

Anastasia representa Senado Federal durante encontro da União Interparlamentar na SuíçaO senador Anastasia foi um dos re-presentantes do Senado Federal, em 2016, na reunião da União Interpar-lamentar (Inter-Parliamentary Union - IPU), ocorrida em Genebra, na Suíça. O evento discutiu temas como a de-mocracia representativa, leis e direi-tos humanos no mundo, educação, ciência e cultura, desenvolvimento sustentável, paz e segurança inter-nacional. A União busca fomentar contatos e possibilitar a troca de ex-periências entre os Parlamentos e os parlamentares de todos os países.

Como representante do Senado bra-sileiro, Anastasia participou da reu-nião do Encontro dos parlamentares dos Países de língua portuguesa e do Fórum Parlamentar dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), além da grande plenária da IPU, na qual a delegação brasileira apoiou o tema apresentado pelo México e pela Alemanha referente à questão da Síria, a favor da ajuda humanitária à cidade de Aleppo e aos refugiados

sírios. A União discutiu ainda ques-tões de interesse e preocupação in-ternacionais, expressando pontos de vista sobre estas questões, a fim de possibilitar ações concretas dos Par-lamentos e dos parlamentares em seus Países. O senador Anastasia foi o responsável por externar os 22 votos a que o Brasil tem direito durante a plenária internacional.

Durante o evento, a delegação brasi-leira fez diversos encontros bilaterais com parlamentares de outros Países, discutindo temas em comum. Um deles foi com a delegação de Israel. O senador Anastasia reuniu-se com o deputado Nachman Shai, membro do Knesset, o Parlamento de Israel, momento em que trocaram experi-ências e ideias sobre vários temas de interesse dos dois Países.

“É muito importante que o Brasil não se transforme em uma ilha. A parti-cipação ativa do nosso País nos or-ganismos internacionais é essencial,

não só para marcar nossa posição, mas para inserir nossas pautas, defen-der os interesses brasileiros e garan-tirmos nossos direitos. A cooperação internacional, nesse sentido, pode ser muito proveitosa para o Brasil, inclu-sive no tema legislativo. Somos uma Nação relativamente jovem e em desenvolvimento. Podemos pegar os bons exemplos e, adaptando-os à nossa realidade, fazer avançar nossas leis e nossa democracia. Por isso, esse encontro é tão interessante para o Brasil”, afirma Anastasia.

Senador reúne-se com embaixadores da União EuropeiaEm 2016 o senador Anastasia reuniu-se com embaixadores e ministros conselheiros dos Países membros da União Europeia (UE) no Brasil para falar sobre o momento político e econômico, nossos desafios e expectativas para os próximos anos. O encontro ocorreu na embaixada da Eslováquia, a convite do embaixador Milan Cigan. A cada seis meses, um País-membro da União Europeia ocupa a presidência do Conselho Europeu. Como nos últimos meses esse cargo foi ocupado pela República Eslovaca, é dela a responsabilidade por organizar encontros desse tipo nos Países onde a UE tem representação.

Participaram do evento com o senador os embaixadores da Alemanha, Dinamarca, Eslovênia, Hungria, Romênia, Irlanda, Portugal, Chipre, Bulgária, Finlândia, França, Grécia e República Tcheca e os ministros conselheiros da Espanha, Áustria, Itália, Bélgica e Reino Unido, além da primeira-secretária da Polônia.

Foto: IPU/Pierre Albouy

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No Congresso Nacional, assim como fez na época em que era governador de Minas Gerais, o senador Anastasia continua em uma luta incansável pela renegociação justa da dívida dos Estados com a União. Para se ter uma ideia, em 1998, quando a dívida dos Estados foi consolidada e negociada junto ao Governo Federal, Minas Gerais devia cerca de R$14,5 bilhões. De lá para cá, o Estado já pagou cerca de R$ 41,6 bilhões. E, mesmo assim, ainda deve cerca de R$83 bilhões.

“Na época, em 1998, sabemos bem, a negociação se deu em bom termo, em condições favoráveis para Minas Gerais e para os demais Estados. Ocorre que, de lá para cá, a situação econômica brasileira mudou, os índices de correção ficaram muito altos e não houve uma readequação em relação aos índices e aos montantes. No final de 2014, o Congresso aprovou a Lei Complementar 148, que autoriza a União a fazer a renegociação com taxas melhores para os Estados e Municípios, mas nada ainda saiu do papel. Houve verdadeiro desdenho em relação a situação dos Estados, o que é muito grave em uma Federação”, destaca Anastasia.

