ata nÚmero 42/2014-------------------------- · municípios fosse apresentado um voto de protesto...
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Ata N.º 42/14 Página 1 de 34 Reunião da CMF realizada em 06/11
-----------------------------ATA NÚMERO 42/2014-------------------------------------
REUNIÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA MUNICIPAL DO FUNCHAL,
REALIZADA EM SEIS DE NOVEMBRO DO ANO DOIS MIL E
CATORZE.---------------------------------------------------------------------
----------Aos seis dias do mês de novembro do ano dois mil e
catorze, nesta Cidade do Funchal, Edifício dos Paços do Município
e Sala de Reuniões, reuniu a Câmara Municipal, pelas dez horas,
sob a Presidência do Senhor Presidente, Dr. Paulo Alexandre
Nascimento Cafôfo, estando presentes a Senhora Vice-Presidente,
Idalina Perestrelo Luis, e os Senhores Vereadores: Dr. Domingos
Manuel Martins Rodrigues, Dr. Paulo Alexandre de Atouguia
Aveiro, José Manuel de Sousa Rodrigues, Dra. Maria Madalena
Caetano Sacramento Nunes, Dra. Vanda Maria de Fátima Sousa de
França Correia de Jesus, Eng. Miguel Sérgio Camacho Silva
Gouveia, Dr. Artur Alberto Fernandes Andrade e Eng. João José
Nascimento Rodrigues. A secretariar esteve presente Filomena de
Fátima Marcos Pita de Fernandes, diretora do Departamento
Jurídico.-----------------------------------------------------------------------
---Presente, ainda, a Senhora Dra. Carolina Isabel Ribeiro Silva,
que substitui, nos termos e ao abrigo do disposto nos artigos 78º e
79º, da Lei número 169/99, de 18 de setembro, alterada pela Lei
número 5-A/2002, de 11 de janeiro, o Senhor Vereador Dr. Bruno
Miguel Camacho Pereira, do PSD.-----------------------------------------
------Verificado o quórum, o Senhor Presidente declarou aberta a
reunião.------------------------------------------------------------------------
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AUSÊNCIAS: - Não esteve presente o Senhor Vereador Dr. Bruno
Miguel Camacho Pereira, cuja falta foi justificada pelo Senhor
Presidente.---------------------------------------------------------------------
APROVAÇÃO DA ATA DA REUNIÃO ANTERIOR: - Foi dispensada
a leitura da ata da reunião anterior a qual, previamente distribuída
em minuta aos Senhores Vereadores, foi aprovada por
unanimidade.-----------------------------------------------------------------
--------------PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA-----------------
INTERVENÇÃO DA VEREAÇÃO: - A Senhora Vereadora do PSD,
Vanda de Jesus, iniciou este período solicitando informação acerca
do número de comissões de serviço, da atual orgânica, aprovada
na sessão da Assembleia Municipal, realizada a vinte e oito de
dezembro de dois mil e doze, nomeadamente as que cessaram ou
não foram renovadas. Disse que o facto de colocar esta questão
tem a ver com a sua preocupação de uma eventual instabilidade
que esta situação possa vir provocar, tendo realçado a importância
dos conhecimentos e da experiência dos trabalhadores desta
autarquia.---------------------------------------------------------------------
------ - O Senhor Vereador Miguel Gouveia, da Mudança,
esclareceu que as comissões de serviço que cessaram tiveram como
razão a extinção das respetivas unidades orgânicas. Que
entregaria, de imediato, lista da informação solicitada.----------------
------Tomando novamente a palavra, a Senhora Vereadora Vanda
de Jesus, do PSD, perguntou para quando estava previsto a
apreciação da nova orgânica da Câmara Municipal, tendo o Senhor
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Vereador Miguel Gouveia respondido que a mesma estava prevista
ocorrer ainda este ano.------------------------------------------------------
------ - Intervindo, o Senhor Vereador do PSD, João Rodrigues
solicitou uma listagem de todas as comissões de serviço em vigor e
a data do seu “términus”.---------------------------------------------------
------ - Tomando a palavra, o Senhor Vereador José Manuel
Rodrigues, do CDS/PP, referiu a necessidade de compatibilizar os
interesses dos comerciantes da Zona de Santa Maria (Zona Velha)
com os direitos dos moradores, quer no ruído quer na mobilidade.
Questionou se a esplanada localizada no início da Rua de Santa
Maria estava legalizada.-----------------------------------------------------
------ - Respondendo, o Senhor Presidente disse que sim. Mais
referiu que a Rua de Santa Maria, era uma das ruas alvo dum
estudo recente elaborado pela Autarquia, visando a implementação
de medidas para a regularização e ordenamento das esplanadas,
pondo cobro às dificuldades de mobilidade que se vêm sentindo.----
------Prosseguindo, o Senhor Vereador do CDS/PP, José Manuel
Rodrigues, colocou vários assuntos, para cuja resolução solicitou a
intervenção da Câmara:-----------------------------------------------------
--- - Venda ambulante, por pessoas não licenciadas para o
exercício da atividade, que ocorre, com frequência, junto ao
Mercado dos Lavradores;----------------------------------------------------
--- - Avaria, desde há algum tempo, do elevador do autossilo do
Almirante Reis;---------------------------------------------------------------
--- - As portas de ferro, colocadas no início e fim, da passagem
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pedonal que liga a Rua da Praia à Avenida do Mar e das
Comunidades Madeirenses, não abrem na totalidade,
impossibilitando, nomeadamente, a passagem de cadeiras de
rodas;---------------------------------------------------------------------------
--- - Estado de degradação do quiosque localizado junto ao Cais,
que, segundo informação obtida, pertence à empresa local “Frente
MarFunchal, E.M.”;----------------------------------------------------------
--- - Mau estado do pavimento da Rua do Bom Jesus;-----------------
--- - Falta de limpeza nos passeios que ladeiam a Rua Encosta do
Pilar, que se encontram cobertos de lixo e ervas;-----------------------
--- - Estado avançado de degradação em que se encontram os
fontanários localizados no Caminho do Palheiro, Travessa de São
Filipe e Caminho de São Roque, respetivamente;-----------------------
--- - Obra interminável que decorre num imóvel, localizado na
Estrada Monumental, junto ao Hotel Girassol, que oferece
substancial inestética a uma zona turística por excelência.----------
------Terminando a sua intervenção, referiu que os moradores do
Curral Velho reivindicam que a carreira dos Horários do Funchal,
10-A, que faz a ligação entre a Chamorra e o Trapiche, deveria
alargar o seu percurso e ir até ao fim do Curral Velho, em vez de
fazer inversão de marcha na rotunda da Cota 500.---------------------
------ - Tomando a palavra, o Senhor Presidente agradeceu o
contributo prestado, informando que a Câmara envidará todos os
esforços para a resolução destas questões.------------------------------
------ - Usando a palavra, o Senhor Vereador da CDU, Artur
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Andrade disse, a propósito da questão suscitada relativamente à
