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DRAFT 1 ----------------------- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ------------------------ ------------------------------------- Mandato 2017-2021 ----------------------------------------- ----- SESSÃO EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM TRINTA DE JANEIRO DE DOIS MIL E DEZOITO -------------------------------------------------------------------- --------------------------------------ATA NÚMERO DEZ--------------------------------------- ----- Aos trinta dias do mês de janeiro de dois mil e dezoito, em cumprimento da respetiva convocatória e ao abrigo do disposto nos artigos vigésimo oitavo e trigésimo do Anexo I da Lei número setenta e cinco de dois mil e treze, de doze de setembro, e nos artigos vigésimo quinto e trigésimo sétimo do seu Regimento, reuniu a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, nº 14, em Lisboa, em Sessão Extraordinária, sob a presidência da sua Presidente efetiva, Excelentíssima Senhora Maria Helena do Rego da Costa Salema Roseta, coadjuvado pelo Excelentíssimo Senhor Rui Paulo da Silva Soeiro Figueiredo e pela Excelentíssima Senhora Maria Virgínia Martins Laranjeira Estorninho, respetivamente Primeiro Secretário e Segunda Secretária. ----------------------------------- ----- Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados na Mesa da Assembleia, os seguintes Deputados Municipais: --------------------------------------------- ----- Aline Gallash Hall de Beuvink, Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana Maria de Campo Pedroso Mateus, Ana Margarida Taborda Duarte Martins de Carvalho, Ana Maria Gaspar Marques, Ana Sofia Soares Ribeiro de Oliveira Dias Figueiredo, André Nunes de Almeida Couto, António Manuel Pimenta Prôa, António Modesto Fernandes Navarro, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Augusto Miguel Gama Antunes de Albuquerque, Carla Cristina Ferreira Madeira, Cláudia Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, Davide Miguel Santos Amado, Diogo Feijóo Leão Campos Rodrigues, Fábio Martins de Sousa, Fernando Garcia Lopes Correia, Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Francisco Américo Maurício Domingues, Francisco José Nina Martins Rodrigues dos Santos, Graciela Lopes Valente Simões, Hugo Alberto Cordeiro Lobo, Inês de Drummond Ludovice Mendes Gomes, Isabel Cristina Rua Pires, Joana Margarida Durão Ferreira Alegre Duarte, João Diogo Santos Moura, João Luis Valente Pires, João Maria Correa Monteiro Macieira Condeixa, Jorge Manuel Jacinto Marques, José Alberto Ferreira Franco, José António Barbosa Borges, José António Cardoso Alves, José Luis Sobreda Antunes, José Manuel Rodrigues Moreno, José Maximiano Albuquerque Almeida Leitão, Luís Filipe da Silva Monteiro, Luis Pedro Alves Caetano Newton Parreira, Mafalda Ascensão Cambeta, Manuel Malheiro Portugal de Nascimento Lage, Margarida Carmen Nazaré Martins, Maria Alexandra Almeida da Cunha Cordeiro da Mota Torres, Maria Cristina da Fonseca Ataíde Castel-Branco Júdice, Maria do Carmo do Amaral Cabral da Câmara Pereira Munoz, Maria da Graça Resende Pinto Ferreira, Maria Irene dos Santos Lopes, Maria Luisa de Aguiar Aldim, Maria Simoneta Bianchi Aires de Carvalho Luz Afonso, Maria Teresa Craveiro Pereira, Mário Jorge Paulino de Oliveira de Almeida Patrício, Miguel Alexandre Cardoso Oliveira Teixeira, Miguel Farinha dos Santos da Silva Graça, Miguel Nuno Ferreira da Costa Santos, Natalina Nunes Esteves Pires Tavares de

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DRAFT

1

----------------------- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ------------------------

------------------------------------- Mandato 2017-2021 -----------------------------------------

----- SESSÃO EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM TRINTA DE JANEIRO

DE DOIS MIL E DEZOITO -------------------------------------------------------------------- --------------------------------------ATA NÚMERO DEZ---------------------------------------

----- Aos trinta dias do mês de janeiro de dois mil e dezoito, em cumprimento da

respetiva convocatória e ao abrigo do disposto nos artigos vigésimo oitavo e trigésimo

do Anexo I da Lei número setenta e cinco de dois mil e treze, de doze de setembro, e

nos artigos vigésimo quinto e trigésimo sétimo do seu Regimento, reuniu a

Assembleia Municipal de Lisboa, na sua sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de

Roma, nº 14, em Lisboa, em Sessão Extraordinária, sob a presidência da sua

Presidente efetiva, Excelentíssima Senhora Maria Helena do Rego da Costa Salema

Roseta, coadjuvado pelo Excelentíssimo Senhor Rui Paulo da Silva Soeiro Figueiredo

e pela Excelentíssima Senhora Maria Virgínia Martins Laranjeira Estorninho,

respetivamente Primeiro Secretário e Segunda Secretária. -----------------------------------

----- Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados na Mesa da

Assembleia, os seguintes Deputados Municipais: ---------------------------------------------

----- Aline Gallash Hall de Beuvink, Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana

Maria de Campo Pedroso Mateus, Ana Margarida Taborda Duarte Martins de

Carvalho, Ana Maria Gaspar Marques, Ana Sofia Soares Ribeiro de Oliveira Dias

Figueiredo, André Nunes de Almeida Couto, António Manuel Pimenta Prôa, António

Modesto Fernandes Navarro, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Augusto

Miguel Gama Antunes de Albuquerque, Carla Cristina Ferreira Madeira, Cláudia

Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, Davide Miguel Santos Amado, Diogo Feijóo

