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Oeste da Bahia é modelo de agricultura limpa e não poluente A região ajuda a reduzir a emissão do CO2 na atmosfera, através da técnica que "sequestra" o gás, diz estudo. ASSOCIAÇÃO DE AGRICULTORES E IRRIGANTES DA BAHIA ABRIL|2016 . ANO 24 . Nº 244 www.aiba.org.br 13 BAHIA FARM SHOW A Feira, que já é a maior do Matopiba, conta com lançamentos nos quatro estados que formam a fronteira agrícola INSTITUCIONAL Presidente da Aiba pede ajuda ao Mapa para minimizar efeitos da seca no Oeste Bahia 02

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1ABRIL|2016 . ANO 24 . Nº 244

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Oeste da Bahia émodelo de agricultura

limpa e não poluenteA região ajuda a reduzir a emissão do CO2 na atmosfera,

através da técnica que "sequestra" o gás, diz estudo.

ASSOCIAÇÃO DE AGRICULTORES E IRRIGANTES DA BAHIA

ABRIL|2016 . ANO 24 . Nº 244

www.a i ba .o rg . b r

13 BAHIA FARM SHOW A Feira, que já é a maior do Matopiba, conta com lançamentos nos quatro estados que formam a fronteira agrícola

INSTITUCIONAL Presidente da Aiba pede ajuda ao Mapa para minimizar efeitos da seca no Oeste Bahia

02

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2 ABRIL|2016 . ANO 24 . Nº 244

CONVOCADOS:

• Adair Casagrande• Andre Luiz Wustro• Anderson Gonçalves de Souza• Alex Ander Gonçalves de Souza• Alisson Gonçalves de Souza• Airton José Biezus• Arnaldo Pradella• Adelar Oliveira Marques• Anderson Dahmer• Arno Valter Lauschi• Ana Paula Schmittz Golin• Airton José Oro• André Luiz Mercado• Augusto Obata• Brian Michael Willott• Claci Gorete Malacarne Kuhn• Celito Zago• Claudio Marostega• Auri Francisco Neves Brum• Clair Sandro Dognani• Diego Di Domenico• Edio Francisco Kuhn• Eduardo Riedi• Edvonei da Silva Zavarisi• Edvan Antonio Zavarisi• Euzebio Moro Zavarisi• Euzebio Tomé Kuhn• Egidio Dal Molin• Fabio Roberto Zago• Flavia Maria Frantz• Giovane da Silva Dahmer• Helena Almeida Schmidt• Hugo Nicolau Walker• Ildo João Rambo• Ilton Antonio Brock• Irene Sponchiado Zanini• João Toledo de Albuquerque• John Daniel Carrol• Joseph Francis Connor• João Pedro Franciosi• Judiliane Schmittz Golin• Junior Somavilla• Leandro Somavilla• Luiz Antonio Pradella• Luiz Sergio Paranhos Ferreira• Luiz Sergio Paranhos Ferreira Filho• Luiz Felipe da F. Paranhos Ferreira• Luiz Eduardo da F. Paranhos Ferreira

• Mauri Sponchiado• Marcus Vinicius Sousa Leal de Abreu• Marcio Astor Pooter• Marcos Astor Pooter• Marcio Julio Schermack• Marcio Luis Walker• Marcos Aurelio Botolli• Meiri Takahashi Uemura• Moacir Bernardino Wustro• Nelson Rafael Pineda Rodrigues• Nelson Luiz de Vasconcelos• Nelson Astor Pooter• Neiva Gehlen Wustro• Ocimar Campanholi• Oscar Henke• Otto Rocha Longo• Patricia Kyoko Portolese Morinaga• Patricia Wustro Badotti• Paulo Almeida Schmidt• Paulo Takashi Kuroda• Rafael Zanini• Rafael Schermack• Renan Felipe Kuhn• Renato Somavilla• Ricardo Jose Frantz• Rosangela Maria B. Manssano Peres• Sergio Nogueira• Selmo Jose Cerrato• Stelio Darci C. de Albuquerque• Talita Rathke Zanini• Timoteo Fu Min Ma• Todd Kenneth Topp• Thiago Zanini• Valmir Alberto Walker• Vanderlei Gerson Heineck• Vitor Luiz Riedi• Victor José Wustro• Walter Satoru Hirata• Wilson Vivan

Presidente da Aiba pede ajuda ao Mapa para minimizar efeitos da seca no Oeste Bahia

Em busca de ajuda para enfrentar os problemas causados pela estiagem nas lavouras do Oeste baiano, o presidente da Aiba, Júlio Busato, esteve

em Brasília, onde se reuniu com o secretário de polí-tica agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), André Nassar.

O secretário solicitou à Conab um levantamento da produção de soja, milho e algodão na região, a fim de se ter um panorama geral da atual situação das lavouras. Somente depois que esses números forem apresentados e com base na estatística serão adota-das as medidas cabíveis que possam ajudar os produ-tores que não conseguirem saldar seus compromis-sos com o sistema financeiro, principalmente com as instituições públicas.