Rua de Santa Maria que os conflitos entre moradores e
comerciantes, originados pelo ruído noturno e pela colocação
desordenada de esplanadas e expositores publicitários, datam de
alguns anos e que, em sua opinião, deveria haver, o mais breve
possível, uma intervenção da Câmara, no sentido de apaziguar esta
situação. Em seu entender, a solução passa, necessariamente, pelo
diálogo, quer com os moradores quer com os comerciantes, tentar
conciliar os diversos interesses.--------------------------------------------
------ - Intervindo, o Senhor Presidente referiu que terá de haver
uma conciliação de interesses, muito embora este objetivo não seja
de fácil alcance. E foi por esta realidade, entre outras, que foi
elaborado um estudo, “Estudo de Caraterização e Diagnóstico do
Comércio e Serviços do Funchal”, que se encontra em fase de
conclusão, e que será uma ferramenta de apoio à tomada de
medidas adequadas à gestão da cidade, mormente no que diz
respeito ao incentivo e desincentivo do comércio em algumas ruas
da cidade.----------------------------------------------------------------------
---A regeneração da Zona Velha da Cidade será uma realidade e
temos que conseguir o equilíbrio entre a satisfação das
necessidades dos moradores e dos comerciantes. E, porque a
associação de moradores daquela zona nunca contactou este
Executivo, será esta Câmara a desencadear este contacto, dando
início à resolução deste problema.-----------------------------------------
------ - Intervindo, o Senhor Vereador Artur Andrade, da CDU,
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referiu considerar a “Carta de Ordenamento do Comércio” um
instrumento muito importante para o ordenamento da Zona Velha
da Cidade, apelando para a necessidade de se proceder a uma
diversificação das atividades comerciais que ali são exercidas,
através da concessão de incentivos à implementação de novas
atividades.---------------------------------------------------------------------
------Continuando na sua intervenção, propôs que a Câmara
Municipal do Funchal, ou através da Associação Regional de
Municípios fosse apresentado um voto de protesto contra as
medidas consagradas no Orçamento de Estado para 2015,
demasiado gravosas e penalizantes para o poder local.----------------
------ - O Senhor Presidente, intervindo, informou que terá, hoje, à
tarde, uma reunião com o Senhor Secretário de Estado e que, entre
outros assuntos a abordar, está agendado o Orçamento de Estado
para 2015.---------------------------------------------------------------------
------Mantendo-se no uso da palavra, o Senhor Vereador Artur
Andrade perguntou se poderia ter acesso ao relatório da auditoria,
cujo prazo terminou o mês passado.--------------------------------------
------- - O Senhor Vereador Miguel Gouveia, da Mudança, informou
que o prazo terminara, mas que a auditoria não se encontrava,
ainda, concluída, atendendo a que a mesma tivera início uma
semana após o previsto.-----------------------------------------------------
------De seguida, o Senhor Vereador Artur Andrade questionou se
havia sido solicitado à Câmara a emissão de pronúncia
relativamente à alienação do capital social da empresa Horários do
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Funchal, bem como relativamente à concessão daquele serviço
público, na sequência da publicação da Resolução do Governo
Regional nº 978/2014, publicada no JORAM a 21 de outubro.------
------ - O Senhor Presidente respondeu que a Câmara não fora
contactada a emitir qualquer parecer ou pronúncia.-------------------
------Depois, este Vereador solicitou cópia do parecer emitido pela
Câmara no âmbito da reestruturação da empresa pública regional,
Águas e Resíduos da Madeira, S.A.----------------------------------------
------Questionou, também, sobre o ponto da situação relativo aos
acordos assinados com as Associações Defensoras dos Animais.
Pretendia saber nomeadamente quais as ações, para além do
previsto no Orçamento e Plano que seriam concretizadas no âmbito
dessa colaboração.-----------------------------------------------------------
------Terminou dando conhecimento duma reclamação apresentada
pelo munícipe Paulo Demérito Henriques Lobo de Matos e outra
(procº37559/2014).----------------------------------------------------------
------ - O Senhor Presidente informou que a reclamação será
apreciada pelos serviços técnicos competentes.-------------------------
--------------------------------ORDEM DO DIA------------------------------
---Iniciou-se a apreciação dos assuntos constantes da ordem do dia
e pela sequência nela prevista:---------------------------------------------
1 – DELIMITAÇÃO DE ÁREAS DE REABILITAÇÃO URBANA
(ARU):---------------------------------------------------------------------------
------ - Proposta de Delimitação da ARU do Centro Histórico do
Funchal: - O Senhor Presidente apresentou a proposta de
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delimitação da Área de Reabilitação do Centro Histórico do
Funchal, denominada “Cidade com Vida”. Referiu que a
delimitação desta Área de Reabilitação Urbana será uma marca no
futuro da cidade do Funchal. “Queremos empreender uma política
de reabilitação e regeneração do centro da cidade, que possibilite
uma maior dinamização económica, que crie novas centralidades, e
que permita trazer de volta as pessoas a habitar o centro do
Funchal”. E continuou: “A delimitação da ARU, e os benefícios
fiscais associados, serão um grande passo nesse sentido, sendo
que também teremos para breve a apresentação do Estudo de
Caraterização e Diagnóstico do Comércio e as respetivas linhas de
ação”. Enalteceu ainda o trabalho da equipa que elaborou a
presente proposta, referindo considerar a mesma de excelente
qualidade.---------------------------------------------------------------------
---O Senhor Vereador João Rodrigues, do PSD, começou por referir
que esta proposta de delimitação de “Área de Reabilitação Urbana
do Centro Histórico do Funchal” é, em sua opinião, um excelente
trabalho, um trabalho quase perfeito e que será, certamente, uma
referência para outras cidades que pretendam proceder à
delimitação de ARU’s. Disse congratular-se com a qualidade
técnica do documento apresentado, bem como ao Executivo por ter
tomado esta decisão. “Não posso deixar de referir que este trabalho
só foi possível face a todo o trabalho já desenvolvido pelo anterior
Executivo, nomeadamente na caraterização e quantificação do
edificado de toda a área de intervenção. No entanto, o mais difícil
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está por fazer, que passa primeiro pela definição do tipo ou tipos de
Operação de Reabilitação Urbana (ORU) e depois pela execução
destas mesmas operações, para as quais são necessários meios
financeiros significativos” disse.-------------------------------------------
---Quanto à definição do tipo de Operação de Reabilitação Urbana
(ORU), sugeriu que a Câmara optasse por uma ORU sistemática,
no quarteirão do Ornelas, concretizada através da elaboração do
