assunto: processo de licenciamento Único ambiental n.º

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1 Assunto: Processo de Licenciamento Único Ambiental N.º PL20200519000721 Campovo - Produção e Comercialização de Ovos S.A. Aldeia dos Redondos Decreto-Lei n.º 75/2015, de 11 de maio Pedido de Elementos Adicionais No âmbito do processo de Licenciamento Único Ambiental (LUA) do estabelecimento Campovo - Produção e Comercialização de Ovos, Lda - Aldeia dos Redondos – PL20200519000721, submetido no módulo LUA alojado na plataforma SILiAmb, solicita-se a V. Exas., na qualidade de requerente do mencionado processo, os elementos adicionais identificados pela(s) entidade(s) licenciadora(s) no domínio de ambiente do regime de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) nos termos do Decreto-Lei n.º 151-B/2013, de 31 de outubro, na sua redação atual (RJAIA) e do regime de Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (PCIP) nos termos do Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto, na sua redação atual (REI). Os elementos adicionais abaixo enumerados têm a finalidade de esclarecer e complementar a informação já apresentada no processo LUA. Como tal, devem V/ Exas. efetuar o carregamento dos mesmos diretamente na área “Licenciamento Único > Processos > PL20200519000721” da plataforma SILiAmb. O formulário foi devolvido para responderem diretamente no mesmo. o efeito dispõem de um prazo de 45 dias úteis após notificação da plataforma. O carregamento dos elementos adicionais na plataforma SILiAmb é fundamental, de forma a garantir a disponibilização da documentação necessária ao portal Participa, dado que o presente processo envolve a realização de Consulta Pública. Alerta-se que, todos os elementos constantes do pedido de licenciamento são alvo de consulta pública, sendo os mesmos divulgados no portal Participa, com a exceção dos documentos objeto de segredo comercial ou industrial, que devem ser tratados de acordo com legislação aplicável. Assim, em conformidade com o exposto, são solicitados os elementos que se seguem. No âmbito da Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) e da Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (PCIP) No âmbito do Regime AIA/PCIP, proveniente da atividade, estabelecem-se medidas adequadas ao combate à poluição, designadamente mediante a utilização das Melhores Técnicas Disponíveis (MTD). 1. Relativamente às MTD implementadas e previstas implementar, foi utilizado o documento Excel “Sistematização das MTD aplicáveis às instalações PCIP”, tendo sido apresentada a informação “Após emissão do TUA atualizado” como calendarização para algumas das medidas que se prevê implementar ou avaliar. A este propósito alerta-se que o BREF IRPP com decisão de execução (UE) 2017/302 da Comissão de 15 de fevereiro de 2017 que estabelece No caso de considerar os elementos a apresentar (ou já apresentados) como confidenciais deverá ser apresentada justificação fundamentada e serem devidamente identificados como tal, apresentando ainda uma versão desses documentos expurgada da informação confidencial. i

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Assunto: Processo de Licenciamento Único Ambiental N.º PL20200519000721

Campovo - Produção e Comercialização de Ovos S.A.

Aldeia dos Redondos

Decreto-Lei n.º 75/2015, de 11 de maio

Pedido de Elementos Adicionais

No âmbito do processo de Licenciamento Único Ambiental (LUA) do estabelecimento

Campovo - Produção e Comercialização de Ovos, Lda - Aldeia dos Redondos –

PL20200519000721, submetido no módulo LUA alojado na plataforma SILiAmb,

solicita-se a V. Exas., na qualidade de requerente do mencionado processo, os

elementos adicionais identificados pela(s) entidade(s) licenciadora(s) no domínio de

ambiente do regime de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) nos termos do

Decreto-Lei n.º 151-B/2013, de 31 de outubro, na sua redação atual (RJAIA) e do

regime de Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (PCIP) nos termos do

Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto, na sua redação atual (REI).

Os elementos adicionais abaixo enumerados têm a finalidade de esclarecer e

complementar a informação já apresentada no processo LUA. Como tal, devem V/

Exas. efetuar o carregamento dos mesmos diretamente na área “Licenciamento Único

> Processos > PL20200519000721” da plataforma SILiAmb. O formulário foi

devolvido para responderem diretamente no mesmo. o efeito dispõem de um prazo

de 45 dias úteis após notificação da plataforma.

O carregamento dos elementos adicionais na plataforma SILiAmb é fundamental, de

forma a garantir a disponibilização da documentação necessária ao portal Participa,

dado que o presente processo envolve a realização de Consulta Pública. Alerta-se

que, todos os elementos constantes do pedido de licenciamento são alvo de consulta

pública, sendo os mesmos divulgados no portal Participa, com a exceção dos

documentos objeto de segredo comercial ou industrial, que devem ser tratados de

acordo com legislação aplicável.

Assim, em conformidade com o exposto, são solicitados os elementos que se seguem.

No âmbito da Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) e da Prevenção e

Controlo Integrados da Poluição (PCIP)

No âmbito do Regime AIA/PCIP, proveniente da atividade, estabelecem-se

medidas adequadas ao combate à poluição, designadamente mediante a utilização

das Melhores Técnicas Disponíveis (MTD).

1. Relativamente às MTD implementadas e previstas implementar, foi utilizado

o documento Excel “Sistematização das MTD aplicáveis às instalações PCIP”,

tendo sido apresentada a informação “Após emissão do TUA atualizado” como

calendarização para algumas das medidas que se prevê implementar ou

avaliar. A este propósito alerta-se que o BREF IRPP com decisão de execução

(UE) 2017/302 da Comissão de 15 de fevereiro de 2017 que estabelece

No caso de considerar os elementos a apresentar (ou já apresentados) como confidenciais deverá ser apresentada justificação fundamentada e serem devidamente identificados como tal, apresentando ainda uma versão desses

documentos expurgada da informação confidencial.