Nassar ouviu atentamente o relato do presidente da Aiba sobre o cenário que os produtores atualmente enfrentam e se prontificou a prestar toda a ajuda que o Mapa puder oferecer à categoria.

NOTAS

Publicação mensal pela Associação de Agricultores e irrigantes da Bahia - Aiba

REDAÇÃO E EDIÇÃO: Catiane MagalhãesAPROVAÇÃO FINAL: Rosi Cerrato

PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO: Leilson Castro - Marca Studio de CriaçãoIMPRESSÃO: Gráfica Irmãos Ribeiro

TIRAGEM: 2.500 exemplares

Comentários sobre o conteúdo desta publicação, sugestões e críticas, devem ser encaminhados para o e-mail [email protected]. A reprodução parcial ou total do conteúdo desta publicação é permitida desde que citada a fonte.

Av. Ahylon Macêdo, 919Morada Nobre, Barreiras/BA | CEP: 47.810-035

Tel.: 77 3613.8000 | Fax: 77 613.8020

Seguro Agrícola

Soja Plus

Representantes do governo do Tocantins são convidados para BFS

Os produtores rurais que fizeram a tomada de Seguro Agrícola junto aos bancos, mas que, ao acionarem o seguro por sinistro, se

depararam com alguma dificuldade, problema ou mesmo o não pagamento do prêmio contratado, devem entrar em contato imediatamente com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), a fim de que a entidade estude o caso e busque a solução junto às entidades financeiras.

Ocoordenador do Programa Soja Plus na Bahia e assessor de Agronegócios da As-sociação de Agricultores e Irrigantes da

Bahia (Aiba), Luiz Stahlke, foi um dos palestran-tes do V Workshop Soja Sustentável, que ocor-reu nos dias 26 e 27 de abril, em Viçosa, Minas Gerais. O evento, que reuniu técnicos de todo o país para discutir as estratégias do programa, contou ainda com a participação de represen-tantes de entidades como Abiove e Aprosoja.

Em sua estada em Palmas, para fazer o lan-çamento da Bahia Farm Show no Tocantins, o presidente da Aiba, Júlio Cézar Busato, foi

recebido pelo Secretário de Estado da Agricultu-ra e Pecuária, Clemente Barros Neto. O titular da Seagro foi designado pelo governador local, Marcelo Miranda, a receber das mãos de Busato o convite para o chefe de estado participar do Fó-rum da Feira, que este ano discutirá as potencia-lidades e os desafios do Matopiba. No gabinete, os dois conversaram ainda sobre os problemas ocasionados pela estiagem nos dois estados.

INSTITUCIONAL

A Aiba anuncia a segunda etapa das ações do FUNRURAL para os produtores associados pessoas físicas, e convoca os beneficiados pela ação 1683-43.2010.4.01.3303 a manifestar interesse na resti-tuição dos valores pagos nos anos anteriores ao benefício, até o prazo máximo de 30 de junho de 2016.

Em caso de dúvidas contatar Ana Felipia, pelo telefone: (77) 3613-8000.

COMUNICADO IMPORTANTE

• MARCELO JOSÉ FERREIRA• SIBIO RAFAEL REGINATTO

AIBA DÁ BOAS VINDASAOS NOVOS ASSOCIADOS

Jornal AIBA.indd 1 31/03/2016 17:19:26

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Aiba promove rodada de negociações comagentes financeiros que custearam a safra 2015-16

V isando minimizar os prejuízos dos produtores rurais prejudicados pela estiagem que afeta a região,

a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) chamou as instituições fi-nanceiras para o diálogo. A entidade está promovendo o I Encontro de Negócios deste ano, com o objetivo de auxiliar os produtores que precisarem fazer a rene-gociação de suas dívidas.

A primeira reunião foi realizada na quin-ta-feira (7), no auditório da Aiba, com execu-tivos do Banco do Nordeste, para tratar de linhas de crédito rural. O encontro contou com a presença do superintendente esta-dual do BNB, Jorge Bagdeve; do superin-tendente regional de agronegócio, Luiz Sér-gio; e de vários produtores do Oeste baiano.

O objetivo é mostrar à categoria as me-didas legais que podem ser adotadas neste momento delicado, em que a região teve uma quebra de safra de aproximadamente

37,5% na produtividade da safra; 30% na de milha e cerca de 22% do algodão, deixando muitos produtores endividados.

“Queremos, na medida do possível, tranquilizar o produtor, para que ela sai-ba que mesmo não havendo o decreto da situação de emergência os bancos estão

Representantes de entidades do agro-negócio do Oeste baiano estiveram em Salvador, no início do mês, em

audiência com o procurador-geral do Estado, Paulo Moreno, para discutir as-suntos da região. Além dos produtores, o encontro contou ainda com a presença do deputado estadual Eduardo Salles, que tem lutado em prol da categoria.