Plano de Pormenor do Ornelas de Reabilitação Urbana, o qual já
está iniciado, assim como, na área do Plano de Pormenor do Carmo
e do Plano de Pormenor da Encarnação.---------------------------------
---No que concerne ao teor do trabalho apresentado, referiu que
deveria ser analisada a hipótese da redução de 50% das taxas
administrativas, referidas na página 43 da proposta, ser alargada,
abrangendo todas as áreas e não somente aquelas ali
especificadas.-----------------------------------------------------------------
---Intervindo, o Senhor Presidente agradeceu o contributo,
referindo que o alargamento do âmbito da redução de 50% das
taxas administrativas passaria, necessariamente, pela alteração do
Regulamento em vigor.------------------------------------------------------
---Usando da palavra, o Senhor Vereador Paulo Atouguia, do PSD,
disse que a reabilitação urbana é, para a lista que representa e
como muitas vezes foi salientado na companha eleitoral,
fundamental para uma estratégia de futuro para o Funchal e,
nesse entendimento, este trabalho é um excelente ponto de partida
para aquela que considera dever ser uma intervenção prioritária
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desta Câmara. Mas, mais importante do que definir grandes
princípios e orientações, é fundamental na fase que se segue a
existência de capacidade política para levar a bom termo, e duma
forma necessariamente faseada, este processo de reabilitação
urbana.------------------------------------------------------------------------
---Sugeriu que, no trabalho que se seguirá, passem a ser
reportados elementos estatísticos importantes relativamente aos
imóveis, como, por exemplo, se se encontram devolutos,
arrendados ou ocupados pelos seus proprietários, elementos que
não constam no trabalho apresentado e que podem ser de extrema
utilidade no processo.-------------------------------------------------------
---Terminou elogiando a elevada qualidade do trabalho
apresentado e o facto de ter sido totalmente elaborado por técnicos
do Município.-----------------------------------------------------------------
---O Senhor Vereador José Manuel Rodrigues, do CDS/PP,
intervindo, fez uma referência à qualidade do trabalho
apresentado, dizendo que deveria pensar-se na substituição da
denominação de Zona Velha da Cidade para, por exemplo, Zona
Histórica de Santa Maria, e propôs que na deliberação sobre o
regime de isenções fiscais da “ARU” fosse feita referência à
Resolução do CDS/PP sobre as isenções de IMI e IMT, aprovadas
na reunião de trinta de outubro de dois mil e catorze, o que foi
aceite.--------------------------------------------------------------------------
---Intervindo, o Senhor Vereador da CDU, Artur Andrade, disse
considerar o trabalho apresentado e um bom trabalho, mas que,
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em sua opinião, a área delimitada deveria ser mais abrangente e
incluir, por exemplo, a Zona da Ribeira de São João e a Rua Conde
Carvalhal, locais onde se localizam muitos prédios degradados.-----
---Tomando a palavra, o Senhor Presidente disse que a inclusão
destas áreas tinha sido objeto de ponderação. Acabaram por ser
excluídas, nesta fase, por falta de elementos de diagnóstico
suficientes. No entanto, as áreas referidas estão a ser objeto de
análise com vista à sua futura definição.---------------------------------
--- - Colocada à votação, a Câmara deliberou, por unanimidade,
aprovar a proposta de deliberação que a seguir se transcreve:-------
---“Considerando que: Nos termos do disposto no artigo 5º, do
Regime Jurídico da Reabilitação Urbana, aprovado pelo Decreto-Lei
nº 307/2009, de 23 de outubro, alterado e republicado pela Lei nº
32/2012, de 14 de agosto (RJRU), a reabilitação urbana é
promovida pelos municípios, através da delimitação de áreas de
reabilitação urbana (ARU) e da operação de reabilitação urbana
(ORU) a desenvolver nas áreas delimitadas, através de instrumento
próprio ou de um plano de pormenor de reabilitação urbana; A
reabilitação urbana assume-se “como uma componente
indispensável da política das cidades e da política de habitação, na
medida em que nela convergem os objetivos de requalificação e
revitalização das cidades, em particular das suas áreas mais
degradadas, e de qualificação do parque habitacional, procurando-
se um funcionamento globalmente mais harmonioso e sustentável
das cidades e a garantia, para todos, de uma habitação condigna”;
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A reabilitação constitui uma prioridade de intervenção do
Município do Funchal, conforme decorre do “Programa de Governo
para o Município do Funchal 2014-2020: Tornar o Funchal, em
2020, na “melhor cidade portuguesa para se viver”; Esta visão
passa por uma Cidade que ofereça oportunidades para todas as
idades e com identidade comunitária; que seja reconhecida pela
sua beleza natural e a sua qualidade ambiental; alcance um
desenvolvimento de qualidade e de gestão urbana; construa
comunidades fortes e saudáveis através da diversidade,
participação e empatia; seja dinâmica, vibrante e culturalmente
expressiva; Perante a constatação física e consciência coletiva dos
inúmeros processos de desvitalização e degradação que invadem o
tecido consolidado da cidade do Funchal, com particular incidência
no Centro Histórico do Funchal, - o “coração” da cidade, onde se
concentra a grande maioria dos estabelecimentos comerciais e de
serviços e ainda alguns equipamentos coletivos, designadamente
administrativos, - que obrigam o Município à promoção de medidas
necessárias à sua reabilitação e regeneração; Impõem-se recuperar
e reinventar a identidade do Centro Histórico do Funchal, criando
uma base sólida para promover uma dinâmica sustentada de
reforço da sua posição na cidade, de crescimento económico e
desenvolvimento social e cultural – CIDADE COM VIDA; O
momento de crise económica que assola o País e particularmente a
Região Autónoma da Madeira exige intervenções rápidas das
entidades públicas para estimular os agentes económicos,
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propiciando, com a sua intervenção, a revitalização do comércio
tradicional e a capacidade de captação de novas atividades
económicas; Incumbe ao Município disponibilizar, de imediato, aos
proprietários e aos titulares de outros direitos, ónus e encargos e
promotores imobiliários, apoios e incentivos fiscais e financeiros
que promovam a reabilitação e a quebra do ciclo de degradação dos
edifícios e atividades no Centro Histórico do Funchal; O Município
do Funchal pretende constituir um estímulo imediato ao processo
de reabilitação dos edifícios, e porque a delimitação de uma ARU
obriga à definição simultânea dos apoios e benefícios fiscais e
financeiros a ela associados, conforme estatuído no artigo 14º do
RJRU, ao abrigo do disposto no nº 3, do artigo 7º, deste mesmo
diploma legal, propõe-se, nesta fase, a delimitação da ARU, em
momento anterior à aprovação da ORU a desenvolver nesta área.