i

2

conclusões sobre as MTD para a criação intensiva de aves de capoeira ou de

suínos, nos termos da Diretiva 2010/75/UE do Parlamento Europeu e do

Conselho, é de aplicação obrigatória desde 15 de fevereiro de 2021, devendo

ser adotadas, pelo operador da instalação PCIP, as técnicas aplicáveis, logo

que se inicie o período de exploração. Atendendo a que o operador é detentor

da LA n.º 442/0.0/2012, válida até 18 de outubro de 2021, as MTD de

referência para o setor de atividade, tendo em consideração critérios de

aplicabilidade e relevância para a instalação já deveriam encontrar-se

implementadas desde fevereiro de 2021, dando cumprimento aos VEA

estabelecidos na referida Decisão. Assim deverá rever o documento

“Sistematização das MTD”, incluindo a calendarização de cada MTD, assim

como indicação dos VEA que se propõe cumprir para cada caso em concreto;

2. Clarificação quanto à implementação das MTD 12.i, 12.ii e 12.v (medidas

integrantes de um Plano de Gestão de Odores), uma vez que se indica como

“não é aplicável” a MTD 1.11 “Aplicação de um plano de gestão de odores”;

3. Atendendo à proximidade da instalação avícola a áreas residenciais/ recetores

sensíveis (aglomerado urbano de Aldeia dos Redondos e povoamentos de Reis

e Charneca de Reis), solicita-se a reavaliação da implementação da MTD 9

(criar e aplicar um plano de gestão de ruído) e da MTD 12. (criar, aplicar e

rever regularmente um plano de gestão de odores);

4. Clarificação quanto à implementação das MTD 6.c) “Separar águas pluviais

não contaminadas do fluxo de águas residuais que necessitam de tratamento”

uma vez que não é esclarecido como é realizado o encaminhamento de águas

pluviais na documentação disponibilizada no âmbito do processo de AIA/PCIP;

5. Análise detalhada quanto ao cumprimento dos valores de Azoto total

excretado associado às MTD, presentes no quadro 1.1 das Conclusões MTD,

estabelecida pela Decisão de Execução (UE) 2017/302 da Comissão de 15 de

fevereiro de 2017 e, caso aplicável, procedimentos a adotar a fim de adequar

a instalação aos referidos valores;

6. Análise detalhada quanto ao cumprimento dos valores de fósforo total

excretado associado às MTD, presentes no quadro 1.2 das Conclusões MTD,

estabelecida pela Decisão de Execução (UE) 2017/302 da Comissão de 15 de

fevereiro de 2017 e, caso aplicável, procedimentos a adotar a fim de adequar

a instalação aos referidos valores;

7. Análise detalhada quanto ao cumprimento dos VEA às MTD no caso das

emissões de amoníaco para o ar provenientes de alojamentos de aves de

capoeira, presentes no quadro 3.1 das Conclusões MTD (vide MTD 31) e, caso

aplicável, procedimentos a adotar a fim de adequar a instalação aos referidos

VEA.

Serão ainda solicitados alguns elementos/esclarecimentos adicionais via

plataforma “SiliAMB”, decorrentes do processo de licenciamento ambiental a

decorrer, dado tratar-se de um processo integrado.

3

No âmbito da Avaliação de Impacte Ambiental (AIA)

1. PROJETO / EIA

Disponibilizar, em formato shapefile, com sistema de georreferenciação

ETRS_1989_TM06-Portugal, os seguintes elementos:

a) Delimitação da área do projeto;

b) Delimitação das parcelas que constituem o projeto;

c) Identificação e implantação do edificado existente e proposto, com a

indicação das áreas licenciadas e a licenciar;

d) Traçados da rede de viária interna, existente e proposta;

e) Traçados e elementos do sistema de drenagem, descarga e

armazenamento de Águas pluviais, existente e proposto;

f) Traçados e elementos do sistema de descarga e armazenamento dos

efluentes líquidos doméstico, existente e proposto;

g) Traçados e elementos do sistema de descarga e armazenamento dos

efluentes líquidos pecuários, existente e proposto;

h) Traçados e elementos do sistema de abastecimento de água e dos pontos

de captação de água, existente e proposto;

i) Implantação dos lugares de estacionamento existentes e propostos.

Solicitar uma nova versão do Relatório Síntese, em pdf, uma vez que a

disponibilizada contém alguns problemas de leitura, dificultando a eventual

futura consulta pública.

2. RECURSOS HÍDRICOS

Disponibilizar, em formato vetorial, os limites da propriedade, a implantação

das edificações existentes e previstas e respetivas infraestruturas de

abastecimento de água, de drenagem de águas residuais e pluviais, fossas,

acessos no interior da propriedade, curvas de nível, linhas de água

envolventes à zona industrial (ampliação e atual), REN, dados da planta –

paisagem – hipsometria, paisagem – linhas de festo e talvegues;

No ponto 6.3.6 do RS é referido que, “Na instalação avícola as águas residuais

domésticas são provenientes de 5 instalações sanitárias, localizadas na

unidade de fabrico de alimentos compostos, no CICO, no pavilhão 18 de

postura e nos pavilhões 13 e 14 de recria, as quais são encaminhadas através

das respetivas redes de drenagem, para retenção, armazenamento e

tratamento compostas por 5 fossas estanques…” e “São ainda geradas águas

residuais industriais provenientes das lavagens no CICO, as quais são

encaminhadas através da respetiva rede de drenagem, para retenção,

armazenamento e tratamento em 1 fossa estanque…”. Deverão ser

explicadas/apresentadas as redes de drenagem existentes para retenção,

armazenamento e tratamento, de cada um dos pavilhões. Deverão ainda,

4

uniformizar a designação (o número) dos pavilhões apresentados, uma vez

que estes não são coerentes em todos os documentos;

Da análise do 5º e 6.º parágrafo do ponto 6.3.6. do RS parece-nos concluir

que, a produção estimada de águas residuais industriais será de 87,97

m3/ano (35,10 m3/ano + 52,87 m3/ano) na limpeza do CICO e de lavagem

das águas produtivas (chorume) e que, a produção estimada de águas

residuais domésticas (instalações sanitárias) será de 70,72 m3/ano,

totalizando uma produção de águas residuais no valor de 158,69 m3/ano.