Leão Campos Rodrigues, Fábio Martins de Sousa, Fernando Garcia Lopes Correia,

Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro

Rosa, Francisco Américo Maurício Domingues, Francisco José Nina Martins

Rodrigues dos Santos, Graciela Lopes Valente Simões, Hugo Alberto Cordeiro Lobo,

Inês de Drummond Ludovice Mendes Gomes, Isabel Cristina Rua Pires, Joana

Margarida Durão Ferreira Alegre Duarte, João Diogo Santos Moura, João Luis

Valente Pires, João Maria Correa Monteiro Macieira Condeixa, Jorge Manuel Jacinto

Marques, José Alberto Ferreira Franco, José António Barbosa Borges, José António

Cardoso Alves, José Luis Sobreda Antunes, José Manuel Rodrigues Moreno, José

Maximiano Albuquerque Almeida Leitão, Luís Filipe da Silva Monteiro, Luis Pedro

Alves Caetano Newton Parreira, Mafalda Ascensão Cambeta, Manuel Malheiro

Portugal de Nascimento Lage, Margarida Carmen Nazaré Martins, Maria Alexandra

Almeida da Cunha Cordeiro da Mota Torres, Maria Cristina da Fonseca Ataíde

Castel-Branco Júdice, Maria do Carmo do Amaral Cabral da Câmara Pereira Munoz,

Maria da Graça Resende Pinto Ferreira, Maria Irene dos Santos Lopes, Maria Luisa de

Aguiar Aldim, Maria Simoneta Bianchi Aires de Carvalho Luz Afonso, Maria Teresa

Craveiro Pereira, Mário Jorge Paulino de Oliveira de Almeida Patrício, Miguel

Alexandre Cardoso Oliveira Teixeira, Miguel Farinha dos Santos da Silva Graça,

Miguel Nuno Ferreira da Costa Santos, Natalina Nunes Esteves Pires Tavares de

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Moura, Patrocinia da Conceição Alves Rodrigues Vale César, Paula Inês Alves de

Sousa Real, Paulo Jorge Velez Muacho, Pedro Filipe Mota Delgado Simões Alves,

Ricardo de Sant’Ana Godinho Moreira, Rui Pedro Costa Lopes, Rodrigo Maria

Santos de Mello Gonçalves, Rosa Maria Carvalho da Silva, Rute Sofia Florência

Lima de Jesus, Silvino Esteves Correia, Tiago Maria Sousa Alvim Ivo Cruz, Vasco

André Lopes Alves Veiga Morgado, Pedro Miguel Tadeu Costa, Susana Maria da

Costa Guimarães, Eduardo de Carvalho Viana, Mário Nelson Morais Freitas e Nádia

Alves Ribeiro Teixeira. ----------------------------------------------------------------------------

----- Faltou à reunião a seguinte Deputada Municipal: ----------------------------------------

----- Margarida Afonso. ----------------------------------------------------------------------------

----- Fizeram-se substituir, ao abrigo do disposto no artigo 78.º da Lei n.º 169/99, de

18 de Setembro, com a redação dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, o qual se

mantém em vigor por força do disposto, a contrario sensu, na alínea d), do n.º 1, do

artigo 3.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do artigo 8.º do Regimento da

Assembleia Municipal de Lisboa, os seguintes Deputados Municipais: --------------------

----- André Moz Caldas (PS), Presidente da Junta de Freguesia de Alvalade, por um

dia, tendo sido substituído pela substituta legal Deputada Municipal Margarida

Afonso. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Pedro Miguel de Sousa Barrocas Martinho Cegonho (PS), Presidente da Junta de

Freguesia de Campo de Ourique, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto

legal Deputado Municipal Pedro Miguel Tadeu Costa. ---------------------------------------

----- José António Nunes do Deserto Videira (PS), Presidente da Junta de Freguesia de

Marvila, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputada Municipal

Susana Maria da Costa Guimarães. --------------------------------------------------------------

----- José Inácio Faria (MPT), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada

Municipal Nádia Alves Ribeiro Teixeira. ------------------------------------------------------- .

----- Raul Jorge Silva Santos (MPT), por um dia, tendo sido substituído pelo

Deputado Municipal Mário Nelson Morais Freitas. ------------------------------------------- .

----- Patrícia Carla Serrano Gonçalves (IND), por um dia, tendo sido substituída pelo

Deputado Municipal Eduardo de Carvalho Viana. --------------------------------------------- .

----- Solicitou a suspensão do mandato a Deputada Municipal Rita Maria Oliveira

Calvário (BE), sendo o mandato assumido pelo Deputado Municipal Tiago Maria

Sousa Alvim Ivo Cruz, pelo período de 6 meses, que foi apreciada e aceite pelo

Plenário da Assembleia Municipal, nos termos do disposto no artigo 77.º da Lei

169/99, de 18 de Setembro, com a redação dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de

janeiro, o qual se mantém em vigor por força do disposto, a contrario sensu, na alínea

d), do n.º 1, do artigo 3.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do art.º 7.º do

Regimento da Assembleia Municipal. -----------------------------------------------------------

----- A Câmara esteve representada pelo Senhor Vice-Presidente Duarte Cordeiro e

pelos Senhores Vereadores: Ricardo Robles, Catarina Vaz Pinto, Paula Marques,

Miguel Gaspar, Manuel Salgado e Rui Franco. ------------------------------------------------

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----- Estiveram ainda presentes os Senhores Vereadores da oposição: Carlos Moura,

João Gonçalves Pereira, Maria Conceição Zagalo, João Pedro Costa, Nuno Correia da

Silva, Ana Jara e Nuno Rocha Correia. ----------------------------------------------------------

----- Às quinze horas e dez minutos, constatada a existência de quórum, a Senhora

Presidente da Assembleia declarou aberta a reunião. ------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----“Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, informam-me os serviços que já

temos quórum. Pedia que tomassem os vossos lugares, por favor. --------------------------

----- Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, nós vamos dar início aos nossos

trabalhos, apesar de haver Senhores Deputados de pé, eu peço o vosso respeito.

