assuntos assuntos ... · com o objetivo de evitar a dupla tributação e, ... (a convenção já...

21
ANO XXVII - 2016 - 1ª SEMANA DE DEZEMBRO DE 2016 BOLETIM INFORMARE Nº 48/2016 ASSUNTOS ASSUNTOS ASSUNTOS ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOS PREVIDENCIÁRIOS PREVIDENCIÁRIOS PREVIDENCIÁRIOS ACORDOS INTERNACIONAIS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – CONSIDERAÇÕES...............................................................................Pág.1226 ASSUNTOS TRABALHISTAS ASSUNTOS TRABALHISTAS ASSUNTOS TRABALHISTAS ASSUNTOS TRABALHISTAS DIRIGENTE SINDICAL - ASPECTOS TRABALHISTAS E PREENCHIMENTO DO SEFIP/GFIP ..........................................................Pág.1236

Upload: hakhuong

Post on 13-Feb-2019

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

ANO XXVII - 2016 - 1ª SEMANA DE DEZEMBRO DE 2016

BOLETIM INFORMARE Nº 48/2016

ASSUNTOS ASSUNTOS ASSUNTOS ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOSPREVIDENCIÁRIOSPREVIDENCIÁRIOSPREVIDENCIÁRIOS ACORDOS INTERNACIONAIS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – CONSIDERAÇÕES ............................................................................... Pág.1226

ASSUNTOS TRABALHISTASASSUNTOS TRABALHISTASASSUNTOS TRABALHISTASASSUNTOS TRABALHISTAS

DIRIGENTE SINDICAL - ASPECTOS TRABALHISTAS E PREENCHIMENTO DO SEFIP/GFIP .......................................................... Pág.1236

TRABALHO E PREVIDÊNCIA – DEZEMBRO – 48/2016 1226

ASSUNTOS ASSUNTOS ASSUNTOS ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOSPREVIDENCIÁRIOSPREVIDENCIÁRIOSPREVIDENCIÁRIOS

ACORDOS INTERNACIONAIS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL Considerações

Sumário 1. Introdução 2. Acordos De Previdência Social 2.1 - Objetivo 2.2 – Acordos Que O Brasil Possui 3. Beneficiários 4. Aplicação Dos Acordos De Previdência Social No Brasil 4.1 - Pagamento Dos Benefícios 4.2 - Notificações, Defesas E Recursos 4.3 - Acordos De Previdência Social E Os Ajustes Administrativos 5. Deslocamento Temporário 6. Saúde - Prestação De Assistência Médica 7. Benefícios Em Acordos Internacionais 7.1 - Requerimento 7.1.1 - Atribuições Da APS 7.1.2 – Perícia Médica Pela APS 7.2 - Análise Dos Benefícios 7.2.1 - Emissão De CTC 7.2.2 - Certidão De Casamento 7.3 - Recurso Em Acordos Internacionais 7.4 - Revisão Em Acordos Internacionais 8. Cálculo Do Benefício Utilizando O Tempo De Seguro De País Acordante 8.1 - Salário De Benefício 8.2 - Cálculo Da Renda Mensal Inicial - RMI 9. Manutenção Em Acordos Internacionais 9.1 – Pagamento 9.2 - Países Que Não Há Remessa De Pagamento 9.3 - Atestado De Vida Em Acordos Internacionais 10. Imposto De Renda 11. Óbito No Exterior 1. INTRODUÇÃO Os Acordos Internacionais inserem-se no contexto da política externa brasileira, conduzida pelo Ministério das Relações Exteriores, e resultam de esforços do Ministério da Previdência Social e de entendimentos diplomáticos entre governos (http://www.previdencia.gov.br/a-previdencia/assuntos-internacionais/assuntos-internacionais-acordos-internacionais-portugues/). No Brasil os Acordos de Previdência Social são autorizados pelo Congresso Nacional e promulgados pelo Presidente da República. E nesta matéria será tratada sobre os acordos internacionais de Previdência Social, conforme dispõe a IN INSS/PRES nº 77/2015, em seus artigos 630 a 657. 2. ACORDOS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL Os Acordos de Previdência Social entre países caracterizam-se como uma norma de caráter internacional para a coordenação das legislações nacionais em matéria de previdência com objetivo de ampliar a cobertura, garantindo o direito aos eventos de velhice, tempo de serviço, invalidez, incapacidade temporária, maternidade e morte, conforme previsto em cada Acordo, a isenção da contribuição para trabalhadores em deslocamento temporário com o objetivo de evitar a dupla tributação e, em alguns Acordos, a cobertura na área da saúde (Artigo 630 da IN INSS/PRES nº 77/2015). Segue abaixo os §§ 1º, 4º e 5º, do artigo 630 da IN INSS/PRES nº 77/2015. No Brasil os Acordos de Previdência Social são autorizados pelo Congresso Nacional e promulgados pelo Presidente da República. Os Acordos Internacionais de Previdência Social não implicam na modificação da legislação vigente em cada país, cabendo a cada parte analisar os pedidos, considerando a legislação própria aplicável e as regras estabelecidas no respectivo Acordo.

TRABALHO E PREVIDÊNCIA – DEZEMBRO – 48/2016 1227

Conforme art. 85-A da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991 (ver abaixo), o Acordo de Previdência Social será interpretado como lei especial. “Art. 85-A. Os tratados, convenções e outros acordos internacionais de que Estado estrangeiro ou organismo internacional e o Brasil sejam partes, e que versem sobre matéria previdenciária, serão interpretados como lei especial. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 1999)”. 2.1 - Objetivo Os Acordos Internacionais têm por objetivo principal garantir os direitos de seguridade social previstos nas legislações dos dois países aos respectivos trabalhadores e dependentes legais, residentes ou em trânsito no país. Os Acordos Internacionais de Previdência Social estabelecem uma relação de prestação de benefícios previdenciários, não implicando na modificação da legislação vigente no país, cumprindo a cada Estado contratante analisar os pedidos de benefícios apresentados e decidir quanto ao direito e condições, conforme sua própria legislação aplicável, e o respectivo Acordo. Observação: As informações acima foram extraídas do site da Previdência Social (http://www.previdencia.gov.br/a-previdencia/assuntos-internacionais/assuntos-internacionais-acordos-internacionais-portugues/). 2.2 – Acordos Que O Brasil Possui As informações abaixo foram extraídas do site da Previdência Social (http://www.previdencia.gov.br/a-previdencia/assuntos-internacionais/assuntos-internacionais-acordos-internacionais-portugues/). E qualquer dúvida ou detalhes poderá acessar o site. O Brasil possui os seguintes Acordos Multilaterais: * IBEROAMERICANO (A Convenção já está em vigor para os seguintes países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, El Salvador, Equador, Espanha, Paraguai, Portugal e Uruguai) – atualizado em agosto de 2016: - Acordo (Convenção Multilateral Iberoamericana de Segurança Social)(Entrada em vigor no Brasil: 19/05/2011) - Anexos ao Acordo - Ajuste Administrativo (Acordo de Aplicação) (Entrada em vigor: maio/2011) * MERCOSUL (Argentina, Paraguai e Uruguai): (Entrada em vigor: 01/06/2005) - Decreto Legislativo nº 451/2001 Aprova o texto do Acordo Multilateral de Seguridade Social do Mercado Comum do Sul e seu Regulamento Administrativo, celebrados em Montevidéu, em 15 de dezembro de 1997. - Regulamento Em relação aos Acordos Bilaterais, o Brasil possui Acordos de Previdência Social em vigor com os seguintes países: * ALEMANHA - Acordo & Protocolo Adicional (Entrada em vigor: 01/05/2013) - Convênio de Execução Ajustes Administrativos: - Seguro Acidentário - Seguro Previdenciário - Seguro Saúde & Deslocamento - Cartilha Explicativa * BÉLGICA - Acordo (Entrada em vigor: 01/12/2014) - Ajustes Administrativo * CABO VERDE - Acordo (Entrada em vigor: 07/02/1979)

