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68 Julho Agosto Setembro 2012 Associação Portuguesa da Cortiça APCOR NOTÍCIAS | p. 2, 3, 4 e 5 Gala Anual da Cortiça homenageou sete personalidades A 3ª Edição da Gala Anual da Cortiça que decorreu no Edifício da Alfândega do Porto reuniu mais de 250 pessoas que se encontraram para celebrar mais um momento do sector. Sete fo- ram os prémios atribuídos a entidades e personalidades que têm desenvolvido trabalhos distin- tos em prol da fileira da cortiça. Cork é o nome da campanha de promoção da cortiça que começou a ser desenvolvida em Espanha. “Cortiça preserva as coisas boas” será o mote do projecto, inspirado no InterCork – Promoção Internacional da Cortiça, desenvolvido pela APCOR. | p. 6 Cork promove cortiça em Espanha Num estudo desenvolvido em Espanha, 92 por cento dos inquiridos afirma preferir a cortiça para vedar as garrafas de vinho e cava. 86 por cento considera, ainda, que a cortiça preserva melhor as propriedades do vinho. | p. 7 Espanhóis preferem a cortiça A APCOR criou um Gabinete de Inserção Profissional (GIP), na Caso do Povo, em Santa Maria de Lamas. Este espaço pretende apoiar jovens e adultos desempregados na procura de emprego, em cooperação com o Centro de Emprego de São João da Madeira. | p. 9 APCOR abre GIP

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Assoc iação Por tuguesa da Cor t iça

APCORNOTÍCIAS

| p. 2, 3, 4 e 5

Gala Anual da Cortiça homenageou sete personalidadesA 3ª Edição da Gala Anual da Cortiça que decorreu no Edifício da Alfândega do Porto reuniu mais de 250 pessoas que se encontraram para celebrar mais um momento do sector. Sete fo-ram os prémios atribuídos a entidades e personalidades que têm desenvolvido trabalhos distin-tos em prol da fileira da cortiça.

Cork é o nome da campanha de promoção da cortiça que começou a ser desenvolvida em Espanha. “Cortiça preserva as coisas boas” será o mote do projecto, inspirado no InterCork – Promoção Internacional da Cortiça, desenvolvido pela APCOR.| p. 6

Cork promove cortiça em Espanha

Num estudo desenvolvido em Espanha, 92 por cento dos inquiridos afirma preferir a cortiça para vedar as garrafas de vinho e cava. 86 por cento considera, ainda, que a cortiça preserva melhor as propriedades do vinho. | p. 7

Espanhóis preferem a cortiça

A APCOR criou um Gabinete de Inserção Profissional (GIP), na Caso do Povo, em Santa Maria de Lamas. Este espaço pretende apoiar jovens e adultos desempregados na procura de emprego, em cooperação com o Centro de Emprego de São João da Madeira.| p. 9

APCOR abre GIP

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Propriedade: APCOR – Associação Portuguesa da CortiçaPresidente: João Rui Ferreira · Director Geral: Joaquim Lima Coordenação e Redacção: Cláudia GonçalvesGrafismo e Impressão: Plenimagem Periodicidade: Trimestral · Tiragem: 1200 exemplares · Distribuição: GratuitaContactos: Av. Comendador Henrique Amorim, nº 580Apartado 100, 4536-904 Santa Maria de Lamas, PortugalT.: + 351 227 474 040 - Fax: + 351 227 474 049E-mail: [email protected] – www.apcor.pt

Ficha técnica Direitos de Autor e reprodução da informação – A informação divulgada no Notícias APCOR é propriedade da APCOR, podendo ser reproduzida, na sua totalidade ou parcialmente, desde que seja assegurada a respectiva indicação da fonte.

Feiras de Vinho

Feiras de Materiais de Construção

Outras Feiras/Eventos

Feira Data Local Web-site

Moscow International Wine Expo

22 de Outubro de 2012

Rússia www.moswineexpo.com/

WineFair 1 a 3 de Novembro de 2012

China www.winefair.org.cn/en/

Vinitech 27 a 29 de Novembro de 2012

França www.vinitech.fr/

Brasil International Wine Fair

19 a 21 de Março de 2013

Brasil www.brasilwinefair.br.com/

Prowein 24 a 26 de Março de 2013

Alemanha www.prowein.com

Feira Data Local Web-site

The Big Five 5 a 8 de Novembro de 2012

Emiratos Árabes Unidos

www.thebig5.ae/

Domotex 12 a 15 de Janeiro de 2013

Alemanha www.domotex.de/home

BAU 14 a 19 de Janeiro de 2013

Alemanha www.bau-muenchen.com/en/Home

Blue Bat 19 a 22 de Fevereiro de 2013

França http://lyon.bepositive-events.com/bluebat

Feicon Batimat 12 a 16 de Março de 2013

Brasil www.feicon.com.br/

Feira Data Local Web-site

Jantar de Natal APCOR

14 de Dezembro de 2012

Espinho www.apcor.pt

Sobreiro – Árvore Nacional de Portugal

22 de Dezembro de 2012

Portugal www.parlamento.pt/ActividadeParlamentar/Paginas/DetalheIniciativa.aspx?BID=36561

.2 APCORNOTÍCIAS EDITORIAL

EDITORIAL

A realização da 3ª Gala Anual da Cortiça cumpriu-se, tendo concretizado os prin-

cípios que estiveram na sua fundação - criar um momento de confraternização

entre os associados da APCOR e outras entidades da fileira da Cortiça e reconhecer

as instituições que mais se tenham destacado na utilização e valorização da cortiça.

Conforme referimos no evento, trabalhar no sector da cortiça é um privilégio e um

orgulho, por diferentes ordens de razão: fazendo parte da fileira da indústria de

base florestal, integramos dois pilares fundamentais para o futuro de Portugal: a

Indústria e a Floresta.

Num contexto global que aponta para um modelo económico, assente na susten-

tabilidade e na economia verde, a fileira florestal e a fileira da cortiça são o paradig-

ma deste modelo de crescimento sustentável.

Mais emprego, mais e melhores exportações, mais valor acrescentado para Portu-

gal e, também, um país e um planeta melhor. Este é o contributo que damos para

fazer crescer e melhorar o nosso país.

Por outro lado, quer a montante, quer a jusante da nossa actividade industrial, con-

tactamos com sectores apaixonantes. A montante, o montado e o sobreiro, onde

temos paisagens deslumbrantes, imagens inesquecíveis e a dedicação de muita

gente a uma árvore que, pela sua generosidade, se vai renovando e renovando sem

pouco ou nada reclamar. A jusante, e em particular para as rolhas de cortiça, temos

esse mundo apaixonante e desafiante, também ele parte integrante da natureza e

do trabalho do homem, que é o mundo do vinho com o qual muito nos orgulha-

mos de trabalhar.

Por último, mas não menos importante, os empresários da cortiça, os corticeiros,

homens e mulheres que se foram reinventado, a si e às suas empresas, encontran-

do novos produtos, novas aplicações, da construção à moda, do design à arte, me-

lhorando e investindo naquilo que construíram e que nos permite hoje rivalizar

com qualquer indústria a nível mundial. Investimento, inovação e dedicação con-

seguiram que a performance técnica da cortiça se afirmasse cada vez mais.

Isto deve-se a vós, aos que fizeram história, e cabe-nos continuar a trabalhar. Mas…

Devemos manter um princípio, nada está feito, tudo está por fazer, só assim conti-

nuaremos a melhorar.

É com orgulho que afirmamos que o Sobreiro é a árvore símbolo de Portugal, e na

verdade… Um mundo com Cortiça é um mundo melhor!

A Direcção

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Sete prémios pelo reconhecimento do trabalho em prol da cortiça

CAPA

A APCOR elegeu sete categorias de Prémios que distinguiram diferentes áreas do saber: co-nhecimento, inovação, informação, floresta, re-velação, rolha de cortiça e mérito (ver p. 4 e 5). Nas palavras da Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas, que deu início ao evento, “ o ministério que dirijo está consciente do seu de-ver e interesse em contribuir para a promoção deste sector na sua vertente económica e am-biental.” E acrescentou: “já na sua terceira edição, este evento, centrado numa das principais filei-ras agro-florestal português, é bem sinal da im-portância e da dinâmica do sector da cortiça em Portugal, nomeadamente, a indústria da cortiça portuguesa.”Para o presidente da APCOR, João Rui Ferreira, “este foi mais um momento de prestígio e de orgulho, uma vez que tivemos a oportunidade

de enaltecer sete figuras e entidades de renome nacional e internacional.” “É pois mais uma inicia-tiva que eleva a cortiça aos mais altos padrões de qualidade e que pretende ser também um in-centivo para que as entidades externas ao sector e nas mais diversas áreas continuem a promover e a divulgar a cortiça, a investigar e a informar so-bre este produto inigualável.” E terminou: “para o ano iremos continuar a homenagear quem mui-to fez, quem muito faz e quem muito fará por algo que é parte do nosso desígnio nacional”.O evento contou com uma forte adesão dos as-sociados da APCOR e de entidades externas ao sector, num total de mais de 250 pessoas. Para o presidente da APCOR, “a forte participação dos associados revela um espírito de cooperação e coesão na indústria da cortiça, factor que consi-dero decisivo para encarar o futuro”.

O júri da Gala foi constituído pelo presidente da APCOR, João Rui Ferreira, por Helena Pereira, ex-Reitora da Universidade Técnica de Lisboa e professora do Instituto Superior de Agronomia (ISA), e Armando Sevinate Pinto, actual assessor do Presidente da República e ex-ministro da agricultura. O evento teve o apoio principal da LeasePlan - Comércio e Aluguer de Automóveis e Equipa-mentos Unipessoal, Lda. – e, ainda, o apoio de Aon Portugal – Corretores de Seguros, S.A.; Bu-reau Veritas; e NextiraOne Portugal – Soluções e Serviços Integrados de Comunicações, S.A.

Toda a informação sobre a gala, desde fotogra-fias, vídeos, informação sobre os homenageados está disponível em: http://www.apcor.pt/3-edicao-gala-anual-cortica.htm .

A APCOR promoveu a 3ª Gala Anual da Cortiça. Este evento, que se repetiu pelo terceiro ano consecutivo, teve lugar no Edifício da Alfândega do Porto, Sala do Arquivo, e pretendeu valorizar e reconhecer a excelência de personalidades e/ou entidades que, nos últimos anos, se destacaram e contribuíram para a promoção, desenvolvimento e crescimen-to do sector e da fileira da cortiça.

Gala contou com mais de 250 pessoas

3ª Edição de Gala Anual com forte adesão

Presidente da APCOR e Ministra da Agricultura em confraternização

.3APCORNOTÍCIAS

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GALA ANUAL DA CORTIÇA

Carlos Faro, Biocant e Ricardo Lopes Ferro, do Bureau Veritas

André Teixeira, da Amorim Isolamentos S.A. e António Martins da Leaseplan

Enrique Vigas, presidente da CELiège e Franquelim Alves, do COMPETE

Biocant – Centro de Inovação em BiotecnologiaÉ um centro de investigação aplicada para a área de biotecnologia que além de apoiar as empresas, também desenvolve actividades de Investigação e Desenvolvimento por iniciativa própria, contrata-da ou em colaboração com instituições nacionais ou internacionais. Está organizado em oito unidades de Investigação e Desenvolvi-mento como: Biologia Celular, Biotecnologia Molecular, Genómica, Microbiologia, Serviços Avançados (que inclui as áreas de sequen-ciamento do genoma e espectrometria de massa), Sistemas Bioló-gicos, Bioinformática e Engenharia de Tecidos.Através da sua Unidade de Serviços Avançados, utilizou tecnologia de sequenciação de DNA de última geração para obter informação em larga escala do transcritoma do sobreiro. A iniciativa decorreu no âmbito do COEC – Cork Oak Est Consortium, que envolveu cer-ca de 20 equipas de investigadores portugueses. Os dados obtidos por este consórcio constituem o maior recurso genómico de so-breiro e serão fundamentais para o estudo da biologia e diversida-de de Quercus Suber, com especial foco na adaptação às mudanças ambientais. Na área do sobreiro está, ainda, em curso um projecto sobre a comunidade microbiana de montados, em que o objectivo é co-nhecer a estrutura e a composição das comunidades microbianas e explorar a interacção dos microorganismos com o sobreiro.