A Lei Complementar 148/2014, mudava os juros aplicados atualmente – IGP-DI acrescidos de juros de 6% a 9% ao ano –, que passariam para IPCA acrescido de juros de 4% ao ano, o que diminuiria o montante geral da dívida. Mas até hoje a União não realizou as negociações com cada um dos Estados, como autorizava a Lei. Ao mesmo tempo, a Lei mexe no montante geral, mas não muda o limite máximo de pagamento mensal dos Estados em relação a sua Receita Corrente Líquida. Ou seja, em curto prazo, não há, só com essa Lei, benefícios diretos para os Estados Federados.

Agora, no entanto, foi aprovado no Senado Federal um projeto de Lei (PLC 54/2016) que pode ajudar os Estados, inclusive Minas Gerais, que contou com o acompanhamento e apoio do senador Anastasia. Agora em análise pela Câmara dos Deputados, a proposta tem como principal benefício para os Estados um alívio no fluxo de caixa dos pagamentos dessas dívidas. Esse é o efeito concreto da moratória de seis meses nos pagamentos previstos no projeto, associado a uma retomada progressiva ao longo de 18 meses e somado a um alongamento do prazo total da dívida em 20 anos.

Quando se computam os valores que deixarão de ser gastos por Minas Gerais por conta do efeito do alongamento da dívida, chega-se à projeção de que o Estado deixará de pagar um total aproximado de R$ 2,78 bilhões em 2016, R$ 4,17 bilhões em 2017 e R$ 1,88 bilhões em 2018, quando os encargos novamente se estabilizarão.

“Ao longo desse período de dois anos, portanto, estamos falando de uma economia da ordem de cerca de R$ 8,83 bilhões para os cofres de Minas Gerais. A partir de julho de 2018, em valores de hoje, o Estado pouparia ao redor de R$ 120 milhões por mês em razão do alongamento em 20 anos da dívida”, destaca Anastasia.

“Em um período de grave crise econômica, em que todos os Estados têm sofrido muito, esse é um valor que certamente pode fazer uma diferença muito positiva para Minas Gerais. Nosso trabalho aqui no Congresso é esse: legislar por uma Federação mais forte, por uma renegociação justa da dívida para que os Estados possam ter capacidade de honrar seus compromissos e investir em serviços públicos de qualidade”, afirma o senador.

A luta por uma renegociação justa da dívida dos Estados com a União

APROVADO!

PEC dos PrecatóriosAnastasia foi o relator no Senado da chamada PEC dos Precatórios (159/2015). A proposta permite o uso de dinheiro depositado na Justiça, que está parado, para pagar dívidas públicas. Os precatórios são dívidas que o governo tem com o cidadão, ou empresa, que ganhou um processo judicial transitado em julgado.

Conforme levantamento realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), os três entes públicos acumulavam, em junho de 2014, uma dívida de R$ 97,3 bilhões em precatórios emitidos pelas Justiças estadual, federal e trabalhista. A aprovação da PEC diminui o estoque de precatórios pendentes e agiliza os pagamentos aos cidadãos.

Durante o prazo previsto na PEC, pelo menos 50% dos recursos destinados aos precatórios servirão para o pagamento dessas dívidas em ordem cronológica de apresentação. A exceção é a preferência para os precatórios relacionados a créditos alimentares, beneficiários com 60 anos ou mais, portadores de doença grave e pessoas com deficiência.

Os outros 50% dos recursos, durante os cinco anos do regime especial de pagamento, poderão ser usados para a negociação de acordos com os credores, com redução máxima de 40% do valor a receber, desde que não haja recurso pendente. Depois de novo exame da Câmara dos Deputados, a PEC foi promulgada.

APRESENTANDO SOLUÇÕES

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POR MINAS

O Governo Federal repassou, em 2016, R$ 180 milhões a mais para os cofres do Governo do Estado de Minas Gerais, fruto da arrecadação possibilitada pelo Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária (Rerct). “Espero que esse dinheiro extra, existente graças ao nosso esforço pela aprovação da Lei 13.254/2016 aqui no Congresso Nacional, possa ser utilizado com responsabilidade pela atual gestão para ajudar a resolver parte dos grandes desafios do nosso Estado”, afirma Anastasia.

