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Panorama da regulação financeira no Brasil Caio Fonseca Ferreira Consultor Departamento de Normas do Sistema Financeiro SEMINÁRIO SOBRE A RESOLUÇÃO Nº 3.721/2009 Associação Brasileira de Bancos - ABBC

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Panorama da regulação financeira no Brasil

Caio Fonseca FerreiraConsultorDepartamento de Normas do Sistema Financeiro

SEMINÁRIO SOBRE A RESOLUÇÃO Nº 3.721/2009Associação Brasileira de Bancos - ABBC

2

1. Panorama geral

2. Fóruns e padrões internacionais

3. Perspectiva macroprudencial

4. Superando obstáculos ao desenvolvimento

financeiro

5. Fluxos instáveis de capitais internacionais

6. Melhorando a eficiência de mercado

7. Questões em destaque

Agenda

3

1. Panorama geral

4

Panorama da regulação financeiraIndutor Temas Projetos

Maior ativismo nos fórunsinternacionais (G20, FSB, BCBS)Admissão do Brasil a estes fóruns

Convergência aos padrõesinternacionais

• Basileia III• Arcabouço para resolução• Inclusão financeira• Proteção ao consumidor

Perspectiva macroprudencial • Comef• IFIs• Buffer contracíclico• Instrum. macroprudenciaisespecíficos

Instabilidade nos fluxos internacionais de capital

• Tratamento conservador do risco de taxa de câmbio

• Medidas macroprudenciaisObstáculos estruturais ao desenvolvimento financeiro

Transição:• para taxas de juros mais baixas• de financiamento ao consumo para financiamento aosinvestimentos

• de financiamentos de curto prazo para financiamentos de longo prazo

• Medidas para alongar o vencimento dos passivos bancários

• Medidas para desenvolver os mercados de capitais

Obstáculos microeconômicos à eficiência de mercado

• Concorrencia• Redução dos custos fixos de intermediação financeira

• Transparência• Agências bancárias

Questões em destaque • Inclusão financeira• Proteção ao consumidor• Sustentabilidade

•Transparência• Portabilidade• Adequabilidade

5

2. Fóruns e padrões internacionais

6

• Capital exigido era insuficiente• Liquidez importa• Mercados derivativos• Gestão de risco deficiente• Incentivos desalinhados (remuneração)• Shadow banking negligenciado• Sifis são diferentes• Arcabouço de Resolução falho (questõestransfronteiriças e cooperação entre autoridadescompetentes)

Lições da crise para reguladores

7

Audiência pública sobre Basileia III

Minutas de Resolução:

• Definição do capital regulatório (PR)

• Requerimentos mínimos de capital

- Caso geral: todas as instituições financeiras

- Caso específico: Cooperativas de Crédito

◦ Regime Prudencial Simplificado (RPS)

8

Capital Regulatório (PR): Basileia II x Basileia III

4,7 4,5

0,8 1,5

2,5

2,5

5,5

2

BII BIII

Capital Principal

Capital Complementar

Adicional de Capital Principal

Nível II

Capital Principal

Capital Complementar

Adicional de Capital Principal

Nível I

Nível II

Nível I

Nível II

Requerimentos Mínimos de Capital

2,5

9

Cronograma de Transição

� Phase-in dos ajustes prudenciais

� Phase-out dos instrumentos de capital ou dívida que não mais sequalifiquem como Nível I ou Nível II

Data Efetiva Jan.2014 Jan.2015 Jan.2016 Jan.2017 Jan.2018

Percentual de

dedução20% 40% 60% 80% 100%

Data Efetiva Jan.2013 Jan.2014 Jan.2015 Jan.2016 Jan.2017 Jan.2018 Jan.2019 Jan.2020 Jan.2021 Jan.2022

Percentual

máximo para

reconheci-

mento no PR

90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%

Definição do Capital Regulatório

10

3. Perspectiva macroprudencial

11

• Índice de capital mínimo: 11% dos APR• Exigência de capital para risco de crédito das

exposições no trading book

• Ponderações diferenciada de risco para exposições ao crédito imobiliário- LTV < 50% 35% ponderação de risco

- 50% < LTV < 80% 50% ponderação de risco

- 80% < LTV < 100% 75% (varejo) ou 100% (caso contrário)