Tomem os vossos lugares. Vamos começar por algumas informações que tenho que

dar a todos. -------------------------------------------------------------------------------------------

---- Em primeiro lugar nós temos hoje um “Debate de Atualidade sobre o Alojamento

Local”. Informo que, foi colocado no site da Assembleia Municipal o estudo, o

sumário do estudo levado a cabo por três freguesias da Cidade de Lisboa,

nomeadamente, Santa Maria Maior, Misericórdia e são Vicente, para vosso

conhecimento, por se considerar que o estudo sobre a matéria que íamos discutir era

relevante terem acesso ao estudo. ----------------------------------------------------------------

----- O estudo está integralmente disponível no site da Junta de Freguesia de Santa

Maria Maior e é bastante atualizado sobre esta matéria que vamos discutir hoje. --------

----- Esta era primeira informação que queria dar. ---------------------------------------------

----- A segunda informação que, vos queria dar é a seguinte: nós temos relativamente

ao Debate de Atualidade, foi-me suscitado se era possível apresentar documentos para

apreciação no Debate de Atualidade. No nosso regimento em matéria de Debate de

Atualidade não está previsto haver deliberações, mas o nosso artigo 48º sob a ordem

do dia, no último ponto que é o número 12, diz expressamente sobre qualquer assunto

agendado na ordem do dia podem ser apresentadas propostas ou recomendações, ou o

que for. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Portanto uma vez que está agendado, foram apresentadas duas moções, uma do

Partido Comunista Português e outra dos Senhores Deputados do Partido Socialista e

Independentes e há uma recomendação do CDS-PP que, nós substituímos o título, não

é propriamente uma recomendação, uma vez que não se trata de recomendar nada à

Câmara, trata-se de pedir à Assembleia para tomar uma decisão e, portanto, foi

intitulada com proposta. ---------------------------------------------------------------------------

----- Portanto, é uma proposta do CDS-PP para uma terminada sequência de decisões

que será considerada então nessa altura da ordem de trabalhos. -----------------------------

----- A terceira coisa que queria dizer-vos, Senhores Deputados, nós temos que fazer a

Eleição dos Representantes para o Conselho Municipal de Segurança, o Presidente já

me pediu isto para poder convocar o Conselho. ------------------------------------------------

----- Nós vamos fazer o seguinte, como é habitual, não sei se já aconteceu neste

mandato, mas lembro, sobretudo para os Senhores Deputados que estão pela primeira

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vez, o seguinte, nós vamos abrir as urnas para votação da eleição dos Representantes

do Conselho Municipal de Segurança, que foram indicados pelos vários partidos.-------

---- As urnas são colocadas no foyer pequeno que, para quem está sentado no plenário

é do vosso lado esquerdo, porta do lado esquerdo que dá acesso ao foyer pequeno. As

urnas serão abertas, quando começarmos a discussão das…, desculpem eu é que estou

disléxica, naturalmente, do vosso lado direito, seja qual for a vossa posição

ideológica. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Portanto, os Senhores Deputados a partir do momento em que nós começarmos a

gestão das petições, as urnas serão abertas e depois eu peço aos Senhores Deputados

para não irem todos ao mesmo tempo, naturalmente, mas durante o debate das

Petições poderem ir cumprir o vosso dever de voto e podermos cumprir, também, esta

diligência e finalmente, queria só dizer mais uma coisa, desculpem Senhores

Deputados e que é o seguinte, as peticionárias da Petição 9/2017 sob o Externato

Camilo Castelo Branco não podiam estar presentes hoje, as duas primeiras

subscritoras, e pedem-me para poderem apresentar a sua posição noutra sessão. ---------

----- Portanto, se alguém não vê inconveniente, em que este ponto seja adiado por uma

semana, para podermos ter audição dos peticionários aqui em plenário, como está

previsto no regimento. -----------------------------------------------------------------------------

----- Se não há objeções, este ponto não será apreciado hoje, e é apreciado daqui a

uma semana, os relatórios estão prontos, está tudo em condições, mas queremos ouvir

os interessados. --------------------------------------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, sendo assim, a Senhora Segunda Secretária está-me aqui a

chamar à atenção, que temos duas pessoas do público escritas, são as duas sobre o

mesmo assunto, que é sobre as marchas do Alto Pina e quero também informar os

Senhores Deputados que sobre este mesmo assunto, deu entrada esta manhã, não sei

se foi esta manhã, mas foi agora mesmo que eu despachei, uma Petição subscrita por

uma série de pessoas sobre esta matéria das marchas do Alto Pina. ------------------------

----- Portanto, vamos ouvir o público inscrito, mas ficam desde já a saber que há uma

petição que deu entrada na Assembleia, foi encaminhada para a 7ª Comissão para ser

apreciada e para a assembleia poder pronunciar-se sobre a matéria. ------------------------

----- Sendo assim, vamos dar a palavra, a Senhora Segunda Secretária, não me deixa

falhar, está-me a lembrar e bem, que antes de disso, temos mais uma questão para

resolver, há uma Senhora Deputada do Bloco de Esquerda que pediu a suspensão do

mandato, a Senhora Deputada Rita Calvário, isto é um assunto em que se fazia no

início das reuniões para podermos validar o quórum das presenças, ela é substituída

pela pessoa seguinte na lista do Bloco de Esquerda, mas tem que haver uma

deliberação da Assembleia. ------------------------------------------------------------------------

----- Portanto, a primeira coisa que eu vou perguntar à Assembleia é se estão de

acordo com a suspensão solicitada pela Senhora Deputada Municipal Rita Calvário. ---

----- A Suspensão da Senhora Deputada Municipal Rita Calcário do Bloco de

Esquerda foi aprovada por unanimidade, não há votos contra, não há abstenções,

votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, MPT, PAN, PEV, PPM, 8IND. -----------

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-----Ficam a saber que estas suspensões de mandato são sempre assinaladas no site da