Prémio - Conhecimento O que representou para si esta homenagem e prémio da APCOR?É um reconhecimento que muito nos honra e motiva para continu-ar a desenvolver investigação de qualidade do interesse do sector. Cada vez mais a investigação é um esforço conjunto que envolve vários grupos de investigação nacionais e estrangeiros, reunidos em torno de um tópico comum.O Biocant assumiu a cortiça e mais genericamente o vinho e a vi-nha como áreas de diferenciação internacional. Esta homenagem tem por isso um significado especial uma vez que reconhece o nos-so esforço em prol de um sector tão importante para o País.Como encara este tipo de iniciativa?Como é óbvio não trabalhamos para ganhar prémios mas sim para trazer valor económico através da investigação. No entanto, este tipo de iniciativa é muito gratificante: por um lado é bom ser reco-nhecido pela qualidade do nosso trabalho, e por outro, estimula--nos a ser cada vez melhores e a abraçar cada vez mais os desafios do futuro. Que conselhos/orientações gostaria de deixar para o sector da cortiça?Não tenho conhecimento nem experiência suficiente do sector para dar conselhos/orientações. Deixo apenas o desafio de maior contacto com as instituições de I&D de vanguarda para que a inves-tigação aí realizada possa responder aos reais interesses do sector.

Prémio - Inovação

Prémio - Informação

CorkSorb, da Amorim IsolamentosRecebeu, recentemente, o prémio Produto Inovação Cotec-Unicer, patrocinado pela Presidência da República Portuguesa, uma distin-ção que pretende eleger produtos inovadores, dirigidos a mercados globais e desenvolvidos por empresas portuguesas. Em 2010 foi galardoado com o Prémio Nacional de Inovação Am-biental e, em 2011, com os Green Project Awards, na categoria de Produto. Foi-lhe, ainda, atribuído o Prémio de Inovação para a Sus-tentabilidade. O CorkSorb teve origem num processo de investigação e desenvol-vimento que permitiu uma melhor compreensão das capacidades de absorção da cortiça e o desenvolvimento de um tratamento su-perficial que potencia as características hidrofóbicas deste material. Esta inovadora aplicação da cortiça, que tem a capacidade de absor-ção de mais de 9 litros de óleo por cada kg de cortiça e a capacidade de se manter em meios aquáticos sem absorver água, fazem com que tenha um comportamento excelente para lidar com derrames em meio aquático como os que atingiram a costa da Galiza, em 2002, ou o golfo do México, em 2010. Aliada às características técnicas, e por ser considerado um subpro-duto resultante do fabrico de outros produtos como as rolhas de cortiça, esta solução apresenta-se como uma alternativa “natural, sustentável, não tóxica e eficaz” face aos concorrentes à base de polipropileno.

O que representou para si esta homenagem e prémio da APCOR?É sempre agradável e motivador sentir o reconhecimento da APCOR pelo trabalho profícuo de investigação e divulgação de um produto de cortiça para aplicação inovadora, acrescentando valor e prestigio à cortiça Portuguesa Como encara este tipo de iniciativa?Trata-se de uma iniciativa louvável e encorajadora ao desenvolvi-mento de projectos de investigação e consequente desenvolvi-mento de novas práticas para a melhoria de processos e aplicações inovadoras. Que conselhos/orientações gostaria de deixar para o sector da cortiça?É inegável a melhoria de qualidade e imagem do sector da cortiça no decorrer dos últimos anos. Deverá ser uma evolução continu-ada, de forma a estar preparada para enfrentar qualquer eventual adversidade, adaptação às permanentes e novas exigências do mercado consumidor.

CompeteVisa a melhoria sustentada da competitividade da economia portuguesa num contexto de mercado global, intervindo sobre dimensões consideradas estratégicas, como a inovação, o desen-volvimento científico e tecnológico, o empreendedorismo, a inter-nacionalização e a modernização da Administração Pública.Para alcançar a sua estratégia dispõe de quatro tipos de instrumen-tos, em torno de Eixos Prioritários, como os Sistemas de Incentivos ao investimento das empresas; Mecanismos de Engenharia Finan-ceira; Acções Colectivas; Acções Públicas dinamizadoras da moder-nização da Administração Pública e do desenvolvimento da capaci-tação do sistema científico e tecnológico nacional. As Acções Colectivas são um instrumento de apoio indirecto às empresas, que envolvem entidades públicas e privadas em torno de acções orientadas para o interesse geral, visando a promoção de factores de competitividade de finalidade colectiva. É neste contexto que se insere a aposta na campanha de Promoção Internacional da Cortiça, o Intercork. Assumido como um projecto estratégico para o sector da cortiça, não só no sub-sector de rolhas como também no sub-sector de materiais de construção e deco-ração, perspectivou uma intervenção nos mercados internacionais mais relevantes para este sector, de forma a proporcionar o aumen-

O que representou para si esta homenagem e prémio da APCOR?Representou o reconhecimento da dedicação, profissionalismo e competência dos profissionais do COMPETE.Como encara este tipo de iniciativa?Muito positiva na justa medida em que procura premiar casos de sucesso na promoção de um sector que representa muito para a economia do país.Que conselhos/orientações gostaria de deixar para o sector da cortiça?Longe de mim considerar-me em condições de dar conselhos aos agentes deste sector ou de qualquer outro sector económico. Diria apenas que este sector e a sua evolução nos anos mais recentes comprovam que é possível inovar mesmo em sectores tradicionais e que é, por vezes, nos sectores tradicionais que é possível introdu-zir significativos ganhos de competitividade com impacto favorável no tecido empresarial português.

Com cerca de 80% das vendas a serem canalizadas para exportação, esta gama de absorventes tem-se afirmado no mercado internacio-nal, sendo actualmente comercializada em 21 países.

to de quotas de mercado, bem como a recuperação da imagem da matéria-prima cortiça.

Christoph Zeller, em representação dos arquitectos Herzog & de Meuron e o artista plástico, Ai Weiwei e Helena Pereira, membro do júri da Gala

Prémio - Revelação

Gabinete de arquitectura Herzog & de Meuron e o artista plástico, Ai WeiweiArquitectos, suíços, desde 1978 que trabalham juntos em inúmeros pro-jectos. Começaram por fazer apenas uma dupla, mas foram, ao longo dos anos, angariando novos parceiros, tendo, nos dias de hoje, mais de 300 colaboradores em todo o mundo e escritórios em Basileia, Hamburgo, Londres, Madrid e Nova Iorque. Desenvolvem projectos na Europa, na América do Norte e do Sul e na Ásia. Dedicam-se a projectos de grande escala, como estádios e museus, mas também apartamentos, escritórios e empresas. Já foram reconhecidos com vários prémios: “The Pritzker Architecture Prize“ (EUA) em 2001, “RIBA Royal Gold Medal“ (Reino Unido) e “Praemium Imperiale“ (Japão), ambos em 2007.Chinês, designer de arquitectura, artista plástico, pintor, comentador e ac-tivista social. Juntamente com os arquitectos suíços desenhou o Estádio Nacional de Beijing, na China, em 2008, onde foram realizados os jogos olímpicos desse ano.Já expôs o seu trabalho em galerias de todo mundo, destacando-se: Mori Art Museum, Tóquio (2009); Haus der Kunst, Munique (2009); e Sherman Contemporary Art Foundation, Cambelltown Arts Center, Sydney (2008). Participou na Bienal de Veneza, em Itália (1999, 2008, 2010); na Trienal de Guangzhou, na China (2002, 2005); na Bienal de Busan, na Coreia (2006); na Documenta 12, na Alemanha (2007) e na 29º Bienal de São Paulo, Brasil (2010). Em Outubro de 2010, a sua instalação “Sunflower Seeds” esteve no Tate Modern Turbine Hall, em Londres. O artista participou na exibição da Ser-pentine Gallery’s China Power Station, em 2006, e na Serpentine Gallery Map Marathon, em 2010.Em 2012, juntaram-se para a realização da Serpentine Gallery, Londres.

O que representou para si esta homenagem e prémio da APCOR?Ficamos muitos agradados por receber este prémio que revela no-vas formas de trabalhar a cortiça. Isto demonstra que a indústria da cortiça é sensível a ideias diferentes e que reúnem um conjunto multidisciplinar de trabalhos.Como encara este tipo de iniciativa?Este prémio envia uma boa mensagem para a indústria, geradora de projectos ambiciosos. Serve também de inspiração a cientistas, criadores e designers para incentivá-los na apresentação de novas ideias e projectos.Que conselhos/orientações gostaria de deixar para o sector da cortiça?Continuar a encorajar designers e arquitectos para dar ao material novos significados, mantendo a mente aberta para novas formas de pensar e de criar. É, por vezes, nos sectores tradicionais que é possível introduzir significativos ganhos de competitividade com impacto favorável no tecido empresarial português.

Com 80m3 de cortiça, desenharam um lounge, de forma circular, com uma estrutura complexa multi-nivelar, na qual proliferam 108 peças de mobiliário de aglomerado expandido de cortiça. Com doze colunas que apoiam uma plataforma flutuante e com um espelho de água, a 1,5 me-tros acima do chão, a obra convida os visitantes para um olhar atento na utilização da cortiça.

.4 APCORNOTÍCIAS

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GALA ANUAL DA CORTIÇA

Joana Amorim e António Amorim, da FRUTICOR - Sociedade Agrícola de Frutas e Cortiças, S.A. e João Mendonça da AON

Prémio - Floresta

Reiner Wittkowski, presidente honorário da Organisation Internationale de la Vigne et du Vin e Jorge Pinto de Sá, vice-presidente da APCOR

Prémio - Rolha de Cortiça

João Rui Ferreira, presidente da APCOR e Vasco Cunha, presidente da Comissão Agricultura e Mar e em representação da presidente da Assembleia da República

Prémio - Mérito

Fruticor – Sociedade Agrícola de Frutas e Cortiças, S.AÉ responsável pela gestão de património florestal, numa área total de 5.400 hectares, ocupados em 66% por montado de sobro - o que representa uma capacidade total de produção de cortiça de 270.000 arrobas, ou seja, uma média anual de aproximadamente 30.000 arrobas.Em 2005, foi a primeira empresa mundial a obter a certificação para o montado de sobro segundo os princípios e critérios do FSC. A empresa adoptou, também, um registo fidedigno de informação de gestão que, aliado a um eficiente suporte informático, resultou numa leitura e monitorização de resultados até então não disponível. Contando com uma equipa jovem e dinâmica, atenta aos constan-tes desafios do mercado, foi possível perceber e direccionar a gestão para três aspectos fundamentais, que resultaram num aumento do desempenho e eficiência dos trabalhadores e da empresa, nome-adamente:• Racionalização das operações florestais no montado que passaram a ser realizadas em modelos pré-definidos e com base no inventário florestal contemplando as pragas e doenças. Esta ferramenta per-mite gerir de forma sustentável as propriedades, tendo em conta o estado vegetativo do montado, bem como conhecer os habitats classificados e os altos valores de conservação que merecem uma gestão diferenciada; • Alteração nas práticas suberícolas que passaram a privilegiar a pro-moção da biodiversidade e a protecção da regeneração natural. A beneficiação das galerias ripícolas passou a assumir, também, um papel importante na defesa e preservação da fauna e flora;• Formação dos prestadores de serviço e colaboradores antes da execução de qualquer operação de campo, definindo procedimen-tos a cumprir ao nível da execução da operação bem como dos equipamentos a utilizar para cumprimento das regras de higiene e segurança no trabalho.