Deverão ser confirmados estes valores e referir o que fazer em caso de não

existir capacidade de armazenamento para as águas residuais aqui

produzidas;

É, ainda referido, no ponto 6.3.6 do RS que “…as águas confluem para fossas

sépticas estanques em rede interna enterrada, sendo posteriormente

recolhidas por entidade externa tendo como destino a valorização agrícola por

terceiros”. Deverá ser remetida uma planta de implantação com a

identificação da referida rede (como já referido no ponto 2) e, ser referido o

destino das referidas águas “recolhidas por entidade externa tendo como

objetivo a valorização agrícola por terceiros”;

No quadro 6.6 não foi preenchido o campo das observações para as fossas

com os seguintes id: ED4, ED7, ED12 e ED13; o mesmo deverá ser

preenchido;

Deverá ser referido, individualmente (por pavilhão), como é feita a limpeza e

respetiva drenagem das águas residuais daí resultantes;

Caracterizar qualitativamente os efluentes oriundos das lavagens dos

pavilhões avícolas;

Esclarecer quanto ao destino a dar às águas residuais oriundas do arco de

desinfeção de viaturas e demonstrar que o efluente daqui resultante é/não

compatível com o tratamento na fossa sética e posterior infiltração/não no

solo;

No ponto 6.3.7 do RS é referido que “As águas pluviais são direcionadas, de

forma difusa e para cotas inferiores, através da tendência natural dos terrenos

da instalação, verificando-se a sua infiltração natural no solo. Uma parte

destas águas é, ainda, encaminhada para uma rede de drenagem de águas

pluviais, composta por uma valeta não impermeabilizada, paralela e contígua

ao caminho interno principal, até à entrada da exploração, onde ocorre a

descarga das respetivas águas pluviais”. Face ao referido solicitamos o envio

de um cartograma onde esteja representada a referida rede de drenagem de

águas pluviais e a respetiva valeta não impermeável;

No ponto 6.3.8.1 do RS é referido que “A manutenção dos pavilhões é feita

com limpeza a seco 1x por semana e recolha dos dejetos 2 vezes por semana

(não há armazenamento ao ar livre). A limpeza final é feita a seco depois com

lavagem e desinfeção com água”. Deverá ser aprofundado/desenvolvido este

ponto;

5

No quadro 6.9, do ponto 6.3.8.8, do RS, é feita referência aos consumos

desagregados de água na instalação (estimativa). Solicitamos também, para

comparação, os consumos de água registados na exploração nos anos

transatos, com origem nas captações de águas subterrâneas (poderá ser

acrescentada esta informação no referido quadro supra);

Na figura 7.17 e 7.18, do ponto 7.4.2.1, do RS, deverá ser inserida a área

objeto de intervenção;

Avaliar o impacte cumulativo nos recursos hídricos decorrente da área

impermeabilizada associada ao projeto, quer ao nível da recarga do aquífero,

quer ao nível do aumento do escoamento superficial (possíveis inundações a

jusante);

Deverá ser referida a finalidade da captação de água subterrânea identificada

como ID1, no quadro 7.4 do ponto 7.4.2.2 do RS;

No ponto 7.4.3.1, do RS é referido que “A drenagem superficial do terreno de

implantação da instalação avícola não é direcionada para linhas de água,

devido a não existir nenhuma nas instalações”. No ponto 7.4.3.2, é referido

que “A área envolvente da instalação carateriza-se, de um modo geral, por

um reduzido relevo. Na propriedade onde se insere a instalação, as cotas

altimétricas oscilam entre os 46 metros e os 80 metros”. No ponto 7.4.3.2,

do mesmo documento, é referido que “A área de estudo apresenta uma rede

de cursos de água, subafluentes e afluentes do Rio Arunca que não possuem

denominação, consistindo em escorrências do terreno, em regime torrencial,

apenas apresentando algum escoamento nos meses de maior pluviosidade”.

Face ao aqui exposto, convém referir o seguinte: da análise das cotas

apresentadas, parece-nos que a área objeto de intervenção apresenta algum

declive (pelo que, solicitamos as curvas de nível, em formato vetorial, para

confirmar esta situação); a área impermeabilizada irá aumentar com a

ampliação do projeto e consequentemente a escorrência superficial; serão

grande parte, dos referidos cursos de água, os recetores destas águas de

escorrência; a DIA faz referência a uma situação desta natureza, em que

refere o seguinte “Salvaguarda, em todos os seus domínios, da linha de água

existente a zona Sul da propriedade”. Face ao exposto, deverão ser

desenvolvidas/justificadas as referências supracitadas;

Quando é feita referência à Região Hidrográfica do Vouga, Mondego e Lis

(RH4A), deverá ser esta designação a utilizar. Verificamos que não existe

uniformidade, desta designação, em todo o RS;

Deverão ser indicadas as áreas dos pavimentos a lavar (para produção de

chorume) e para onde será feito o seu armazenamento, indicando a fossa em

causa;

Apresentar declaração da Entidade Gestora do sistema público de drenagem

e tratamento de águas residuais que, garanta a receção dos efluentes

domésticos produzidos na unidade pecuária e que, identifique a ETAR de

destino, bem como, as condições de admissão do efluente no sistema público;

6

Elementos que demonstrem que a ETAR da unidade de abate e transformação

de aves dispõe de capacidade para receber o efluente em causa;

Verificamos que as designações numéricas dadas aos pavilhões não coincidem

nos documentos remetidos. Esta situação deverá ser uniformizada;

Deverá ainda, ser feita referência à vulnerabilidade, à poluição, na zona em

estudo, identificando as principais fontes potenciais de poluição das massas

de água;

Deverá ser mencionada a duração prevista para a fase de construção da obra,

ressalvando-se o facto de, já terem sido iniciados os trabalhos objeto de

ampliação. Neste sentido, solicita-se a explicitação concreta das ações já

realizadas no terreno;

Deverá ser indicada a área impermeabilizada existente e a impermeabilizar

(por “pavilhão”), conforme solicitado na reunião, bem como o respetivo índice

de impermeabilização do solo associado;

Indicar os volumes de escavação e de aterro previstos no âmbito da

implementação do projeto de ampliação;

Caracterizar o nível freático local, tendo por base as captações de água

subterrânea existentes na propriedade;