Assembleia, com o Deputado que sai e o Deputado que entra ou Deputada que entra,

para sabermos sempre, exatamente, quem são os membros em exercício de funções da

Assembleia Municipal”. ---------------------------------------------------------------------------

------------------- PERÍODO DE INTERVENÇÃO DO PÚBLICO ----------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- Agora sim podemos dar a palavra ao Público inscrito. A primeira pessoa é o

Senhor Pedro Jesus, representante do Ginásio do Alto do Pina. -----------------------------

----- O Munícipe, Senhor Pedro Jesus, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: -

----- “Excelentíssima Senhora Presidente da Mesa da Assembleia Municipal de

Lisboa Excelentíssimo Senhor Vice-Presidente da Câmara Municipal de Lisboa,

Excelentíssimos Senhores Vereadores, Senhores e Senhoras Presidentes de Junta de

Freguesia, Caros Deputados e Deputadas. ----------------------------------------------------

----- A minha intervenção, enquanto representante da Marcha do Alto Pina, prende-se

com descontentamentos relativamente à forma como a atual Administração da

EGEAC se tem comportado no último ano e meio em consideração com as Marchas

de Lisboa no geral e em particular com este grande evento da Cidade. -------------------

----- A Marcha do Alto Pina é pioneira desde 1932 neste grande evento que são as

Festas de Lisboa e as Marchas Populares. -----------------------------------------------------

----- Em 2012 representámos o Município de Lisboa em Macau e em 2016

igualmente. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Somos Medalha de Mérito Municipal Grau Ouro e Instituição de Interesse

Público Municipal, portanto, como veem temos elevado bem alto o nome da cidade de

Lisboa e do Edil Camarário. ---------------------------------------------------------------------

----- Passo a explicar o nosso descontentamento: a EGEAC alterou recentemente o

Regulamento do Concurso de Marchas Populares a vigorar na edição de 2018.

Contudo, fê-lo na edição de 2017, alteração essa que foi feita sem a aprovação das

Marchas, contrariando que sempre foi costume até então. ----------------------------------

----- Ao mostrar o descontentamento geral sobre o sucedido e as Marchas unidas,

reunidas em Setembro reuniram no sentido de apresentarem propostas com a

anuência da própria EGEAC, o entendimento das 19 marchas reunidas, inclusive a

Marcha do Alto do Pina é que as novas condições regulamentares, nomeadamente as

de admissão a concurso só deveriam entrar em vigor para o sorteio de 2019 e não

como foi feito em Novembro pela EGEAC. Devo relembrar que, nas alterações

regulamentares não há retroatividade e nós fomos infelizmente apanhados numa má

interpretação feita pela EGEAC. ----------------------------------------------------------------

----- Tal imbróglio criado ditou o afastamento definitivo para a edição de 2018 da

Marcha do Alto Pina, da Marcha de Santa Engrácia e da Marcha de Benfica. ----------

----- Sob solicitação da própria EGEAC, na pessoa da senhora Paula Nunes, 21

Marchas unidas através da autoria da Marcha de São Vicente fizeram uma proposta

ao Conselho de Administração da EGEAC, esta proposta foi entregue no início de

Dezembro. --------------------------------------------------------------------------------------------

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----- Infelizmente, a resposta da ECEAC à que a nossa proposta, depois de várias

tentativas via Junta de Freguesia da Penha de França, via endereçada à própria

EGEAC, tal de resposta só foi recebida hoje e sob pressão, sabendo que nós hoje

iríamos fazer uso da palavra. --------------------------------------------------------------------

----- Essa proposta, infelizmente foi a negativa. Discordamos e, após falarmos com os

diversos parceiros, nomeadamente as 20 Marchas a concurso e com outras pessoas

que nos têm aconselhado neste processo, voltámos a discordar da decisão. Para o

efeito também na sexta-feira apresentámos uma Petição na Assembleia Municipal -----

----- A resposta da EGEAC à proposta só foi recebida hoje volvidos 2 meses, tendo

sido negativa. Outras situações se têm sucedido, com ausências de respostas e

desapego por parte da EGEAC a outras Marchas populares. -------------------------------

----- Senhora Vereadora Catarina Vaz Pinto, não queremos acreditar no descrédito

da organização deste grande evento e das festas de Lisboa. ---------------------------------

----- Assim sendo, vimos aqui requerer com caráter de urgência, uma Reunião com o

Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e com a Senhora Vereadora

Catarina Vaz Pinto, a fim de resolvermos este imbróglio criado pela administração

da EGEAC.-------------------------------------------------------------------------------------------

----- Não nos tirem o que amamos. Viva Lisboa.” ---------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “Peço desculpa, estava aqui a pedir um esclarecimento ao meu Primeiro-

Secretário, mas já ultrapassou o seu tempo, era só isso que eu queria assinalar. ----------

----- Se tem o discurso escrito pode ficar integralmente na Ata.” ---------------------------

----- O Munícipe, Senhor Pedro Jesus, no uso da palavra prosseguiu a sua

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Certo. Termino dizendo que nós somos parceiros da Câmara Municipal de

Lisboa, nós amamos esta Cidade! As Festas de Lisboa! Não nos tirem aquilo que

amamos! Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: - -

----- “Muito obrigada, desculpe ter de o interromper, mas são as regras, está entregue

então e vamos ouvir a segunda pessoa, a Ana Rita Silva Ramos, que é também sobre

esta matéria, creio eu. ------------------------------------------------------------------------------

----- A Munícipe, Senhora Ana Rita Silva Ramos, no uso da palavra fez a seguinte

intervenção: -----------------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito boa tarde Excelentíssima Senhora Presidente da Mesa da Assembleia e

Excelentíssimos Deputados, Vereadores, Presidentes das Juntas de Freguesia. ---------

----- O meu nome e Rita Ramos, e sou marchante da Marcha do Alto Pina desde

1994, com muito orgulho, digo isto como bastante orgulho e de alma e do coração. ---