Organisation Internationale de la Vigne et du Vin (OIV)É uma organização intergovernamental de carácter científico e técnico, com competências na área da viticultura, enologia, uvas e mosto e outros produtos relacionados com o vinho. No corrente mês conta com 44 estados membros e 11 observadores, o que tra-duz a sua importância mundial e económica no mundo do vinho. Muitos destes países são produtores de vinho ou de outros produtos vinícolas, mas outros são mercados consumidores e, por isso, esta perspectiva reforça o trabalho da organização. A sua missão é fomentar o desenvolvimento da uva e do sector do vinho a um nível internacional. Para alcançar isto, a organização tra-balha em dois sentidos: - Harmonizando as práticas e os standards internacionais, contando com um conhecimento científico mais actual e respeitando os qua-dros regulamentares existentes; - Promovendo e difundindo o conhecimento científico e tecnoló-gico, assim como a inovação no sector e recomendando guias de orientação internacionais. Assim, contribui para aumentar a produtividade, a qualidade e a segurança dos produtos vitivinícolas, assim como apoia as suas con-dições de produção e o seu marketing, tendo sempre em vista os interesses do consumidor.As suas principais preocupações estão relacionadas com todos os aspectos que influenciam o sector do vinho; o impacto das altera-ções climatéricas na viticultura e enologia; o cálculo da pegada de carbono dos produtos e do negócio do vinho; o potencial uso dos produtos geneticamente transformados; a sustentabilidade e a pro-dução de produtos orgânicos. Em 2011, lançaram o documento “General Principles of the Gree-nhouse Gas Accounting Protocol for the Vine and Wine Sector” - que recomenda a utilização da rolha de cortiça enquanto produto sus-

O que representou para si esta homenagem e prémio da APCOR?A OIV tem dado orientações muito importantes no que toca à sus-tentabilidade para a indústria vitivinícola. Este prémio é uma resposta muito positiva ao nosso trabalho, de-mostrando que as resoluções da OIV têm um impacto directo nos intervenientes desta fileira e no seu negócio. Como encara este tipo de iniciativa?Apreciei a oportunidade para poder difundir a informação de que todos temos responsabilidade na protecção do ambiente e temos de estar preparados para os desafios do aquecimento global do planeta. Esta iniciativa é muito importante para motivar a indústria da cortiça a comunicar o valor acrescentado do seu produto ao Mercado do vinho, uma vez que falamos de um produto renovável, reciclável e natural. Que conselhos/orientações gostaria de deixar para o sector da cortiça?Como tive a oportunidade de dizer no meu discurso, há uma boa perspectiva para a indústria da cortiça. Para tal, é necessário con-seguir manter os mesmos padrões de qualidade e comunicar de forma efectiva as suas mensagens ao consumidor e aos retalhistas, afirmando que a cortiça é a melhor alternativa, já que cumpre to-dos os requisitos de sustentabilidade e acrescenta valor ao vinho. Os consumidores são sensíveis a estas questões.

Assembleia da RepúblicaEm 2011, o Sobreiro foi elevado a Árvore Nacional de Portugal. Este acon-tecimento surge com a aprovação, por unanimidade, de um projecto de resolução apresentado no órgão máximo da soberania nacional. Eis alguns dos argumentos utilizados na resolução e que demonstram a importância desta espécie para o nosso país. “Em Portugal, segundo o último Inventário Florestal Nacional, a floresta ocupa mais de 3,45 milhões de hectares, sendo o sobreiro responsável por mais de 716 mil hectares (23% do total nacional e 32% da área que a espécie ocupa no Mediterrâneo ocidental). E se a floresta está na base de um sector que é responsável por mais de 10% das exportações nacionais (no final de 2010, era já o 3.º principal cluster exportador) e 3% do PIB, o montado de sobro assume uma importância ímpar no país, particularmente no Sul de Portugal, onde constitui a última barreira contra o avanço da desertificação, para além de que a cortiça – o produto mais nobre do montado de sobro – está na base da única fileira da economia em que Portugal é líder mundial na produção, transformação e comercialização. Portugal produz cerca de 200 000 toneladas de cortiça por ano (mais de 50 % do total mundial). Constituindo um agro-sistema secular de características ímpares, o sobreiro reveste-se como a essência de um ecossistema fundamental para a conservação da biodiversidade e de espécies ameaçadas, como o lince ibérico ou a águia-imperial ibérica e, por esse motivo, o montado de sobro é um dos habitats prioritários para a conservação da biodiversidade na Europa, segundo estudos desenvolvidos pela World Wildlife Fund, organização internacional de conservação.

O que representou para si esta homenagem e prémio da APCOR?Trata-se de um prémio que foi atribuído ao conjunto de Deputa-dos eleitos para a Assembleia da República, de todos os partidos políticos que aí têm representação, pela sua decisão unânime de elevar o sobreiro a árvore nacional. Não é por isso um prémio ou uma homenagem individual. Pessoalmente, foi com muito prazer que os pude representar a todos nesta distinção.Como encara este tipo de iniciativa?Através dos premiados e homenageados, percebi a intenção de distinguir e incentivar, todo um conjunto de agentes, por exemplo desde os investigadores aos empresários, que constroem todos os dias – em diferentes segmentos e pontos de vista - um sector ainda mais dinâmico para a nossa economia.Que conselhos/orientações gostaria de deixar para o sector da cortiça?Desejo que este sector possa tornar-se ainda mais competitivo, consolidando os seus resultados de exploração e aprofundando ainda mais a sua imagem externa de qualidade, sofisticação, mo-dernidade e garantia. O sucesso que possam alcançar é também um selo nacional de prestígio.

O montado e a cortiça são, pois, o fruto de um compromisso entre gerações, e exemplos de sustentabilidade, concretamente pela de-monstração de como um sistema agro-silvo-pastoril tradicional pode ser sustentável, preservar os solos e, desse modo, contribuir para evitar a de-sertificação e consequente despovoamento/desordenamento do território.”

tentável. Esta frase pode ler-se no documento: “as rolhas de cortiça representam uma especificidade do sector vinícola e a sua utilização tem um impacto importante na conservação sustentável da floresta. Devido a este papel importante, o balanço da emissão de carbono da rolha pode ser tido em conta...”.

O que representou para si esta homenagem e prémio da APCOR?Esta homenagem e o prémio Floresta que nos foi atribuído pela APCOR representam para a Fruticor o reconhecimento do trabalho que temos vindo a desenvolver nestes últimos anos em prol das florestas, das cortiças de qualidade e da sustentabilidade do mon-tado de sobro. É também um prémio a uma equipa dinâmica que, com dedicação e empenho, conseguiu há já alguns anos ser a primeira empresa mundial a obter a certificação florestal FSC.Como encara este tipo de iniciativa?Este tipo de iniciativa é importante essencialmente por dois motivos: - Faz um justo reconhecimento daqueles que melhor zelam pelas nossas florestas e, especialmente, pela cortiça, um produto que não é apenas o símbolo oficial de Portugal, mas é também a matéria--prima base de um sector económico que cresceu cerca de 15% nos últimos 24 meses e que representa cerca de 2% das exporta-ções nacionais;- Proporciona um evento /momento que reúne todos os interve-nientes da fileira da cortiça, promovendo o contacto entre todos os sectores e colocando-os a par do que melhor é feito ao nível de cada actividade.Que conselhos/orientações gostaria de deixar para o sector da cortiça?É importante que o sector da cortiça continue a trabalhar em con-junto e que partilhe o mesmo objectivo de responder às crescentes exigências da indústria e dos mercados. Neste sentido, a certificação florestal torna-se um factor cada vez mais preponderante quer na profissionalização de toda a fileira, desde a produção até à transfor-mação, quer na melhoria da imagem do produto final.Salientamos a relevância de uma aposta contínua no apoio a projec-tos florestais que tenham por base povoamentos de Quercus suber, no sentido de perpetuarmos no futuro o sobreiro como símbolo nacional e que encontra em Portugal o seu habitat natural.Gostaríamos de continuar a ver o apoio a novos projectos e aplica-ções de cortiça em diferentes áreas e que demonstrem a versatilida-de deste produto tão tradicional e ao mesmo tempo tão inovador.

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PROJECTOS

Deste modo, a Cork centra-se em três eixos: a con-servação do meio ambiente; a relação com o vinho e o legado cultural que associa a indústria da cortiça a Espanha. “Protege el planeta” (Protege o planeta), “Protege el gusto” (Protege o aroma) e “Protege el encanto” (Prote-ge o encanto) são as três mensagens-chave que vão circular na publicidade, no sítio da campanha acessível em www.preservalobueno.com/ e em todos os outros suportes a ser desenvolvidos. O programa está a ser desenvolvido pela Asociación de Empresarios Corcheros de Cataluña (Aecork) – Associação de Empresários da Cortiça da Catalunha -, com o apoio da APCOR, do Instituto del Corcho, la Madera y el Carbón Vegetal (Iprocor), a Agrupación Sanvicenteña de Empresarios del Corcho (Asecor), a Confederação Europeia da Cortiça (CELiège), o Insti-tuto del Corcho Catalán (Icsuro) e a Red Europea de Territorios Corcheros (Retecork). Com um orçamen-to global de 300 mil euros, 50 por cento conta com apoios públicos do governo espanhol, Ministério da Indústria, Energia e Turismo espanhol e do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (Feder), e os outros 50 por cento são financiados pelas empresas da cortiça e por outras associações, como é o caso da APCOR que contribuirá com 50 mil euros.Como afirmou Joan Puig, Vice-presidente da Asocia-ción de Empresarios Corcheros de Catalunya (Aecork), “a indústria da cortiça espanhola é a segunda a nível mundial e com uma facturação de 350 milhões de eu-ros, produzindo um total de três mil milhões de rolhas para vinho e espumantes anualmente.” Neste sentido, a campanha pretende “impulsionar ainda mais esta indústria, demonstrando os benefícios ambientais que estão por detrás da produção das rolhas de corti-ça face aos vedantes alternativos.”

Cork promove cortiça em EspanhaA campanha Cork – um projecto de promoção da cortiça no mercado Es-panhol – foi lançada no passado mês de Setembro. “El corcho: Preserva lo bueno”, (A cortiça preserva as coisas boas) é o mote do projecto - inspira-do na campanha InterCork desenvol-vida pela APCOR - e pretende infor-mar sobre os valores e benefícios da rolha da cortiça.

Imagem da campanha Cork

Lançamento aos jornalistas do projecto de promoção da cortiça

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O estudo teve uma mostra de 1200 espanhóis que foram questionados sobre os aspectos que valorizam no acto de compra de um vinho, o tipo de vedante preferido e quanto estão dispostos a pagar por esta bebida. Os resultados do inquérito revelam, ainda, que 86 por cento dos espanhóis considera que a rolha de cortiça preserva melhor as propriedades do vinho e do cava que outro vedante, como o plástico, o silicone ou a cápsula de alumínio (gráfico 2). Sobre a percepção que os espanhóis têm sobre a rolha de cortiça, 27 por cento destaca que é um produto natural, 26 por cento associa-a à tradição, 14 por cento diz que é reciclada e 13 por cento aponta a sua qualidade como vedante (gráfico 3).Para o porta-voz da campanha Cork, Sergi Sabrià, “a rolha de cortiça proporciona o vedante perfei-to para o vinho e cava já que se adapta perfeita-mente ao gargalo da garrafa graças à sua elastici-dade e compressibilidade.” Quanto aos hábitos de consumo dos espanhóis,

o estudo mostra que a denominação de origem, o preço e a cave são os aspectos mais valorizados na hora de eleger um vinho ou cava. A estes se-guem-se o reconhecimento do vinho, o tipo de vedante, o rótulo e, por último, a percentagem de álcool. Tendo em conta que o tipo de vedante é um dos aspectos referidos, destaca-se que 78 por cento afirma que esta indicação no rótulo era impor-tante, já que actualmente é difícil para o consu-midor distinguir o vedante. O preço é o segundo factor que os espanhóis têm em conta na hora de adquirir um vinho. As-sim, 33 por cento considera despender entre 5 a 10 euros, 24 por cento gasta entre 3 a 5 euros e sete por cento, menos de três euros. Ou seja, 69 por cento não compra vinho acima dos 10 euros, 24 por cento assume que gastaria entre 10 e 30 euros, e apenas sete por cento estaria disposto a pagar mais de 30 euros. Registe-se, ainda, que sete por cento diz não comprar vinho e 15 por cento não coloca o cava na sua lista de compras.