Além do Governo do Estado, todos os 853 Municípios mineiros também foram contemplados com algum recurso a mais no Fundo de

Participação dos Municípios. Ao todo, apenas para as cidades de Minas Gerais, foram destinados cerca de R$30 milhões.

Aprovada com o apoio e o voto do senador Anastasia, a Lei da Repatriação, permitiu a regularização de recursos, bens ou direitos remetidos ou mantidos no exterior ou repatriados por residentes ou domiciliados no País, que não tenham sido declarados ou que tenham sido declarados incorretamente.

A repatriação só vale para bens, recursos e direitos provenientes de atividade lícita, conforme a lei. Havendo dúvida sobre a origem

Com voto de Anastasia, lei que garante pelo menos mais R$180 milhões para Minas Gerais só em 2016 é aprovada no Senado

dos recursos, o contribuinte poderá ser convocado para prestar esclarecimentos. O dinheiro, arrecadado com a multa e o imposto de renda cobrado pela repatriação, serviu para a União diminuir o déficit e ainda colaborar com Estados e Municípios, que estão em dificuldades por causa da crise econômica nacional.

Outra proposta para garantir novos recursos para 2017 já foi aprovada no Senado Federal e agora tramita na Câmara dos Deputados. Nela, ficou expressa que, do valor arrecadado com a multa, a União vai repassar 46% aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.

Em 2016, Anastasia continuou cobrando a atenção do Governo Federal para as obras de responsabilidade da União em Minas Gerais. O parlamentar chegou a enviar ofício (54/2016) ao novo ministro dos Transportes, Portos e Avião Civil, Maurício Quintella, explicando a importância das obras da BR 381, que liga Belo Horizonte a Governador Valadares, e do Anel Rodoviário de Belo Horizonte. O senador pediu ao Governo Federal, mais uma vez, “prioridade e atenção especial para esses projetos”. Ambas as obras são de responsabilidade da União, promessas antigas do Governo Federal junto à população mineira.

“Sem dúvida alguma, essas são as duas maiores prioridades de Minas Gerais junto ao Governo Federal, pois

envolvem questões de segurança e influenciam diretamente na vida das pessoas que trafegam por essas importantes vias”, afirma o senador no ofício.

Não é de hoje que Anastasia tem cobrado essas obras. Durante o período que governou Minas Gerais (2010 a 2014), por diversas vezes ele atuou junto à União para tentar viabilizá-las. As obras da BR-381, por exemplo, foram anunciadas em 2012, mas só em maio de 2014 tiveram início. Dividida em 13 lotes, no entanto, as obras contam até hoje com diversos entraves burocráticos e financeiros.

Outra questão que se estende há anos é o Anel Rodoviário. O trecho é composto por duas rodovias federais

Senador volta a cobrar obras de responsabilidade da União no Estado e faz apelo especial por BR 381 e Anel Rodoviário

com extensão de 27,3 quilômetros, que cortam a capital mineira, e são de inteira responsabilidade da União, que vem há anos adiando a sua reconstrução. Com o objetivo de colaborar para a agilização dessa intervenção, o Governo do Estado se ofereceu para a elaboração dos projetos de engenharia quando Anastasia era governador.

“Depois de anos de inércia por parte da União, produzimos um amplo e detalhado projeto executivo que foi enviado ao DNIT para que as obras necessárias para sua melhoria pudessem sair do papel. Infelizmente, até hoje os entraves para início das obras ainda não foram superados”, destacou Anastasia no ofício ao ministro Maurício Quintella.

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Mesmo com todo o trabalho em Brasília, o senador Anastasia continua permanentemente em Minas Gerais. Todas as semanas, ele reserva ao menos dois dias de sua agenda para atender lideranças da capital e do interior em seu escritório, em Belo Horizonte. Ao mesmo tempo, está presente em todo o Estado, onde realiza visitas a cidades, palestras, audiências e reuniões para ouvir as demandas e desafios dos municípios mineiros, buscando ajudar com sua experiência administrativa e força política em Brasília. Veja algumas das atividades do senador em Minas Gerais durante 2016.