----- Estou desfeita por dentro! Vou-vos ser muito sincera para todos, eu hoje estou

aqui a representar todos os marchantes porque não podemos falar todos, estou a

falar em nome de todos os marchantes, é injusto o que a entidade EGEAC fez para

connosco, para com a nossa Marcha é uma grande injustiça e queria apelar-vos para

que esta situação fosse resolvida, porque de todos nós merecemos estar a descer a

Avenida da Liberdade no dia 12 de Junho de 2018, pelo que a Marcha do Alto Pina

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7

sempre fez por Lisboa por todos nós amarmos e por realmente ter sido feita uma

alteração ao Regulamento e usado de uma forma injusta pela entidade da EGEAC,

nós sentimo-nos injustiçados por isso mesmo, se tivéssemos saído normalmente, como

o Regulamento assim o dizia, teríamos de nos calar e respeitar as regras, mas não é

justo o que estão a fazer connosco! --------------------------------------------------------------

----- Por favor, eu falo-vos mesmo de coração, todos os marchantes da Marcha do

Alto Pina, assim como de todas as Marchas que estão lá de coração, não ganhamos

nada, estamos e amamos Lisboa, daí participarmos na grande festa que é a Festa da

nossa Cidade! ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Eu peço desculpa, estou nervosa porque isto realmente é uma grande injustiça o

que estão a fazer connosco, eu queria realmente que olhassem sobre isso e que não

deixassem morrer a Festa de Lisboa, a Cidade de Lisboa e a minha Marcha do Alto

Pina! Obrigada.” -----------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “Muito obrigada Senhora Dona Rita Ramos. Eu pedia ao Público que,

independentemente da vossa opinião, não se podem manifestar, não pode haver

barulho da parte do Público, mas de qualquer modo foi bastante claro que foi aqui dito

pelas duas pessoas que falaram. ------------------------------------------------------------------

----- Dá-se a coincidência de na Mesa estar também uma pessoa que também esteve

muito ligado às Marchas do Alto Pina, no passado, a Senhora 2ª Secretária e Deputada

Municipal Virgínia Estorninho, este é um assunto que certamente dirá muito aos

Senhores Deputados Municipais. -----------------------------------------------------------------

----- Tendo uma Petição dado entrada sobre esta matéria a Assembleia vai ter ocasião

agora de aprofundar o assunto, a 7ª Comissão, que é Comissão de Cultura vai ter que

analisar esta Petição e para informação das pessoas que estão a assistir este assunto

vai voltar a ser discutido na Assembleia Municipal depois da 7ª Comissão apreciar o

assunto. Vai ter que chamar os Peticionários para os ouvir e vai ter que dar a sua

opinião e essa opinião vai ter que ser apreciada aqui na Assembleia Municipal,

portanto, teremos um momento em que a Assembleia Municipal será chamada a tomar

uma decisão sobre esta matéria e, portanto, obrigada pela vossa a pela questão que

aqui trouxeram e agora fica nas nossas mãos e na responsabilidade em particular da 7ª

Comissão saber que que o que é que pode ser feito nesta circunstância que aqui

trouxeram. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Muito obrigada, e vamos então continuar os nossos Trabalhos, terminou o

Período de Intervenção do Público. --------------------------------------------------------------

----- Temos um Voto de Pesar apresentado pelo Partido Socialista e pelo Bloco de

Esquerda, pelo falecimento de Edmundo Pedro”. ----------------------------------------------

----- O Senhor Primeiro-Secretário faz a leitura do Voto de Pesar:----------------------

----- Voto de Pesar nº 010/01 (PS/BE) – Pelo Falecimento de Edmundo Pedro: -----

----- “Voto de Pesar pelo falecimento de Edmundo Pedro, Militante antifascista,

fundador e dirigente histórico do PS, Edmundo Pedro faleceu no dia 27 de Janeiro,

em Lisboa, tinha 99 anos.--------------------------------------------------------------------------

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----- Edmundo Pedro, nascido em Alcochete em Novembro de 1918, foi um herói da

luta contra a ditadura derrubada em Abril de 1974 e entregou toda a sua vida – antes

e depois dessa data libertadora – a um sempre incansável combate pelos valores da

Liberdade e da Democracia, constituindo uma incontornável e perene referência de

coragem e de combatente político para todos os socialistas portugueses. -----------------

----- Edmundo Pedro foi preso pela primeira vez em 1932, com apenas 15 anos de

idade, e foi preso pela ditadura por várias vezes, conhecendo bem a repressão e os

cárceres da ditadura, passando pelo Aljube, Peniche a Caxias. Foi também o mais

jovem preso político, mais novo do sinistro campo de concentração do Tarrafal, onde

passou dez anos, debaixo das mais infra-humanas condições. Libertado em 1946,

envolveu-se em várias conspirações e tentativas de derrube da ditadura fascista, que

lhe valeram mais uma prisão, na sequência do assalto ao quartel de Beja, em 1962. ---

----- Militante do PS logo após o 25 de Abril, revelou-se também um elemento-chave

no combate que foi preciso travar nesse período para evitar todas as tentações

totalitárias, o que lhe veio a valer acusações injustas que a Justiça e a História

acabaram por demonstrar falsas. Deixa-nos várias obras essenciais para um

profundo conhecimento do século XX português e um precioso legado, que deve

orgulhar todos os democratas portugueses e, em particular, os seus camaradas

socialistas. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Deputado do PS em várias legislaturas, Edmundo Pedro deixou em todos os que

com ele tiveram a felicidade de contactar um traço indelével de humildade,

humanidade e coragem, que manteve até ao fim dos seus dias, neste ano em que iria

cumprir os seus cem anos. Essa força e coragem que o tornam numa eterna

referência para o Partido Socialista. ------------------------------------------------------------