92 por cento dos espanhóis prefere a cortiçaO projecto Cork – campanha de promoção da cortiça em Espanha – lançou um estudo que afirma que 92 por cento dos espanhóis prefere a rolha de cortiça para as garrafas de vinho e de cava (gráfico 1).

PROJECTOS

No que toca à frequência de consumo de vinho e cava, 12 por cento dos espanhóis afirma que bebe uma destas bebidas diariamente, 25 por cento refere três ou mais vezes por semana, 26 por cento fica-se por um copo de vinho ou cava uma vez de 15 em 15 dias e nove por cento não vai além de uma vez por mês.Há, no entanto, três por cento dos espanhóis que afirma não consumir este tipo de bebida e 25 por cento apenas consome em momentos especiais ou celebrações. Em relação à origem do vinho, 75 por cento pre-fere o vinho do seu país, enquanto que quatro por cento opta pelo francês e três por cento pelo vinho do novo mundo.

Espanhóis preferem vinho nacional

Estudo desenvolvido no âmbito do projecto Cork revela

Preferência de vedantes (%)1

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Fonte: AECORK

A rolha de cortiça preserva melhor o vinho que outro vedante?

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3 Adjectivos associados à cortiça

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PROJECTOS

A Aon Portugal – Corretores de Seguros, S.A, empresa com a qual a APCOR tem um protoco-lo, vem disponibilizar mais dois produtos para os nossos associados, especialmente úteis na vertente exportadora.O primeiro chama-se “Seguro de Crédito - 2ª capa”. A cobertura de “segunda capa” é uma al-ternativa do mercado segurador que nasce da necessidade de complementar a cobertura de crédito convencional, ou seja, a “primeira capa” de protecção contra o risco de crédito.

Aon oferece mais serviços aos associados da APCOR

A APCOR acaba de lançar o suporte CORTI-ÇA | CORK 2012. Aqui pode encontrar toda a informação estatística que caracteriza o sec-tor da cortiça, desde o montado, à indústria, exportação e importação da cortiça e seus produtos, assim como a lista das empresas associadas, com as suas actividades e con-tactos. O suporte está disponível em edição papel e digital, acessível em http://www.apcor.pt/artigo/anuario-apcor-2012.htm. É uma versão bilingue, português e inglês, com mais de 70 páginas de informação.

APCOR lança anuário 2012

A APCOR é co-promotora do projecto DA-Phabitat - Declarações Ambientais de Produtos (DAP) para o Habitat. O programa tem por ob-jectivo desenvolver, com visibilidade nacional e internacional, um sistema de registo nacional de DAP e que estejam validadas numa base de dados de acesso público. As DAP são documentos técnicos emitidos pelas empresas para divulgação dos impac-tes ambientais gerados pelos seus produtos ao longo do seu ciclo de vida. As declarações ambientais de produto são ferramentas de co-municação do desempenho ambiental de um determinado produto numa perspectiva de ciclo de vida que começam a assumir um cariz muito relevante na comunicação de fornece-dor - cliente, face às crescentes exigências de sustentabilidade por parte da sociedade.Estas declarações podem ser usadas pelos arquitectos e projectistas de edifícios como fonte de informação para a selecção de produ-tos com base na sustentabilidade, bem como pelos sistemas de avaliação de sustentabilida-

Declarações Ambientais de Produtos disponíveis em breve

de de edifícios e outras obras de construção e, também, pode ser uma ferramenta muito relevante de melhoria contínua em termos da sustentabilidade por parte dos fabricantes de materiais e produtos.Deste modo, o sistema DAPhabitat tem como principais objectivos: criar, desenvolver e gerir um programa de registo de declarações am-bientais de produtos envolvidos na construção do habitat, com base em critérios objectivos e independentes; coordenar e desenvolver as RCP (regras para a categoria de produtos) para a fileira do habitat; estimular o desenvolvimen-to de produtos com um perfil ambiental mais sustentável para o cluster Habitat, promoven-do a melhoria contínua do seu desempenho ambiental; dotar as empresas produtoras de materiais, projectistas, construtores civis e ou-tros de uma ferramenta para a selecção e fabri-co de materiais de construção mais sustentá-veis; dotar as entidades públicas e privadas de uma ferramenta de decisão nas compras “eco-lógicas” e aumentar a capacidade competitiva

das empresas num ambiente de exportação.O projecto é promovido pela Plataforma para a Construção Sustentável (www.centrohabitat.net), entidade gestora do Cluster Habitat Sus-tentável em Portugal, em parceria com várias associações empresariais nacionais e sectoriais como a APCOR, a Associação Portuguesa da Indústria de Cerâmica (APICER), a Associação Portuguesa dos Comerciantes dos Materiais de Construção (APCMC), a Associação Nacional da Indústria Extractiva e Transformadora (ANIET), a Associação Portuguesa da Construção Metá-lica e Mista (CMM) e a Associação Nacional dos Industriais da Prefabricação em Betão (ANIPB).O projecto tem a duração de 18 meses, termi-nando em Dezembro de 2012 e conta com o apoio do SIAC no âmbito do Programa Ope-racional Factores de Competitividade do Qua-dro de Referência Estratégico Nacional (POFC/QREN). Mais informações sobre o programa podem ser obtidas para o endereço:[email protected] .

O seu objectivo é oferecer maior capacidade de cobertura para os limites de crédito parciais, concedidos pela cobertura convencional e que se revelam insuficientes para as necessidades comerciais da empresa. Tem como principais vantagens: favorecer a autonomia do segurado, sem necessidade de submeter os clientes à se-guradora - a apólice tem por base as coberturas da “primeira capa”; permitir à empresa continu-ar a trabalhar com uma seguradora tradicional, como parte integrada da sua gestão de crédito; simplificar as comunicações com a seguradora de “segunda capa”; e potenciar comercialmente as coberturas existentes na “primeira capa” com o conforto e segurança da cobertura de seguro.A segunda solução “Seguro de Transportes” tra-duz-se numa modalidade extremamente sim-plificada, que não obrigada à comunicação dos transportes e tem a possibilidade de emissão de certificados apenas quando necessário.Tem âmbito de cobertura alargada, “todos os ris-cos”, para qualquer destino, para além de condi-ções pré-acordadas, extremamente competitivas.

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PROJECTOS

Seminário sobre Systecode decorreu na APCOR

Este espaço pretende apoiar jovens e adultos desempregados para a definição ou desenvol-vimento do seu percurso de inserção ou rein-serção no mercado de trabalho, em estreita co-operação com os Centros de Emprego, neste caso particular com o Centro de Emprego de São João da Madeira. O espaço ficará instala-do na Casa do Povo de Santa Maria de Lamas, como o local de referência da população local. O GIP terá uma forte articulação com as em-presas de cortiça, perspectivando as suas necessidades de novos colaboradores, assim como funcionará em articulação com as estru-turas sindicais mais representativas no sector e com a população local – quer com aqueles que se encontram em situação de desempre-go (curta e longa duração), quer com os que pretendem dar entrada na vida activa. O gabi-nete terá como objectivos prioritários: promo-ver a empregabilidade e promover a orienta-ção para as ofertas formativas da região.Esta estrutura irá desenvolver as seguintes ac-tividades: informação profissional para jovens e adultos desempregados; apoio à procura activa de emprego; acompanhamento per-sonalizado dos desempregados em fase de inserção ou reinserção profissional; captação de ofertas de entidades empregadoras; divul-gação de ofertas de emprego e colocação de desempregados nas ofertas disponíveis e ade-quadas; encaminhamento para ofertas de qua-lificação; divulgação e encaminhamento para

medidas de apoio ao emprego, qualificação e empreendedorismo; divulgação de programas comunitários que promovam a mobilidade no emprego e na formação profissional no espa-ço europeu; motivação e apoio à participação em ocupações temporárias ou actividades em regime de voluntariado, que facilitem a inserção no mercado de trabalho; controlo de apresentação periódica dos beneficiários das prestações de desemprego; outras actividades consideradas necessárias aos desempregados inscritos nos Centros de Emprego.A indústria da cortiça tem registado, nos úl-timos anos, uma diminuição do número de trabalhadores, que segundo os últimos dados do Ministério da Solidariedade e da Seguran-ça Social, rondam os nove mil trabalhadores, quando em 2000, chegavam aos 12 mil. “Neste sentido, a preocupação com a empregabili-dade das pessoas da região está presente na associação e este foi um dos motores para esta iniciativa”, refere o director-geral da APCOR, Jo-aquim Lima. Com a concretização deste GIP, segundo a opinião da Directora do Centro de Emprego de São João da Madeira, Teresa Correia, “ficam reunidas as condições de excelência para uma parceria entre o IEFP, a APCOR e as estruturas sindicais mais representativas do sector, em prol do desenvolvimento do trabalho em rede com vista a servir as populações e as empresas da região”.

APCOR cria Gabinete de Inserção Profissional

A campanha da certificação das empresas de cortiça mediante o Código Internacional das Práticas Rolheiras e respectivo certifica-do Systecode vai entrar em curso. Para que as empresas de cortiça possam estar mais pre-paradas para as auditorias que se vão iniciar, a APCOR em parceria com a Confederação Europeia da Cortiça (CELiège) promoveram no dia 12 de Setembro um seminário para esclarecer todas as dúvidas sobre a nova versão do código lançada recentemente e que pode ser obtida em http://www.apcor.pt/userfiles/File/CIPR/CIPR2011PT.pdf. Para o efeito estiveram presentes: Joaquim Lima, director-geral da APCOR, João Rui Ferreira, secretário-geral da CELiège e, também, pre-sidente da APCOR; Alzira Quintanilha, direc-tora-geral do Centro Tecnológico da Cortiça e membro do Comité de Acompanhamento do Systecode (CASA); e Dina Leitão, auditora do Bureau Veritas - entidade que realiza as auditorias Systecode.De registar que o período de auditorias vai de meados de Setembro até ao final do ano, sendo que os resultados serão divulgados no primeiro trimestre de 2013. Do ponto de vista do secretário-geral da CELiège, João Rui Ferreira, o Systecode “foi fundamental para elevar o nível qualitativo do sector.” E explica: “criou rigor e motivou as empresas para as políticas de qualidade, permitiu a implementação de um sistema internacional que proporcionou uma unifor-midade de critérios na fabricação de rolhas, foi um exemplo claro de um compromisso voluntário da indústria para melhoria da qualidade do seu produto e serviço, aumen-tou o conhecimento do TCA e melhorou a sua prevenção, permitiu a rastreabilidade do produto e implementou boas práticas no sector.” A APCOR, como entidade dinamiza-dora em Portugal deste sistema, continuará a ter o trabalho de divulgação e de apoio, com o objectivo de alcançar o maior núme-ro de empresas certificadas e, assim, contri-buir para o aumento da qualidade de todo o sector.

Em parceria com o

O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) aprovou a candida-tura da APCOR para a implementação de um Gabinete de Inserção Profis-sional (GIP), em Santa Maria de Lamas.