TRABALHO E PREVIDÊNCIA – DEZEMBRO – 48/2016 1228

* CANADÁ - Acordo (Entrada em vigor: 01/08/2014) - Ajuste Administrativo * CHILE - Novo Acordo (Entrada em vigor: 01/09/2009) - Novo Ajuste complementar 2009 * COREIA - Acordo (Entrada em vigor: 01/11/2015) - Ajuste Administrativo * ESPANHA - Acordo (Entrada em vigor: 01/12/1995) - Ajuste administrativo * FRANÇA - Acordo (Entrada em vigor: 01/09/2014) - Ajuste Administrativo * GRÉCIA - Acordo (Entrada em vigor: 01/09/1990) - Ajuste administrativo * ITÁLIA - Acordo de Migração (Entrada em vigor: 05/08/1977) - Ajuste administrativo (para aplicação dos Artigos 37 a 43, do Acordo de Migração) - Protocolo adicional (Entrada em vigor: 05/08/1977) - Normas de Aplicação do Protocolo Adicional * JAPÃO - Acordo (Entrada em vigor: 01/03/2012) - Ajuste Administrativo - Cartilha Explicativa * LUXEMBURGO - Acordo (Entrada em vigor: 01/08/1967) * PORTUGAL - Acordo (Entrada em vigor: 25/03/1995) - Acordo Adicional (2006) (Entrada em vigor: 01/05/2013) - Ajuste administrativo Nos últimos anos, o Brasil assinou novos Acordos de Previdência Social que estão em processo de ratificação pelo Congresso Nacional: ACORDOS BILATERAIS: * ESTADOS UNIDOS - Acordo - Ajuste Administrativo * QUEBEC - Acordo - Ajuste Administrativo * SUÍÇA - Acordo ACORDOS MULTILATERAIS: * CPLP (COMUNIDADE DE LÍNGUA PORTUGUESA) - Acordo (Convenção Multilateral de Segurança Social da Comunidade de Países de Língua Portuguesa)

TRABALHO E PREVIDÊNCIA – DEZEMBRO – 48/2016 1229

ATENÇÃO: A entrada em vigor dos Acordos acima ocorrerá somente após o processo de ratificação pelos Parlamentos dos países (no caso, do Brasil: após ratificação do Congresso Nacional e a publicação do respectivo Decreto Presidencial). 3. BENEFICIÁRIOS As pessoas amparadas pelos Acordos de Previdência Social, as quais estão ou estiveram filiadas aos regimes previdenciários desses países acordantes, bem como seus dependentes, têm direito aos benefícios neles previstos e ficam sujeitas à legislação nacional do país acordante para o qual tenha encaminhado o requerimento (§ 2º, do artigo 630 da IN INSS/PRES nº 77/2015). Os servidores públicos sujeitos a regimes próprios e seus dependentes, estão amparados pelos Acordos de Previdência Social firmados pelo Brasil, desde que exista previsão expressa nesses instrumentos (§ 3º, do artigo 630 da IN INSS/PRES nº 77/2015). 4. APLICAÇÃO DOS ACORDOS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL Para fins de aplicação dos Acordos de Previdência Social no Brasil, os seguintes conceitos devem ser considerados: (Artigo 631 da IN INSS/PRES nº 77/2015) a) autoridade competente é o Ministro de Estado da Previdência Social; b) instituição competente é o Instituto Nacional do Seguro Social; e c) Organismos de Ligação são as Unidades designadas pelo Instituto Nacional do Seguro Social por meio de Resolução com objetivo de promover a comunicação entre os países, visando garantir o cumprimento das solicitações formuladas no âmbito dos Acordos. Os Acordos de Previdência Social prevêem a totalização do tempo de contribuição ou período de seguro cumprido no país acordante para garantia do direito, não considerando os valores contribuídos nesse país (Artigo 632 da IN INSS/PRES nº 77/2015). No Ministério da Previdência Social, a Assessoria de Assuntos Internacionais, da Secretaria Executiva, é o órgão responsável pela celebração dos Acordos Internacionais e pelo acompanhamento e avaliação de sua operacionalização. (Extraído do site da Previdência Social - http://www.previdencia.gov.br/a-previdencia/assuntos-internacionais/assuntos-internacionais-acordos-internacionais-portugues/). 4.1 - Pagamento Dos Benefícios O pagamento dos benefícios ocorrerá de forma proporcional ao tempo e ao valor contribuído para os regimes de previdência, resultando na garantia de benefícios em dois ou mais países acordantes, desde que atendidas as condições necessárias previstas na legislação previdenciária de cada país e conforme cada Acordo (Parágrafo único, do artigo 631 da IN INSS/PRES nº 77/2015). 4.2 - Notificações, Defesas E Recursos Os requerimentos, notificações, defesas e recursos apresentados na Instituição Competente/Organismo de Ligação do país acordante serão considerados como tendo sido apresentados na Instituição Competente/Organismo de Ligação brasileiro (Artigo 633 da IN INSS/PRES nº 77/2015). As notificações, defesas e recursos devem ser encaminhados ao segurado ou seu representante legal e obedecerão aos prazos previstos nos Acordos Internacionais de Previdência Social ou nos Ajustes Administrativos, contudo, não havendo previsão expressa nesses atos, observarão os prazos previstos na legislação brasileira (§ 1º, do artigo 633 da IN INSS/PRES nº 77/2015). O início da contagem do prazo, exceto se disposto de forma diversa no Acordo Internacional de Previdência Social ou Ajuste Administrativo, será a data de recebimento da correspondência pelo segurado, constante no AR. A data do cumprimento a ser considerada será a da entrega da documentação na Instituição Competente/Organismo de Ligação do país acordante, ou da postagem da correspondência para envio ao Brasil (§ 2º, do artigo 633 da IN INSS/PRES nº 77/2015). 4.3 - Acordos De Previdência Social E Os Ajustes Administrativos

TRABALHO E PREVIDÊNCIA – DEZEMBRO – 48/2016 1230

Os Acordos de Previdência Social e os Ajustes Administrativos vigentes estão relacionados na página da Previdência Social, no endereço eletrônico www.previdencia.gov.br, em assuntos internacionais (Artigo 634 da IN INSS/PRES nº 77/2015). 5. DESLOCAMENTO TEMPORÁRIO O empregado de empresa com sede em um dos países acordantes, que for enviado ao território do outro, pelo período previsto no Acordo para isenção de contribuição no País de destino, continuará sujeito à legislação previdenciária do país de origem, desde que acompanhado do Certificado de Deslocamento Temporário que deverá ser requerido pelo empregador, observando-se as seguintes disposições: (Artigo 635 da IN INSS/PRES nº 77/2015) a) a regra prevista no caput estende-se ao contribuinte individual que presta serviço por conta própria, desde que previsto no Acordo de Previdência Social; b) a solicitação do Certificado de Deslocamento Temporário poderá ser realizada diretamente na Agência da Previdência Social Atendimento Acordos Internacionais competente ou na Agência da Previdência Social de preferência do requerente. O requerimento deve ser realizado antes da efetiva saída do país de origem; c) o fornecimento do Certificado de Deslocamento Temporário, considerando o País Acordante de destino, será de responsabilidade da Agência da Previdência Social Atendimento Acordos Internacionais competente de acordo com a Resolução emitida pelo INSS; d) em alguns Acordos de Previdência Social há previsão de prorrogação do período de deslocamento inicialmente previsto, ficando a autorização a critério da autoridade competente do país de destino; e e) os formulários para solicitação do Certificado de Deslocamento Temporário encontram-se disponíveis na página da Previdência Social: www.previdencia.gov.br, em assuntos internacionais, na opção formulários para Acordos Internacionais. 6. SAÚDE - PRESTAÇÃO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA A prestação de assistência médica aos segurados filiados do RGPS e seus dependentes está prevista nos Acordos de Previdência Social firmados entre o Brasil e os países de Cabo Verde, Itália e Portugal (Artigo 636 da IN INSS/PRES nº 77/2015). Para os países signatários do Acordo Multilateral de Seguridade Social do MERCOSUL, a assistência médica está prevista para o trabalhador empregado que estiver em deslocamento temporário (§ 1º, do artigo 636 da IN INSS/PRES nº 77/2015). A responsabilidade pela emissão do Certificado de Direito à Assistência Médica - CDAM, que garante o atendimento no país de destino é do Sistema Único de Saúde - SUS. Informações complementares são obtidas no site do Ministério da Saúde através do endereço eletrônico sna.saude.gov.br/cdam/ (§ 2º, do artigo 636 da IN INSS/PRES nº 77/2015). 7. BENEFÍCIOS EM ACORDOS INTERNACIONAIS 7.1 - Requerimento O requerimento de benefício com a indicação de tempo de seguro cumprido no país acordante será analisado e concluído pela Agência da Previdência Social Atendimento Acordos Internacionais - APSAI competente, de acordo com a Resolução emitida pelo INSS (Artigo 637 da IN INSS/PRES nº 77/2015). A apresentação do requerimento, no Brasil, poderá ser realizada em qualquer APS de preferência do requerente ou nas Agências da Previdência Social Atendimento Acordos Internacionais, com o preenchimento do formulário de solicitação, disponível na página da Previdência Social: www.previdencia.gov.br, em assuntos internacionais, na opção formulários para acordos (§ 1º, do artigo 637 da IN INSS/PRES nº 77/2015). O requerente poderá apresentar documento emitido pela Previdência Social do País acordante, porém, a não apresentação de algum documento de vinculação ao regime de previdência do outro país não será óbice para a realização do protocolo (§ 2º, do artigo 637 da IN INSS/PRES nº 77/2015). 7.1.1 - Atribuições Da APS

