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  • A multiplicidade e a funcionalidade dos gneros discursivos

    por meio da noo de produo de gneros textuais ou discursivos que percebemos

    o papel dialgico e social da linguagem. Conhecer e valorizar a diversidade de gneros

    existentes permite ao usurio da lngua, identificar seus aspectos principais eproduzir textos

    orais ou escritos em condies especficas.

    Cabe lembrar ainda, que a utilizao da lngua efetua-se em forma de enunciados

    (orais ou escritos) e a diversidade de usos imensa. preciso, portanto, analisar as

    circunstncias sociais de uso da linguagem e fazer as devidas escolhas. Ou seja, em que

    gnero vou enunciar e graas dinmica dialgica da linguagem, as opes so muitas,

    pois como afirma Bakhtin (1979, p. 279)

    a riqueza e a variedade dos gneros do discurso so infinitas, pois a variedade virtual da

    atividade humana inesgotvel, e cada esfera dessa atividade comporta um repertrio

    de gneros do discurso que vai diferenciando-se e ampliando-se medida que a prpria

    esfera se desenvolve e fica mais complexa.

    A heterogeneidade composicional dos textos

  • Meio oral

    Distinguir meio oral de meio escrito corresponde a identificaro tipo de suporte material da produo verbal que matria de inscrio e, consequentemente, dar conta das caractersticas do canal de transmisso no circuito de comunicao.

    Meio oral: ar

    O enunciado percepcionado pela via auditiva e produzido com a voz;

    efemeridade;

    aquilo que dito definitivo.

    Meio escrito

    O meio escrito tem o papel (madeira, papiro, seda, acetato, digitalizao, etc) como suporte de veiculao de material lingustico grfico.

    O enunciado percepcionado pela vista;

    produo: motricidade fina;

    perenidade;

    aquilo que escrito pode no estar escrito: at o

  • escrevente o decidir, o enunciado escrito reformulvel;

    distanciamento no tempo e no espao.

    Uso oral

    Modo de expresso verbal que pressupe a partilha, pelo emissor e receptor, de um mesmo campo perceptivo e a instaurao, entre eles, de uma relao fsica, cognitiva e emotiva.

    Dispensa a referenciao de um conjunto alargado de variveis da situao interlocutiva;

    convoca esses elementos para a construo de sentido;

    lugar de tenso na busca de exerccio de influncia sobre o receptor;

    cumpre necessidades comunicativas imediatas;

    realiza-se por movimentos discursivos de acrescentamento e no de substituio.

    Uso escrito

    Modo de expresso verbal que, dirigido a um destinatrio ausente, no tempo e no espao, conhecido ou annimo daquele que escreve, se caracteriza por:

  • requerer a explicitao das coordenadas enunciativas,

    implicar a activao dos meios lingusticos que explicitem o papel dos elementos contextuais na comunicao;

    exigir a realizao de precises, substituies, reformulaes;

    envolver uma competncia grfica;

    accionar uma competncia semntico-discursiva.

    Texto descritivo

    Objectos descritos: tempo, lugar, aparncia exterior, qualidades morais;

    enumerao;

    estrutura tema-rema;

    predicados de ndole estativa;

    aspecto durativo, no acabado, imperfectivo.

    Texto argumentativo

    Quando nos dirigimos a algum somos obrigados a dar razes, justificar ou provar aquilo que dizemos. Quando apresentamos essas razes (argumentos), fazemo-lo de modo a que a outra pessoa aceite aquilo que defendemos (concluso). De uma ou de outra maneira, temos de estar prontos a responder questo "Porque que dizes isso?". Essa nossa justificao pode transformar as opinies, as crenas, as aces ou os sentimentos daquele(s) a quem nos

  • dirigimos.

    Texto dialogal

    Unidade de composio textual (oral ou escrita) qual se aplicam os princpios de organizao lingustico-discursiva (coerncia, coeso isotpia e conexidade)

    Heterogeneidade composicional

    O dilogo comporta sequncias narrativas, descritivas, explicativas ou argumentativas; Unidade poligerida/realizao interactiva (co-construo de um texto nico)

    O texto oral e o texto escrito

    As caractersticas formais do texto falado ou do texto escrito esto relacionadas com a questo do planejamento.

    O texto falado, em geral, criado no prprio momento da conversao, isto , no possui rascunho, ao contrrio do texto escrito, que pode ser planejado, revisto, rascunhado. Aquesto do planejamento discursivo abordada por Ochs (l979), que aponta quatro nveis de planejamento no discurso: falado no-planejado, falado planejado, escrito no-planejado, escrito planejado. A lngua oral apresenta uma tendncia para o no-planejado. Poderamos dizer que planejada localmente, ou seja, uma atividade administrada passo a passo.

  • Em geral, a conversao inicia-se com o tpico que motivou a interao, ou seja, ela se estabelece e se mantm desde que exista algo sobre o que conversar e inteno por parte dos interlocutores de manter a interao. O desenvolvimentodo tpico, na fala, depende dessa interao, e o rumo do discurso coletivo criado, naquele ato de interao, construdo pelos interlocutores, que podem interromper, acrescentar fatos, mudar o rumo da conversa. O no-planejamento da fala informal condio indispensvel, portanto, para um relacionamento humano produtivo e enriquecedor. Desta forma, o texto conversacional o resultado de um trabalho cooperativo.

    O texto conversacional se apresenta pouco elaborado face elaborao do texto escrito. Quando falamos, vamos construindo nosso texto. De acordo com a reao do nosso interlocutor, repetimos a informao, mudamos o tom, reformulamos nossa explicao. H por isso uma tendncia aproduzir idias menos complexas do que na escrita.

    Embora possa ser reelaborado, o texto escrito - um conto porexemplo - ao ser dado como pronto, no deixa perceber as marcas de sua elaborao: apresenta-se acabado, coeso, com seqncia temporal. J o texto falado est sempre em andamento. Esta considerao aponta novamente para a questo do planejamento que, na escrita, vai desde o tema aser desenvolvido, chegando ao planejamento lingstico. A lngua escrita pressupe a articulao de idias e de aspectos lingsticos.

  • Em termos sintticos, o texto conversacional bastante fragmentado: as frases so cortadas, percebendo-se a ruptura da construo medida que a frase se desvia de suatrajetria, tomando outra direo sinttica. O carter fragmentrio da modalidade oral - presena de anacolutos, frases truncadas - um ponto diferenciador entre as duas modalidades. Inmeros estudos tm sido realizados, mostrando que essas inverses na ordem das palavras correspondem a necessidades comunicativas e interacionais -- o falante antecipa as idias que quer destacar.