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MEDIA

O sector da cortiça continua a ocupar um lugar de destaque nos me-dia nacionais. Os novos produtos e aplicações de cortiça, as obras de arquitectura e design, dados económicos de empresas – como compra de empresas e projectos – e os projectos da APCOR são alguns dos te-mas abordados nos principais jornais nacionais. A APCOR continua a ser uma das principais fontes de informação sobre a cortiça.

No terceiro trimestre de 2012, o sector da cortiça manteve presença assídua nos jornais nacionais. Neste período foram publicadas 144 notícias na imprensa nacional, o que significa uma média de 1,6 notícias por dia. O mês de Julho foi o que se destacou com 71 artigos (gráfico1).Relativamente às publicações onde a cortiça teve maior presença, o grande destaque vai para o Correio da Manhã que dedicou dez notícias ao sector, seguido pelo Diário Económico, com oito artigos, e pelo Jornal de Notícias, com cinco peças. O Diário de Aveiro assume, neste trimes-tre, a liderança entre os jornais regionais, tendo publicado 14 notícias sobre o sector da cortiça. De destacar, ainda, a categoria “revistas” com 36 notícias publicadas (gráfico 2). Os temas que mereceram maior notoriedade por parte da imprensa portuguesa estão relacio-nados com os novos produtos que vão surgindo no mercado, no qual se incluem algumas obras de arquitectura como é o caso da Serpentine Gallery, de Londres, (21 por cento), seguido pe-los dados económicos de empresas – onde se destacam a compra de fábricas por parte de al-guns grupos económicos - com 16 por cento, e os projectos da APCOR, com 13 por cento, onde se inclui a divulgação da Gala Anual da Cortiça, com oito artigos (gráfico 3). As notícias publicadas durante o terceiro trimes-tre deste ano tiveram como principal fonte de in-formação as empresas de cortiça (26 por cento), seguida pela APCOR com 21 por cento (gráfico 4).

Cortiça nos media portugueses

Fonte: APCOR Ano: 2012

2 Notícias por Publicação - 3º Trimestre

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Número de Notícias - 3º Trimestre

1

O London Festival of Architecture (Festival de Arqui-

tectura de Londres) utilizou bancos em cortiça para

uma instalação denominada “Weather - It’s raining

or not” (Tempo – está a chover ou não) e que foram

uma criação dos arquitectos Harry Dobbs. Os bancos

têm uma forma cónica e são os primeiros deste tipo,

com estas dimensões. A empresa MJO, associado da

APCOR, foi a fornecedora do material.

In, http://www.lfa2012.org/events/view/

hoxton-square-weather-its-raining-or-not-57

A cortiça, matéria-prima nacional por excelência,

foi usada nos acessórios produzidos para os trajes

olímpicos da missão portuguesa nos Jogos de Lon-

dres, nomeadamente cintos e malas para os atletas

masculinos e femininos, o que resultou na criação

de peças inspiradas nos símbolos nacionais e ideia

de ‘portugalidade’, que reforçam o apoio nacional

aos nossos atletas. A PELCOR foi a empresa de corti-

ça responsável pela sua execução e que produziu as

mesmas para a Modalfa.

In, http://activa.sapo.pt/moda/

novidades/2012/08/02/pelcor-e-modalfa-

produzem-acessorios-para-a-missao-portuguesa-

nos-jogos-olimpicos

O candeeiro de cortiça, desenvolvido pelo designer

André Valério, da Ervilha Criativa, empresa associada

ao Parque Tecnológico de Óbidos, foi selecciona-

do no concurso promovido pela Loja de Serralves

(Porto). Esta iniciativa, que vai já na quarta edição,

tem por objectivo descobrir e dar a conhecer pro-

jectos nacionais promissores em várias áreas, desde

a joalharia ao design de mobiliário. Nesta edição

foram apresentadas 630 candidaturas e escolhidos

35 autores para apresentarem os seus trabalhos, em

Serralves.

In, http://www.gazetacaldas.com/24943/

candeeiro-de-cortica-de-andre-valerio-

seleccionado-por-serralves/

Uma colmeia de cortiça foi o projecto vencedor do

concurso internacional de design lançado pelo Vitra

Design Museum e pelo Domaine de Boisbuchet. O

concurso, patrocinado pela Corticeira Amorim, rece-

beu 367 propostas de 39 países. Destas 20 designers

foram convidados a participar num workshop no

Domaine de Boisbuchet, para o desenvolvimento do

protótipo idealizado.

O júri escolheu o projeto da designer Anna Loskiewi-

cz, que recebeu um prémio de 10 mil euros, uma

colmeia feita de cortiça “inovando uma das mais an-

cestrais aplicações de cortiça, em total simbiose com

a natureza”.

De acordo com a designer, “este modelo de colmeia

contemporânea enquadra-se também no espírito

sustentável de uma paisagem urbana como Nova

Iorque ou Londres, cidades onde a apicultura é cada

vez mais popular”, diz na nota de imprensa.

Foram ainda atribuídas cinco menções honrosas a

“Cork, a material with many faces”, de Fabio Molinas;

“Cork Chair”, de Sou Fujimoto Architects; “Songs, he-

adphone”, de Pauline Ariaux & Jacopo Ferrari; “Strip,

electric plug”, de Natalia Suwalski e “Day off, icebox”,

de Zaven Studio.

Recortes de Imprensa[ ]

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A APCOR recebe, analisa e compila toda a informação que é publicada na im-prensa portuguesa, através de um serviço de clipping (recortes de imprensa). As notícias publicadas são analisadas segundo três critérios: publicação, te-mas tratados e fontes de informação que veicularam as notícias.

Metodologia:

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3 Notícias por Tema3º Trimestre

· Projectos APCOR· Montado/Floresta· Indústria de Cortiça· Exportações de Cortiça· Produtos Cortiça

3%

16%

5%

6%

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8%

13%

· Cortiça e Ambiente· Empresas· Crise Sector da Cortiça· Outros

4 Fonte de Informação3º Trimestre

· APCOR· Empresas de cortiça· Autarquias/governo· Outras associações· Outros

31%

19%

3%

26%

21%

3%

14%

In, http://www.dinheirovivo.pt/Buzz/Artigo/

CIECO058825.html, 12 de Setembro de 2012

A cortiça passou a ser usada pela Candigrés na

elaboração dos seus produtos: tijolos, tijoleiras e

peças especiais com características refractárias. O

aglomerado de cortiça expandida – ICB da ISOCOR/

SOFALCA – foi o escolhido. É um produto natural,

fabricado a partir da expansão dos grânulos de

cortiça, por acção directa do vapor de água sobre

aquecido, sem aditivos. Isolante térmico e acústico

por excelência, a sua durabilidade mantêm-se inal-

terável com o decorrer dos anos.

O Sistema Candiwall Cork, denominação do produ-

to, caracteriza-se por guias horizontais na medida

da forra cerâmica, que facilitam o assentamento da

fachada, variando a espessura das placas de cor-

tiça em função da zona climática ou da utilização

pretendida. Existem dois tipos: Nature - Sistema de

revestimento e isolamento térmico e acústico de

fachadas interiores/exteriores com junta natural; e

Therm - Sistema de revestimento e isolamento tér-

mico e acústico de fachadas interiores/exteriores

com junta preenchida.

In, http://www.portugalglobal.pt/PT/PortugalNews/Paginas/NewDetail.aspx?newId={F2C9CB80-6E8E-429B-9A24-36CA64C162F3} , 19 de Setembro de 2012

O Parque de Exposições de Paços de Ferreira esco-

lheu a cortiça para o seu revestimento de eleição.

Assume-se como o maior edifício português revesti-

do com este material e conta com 10 mil metros qua-

drados de paredes exteriores. Esta etapa faz parte de

uma remodelação que o parque será alvo, num obra

orçada em 1,4 milhões de euros, e que visa transfor-

má-lo num espaço multiusos para albergar espectá-

culos e eventos desportivos, com capacidade para 30

mil pessoas de pé. A conclusão da obra está prevista

para o início do próximo ano.

In, Grande Porto, 31 de Agosto de 2012

A empresa Ahua, dedicada à construção de pran-

chas de surf, escolheu a cortiça para a elaboração

das suas handplanes (prancha pequena que é presa

à mão). O facto de ser um produto natural, portu-

guês e mais barato foram os factores relevantes. Se-

diada no Monte da Caparica, a empresa já produziu

até à data 80 pranchas de mão, tendo como Portu-

gal o seu principal mercado.

In Sol, 31 de Agosto de 2012

Cork it All, desenvolvido pelo departamento de En-

genharia Mecânica e Design Studio da Faculdade de

Engenharia da Universidade do Porto e comerciali-

zado pela empresa Larus, é um sistema modular da

autoria do arquitecto Pedro Joel Costa e que utiliza

painéis compósitos à base de cortiça, da empresa Se-

dacor. Pode ser aplicado a todo o tipo de construção,

permite o manuseamento fácil e aplicação simples.

In, Arquitectura & Construção, 01 de Agosto de 2012

A Associação de Moradores de Ferraria de São João

está a apelar à adopção de cerca de uma centena de

sobreiros com vista a cativar o interesse para aquela

aldeia de xisto. Localizada no limite dos concelhos

de Penela (Coimbra) e Figueiró dos Vinhos (Leiria), a

aldeia quer dinamizar a região, valorizando os seus

recursos endógenos. O valor da adopção varia entre

os 40, 60 e 80 euros dependendo do tamanho da

árvore. O adoptando pode personalizar o sobreiro e

ainda terá 50 por cento do valor da venda da cortiça.

In Diário de Leiria, 27 de Agosto de 2012

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Esta celebração anual tem como objectivo sen-sibilizar a sociedade civil para a importância de uma gestão florestal responsável e para o signi-ficado da marca FSC.“As florestas dão-nos tanto, as secretárias onde nos sentamos, o papel onde escrevemos, o banco do jardim onde assistimos às brinca-deiras das nossas crianças. Na maior parte das vezes nem nos lembramos disso no nosso dia--a-dia. Este dia, FSC Friday, é a celebração disso mesmo. Há quase 20 anos que o FSC procura contribuir para as escolhas responsáveis dos consumidores, no que diz respeito aos produtos florestais. Com este dia dedicado ao FSC, quere-mos levá-los a pensar sobre as florestas de uma forma ainda mais responsável”, refere Vera San-tos, Secretária Executiva do FSC Portugal.Vários eventos, promoções e actividades tive-ram lugar nos vários países que aderiram a esta

FSC® celebra os espaços florestais

iniciativa do FSC. No site http://www.fscfriday.org/2012-events.10.htm encontra detalhes dos vários eventos realizados. Por exemplo na nossa vizinha Espanha, o tema do FSC Friday foi El Jar-din de los Sueños (O jardim dos sonhos) e dedi-cou-se à cortiça. De entre as iniciativas destaca-se conferências em torno da cortiça e do montado, da reciclagem da cortiça e as várias utilizações da cortiça.O FSC Portugal celebrou o FSC Friday pela primei-ra vez este ano. Para tal acompanhou a primeira comemoração oficial de uma empresa gráfica recentemente certificada, a Clickprint, onde es-tiveram presentes vários fornecedores, clientes, entidades certificadoras e empresas consulto-ras. O FSC Portugal enviou também uma nota de imprensa para os media, tendo desafiado as entidades certificadas (empresas e organizações gestoras de áreas florestais) a fazerem o mesmo,

expressando o seu compromisso com o FSC, fa-zendo um balanço da experiência de ter aderido à certificação FSC ou, ainda, apresentando os objectivos relativamente ao FSC para o próximo ano. E alguns dos membros da direcção do FSC acrescentaram um cunho mais pessoal, como a Quercus, que dedicou o seu programa “Minuto Verde”, emitido durante a emissão do Bom Dia Portugal, na RTP, ao FSC e ao que este significa. Disponível para visualização em http://www.rtp.pt/play/p55/minuto-verde .Registe-se que a certificação FSC é um sistema adoptado por muitos produtores florestais de montado em Portugal e, também, por algumas empresas de cortiça, no que toca à cadeia de custódia. Assim, existem, em Portugal cerca de 100 mil hectares de montado certificado e 17 empresas de cortiça.