• Multiplicadores para exigência de risco de mercado padronizado

• Regras de provisionamento prospectivas

Características Conservadoras da Regulação

12

• Estrutura organizacional obrigatória para agestão de cada tipo de risco

- Riscos de crédito, mercado, operacional e liquidez

- Responsabilização do Conselho na gestão do risco

• Limites para grandes exposições

• Limites para exposições em moeda estrangeira

• Registro obrigatório de derivativos de balcão

Características Conservadoras da Regulação

13Fonte: BCB

Bancos Brasileiros – Índice de Adequação do Capital%

taxa de alavancagem: 9,9

14Fonte: BCB

Provisões (% de Inadimplência)

dados atéjan 12

15

O amplo escopo da autoridade do Banco Central ajudana coordenação política

Banco Central do Brasil – Principais Atividades

Política Monetária

RegulaçãoFinanceira

SupervisãoFinanceira

16

• Criado em 2011

- Membros: Diretoria Colegiada do BCB

- Encontros bimestrais

• Principais atribuições

- Coordenar esforços do BCB para monitorar, avaliar e mitigar orisco sistêmico

- Definir estratégias para mitigar os riscos identificados e alocarresponsabilidades internamente

Comitê de Estabilidade Financeira (Comef)

17

Elementos macroprudenciais da agenda internacional

• Instituições Financeiras Sistemicamente Importantes

(SIFIs)

• Instituições Financeiras Sistemicamente Importantes

Domésticas (D-SIFIs)

• Índice de alavancagem

• Adicional de capital principal – componente contracíclico

• Identificador global de instituições financeiras - Legal

Entity Identifier (LEI)

18

• Aumento do requerimento de capital para operações decrédito a pessoas físicas com prazo mais extenso.

Medidas Macroprudenciais Recentes

Operação Prazo FPR

Veículos (financiamento e leasing)

até 60 meses75%* ou

100%

mais de 60 meses 150%

Crédito consignado

até 60 meses75%* ou

100%mais de 60 meses 300%

Créditopessoal

até 36 meses75%* ou

100%entre 37 e 60 meses 150%

mais de 60 meses 300%

Outros empréstimos pessoais*operações de varejo

Não foram alterados

19

• Depósitos compulsórios para depósitos à vista e aprazo

- Volume estimado: R$ 65 bilhões

• Depósito compulsório não remunerado paraexposições cambiais vendidas além do limite

- Limite: menor valor entre US$1 bilhão ou o patrimônio dereferência do banco

• Pagamento mínimo para fatura de cartão de crédito

- 15% (junho de 2011)

Medidas Macroprudenciais Recentes

20

4. Superando obstáculos ao

desenvolvimento financeiro

21Fonte: BCB

Crédito / PIB%

do

PIB

2009-2012: 13,4%(crescimento médio do

saldo nominal )2005-2008: 25,2%

(crescimento médio do saldo nominal)

*jan 12

22Fonte: BNDES

Perspectivas de Investimento – Indústria

R$ bilhõescresc. médio

anual

2006-2009 2011-2014 %

Petróleo e gás 205 378 13,0Extrativa mineral 60 62 0,9Siderúrgica 28 33 3,2Química 22 40 12,3Veículos 25 33 5,6Eletrônica 20 29 8,2Papel e celulose 18 28 8,7Têxtil 9 12 6,8Total 387 614 9,7

fev 11

23Fonte: BNDES

Perspectivas de Investimento - Infraestrutura

R$ bilhõescresc. médio

anual

2006-2009 2011-2014 %

Energia elétrica 104 139 6,0

Telecomunicações 62 72 2,8

Saneamento 26 41 9,4

Logística 55 129 18,6

Ferrovias 20 60 24,7

Transporte rodoviário 30 51 11,4

Portos 5 18 26,6

Total 247 380 9,0fev 11

24Fontes: BCB / Banco Mundial

Crédito Imobiliário / PIB

25

Aprimorando produtos financeiros

• Letras Financeiras

• Certificado de Operações Estruturadas –

COE

• Covered Bonds

26

5. Fluxos instáveis de capitais

internacionais

27

-20

-15

-10

-5

0

5

10

15

20

25Ja

n 20

10

Mar

201

0

May

201

0

Jul 2

010

Sep

2010

Nov

201

0

Jan

2011

Mar

201

1

May

201

1

Jul 2

011

Sep

2011

Nov

201

1

Jan

2012

US$

bill

ions

Equity Bonds

Fonte: FMI (WEO, Janeiro 2012)

Fluxo de capital para mercados emergentesMovimento de

saída no segundo semestre de 2011

....