O primeiro ponto tratado foi a instabi-lidade jurídica causada aos agricultores do Oeste pela instauração de sindicâncias em desfavor de muitos Cartórios de Re-gistros de Imóveis de comarcas de muni-cípios da região.

A medida permite ao TJ-BA (Tribunal de Justiça da Bahia) exigir do Incra (Ins-tituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) a apresentação de cópias dos processos de certificação das proprieda-des. “Ocorre que algumas vezes o Incra não consegue localizar as matrículas ini-ciais, e, com isso, elas ficam bloqueadas”, disse o parlamentar, explicando que o bloqueio impede os produtores rurais de pegarem empréstimos e usarem suas ter-ras como garantia.

O grupo, formado pelo presidente e vice-presidente da Associação dos Agri-

Instabilidade jurídica da região Oeste é tema de reunião na PGE

INSTITUCIONAL

cultores Irrigantes da Bahia (AIBA), Júlio Busato e Odacil Ranzi, respectivamente, e pela presidente do Sindicato dos Produ-tores Rurais de Luís Eduardo Magalhães, Carminha Missio, pretende se reunir com a presidente do TJ-BA, desembargadora

Maria do Socorro Santiago, para discutir o assunto. “Mas, antes disso, vamos ter au-diência com o Incra e a PGE para alinhar o discurso”, conta Júlio Busato.

Para Eduardo Salles, é preciso que se chegue a uma resolução o mais rápido possível. “Caso contrário, o Oeste baia-no pode sofrer danos econômicos irre-versíveis”, diz o deputado, que já esteve anteriormente em reuniões com o vice--governador da Bahia, João Leão, o su-perintendente do Incra, Luis Gujé, e Julio Busato para tratar do assunto.

DIVISASO outro assunto tratado pelo gru-

po foi a questão da divisa entre a Bahia e Tocantins. “Em 2013, quando eu ainda era secretário estadual da Agricultura, conseguimos acordar com o Governo de Tocantins as novas divisas com a Bahia. O acerto, inclusive, foi referendado pelo Superior Tribunal Federal (STF). Porém, falta, até agora, a marcação das linhas divisórias dos dois estados”, explicou Eduardo Salles.

O atraso neste trabalho fez com que agricultores com título de terra na Bahia, agora, com as novas divisas, ficassem com propriedade em Tocantins, ou vice-versa. Segundo os representantes dos agriculto-res, já há consenso entre produtores dos dois lados da divisa sobre o estado a que pertencem. (Com informações da ascom deputado Eduardo Salles).

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INSTITUCIONAL

abertos a negociarem conosco”, informou o presidente da Aiba, Júlio Cézar Busato.

Uma nova reunião está agendada para a quarta-feira (20), desta vez com represen-tantes do Banco do Brasil, e posteriormen-te com o superintendente e os gerentes da Caixa Econômica Federal.

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MEIO AMBIENTEINSTITUCIONAL

Bahia e Tocantins discutem demarcação dos limites territoriais

Representantes da Bahia e Tocantins discutiram no início do mês, na Pro-curadoria Geral do Estado (PGE), no

Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador o trabalho de demarcação dos li-mites territoriais entre os estados. Este é o terceiro encontro e faz parte da discussão sobre o acordo firmado no Supremo Tri-bunal Federal (STF), em abril de 2013, que definiu a prevalência das divisas naturais e cartas oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O objetivo é discutir o acordo com base em aspectos regionais, considerando a ocupação tradicional das populações e da-dos demográficos. Participam do encontro o procurador-geral do Estado da Bahia, Paulo Moreno Carvalho, e o subprocurador Administrativo Nivair Borges, representan-do o procurador-geral do Tocantins, além de representantes de secretarias e órgãos tocantinenses, da Superintendência de Es-

tudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), Secretaria do Planejamento da Bahia (Se-plan), Coordenação de Desenvolvimento Agrário (CDA) e do IBGE na Bahia.

Para o procurador Paulo Moreno Carva-lho, os estudos são necessários e a demar-cação é possível após composições e análi-ses. “A ideia é definir [qual] mapa do IBGE que vamos utilizar. Por isso a necessidade do órgão participar do encontro, depois va-mos ver se a partir daí há alguma distorção, se alguma área predominantemente vem sendo ocupada pela Bahia ou Tocantins, que eventualmente se faça uma composi-ção para que essas áreas continuem com um dos estados. Então é um trabalho muito difícil, mas é possível e vai exigir uma pre-sença em campo e uma análise histórica”, explica.

O vice-governador e secretário de Pla-nejamento, João Leão, também esteve pre-sente e destacou a importância de resolver

o mais breve possível qualquer impasse. “O acordo tem que ser bom para os dois esta-dos. Pelo que nós estamos vendo, já esta-mos chegando a um denominador comum e precisamos depois levar esse evento para Goiás. Nós temos que nos interligarmos”, afirmou João Leão.