Nesta conformidade, tenho a honra de propor que a Câmara
Municipal do Funchal, nos termos e ao abrigo do estatuído na
alínea a), do nº 1 e nº 3, do artigo 7º e dos nºs 1 e 2, do artigo 13º
do RJRU, conjugado com o disposto na alínea ccc), do nº 1, do
artigo 33º do Regime Jurídico das Autarquias Locais, aprovado
pela Lei nº 75/2013, de 12 de setembro, delibere propor a presente
proposta de delimitação da ARU do Centro Histórico do Funchal à
aprovação da Assembleia Municipal. Esta proposta de delimitação
da ARU do Centro Histórico do Funchal, em cumprimento do
plasmado nas alíneas a), b) e c), do nº 2, do artigo 13º, do RJRU, é
composta pelos seguintes documentos: – Memória descritiva e
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justificativa, que inclui os critérios subjacentes à delimitação da
área abrangida e os objetivos estratégicos a prosseguir; - Planta
com a delimitação da área abrangida; - Quadro dos benefícios
fiscais associados aos impostos municipais. Em conformidade com
o estatuído nos nºs 4 e 5, do artigo 13º, do RJRU, o ato de
aprovação da delimitação da ARU deverá ser publicado através de
Aviso na 2ª série do Diário da República e divulgado na página
eletrónica do Município do Funchal. Simultaneamente ao envio
para publicação do aviso referido, a Câmara Municipal deverá
remeter ao Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana I.P.,
por meios eletrónicos, o ato de aprovação da delimitação da área de
reabilitação urbana. Após a delimitação da ARU deverá, no prazo
máximo de três anos, ocorrer a aprovação da correspondente
Operação de Reabilitação Urbana (ORU), sob pena desta
delimitação caducar, conforme plasmado no artigo 15º do RJRU”.--
------ - Proposta de regime de isenções, associados aos
impostos municipais sobre o património para a Área de
Reabilitação do Centro Histórico do Funchal: - Submetida pelo
Senhor Presidente, a Câmara aprovou, por unanimidade, a
proposta de deliberação com o seguinte teor:----------------------------
---“Considerando que: A Câmara Municipal do Funchal,
reconhecendo a existência de uma área do território municipal,
considerada como “Centro Histórico do Funchal”, onde se identifica
uma continuada insuficiência, degradação e obsolescência de
alguns edifícios, nomeadamente no que se refere às suas condições
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de uso, solidez, segurança, estética e salubridade, pretende
promover, uma intervenção integrada, através da proposta de
delimitação da Área de Reabilitação Urbana do Centro Histórico do
Funchal; Em conformidade com o disposto no artigo 14º, do
Regime Jurídico da Reabilitação Urbana, aprovado pelo Decreto-Lei
nº 307/2009, de 23 de outubro, alterado pela Lei nº 32/2012, de
14 de agosto (RJRU), a delimitação de uma área de reabilitação
urbana obriga à definição, pelo município, dos benefícios fiscais
associados aos impostos municipais sobre o património,
designadamente o imposto municipal sobre imóveis (IMI) e o
imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis
(IMT), nos termos da legislação aplicável; O Estatuto dos Benefícios
Fiscais (EBF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 215/89, de 1 de julho,
na sua atual redação, no artigo 71º, sob a epígrafe “incentivos à
reabilitação urbana”, estabelece uma série de incentivos fiscais à
reabilitação urbana, sendo aplicáveis aos imóveis objeto de ações
de reabilitação iniciadas após 1 de janeiro de 2008, que se
encontrem concluídas até 31 de dezembro de 2020; Em
conformidade com o disposto no nº 7, do artigo 71º, do EBF: “os
prédios urbanos objeto de ações de reabilitação são passíveis de
isenção de IMI por um período de cinco anos, a contar, do ano,
inclusive da conclusão da mesma reabilitação, podendo ser
renovada por um período adicional de cinco anos”. De acordo com o
estatuído no nº 8, do citado artigo: “São isentas do IMT as
aquisições de prédio urbano ou de fração autónoma de prédio
Ata N.º 42/14 Página 16 de 34 Reunião da CMF realizada em 06/11
urbano destinado exclusivamente a habitação própria e permanente,
na primeira transmissão onerosa do prédio reabilitado, quando
localizado na área de reabilitação urbana.” Estas isenções, de
acordo com o estatuído no nº 19, do artigo 71º, do EBF, estão
dependentes de deliberação da assembleia municipal que defina o
seu âmbito e alcance, nos termos do nº 2, do artigo 16º, do Regime
Financeiro das Autarquias Locais, aprovado pela Lei nº 73/2013,
de 3 de setembro, o qual dispõe que: “A assembleia municipal pode,
por proposta da câmara municipal, através de deliberação
fundamentada que inclui a estimativa da respetiva despesa fiscal,
conceder isenções totais ou parciais relativamente aos impostos e
outros tributos próprios.”; Considerando o teor da estimativa da
respetiva despesa fiscal, constante do documento que constitui o
anexo I à presente proposta de deliberação e que dela faz parte
integrante; Considerando a Resolução aprovada na reunião da
CMF de 30 de outubro de 2014, sobre isenções fiscais à
reabilitação urbana; Tenho a honra de propor que a Câmara
Municipal do Funchal delibere, ao abrigo das normas legais
plasmadas nos nºs 7, 8 e 19 do EBF, no nº 2, do artigo 16º, do
Regime Financeiro das Autarquias Locais e nas disposições
conjugadas, constantes na alínea ccc) do nº 1, do artigo 33º e na
alínea c) do nº 1, do artigo 25º do Regime Jurídico das Autarquias
Locais, aprovado pela Lei nº 75/2013, de 12 de setembro, propor a
aprovação da Assembleia Municipal do Funchal, o seguinte regime
de isenções, associados aos impostos municipais sobre o
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património, para a Área de Reabilitação do Centro Histórico do
Funchal: a) Isenção de imposto municipal sobre imóveis por um
período de cinco anos a contar do ano, inclusive, da conclusão da
reabilitação; b) Isenção do imposto municipal sobre as
transmissões onerosas nas aquisições de prédio urbano ou de
fração autónoma de prédio urbano destinado exclusivamente a
habitação própria e permanente, na primeira transmissão onerosa
do prédio reabilitado”.-------------------------------------------------------
2 – REGULAMENTO:--------------------------------------------------------
------ - Projeto de Regulamento do Programa Municipal de
Formação e Ocupação em Contexto de Trabalho: - Foi colocado
à discussão o relatório de apreciação pública do Projeto de
Regulamento referido em epígrafe.----------------------------------------
---A Senhora Vereadora Vanda de Jesus, do PSD, interveio,
dizendo que algumas das propostas do PSD foram consideradas e
congratulou-se pela inclusão das juntas de freguesia neste projeto.