Indicar os afastamentos das captações de água subterrânea às fossas

existentes;

Avaliar a possibilidade de executar os acessos no interior da exploração em

material permeável ou semipermeável, em detrimento da área

impermeabilizada prevista para o efeito;

Deverá ser apresentado/demonstrado o cumprimento das condicionantes

impostas pela DIA emitida em 19 de maio de 2010;

O EIA não prevê a implementação de qualquer Plano de Monitorização no

âmbito dos Recursos Hídricos subterrâneos e superficiais, o que deve ser

equacionado;

Atendendo à origem da água, para o abastecimento às instalações, e às

características do sistema aquífero subjacente à área do projeto, deverá

prever-se a reutilização da água pluvial não contaminada, nomeadamente a

oriunda das coberturas dos edifícios, em usos compatíveis (lavagem das

instalações, lavagem de viaturas, rede de incêndios, entre outros), tendo em

vista a minimização dos consumos previstos, concorrendo assim para

cumprimento das metas preconizadas no Programa Nacional para o Uso

Eficiente da Água 2012-2020;

Deverá ser referido, individualmente (pavilhão a pavilhão) qual/quais a/s

fossa/s que os apoiam;

No ponto 6.2 do RS, é referido que, no capítulo 8.15, se apresenta a análise

de impactes expectáveis da desativação da instalação, contudo o capítulo

correto é o 8.17, pelo que deverá ser corrigido;

7

Aquando da eventual desativação da exploração, o proponente deverá

elaborar previamente o respetivo plano de desativação;

Deverá ser esclarecido se, os “parques” de armazenamento de resíduos e

subprodutos se situam dentro de um pavilhão/edifício coberto ou não;

Nos termos da legislação em vigor, as entidades públicas gestoras dos

sistemas de drenagem de águas residuais devem possuir um Regulamento

próprio que estabeleça as condições de descarga de águas residuais

industriais nos referidos sistemas públicos. Neste sentido, importa esclarecer

se já existe o referido regulamento. Caso não exista, de que forma será

assegurado que, a receção dos efluentes industriais, na rede pública a

implementar na área de intervenção, cumprirá com os parâmetros de

qualidade admissíveis na mesma. Na página 157 do Relatório Técnico, o

estudo refere que, após visita ao local não se verificou a presença de

quaisquer linhas de água, pelo que se considera que as verificadas na Carta

Militar serão apenas linhas de drenagem de um regime torrencial, com caudal

pouco representativo mesmo nos meses húmidos de Inverno.

Na página 158, do mesmo documento, é referido que na propriedade se

verifica a existência de uma linha de água de caráter temporário,

apresentando caudal apenas nos meses do ano com maior intensidade de

precipitação.

O estudo deve esclarecer, com recurso a identificação em Carta Militar, qual

a linha de água a que se refere.

3. Ruído

a) Não foi apresentado o relatório de ruído nem devidamente justificada a sua

ausência. A caraterização acústica do local foi integrada na planta de

Zonamento Acústico e Zonas de Conflito que por si só, na ausência do mapa

de ruído do município de Pombal, é pouco esclarecedora;

b) Não está suficientemente explícito/quantificado o número e regime de

funcionamento dos equipamentos eletromecânicos (ventiladores) afetos à

exploração. Não foi equacionada a possibilidade e as condições de

funcionamento simultânea e o respetivo impacte;

c) As fontes de ruído que constam no capítulo 7.6 – Ambiente Sonoro, referem

que “… o ruído gerado na instalação avícola é dominante ao ruído da

Autoestrada A1”, no entanto a situação deve ser analisada no contexto dos

recetores sensíveis, isto é, qual o impacte dominante junto dos recetores

próximos;

d) O subcapítulo 8.6.2 – Impactes na Fase de Exploração – refere por lapso o

quadro 6.10 como o local onde está descriminado o tráfego rodoviário na

fase de exploração. Aparentemente deveria ser o quadro 6.3.10. Por outro

lado, os quantitativos também não são coerentes. No entanto, se

considerarmos os valores apresentados neste último quadro, 72 veículos por

semana, verifica-se uma significativa circulação de carros pesados nos

8

núcleos de recetores sensíveis próximos, sem ter sido feita a avaliação do

respetivo impacte sonoro;

e) Deve ser apresentado o circuito efetuado pelo movimento rodoviário gerado

pela atividade.

4. QUALIDADE DO AR

a) Apresentação de uma imagem de satélite com indicação dos acessos

rodoviários utilizados pelos veículos afetos à instalação avícola e indicação

dos recetores sensíveis mais próximos;

b) Apresentação de uma avaliação do contributo das emissões gasosas

associadas ao tráfego rodoviário afeto à atividade da instalação avícola e

avaliação das emissões afetas ao tráfego que circula na área envolvente da

instalação;

c) Correção da Tabela 7.27, pág. 152 do Relatório Síntese, nomeadamente no

que diz respeito às margens de tolerância para cumprimento dos valores

limite definidos legalmente no âmbito da qualidade do ar ambiente, cujo

diploma em vigor é o Decreto-Lei nº 47/2017, de 10 de maio, porquanto

para os poluentes referidos presentemente não existem margens de

tolerância. Destaca-se que, deverá ser acrescentada nesta tabela o poluente

atmosférico ozono, por ser um dos principais poluentes na avaliação da

qualidade do ar ambiente.

5. SAÚDE

Em virtude de os odores provenientes deste tipo de exploração serem um grande

causador de impacto ambiental e tendo em consideração a pretensão do

aumento da capacidade, irá ocorrer um aumento significativo na produção de

resíduos (estrumes). Solicita-se, pois, no que diz respeito ao plano alternativo

na gestão de resíduos, caso a compostagem entre em colapso (por avaria ou por

incapacidade de resposta), a apresentação de um plano de tratamento de

resíduos em caso de falha do centro de compostagem (plano de contingência).

6. ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

De acordo com o processo instruído, o projeto consiste na regularização de uma

exploração avícola em atividade, quer relativamente ao efetivo pecuário quer

relativamente ao edificado, compreendendo também o projeto a ampliação das

instalações, a realizar. Por outro lado, trata-se de uma exploração, que se

desenvolve noutras vertentes, designadamente a inspeção e classificação de

ovos (CICO), a produção de rações para autoconsumo e a produção de composto

orgânico derivado da compostagem de estrumes.