TRABALHO E PREVIDÊNCIA – DEZEMBRO – 48/2016 1231

São atribuições da APS (Agência da Previdência Social) que recepcionar o requerimento de benefício no âmbito dos Acordos de Previdência Social: (§ 3º, do artigo 637 da IN INSS/PRES nº 77/2015) a) acertar o cadastro do segurado da Previdência Social, atualizando os dados cadastrais, os vínculos, as remunerações, as atividades e as contribuições quanto à parte brasileira, conforme documentos apresentados pelo requerente; b) indicar o formulário de requerimento ao interessado de acordo com o país acordante; c) encaminhar o segurado para a realização da perícia médica, quando se tratar de requerimento de benefício por incapacidade, devendo o médico perito preencher o formulário acordado no âmbito do Acordo Internacional solicitado, sendo que, no caso de sugestão de aposentadoria por invalidez, a homologação deverá ser realizada pelo Serviço de Saúde do Trabalhador da Gerência de vinculação da APS; e d) protocolar no SIPPS e encaminhar o processo à Agência da Previdência Social Atendimento Acordos Internacionais competente, após a realização dos procedimentos acima. Os formulários para requerimento de benefícios no âmbito dos Acordos Internacionais, de acordo com o país acordante, estão disponíveis na página da Previdência Social: www.previdencia. gov.br, em assuntos internacionais, na opção "formulários para acordos internacionais". Os formulários para a realização de perícia médica se encontram disponíveis em www-intraprev, MPS, na opção Secretaria Executiva, em assuntos internacionais ou INSS, em "seu trabalho", na opção "benefícios", em " Acordos Internacionais". (§ 4º, do artigo 637 da IN INSS/PRES nº 77/2015) 7.1.2 – Perícia Médica Pela APS Segue abaixo, os §§ 5º a 9º do artigo 637 da IN INSS/PRES nº 77/2015: Deverá ser realizada perícia médica pela APS, em formulário próprio acordado entre os países, quando solicitado por brasileiro ou estrangeiro com estada temporária no Brasil, amparado por Acordo de Previdência Social. A APS encaminhará os documentos à Agência de Previdência Social Atendimento Acordos Internacionais competente, de acordo Resolução emitida pelo INSS. O requerimento de benefícios brasileiros para residente no exterior, com tramitação pelo Organismo de Ligação do país acordante, será encaminhado diretamente à Agência de Previdência Social Atendimento Acordos Internacionais competente, de acordo com a Resolução emitida pelo INSS. Para os requerimentos de benefícios por incapacidade brasileiros encaminhados pelos Organismos de Ligação do país acordante a realização da perícia médica será feita com base no formulário médico acordado para este fim. A realização de perícia médica para segurados vinculados à Previdência Social brasileira que estejam em países com os quais o Brasil não mantém Acordo Internacional de Previdência Social, será realizada com base no formulário médico próprio, Anexo V, preenchido por médico indicado pelas representações consulares brasileiras no exterior, sendo necessário a sua tradução juramentada e o envio do requerimento do benefício pretendido e os documentos médicos que o segurado possuir. A tramitação da solicitação prevista no parágrafo anterior deverá ser por meio da Coordenação de Acordos Internacionais da Diretoria de Benefícios. 7.2 - Análise Dos Benefícios Os Acordos Internacionais de Previdência Social aplicar-se-ão ao regime de Previdência de cada País, cabendo a cada uma das partes analisar os pedidos de benefícios apresentados e decidir quanto ao direito e às condições, conforme legislação própria aplicável e as especificidades de cada Acordo (Artigo 638 da IN INSS/PRES nº 77/2015). Os períodos de contribuição cumpridos no país acordante poderão ser totalizados com os períodos de contribuição cumpridos no Brasil, para efeito de aquisição, manutenção e recuperação de direitos, com a finalidade de concessão de benefício brasileiro por totalização, no âmbito dos Acordos de Previdência Social (Artigo 639 da IN INSS/PRES nº 77/2015). Os períodos concomitantes de seguro ou de contribuição prestados nos dois países serão tratados conforme definido no texto de cada Acordo (Parágrafo único, do artigo 639 da IN INSS/PRES nº 77/2015).

TRABALHO E PREVIDÊNCIA – DEZEMBRO – 48/2016 1232

O período em que o segurado esteve ou estiver em gozo de benefício da legislação previdenciária do país acordante será considerado somente para fins de manutenção da qualidade de segurado (Artigo 640 da IN INSS/PRES nº 77/2015). O período de que trata o parágrafo acima não poderá ser computado para fins de complementação e resgate da carência necessária ao benefício da legislação brasileira (Parágrafo único, do artigo 640 da IN INSS/PRES nº 77/2015). Os períodos de contribuição cumpridos no RPPS brasileiro poderão ser considerados na apuração do tempo de contribuição nos benefícios no âmbito dos Acordos Internacionais, inclusive para fins de validação ao País acordante, quando previsto no Acordo Internacional (Artigo 641 da IN INSS/PRES nº 77/2015). 7.2.1 - Emissão De CTC No Brasil haverá emissão de CTC (Certidão de Tempo de Contribuição) obedecida às regras de contagem recíproca e compensação previdenciária nas seguintes situações: (Artigo 642 da IN INSS/PRES nº 77/2015) a) quando o período de RPPS (Regime Próprio de Previdência Social) brasileiro for anterior ao período no RGPS, mesmo que o segurado esteja vinculado por último ao regime de previdência do país acordante, previsto no respectivo Acordo; ou b) quando o período de RPPS brasileiro for posterior ao período no RGPS, estando o segurado vinculado por último a um regime de previdência do País acordante, previsto no respectivo Acordo. Não há compensação previdenciária entre o Brasil e os países acordantes (Parágrafo único, do artigo 642 da IN INSS/PRES nº 77/2015). 7.2.2 - Certidão De Casamento Aplicam-se as disposições contidas no § 2º do art. 675 (ver abaixo), com relação à certidão de casamento, exceto se houver previsão expressa no Acordo de Previdência Social que dispense esse procedimento para aceitação dos documentos exigidos na aplicação do Acordo (Artigo 643 da IN INSS/PRES nº 77/2015). O contido no parágrafo acima deverá ser excetuado quando a certidão de casamento for oriunda da França ou Argentina, considerando os seguintes Acordos Internacionais: (Parágrafo único, do artigo 643 da IN INSS/PRES nº 77/2015). a) França, que será dispensada a legalização ou qualquer formalidade análoga, conforme o disposto no art. 23 do Decreto nº 3.598, de 12 de setembro de 2000; e b) Argentina, que será legalizada apenas pelo respectivo Ministério das Relações Exteriores, não havendo necessidade de ser submetida à legalização consular, conforme Acordo sobre Simplificação de Legalizações em Documentos Públicos, publicado no DOU nº 77, de 23 de abril de 2004. “§ 2º do Art. 675. Para produzir efeito perante o INSS, as certidões de nascimento, casamento e óbito de procedência estrangeira deverão ser legalizadas pela autoridade consular brasileira, traduzida por tradutor público juramentado no Brasil e registrada em Cartório de Registro e Títulos e Documentos, sem prejuízo das disposições dos Acordos Internacionais de Previdência Social”. 7.3 - Recurso Em Acordos Internacionais O requerimento de recurso poderá ser apresentado em qualquer APS de escolha do segurado, devendo ser enviado à Agência da Previdência Social Atendimento Acordos Internacionais competente, de acordo com a Resolução emitida pelo INSS (Artigo 644 da IN INSS/PRES nº 77/2015). A análise do pedido de recurso que envolva totalização de períodos será realizada pela Agência da Previdência Social Atendimento Acordos Internacionais de acordo com a Resolução emitida pelo INSS (Parágrafo único, do artigo 644 da IN INSS/PRES nº 77/2015). 7.4 - Revisão Em Acordos Internacionais O requerimento de revisão poderá ser apresentado em qualquer APS de escolha do segurado, devendo ser enviado à Agência da Previdência Social Atendimento Acordos Internacionais competente de acordo com a Resolução emitida pelo INSS (Artigo 645 da IN INSS/PRES nº 77/2015).