Manifestou preocupação em relação à sua implementação, pela
forma burocratizada como está concebido, e por ser potenciador da
criação de falsas expetativas por parte do seu público-alvo. Disse,
ainda, que não é claro que a Câmara assuma também os cinquenta
por cento dos prémios em relação às IPSS, já que apenas faz
menção às Bolsas. Para concluir, referiu que este projeto mais
parece uma intenção de contratação de prestação de serviços do
que propriamente de formação e ocupação em contexto de
trabalho. ----------------------------------------------------------------------
Ata N.º 42/14 Página 18 de 34 Reunião da CMF realizada em 06/11
--- - Posto à votação, a Câmara deliberou, por maioria, com
abstenção do PSD, aprovar a versão final e submeter à Assembleia
Municipal, nos termos e para os efeitos do disposto na alínea k) do
número um do artigo trinta e três e alínea g) do número um do
artigo vinte e cinco do Regime Jurídico das Autarquias Locais,
aprovado pela Lei número setenta e cinco/dois mil e treze, de doze
de setembro. O referido diploma fica a fazer parte integrante desta
ata como anexo (A).----------------------------------------------------------
------Declaração de Voto do PSD: - A Senhora Vereadora Vanda
de Jesus, do PSD, disse que a abstenção tem a ver com o facto de
este projeto ter de ser submetido à Assembleia Municipal e que
será aí discutido e colocado à aprovação.--------------------------------
3 – PROTOCOLO:-------------------------------------------------------------
------ - Protocolo e Adendas a outorgar com a Universidade da
Madeira – aprovação das minutas: - Presente proposta de
deliberação, que abaixo se transcreve, acompanhada das minutas
do protocolo e adendas que dela fazem parte, e que ficam como
anexo à presente ata (B).----------------------------------------------------
---“Considerando que: A Câmara Municipal do Funchal e a
Universidade da Madeira, estão plenamente conscientes da
importância de que se reveste a formação universitária, a
investigação e divulgação científicas para a promoção do
desenvolvimento regional e ainda o enriquecimento mútuo que
advirá da concretização de iniciativas que contribuam para a
valorização dos recursos humanos de ambas as Instituições,
Ata N.º 42/14 Página 19 de 34 Reunião da CMF realizada em 06/11
especialmente investigadores, professores e estudantes; A biologia
em geral e a biologia marinha em particular, constituem o domínio
científico em que a cooperação entre as duas Instituições mais se
desenvolveu, facto que é do interesse de ambas manter, por
potenciar vantagens recíprocas e ter proporcionado resultados
concretos assinaláveis; A cooperação estreita entre as duas
Instituições não se deve esgotar no domínio da biologia, sendo
interesse de ambas potenciar e alargar as áreas de colaboração; O
âmbito do anterior protocolo, celebrado entre estas entidades, só
contemplava a colaboração na área da biologia e da biologia
marinha, pelo que se torna premente revê-lo, de forma a prever
novos projetos de colaboração, entretanto desenvolvidos ou a
desenvolver; A importância de iniciativas, já no passado,
promovidas pela Câmara Municipal do Funchal em colaboração
com a Universidade da Madeira, como por exemplo os programas
de Universidade Sénior, criaram laços de confianças e resultados
positivos que permitem alargar o âmbito da cooperação; A
importância do Turismo para a economia da região e do município
e a falta de dados sobre esse sector, bem como o facto de a
Universidade da Madeira dispor já de um Observatório do Turismo,
tornam premente que se promovam trabalhos em conjunto nesta
área; A importância de várias iniciativas conjuntas, que se
planeiam desenvolver, na área do Ensino e Formação de munícipes
do Funchal e de quadros da Câmara Municipal do Funchal, e a
possibilidade de a Universidade da Madeira participar em estudos
Ata N.º 42/14 Página 20 de 34 Reunião da CMF realizada em 06/11
e pareceres em áreas de interesse para a autarquia, nas áreas do
saber em que a Universidade tem conhecimento e investigação
consolidada, têm potenciado a participação da Universidade da
Madeira na monitorização de algas tóxicas na área do Eco Parque
Marinho do Funchal e a participação da Câmara no Observatório
de Emprego e Formação Profissional, bem como a criação de
estágios profissionais na CMF para alunos da Universidade da
Madeira; A Estação de Biologia Marinha do Funchal é uma
estrutura de investigação e formação na área da Biologia Marinha
que está em plenas condições de utilização pelo que a mesma tem
sido e continuará a ser partilhada, permanentemente, por técnicos
do Departamento de Ciência – Estação de Biologia Marinha do
Funchal e Museu de História Natural do Funchal e por Docentes e
Investigadores do Centro de Ciências da Vida da Universidade da
Madeira e temporariamente por alunos e investigadores visitantes
ligados a ambas as Instituições; O estreitamento de relações entre
as autarquias e as universidades é de vital importância para o
desenvolvimento das cidades. Tendo presente o protocolo celebrado
entre o Governo Regional da Madeira, o CITMA e a JNICT, relativo
ao Contrato nº 0104/H/92 – financiamento das infraestruturas do
CITMA, particularmente a sua cláusula 6ª “A Câmara Municipal do
Funchal assume o compromisso, a formalizar e regulamentar por
protocolo, relativamente ao imóvel da Estação de Biologia Marinha
do Cais do Carvão, salvaguardar a sua utilização prioritária pela
Universidade da Madeira, de acordo com as necessidades desta
Ata N.º 42/14 Página 21 de 34 Reunião da CMF realizada em 06/11
entidade e com preferência absoluta relativamente a quaisquer
outras entidades utilizadoras, em matéria de formação graduada,
pós-graduada e de I&DE no domínio da Biologia Marinha, e pelo
CITMA em matéria de I&DT” e salvaguardados os interesses
específicos do Departamento de Ciência da Câmara Municipal do
Funchal, em matéria de I&D, educação ambiental e parcerias
estratégicas; Visto o teor do protocolo celebrado entre a UMA e a
CMF, em 16 de novembro de 1993, e o seu âmbito de “assegurar a
promoção e a realização de iniciativas conjuntas entre a
Universidade da Madeira e a Câmara Municipal do Funchal nos
domínios do ensino/formação, investigação e divulgação científicas
na área da Biologia, em particular na Biologia Marinha”;
Atendendo a que às câmaras municipais compete, de acordo com o
disposto na alínea t), nº 1 do artigo 33.º da Lei n.º 75/2013, de 12
de setembro, assegurar, incluído a possibilidade de constituição de
parcerias, o levantamento, classificação, administração,
manutenção, recuperação e divulgação do património natural,
cultural, paisagístico e urbanístico do município, incluindo a
construção de monumentos de interesse municipal e de acordo
com o disposto na alínea u) do mesmo artigo, apoiar atividades de
natureza social, cultural e educativa ou outra de interesse para o
município; Assim, nestes termos, a Câmara Municipal do Funchal
delibera aprovar a minuta do protocolo a outorgar com a
Universidade da Madeira e as minutas da 1.ª e 2.ª adenda”.---------
---O Senhor Vereador do PSD, Paulo Atouguia disse, a propósito
Ata N.º 42/14 Página 22 de 34 Reunião da CMF realizada em 06/11
deste processo, que esta proposta de deliberação é pouco inteligível
em matéria que não oferece à partida qualquer complexidade.