Já o subprocurador Nivair Borges res-saltou o interesse do estado de Tocantins em fechar o acordo e evitar possíveis di-vergências. “Para evitar conflitos agrários, problemas econômicos, até mesmo polí-ticos, nessa indecisão da divisa, estamos de coração aberto para chegarmos a um consenso. O Tocantins está trazendo uma proposta [e] no momento oportuno vamos apresentar. Iremos ouvir a Bahia nesse ponto e acreditamos que a proposta é viável para os dois estados. Temos um protocolo a seguir e acreditamos que pelo menos esse passo esteja resolvido até amanhã”. (Se-com/BA - Foto: Elói Corrêa/GOVBA).

AComissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do senado Federal apro-vou, no último dia 14 de abril, o Projeto

de Lei do Senado (PLS) 640/15, que altera o Código Florestal para autorizar a apresentação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) em substi-tuição ao Ato Declaratório Ambiental (ADA).

A matéria foi aprovada com parecer fa-vorável do relator, senador Lasier Martins (PDT/RS). Vale destacar que a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) aprovou parecer, do senador Blairo Maggi (PR/MT), com emenda que revoga artigo da Politica Nacional de Meio Ambiente, retirando o ca-ráter obrigatório de utilização do ADA para efeito de redução do valor que o produtor rural deve pagar do ITR.

Comissão aprova projeto que autoriza a apresentação do CAR em substituição ao ADA

A proposição, de autoria do senador Do-nizeti Nogueira (PT/TO), autoriza o produtor rural a apresentar o CAR, na apuração da área tributável prevista, para fins de isenção do Imposto Territorial Rural – ITR. O autor esclarece que o Ato Declaratório Ambiental (ADA) é o documento de cadastro de áreas do imóvel rural junto ao Ibama e das áreas de interesse ambiental que o integram para fins de isenção do Imposto Territorial Rural.

O senador ressalta, ainda, que a maioria das informações constantes do ADA tam-bém consta no CAR, o que torna possível a utilização do CAR para provimento das informações requeridas pelo ADA como medida adequada para facilitar a vida dos produtores rurais. Sendo assim, não faz sentido que o produtor rural seja obrigado

a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações neces-sárias à apuração do valor tributável do ITR estão a disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR.

A matéria segue à Comissão de As-suntos Econômicos (CAE). Por tramitar em caráter terminativo, caso aprovada pela Comissão, a matéria segue para análise da Câmara dos Deputados, salvo recurso apre-sentado por 1/10 dos senadores (9) para que a mesma seja apreciada pelo Plenário do Senado Federal.

Os produtores baianos devem ficar atentos, pois, na Bahia, o CAR corresponde ao Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (Cefir).

(Com informações da Patri Relações Go-vernamentais e Políticas Públicas / ABIOVE).

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CAPA CAPA

Vista por muito tempo como um dos principais emissores de dió-xido de carbono (CO2) no meio

ambiente, a agricultura há algum tem-po ostenta do triste título de contribuir para o efeito estufa no planeta. Um es-tudo conjunto realizado recentemen-te por pesquisadores da Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob), Uni-versidade do Estado da Bahia (Uneb) e da Faculdade São Francisco de Bar-reiras (Fasb), desmistifica essa ideia, mostrando que a atividade praticada de modo sustentável pode contribuir para

Agricultura sustentável praticada no Oeste da Bahia contribui para a redução de CO2 na atmosfera

a redução do gás poluente, através da absorção e retenção do CO2 no solo.

Intitulada de “Agricultura sequestra-dora de carbono”, a pesquisa foi reali-zada em dez sub-regiões do cerrado do Oeste baiano, totalizando uma área de aproximadamente 1,98 milhão de hec-tares, onde foram coletadas aleatoria-mente 800 amostras de solos, em três profundidades, avaliando o teor de ma-téria orgânica em cada uma delas.

O resultado foi surpreendente: as análises comprovaram que as áreas de produção agrícola no Oeste baiano

acumulam, em média, cerca de 12,30 milhões de toneladas de MOS (Maté-ria Orgânico no Solo) e 16,4 milhões de toneladas de CC (Crédito de Carbono) a mais do que os solos do cerrado natural.

O diretor de Águas e Irrigação da As-sociação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Cisino Lopes, que integra a equipe de pesquisadores, explica o pro-cesso: “Ao se plantar culturas anuais, em ciclos repetitivos, o solo passa a receber todos os anos uma quantidade significati-va de matéria orgânica, e em pouco tem-po ocorre um acúmulo desta matéria no

solo das áreas sob plantio em relação ao cerrado natural, configurando, assim, o sequestro do CO2 atmosférico, por meio do processo de fotossíntese, pois a planta absorve o gás da atmosfera, transforma em fibras e nutrientes necessários para o seu desenvolvimento e acumula matéria orgânica no solo”, observou.

A tese é confirmada também por al-guns estudos feitos pela Empresa Brasi-leira de Pesquisa Agropecuária (Embra-pa), que atestam que práticas, como o manejo adequado do solo, podem contri-buir para que a agricultura seja uma das principais atividades sequestradora do gás causador do desequilíbrio climático.