POR MINAS

Em Ação Audiências com lideranças em Belo HorizonteDurante todo o ano, Anastasia rece-beu em seu gabinete, em Belo Ho-rizonte, centenas de lideranças de todo o Estado. Ao longo de 2016, fo-ram cerca de 550 audiências em seu escritório político, em Belo Horizonte. “É o momento em que podemos con-versar sobre os desafios dos nossos municípios, sobre os principais pro-blemas enfrentados nas cidades do interior, as necessidades de emendas parlamentares e sobre os projetos que apresentamos em Brasília. Sem-pre há um retorno muito positivo do nosso trabalho que se estende em favor da população de nosso Estado”, afirma o senador.

Visitas ao interiorAnastasia continua percorrendo todo o Estado, falando dos projetos apre-sentados no Senado Federal, conver-sando com as pessoas e comparti-lhando sua experiência como gestor público. Em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o senador participou do lançamento do programa de castração de animais de rua realizado por ONGs mineiras. Em Poços de Caldas, no Sul de Minas, ele recebeu homenagem da Orques-tra Sinfônica de Poços de Caldas e também realizou encontros e conver-sas com lideranças da região.

Encontro com lideranças no interior.

Programa de castração de animais, em Nova Lima.

Anastasia recebe lideranças em seu escritório em BH.

Reunião com prefeitos no interior.

Recebendo homenagem da Orquestra de Poços de Caldas.

Durante caminhadas de rua, em Belo Horizonte.

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até 2023. O novo Terminal tem 17 novas pontes de embarque, o que ampliou o número total de pontes no Aeroporto para 26. Para maior conforto no deslocamento de passageiros e usuários, foram instaladas seis esteiras rolantes, nove escadas rolantes, além de 18 elevadores. O acesso ao novo Terminal foi construído em dois níveis, para facilitar o embarque e o desembarque de passageiros.

“Realizamos um amplo planejamento para desenvolver aqui a primeira aerotrópole da América do Sul, com ações previstas até para 2039. Entregamos, em 2014, obras do novo acesso ao aeroporto. Pensamos, planejamos, executamos e, agora, parte dessas ações se tornam realidade por meio da BH Airport”, lembra Anastasia.

POR MINAS

Visita a obrasA convite do diretor presidente da BH Airport, Paulo Rangel, Anastasia visitou as novas instalações do Terminal 2 do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte. “Fiquei muito feliz porque lutamos muito pelo sucesso desse empreendimento, porta de entrada do mundo para Minas Gerais. O aeroporto, ao contrário do que muitos pensam, não é só local de passagem, embarque e desembarque de passageiros, mas local de negócios, de atração de investimentos e de oportunidades para todo o Estado”, afirma o senador.

O projeto duplicou a atual capacidade do aeroporto para 22 milhões de passageiros/ano, suficiente para suportar o incremento de demanda

Reuniões de trabalho em BrasíliaTambém em seu gabinete, em Bra-sília, o senador recebe prefeitos, de-putados, vereadores e lideranças de todo o Estado de Minas Gerais para reuniões de trabalho e audiências públicas.

Palestras e ConferênciasPor sua liderança política e experiên-cia reconhecida de gestor público, Anastasia é constantemente convida-do para palestras e conferências por todo o Brasil. Esse ano, por exemplo, ele falou sobre “Ética nas relações políticas” na Associação Médica de Minas Gerais. Também em Belo Hori-zonte, o senador participou do proje-to C.A.S.A, falando sobre a atual crise política enfrentada pelo Brasil.

Foto: Gerdan Wesley

Em audiências, em Brasília.

Visitando obras das novas instalações do aeroporto.

Recebendo o estudante Dilson GabrielPieve, de Três Pontas, Minas Gerais, 1º colocado

nacional do Programa Jovem Senador, e seus convidados.

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SUSTENTABILIDADE

A Comissão Temporária da Política Nacional de Segurança de Barragens do Senado Federal, presidida pelo senador Anastasia, encerrou seus trabalhos em 2016 apresentando os resultados esperados quando da sua criação: um amplo e atual diagnós-tico do setor no Brasil, com ideias e sugestões para a melhoria da segu-rança das barragens. Apresentado pelo senador Ricardo Ferraço, o do-cumento recomendou, entre outros pontos, a transformação do Departa-mento Nacional de Produção Mineral (DNPM) em agência reguladora, com a garantia de recursos humanos e fi-nanceiros para o bom funcionamen-to da entidade.