Como referiu António Costa, Edmundo Pedro foi “resistente desde sempre à

ditadura, demonstrou uma coragem extraordinária, participando em múltiplas

tentativas de derrube da ditadura, nunca desistindo perante a constante repressão de

que foi vítima desde a juventude, quando foi preso ainda menor no Campo de

Concentração do Tarrafal”. ----------------------------------------------------------------------

----- Assim, a Assembleia Municipal de Lisboa, reunida em 30 de Janeiro de 2018,

manifesta o seu mais profundo pesar pelo falecimento de Edmundo Pedro, guarda um

minuto de silêncio e endereça à sua família as mais sentidas condolências”. -------------

----- O Senhor Primeiro-Secretário no uso da palavra referiu o seguinte: ---------------

----- “Subscrevem o Voto pelo Grupo Municipal do Partido Socialista José Leitão e

André Caldas. Pelo Grupo Municipal do Bloco de Esquerda, Isabel Pires.” ---------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal no uso da palavra continuou: --

----- “Vamos passar à votação deste Voto de Pesar nº 010/01 (PS/BE) pelo

falecimento de Edmundo Pedro. Não há votos contra, nem abstenções, votos a favor

do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, MPT, PAN, PEV, PPM, 8IND. O Voto de Pesar nº

010/01 (PS/BE) foi aprovado por unanimidade. --------------------------------------------

----- (Neste momento fez-se um minuto de silêncio em homenagem a Edmundo

Pedro). ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal no uso da palavra continuou: --

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9

----- “Muito obrigado, creio que a bancada do Partido Comunista queria pedir a

palavra para fazer uma Declaração de Voto, têm a palavra para esse efeito, Declaração

de Voto oral em nome da bancada”. -------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (PCP) no uso da palavra,

apresentou a seguinte Declaração de Voto: ----------------------------------------------------

-----“Muito Obrigada Senhora Presidente. -----------------------------------------------------

----- Nós votámos favoravelmente este Voto de Pesar, mas estamos claramente contra

o 4º parágrafo dos considerandos. Penso que, com toda a calma e digo aos

companheiros de Partido Socialista que este parágrafo era desnecessário, que não

havia necessidade. Quanto ao outro grupo subscritor, o Bloco de Esquerda, também

digo com toda a calma, que saudades eu tenho dos militantes, por exemplo da UDP,

antes e depois do 25 de Abril, esses sofreram o golpe, com o golpe do 25 de

Novembro, perderam muito do 25 de Abril, como nós também perdemos. ----------------

----- Para os que querem saber o que se passou em 25 de Novembro e depois,

recomendo dois livros que entretanto saíram, “Quando Portugal ardeu” de Miguel

Carvalho e outro “Os média estatizados do 25 Novembro” do jornalista Ribeiro

Cardoso saíram em 2017, e recomendo também, a pesquisa de outros livros onde já

constam os documentos entretanto desclassificados pelos Estados Unidos da América

e que revelam, exatamente, como é que o 25 de Novembro foi construído e foi feito.

Muito obrigado.” -----------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “Muito Obrigada, Senhor Deputado, está registada a sua declaração de voto.

Terminamos esta questão. -------------------------------------------------------------------------

----- Vamos, agora, pôr à vossa consideração as Atas que temos para aprovar, a Ata nº

3 de dia vinte e um de novembro de 2017 e Ata nº 5 do dia onze de dezembro de

2017. Alguém se quer pronunciar sobre as atas? Não vejo ninguém a pedir a palavra,

vou pôr à votação, vou pôr à votação, separadamente. ----------------------------------------

----- Vou pôr à votação Ata nº 3, de vinte e um de novembro de 2017. Não há votos

contra, nem abstenções, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, MPT, PAN,

PEV, PPM, 8IND. A Ata nº 3 foi aprovada por unanimidade, não tendo participado

na votação os Senhores Deputados que estiveram ausentes na respetiva reunião. --------

----- Vou pôr à votação Ata nº 5, de onze de dezembro de 2017. Não há votos contra

nem abstenções, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, MPT, PAN, PEV,

PPM, 8IND. A Ata nº 5 foi aprovada por unanimidade, não tendo participado na

votação os Senhores Deputados que estiveram ausentes na respetiva reunião. ------------

---- De forma a dar cumprimento ao disposto no DL. n. º 4/2015, de 07 de Janeiro, que

aprova o novo Código de Procedimento Administrativo, mais precisamente no n.º 3

do seu artigo 34.º, não participaram na votação das Atas 3 e 5, os Senhores Deputados

Municipais que abaixo se referenciam, em virtude de não terem estado presentes na

reunião a que a mesma respeita. ------------------------------------------------------------------

----- Ata n.º 3 - 1ª Sessão Ordinária- 1ª Reunião, realizada em vinte e um de

novembro de dois mil e dezassete, não estiveram presentes os seguintes Senhores

Deputados Municipais: Ana Sofia Dias Figueiredo (PS), Augusto Miguel Gama (PS),

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José Moreno (PS), Pedro Simões Alves (PS), Rui Paulo Figueiredo (PS), Susana

Costa Guimarães (PS), Mafalda Cambeta (PSD), João Diogo Moura (CDS-PP), Ana

Margarida Carvalho (PCP), Tiago Ivo Cruz (BE), Nádia Ribeiro Teixeira (MPT),

Maria Teresa Craveiro (IND) e Eduardo Carvalho Viana (IND). ---------------------------

----- Ata nº 5 – Sessão Extra – Eleição da Comissão Executiva Metropolitana de

Lisboa, realizada onze de dezembro de dois mil e dezassete, não estiveram presentes

os seguintes Senhores Deputados Municipais: Ana Sofia Dias Figueiredo (PS), Pedro

Simões Alves (PS), Rui Paulo Figueiredo (PS), Susana Guimarães (PS), André Couto

(PS), Artur Miguel Coelho (PS), Carla Madeira (PS), Davide Amado (PS), Inês

Drummond (PS), Jorge Jacinto Marques (PS), José António Cardoso Alves (PS),

Margarida Martins (PS), Maria da Graça Ferreira (PS), Mário Jorge Patrício (PS),

Miguel Teixeira (PS), Natalina Moura (PS) Rute Lima de Jesus (PS), Silvino Esteves