O estudo revelou ainda que o Oes-te da Bahia tem um bioma equilibrado com o acúmulo crescente de carbono por hectare em áreas exploradas por culturas anuais de soja, milho e algo-dão. Isso significa que a agricultura de alta produtividade praticada na região é sustentável, ou seja, não poluente, e contribui para o equilíbrio ambiental.

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INFRAESTRUTURA/OBRASINFRAESTRUTURA/OBRAS

Cansados de ver parte da produção fi-car, literalmente, no meio do cami-nho, devido às péssimas condições

das estradas, por onde são escoadas a soja, o milho e o algodão produzidos na região, os agricultores rurais do Oeste da Bahia uniram força e deflagraram, por conta própria, a Operação Tapa-Buracos na BA-459 (Anel da Soja).

Aproximadamente 10 quilômetros da ro-dovia, no trecho próximo ao entroncamento com a BA-458, foram contemplados com os serviços de recuperação, onde foram gastos cerca de 28 toneladas de massa asfáltica. A obra, orçada em R$ 9 mil, foi financiada com recursos do Programa de Desenvolvimento do Agronegócio (Prodeagro), e é fruto de uma parceria com os próprios produtores, que contribuíram com a doação de equipa-mentos para transporte da matéria-prima e execução dos serviços, além de pagar a mão de obra dos operários.

Produtores rurais fazem melhorias em rodovias do Oeste baiano

O Objetivo da ação é facilitar o escoa-mento da produção e, consequentemente, reduzir os prejuízos da categoria. Nos pró-ximos dias, outra estrada será contemplada com o mesmo tipo de melhorias. Desta vez,

a BA-460, que também integra o complexo do Anel da Soja. O trecho que receberá a operação tapa-buracos é o seguimento que liga o município de Luís Eduardo Magalhães à comunidade de Placas.

ANIVERSARIANTES DE MAIO 201601/0501/0502/0503/0503/0503/0504/0505/0506/0507/0507/0507/0507/0508/0508/0508/0509/0509/0510/0510/0510/0510/0510/0510/0511/0511/0511/0511/0511/0511/0512/0512/0512/0513/0513/0513/0514/0514/0514/0515/0515/0515/0516/05 16/0516/0517/0518/0519/0519/0519/0519/0519/0519/0519/0520/0520/0521/0521/0521/0521/0522/0522/0522/0522/0523/0523/0523/0523/0525/0525/0525/0525/0527/0527/0527/0527/0528/0528/0528/0528/0528/0528/0529/0529/0530/0530/0530/0530/0531/05

CLAUDIO JOSE GUARNIERIELCIO ALBERTO ZILSIRENE SPONCHIADO ZANINIANGELO HENRIQUE ZUFFALUIZ ANTONIO PRADELLAMARCIO DA CUNHAJOSUE SANTANA DE SOUZALUIZ HIDEAKI TAKAHASHIRUDELVI SENAIR BOMBARDAANTONIO DE MATOS SEBASTIAOELISA KEIKO ISHIDA HOSIDAMARILENE ZANCANARO ZANELLAROQUE LUIZ GORGENMARIO MASSAHIKO YAMADAROQUE ROBERTO BUSATOTATSUO KONISHIFLAVIA MARIA FRANTZTHUBIAS GEOVANE MISSIOISABEL DA CUNHAJEFERSON LUIZ TONIAZZOJOSE HUMBERTO PRATA TEODOROJULIO DE OLIVEIRA LINSLAURA DOS SANTOS BORTOLINMIGUEL DE CARVALHO JUNIORAMERICO DIAS DE CASTROHELENA ALMEIDA SCHMIDTMARCELINO JOSE MARIUSSINESTOR BRUCHODIR JOSE PRADELLAPEDRO ARNOLDO CAPPELLESSOARNALDO PRADELLACARLOS JOSE KRAUSPENHARMARCOS ANTONIO BALANEDSON FERNANDO ZAGORICARDO GARCIA LEALROGERIO PELIZZAROELI MIRANDA DE OLIVEIRAMARTIMIANO CHRISTIANO PACHECOPEDRO DAVID SCHMITTADENI MARONEZIEDERSON ROBERTO STEINVARNICE TERESINHA ESCHERADAIR CASAGRANDEFABRICIO ROSSO PACHECOMARCIA HARUMU FUJITAGELSON FONTANAGENOIR LUIZ BOSAADEMAR ANILDO GUADAGNINMARIA ELIZABETE CASALINELSON ANDRE BERGAMOODAIR ANGELELLIOLMIRO FLORES DE OLIVEIRASILA MARIA MARQUES PINTOVILSON SOMAVILLAJOHANN GEORG SIEBERTSIZUE KAWAKAMI SHIMOHIRACELESTINO ZANELLAKAZUO ONOMARCO ANTONIO JANSSENROBERTO JORDANO PADOINANTONIO LONZONI FILHOELISIO CARLOS PILLATIRODRIGO DI DOMENICORUI LUIZ GAIOBERTOLINO KUPASCLAUDINO ROSOLEANDRO VOLTER L. DE CASTILHOSERGIO SIMON ROMERAIVO ZILSROBERTO YOSHI HIROZAWASTELIO DARCI C. DE ALBUQUERQUEVILSON GATTOELMAR STEINEZAIR RODRIGO BOSSARAFAEL LUIS REGINATTOWALTER SATORU HIRATAAIRTON GORGENANDERSON JOSÉ TONIAZZOEVANDRO MARCOS CASTELLIIRES OLIMPIO BASSOJURANDIR BARBOSA GOMESPEDRO JOAO ANDREGHETTIJULIO DE SOUZA CARMO NETOLUIZ BLANGERARIEL HOROVITZLUIZ ROCKENBACHMARIO KAZUYOSHI WATANABEVALTER MIKIO MORINAGAJOHNNY ALBERTO QUESINSKI