TRABALHO E PREVIDÊNCIA – DEZEMBRO – 48/2016 1233

A análise do pedido de revisão de benefício que envolva totalização de períodos será realizada pela Agência da Previdência Social Atendimento Acordos Internacionais competente, de acordo com a Resolução emitida pelo INSS (Parágrafo único, do artigo 645 da IN INSS/PRES nº 77/2015). 8. CÁLCULO DO BENEFÍCIO UTILIZANDO O TEMPO DE SEGURO DE PAÍS ACORDANTE O cálculo dos benefícios concedidos por totalização, no âmbito dos Acordos de Previdência Social, será realizado conforme as regras dessa Seção (Artigo 646 da IN INSS/PRES nº 77/2015). Para fins de fixação do Período Básico de Cálculo - PBC, deve-se ter em consideração o tempo de contribuição realizado sob a legislação brasileira (Artigo 647 da IN INSS/PRES nº 77/2015). 8.1 - Salário De Benefício O Salário de benefício, para fins de cálculo da prestação teórica dos benefícios por totalização com contribuição para a Previdência Social brasileira, será apurado, segundo as regras contidas no § 18 do art. 32 do RPS (ver abaixo), conforme exposto a seguir: (Artigo 648 da IN INSS/PRES nº 77/2015) a) quando houver contribuído, no Brasil, em número igual ou superior a 60% (sessenta por cento) do número de meses decorridos desde a competência julho de 1994, mediante aplicação do disposto no art. 188-A e seus §§ 1º e 2º, do RPS; b) quando houver contribuído, no Brasil, em número inferior ao indicado no inciso I, com base no valor da média aritmética simples de todos os salários de contribuição correspondentes a todo o período contributivo contado desde julho de 1994, multiplicado pelo fator previdenciário, observado o § 2º do art. 188-A, o § 19 e, quando for o caso, o § 14, do art. 32, ambos do RPS; e c) sem contribuição no Brasil, a partir da competência julho de 1994, com base na média aritmética simples de todo o período contributivo, multiplicado pelo fator previdenciário, observado o disposto no § 2º do art. 188-A e, quando for o caso, no § 14 do art. 32, ambos do RPS. “§ 18. Decreto nº 3.048/1999 (RPS) O salário-de-benefício, para fins de cálculo da prestação teórica dos benefícios por totalização, no âmbito dos acordos internacionais, do segurado com contribuição para a previdência social brasileira, será apurado: (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003) I - quando houver contribuído, no Brasil, em número igual ou superior a sessenta por cento do número de meses decorridos desde a competência julho de 1994, mediante a aplicação do disposto no art. 188-A e seus §§ 1º e 2º; (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003) II - quando houver contribuído, no Brasil, em número inferior ao indicado no inciso I, com base no valor da média aritmética simples de todos os salários-de-contribuição correspondentes a todo o período contributivo contado desde julho de 1994, multiplicado pelo fator previdenciário, observados o § 2º do art. 188-A, o § 19 e, quando for o caso, o § 14, ambos deste artigo; e (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003) III - sem contribuição, no Brasil, a partir da competência julho de 1994, com base na média aritmética simples de todo o período contributivo, multiplicado pelo fator previdenciário, observados o disposto no § 2º do art. 188-A e, quando for o caso, no § 14 deste artigo. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003)”. 8.2 - Cálculo Da Renda Mensal Inicial - RMI No cálculo da Renda Mensal Inicial - RMI, teoricamente o período de seguro apurado relativo ao país acordante será considerado como sendo do Brasil. A este cálculo dá-se o nome de Renda Mensal Inicial Teórica (Artigo 649 da IN INSS/PRES nº 77/2015). A renda mensal inicial teórica não poderá ter valor inferior ao salário mínimo vigente na data do início do benefício, na forma do inciso VI do art. 2º e do art. 33, ambos da Lei nº 8.213, de 1991 (§ 1º, do artigo 649 da IN INSS/PRES nº 77/2015). Deverá ser observada a aplicação dos arts. 50 e 53, ambos da Lei nº 8.213, de 1991, nos casos de requerimento de aposentadoria por idade e tempo de contribuição (§ 2º, do artigo 649 da IN INSS/PRES nº 77/2015).

TRABALHO E PREVIDÊNCIA – DEZEMBRO – 48/2016 1234

No cálculo da Renda Mensal Inicial proporcional, sobre a renda mensal inicial teórica aplicar-se-á proporcionalidade ou pró-rata, ou seja, o resultado da razão entre o tempo de contribuição cumprido no Brasil dividido pelo tempo total, conforme fórmula abaixo: (Artigo 650 da IN INSS/PRES nº 77/2015) RMI1= RMI2 x TS TT Onde: RMI 1 = renda mensal inicial proporcional RMI 2 = renda mensal inicial teórica TS = tempo de serviço no Brasil TT = totalidade dos períodos de seguro cumpridos em ambos os países acordantes (observado o limite máximo, conforme legislação vigente). A renda mensal inicial proporcional dos benefícios concedidos no âmbito dos Acordos de Previdência Social, por totalização, poderá ter valor inferior ao do salário mínimo vigente, conforme § 1º do art. 35 do RPS (ver abaixo) (§ 1º, do artigo 650 da IN INSS/PRES nº 77/2015). “§ 1º do art. 35 do RPS (Decreto nº 3.048/1999) A renda mensal dos benefícios por totalização, concedidos com base em acordos internacionais de previdência social, pode ter valor inferior ao do salário mínimo”. O tempo de contribuição a ser considerado na aplicação da fórmula do fator previdenciário é o somatório do tempo de contribuição para a Previdência Social brasileira e o tempo de contribuição para a Previdência Social do país acordante (2º, do artigo 650 da IN INSS/PRES nº 77/2015). 9. MANUTENÇÃO EM ACORDOS INTERNACIONAIS 9.1 – Pagamento No segundo dia útil de cada mês realiza-se a remessa dos créditos relativos aos pagamentos de benefícios de residentes no exterior para a Instituição Financeira contratada que efetiva os depósitos dos pagamentos aos beneficiários em países com os quais o Brasil mantém Acordo de Previdência Social (Artigo 651 da IN INSS/PRES nº 77/2015). O titular de benefício pago pelo INSS, que estiver de mudança para um dos países com os quais o Brasil mantém Acordo de Previdência Social, e havendo mecanismo de remessa de valor para o país pretendido, poderá solicitar a transferência do pagamento para recebimento naquele país. O formulário consta na página da Previdência Social www.previdencia.gov.br, em assuntos internacionais, na opção formulários para acordos internacionais (Artigo 652 da IN INSS/PRES nº 77/2015). O requerimento de transferência de pagamento, ainda que o benefício não tenha sido concedido no âmbito dos Acordos de Previdência Social, pode ser apresentado em qualquer APS que encaminhará o pedido à Agência da Previdência Social de Atendimento Acordos Internacionais, considerando o país de destino, de acordo com a Resolução emitida pelo INSS (§ 1º, do artigo 652 da IN INSS/PRES nº 77/2015). Quando o beneficiário da Previdência Social com pagamento no exterior retornar para o Brasil, poderá solicitar a transferência do pagamento do benefício para qualquer APS de sua preferência (§ 2º, do artigo 652 da IN INSS/PRES nº 77/2015). 9.2 - Países Que Não Há Remessa De Pagamento Os beneficiários da Previdência Social brasileira que residem em países para os quais não há remessa de pagamento devem outorgar procuração, por instrumento público ou particular, com fim específico de recebimento de benefício (Artigo 653 da IN INSS/PRES nº 77/2015). A procuração outorgada no exterior, para produzir efeito junto ao INSS, deverá ser legalizada na Repartição Consular Brasileira no país onde o documento foi emitido, conforme o Manual do Serviço Consular e Jurídico - MSCJ - aprovado pela Portaria MRE nº 457, de 02 de agosto de 2010, exceto para os países: (§ 1º, do artigo 653 da IN INSS/PRES nº 77/2015) a) França, que será dispensada a legalização ou qualquer formalidade análoga, conforme o disposto no art. 23 do Decreto nº 3.598, de 12 de setembro de 2000; e