No passado dia 28 de Setembro, o Forest Stewar-dship Council® (FSC) celebrou os espaços florestais existentes no mundo inteiro. Desde 2008, que a úl-tima sexta-feira do mês de Setembro, designada por Sexta-feira FSC (FSC Friday), é comemorada todos os anos pelos Parceiros e Partes Interessadas Nacionais da rede FSC.

O jardim dos sonhos é de cortiça

FLORESTA.12 APCORNOTÍCIAS

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NOTÍCIAS NOTÍCIAS APCOR .13

Movimento para defender o montado de sobroO Movimento pela Defesa do Montado de Sobro foi criado no corrente ano e tem por objectivo a protecção, desenvolvimento e manutenção da vitalidade deste montado, em Portugal. Este movimento está aberto a todos aqueles que valorizem a importância do sobreiro e do montado de sobro, qual-quer que seja a sua relação profissional ou afectiva com os mesmos, e propõe-se cola-borar com todas as entidades que promo-vam a sua defesa, protecção, investigação e desenvolvimento.No sítio http://movimentomontadodesobro.webnode.pt/, recentemente criado, encon-tra informação sobre como aderir ao movi-mento, projectos e acções desenvolvidos, uma compilação de legislação sobre a área, publicações, links para outras entidades de relevo entre outros.

A APCOR acaba de estabelecer um protocolo com a LeasePlan, líder nacional e mundial em renting e gestão de frotas, no âmbito do seu serviço LeasePlan Go, a única loja online, em Portugal, onde é possível encomendar um au-tomóvel em regime de renting. Com este acor-do, a APCOR pretende disponibilizar, aos seus associados, as vantagens para o seu negócio desta modalidade de financiamento automóvel.Em www.leaseplango.pt, os nossos associados têm acesso a um simulador que lhes permi-te efectuar cotações e encomendas de auto-móveis e encontrar a melhor solução para as suas necessidades de uma forma fácil e rápida. Podem também aceder a ofertas especiais, re-novadas mensalmente, sempre com o selo de qualidade da LeasePlan. Ao contratarem este serviço, e mediante uma renda mensal fixa, to-dos os serviços de manutenção estão incluídos, bem como seguro, impostos, pneus, veículo de substituição, entre outros. Passam ainda a be-neficiar da transferência para a LeasePlan de to-das as questões burocráticas e, sobretudo, dos

APCOR assina protocolo com serviço de renting LeasePlan Go

riscos de todos os custos associados à gestão das suas frotas, bem como da desvalorização comercial dos automóveis.“Na actual conjuntura, em que as empresas associadas da APCOR necessitam de encontrar formas de rentabilizar a sua actividade e racio-nalizar os seus custos, o LeasePlan Go permitir--lhes-á o acesso a um conjunto de serviços que asseguram uma gestão profissional da sua frota e, consequentemente, um maior grau de con-trolo sobre os custos associados aos seus auto-móveis”, refere António Oliveira Martins, Direc-tor Geral da LeasePlan Portugal.No âmbito desta parceria, a LeasePlan deu o seu apoio à 3ª Edição da Gala Anual da Cortiça, que decorreu no dia 21 de Setembro, no Centro de Congressos e Exposições da Alfândega do Porto (Sala do Arquivo).Mais informações sobre este protocolo pode ser encontrada na área reservadoa dos associados da APCOR em www.apcor.pt/extranet/proto-colos/detalhe.php?id=130.

António Oliveira Martins, Director Geral da LeasePlan Portugal e João Rui Ferreira, presidente da APCOR assinam protocolo

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A APCOR tem vindo a estabelecer acordos/pro-tocolos de cooperação com diversas entidades e de áreas distintas, no sentido de conseguir van-tagens para os seus associados nos produtos/serviços disponibilizados por estas empresas. O

Protocolos APCOR – as vantagens de ser associado

Nome da Entidade Serviços que prestam Benefícios

Academia de Futebol José Alberto Loureiro Neto Nogueira da Regedoura Academia de Futebol Desconto 20% na mensalidade.

Club Thallaso Spa Espinho Club Spa Desconto 10% sobre o preço de balcão.

Ginasius, Lda. Paços de Brandão Ginásio Oferta jóia inscrição + desconto 10% em todas as modalidades.

Curves Santa Maria da Feira Ginásio p/Senhoras Oferta jóia inscrição + oferta de 1 mês, num ano.

Mediclamas - Clinica Médica e Dentária Santa Maria da Feira Clinica Médica Desconto entre 10% e 15%, nos diversos serviços que presta.

Óptica Nunes, Lda. Santa Maria da Feira Serviços Ópticos Desconto entre 15% e 25%, nos diversos produtos e serviços que disponibiliza.

LeasePlan - Comércio e Aluguer de Automóveis e Equipamentos, Unipessoal, Lda.

Porto SalvoAluguer Operacional e de Gestão de Frotas Automóveis

Preços mais vantajosos nos Serviços que disponibilizam.

A ESCOLINHA, Vieira & Silva, Lda. VergadaEscola com Álvará para crianças dos 3 aos 10 anos

Preços mais vantajosos dos seus Serviços (Jardim de Infância, ATL, Apoio Pedagógico, Etc.).

Azevedos Indústria - Máquinas e Equipamentos Industriais, SA

LourosaProdução de máquinas para a indústria da cortiça

Preços mais vantajosos dos seus produtos e Serviços (Produção de máquinas para a indústria da cortiça).

Câmara do Comércio e Indústria Luso-Espanhola Lisboa Prestação de Diversos serviçosFomento das relações económicas e comerciais entre Portugal e Espanha (Desconto 10% para associados).

Cannon Hygiene Portugal, Lda. Alcabideche Serviços e produtos para WC’s Desconto entre 5% e 15%, nos diversos produtos e serviços que disponibiliza.

Faculdade Letras da Universidade do Porto PortoBolsa de Emprego e Saídas Profissionais

Disponibilização do acesso directo à bolsa emprego interactiva da FLUP.

FuturSolutions - Sistemas Eléctricos e Domótica, Lda. Lourosa/Alcobaça Energias Renováveis Preços mais vantajosos nos serviços e produtos que disponibiliza.

Incentivent - Incentivos e Eventos, Lda. Porto Organização de EventosPreços mais vantajosos nos serviços de apoio organizacional e concepção de eventos e incentivos.

Lima Pack, Unipessoal, Lda. São João de Vêr Fabrico Telas EspeciaisPreços mais vantajosos (de 1 e 5% de desconto) nos produtos que fabrica e comercializa.

Museu Convento dos Lóios Santa Maria da Feira Projectos de Indole CulturalPreços mais vantajosos na utilização da Sala Polivalente do Museu, assim como visitas gratuitas.

RESIBRAS - Companhia Portuguesa de Resinas para Abrasivos, SA

PalmelaProdução e Comercialização de aglomerantes

Tarifas mais vantajosas nos produtos que produz e comercializa.

Universidade Lusíada Lisboa/Porto/Matosinhos Universidade Tarifas mais vantajosas nos cursos que lecciona.

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associado deve fazer prova da sua condição, me-diante uma credencial facultada pela APCOR e que deve ser pedida nos serviços da associação. As condições dos protocolos estão disponíveis, na íntegra, na Extranet da APCOR – área reserva-

da aos associados -, mas segue abaixo alguns dos protocolos existentes e seus benefícios. Iremos divulgar, por fases, todos os protocolos estabele-cidos. Para mais informações contacte os serviços da APCOR (Tel. 227 474 040 ou [email protected]).

PROTOCOLOS.14 APCORNOTÍCIAS

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ENTREVISTA

Rolhas de cortiça servem para fazer um retrato

Noticias APCOR/ BlogYourWine.com - Qual é o seu percurso como artista? A elabora-ção destas peças é o seu trabalho a tempo inteiro? Scott Gundersen - Eu cresci em North-West Mi-chigan, EUA, e sempre gostei de trabalhos ma-nuais e de desenhar. Depois do colégio, fui para a Western Michigan University, em Kalamazoo, para estudar arte e educação. Nos últimos 10 anos, estou a dar aulas num colégio de arte e, por isso, desenvolvo o meu trabalho no tempo livre que tenho durante as aulas e despendo mais algumas horas durante o verão. Quantas peças de arte em cortiça já realizou? “Trisha” é a minha terceira peça e a mais peque-na das que já criei. O meu primeiro retrato com rolhas de cortiça foi da minha mulher Jeanne e usei um total de 3842 rolhas.Um ano depois, criei um retrato de uma amiga do Ruanda, chamada Grace, e usei 9217 rolhas. Estou agora a trabalhar no meu maior trabalho, um auto-retrato, e penso usar entre 12 a 15 mil rolhas de cortiça. Quanto maior for a peça cria-da, mais pormenor posso incluir. Gosto muito das minhas peças pequenas, possibilitam mui-tos desafios na criação e resultam em quadros interessantes.

Como lhe surgiu a ideia de usar rolhas nas suas obras? Elaborei o meu primeiro retrato em 2009, no en-tanto a ideia surgiu-me dois anos antes, em 2007. Estava a viajar por África e inspirei-me na desen-voltura das pessoas que conheci. Eles fazem uso de tudo o que têm, reutilizam objectos que a maioria das pessoas considera lixo. Eles reciclam e criam ferramentas, roupas e arte. Na América, poderíamos chamar a isto “up-cycling”, mas para eles faz parte do senso-comum usar novamente objectos. A sua atitude ingénua fez-me pensar que objectos eu estava a deitar fora e que po-deria usar para fazer as minhas obras. Beber um copo de vinho no caminho para casa durante a viagem levou-me a pensar como é que eu po-deria conceber um retrato com rolhas de cortiça.

Rolhas de cortiça, um retrato, imaginação. Scott Gundersen não precisou de mais nada para conceber as suas obras. Já vai no terceiro quadro, mas não quer ficar por aqui. Precisa apenas da ajuda de todos para a recolha e envio das rolhas.

Scott Gundersen junto a um dos seus quadros

Quanto tempo, mais ou menos, é que de-mora a criar uma peça? É difícil dizer, mas uma peça pequena como a Trisha demorou 2 a 3 semanas. Uma vez feita toda a parte inicial do trabalho (desenhar a ima-gem, construir a moldura, etc) a colocação das rolhas é relativamente rápida.

As pessoas podem contratá-lo para realizar o seu retrato? E quanto isso pode custar? Ocasionalmente, aceito encomendas. Há mui-tos factores que podem influenciar o custo da peça. Se as pessoas estiverem curiosas ou quei-ram comprar uma obra podem escrever-me para o e-mail [email protected].

Como é que conseguiu arranjar tantas rolhas? Cada peça usa milhares de rolhas. Para a minha primeira peça, coleccionei rolhas de cortiça durante dois anos, e consegui juntar cerca de cinco mil para o retrato da Jeanne. As pessoas

Aspecto geral da sala de trabalho do artista

começaram a aperceber-se do meu trabalho e colaboraram. As rolhas foram chegando cada vez mais rápido. Ainda esta semana uma se-nhora inglesa enviou-me uma caixa com rolhas que já guardava há anos. Um amigo também deu início a um programa de recolha de rolhas numa loja de vinho local. Mesmo com todas as rolhas que chegam, posso dizer que vou sem-pre precisar de mais.

Como é que as pessoas lhe podem enviar as rolhas? Como disse estou sempre a precisar de mais rolhas. Se alguém quiser enviar as suas rolhas para fazer parte do meu próximo quadro, pode enviar-me um e-mail para se combinar o envio. Adoraria enviar uma impressão com uma dedi-catória em troca das suas rolhas.