Patrulha Mecanizada da Abapa finaliza manutenção na Estrada do Café

Há 36 anos, o motorista Carlos Augusto dirige pelas estradas vicinais da região Oestes da Bahia e afirma que já sofreu

muito com as más condições das vias. Esse cenário, no entanto, tem mudado após a inter-venção dos produtores rurais, que, através do projeto Patrulha Mecanizada, da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), tem devolvido a trafegabilidade desses corre-dores rodoviários, a exemplo da obra de ma-nutenção de 58 km da malha viária da Estrada do Café, localizada no Anel da Soja, no mu-nicípio de Barreiras, finalizada recentemente. Com esses, já somam mais de 500 km de es-tradas vicinais recuperadas no Oeste baiano.

“Graças a essas intervenções, a situação tem melhorado muito. A Estrada do Café eu conheço há muito tempo, ela esteve muito ruim nesses dias, e não é fácil passar por ela quando não está boa. Essa manutenção veio na hora certa, uma vez que está facilitando a nossa logística nesse período de escoamento de safra, onde o movimento é intenso”, disse o motorista.

Segundo o presidente da Abapa, Celestino Zanella, o projeto Patrulha atua na conserva-ção dos recursos naturais, além de garantir aos produtores e municípios, estradas em

boas condições para a entrada de insumos, escoamento da produção e outras atividades relacionadas ao campo. “Logística sempre foi um dos principais problemas enfrentados pe-los produtores. Com a recuperação das estra-das vicinais, estamos minimizando mais um gargalo e promovendo a preservação do meio ambiente”, ressaltou Zanella.

Na Estrada do Café, o projeto conta com a parceria da prefeitura de Barreiras e pro-dutores da área. No dia 22 de fevereiro, foi celebrado o Convênio de Cooperação Técnica. Dentro dessa parceria, a Abapa ficou respon-sável pela aquisição de máquinas, equipa-mentos, implementos e veículos destinados à execução do projeto, bem como, pela logísti-ca de mobilização e desmobilização da frota e manutenção da mesma, além do quadro de funcionários, como operadores de máqui-nas, motoristas e encarregado para a obra, enquanto que a prefeitura de Barreiras foi a responsável por todo o combustível para a execução da obra, e os produtores rurais as-sociados, beneficiados pela recuperação da linha, com as despesas referentes à alimen-tação dos trabalhadores, alojamento, forneci-mento de água para a execução da obra. (Com informações da Ascom Abapa)

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Uma das novidades da Bahia Farm Show 2016 é a série de lançamentos regionais que está sendo feita com o

intuito de atrair cada vez mais público para a Feira, que ocorre entre os dias 24 e 28 de maio, em Luís Eduardo Magalhães.

Depois da cidade-sede, cujo lançamen-to aconteceu em 17 de março, foi a vez de outros municípios serem apresentados à maior feira de tecnologia agrícola e negó-cios do Norte e Nordeste.

Confiantes na união e na força dos pro-dutores do Matopiba – região agrícola que reúne parte dos estados de Maranhão, To-cantins, Piauí e Bahia – os organizadores da Feira reuniram imprensa e agricultores locais para apresentar os detalhes e novi-dades da 12ª edição da Bahia Farm Show.

A primeira cidade a ser apresentada foi Balsas (Maranhão), no dia 01 de abril. A ce-rimonia de lançamento contou com a pre-sença do pesquisador e coordenador téc-nico da Embrapa/ Balsas, Dirceu Klepker; o presidente da Aprosoja Maranhão, Isaías Soldatelli; e profissionais de Comunicação da cidade maranhense.

A capital do Tocantins, Palmas, também foi palco para o lançamento da Feira, no úl-timo dia 15 de abril, e reuniu a imprensa, produtores local e secretário municipal da Agricultura, Sr. Roberto Sahium, que mani-

Bahia Farm Show é apresentada a agricultores de todo Matopiba

festou seu interesse em participar da Bahia Farm Show e discutir assuntos em comum entre os dois estados.

A Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) também fará o lançamento da Feira no Piauí, no próximo dia 29 de abril. Lá, a cidade de Bom Jesus do Gurguéia, que concentra o maior número de produtor ru-ral sediará o evento.

O objetivo é unir forças para a defesa dos interesses do Matopiba e para a implanta-ção de políticas agrícolas compatíveis com

as especificidades deste território. Segundo Busato, o mais importante que

acontece na feira é a troca de conhecimen-tos e experiências durante os cinco dias do evento. “Este ano, o tema do Fórum será Matopiba: potencialidades e desafios. Que-remos colocar nossa fronteira agrícola em evidência, chamar a atenção do poder públi-co e de investidores. Queremos propor um intercâmbio de conhecimento e tecnologia, trazendo o que temos de melhor e levando dos demais estados do Matopiba o que eles têm de contribuição para o agronegócio da Bahia”, explicou o presidente.

BAHIA FARM SHOW 2016SAFRA

Conselho Técnico da Aiba divulga4° levantamento para a safra 2015-16 As fortes chuvas que caíram na re-

gião Oeste da Bahia em janeiro, se-guida de uma estiagem nos meses

de fevereiro e março deste ano causaram um desequilíbrio significativo nas lavou-ras de soja, milho e algodão na região. O cenário, entretanto, não é uniforme para todos os produtores, já que, além da fal-ta de chuva, as tecnologias utilizadas no campo também são fatores determinan-tes para a produtividade.

De acordo com o 4º levantamento para a safra 2015-16, realizado pelo Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) – formado por

representantes de associações de produto-res, sindicatos, multinacionais, instituições financeiras e órgãos governamentais –, a estimativa é que a região colha, em média, 35 sacas de soja por hectare plantado (sc/ha), o que representa uma quebra de sa-fra de 37,5% se comparada à produtividade normal que é de 56 sc/ha, em uma área to-tal de pouco mais de 1,5 milhão de hectares.

Já a cultura do milho, cuja área planta-da no Oeste da Bahia é de 135 mil hectares, a produtividade médica caiu de 165 sacas para 115 sc/ha, ou seja, uma redução de aproximadamente 30%.

A lavoura de algodão foi a menos afe-

tada pela estiagem. Ainda assim, houve uma queda de 22% na produtividade des-te ano, saindo de uma colheita média de 270 arrobas por hectares plantados, para apenas 210 arrobas.

Esses números foram validados pelo Conselho Técnico da Aiba, que baseou-se nos laudos técnicos entregues pelos pró-prios produtores à Associação. Os dados contidos nos pareceres assinados por en-genheiros agrônomos das áreas analisa-das serão encaminhados às prefeituras dos municípios onde estas áreas estão inseridas, para embasar as decisões a se-rem tomadas pelas mesmas.

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Cumprindo o protocolo de averigua-ção da aplicação do recurso inves-tido pelo Fundo para o Desenvolvi-

mento Integrado e Sustentável da Bahia (Fundesis), a coordenadora do Fundo, Makena Thomé, esteve no município de Luís Eduardo Magalhães, onde visitou duas instituições contempladas com ver-ba do Fundesis: o Instituto Recicla Gen-te e o Lions Clube Mimoso do Oeste, que têm um belo trabalho social nas comuni-dades que atuam.

Na primeira entidade, onde foram in-vestidos R$ 50 mil, Makena pôde consta-tar o uso correto e responsável do dinheiro para ampliação da sede, através da cons-trução de um segundo pavimento, com sa-lão para aula de música e dança, além de mais duas salas de aula e dois banheiros.

“É este o resultado que queremos al-cançar. É muito gratificante ver uma en-tidade que tem um trabalho sério, como esta, se erguer com a nossa ajuda. Tanto que esta é a terceira vez que esta institui-ção é contemplada pelos nossos editais”, ressaltou Makena.

O Instituto Recicla Gente atende atual-mente 580 alunos e possui uma lista de es-pera de mais 200 pessoas que aguardam uma vaga em um dos cursos ofertados pela entidade, além das atividades culturais.

“Devemos tudo que temos ao Funde-sis, inclusive a sede própria. Sem ele não

Fundesis inspeciona entidades beneficiadasconseguiríamos ofertar tudo que oferta-mos aqui, pois na esfera governamental esse apoio é mais difícil. Quando come-çamos atendíamos, de forma limitada, a 27 pessoas. Graças a tudo que foi inves-tido multiplicamos esse número”, disse Adriana Mota, presidente do instituto.

Já o Lions Clube também foi contem-plado com R$ 50 mil do Fundesis, valor aplicado para construção de uma quadra poliesportiva, cujo projeto total é orçado em R$ 60 mil e a entidade entrou com a contrapartida de 20%.