TRABALHO E PREVIDÊNCIA – DEZEMBRO – 48/2016 1235

b) Argentina, que será legalizada apenas pelo respectivo Ministério das Relações Exteriores, não havendo necessidade de ser submetida à legalização consular, conforme Acordo sobre Simplificação de Legalizações em Documentos Públicos, publicado no DOU nº 77, de 23 de abril de 2004. A procuração emitida em idioma estrangeiro, particular ou pública, será acompanhada da respectiva tradução por tradutor público juramentado (§ 2º, do artigo 653 da IN INSS/PRES nº 77/2015). A manutenção dos benefícios concedidos por totalização, no âmbito dos Acordos de Previdência Social, para residentes no Brasil, será direcionada para a APS de preferência do titular ou do procurador do beneficiário (Artigo 654 da IN INSS/PRES nº 77/2015). Quando houver dúvida quanto a créditos pagos e não pagos no âmbito dos Acordos de Previdência Social deverá ser consultado o Sistema de Pagamentos de Acordos Internacionais - SPAI (Parágrafo único, do artigo 654 da IN INSS/PRES nº 77/2015). 9.3 - Atestado De Vida Em Acordos Internacionais O atestado de vida, documento hábil utilizado para garantir a manutenção dos benefícios previdenciários, poderá ser emitido por representações consulares brasileiras no exterior, em formulário próprio ou organismo de ligação do país acordante (Artigo 655 da IN INSS/PRES nº 77/2015). O atestado de vida tem prazo de validade de noventa dias a partir da data de sua legalização pelas representações consulares brasileira no exterior (§ 1º, do artigo 655 da IN INSS/PRES nº 77/2015). A legalização do atestado de vida pelas representações consulares brasileiras no exterior é obrigatória, exceto para os seguintes países: (§ 2º, do artigo 655 da IN INSS/PRES nº 77/2015) a) França, que será dispensada a legalização ou qualquer formalidade análoga, conforme o disposto no art. 23 do Decreto nº 3.598, de 12 de setembro de 2000; e b) Argentina, que será legalizada apenas pelo respectivo Ministério das Relações Exteriores, não havendo necessidade de ser submetida à legalização consular, conforme Acordo sobre Simplificação de Legalizações em Documentos Públicos, publicado no DOU nº 77, de 23 de abril de 2004. Os notários locais no exterior poderão, por meio do formulário próprio, Anexo XI, reconhecer a firma do beneficiário de forma presencial, entretanto este procedimento, observadas as exceções previstas nesta seção, não dispensa a legalização pelas representações consulares brasileiras (§ 3º, do artigo 655 da IN INSS/PRES nº 77/2015). Após o reconhecimento da firma pelo notário, o envio do formulário, Anexo XI, pelo beneficiário, às representações consulares brasileiras para legalização, poderá ser via correio (§ 4º, do artigo 655 da IN INSS/PRES nº 77/2015). A legalização do atestado de vida pela representação consular brasileira no exterior deverá ocorrer dentro de trinta dias da data do reconhecimento da firma pelo notário local (§ 5º, do artigo 655 da IN INSS/PRES nº 77/2015). 10. IMPOSTO DE RENDA Os beneficiários residentes ou domiciliados no exterior terão os rendimentos tributados na alíquota de 25% (vinte e cinco por centro) a título de imposto de renda retido na fonte (Artigo 656 da IN INSS/PRES nº 77/2015). No caso de existência de Acordo Internacional para evitar a dupla tributação e evasão fiscal entre o País de residência e o Brasil deverá ser observado, nesse Instrumento, qual o país responsável pela tributação do imposto de renda (Parágrafo único, do artigo 656 da IN INSS/PRES nº 77/2015). 11. ÓBITO NO EXTERIOR As APS que recepcionarem certidão de óbito ocorrido no exterior deverão providenciar a cessação dos benefícios (Artigo 657 da IN INSS/PRES nº 77/2015). Fundamentos Legais: Citados no texto e Boletim da Informare de 2004.

TRABALHO E PREVIDÊNCIA – DEZEMBRO – 48/2016 1236

ASSUNTOS TRABALHISTASASSUNTOS TRABALHISTASASSUNTOS TRABALHISTASASSUNTOS TRABALHISTAS

DIRIGENTE SINDICAL Aspectos Trabalhistas E

Preenchimento Do SEFIP/GFIP Sumario 1. Introdução 2. Cargo De Direção Ou De Representação Sindical 3. Afastamento Do Empregado Da Empresa 3.1 – Comunicação Por Escrito 3.2 – Impedimento Pela Empresa – Penalidade 4. Licença Não Remunerada 4.1 – Férias 4.2 – 13° Salário 5. Vedado 6. Perderá O Mandato 7. Estabilidade Provisória Dos Dirigentes Sindicais 7.1 - Extinção Da Atividade Empresarial 7.2 - Candidatura Do Empregado Durante O Período De Aviso Prévio 8. Informações Na RAIS 9. Informações SEFIP/GFIP 9.1 - Dirigente Sindical 9.1.1 - Dirigente Sindical Que Mantém A Qualidade De Empregado 9.1.2 - Dirigente Sindical Que Mantém A Qualidade De Contribuinte Individual (Inclusive O Empresário Sem FGTS E O Transportador) 9.1.3 - Dirigente Sindical Que Mantém A Qualidade De Contribuinte Individual – Diretor Não Empregado Com FGTS 9.1.4 - Dirigente Sindical Que Mantém A Qualidade De Segurado Especial 1. INTRODUÇÃO Nesta matéria será tratada sobre os procedimentos legais, referente ao afastamento do empregado para exercer o mandato no sindicato. 2. CARGO DE DIREÇÃO OU DE REPRESENTAÇÃO SINDICAL Considera-se cargo de direção ou de representação sindical aquele cujo exercício ou indicação decorre de eleição prevista em lei (§ 4º, do artigo 543 da CLT). 3. AFASTAMENTO DO EMPREGADO DA EMPRESA O empregado eleito para o cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais (Artigo 543 da CLT). Para permitir ao dirigente sindical o desempenho de funções sindicais, conforme determina o artigo 543 da CLT, parágrafo 2º, concedeu a ele o direito de se ausentar do trabalho sem o recebimento de remuneração, mas a legislação também trouxe a possibilidade de negociação quanto a essa condição. Observação: O empregado não poderá sofrer penalidades disciplinares em razão das ausências ao serviço durante o período que estiver exercendo o cargo de dirigente sindical. 3.1 – Comunicação Por Escrito A entidade sindical comunicará por escrito à empresa, dentro de 24 (vinte e quatro) horas, o dia e a hora do registro da candidatura do seu empregado e, em igual prazo, sua eleição e posse, fornecendo, outrossim, a este, comprovante no mesmo sentido. O Ministério do Trabalho e Previdência Social fará no mesmo prazo a comunicação no caso da designação referida no final do § 4º (§ 5° do artigo 543 da CLT). “§ 4º - Considera-se cargo de direção ou de representação sindical aquele cujo exercício ou indicação decorre de eleição prevista em lei”. 3.2 – Impedimento Pela Empresa – Penalidade A empresa que, por qualquer modo, procurar impedir que o empregado se associe a sindicato, organize associação profissional ou sindical ou exerça os direitos inerentes à condição de sindicalizado fica sujeita à

TRABALHO E PREVIDÊNCIA – DEZEMBRO – 48/2016 1237

penalidade prevista na letra a do art. 553 (ver abaixo), sem prejuízo da reparação a que tiver direito o empregado (§ 6º, do artigo 543 da CLT). “Conforme o artigo 543, parágrafo 2º, da CLT determina que as ausências do dirigente sindical sejam consideradas como licença não remunerada, ou seja, essas faltas são permitidas, porém, a lei não lhe dá direito salarial. E também o caput do artigo 543 da CLT institui que o empregador não pode impedir as atividades sindicais de qualquer trabalhador eleito para o cargo de dirigente sindical, ou seja, o empregador não pode proibir as ausências do dirigente sindical para desempenhar as atividades sindicais, mas pode negociar com o sindicato a forma desse afastamento”. Segue abaixo as penalidades, conforme o artigo 553 da CLT: “Art. 553 da CLT - As infrações ao disposto neste Capítulo serão punidas, segundo o seu caráter e sua gravidade, com as seguintes penalidades: a) multa de 100 (cem cruzeiros) e 5.000 (cinco mil cruzeiros), dobrada na reincidência; b) suspensão de diretores por prazo não superior a 30 (trinta) dias; c) destituição de diretores ou de membros de conselho; d) fechamento de Sindicato, Federações ou Confederações por prazo nunca superior a 6 (seis) meses; e) cassação da carta de reconhecimento; f) multa de 1/30 (um trinta avos) do valor do salário mínimo regional, aplicável ao associado que deixar de cumprir, sem causa justificada, o disposto no parágrafo único do art.529. § 1º - A imposição de penalidades aos administradores não exclui a aplicação das que este artigo prevê para a associação. § 2º - Poderá o Ministro do Trabalho, e Previdência Social determinar o afastamento preventivo de cargo ou representação sindicais de seus exercentes, com fundamento em elementos constantes de denúncia formalizada que constituam indício veemente ou início de prova bastante do fato e da autoria denunciados”. 4. LICENÇA NÃO REMUNERADA A licença não-remunerada é o tempo em que o empregado se ausenta do trabalho e do desempenho das funções. “Art. 543 da CLT- O empregado eleito para o cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais. ... § 2º - Considera-se a licença não remunerada, salvo assentimento da empresa ou cláusula contratual, o tempo em que o empregado se ausenta do trabalho no desempenho das funções a que se refere este artigo”. Quando a licença não é remunerada, a empresa está desobrigada de efetuar o pagamento da remuneração ao empregado afastado, e também esse período como tempo de serviço não será computado para nenhuma finalidade, como, por exemplo: contagem para direito às férias, décimo terceiro salário e o tempo de serviço para concessão de benefícios previdenciários. A legislação garante ao empregado afastado do emprego, por ocasião de sua volta, todas as vantagens que, em sua ausência, tenham sido atribuídas à categoria a que pertencia na empresa. “O período da suspensão, referente a licença não remunerada, o contrato não conta para qualquer efeito, então, o tempo que perdurar a licença não integrará o tempo de serviço do empregado”. “No caso de licença não remunerada, caberá ao sindicato pagar a remuneração do empregado”. Importante: Na falta de disposições legais ou contratuais, observa-se o artigo 8° da CLT abaixo:

TRABALHO E PREVIDÊNCIA – DEZEMBRO – 48/2016 1238

“Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. Parágrafo único - O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste”. Jurisprudências: DIRIGENTE SINDICAL. LICENÇA NÃO REMUNERADA. FACULDADE DO EMPREGADOR. DIREITO ADQUIRIDO E ADESÃO AO CONTRATO DE CONDIÇÃO MAIS BENÉFICA NÃO CONFIGURADOS. Nos termos do art. 543, § 2º, da CLT, a licença para o exercício de mandato sindical é, regra geral, não remunerada, sendo concedida ao empregador a faculdade de arcar com tal ônus. Assim, tendo a Ré se utilizado da faculdade que lhe é expressamente concedida por lei, em regime de exceção, tendo, inclusive, delimitado os períodos em que, frise-se, por opção, arcaria com a remuneração obreira, findo esses prazos e, mais que isso, tendo dito expressamente que não mais arcaria com o ônus remuneratório, volta a valer a regra geral, de repasse do encargo ao sindicato, não se cogitando de direito adquirido, tampouco de adesão ao contrato de condição mais benéfica. Ausente, portanto, violação dos arts. 5º, XXXVI, da Constituição Federal e 468 da CLT. Da mesma forma, não se vislumbra contrariedade à Súmula nº 51 do C. TST, inaplicável à hipótese, porquanto a Reclamada não implementou novo regulamento, mas apenas agiu de acordo o disposto no art. 543, § 2º, da CLT. Recurso do Reclamante a que se nega provimento. (Processo: 2729201029903 PR 2729-2010-29-9-0-3 – Relator(a): Janete Do Amarante – Publicação: 10.02.2012) DIRIGENTE SINDICAL - LICENÇA NAO REMUNERADA - ART. 543. PARÁGRAFO 2º DA CLT. O parágrafo 2º do art. 543 determina que a ausência do dirigente sindical para desempenhar atividades na sua entidade de classe, será considerada licença não remunerada, quando não houver assentimento da empresa em pagar os salários ou cláusula contratual. (...) (Processo: RO 811001519985040291 RS 0081100-15.1998.5.04.0291 – Relator(a): Ricardo Tavares Gehling – Julgamento: 28.09.2000) 4.1 – Férias Existem entendimentos a respeito das férias no caso de licença não remunerada, conforme abaixo: “Quando a licença não é remunerada, aplica-se por analogia o mesmo tratamento dado ao afastamento para prestação do serviço militar, ou seja, o período de afastamento não é computado no período aquisitivo, ficando este intmpido até o retorno do empregado ao trabalho, quando então haverá a continuação do período aquisitivo, até que este se complete, iniciando-se nesta data um novo período aquisitivo, não prevalecendo mais a data da contratação do empregado”. O artigo 133 da CLT estabelece que o empregado perde o direito às férias, quando ele permanecer em gozo de licença remunerada por mais de 30 (trinta) dias. “Art. 133 da CLT- Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) ... II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias; (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)”. Jurisprudência: FÉRIAS - DIRIGENTE SINDICAL - LICENÇA REMUNERADA. Estando o dirigente sindical liberado da prestação de serviço, mas recebendo normalmente seus salários, ele se encontra, evidentemente, em gozo de licença remunerada. Nessa condição, conforme dispõe o art. 133, II, CLT, não faz jus às férias desse período de interrupção contratual. (Processo: RO 211487 2114/87 – Relator(a): Ari Rocha – Publicação: 23.10.1987) 4.2 – 13° Salário A Lei nº 4.090/1962, artigo 1º, § 2º, estabelece que a fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho será devida como mês integral para contagem de 1/12 da remuneração, para fins do pagamento de décimo terceiro. Sendo assim, como o empregado estará afastado do seu trabalho e não prestando serviço ao empregador, não

TRABALHO E PREVIDÊNCIA – DEZEMBRO – 48/2016 1239

terá direito aos avos de décimo terceiro salário, mas o direito já adquirido antes do seu afastamento o empregado não perderá. Ressalta-se, então, que o período em que o empregado se encontra em licença não remunerada, não será computado para fins do cálculo do 13º salário, somente o período anterior e posterior ao afastamento (caso houver), ou seja, a empresa está obrigada ao pagamento dos meses devidos (anterior e posterior) e não referente ao período de ausência. 5. VEDADO Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito, inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação (§ 3° do artigo 543 da CLT). Observação: Verificar também o item “7” desta matéria. 6. PERDERÁ O MANDATO O empregado perderá o mandato se a transferência for por ele solicitada ou voluntariamente aceita (artigo 543, § 1° da CLT). 7. ESTABILIDADE PROVISÓRIA DOS DIRIGENTES SINDICAIS Aos empregados eleitos para órgãos de administração das entidades sindicais (sindicatos, federações e correspondentes suplentes, desde o registro da candidatura até um ano após o final do mandato, inclusive os que atuam na atividade rural) é garantida a estabilidade no emprego (CF/1988, art. 8º, VIII; CLT art. 543, § 3º; e a Lei nº 5.889/73, art. 1º, § único - trabalhador rural). “Artigo 8°, VIII da CF - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei”. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), artigo 543, § 3º determina que fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito, inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação. “O empregado dirigente sindical não poderá ser impedido de prestar suas funções, nem ser transferido para local ou cargo que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho de suas atribuições sindicais.” Salvo se o dirigente sindical cometer falta grave e devidamente apurada nos termos da Legislação, ele poderá ser dispensado por justa causa, conforme artigo 482 da CLT. “SÚMULA Nº 379 DO TST (TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO) DIRIGENTE SINDICAL. DESPEDIDA. FALTA GRAVE. INQUÉRITO JUDICIAL. NECESSIDADE (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 114 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005: O dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta grave mediante a apuração em inquérito judicial, inteligência dos arts. 494 e 543, §3º, da CLT. (ex-OJ nº 114 da SBDI-1 - inserida em 20.11.1997)”. “SÚMULA Nº 369 DO TST (TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO) DIRIGENTE SINDICAL. N.º 369. DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item I alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012): I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho. II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes.

TRABALHO E PREVIDÊNCIA – DEZEMBRO – 48/2016 1240

III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade. V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho”. Jurisprudência: ESTABILIDADE PROVISÓRIA. DIRIGENTE SINDICAL. A farta prova documental nos dá conta de que ao tempo da dispensa imotivada do autor, o mesmo se encontrava amparado na estabilidade provisória do dirigente sindical (§ 3º, do art. 543 da CLT). (Processo: RO 00000644420135010020 RJ – Relator(a): Alvaro Luiz Carvalho Moreira – Julgamento: 04.08.2014) 7.1 - Extinção Da Atividade Empresarial Conforme o inciso IV da Súmula do TST n° 369 havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade. 7.2 - Candidatura Do Empregado Durante O Período De Aviso Prévio O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho, conforme o inciso V da Súmula do TST n° 369. “§ 3º do Art. 543 da CLT - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito, inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação”. “Inciso V da Súmula do TST nº 369 - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho”. 8. INFORMAÇÕES NA RAIS Conforme o Manual da RAIS em perguntas e respostas, em notas inciso IV, segue abaixo informações a respeito do dirigente sindical: (Informações extraídas do site da RAIS - http://www.rais.gov.br/sitio/quem_deve_ser_relacionado.jsf) “IV - o dirigente sindical deve ser declarado na RAIS tanto pelo sindicato quanto pelo estabelecimento/órgão de origem, caso o mesmo perceba remuneração de ambas as partes. Se a remuneração for paga exclusivamente pelo sindicato apenas este deve declará-lo da RAIS”. Caso o empregado/servidor tenha recebido remuneração no ano-base, exclusivamente, do sindicato apenas este deve informá-lo na RAIS com o tipo 80 (diretor sem vínculo empregatício para o qual a empresa/órgão tenha optado pelo recolhimento do FGTS ou Dirigente sindical). 9. INFORMAÇÕES SEFIP/GFIP Segue abaixo informações de preenchimento do SEFIP/GFIP, referente ao dirigente sindical. As informações encontra-se no Manual SEFIP 8.4, Capítulo IV – Orientações Específicas, item “2” (“2.1” a “2.5”) – Dirigente Sindical, conforme abaixo. 9.1 - Dirigente Sindical O trabalhador eleito para exercer mandato sindical mantém, no RGPS, a mesma categoria de antes da investidura no cargo, e as informações a ele relativas devem ser prestadas de acordo com as seguintes situações: 9.1.1 - Dirigente Sindical Que Mantém A Qualidade De Empregado