Discorda do recurso às adendas a aprovar em simultâneo com o
texto original do protocolo, técnica que lhe parece pouco
adequada.---------------------------------------------------------------------
---Intervindo, a Senhora Vereadora Vanda de Jesus, do PSD, disse
não ter quaisquer dúvidas sobre a importância da manutenção e
da atualização deste Protocolo com a UMA, protocolo que já vinha
desde 1993, e que entretanto já foi implementado a Universidade
Sénior, já decorrem estágios na Câmara, e como é claro com o
desenvolvimento e as novas necessidades que vão surgindo, esta
atualização justificasse. Contudo, referiu que apenas existe um
ponto que lhe suscitava estranheza e dúvidas que tem a ver com o
facto da competência atribuída ao Chefe de Gabinete, conforme
consta do ponto número dois da cláusula segunda. Considera que
esta competência não deve ser exercida pelo Chefe de Gabinete,
mas sim pelo Vereador que tenha competência delegada nesta
matéria.------------------------------------------------------------------------
---O Senhor Presidente tomou a palavra dizendo que o Chefe de
Gabinete tem competências delegadas no que concerne ao
relacionamento institucional, as quais são exercidas em
coordenação com os Senhores Vereadores. Neste protocolo estão
inseridos uma diversidade de matérias de diferentes pelouros.------
--- - Colocada à votação, foi aprovada por unanimidade.--------------
------Declaração de Voto do PSD: - A Senhora Vereadora Vanda
Ata N.º 42/14 Página 23 de 34 Reunião da CMF realizada em 06/11
de Jesus, do PSD, disse que o voto é a favor porque entendem ser
de extrema importância a manutenção da parceria entre ambas as
entidades; no entanto, discordam em absoluto sobre o facto do
Chefe de Gabinete passar a coordenar algumas das áreas que são
da competência dos vereadores e até questiona a sua legalidade.---
4 – RESÍDUOS SÓLIDOS/ALTERAÇÃO DE PREÇOS:-----------------
------ - Alteração dos preços de recolha de resíduos
hospitalares perigosos: - Presente informação do Departamento
de Ambiente – Divisão de Remoção de Resíduos Sólidos (refª
3055/DA), sobre o não cumprimento do acondicionamento dos
resíduos hospitalares do grupo III em sacos, no interior dos
respetivos contentores, por parte do SESARAM, e propondo um
aumento de trinta por cento (30%) do valor de recolha de resíduos
hospitalares perigosos, nos casos em que os contentores estejam
não conformes.---------------------------------------------------------------
---A Senhora Vereadora Vanda de Jesus, do PSD, quis saber se a
IGA já estava a cobrar à Câmara a diferença do valor pelo não
cumprimento do acondicionamento dos resíduos hospitalares por
parte da SESARAM. E referiu que sendo a resposta positiva, então
o voto seria a favor.----------------------------------------------------------
--- - Colocado à votação, a Câmara deliberou, por unanimidade,
aprovar, devendo ser incluído duas novas alíneas nos pontos oito e
nove do artigo sexto da Tabela de Taxas e Outras Receitas
Municipais.--------------------------------------------------------------------
5 – OCUPAÇÃO DA VIA PÚBLICA/TAXAS: - A pedido da Sésamo –
Ata N.º 42/14 Página 24 de 34 Reunião da CMF realizada em 06/11
Produtos Alimentares, Lda. (procº 8087/14), a Câmara deliberou,
por unanimidade, de acordo com a informação do Departamento
Financeiro (datada de 28/10/14), aprovar a redução de cinquenta
por cento (50%) do valor das taxas de ocupação da via pública –
esplanada - do estabelecimento situado à Rua das Virtudes,
Edifício ATRIUM dos Barreiros, Loja A, freguesia de São Martinho.-
6 – PROPOSTAS DA VEREAÇÃO:-----------------------------------------
------ - Proposta de Deliberação do CDS/PP – “Direito de
Preferência de Venda Ambulante na Noite do Mercado”: -
Submetida pelo seu proponente, foi presente a proposta de
deliberação relativa ao assunto mencionado em título, que abaixo
se transcreve:-----------------------------------------------------------------
---“Considerando que os comerciantes do centro histórico do
Funchal e, em particular, os que têm os seus negócios situados
junto à frente-mar do Funchal, têm acumulado elevados prejuízos
devido às obras que se realizaram e estão a realizar na Avenida do
Mar e junto às margens e fozes das ribeiras; Considerando que o
Governo Regional não acautelou os direitos destes comerciantes
nem criou nenhum programa para atenuar os danos causados aos
negócios, designadamente os financeiros; Considerando que a
Câmara do Funchal tem estado atenta a este problema e que
decidiu reduzir, substancialmente, as diversas taxas camarárias
nestas zonas comerciais; Considerando que em 2013, a Câmara
decidiu privilegiar estes comerciantes na atribuição de licenças
para a venda de produtos na Noite do Mercado a 23 de dezembro;
Ata N.º 42/14 Página 25 de 34 Reunião da CMF realizada em 06/11
Considerando que estes comerciantes estão longe de recuperarem
dos prejuízos causados pela tragédia de 20 de fevereiro de 2010 e
das obras que se seguiram e que não estão, totalmente,
concretizadas; Assim, a Câmara delibera conceder o direito de
preferência no sorteio da Venda Ambulante na Noite do Mercado
aos comerciantes da baixa do Funchal diretamente afetados pelas
obras na frente-mar da cidade que tenham estabelecimentos
localizados e delimitados pela Rua dos Ferreiros, a partir do
cruzamento com a Rua do Bettencourt, Rua do Sabão até à
Avenida do Mar e das Comunidades Madeirenses, seguindo para
leste até à Praça da Autonomia, subindo a Rua Visconde do
Anadia, passando pelo Largo do Pelourinho, Rua Direita, Rua 31
de Janeiro, seguindo pela Rua do Bettencourt até à esquina da
mesma Rua descendo pela Rua 5 de Outubro, terminando no início
da Rua dos Ferreiros, a quem será atribuído um local de venda na
Rua Dr. Fernão de Ornelas. Esta preferência deve obedecer às
regras constantes do Edital nº 333/2013”.------------------------------
---A Senhora Vereadora Vanda de Jesus, do PSD, começou por
referir que a proposta apresentada versa sobre matéria cuja
competência foi delegada no Senhor Presidente pelo que a Câmara
não deve deliberar sobre a mesma. Acresce que, e em relação ao
teor da proposta, a Câmara desde sempre definiu os critérios para
a venda ambulante na Noite do Mercado. Segundo estes critérios, a
prioridade ia para os comerciantes da zona, seguindo-se os
vendedores ambulantes e, por fim, as associações, pelo que esta
Ata N.º 42/14 Página 26 de 34 Reunião da CMF realizada em 06/11
proposta nada traz de novo.------------------------------------------------
---O Senhor Vereador do CDS/PP rebateu argumentando que
estamos perante uma exceção dos critérios estabelecidos e que,
portanto, a decisão deve pertencer à reunião de Câmara.-------------