A quadra, já em fase de conclusão, é coberta e tem dimensão de um equipa-

mento oficial (1.327,59 m²). “Saio feliz a cada visita onde eu posso verificar a apli-cação correta de cada centavo investido. E saber que jovens e crianças em situa-ção de vulnerabilidade social vão utilizar essa quadra para praticar esporte, ten-do um momento de lazer me deixa ainda mais realizada”, pontuou Makena.

O Lions Clube é uma Associação sem fins lucrativo, que reúnem líderes de negócios e profissionais do mundo intei-ro, que prestam serviços humanitários, atuando na erradicação da cegueira, atra-vés de ações de preservação da visão em escolas e na comunidade. Ascom Aiba.

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OLar Esperança – entidade que abriga crianças e adolescentes vítimas de aban-dono, maus-tratos e de violência sexual,

em Barreiras – está mais estruturado. Graças ao apoio do Fundo para o Desenvolvimento In-tegrado e Sustentável da Bahia (Fundesis), que destinou R$ 30 mil, através do edital 2015, a instituição adquiriu equipamentos importantes para proporcionar aos internos mais conforto, comodidade e lazer. A cerimônia de “prestação de contas” e apresentação das aquisições foi realizada na segunda-feira (11), e contou com a presença do presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Jú-lio Cézar Busato; do gerente geral do BNB de Barreiras, Francisco Carlos da Silva; e da coor-denadora do Fundesis, Makena Thomé.

Segundo a presidente do Lar, Virgínia Oli-veira, o recurso foi destinado para a compra de armários; bancada para sala de jantar; mesas e cadeiras; ventiladores; computadores; caixa de som; longarina de três lugares e um par-que infantil completo, contendo gangorra, gi-ra-gira, balanço, escorregador e cama elásti-ca. O projeto total custou R$ 36 mil e entidade entrou com uma contrapartida de 20%, sendo o restante custeado pelo Fundo.

“Devemos tudo ao Fundesis, pois se não fosse ele nós não funcionaríamos dignamen-te. Antes de sermos contemplados, as roupas das crianças eram guardadas em caixas de papelão. Agora, temos armários, camas, me-sas, cadeiras, geladeira e toda estrutura para prestar um atendimento humanizado”, disse, ressaltando que esta é a segunda vez que a entidade é contemplada com o edital para aquisição de mobiliário.

Fundesis ajuda a mobiliar o Lar Esperançadicadores sociais da região que ele escolheu para viver e criar a sua família. O que o Funde-sis e a Aiba fazem é proporcionar a estrutura necessária para manter o importante traba-lho de pessoas como vocês. Isso é que me dá combustível para seguir em frente”, destacou.

A fala do presidente da Aiba foi endossada pelo gerente do Banco do Nordeste, institui-ção parceira do Fundesis no projeto. “Essas pessoas que atuam aqui são anjos que fazem jus ao nome desta casa e dão esperança às pessoas que aqui chegam”, completou Fran-cisco Carlos da Silva.

A coordenadora do Fundesis, Makena Tho-mé, destacou que este é apenas um dos 84 projetos contemplados pelo Fundo. “É gratifi-cante chegar aqui e ver onde está sendo apli-cado cada centavo do recurso destinado e ver que o bem pode ser multiplicado, pois, antes do Fundesis, o Lar atendia apenas oito crian-ças e hoje já abriga 20. Tenho muito orgulho de estar à frente de um projeto sério que tem contemplado diversas instituições em várias cidades do Oeste baiano”, ressaltou.

Durante a visita, o presidente da Aiba pa-rabenizou os voluntários e todos os parceiros que se dedicam à instituição. “São pequenos atos que geram grandes soluções. Se cada um fizesse a sua parte o mundo seria muito melhor. O Fundesis é justamente isso: o pro-dutor rural contribuindo para melhorar os in-

SOBRE O LAR ESPERANÇA: O Lar Esperança é uma entidade filantrópica, situada na Costa Rica, nº 58, no bairro Vila Rica, em Barreiras. Atualmente, atende 20 crianças e adolescentes, de um ano e meio a 17 anos de idade, encami-nhadas pelo Conselho Tutelar, após identificar a situação de vulnerabilidade social das vítimas.

O Lar oferece mais que abrigo, mas todas as refeições e o apoio psicológico e emocio-nal para enfrentamento dos traumas. Para isso, são mantidos os cuidados (pai e mãe social), uma assistente social, uma psicólo-ga, uma psicopedagoga, uma monitora, além

dos voluntários que se dedicam à causa.Todos os internos são matriculados em

instituições de ensino e frequentam regular-mente às aulas, obtendo um bom desempe-nho escolar. Através de algumas parcerias, a instituição oferece no turno oposto às aulas reforço escolar e cursos de violão, dança e natação, além de atividades de lazer.

Como o nome já diz, o Lar abriga a espe-rança de um futuro melhor para as crianças e adolescentes atendidas. A entidade funcio-na em uma casa de aluguel e sobrevive basi-camente de convênios e doações.

RESPONSABILIDADE SOCIAL RESPONSABILIDADE SOCIAL

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