... fluxos de capital retornam

no início de 2012

28

Cenário internacional

• Início de 2012 – principais características

− Menor aversão a risco em nível global

− Aumento na liquidez global (QEs)

• Entretanto, importantes riscos para a economiaglobal continuam presentes:

− Superendividamento das economias europeias

− Recessão na região do Euro

− Lenta recuperação da economia americana

− Menor crescimento da China e dos países emergentes

29

6. Melhorando a eficiência de mercado

30

Aumentando a eficiência microeconômica• Reduzindo custos de transferência

- Portabilidade

- Disponibilidade de dados pessoais obrigatória

- Transferência simplificada de empréstimos

- Transferência de salário, sem tarifa

- Transparência

- Implantação de bureau de crédito pelo BCB

- Divulgação padronizada das tarifas de serviços e do custo deempréstimos

- Informação de tarifas, taxas e reclamações na página do BCB

• Agências bancárias• Qualidade de originação de crédito

31

7. Questões em destaque para a sociedade e o

governo

32

Inclusão financeira

• Inclusão financeira- Estratégia Nacional para Inclusão Financeira

- Recomendações do relatório “2011 Global Partnership for FinancialInclusion” endossadas pela Conferência dos Líderes do G20, emCannes

• Proteção ao consumidor- Ministério Público Federal

- Grupos de defesa do consumidor

- Princípios da OCDE relativos à proteção aos consumidores deserviços financeiros endossados pela Conferência dos Líderes doG20, em Cannes

33

Responsabilidade sócio-ambiental

• Programa ambiental das Nações Unidasaplicado a finanças

- United Nations Environment Programme -

Finance Initiative (Unep-FI)

34

Resolução 3.721

35

Roteiro

1. Considerações iniciais- Contextualização e Art. 1º

2. Risco de crédito- Arts. 2º e 3º

3. Composição ampla da estrutura- Arts. 4º a 6º

4. Segregação de funções- Arts. 8º, 9º,10 e 11

5. Disposições finais- Arts. 12, 13 e 14

36

1. Considerações iniciais

Contextualização e Art. 1º

37

Lições da Crise Recente

⇒ Necessidade de melhorar a capacidade degerenciamento do risco de crédito dasinstituições

� A recente turbulência econômica internacional revelouque práticas inadequadas na gestão do risco de créditoagravaram as perdas em algumas das maiores e maiscomplexas instituições financeiras do mundo

� Os impactos dessas perdas se propagaram pelo mundoe afetaram o lado real das economias...

� ... especialmente porque o risco de crédito é o principalrisco para a maioria das instituições financeiras

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Aspectos Principais da Nova Estrutura

� A nova estrutura enfatiza aspectos qualitativos e degovernança, tais como:

- Definição e revisão de políticas e estratégias- Responsabilização do conselho e da diretoria- Transparência

� A composição da nova estrutura permitirá que o risco decrédito seja melhor avaliado, monitorado eparametrizado

39

Aplicabilidade da Norma

� A norma se aplica a:

- Instituições financeiras

- Demais instituições autorizadas a funcionar pelo BCB

� Não se aplica a:

- Administradoras de consórcio

40

Características Essenciais da Estrutura

� Tamanho definido em função da:

- Natureza das operações- Complexidade dos produtos e serviços- Proporcionalidade entre a estrutura e a dimensão da

exposição ao risco de crédito

� Capacidade de gerenciamento

- Contínuo- Integrado- Abrangente

� Engloba operações classificadas ou não na carteira denegociação (trading e banking)

41

2. Risco de crédito Definição, Espécies e Escopo

Arts. 2º e 3º

42

Definição

� Possibilidade de perdas associadas a:

- Descumprimento das obrigações financeiras pactuadas- Desvalorização de contrato de crédito decorrente da

deterioração na classificação de risco do tomador- Redução de ganhos ou remunerações- Vantagens concedidas na renegociação- Custos de recuperação

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Espécies

� Risco de crédito da contraparte

- Descumprimento de obrigações relativas à liquidação deoperações com ativos e derivativos financeiros

� Risco país

- Descumprimento decorrente de ações do governo dopaís onde está localizado o tomador ou a contraparte