TRABALHO E PREVIDÊNCIA – DEZEMBRO – 48/2016 1241

a) remunerado exclusivamente pela empresa de origem: A empresa de origem continua prestando normalmente todas as informações do dirigente sindical como seu empregado. No mês de afastamento, deve preencher o campo “Movimentação”, com o dia imediatamente anterior ao efetivo afastamento e o código W; no mês do retorno, com a data do último dia de afastamento e o código Z5. A obrigação de recolher e de informar ao FGTS e à Previdência Social continua a cargo da empresa cedente. b) remunerado exclusivamente pelo sindicato: O sindicato deve elaborar GFIP/SEFIP distintas para cada empresa que ceda trabalhadores para o exercício de mandato sindical. b.1. Com a mesma remuneração da empresa de origem: b.1.1. A empresa de origem somente presta as informações por ocasião do afastamento e do retorno, preenchendo, além dos dados básicos do trabalhador: - campo “Remuneração sem 13° Salário” - o valor correspondente à remuneração mensal ou a parcela relativa aos dias trabalhados na empresa, quando a movimentação se der no decorrer do mês; - campo “Remuneração 13° Salário” - o valor correspondente à remuneração do 13º Salário, quando for o caso; - campo “Ocorrência” – código 05, 06, 07 ou 08, conforme o caso; - campo “Valor Descontado do Segurado” – valor da contribuição descontada do trabalhador, incidente sobre a remuneração paga pela empresa, calculada de acordo com a alíquota de enquadramento na tabela de salário-de- contribuição referente à remuneração total recebida pelo trabalhador (paga pela empresa e pelo sindicato); - campo “Movimentação” - no mês de afastamento, o dia imediatamente anterior ao efetivo afastamento e o código W; no mês de retorno, a data do último dia de afastamento e o código Z5. b.1.2. O sindicato deve, enquanto durar o mandato, inclusive nos meses de afastamento e retorno, prestar as informações da seguinte forma: - campos “CNPJ/CEI e Razão Social do Empregador/Contribuinte” - dados da empresa de origem; - campos “Endereço do Empregador/Contribuinte, FPAS, Outras Entidades, SIMPLES, Alíquota RAT, CNAE, CNAE Preponderante, FAP” e os campos do “Responsável” - dados do sindicato; - campos “CNPJ/CEI, Razão Social e Endereço do Tomador de Serviço” – dados do sindicato; - campo “Código de Recolhimento” - código 608; - campo “Data de Admissão” – preencher com a data de admissão na empresa de origem; - campo “Categoria do Trabalhador” – código 01; - campos “Remuneração sem 13° Salário e Remuneração 13° Salário” - valores correspondentes à remuneração que o dirigente receberia na empresa de origem. Nos meses de início e término de mandato, a remuneração deve corresponder aos dias efetivamente trabalhados no sindicato; - campo “Movimentação” – não preencher com o código W; - campos “Comercialização da Produção e Receita de Eventos Desportivos/Patrocínio” – não preencher; - os demais campos devem ser preenchidos pelo sindicato, de acordo com as instruções de preenchimento constantes deste Manual. Nos meses de início e término de mandato, também devem ser informados os seguintes campos: - campo “Ocorrência” – código 05, 06, 07 ou 08, conforme o caso;

TRABALHO E PREVIDÊNCIA – DEZEMBRO – 48/2016 1242

- campo “Valor Descontado do Segurado” – valor da contribuição descontada do trabalhador, incidente sobre a remuneração paga pelo sindicato, calculada de acordo com a alíquota de enquadramento na tabela de salário-de-contribuição referente à remuneração total recebida pelo trabalhador (paga pela empresa e pelo sindicato). Quando a remuneração paga pela empresa, nos meses de afastamento e retorno, for igual ou superior ao limite máximo, somente esta deverá efetuar o desconto. b.2. Com remuneração superior à recebida na empresa de origem: b.2.1. A empresa deve adotar os mesmos procedimentos estabelecidos na alínea “b.1.1” b.2.2. O sindicato deve informar o trabalhador de duas formas, conforme abaixo: a) Como categoria 01 (para informar a remuneração equivalente àquela que seria paga pela empresa) em GFIP/SEFIP com código 608: - campos “CNPJ/CEI e Razão Social do Empregador/Contribuinte” - dados da empresa de origem; - campos “Endereço do Empregador/Contribuinte, FPAS, Outras Entidades, SIMPLES, Alíquota RAT, CNAE, CNAE Preponderante, FAP” e os campos do “Responsável” - dados do sindicato; - campos “CNPJ/CEI, Razão Social e Endereço do Tomador de Serviço” – dados do Sindicato; - campo “Código de Recolhimento” - código 608; - campo “Data de Admissão” – preencher com a data de admissão na empresa de origem; - campo “Categoria do Trabalhador” – categoria 01; - campos “Remuneração sem 13° Salário” e “Remuneração 13° Salário” - valores correspondentes à remuneração que o dirigente receberia na empresa de origem. Nos meses de início e término de mandato, a remuneração deve corresponder aos dias efetivamente trabalhados no sindicato; - campo “Ocorrência” - código 05, 06, 07 ou 08, conforme o caso; - campo “Valor Descontado do Segurado” – valor da contribuição descontada do trabalhador, incidente sobre a remuneração paga pelo sindicato, calculada de acordo com a alíquota de enquadramento na tabela de salário-de-contribuição referente à remuneração total recebida pelo trabalhador (paga pela empresa e pelo sindicato). Quando a remuneração paga pela empresa, nos meses de afastamento e retorno, for igual ou superior ao limite máximo, somente esta deverá efetuar o desconto; - campo “Movimentação” - não preencher com o código W; COMO CATEGORIA 26 (PARA INFORMAR O VALOR DA REMUNERAÇÃO ADICIONAL PAGA PELO SINDICATO) EM GFIP/SEFIP COM O CÓDIGO USUAL DO SINDICATO: - campos “CNPJ/CEI, Razão Social e Endereço do Empregador/Contribuinte, FPAS, Outras Entidades, SIMPLES, Alíquota RAT, CNAE, CNAE Preponderante, FAP” e os campos do “Responsável” - dados do sindicato; - campo “Código de Recolhimento” – código usual do sindicato (115, por exemplo. A categoria 26 não deve ser informada na GFIP/SEFIP com código 608); - campo “Data de Admissão” - data de início do pagamento do valor adicional pago ao dirigente sindical; - campo “Categoria do Trabalhador” – categoria 26; - campos “Remuneração sem 13° Salário e Remuneração 13° Salário” - valor correspondente ao adicional pago ao dirigente sindical, sem incidência para o FGTS; - campo “Ocorrência” - código 05, 06, 07 ou 08, conforme o caso; - campo “Valor Descontado do Segurado” – valor da contribuição descontada do trabalhador, incidente sobre a remuneração paga pelo sindicato, calculada de acordo com a alíquota de enquadramento na tabela de salário-de-contribuição referente à remuneração total recebida pelo trabalhador (paga pela empresa e pelo sindicato).