Apesar da descrição da evolução da exploração, incluindo o processo de

regularização da exploração e do CICO, ao abrigo do Decreto-lei nº 165/2014 de

5 de novembro (RERAE) tramitado entre 2015 e 2017, não é claramente

informado se a existe de facto algum licenciamento municipal de construção e/ou

de utilização do edificado já construído, designadamente, no seguimento das

9

deliberações constantes das atas das Conferencias Decisórias realizadas em

2017.09.26, sobre a regularização da exploração e do CICO, no âmbito do

RERAE.

Por outro lado, a Plantas de Implantação (Desenho EIA-AV-CAMPOVO-04 e EIA-

AV-CAMPOVO-04b do Volume III – Peças Desenhadas), não articulam da melhor

forma a numeração constante dos polígonos de implantação dos vários edifícios

e das restantes infraestruturas com as respetivas legendas.

a) Solicita-se o fornecimento de uma planta de implantação que ilustre a

evolução do edificado da exploração (incluindo o CICO, a fábrica de rações

e a compostagem) nas fases, inicial (a que corresponde a licença de

exploração), do RERAE e a atual, mostrando em cada fase, o edificado

existente a regularizar e a construir;

b) Para efeitos da georreferenciação, solicita-se o fornecimento da shapefile da

totalidade da área do Projeto e das poligonais do edificado existente e a

construir, bem como das áreas impermeáveis não cobertas, no sistema de

Coordenadas TM-06/ETRS89;

Sobre a totalidade da área do Projeto vigora atualmente, como IGT aplicável,

a 1ª Revisão do PDM de Pombal, publicada no Diário da República, 2ª Série, nº

71, de 2014.04.10, pelo Aviso nº 4945/2014 do Município de Pombal.

Este Plano conta com diversas alterações, sendo de salientar que face à

ocorrida em 2017 e referida no Quadro 5.1 e item 7.11.2.3 do Relatório Síntese

(RS), houve posteriormente mais três alterações, a saber:

Alteração, publicada no Diário da República, 2ª série, nº 149, de

2019.08.06, pelo Aviso nº 12533/2019, do Município de Pombal;

Alteração, por adaptação, publicada no Diário da República, 2ª série,

nº 200, de 2019.10.17, pelo Aviso nº 16625/2019, do Município de

Pombal;

1ª Alteração (de natureza regulamentar) publicada no Diário da

República, 2ª série, nº 215, de 2019.11.08, pelo Aviso nº 17757/2019,

do Município de Pombal.

c) Assim, no seguimento destas alterações, e em particular da mais recente,

terá que ser reformulado o item 8.11.2.2 do RS, uma vez que aquelas

incidiram, também, sobre o Art.º 59º, devendo também ter em atenção o

disposto no Art.º 48º-A, introduzido com esta alteração. A alteração

introduzida em 2019.08.06 não é, a priori, aplicável ao caso, uma vez que

não se demonstrou que a exploração (e o CICO) tenha efetuado a

regularização no âmbito do RERAE, nos termos definidos nas respetivas atas

das conferências decisórias;

d) Deve ser fornecida a implantação do projeto em todas as plantas em que se

desdobram a Planta de Ordenamento e a Planta de Condicionantes da 1ª

Revisão do PDM de Pombal;

10

e) Encontrando-se o novo edifício da compostagem (polígono 17 nas plantas

de implantação) inserido em área com classificação de perigosidade de

incêndio florestal, baixa, alta e muito alta, conforme Plano Municipal de

Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI) de Pombal (item 8.11.2.3 do

RS), não obstante tratar-se de uma matéria da competência da Câmara

Municipal de Pombal, deverá ser verificada a compatibilidade do edifício com

aquele Plano, atento o disposto no Art.º 16º do Decreto-Lei nº 124/2006, de

28 de junho (Sistema Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios), com

a redação em vigor, designadamente a introduzida pelo Decreto-Lei nº

14/2019, de 21 de janeiro.

7. SOLO E USO DO SOLO

Identificar a percentagem das capacidades de uso dos solos C, D e E, presentes

na área da exploração (175.348,00 m2), se possível, juntando planta ilustrativa.

8. GEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA

No capítulo sobre sismicidade é feito o enquadramento no RSAEEP, que está algo

desatualizado, pelo que a área de estudo deveria ser enquadrada no zonamento

sísmico mais recente, definido no Anexo Nacional do Eurocódigo 8, com

referência às respetivas ações sísmicas.

9. SOCIO ECONOMIA

1. Não se encontrou uma estimativa do investimento associado a este projeto,

nem uma estimativa da duração da fase de construção e o n.º de

trabalhadores a envolver nessa frase e a admitir na fase de exploração,

quando a capacidade instalada for maior;

2. Sugere-se que seja descrita, de uma forma mais detalhada, a solução

preconizada para a parte do terreno não ocupada com as edificações e os

acessos internos da exploração avícola (assunto abordado nas páginas 318

a 320 do RS, mas na ótica da gestão do combustível). Sugere-se ainda que

seja ponderada a possibilidade de aproveitamento de parte dessa área para

produção de energia solar fotovoltaica (embora isso obrigue a alteração ao

procedimento ou a um procedimento específico futuro);

3. No que respeita ao desemprego, devem ser recolhidos e analisados os dados

mensais disponibilizados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional

(IEFP), devendo verificar-se se já revelam o efeito da crise pandémica;

4. A um nível de detalhe, detetaram-se as seguintes imprecisões:

No quadro 5.1 (página 21), há um lapso de referência ao PROF do

Ribatejo, que aí mesmo é mencionado como sendo o PROF do Centro

Litoral;

As referências a Caranguejeira (páginas 231 e 240 do RS) devem dizer

respeito a Almagreira.