“As medidas propostas no relatório aprovado buscam evitar que aconteçam novas tragédias como aquela lamentavelmente ocorrida

em Mariana. A ideia é aperfeiçoar a legislação para garantir que sejam aplicadas melhores técnicas de construção de barragens e que a fiscalização da segurança por parte do poder público fique mais eficiente. É claro que a proposta sozinha não tem o poder de reverter as tragédias, mas pode ajudar a evitar que desastres assim aconteçam”, afirma Anastasia.

O relatório aprovado pela Comissão, com 146 páginas, aponta a precariedade do DNPM, que, segundo avaliou o relator, vem há anos sofrendo com quadros desfalcados e insuficientemente capacitados. A situação enfraqueceria a fiscalização a ser feita pelo órgão, potencializando os riscos de acidentes com barragens de rejeitos de mineração. O texto contém ainda uma série de sugestões de mudanças

Presidida pelo senador Anastasia, Comissão Especial formada para analisar segurança de barragens apresenta resultados

no marco legal da Política Nacional de Segurança de Barragens, prevista na Lei 12.334/2010. Para o relator, trata-se de uma norma moderna, porém carente de ajustes.

Entre as mudanças, foi sugerida a imposição ao empreendedor, por danos decorrentes de falhas na barragem, de responsabilidade civil objetiva, isto é, independente da existência de culpa. Além disso, delimita o valor máximo e mínimo da multa; descreve atenuantes e agravantes de sanções administrativas; define como crime condutas irresponsáveis de empreendedores que exponham a população e o meio ambiente a risco de desastre e especifica quais são os agentes responsáveis pelos crimes cometidos contra a segurança de barragens.

TRANSFORMAR O DNPM EM AGÊNCIA REGULADORA DO SETOR MINERAL

DELIMITAR VALORES DE MULTAS

DISCIPLINAR SANÇÕES APLICÁVEIS AOS INFRATORES

DEFINIR COMO CRIME CONDUTAS IRRESPONSÁVEIS DE EMPREENDEDORES

IMPOR RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREENDEDOR POR DANOS

DECORRENTES DE FALHAS DA BARRAGEMIMPOR QUE TODOS OS OUTORGADOS

CONTRIBUAM PARA O CUSTEIO DA SEGURANÇA DA BARRAGEM

EXIGIR VALIDAÇÃO DO PROJETO E DO PLANO DE SEGURANÇA DE BARRAGENS

COM ALTO POTENCIAL DE DANO

EXIGIR QUE SE MANTENHA ATUALIZADO E OPERACIONAL O PLANO DE SEGURANÇA

DA BARRAGEM

ESPECIFICAR AGENTES QUE PODEM SER RESPONSÁVEIS PELOS CRIMES

COMETIDOS CONTRA A SEGURANÇA DE BARRAGENS

GOVERNO FEDERALGarantir recursos humanos, materiais

e financeiros para que os órgãos fiscalizadores possam exercer com

efetividade suas atribuições

ESTADOSGarantir aos órgãos fiscalizadores

estaduais, assim como aos empreendedores estaduais, o

comando e as condições para que se cumpram suas atribuições no PNSB

MUNICÍPIOSRealizar treinamentos sobre

segurança de barragens com a população de áreas potencialmente

afetadas por barragens

Conheça as principais ações propostas pela Comissão

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Em 2016 o Senado Federal também aprovou o projeto de Lei (PLS 741/2015), apresentado pelo senador Anastasia, que determina que as multas por infração ambiental, em situação de emergência ou estado de calamidade pública, provocados por desastres ambientais, sejam revertidas, em sua totalidade, para as regiões afetadas. A matéria está agora em apreciação na Câmara dos Deputados.

Na prática, o projeto visa atender regiões atingidas por tragédias como a que ocorreu em Mariana/MG, garantindo que os recursos das multas ambientais possam ir diretamente para a reconstrução e recuperação das áreas afetadas. Hoje, os valores arrecadados em pagamento de multas por infração ambiental são revertidos ao Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA), ao Fundo Naval, criado em 1932, e a fundos estaduais ou municipais de meio ambiente, ou correlatos, conforme definir o órgão arrecadador. Não há, portanto, qualquer obrigatoriedade para que

esses recursos sejam destinados às áreas atingidas. O projeto corrige essa distorção.