Em colaboração com: BlogYourWine.com

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APONTAMENTOS DA HISTÓRIA

Inquérito Industrial de 1890 (1891). Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria. Direcção Geral do Comér-cio e Indústria. Lisboa: Imprensa Nacional.

Nuno Silva - Historiador [email protected]

No último texto apresentado neste espaço demos a conhecer parte da realidade industrial corticeira do século XIX através da descrição dos números conti-dos nos inquéritos anteriores a 1881. Nesta edição ire-mos apresentar a restante caraterização, toda ela con-tida numa única fonte, o Inquérito Industrial de 1890.Este inquérito industrial é de maior dimensão esta-tística e mais completo quando comparado com os anteriores. Apresenta números mais próximos do que seria a realidade industrial corticeira naquela época. Tinham então sido contabilizadas 117 unidades fa-bris divididas da seguinte forma: 4 na Feira, distrito de Aveiro, cerca de 3,42% do total nacional; 1 em Cuba, 10 em Odemira e 1 em Ourique, todas no dis-trito de Beja, representando em conjunto 10,26% do total nacional; 3 em Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga, totalizando 2,56% ao nível nacional; 2 no distrito de Bragança representando 1,71% daque-le total, situadas uma em Mogadouro e outra em Vimioso; 1 em Proença-a-Nova, distrito de Castelo Branco, ou 0,85% ao nível nacional; 2 em Estremoz, 15 em Évora, 6 em Montemor-o-Novo, 1 em Portel, 2 em Viana do Alentejo, todas no distrito de Évora, to-talizando 26 fábricas, representando cerca de 22,22% do total nacional; no distrito de Faro existiam cerca de 15 unidades industriais, espalhadas por Faro com 1, Lagoa com 1, Portimão com 2 e Silves com 11, a soma destas representava cerca de 12,82% do total nacional; em Lisboa existiam cerca de 34 unidades fabris, representando 29,06% do total nacional, distri-buídas pelos concelhos de Almada com 4, do Barreiro com 2, de Grândola com 3, Lisboa subdividia-se em 4 “bairros”, sendo que no “1º Bairro” existiam 7 unidades fabris, no “2º Bairro” apenas 1, no “3º Bairro” não é feita qualquer menção e no “4º Bairro” existiriam cerca de 2, no concelho da Moita existia 1, em Santiago do Ca-cém existiam 12 e em Setúbal existiam 2; no distrito de Portalegre existiam 3 indústrias corticeiras, 2 em Ponte de Sôr e 1 em Sousel, situando a soma distri-tal em 2,56% do total nacional; no distrito do Porto estavam contabilizadas 6 unidades fabris, totalizando 5,13% ao nível nacional, distribuídas pelos concelhos de Bouças com 1, do Porto (Bairro Ocidental) com 3 e de Vila Nova de Gaia com 2; estavam contabilizadas 10 unidades industriais no distrito de Santarém, sig-nificando 8,55% do total nacional, distribuídas pelos concelhos da Chamusca com 1 unidade, por Abran-tes também com 1, e por Coruche com 8 unidades; por fim no distrito e concelho de Viana do Castelo existia 1 unidade fabril, simbolizando apenas 0,85% do total das unidades ao nível nacional.Aquelas 117 unidades fabris continham em suas estruturas a laborar um total de 2533 operários dis-tribuídos da seguinte forma: 90 mestres, 3,55% do total; 2247 operários, 88.71% do total, 196 aprendizes, 7,74% do total nacional. Dos 2533 operários, cerca de 98,89% eram do sexo masculino, e cerca de 1,11% do feminino, representando 2505, e 28 respetivamente. Cerca de 2.494 funcionários eram portugueses sig-nificando 98,46% da totalidade, restando 1,54% para a comunidade estrangeira. Por distritos, os que mais contribuíam com mão-de-obra corticeira eram Faro com 1128 funcionários, cerca de 44,53% do total na-cional; Lisboa com 950, representando 37,50% do to-tal nacional; Évora e Beja contavam ambas com cerca de 150 operários em suas indústrias, totalizando cada distrito cerca de 5,92% da soma nacional; o distrito do Porto, com 55 operários, representava 2,17% da-quela soma; seguia-se Santarém com 1,50% do total

A cortiça nos Inquéritos Industriais oitocentistas: Parte II

nacional, significando 38 operários; Bragança com 35, representava cerca de 1,38%; Portalegre 0,39% com apenas 10 operários; em Aveiro laboravam 8 funcionários, ou cerca de 0,32% do total nacional; em Castelo Branco contava com 5 funcionários, ou seja cerca de 0,20% à escala nacional; em Braga apenas 3 operários, cerca de 0,12% da soma nacional; e, por fim, Viana do Castelo com 1 único operário signifi-cava 0,04% do total nacional. Mendes (2002, p. 164) aponta para a existência de 3616 operários no ano de 1890. Por seu turno Mendes (1980, p. 38) refere que em 1896 existiam cerca de 70 empresas, contando com 4380 operários e para o ano de 1899 cerca de 5.000. Em média estes operários auferiam “em jornal” no máximo 0,51 réis, e no mínimo 0,24; por “empreita-da” os valores eram 0,61 réis no valor máximo, e 0,34 réis no mínimo; os aprendizes “de jornal” recebiam em média cerca de 0,12 réis como valor máximo, e 0,10 réis como mínimo; enquanto que “de empreitada” os valores subiam para cerca de 0,50 réis de valor máxi-mo e 0,30 réis de mínimo.Continuando esta caracterização, abordando agora a secção dos motores, notamos a existência de cerca de 7 com uma potência total de 52 cavalos e que se distribuíam da seguinte forma: 1 roda hidráulica com 12 cavalos de potência, situada em Silves; 3 máquinas a vapor no distrito de Lisboa com uma potência total de 28 cavalos e 1 do tipo no Porto com 8 cavalos; 1 turbina localizada em Santiago do Cacém, não sendo mencionada a potência; 1 motor a gás com 4 cavalos situado em Lisboa (1º Bairro). Em relação às “máchinas especiaes e apparelhos”, ou seja equipamentos utili-zado apenas para o trabalho da cortiça, encontramos “Máquinas de rabanear” das quais existiam 2, ambas no distrito de Lisboa; “Máquinas para quadrar”, que eram 5, todas também situadas em Lisboa; “Máquinas de fazer rolhas” eram cerca de 70 espalhadas por Beja com 3, Évora com 1, Faro com 16 e Lisboa com 50; “Prensas” existiam 14, divididas por Beja com 2, Faro 2, Lisboa com 9 e Porto com 1; “Maquinas de cortar rolhas” eram 6 situadas em 1 em Évora, 3 em Faro, 2 em Lisboa; “Máquinas de calibrar” eram 4, distribuídas por Faro com 2 e Lisboa também com 2; e “Máquinas de cintar” existia 1 em Lisboa. Inferimos, assim, que no distrito de Lisboa se situavam as indústrias com mais equipamentos e sistemas técnicos, com cerca de 71,43% da totalidade de motores e 66,96% de má-quinas ou equipamentos para laborar a cortiça. A este distrito seguia-se o de Faro, sobretudo o concelho de Silves com cerca de 24,11% do total destas máquinas, encerrando assim esta extensa caracterização. Se no Inquérito de 1881 eram os distritos de Portale-gre e de Faro que tinham a preponderância da indús-tria corticeira nacional, neste passam a ser os distritos de Lisboa (contendo administrativamente, naquela época, o actual distrito de Setúbal) e o distrito de Évora. Assim como o ocorrido no século XIX, o mapa industrial corticeiro viria a sofrer alterações durante a centúria seguinte, firmando o distrito de Aveiro e, em particular, o concelho de Santa Maria da Feira como líderes desta realidade até ao presente.

Fontes e Bibliografia:ALVES, Jorge Fernandes Alves (2007). De pedras fez terra - Um caso de empreendedorismo e investimento agrícola no Nor-deste Transmontano (Clemente Menéres). In Revista da Facul-dade de Letras - História. Porto: FLUP. III Série. Vol. 8, p. 122.

Diário da Câmara dos Senhores Deputados da Nação Portu-gueza (1839-1899). Lisboa: Imprensa Nacional.

FONSECA, Hélder Adegar (1996). As elites económicas alen-tejanas, 1850-1870: Anatomia Social e Empresarial. In Análise Social. Vol. XXXI. Instituto de Ciências Sociais da Universida-de de Lisboa, pp. 711-748.

Inquérito Industrial de 1890 (1891). Ministério das Obras Publicas, Commercio e Industria. Direcção Geral do Comércio e Indústria. Lisboa: Imprensa Nacional.

LAINS, Pedro (1995). A economia portuguesa no século XIX: crescimento económico e comércio externo 1851-1913. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda.

MATOS, Ana Cardoso (1991). A indústria no distrito de Évo-ra, 1836-90, in Análise Social. Vol. XXVI (N.º112- 113). Lisboa: Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, pp. 561-581.

MENDES, Américo M. S. Carvalho (2002). A Economia do Sec-tor da Cortiça em Portugal. Evolução das actividades de pro-dução e transformação ao longo dos séculos XIX e XX. Porto: Universidade Católica Portuguesa.

NEVES, Pedro (2007). Grandes Empresas Industriais de um País Pequeno: Portugal, da década de 1880 à 1ª Guerra Mundial. Dissertação de Doutoramento. Lisboa: Universidade Técni-ca. Instituto Superior de Economia e Gestão.

PARREIRA, José Joaquim Andrade (1998). A industrialização da cortiça no norte de Portugal: o caso das fábricas Menéres. In A Indústria Portuense em perspetiva histórica. Actas do Colóquio. Porto: Faculdade de Letras, pp. 173-181.

PEDREIRA, Jorge Miguel (1989). Estrutura Sectorial e Regional da Indústria Portuguesa: Estatística e Cartografia. Os Inquéri-tos Industrias da Junta do Comércio (1815-1825). In Revista de História Económica e Social. N.º27. Lisboa: Sá da Costa Editora.

SILVA, Nuno Miguel Ferreira da Silva (2010). A cortiça nos de-bates parlamentares da nação portuguesa (1839-1899). Tese de Mestrado em História Contemporânea. Porto: Faculdade de Letras.

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O novo museu da cortiça em Palafrugell, Catalunha, Espanha, foi oficialmente inaugurado a 29 de Junho, e contou com a presença de inúmeras personalidades, incluindo o presidente da Generalitat de Catalunya, Artur Mas. O espaço está situa-do na nave da antiga fábrica de cortiça Can Mario, que foi remodelada para poder receber a estrutura museológica. O museu conta com uma sala de exposições de 240 metros quadrados e que al-berga uma mostra sobre a fábrica na década de 1920, chamada “Si les parets par-lessin” (Se as paredes falassem). No auditório-sala de audiovisuais é possível assistir a uma projecção sobre a história da fábrica, realizado por Jordi Riba e Jordi Rocas, e participar em oficinas sobre a cortiça para todas as idades.No piso inferior, a aguardar uma exposição permanente, é possível encontrar três exposições: uma com fotografias de Josep Capellà sobre o descortiçamento, outra sobre a transformação da cortiça a nível industrial, denominada “Literasuro” de Pru-denci Bertrana e uma mostra de artesanato tradicional em cortiça. A antiga fábrica de Can Mario, mais tarde propriedade da empresa Armstrong, foi fundada em 1900 e era uma das mais importantes para o sector da cortiça na Ca-talunha, chegando a representar um terço do total. É uma das poucas fábricas que introduz o conceito de imagem na concepção e decoração do edifício, buscando ideias à corrente do modernismo. Mais informações podem ser encontradas em http://www.museudelsuro.cat/ .