--- - Assim, foi unanimemente deliberado transformar a proposta
em apreço em proposta de recomendação.-------------------------------
------ - Proposta de Resolução da CDU – “Taxa de Derrama no
Concelho do Funchal”: - Presente Proposta de Resolução com o
seguinte teor:------------------------------------------------------------------
---“A Lei das Finanças Locais contempla a possibilidade dos
municípios deliberarem no sentido da aplicação anual de uma
derrama sobre o lucro tributável e não isento de imposto das
Pessoas Coletivas (IRC — Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
Coletivas) ate ao limite máximo de 1,5%, e que corresponda a
proporção do rendimento gerado na sua área geográfica por
sujeitos passivos residentes em território português e que exerçam,
a título principal, atividades de natureza comercial, industrial ou
agrícola, assim como não residentes com estabelecimento estável
nesse território. A mesma legislação define a possibilidade de se
proceder ao lançamento de uma taxa reduzida para os sujeitos
passivos com um volume de negócios no ano anterior que não
ultrapasse os 150 mil euros. Tendo em conta que o Orçamento de
Estado para 2015 determina a diminuição das transferências para
as autarquias locais, o que no caso da Câmara Municipal do
Funchal resulta numa redução de verbas provenientes do FEF —
Ata N.º 42/14 Página 27 de 34 Reunião da CMF realizada em 06/11
Fundo Equilíbrio Financeiro na ordem dos 400 mil euros; Tendo
em conta a necessidade e a importância de os municípios
diversificarem as suas receitas, quer para o financiamento da sua
atividade diária quer para aplicação no investimento público e no
desenvolvimento municipal; Tendo em conta as graves carências e
problemas que afetam o concelho e as dificuldades da Câmara
Municipal do Funchal em financiar as despesas de investimento,
nomeadamente para fazer face à necessidade de promoção da
habitação e a recuperação/reabilitação dos bairros sociais
camarários, assim como garantir a melhoria de um conjunto de
acessibilidades essenciais para as populações; Tendo em conta que
a aplicação da Taxa de Derrama em 2014 (embora numa
percentagem reduzida de 0,5%) resultou na arrecadação de um
volume de receitas importante para o Município do Funchal (até
setembro de 2014, o Município arrecadou €1.589.076,00); Assim,
face ao exposto, a Câmara Municipal do Funchal delibera aprovar o
lançamento de uma taxa de derrama de 1,5% sobre o lucro
tributável sujeito e não isento de IRC de 2014 para os sujeitos
passivos com um volume de negócios superior a €150.000,00.”-----
---O Senhor Vereador Paulo Atouguia disse que os Vereadores
eleitos pelo PSD são contra a derrama, como já várias vezes foi
referido em anteriores reuniões. Qualquer aumento da derrama, na
atual conjuntura vai, certamente, agravar a situação económico-
financeira das empresas, que já são penalizadas por uma carga
tributária claramente excessiva, e é preciso lembrar que o sector
Ata N.º 42/14 Página 28 de 34 Reunião da CMF realizada em 06/11
empresarial privado é o principal responsável pelo investimento e
pela criação de emprego num momento de grave crise das finanças
públicas.-----------------------------------------------------------------------
---O Senhor Vereador do CDS/PP, José Manuel Rodrigues, disse
que esta proposta não deveria ser apresentada para discussão, e
muito menos nesta fase, pois a Câmara, a devido tempo, aprovou
uma proposta de derrama. É uma proposta extemporânea, frisou.--
---O Senhor Presidente disse discordar desta proposta, quer pelo
seu conteúdo quer pela sua extemporaneidade. O que a Câmara
pretende, além da estabilidade fiscal, é a obtenção dum equilíbrio
da carga fiscal. A percentagem proposta, a devido tempo, é aquela
que julga ser equilibrada.---------------------------------------------------
--- - Colocada à votação, foi rejeitada por maioria, com os votos
contra do PSD e CDS/PP e abstenção da Mudança.--------------------
------ - Proposta de Resolução da CDU – “Definição das Áreas
de Reabilitação Urbana”: - Foi colocada à apreciação a seguinte
Proposta de Resolução:------------------------------------------------------
---“A reabilitação urbana assume-se como uma das questões
fundamentais para garantir um futuro sustentável às nossas
cidades. Trata-se de uma aposta de futuro com implicações no
desenvolvimento local, no combate aos fenómenos de desertificação
que atingem cada vez mais vastas áreas do município, de
incremento da atividade económica não só pela via da fixação de
novas populações, potenciando o comércio e outras atividades
económicas, como pela dinamização do mercado de emprego
Ata N.º 42/14 Página 29 de 34 Reunião da CMF realizada em 06/11
associado às operações de reabilitação. O desencadear do processo
de reabilitação urbana permitiria igualmente a intervenção num
conjunto de infraestruturas públicas consideradas essenciais para
a qualidade de vida e bem-estar dos cidadãos (desde redes de
saneamento a acessibilidades, passando por equipamentos de uso
público). Face ao estado que, de uma forma geral é reconhecido por
variados quadrantes da sociedade funchalense, de degradação,
abandono e desertificação de áreas centrais da cidade e de outras
áreas que constituíram os primeiros núcleos de expansão (de que
são exemplos a Levada dos Moinhos e São João da Ribeira, entre
outros), urge proceder à definição das ARU – Áreas de Reabilitação
Urbana, como forma de criar condições para um conjunto de
investimentos que possibilitem em simultâneo reabilitar e
dinamizar social e economicamente estas zonas e as localidades
associadas. Assim, face à importância de definição de uma política
clara virada para a renovação/reabilitação da cidade, que
possibilite a definição de um conjunto de incentivos e benefícios
fiscais associados aos impostos municipais que promova e fomente
a fixação de novas populações, garanta o acesso à habitação em
condições mais favoráveis nomeadamente aos casais jovens,
dinamize o tecido económico e, em determinados casos, indústrias
como o turismo, a Câmara Municipal do Funchal delibera: 1º -
Proceder aos estudos, levantamentos, análise, ponderação de
fatores que conduzam à definição das ARU – Áreas de Reabilitação
Urbana da cidade do Funchal; 2º - A concretização do essencial
Ata N.º 42/14 Página 30 de 34 Reunião da CMF realizada em 06/11
deste processo até ao final do mês de abril de 2016, posto o qual
deverão ser criadas as condições para a discussão pública do
mesmo.”------------------------------------------------------------------------
--- - Posta à votação, foi aprovada por unanimidade.------------------