“É uma resposta objetiva e concreta à tragédia que ocorreu em Mariana. Deus queira que não ocorram mais situações como essa. Mas, de todo modo, temos agora uma solução para respostas mais rápidas para as regiões afetadas. Agradeço o apoio do relator e dos demais colegas que ajudaram na aprovação por unanimidade deste projeto”, destaca Anastasia.

Além de garantir os recursos para as áreas afetadas, o projeto prevê, também, a criação de um plano de trabalho que deverá ser elaborado com a participação dos Municípios, dos Estados e de representantes da sociedade civil das áreas atingidas. Ainda de acordo com a proposta, caso o sinistro ambiental cause queda na arrecadação dos Municípios, parte do dinheiro deverá ser dirigido à reposição do erário. Isso vai garantir, além da recuperação do meio ambiente, a manutenção dos serviços públicos nas localidades danificadas.

Aprovado projeto que destina multas para áreas atingidas por desastres ambientais Em Defesa da

nossa Cultura

Tramita no Senado Projeto de Lei (PLS 128/2016), apresentado por Anastasia, que agrava as penas do crime de pichação e conspurcação de monumentos tombados em virtude do seu valor histórico, artístico ou arqueológico. Se aprovada, a pena que hoje é de 6 meses a 1 ano de detenção, muda para 1 a 3 anos de detenção e multa.

Na prática, o projeto quer acabar com a impunidade para quem, com pichações, vandalizar o patrimônio público, em especial aqueles com alto valor cultural para sociedade. Servirá, por exemplo, para punir com maior rigor infratores como os que picharam paredes e painéis de Cândido Portinari, na Igreja São Francisco de Assis, na região da Pampulha, em Belo Horizonte ou, recentemente, as paredes do Museu Nacional, em Brasília.

“As baixas penas previstas na atual legislação não intimidam aqueles que se dispõem a depredar impunemente o patrimônio histórico e cultural. É preciso, pois, garantir que aqueles que o pichem sejam efetivamente punidos. Daí a importância desse projeto de lei. Queremos o aumento da pena dessa conduta para que possamos inibir a atuação de vândalos”, afirma Anastasia.

SUSTENTABILIDADE

Anastasia, em Mariana, reunido com lideranças dascomunidades atingidas pela tragédia da queda da barragem de rejeitos.

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Em 2016, o senador Anastasia apresentou voto contrário ao PLC 24/2016, que elevou a vaquejada à condição de manifestação cultural nacional e de patrimônio cultural imaterial. Nessa prática, um boi é solto em uma pista de areia e vaqueiros a cavalo tentam derrubar o animal pela cauda. Uma lei estadual que regulamentava a vaquejada foi considerada inconstitucional pelo STF. O voto em separado de Anastasia foi apresentado na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), mas ganhou apenas uma manifestação favorável.

Para o senador, não se discute que a vaquejada seja uma manifestação cultural. No entanto, segundo ele, essa prática passou a prezar mais o entretenimento do público do que pela saúde dos animais. “Os valores da sociedade contemporânea brasileira não mais admitem certas práticas. Não podemos admitir determinadas formas de maus-tratos aos animais, ainda que elas tenham

origens históricas tradicionais em nossa cultura”, ressalta o senador.

Segundo Anastasia, o projeto de lei apresentado tinha a intenção de contrapor diversos questionamentos que têm surgido em relação aos maus-tratos infligidos aos animais nas provas de vaquejada e não simplesmente elevar a prática a patrimônio imaterial. Ao contrariar princípios da própria Constituição, há, assim, também ‘vício material’ na proposta. “Não se pode ignorar que o texto constitucional não permite ao Estado brasileiro reconhecer a prática dessas expressões culturais como patrimônio imaterial, uma vez que durante essas atividades ocorrem evidentes maus tratos aos animais”, destaca Anastasia em seu voto, que incluiu nota técnica solicitada pelo Grupo Especial de Defesa da fauna (GEDEF) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em que especialistas na área demonstraram todas as lesões causadas pela vaquejada.