(PS), Pedro Tadeu Costa (PS), Fernando Braamcamp (PSD), Fernando Rosa (PSD),

Francisco Domingues (PSD), Luis Newton Parreira (PSD), Vasco Morgado (PSD),

Fábio Sousa (PCP), Tiago Ivo Cruz (BE), Mário Morais Freitas (MPT), Eduardo

Carvalho Viana (IND) e Ana Maria Gaspar Marques (IND).” ------------------------------- ----- PONTO 2 – DEBATE DE ATUALIDADE SOBRE O TEMA

“ALOJAMENTO LOCAL” SOLICITADO PELO GRUPO MUNICIPAL DO

PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA, AO ABRIGO DO ARTIGO 49º DO

REGIMENTO; GRELHA K, MÁXIMO 60 MINUTOS. --------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “Vamos entrar agora no ponto 2 Debate de Atualidade. Chamo à atenção, ainda

não estão no site, penso que estejam a ser colocadas, está para este debate de

Atualidade, apresentada uma proposta do CDS-PP e 2 moções, uma moção do PCP e

uma moção do PS e dos independentes. ---------------------------------------------------------

----- Como forma o regimento determina no debate atualidade há 5 minutos iniciais

para o partido que pediu debate, neste caso, o PSD, depois durante o debate cada um

dos partidos e o conjunto dos Independentes têm os mesmos 5 minutos, a Câmara

também pode usar da palavra nestes 5 minutos e no final o PSD encerra a questão. -----

-----Depois do debate, poremos à consideração os documentos que tiverem sido

recebidos na mesa sobre a matéria. ---------------------------------------------------------------

----- Sendo assim, vou dar a palavra ao PSD para iniciar o debate. -------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luis Newton (PSD) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “ Exmª. Senhora Presidente da Mesa da Assembleia Municipal, caras e caros

Deputados Municipais, Senhoras e Senhores Vereadores, público aqui presente. --------

----- Em primeiro lugar eu julgo que é premente poder de alguma forma transmitir o

porquê é que o PSD, entende como relevante e atual lançar esta oportunidade de

debate e reflexão dentro da própria Assembleia Municipal. ----------------------------------

----- Isto corre, inevitavelmente, porque este é, sem dúvida nenhuma, um dos temas de

maior atualidade, ainda para mais, devendo o facto de estar em discussão na própria

Assembleia da República. Um tema que afeta a cidade, um tema que afeta os

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11

lisboetas, mas que também afeta a dinâmica e vida que a cidade tem para além da sua

própria dimensão residencial, e é aqui, inevitável que possamos fazer uma reflexão. ---

----- Essa reflexão, têm necessariamente que ser uma reflexão conjunta, uma reflexão

que deve alicerçar-se num conjunto de consensos, porque, acima de tudo deve estar,

repito, o bem da nossa própria comunidade. ----------------------------------------------------

-----E aqui, não posso deixar de começar por referir a enorme importância que deve

ser dada ao estudo que as três freguesias de Santa Maria Maior, São Vicente e

Misericórdia, desenvolveram sobre este tema. -------------------------------------------------

----- Isto é particularmente relevante, porque demonstra que a preocupação, neste

momento, incide sobre a necessidade de as próprias freguesias poderem contribuir

para aquilo que é o bem-estar da sua comunidade e também alertarem para aquelas

que são as dificuldades que elas estão a sentir. Mas mais, importante aqui papel das

freguesias está a se traduzir, também, num conjunto de propostas arrojadas como

podermos, para como podermos resolver esta situação. Depois, também, destacar aqui

que esta é uma matéria que necessariamente traz oportunidades e é também uma

matéria, que necessariamente consubstancia um conjunto de perigos. ---------------------

----- Em primeiro lugar, no âmbito dos perigos, a importância que nós temos que dar à

necessária proteção daqueles que são os residentes permanentes. Se nós temos bairros

históricos com características históricas com uma dimensão cultural. Isso não se deve

exclusivamente características urbanísticas, deve-se também ao povo que neles

habitam e esses, nós devemos procurar sempre proteger, porque são eles que também

conferem alguma identidade diferenciadora a esses bairros. ---------------------------------

----- Significa que, no passado que podem ter sido cometidos alguns erros, esses erros

têm, necessariamente, que ser corrigidos, para que as soluções que nós possamos

apresentar de futuro, possam ser melhores. E isto prespetivando sempre o futuro e

nunca debruçando-nos, desnecessariamente, sobre matérias em que todos nós

concordamos que têm que ser ultrapassadas. --------------------------------------------------

----- Em segundo lugar, o que eu diria que me parece fundamental prende-se com a

capacidade de compreender aquilo que é um fenómeno de alargamento descontrolado

ou seja o que hoje sentem, em particular, três freguesias, é inevitavelmente algo que

irá ser sentido pelo resto da cidade, nomeadamente, à sua volta daquelas são não só as

suas zonas históricas, mas, também, e mais importante são as suas zonas de forte

concentração turística, desde os monumentos até às paisagens e tudo isto existe na

cidade de Lisboa e tudo isto merece, inevitavelmente, que haja uma reflexão.