NOTÍCIAS

Recanto do museu com maquinaria da indústria de cortiça

Palafrugell com novo Museu sobre a cortiça

Museu recebe exposições sobre o sector

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ASSOCIADOS

“A cortiça e os seus produtos têm uma imagem muito positiva”

João Brito, director-geral da SOCORI

A SOCORI – Sociedade de Cortiças de Riomeão S.A. nasceu em 1988, como filial do grupo francês ETS Christian Bourrassé, S.A. Localizada na Rua da Tapadinha, em Rio Meão, começou por laborar apenas com 14 funcionários, contando, nos dias de hoje, com cerca de 270. A empresa começou por comprar rolhas de cortiça e só gradualmente é que avançou para a sua produção. As rolhas na-turais foram o primeiro produto, depois avança-ram para os granulados e as rolhas aglomeradas e de sidra pelo método de extrusão. Mais tarde alargou a sua actividade à manufactura de discos e rolhas técnicas 1+1, seguindo-se o fabrico de rolhas de microgranulado, e mais recentemente é que apostaram nas rolhas de champanhe. Des-

taca-se que a empresa detém todo o processo para a produção destas rolhas, desde a aquisição da cortiça directamente na floresta e entrada em estaleiro até à marcação e embalagem, passan-do, ainda, por um laboratório que assegura os testes de controlo da qualidade, em duas es-truturas que perfazem mais de 22 000 metros quadrados de área coberta, destacando-se a área para o estaleiro que ocupa mais de 50 000 me-tros quadrados.A casa mãe em França e a delegação da empresa no Chile recebem a maior parte da produção de rolhas da SOCORI. Daqui, as rolhas da empresa partem para vários países no mundo. A SOCORI conta, actualmente, com uma produ-

ção anual de rolhas na ordem dos 700 milhões e um volume de vendas que ronda os 34 milhões de euros/ano.A empresa é certificada pelo Systecode, desde 2002, sendo que este ano conseguiu a certifica-ção Premium – a Confederação Europeia da Cor-tiça lançou este ano o desafio às empresas para uma certificação mais apertada e que premeia as empresas com preocupações ambientais, dan-do o nome de Sytecode Premium. “Este sistema tem servido para melhorar significativamente a qualidade dos produtos de cortiça e deve ser aprofundado continuamente”, refere João Brito, diretor-geral.A SOCORI é, ainda, certificada pelo sistema Fo-restStewardshipCouncil (FSC) na sua cadeia de custódia.

APCOR na defesa comum dos interesses dos associadosPara a empresa associada da APCOR “a defesa co-mum dos interesses dos associados e de tudo o que está relacionado com a fileira” são dois dos pontos a destacar no trabalho da associação. João Brito, director-geral da SOCORI, aponta ainda “a recepção de informação legal e acon-selhamento, as estatísticas e a informação geral sobre o que se passa no mundo da cortiça e da utilização dos seus produtos e a promoção inter-nacional da cortiça.” O associado lembra ainda “a criação do Centro Tecnológico da Cortiça (Ctcor) e o Centro de Formação Profissional da Indústria da Cortiça (Cincork), o lançamento do Systecode, a participação na Associação Interprofissional da Fileira da Cortiça (Filcork), a organização do Congresso Mundial da Cortiça e da Gala Anual, e o grande projecto de comunicação InterCork – Promoção Internacional da Cortiça.” Para trabalho de casa, João Brito sugere “o reforço do trabalho conjunto entre a APCOR, o Ctcor e o Cincork, com o objectivo de alargar e melhorar o apoio aos empresários, o apoio às empresas mais pequenas na melhoria contínua da qualidade dos seus produtos, a continuação do InterCork e o re-forço da cooperação com as associações de pro-dutores florestais na defesa da fileira da cortiça.”De um ponto de vista sectorial, o director-geral da SOCORI, considera que “a imagem da cortiça e dos seus produtos é muito positiva. É reconhe-cido que a indústria fez enormes investimentos e um grande esforço para melhorar a qualidade e performance dos seus produtos.” Mas lembra que “é necessário um trabalho permanente e de consolidação do que foi feito, aliado à aposta na inovação e no desenvolvimento de novos pro-dutos. Só assim se conseguirá a recuperação e alargamento dos mercados da cortiça.”

Estaleiro ocupa mais de 50 000 metros quadrados

SOCORI produz cerca de 700 milhões

rolhas/ano

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PROGRAMAS

Programa Principais actividades em curso Próximas actividades

Programa APCOR / ONS

· Trabalho de análise e tradução de normas, em função do Programa de Normalização;

· Preparação e realização de reuniões de acompanhamento do trabalho no seio das subcomissões da CT 16;

· Preparação de respostas a dar em função das actividades e solicitações dos grupos internacionais ISO/TC 87, CEN/TC 134, CEN/TC 88 e CEN/TC 99;

· Preparação das reuniões de grupos de trabalho e Plenário do grupo internacional ISO TC/87, em Portugal (APCOR) – 18 e 19 de Outubro 2012;

· Preparação da participação em conferência sobre o dia mundial da normalização, no IPQ.

· Elaboração de respostas a dar em função das actividades e solicitações dos grupos internacionais ISO/TC 87 CEN/TC 134, CEN/TC 88 e CEN/TC 99;

· Trabalho de análise, tradução e verificação de normas, em função do Programa de Normalização;

· Realização das reuniões dos grupos de trabalho e Plenário do grupo internacional ISO/TC 87 em Portugal (APCOR) – 18 e 19 de Outubro 2012;

· Participação em conferencia no IPQ, dia 15 de Outubro;· Realização de reuniões com as diversas subcomissões para acompanhamento e monitorização das actividades do Programa de Normalização.

Programa Formação PME

· Elaboração e submissão dos Relatórios Finais de Intervenção nas empresas que terminam a sua intervenção neste período;

· Finalização da intervenção nas empresas atrás referidas;· Finalização e Encerramento de todas as actividades até final de Setembro/2012.

· Preparação do pedido de reembolso final para posterior encerramento do projecto.

GIP APCOR – Gabinete de Inserção Profissional

· Criação e abertura do GIP na Casa do Povo de Santa Maria de Lamas;· Definição da lista de público de intervenção – população local em situação de procura de emprego e formação profissional – oriundo das freguesias: Santa Maria de Lamas, Mozelos e S. João de Vêr;

· Divulgação do GIP às empresas de cortiça e inicio do plano de visitas com vista ao levantamento de necessidades de emprego

· Continuação das acções anteriores ao nível da divulgação e visitas às empresas;

· Encaminhamento dos utentes do GIP para as ofertas formativas do CINCORK.

Desenvolvimento do sistema nacional de declarações ambientais de produtos (DAP) para o Habitat (DapHabitat)

· Continuidade da criação da estrutura de base das Regras para a Categoria de Produto (RCP).

· Participação no Congresso de Inovação na Construção Sustentável (CINCOS´12)

· Continuidade dos trabalhos

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Page 20: Associação Portuguesa da Cortiça · O evento teve o apoio principal da LeasePlan - Comércio e Aluguer de Automóveis e Equipa-mentos Unipessoal, Lda. – e, ainda, o apoio de

Peças da POROUT em exposição em Guimarães

Exposição de mobiliário urbano em cortiçaA Fábrica ASA, em Guimarães, acolheu no mês de Setembro, a inauguração da exposição “Industrial | Natural”, de António Monteiro Guedes, e que vai estar patente até 31 de Dezembro. Os objectos criados pelo arquitecto vimaranense, em colaboração com o empresário Pedro Vieira, resultam da pesquisa e desenvolvimento de produtos à base de cortiça e betão destinados ao espaço público.Os materiais naturais, provenientes da metamorfose industrial (processo de transformação de aglomerado de cortiça), adquirem nova vida e nova alma nesta curiosa (re)interpretação dos objectos de uso urbano quotidiano.Estes objectos, que vão estar em exposição no âmbito da Guimarães - Capital Europeia da Cultura, são parte da colecção PORTOUT.A marca foi, também, apresentada durante a inauguração da mostra e nasce da ligação de António Guedes e Pedro Vieira à cidade onde estão sediados, à sua forma de trabalhar e às metas a que se propõem.

Livro sobre cortiça ensina professores “Bases teóricas para las contextualizaciones didácticas con contenidos corcheros” é o título do livro recentemente lança-do em Espanha, da autoria de Adrián Tejeda Cano. Na obra, o professor, com formação em biologia, fala da importância do sector suberícola nos modelos de desenvolvimento sustentáveis. É um documento com particular interesse para o professor da área das ciências e tecnologia e para o público em geral que queira aprofundar o seu conhecimento sobre a história, a ecologia e a economia relacionadas com o sobreiro. “Para os territórios onde a cortiça é um modo de vida e um suporte para a sua realidade socioeconómico e ambiental deve haver um compromisso para difundir o seu valor e importância”, explica o autor. E continua: “neste âmbito, uma ferramenta estratégica de divulgação poderia ser a incorporação nos currículos oficiais destas temáticas.” “Em Espanha há margem para se introduzir, de forma complementar aos currículos existentes, a promoção dos valores identitários da comunidade educativa envolvente. E, este livro, pretende ser um compêndio teórico para ajudar os pro-fessores nesta tarefa”, conclui.O livro está à venda em http://editorialq.com/tienda/index.php, por 27€, e pode ser consultado na biblioteca da APCOR.

NOTÍCIAS

Capa do livro de Adrián Tejeda Cano

Cena da ópera com a cortiça em fundo

Cortiça em cenário de ópera O Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, foi o palco da ópera “L’ Enfant et les sortilèges”, de Maurice Ravel, que levou a cena 120 crianças da Academia de Música Valentim Moreira de Sá, da mesma cidade, com idades entre os 12 e os 16 anos. A particularidade desta ópera é que tinha como cenário 70 metros quadrados de cortiça que, segundo a responsável da instituição, Márcia Martins, serviu para “criar um cenário mais realista e sonhador.” E referiu “foi um evento com grande adesão e excelente acolhimento junto do público da Guimarães - Capital Europeia da Cultura 2012.”A cortiça foi cedida pela associada da APCOR, Corticeira Viking, Lda.

Universidade de Évora promove a cortiça A Universidade de Évora abriu o ano lectivo com uma homenagem à cortiça. No dia 14 de Setembro, na sala da Cisterna (Colégio Espírito Santo) inaugurou uma exposição de fotografia “Cortiça”, de Pedro Barros, à qual se juntou uma mostra de peças de artesanato em cortiça, de Isidro Verdasca e, ainda, uma visualização de um vídeo sobre a fileira da cortiça e de materiais informativos cedidos pela APCOR. Durante a inauguração da exposição, foram, ainda, declamados poemas alusivos à cortiça por Paulo Alves Pereira (Professor Doutor do Departamento de Arte Cénicas da universidade) e provados vinhos e produtos regionais, da Rota dos Vinhos do Alentejo.Esta cerimónia foi o mote para a abertura do ano lectivo do Mestrado em Gestão na Universidade de Évora, e que foi pre-sidida pela Directora do Departamento de Gestão, Raquel Lucas, e pela Directora do Mestrado, Marta Silvério. Seguiu-se uma lição inaugural, proferida por Gonçalo Parreira, da Europamut, subordinada ao tema “Mutualismo: A Função Social, um Exemplo na Saúde”. A exposição esteve patente até final do mês de Setembro e contou com a visita de inúmeros pessoas portuguesas e estrangeiras.

Cisterna recebe exposição de fotografias sobre cortiça

Peças da Vista Alegre com base em cortiça

Vista Alegre com peças em cortiçaA empresa Vista Alegre Atlantis S.A. criou a linha DESU juntando ao cristal a cortiça. A combinação destes dois materiais foi expressa numa garrafa de whisky, balde de gelo e copos de dois tamanhos. As peças estão à venda por 160€, 128€ e 35€, respectivamente. O conjunto é atractivo e indicado para uma oferta de prestígio.

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