11

10. RESUMO NÃO TÉCNICO (RNT)

De referir apenas que, embora se tenha procurado fornecer ao público uma boa

informação para a consulta, dificilmente um RNT com 71 páginas se pode

considerar um resumo. Aliás, a extensão deste documento está em contradição

com os critérios de boas praticas para o RNT, publicado pela APA em 2008, que

indica um máximo de 20 páginas, excluindo cartografia. Assim, deverá este

documento ser sintetizado.

O novo RNT deverá respeitar e integrar todas as reformulações também tidas

como necessárias para o Relatório Síntese.

No âmbito da Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (PCIP)

Módulo II – Memória Descritiva

1. Relativamente à atividade de fabrico de alimentos para animais de criação

(CAERev3 10912), desenvolvida na Unidade de Fabrico de Alimentos

Compostos para Animais de Criação, solicita-se apresentação dos cálculos da

capacidade de produção da instalação (expressa em t/dia), entendida como a

capacidade produtiva de uma instalação para um período de laboração de 24

horas, 365 dias por ano, independentemente do seu regime, turnos, horário de

laboração ou valor da produção efetiva para resposta à procura do mercado da

atividade de fabrico de alimentos para animais de criação operador.

2. Relativamente à atividade de fabrico adubos orgânicos e organominerais

associado à unidade de compostagem (CAERev3 20152) e com vista a avaliar

a abrangência da atividade da instalação pelo diploma REI, solicita-se indicação

da capacidade instalada para o desenvolvimento desta atividade, tendo em

conta que por capacidade instalada se entende a capacidade máxima de

sujeição dos resíduos a tratamento (i.e., input de resíduos, à entrada do

processo tratamento) em cada unidade, para um período de laboração de vinte

e quatro horas, 365 dias por ano, expressa em t/dia, independentemente do

seu regime de funcionamento, turnos, horário de laboração, ou valor do

tratamento efetivo para resposta à procura do mercado. A capacidade instalada

deverá ser determinada com base nas capacidades máximas de cada

equipamento e/ ou respetivas linhas de tratamento devendo, contudo, ser

considerados, os constrangimentos técnicos decorrentes do processo,

identificando-os. A informação a apresentar deve ser devidamente justificada,

com os respetivos cálculos, apresentando para o efeito o número de pilhas de

compostagem, as áreas a alturas associadas a cada uma delas, densidade

média dos resíduos, bem como os tempos de retenção necessários para o

processo.

3. Completar o Quadro Q03, a fim de incluir o consumo de gasóleo, pelo que se

devolve formulário a fim de corrigirem em conformidade.

4. Completar o Quadro Q07A, a fim de incluir o consumo de água das captações,

pelo que se devolve formulário a fim de corrigirem em conformidade.

12

5. Completar a listagem de máquinas e equipamentos apresentada, congregando

a totalidade de máquinas e equipamentos instalados/ a instalar (quantidade e

designação), de acordo com a documentação apresentada no âmbito do

processo de licenciamento ambiental (por ex. n.º de fossas estanque, n.º de

tanques e silos para ração, n.º de caldeiras de aquecimento, n.º de geradores

de emergência, n.º de depósitos de água, novos equipamentos na linha de

produção do CICO, etc.). Refira-se que o ponto 10.18.2. “Listagem de

máquinas/equipamento a instalar” do documento

“Projeto_Alteração_NREAP_ARedondos_2020_final” (pág. 39) não apresenta

qualquer listagem de máquinas/ equipamento, mas sim informação relativa a

energia, pelo que deverá ser corrigido.

Módulo III – Energia

6. Confirmação do número de geradores de emergência existentes (2) e indicação

do combustível utilizado, do seu consumo anual estimado (litros/ano) e da

capacidade de armazenamento do combustível (referindo se se trata de

depósito do próprio gerador ou de depósito independente).

7. Apresentação de cópias das licenças de armazenagem dos depósitos de

combustíveis utilizados na instalação (GPL, gasóleo).

8. Indicação clara relativa à biomassa utilizada nas caldeiras, uma vez que a

memória descritiva – MD (“LUA2_II_MD_CMP_AR_final”, pág. 12) só refere

pellets e o documento “Projeto_Alteração_NREAP_ARedondos_2020_final”

(pág. 53) refere estilha, casca de pinheiro, serrim, e pellets e o documento

“RESUMO_NAO_TECNICO_VF” (pág. 26) refere aparas de madeira.

Módulo IV – Recursos Hídricos

Água de Abastecimento

9. Os Títulos de Utilização de Recursos Hídricos (TURH) das captações

subterrâneas AC1, AC2 e AC3 preveem que a água captada seja utilizada para

consumo humano, dado que não existe rede pública de abastecimento de água.

Assim, o titular compromete-se a cumprir com as normas aplicáveis do

Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto, com as alterações introduzidas pelo

Decreto-Lei n.º 152/2017 de 7 de dezembro, que regula a qualidade da água

destinada a consumo humano, designadamente a verificação do cumprimento

dos valores paramétricos fixados, devendo ser enviadas cópias dos relatórios

de controlo da qualidade da água.

10. Esclarecimento relativamente os métodos utilizados no tratamento e desinfeção

da água, uma vez que a LA n.º 442/0.0/2012 de 18 de outubro de 2012, indica

a existência de um tratamento complementar por UV e a documentação

apresentada no âmbito do processo de licenciamento em curso refere somente

o tratamento da água captada com hipoclorito de sódio. Refira-se que o

Relatório n.º 532/AMB/18 da inspeção realizada pela IGAMAOT a 23/05/2018,

indica igualmente a existência de tratamento de filtração e lâmpadas

ultravioletas.

13

11. De acordo com o Relatório n.º 532/AMB/18 da inspeção realizada pela

IGAMAOT a 23/05/2018, verificou-se que foi ultrapassado o limite anual para o

volume de extração de água (20.000 m3) atribuído pelo TURH ao serem

captados 24.435 m3 na captação AC3, encontrando-se, assim, o operador em

incumprimento. Sobre este aspeto alerta-se que, caso se pretenda utilizar um

volume máximo superior ao permitido, deverá solicitar-se a devida autorização

junto da APA/ARH, caso não esteja contemplado no processo de licenciamento

em curso. De facto, no documento

“Projeto_Alteração_NREAP_ARedondos_2020_final” (pág. 48) é referido que se

pretende introduzir alterações ao TURH da captação AC3, no entanto, não é

claro de que alterações se tratam, pelo que se solicita esclarecimento sobre

esta matéria.