7 – URBANISMO:-------------------------------------------------------------
------7.1 – Alinhamentos: - Em presença do processo relativo ao
ajustamento do traçado previso no Plano de Urbanização do
Amparo para a Via Distribuidora - “Estrada Monumental”- face ao
projeto de Execução da Remodelação Urbanística da Estrada
Monumental, incluindo a implementação de uma ciclovia, no troço
entre o Fórum Madeira e o Hotel Alto Lido, a Câmara aprovou, por
unanimidade, a proposta de deliberação com o seguinte teor:--------
---“Em termos de gestão urbanística municipal foi verificado um
conflito de aplicabilidade de condicionantes urbanísticas, ao nível
da rede viária, na zona da Estrada Monumental, abrangida dentro
dos limites do Plano de Urbanização do Amparo (PUA), assim como
abrangida pelo traçado da Ciclovia. No que respeita ao
dimensionamento viário, o PUA contemplou um perfil transversal
tipo para a Estrada Monumental de 31m, situação esta que apenas
é considerada em partes do traçado de ciclovia, nomeadamente
entre a Praia Formosa e o Centromar. Verifica-se que, para um
melhor enquadramento urbano, nomeadamente com as
construções existentes e visando minimizar as demolições e
respetivos encargos financeiros e sociais associados, o traçado de
execução da ciclovia assumiu uma diminuição do perfil tipo da
Ata N.º 42/14 Página 31 de 34 Reunião da CMF realizada em 06/11
Estrada Monumental previsto no PUA, em determinadas partes do
seu percurso. Torna-se, pois, necessário uniformizar os
alinhamentos do projeto de execução da remodelação urbanística
da Estrada Monumental, incluindo a implementação de uma
ciclovia, no troço entre o Fórum Madeira e o Hotel Alto Lido, com o
perfil transversal definido no Plano de Urbanização do Amparo. A
alteração proposta consiste essencialmente em manter a largura de
plataforma existente na frente do Hotel Alto Lido (23m), mantendo-
se um perfil transversal tipo mais homogéneo a variar entre 22m
(aproximadamente) e 24,5m, pontualmente. Tal traçado permite,
também, salvaguardar o corte do edifício onde se localiza o antigo
Restaurante Porco em Pé. Nos termos do nº 2 do art.º 42º do
regulamento do PUA, é possível a Câmara Municipal do Funchal
proceder a ajustes dos traçados das Vias, em sede de projeto de
infraestruturas, para as adequar às condições reais do sítio em que
se inserem, no respeito da lógica funcional da malha viária e do
tecido urbano local do PUA. A Câmara Municipal delibera aprovar
a proposta de alteração dos alinhamentos da Estrada Monumental,
no troço entre o Fórum Madeira e o Hotel Alto Lido, conforme
planta anexa, e que inclui dois perfis transversais tipo a identificar
as faixas de rodagem, estacionamento, ciclovia, floreiras e passeios.
Considerando a oscilação entre 22m e 24,5m, deverão os passeios
ajustar as respetivas diferenças. Mais delibera, que nos termos do
nº 2 do artigo 42º do Regulamento do Plano de Urbanização do
Amparo, o novo traçado seja incorporado nas caraterísticas e perfis
Ata N.º 42/14 Página 32 de 34 Reunião da CMF realizada em 06/11
transversais da Via Distribuidora Principal – Estrada Monumental
que consta no Anexo I do referido Regulamento do Plano”.-----------
---Em relação a este processo, o Senhor Vereador João Rodrigues,
do PSD, disse congratular-se pela proposta apresentada que
permite o ajustamento dos alinhamentos que foram aprovados em
reunião de Câmara em dois mil e sete e que foram integrados no
PUA, aquando da sua elaboração, ao contrário do que está referido
nesta deliberação e na apresentação que o Senhor Vereador
Domingos Rodrigues efetuou. A aprovação destes alinhamentos
permitirá viabilizar a parte da ciclovia, ligação dos dois tramos de
ciclovia já executados, que ainda não está executada, assim como
a viabilização de um novo empreendimento para a cidade do
Funchal, cujo projeto deu entrada na Autarquia em dezembro de
dois mil e treze e se encontra parado. Não pode deixar de referir
que este assunto já devia ter sido tratado há mais tempo e não
quase ao fim de um ano.----------------------------------------------------
------7.2 – Obras Particulares: - Relativamente ao pedido de
informação prévia, solicitado por João de Freitas Martins, S.A.
(procº 29902/14, sub-procº 2014000270) referente à recuperação
do prédio sito à Avenida do Mar e das Comunidades Madeirenses,
a Câmara aprovou, por unanimidade, a seguinte deliberação: -------
---“Tendo em consideração o parecer da SRCTT-DRAC, em especial
quando refere que “(…) Atendendo a que se trata de uma
intervenção na frente-mar da cidade, cujos edifícios mantêm alguma
homogeneidade relativamente às suas cérceas, (…) deverá ter em
Ata N.º 42/14 Página 33 de 34 Reunião da CMF realizada em 06/11
consideração diversos aspetos no sentido de garantir o melhor
enquadramento urbanístico naquele que é um dos principais
espaços da cidade: a Avenida do Mar e das Comunidades
Madeirenses. É importante também realçar a presença do edifício na
envolvente urbana a Norte, nomeadamente nas ruas circundantes à
Sé do Funchal e à Praça Colombo, que constituem um núcleo
histórico que remonta à segunda metade do séc. XV.” E a
informação do GCH nº 465/14, que considera que a pretensão do
requerente não tem em consideração a alínea f) do artigo 21º do
Regulamento do PDM: “Nas obras de construção, é autorizado o
nivelamento da cércea e da altura pelas médias respetivas dos
edifícios da frente edificada do arruamento entre duas ruas
transversais”; Emita-se parecer negativo à proposta de aumento de
volumetria de mais um piso sobre a cobertura existente,
admitindo-se a “intervenção proposta para o terceiro piso do
edifício, mantendo encerrada a área de terraço que no final do séc.
XX foi ocupada pelo restaurante “Caravela” mas substituindo a
estrutura existente por uma nova estrutura metálica – DRAC”.-----
8 – PESSOAL:-----------------------------------------------------------------
------8.1 – Processo de Inquérito: - A Câmara deliberou, por
unanimidade, arquivar o processo de inquérito (nº 01/2014)
relativo ao “apuramento de responsabilidades – falta de
manutenção da ambulância de socorro 37-HP-01”, nos termos e
com os fundamentos do relatório final.-----------------------------------
ENCERRAMENTO: - Nada mais havendo a tratar, o Senhor
Ata N.º 42/14 Página 34 de 34 Reunião da CMF realizada em 06/11
Presidente deu por encerrada a reunião às treze horas.---------------
De tudo, para constar, se lavrou a presente ata que eu,
diretora do Departamento Jurídico, na qualidade de Secretária, a
redigi e subscrevo.-----------------------------------------------------------
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Nota: Ata publicitada pelo Edital nº 297/14, publicada nos locais de estilo