Senador apresenta voto técnico em que se manifesta contrário a práticas que possibilitem maus tratos de animais

APROVADO!Em 2015, o Senado já havia aprovado Projeto de Lei (PLS 351/2015) do senador Anastasia que define no Código Civil brasileiro que os animais não serão considerados coisas. “Infelizmente, não são poucas as pessoas que tratam animais como elementos descartáveis. Ignoram que eles sentem dor, frio, que têm necessidades. Ao assegurar que os animais não serão tratados como coisas, começamos a abrir uma série de possibilidades novas para garantir a eles mais direitos, vedando o descuido, o abuso, o abandono”, afirma o senador. A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou em 2016 por unanimidade o projeto, que lá ganhou o número 3670/2015. A proposta agora será apreciada de forma conclusiva na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania daquela Casa.

“As lesões sofridas pelos equinos e pelos bovinos durante a prova são inúmeras. A tração da cauda do boi causa luxação, ruptura de ligamentos, do disco intervertebral, de vasos sanguíneos, da pele e também de estruturas nervosas”, demonstra a nota técnica, que também subsidiou o voto do senador. “Este é o cenário de crueldade pelo qual passam os animais nesses eventos. Se trata de algo totalmente incompatível com os valores consagrados pela sociedade e pela Constituição de 1988”, ressalta Anastasia.

Apesar da consistência da argumentação do senador em seu voto em separado, a proposta original, referendada pelo relator da matéria, foi aprovada por ampla maioria e passou a representar o parecer da própria Comissão. O Plenário do Senado também aprovou a matéria. “Continuo firme com a minha posição em defesa dos animais e contra os maus-tratos”, afirma o senador.

SUSTENTABILIDADE

LEMBRE-SE ANIMAL NÃO É COISA

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EM DEFESA DOS ANIMAIS

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal aprovou em 2016 o substitutivo do senador Anastasia que institui o Estatuto dos Animais (PLS 631/2015). Com 21 artigos, a proposta dispõe sobre os direitos dos animais ao bem-estar e às obrigações destinadas à sua guarda. Estabelece, por exemplo, que os animais são considerados seres sencientes, devendo ser dispensada a eles a dignidade de tratamento compatível com essa condição. Além disso, o texto determina que ninguém deverá causar-lhes dor ou sofrimento, não tolerando atos cruéis contra eles.

O texto original, do ex-senador Marcelo Crivella (PRB/RJ), recebeu modificações do relator, o senador Anastasia, que realizou intenso debate com diversos movimentos e especialistas envolvidos com a causa animal. Entre as contribuições expressas no substitutivo, está a obrigatoriedade de promover identificação individual dos animais de estimação, a explicitação da vedação de maus-tratos em práticas culturais, recreativas e econômicas e ampliação do rol de condutas consideradas “maus-tratos”.

Comissão aprova substitutivo de Anastasia que cria estatuto para proteção dos animais

A PROPOSTA

Os primeiros artigos do substitutivo aprovado tratam das disposições gerais do estatuto. Define, por exemplo, que serão considerados animais, para efeitos da lei, espécies classificadas no filo Chordata, subfilo Vertebrata, exceto a espécie humana. Prevê ainda que ninguém deverá causar dor ou sofrimento aos animais. Excetuam-se os casos de controle de zoonoses, de espécies invasoras e de ensino e pesquisa científica na área da saúde, expressamente previstos na legislação, quando não houver método que evite totalmente a dor e o sofrimento, devendo ser adotadas todas as medidas disponíveis para reduzi-los ao máximo.

O substitutivo aprovado também define o direto dos animais ao bem-estar, garantindo a eles a existência em um contexto de equilíbrio biológico e ambiental, de acordo com as peculiaridades das espécies,

variedades, raças e indivíduos. Segundo o projeto, a integridade física e mental e o bem-estar animal são considerados objetos de interesse difuso. Assim, impõem-se ao Poder Público e à coletividade o dever de protegê-los e de promover ações que garantam seus direitos, por meio de estimulo à pesquisa, experimentação científica e acesso à medicamentos veterinários.