12. Esclarecimento sobre eventual pedido de alteração/atualização dos atuais

TURH, para a capacidade de exploração de 6601,48 aves (cabeças normais),

uma vez que os TURH abrangem apenas 2636 aves (cabeças normais), bem

como atualização do TURH da captação subterrânea AC1, uma vez que esta só

é válida até ao fim do prazo da LA n.º 442/0.0/2012 de 18 de outubro de 2012,

pelo que em resposta ao pedido de elementos deverá demonstrar que foi

solicitada a alteração dos três TURH.

13. Declaração atualizada (2021) da entidade gestora do sistema público de

abastecimento a declarar a impossibilidade de acesso à rede pública de

abastecimento de água.

14. Indicação do número total de depósitos de água e suas volumetrias (m3), uma

vez que a LA n.º 442/0.0/2012 de 18 de outubro de 2012, indica a existência

de um depósito principal de água (150 000 l) localizado junto à unidade

compostagem e a existência em cada pavilhão avícola de um depósito de 1000

l que receciona a água proveniente do depósito principal de água e na MD refere

que o presente projeto contempla como novos elementos 2 depósitos de água

de abastecimento das áreas produtivas (implantados) com a capacidade de 100

m3/cada, não fazendo menção aos depósitos mencionados na LA, nem a

eventual depósito a colocar no novo pavilhão de postura para receção da água

proveniente dos depósitos principais.

15. Indicação do número total de depósitos de água e suas volumetrias (m3)

associados aos sistemas de arrefecimento e de recirculação de água existentes

nos pavilhões.

16. Apresentação de planta, à escala adequada, da rede de abastecimento de água,

com diferenciação, a cores, das redes de abastecimento das três captações

subterrâneas e a localização dos depósitos de armazenamento de água

captada.

17. Apresentação de memória descritiva pormenorizada das redes de abastecimento

de água, assim como do tratamento da mesma, que confirme a representação

em planta. Para efeitos de abastecimento de água, a memória descritiva deverá

ser elaborada desde a origem da água até todos os edifícios/infraestruturas

abastecidos (indicando as respetivas finalidades). Da memória descritiva deverá

14

também constar a totalidade dos depósitos de armazenamento de água das

captações AC1, AC2 e AC3 (e respetivas volumetrias), associados a cada uma

das finalidades.

Águas Residuais

18. Indicação do encaminhamento a sistema de tratamento adequado das águas

residuais produzidas no sistema de desinfeção de viaturas (arco de desinfeção)

e reformulação do Quadro Q23 do formulário LUA, em conformidade.

19. Apresentação de declaração da entidade gestora da rede pública de

saneamento, comprovativa da impossibilidade de ligação ao sistema público de

drenagem e tratamento de águas residuais.

20. Apresentação de comprovativo/ declaração da entidade gestora da rede pública

de saneamento atestando a possibilidade de recolha e transporte para

tratamento das águas residuais domésticas provenientes das fossas séticas

estanques.

21. Esclarecimento relativo ao número de fossas sépticas estanques dedicadas às

águas residuais resultantes da atividade pecuária, efetivamente existentes,

uma vez que na MD (pág. 30) se refere que “No total existem 5 fossas

domésticas na instalação e 1 industrial distribuídas e com as características

apresentadas no Quadro 5”, no entanto, no Quadro 5 “Resumo das fossas

existentes na instalação” (pág. 30 e 31) são apresentadas 12 fossas séticas

estanques para efluentes industriais (ED3, ED4, ED6, ED7, ED9, ED11, ED12,

ED13, ED14, ED15, ED16 e ED17) e no documento “Plano de Gestão de

Efluentes Pecuários NREAP n.º 16386/04/C” (pág. 10) se refere que as águas

de lavagem serão encaminhadas para 7 fossas sépticas estanques, sendo

apresentado um quadro com 9 fossas (“Quadro 1 – Resumo das fossas de

chorume existentes na instalação”), do qual não constam as fossas ED13, ED16

e ED17. Por outro lado, no “Quadro 1 – Gestão de Subprodutos produzidos no

estabelecimento”, do documento “Produção e armazenamento de resíduos e

subprodutos na instalação” (pág. 2), são somente indicadas 7 fossas dedicadas

à receção de chorume (ED3, ED4, ED6, ED7, ED9, ED11 e ED12).

22. Esclarecimento relativamente ao tempo de permanência dos efluentes

pecuários nas fossas estanques, uma vez que no documento “Plano de Gestão

de Efluentes Pecuários NREAP n.º 16386/04/C” (pág. 10) se refere que “Após

a retenção mínima de 90 dias, estas são encaminhadas para valorização

agrícola por terceiros (…)” e na MD (pág. 30) se refere que “(…) são

armazenadas em fossas estanques dedicadas, com retenção por períodos

mínimos de 45 dias, após o que são retiradas e encaminhadas para valorização

agrícola por terceiros no exterior do estabelecimento”.

23. Preenchimento dos quadros do formulário LUA referentes às águas residuais,

pelo que se devolve formulário a fim de corrigirem em conformidade.

24. Apresentação de planta, à escala adequada, com a localização de todas as fossas

sépticas existentes, assim como da respetiva rede de drenagem das águas

15

residuais domésticas e das águas resultantes da atividade pecuária, desde os

edifícios geradores dos respetivos efluentes até cada um dos destinos finais.

25. Esclarecimento relativamente à existência de rede de drenagem de águas

pluviais e ao encaminhamento destas águas.

26. No seguimento da questão anterior, apresentação de planta, à escala adequada

e de memória descritiva pormenorizada relativa à totalidade da rede de

drenagem águas pluviais (contaminadas ou não) da instalação, com indicação

desde a sua origem aos pontos de descarga, caracterizando os dispositivos e

respetivo meio de descarga.