44

Espécies (... continuação)

� Risco de transferência

- Entraves na conversão cambial

� Risco de garantias prestadas

- Desembolsos para honrar avais, fianças, coobrigações,compromissos de crédito ou outras operaçõessemelhantes

� Risco de intermediador/convenente

- Descumprimento por intermediador/convenente

45

Escopo

� Conglomerado financeiro e cada instituiçãoindividual

- Identificação, mensuração, controle e mitigação dosriscos associados

� Demais empresas integrantes do consolidadoeconômico-financeiro

- Identificação e acompanhamento dos riscos associados

46

3. Composição ampla da estrutura

Arts. 4º a 7º

47

Políticas e estratégias � Elementos (I)

- Limites operacionais◦ Linha de negócio◦ Produto

- Mecanismos de mitigação de risco- Procedimentos para manter a exposição em níveis considerados

aceitáveis pela administração- Documentação clara

� Características (art. 4º, § 1º)

- Aprovação e revisão anuais, no mínimo, pela diretoria e peloconselho de administração

- Compatibilidade com objetivos da instituição e condições demercado

48

Avaliação e Controle

� Validação adequada dos sistemas, modelos eprocedimentos internos (II)

� Estimação de perdas (III)- Consistência- Prudência- Comparação dos valores estimados com as perdas observadas

� Simulações de condições extremas (XIV)- Os testes de estresse devem englobar:◦ Ciclos econômicos◦ Alteração das condições de mercado e de liquidez◦ Quebra de premissas

- Os resultados devem ser considerados para definir ou revisarpolíticas e limites

49

Avaliação e Controle (... continuação)

� Avaliação adequada quanto à retenção de riscos emoperações de venda ou de transferência de ativosfinanceiros (VIII)

� Mensuração adequada do risco de crédito de contraparteadvindo de instrumentos financeiros derivativos e demaisfinanceiros complexos (IX)

50

Operações

� Avaliação, considerando (VII):- Condições de mercado- Perspectivas macroeconômicas- Mudanças em mercados e produtos- Efeitos de concentração setorial e geográfica- Outros fatores

� Classificação em categorias, segundo os seguintesaspectos (XII):- Informações cadastrais atualizadas do tomador ou contraparte- Situação econômico-financeira- Outras informações- Utilização de mitigadores do risco de crédito- Atraso no cumprimento das obrigações financeiras

51

Operações (... continuação)

� Classificação em categorias, observando as seguintespropriedades (XII):

- Consistência- Verificabilidade

� Novas modalidades (XIII)

- Avaliação prévia do risco de crédito- Verificação da conformidade aos procedimentos e controles

52

Critérios e procedimentos (XI)

� Objetivos

- Análise prévia, realização e repactuação das operações- Coleta e documentação das informações necessárias à

compreensão do risco de crédito- Avaliação periódica das garantias- Detecção de indícios e prevenção da deterioração da qualidade de

crédito das operações- Tratamento das exceções aos limites estabelecidos

� Características

- Definidos e documentados de forma clara- Acessíveis aos envolvidos no processo de concessão e gestão de

crédito

53

Sistemas, Rotinas e Procedimentos

� Sistemas, Rotinas e Procedimentos (V)

- Objetivos◦ Identificar, mensurar, controlar e mitigar a exposição ao risco

de crédito

- Níveis individual e agregado de operações semelhantes

- Abrangência◦ Fontes relevantes de risco de crédito◦ Identificação do tomador ou contraparte◦ Concentração do risco◦ Forma de agregação das operações

- Periodicidade mínima anual de reavaliação (art. 4º, § 3º)

� Previsão de procedimentos de recuperação de créditos(IV)

54

Aspectos Prudenciais e Operacionais

� Patrimônio de Referência (PR) e provisionamentocompatíveis com o risco de crédito assumido pelainstituição (VI)

� Limites para operações sujeitas ao risco de crédito (X)

- Individual

- Agregado por:

◦ Grupo com interesse econômico comum

◦ Tomadores ou contrapartes com características semelhantes

55

Relatórios e Documentação

� Relatórios gerenciais (XV)

- Periodicidade- Destinatário: a administração- Conteúdo: desempenho do gerenciamento do risco de crédito em

relação às políticas e estratégias

� Exceções relatadas apropriadamente (XVI)

� Documentação e armazenamento das informações sobreperdas e recuperação de crédito (XVII)