O texto do projeto de lei também prevê os deveres em relação à guarda de animais. Assim, toda pessoa física ou jurídica, que mantenha animal sob sua guarda ou cuidados, deverá fornecer alimentação e abrigo adequados à espécie, variedade, raça e idade do animal; garantir espaço adequado e apropriado para a manifestação do comportamento natural, individual e coletivo, da espécie; assegurar a inexistência de circunstâncias capazes de

Para o parlamentar mineiro, a proposta traz significativos avanços nos direitos dos animais. “Essa é uma proposta muito importante porque define regras e direitos até então difusos ou inexistentes. O projeto protege os animais contra sofrimentos desnecessários, prolongados e evitáveis e busca garantir a sua saúde e integridade, assegurando ainda o provimento de suas necessidades naturais. O Brasil está atrasado nessa área. Por isso, essa matéria é mais um avanço para promovermos uma cultura de paz no nosso País”, afirma Anastasia.

causar ansiedade, medo, estresse ou angústia de maneira frequente, constante ou intensa; além de prover cuidados, medicamentos e assistência médico veterinária quando constatada doença ou dor e sempre que for necessário.

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30 PRESTANDOCONTAS // SENADOR ANTONIO ANASTASIA // 2016

“Tenho trabalhado muito para que consigamos atravessar o mais rápido possível esse período de grave crise econômica e política na qual nosso País foi envolvido e que tanto tem atrapalhado nosso progresso. Os resultados do trabalho aqui no Congresso Nacional são positivos e cada dia mais eles aparecem. Mas tenho a consciência de que ainda é preciso muito mais. Meu compromisso é esse: trabalhar bastante para que muitas melhorias possam, de fato, ocorrer em nosso País. Por um Brasil sem corrupção, com mais eficiência, mais desenvolvimento e mais qualidade de vida para todos.”

FOI RELATOR DA COMISSÃO ESPECIAL

DO IMPEACHMENT

PRESIDENTE DA COMISSÃO TEMPORÁRIA DA POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA DE BARRAGENS

VICE-PRESIDENTE DA COMISSÃO ESPECIAL DO EXTRATETO

RELATOR-GERAL DA COMISSÃO ESPECIAL PARA O APRIMORAMENTO DO PACTO FEDERATIVO

TITULAR DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA (CCJ)

TITULAR DA COMISSÃO DE TRANSPARÊNCIA E GOVERNANÇA PÚBLICA

TITULAR DA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTE

TITULAR DA COMISSÃO DA CONSOLIDAÇÃO DA LEGISLAÇÃO FEDERAL E REGULAMENTAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO

MEMBRO DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL

TITULAR DA PROCURADORIA PARLAMENTAR

TITULAR DO CONSELHO DO PROJETO JOVEM SENADOR

TITULAR DO CONSELHO DO DIPLOMA BERTHA LUTZ

RELATOR-GERAL DA COMISSÃO MISTA DE DESBUROCRATIZAÇÃO

MEMBRO DA COMISSÃO ESPECIAL DO DESENVOLVIMENTO NACIONAL

MEMBRO DE DIVERSOS GRUPOS PARA COOPERAÇÃO DO BRASIL COM PAÍSES AMIGOS

MEMBRO DE FRENTES PARLAMENTARES EM ASSUNTOS DE INTERESSE SOCIAL

MANDATO EM NÚMEROSO TRABALHO CONTINUA....

2016Foto: Gerdan Wesley

Antonio Anastasia

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31PRESTANDOCONTAS // SENADOR ANTONIO ANASTASIA // 2016

MANDATO EM NÚMEROS

21Propostas de Emenda à

Constituição (PEC) relatadas

7Propostas de Emenda à

Constituição (PEC) apresentadas

20Projetos de Lei do Senado (PLS)

apresentados

2Projetos de Lei de sua autoria já aprovados no Senado Federal

28Requerimentos apresentados em diversas Comissões e no Plenário

do Senado

1Projeto de Resolução apresentado

17Pronunciamentos da Tribuna do

Senado Federal só em 2016

210+Mais de 210 matérias sob sua

relatoria no Senado Federal

140+matérias votadas em Plenário só

em 2016

13Projetos de Lei da Câmara (PLC)

relatados

145Projetos de Lei do Senado (PLS)

relatados

41Frentes ou grupos parlamentares

em que o senador tem participação

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PRESTANDOCONTASwww.antonioanastasia.com.br | 2016

AntonioAnastasia

Senador

@antonio.anastasia

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AntonioAnastasiaOficial