Módulo V – Emissões

27. Indicação se as fontes fixas possuem ou se está prevista a instalação de sistema

ou medidas de tratamento/ redução das emissões para a atmosfera. Em caso

afirmativo, solicita-se o devido preenchimento completo dos quadros Q30 e

Q31, pelo que se devolve formulário a fim de corrigirem em conformidade.

Módulo VI – Resíduos produzidos

28. Apresentação de planta, à escala adequada, com a localização dos parques de

armazenamento temporário de resíduos.

29. Relativamente às vacinas administradas às aves, solicita-se indicação da forma

de administração enumerando os resíduos gerados (seringas, agulhas) e

respetivos códigos LER. Caso aplicável, solicita-se a reformulação dos Quadros

Q32 e Q33A, devolvendo-se formulário LUA, a fim de corrigirem em

conformidade.

30. Indicação se na instalação são gerados resíduos metálicos. Em caso afirmativo,

solicita-se a reformulação dos Quadros Q32 e Q33A devolvendo-se formulário a

fim de corrigirem em conformidade. Refira-se que, de acordo com o com o MIRR

2020 e o Relatório n.º 532/AMB/18 da inspeção realizada pela IGAMAOT a

23/05/2018 a instalação produz resíduos metálicos.

31. Apresentação de cópia do certificado de registo de produtor de produtos

abrangidos por fluxos específicos de resíduos, atendendo a que são produzidos

resíduos de embalagem no processo produtivo e colocados produtos embalados

no mercado nacional, encontrando-se a instalação abrangida pelo disposto no

Decreto-Lei n. º 152-D/2017, de 11 de dezembro.

Módulo VIII – Ruído

32. Análise quanto a medidas para a minimização de ruído, atendendo à

proximidade da instalação a áreas residenciais.

Módulo XII – PCIP

33. Relativamente às MTD implementadas e previstas implementar, foi utilizado o

documento Excel “Sistematização das MTD aplicáveis às instalações PCIP”,

tendo sido apresentada a informação “Após emissão do TUA atualizado” como

calendarização para algumas das medidas que se prevê implementar ou avaliar.

16

A este propósito alerta-se que o BREF IRPP com decisão de execução (UE)

2017/302 da Comissão de 15 de fevereiro de 2017 que estabelece conclusões

sobre as MTD para a criação intensiva de aves de capoeira ou de suínos, nos

termos da Diretiva 2010/75/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, é de

aplicação obrigatória desde 15 de fevereiro de 2021, devendo ser adotadas, pelo

operador da instalação PCIP, as técnicas aplicáveis, logo que se inicie o período

de exploração. Atendendo a que o operador é detentor da LA n.º 442/0.0/2012,

válida até 18 de outubro de 2021, as MTD de referência para o setor de

atividade, tendo em consideração critérios de aplicabilidade e relevância para a

instalação já deveriam encontrar-se implementadas desde fevereiro de 2021,

dando cumprimento aos VEA estabelecidos na referida Decisão. Assim deverá

rever o documento “Sistematização das MTD”, incluindo a calendarização de

cada MTD, assim como indicação dos VEA que se propõe cumprir para cada caso

em concreto.

34. Clarificação quanto à implementação das MTD 12.i, 12.ii e 12.v (medidas

integrantes de um Plano de Gestão de Odores), uma vez que se indica como

“não é aplicável” a MTD 1.11 “Aplicação de um plano de gestão de odores”.

35. 35. Reavaliação da implementação da MTD 9 (criar e aplicar um plano de gestão

de ruído) e da MTD 12. (criar, aplicar e rever regularmente um plano de gestão

de odores), atendendo à proximidade da instalação avícola a áreas residenciais/

recetores sensíveis (aglomerado urbano de Aldeia dos Redondos e povoamentos

de Reis e Charneca de Reis).

36. Clarificação quanto à implementação das MTD 6.c) “Separar águas pluviais não

contaminadas do fluxo de águas residuais que necessitam de tratamento” uma

vez que não é esclarecido como é realizado o encaminhamento de águas pluviais

na documentação disponibilizada no âmbito do processo de AIA/PCIP.

37. Análise detalhada quanto ao cumprimento dos valores de Azoto total excretado

associado às MTD, presentes no quadro 1.1 das Conclusões MTD, estabelecida

pela Decisão de Execução (UE) 2017/302 da Comissão de 15 de fevereiro de

2017 e, caso aplicável, procedimentos a adotar a fim de adequar a instalação

aos referidos valores.

38. Análise detalhada quanto ao cumprimento dos valores de fósforo total excretado

associado às MTD, presentes no quadro 1.2 das Conclusões MTD, estabelecida

pela Decisão de Execução (UE) 2017/302 da Comissão de 15 de fevereiro de

2017 e, caso aplicável, procedimentos a adotar a fim de adequar a instalação

aos referidos valores.

39. Análise detalhada quanto ao cumprimento dos VEA às MTD no caso das

emissões de amoníaco para o ar provenientes de alojamentos de aves de

capoeira, presentes no quadro 3.1 das Conclusões MTD (vide MTD 31) e, caso

aplicável, procedimentos a adotar a fim de adequar a instalação aos referidos

VEA.

40. Clarificação quanto ao uso de bacias de retenção nos recipientes de

armazenamento de substâncias químicas que são utilizadas na instalação para

a limpeza e desinfeção dos pavilhões e equipamentos.

17

41. Identificação do GPL na avaliação da necessidade de elaboração do relatório de

base (documento “LUA19_X_PCIP_CMP_AR_SP_final”).

Alerta-se ainda que, os esclarecimentos e as correções supramencionadas deverão

ser vertidos nas diferentes peças instrutórias com informação coerente.

Agência Portuguesa do Ambiente, I.P.

! No caso de algum dos pontos do presente pedido de elementos não seja respondido, deve ser apresentada a respetiva justificação.

A entrega dos elementos deve ser acompanhada de um documento em formato PDF com as respostas aos pontos solicitados e indicação do(s) respetivo(s) anexo(s), nos pontos onde existam. O(s) anexo(s) devem ser separados do ficheiro de resposta. O ficheiro de resposta deve ser anexado ao formulário utilizando uma ou mais

finalidades de anexo existentes.

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