� Documentação relativa à implementação da estrutura e àspolíticas e estratégias deve ser mantida na instituição àdisposição do BCB (art. 4º, § 2º)

56

Relatórios e Documentação (... continuação)

� Relatório de acesso público - Transparência (art. 7º)

- Conteúdo: descrição da estrutura

- Versões

◦ Completa

• Periodicidade mínima anual• Responsabilidade: conselho de administração ou, se não

houver, diretoria

◦ Resumida

• Publicação em conjunto com as demonstrações contábeis• Indicação do local onde foi publicada a versão completa

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Profissionais

� Qualificação técnica e quantidade suficiente nas áreas deconcessão de crédito e intermediação de títulos, valoresmobiliários e derivativos (art. 5º)

� Estrutura remuneratória que não incentivecomportamentos incompatíveis com um nível de riscoconsiderado prudente nas políticas e estratégias de longoprazo (art. 6º)

- Responsabilidade: diretoria e conselho de administração

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Questões

� O que se espera de cada instituição em função do porte?- A estrutura deve ser calibrada em função da natureza,

complexidade e proporcionalidade, mencionadas no art. 1º

� Que padrão mínimo deve ser cumprido?- Estrutura tal que permita atender a Res. 2.682/1999

� Qual o nível de detalhamento das políticas e estratégias?- O detalhamento deve ser suficiente para descrever com clareza os

limites, mecanismos de mitigação e procedimentos, descritos nosinciso I, art. 1º

� Os limites devem ser definidos por linha de negócio ou porproduto?- Por ambos, se possível

59

4. Segregação de funções

Arts. 8º, 9º,10 e 11

60

Unidade Específica (art. 8º)

� Unidade específica responsável pelo gerenciamento dorisco de crédito

� Segregada das unidades de:

- Negociação- Auditoria interna

� Dotada de integrantes que compreendam os sistemas emodelos usados na gestão do risco de crédito

61

Unidade Específica (art. 8º) (... continuação)

� A dimensão da unidade específica deve ser calibrada emfunção da natureza, complexidade e proporcionalidade,mencionados no art. 1º

� A unidade específica, por menor que seja, deveráobservar os seguintes princípios:

- Independência das áreas de negociação- Ausência de conflitos de interesse

62

Conglomerados (art. 9º)

� Possibilidade de uma única unidade ser responsável:

- Pelo gerenciamento do risco de crédito

◦ Do conglomerado financeiro e◦ Das instituições integrantes

- Pelas atividades de identificação e acompanhamento do risco decrédito das:

◦ Empresas não-financeiras integrantes do consolidadoeconômico-financeiro

63

Sistema cooperativo de crédito (art. 10)

� Possibilidade de uma única unidade responsável pelogerenciamento do risco de crédito...

- ... localizada em qualquer entidade supervisionada pelo BCBintegrante do respectivo sistema cooperativo

64

5. Disposições finais Arts. 12, 13 e 14

65

Diretor Responsável (art. 12)

� Indicação de diretor responsável pelo gerenciamento dorisco de crédito

- O Diretor responsável pode acumular outras funções,exceto as relativas a:

◦ Administração de recursos de terceiros◦ Realização de operações sujeitas ao risco de

crédito

- No caso de uma única unidade gestora do risco decrédito em conglomerados:

◦ Apenas a instituição na qual a unidade estálocalizada deve indicar diretor responsável

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Diretor Responsável (... continuação)

� A atuação do diretor responsável deverá observar osseguintes princípios:

- Independência e ausência de conflitos de interesse

◦ O diretor responsável não pode responder também por áreasde negociação/execução de operações

◦ Em decisões colegiadas sobre aprovação de operações decrédito, o diretor responsável e sua área não poderão sebeneficiar das decisões, com bônus, por exemplo

67

Aprovação da Diretoria e do Conselho

� A diretoria e o conselho de administração deverãoaprovar (art. 13, P.U.):

- Diretor responsável- Estrutura organizacional- Política institucional- Processos- Procedimentos- Sistemas

68

Prerrogativas do BCB (art. 14)

� Determinar a adoção de controles e procedimentosadicionais, caso entenda inadequado ou insuficiente ogerenciamento do risco de crédito implementado pelasinstituições

- Estabelecer prazo para sua implementação

� Imputar limites operacionais mais restritivos

69

Obrigado!