TRABALHO E PREVIDÊNCIA – DEZEMBRO – 48/2016 1243

Quando a remuneração paga pela empresa, nos meses de afastamento e retorno, for igual ou superior ao limite máximo, somente esta deverá efetuar o desconto; - campo “Movimentação” – não preencher com o código W; - campos “Comercialização da Produção e Receita de Eventos Desportivos/Patrocínio” – não preencher; - os demais campos devem ser preenchidos pelo sindicato, de acordo com as instruções de preenchimento constantes deste Manual. DIRIGENTE SINDICAL REMUNERADO PELA EMPRESA E PELO SINDICATO: A empresa presta as informações de acordo com as orientações da alínea “a”, registrando no campo “Ocorrência” o código 05, 06, 07 ou 08, conforme o caso, durante todo o período do afastamento. O sindicato presta as informações de acordo com as orientações de preenchimento da letra “b” da alínea “b.2.2”. NOTA: A contribuição do segurado deve ser calculada de acordo com a alíquota de enquadramento na tabela de salário-de-contribuição, considerando o somatório das remunerações e o limite máximo. Quando a remuneração recebida na empresa de origem for igual ou superior ao limite máximo, somente esta deve efetuar o desconto. As informações devem ser prestadas pelo sindicato, em GFIP/SEFIP específica, observando: - campos “CNPJ/CEI” e “Razão Social do Empregador/Contribuinte” – dados do órgão gestor de mão-de-obra; - campos “Endereço do Empregador/Contribuinte, FPAS, Outras Entidades, SIMPLES, Alíquota RAT, CNAE, CNAE Preponderante, FAP” e os campos do “Responsável” – dados do Sindicato; - campos “CNPJ/CEI, Razão Social” e “Endereço do Tomador de Serviço” dados do sindicato; - campo “Código de Recolhimento” – código 608; - campo “Categoria do Trabalhador” – categoria 02; - campo “Remuneração sem 13° Salário” – remuneração paga pelo sindicato (incluindo férias e adicional constitucional proporcionais); - campo “Remuneração 13° Salário- – valor do 13º salário proporcional; - campo “Valor Descontado do Segurado” - valor da contribuição descontada do trabalhador avulso - incidente sobre a remuneração, férias e 1/3 constitucional e 13° salário pagos pelo sindicato; - campo “Base de Cálculo 13° Salário Previdência Social – Ref. Compet. do Movimento” - valor da parcela correspondente ao 13° salário proporcional; - campos “Data de Admissão, CTPS, Valor do Salário-Família, Valor do Salário-Maternidade, Valor de Retenção, Comercialização da Produção e Eventos Desportivos/Patrocínio” – não preencher; - os demais campos devem ser preenchidos pelo sindicato, de acordo com as instruções de preenchimento constantes deste Manual. NÃO PORTUÁRIO: As informações devem ser prestadas pelo sindicato, em GFIP/SEFIP específica, observando: - campos “CNPJ/CEI, Razão Social” e “Endereço do Empregador/Contribuinte, FPAS, Outras Entidades, SIMPLES, Alíquota RAT, CNAE, CNAE Preponderante, FAP” e os campos do “Responsável” – dados do sindicato; - campos “CNPJ/CEI, Razão Social e Endereço do Tomador de Serviço” – dados do sindicato; - campo “Código de recolhimento” – código 608; - campo “Categoria do Trabalhador” – categoria 02;

TRABALHO E PREVIDÊNCIA – DEZEMBRO – 48/2016 1244

- campo “Remuneração sem 13° Salário” – remuneração paga pelo sindicato (incluindo férias e adicional constitucional proporcionais); - campo “Remuneração 13° Salário” – valor do 13º salário proporcional; - campo “Valor Descontado do Segurado” - valor da contribuição descontada do trabalhador avulso - incidente sobre a remuneração, férias e 1/3 constitucional e 13° salário pagos pelo sindicato; - campo “Base de Cálculo 13° Salário Previdência Social – Ref. Compet. do Movimento” - valor da parcela correspondente ao 13° salário proporcional; - campos “Data de Admissão, CTPS, Valor do Salário-Família, Valor do Salário-Maternidade, Valor de Retenção, Comercialização da Produção e Receita de Eventos Desportivos/Patrocínio” – não preencher; - os demais campos devem ser preenchidos pelo sindicato, de acordo com as instruções de preenchimento constantes deste Manual. 9.1.2 - Dirigente Sindical Que Mantém A Qualidade De Contribuinte Individual (Inclusive O Empresário Sem FGTS E O Transportador) O sindicato deve prestar as informações na mesma GFIP/SEFIP dos demais trabalhadores, observando quanto ao preenchimento dos campos relativos a este dirigente: - campos “CNPJ/CEI, Razão Social e Endereço do Tomador de Serviço” - não preencher; - campo “Categoria do trabalhador” - categoria 11, 13 ou 15; - campo “Data de Admissão” – preencher apenas para a categoria 11; - campo “Remuneração sem 13° Salário” – remuneração integral paga pelo sindicato; - campo “Ocorrência” – em branco ou códigos 05, 06, 07 ou 08, conforme o caso, a partir da competência 04/2003, em decorrência do disposto na Lei n° 10.666/2003; - campo “Valor Descontado do Segurado” – valor da contribuição descontada do contribuinte individual, a partir da competência 04/2003 (Lei n° 10.666/2003), observado o limite máximo do salário-de-contribuição. O valor descontado por todas as empresas não pode ultrapassar o limite máximo de contribuição. Este campo somente pode ser informado caso o campo “Ocorrência” contenha os códigos 05, 06, 07 ou 08, conforme o caso. Observar o disposto nas notas ! Fonte de referência não encontrada., ! Fonte de referência não encontrada., ! Fonte de referência não encontrada. e ! Fonte de referência não encontrada.do subitem 4.6 do Capítulo III; - campos “Data de Nascimento, CTPS e Remuneração 13° Salário” – não preencher; - os demais campos devem ser preenchidos pelo sindicato, de acordo com as instruções de preenchimento constantes deste Manual. 9.1.3 - Dirigente Sindical Que Mantém A Qualidade De Contribuinte Individual – Diretor Não Empregado Com FGTS As informações devem ser prestadas pelo sindicato, em GFIP/SEFIP específica, observando: - campos “CNPJ/CEI e Razão Social do Empregador/Contribuinte” - dados da empresa de origem; - campos “Endereço do Empregador/Contribuinte, FPAS, Outras Entidades, SIMPLES, Alíquota RAT, CNAE, CNAE Preponderante e FAP” – dados do sindicato; - campos do “Responsável” - dados do responsável pelas informações; - campos “CNPJ/CEI, Razão Social e Endereço do Tomador de Serviço” – dados do sindicato; - campo “Código de Recolhimento” - código 608; - campo “Categoria do Trabalhador” - categoria 05;

TRABALHO E PREVIDÊNCIA – DEZEMBRO – 48/2016 1245

- campo “Data de Admissão” – preencher com a data correspondente; - campo “Remuneração sem 13° Salário” – remuneração integral paga pelo sindicato; - campo “Ocorrência” – em branco ou código 05, 06, 07 ou 08, conforme o caso, a partir da competência 04/2003, em decorrência do disposto na Lei n° 10.666/2003; - campo “Valor Descontado do Segurado” – valor da contribuição descontada do contribuinte individual, a partir da competência 04/2003 (Lei n° 10.666/2003), observado o limite máximo do salário-de-contribuição. O valor descontado por todas as empresas não pode ultrapassar o limite máximo de contribuição. Este campo somente pode ser informado caso o campo “Ocorrência” contenha os códigos 05, 06, 07 ou 08, conforme o caso. Observar o disposto nas notas do subitem 4.6 do Capítulo III; - campos “CTPS, Remuneração 13° Salário, Valor do Salário-Família, Valor do Salário-Maternidade, Valor de Retenção, Comercialização da Produção e Eventos Desportivos/ Patrocínio” – não preencher; - os demais campos devem ser preenchidos pelo sindicato, de acordo com as instruções de preenchimento constantes deste Manual. Atenção: O diretor não empregado com FGTS (categoria 05), quando dirigente sindical, se receber adicional pago pelo sindicato, deve constar da GFIP/SEFIP com as categorias 05 e 11. O valor da remuneração adicional deve ser informado para a categoria 11, uma vez que sobre tal valor não há incidência de FGTS. Nesta situação, o campo Ocorrência deve ser preenchido com os códigos 05, 06, 07 ou 08, conforme o caso. 9.1.4 - Dirigente Sindical Que Mantém A Qualidade De Segurado Especial O sindicato somente deve incluir este segurado em GFIP/SEFIP nas competências 01/1999 a 02/2000 e 09/2002 a 05/2003. Para as demais competências, o sindicato não deve incluir este dirigente na GFIP/SEFIP, ainda que o mesmo receba remuneração. Quando o dirigente sindical que mantém a qualidade de segurado especial constar em GFIP/SEFIP, deve ser observado: - campos “CNPJ/CEI, Razão Social e Endereço do Tomador de Serviço, Data de Admissão, Ocorrência, Data de Nascimento, CTPS e Remuneração 13° Salário” – não preencher; - campo “Categoria do Trabalhador” - categoria 13 (até a competência 03/2003, inclusive) e categoria 22 (para as competências 04/2003 e 05/2003); - os demais campos devem ser preenchidos pelo sindicato, de acordo com as instruções de preenchimento constantes deste Manual. NOTA: Nas competências compreendidas entre 03/2000 a 08/2002 e a partir da competência 06/2003, está dispensada a informação do dirigente sindical que mantém a qualidade de segurado especial, em razão do disposto no art. 144, § 2°, da Instrução Normativa INSS/DC n° 20, de 18/05/2000, e no art. 216, inciso XI, do RPS, aprovado pelo Decreto n° 3.048/99, na redação dada pelo Decreto n° 4.729/2003. Fundamento legal: Citados no texto.