Sobretudo que haja aqui o cuidado de podermos iniciar um processo de regulação,

mas atenção, nem tanto ao mar nem tanto à terra, a verdade é que o mecanismo de

regulação não pode, ser ele próprio, o castrador da iniciativa de promoção deste tipo

de dinâmicas. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Não compete ao Estado interferir nos modelos de negócio deve competir ao

Estado poder regular para que eles sejam eficazes e não se tornem eles próprios um

atentado à própria comunidade. ------------------------------------------------------------------

----- Por fim, eu diria que, queremos deixar um apelo, e um apelo para que com base

neste pequeno debate que vamos fazer hoje neste oportunidade de trocar impressões

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12

entre Deputados Municipais possamos passar um outro mais alargado, mas que, não

seja da iniciativa deste ou daquele partido, mas sim de toda a Assembleia Municipal. --

----- Senhora Presidente, porque esta é uma matéria central é pivot naquilo que nós

consideramos ser o desenvolvimento harmonioso do próprio território dos grandes

desafios para os próximos anos, para que Lisboa, não venha daqui a uns anos a ser

recordada como uma cidade que podia ter sido e acabou por não ser, que foi

potenciada e acabou por ser destruída e a vontade aqui é uma vontade que deve

transcender a dimensão partidária deve ser uma vontade que nos deve a todos unir

naquilo que é o bem-estar da nossa comunidade. ---------------------------------------------

----- Muito obrigado”. -----------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “ Muito obrigada Senhor Deputado, vamos prosseguir”. -------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Coelho (PS) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “ Senhora Presidente, Senhoras e Senhores Vereadores, senhor Vice-Presidente,

caras e caros colegas. -------------------------------------------------------------------------------

----- Permitam-me que, em primeiro lugar cumprimente o PSD pela oportunidade

desta iniciativa de promovermos aqui um debate sobre um assunto que é sério, um

assunto da cidade de Lisboa, muito particularmente, e que, em certa medida, vem

influenciando o dia-a-dia dos lisboetas. ---------------------------------------------------------

----- No nosso entendimento, não é possível discutirmos sobre o alojamento local, sem

também falarmos em simultâneo sobre o direito da habitação, porque o que está aqui

em causa, precisamente, é o direito à habitação dos lisboetas que por via de uma

pressão económica, numa atividade económica, altamente rentável, tem expulsado

muitos dos nossos residentes. Residentes tradicionais que fazem do nosso centro

histórico, um local, onde o nosso planeta, particularmente distinto, dão a sua alma,

dão-lhe a sua vida e dão-lhe as suas características e a sua autenticidade. -----------------

----- E o que é que está a acontecer pela via da desregulamentação desta atividade

acontece que, estão a ser desviados do alojamento permanente do alojamento de longa

duração, diria até milhares de habitações que, naturalmente, são colocadas no âmbito

regimento local, e isto é algo que nos deve preocupar a todos como eu tenho dito, isto

começa, alarga-se em mancha, começa no centro histórico, mas não tenho dúvidas

nenhumas que se vai alastrando pela cidade. ---------------------------------------------------

----- Oitenta e seis por cento de todo o alojamento local está colocado no centro

histórico, contando também com a freguesia da Estrela, com a freguesia de Arroios,

com a freguesia de Santo António, com a freguesia da Misericórdia, com a freguesia

de São Vicente e com a freguesia de Santa Maria Maior e metade deste alojamento

local todo, está situado na freguesia de Santa Maria Maior, devo dizer destes oitenta e

seis por cento. É algo incomportável para uma população de 11 mil pessoas, já foi de

14 mil, em 4 anos nós perdemos 3 mil pessoas, nas outras freguesias, a Misericórdia,

concretamente, também está em perda acelerada e Santo António, também sei que

está, portanto, é algo que nós temos que encontrar de frente e temos que reagir. ---------

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----- Isto também tem provocado o desaparecimento do mercado habitacional das

rendas das casas para alugar em rendas de longa duração, neste momento nós

perdemos no centro histórico setenta e cinco por cento das casas disponíveis para

arrendamento face a 2016, portanto, é preciso perceber a dimensão desta situação. -----

----- Porque é que isto acontece? Porque herdámos uma lei das rendas alterada em

2012, corrigida por este Governo. ----------------------------------------------------------------

----- Em meu entender, ainda de uma forma muito insuficiente, herdamos uma lei das

rendas que agilizou o processo de despejo das pessoas ou de empurrar as pessoas para

fora das suas casas, sobretudo pela via daquela ideia sinistra que surgiu em 2012, de

se poder tirar as pessoas motivadas por obras profundas, bastando para tal, a

responsabilização do técnico responsável pela obra, portanto, retirando os municípios

do circuito. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Isso foi corrigido agora, mas, enfim, já tarde demais, ainda tem algumas brechas

e também porque nós temos aqui uma situação muito complicada, que é os contratos a

termo certo, como sabem, o alojamento local dá taxas de rentabilidade tão elevadas

que já ninguém coloca habitações no mercado de aluguer mesmo para termo certo e,

portanto, é preciso enfrentar isto de frente e é preciso procurar as melhores soluções. --

----- Penso que é muito consensual entre muitos de nós que é preciso, para já uma

coisa, consignar aos municípios o processo de registo e de autorização do alojamento

local, a cidade não é toda igual, Marvila não é igual a Santa Maria Maior, nem Santa

Maria Maior é igual à Estrela, nem Carnide é igual a Marvila e nem Carnide é igual

Santa Maria Maior. ---------------------------------------------------------------------------------

----- Porventura, há sítios que suportam mais alojamento local e há outras zonas da

cidade que já estão sobreaquecidas. Só os municípios é que podem, neste sentido,

encontrar as melhores soluções e, portanto, consignar às autarquias, o licenciamento

do alojamento local e depois por outro lado, a montante. -------------------------------------

----- É preciso, também, incentivar e implementar medidas que incentivem o

alojamento de longa duração, naturalmente, beneficiando fiscalmente de uma forma

muito impressiva os proprietários que optem por esta via. -----------------------------------

----- É preciso fazer isso, mas, também, impondo aqui limites muito, que eu devo

dizer, eu e a Senhora Presidente partilhamos desta opinião, limites muito drásticos em

relação aos despejos. -------------------------------------------------------------------------------

----- Em nosso entender nenhum cidadão com mais 65 anos pode ser alvo de um

despejo, a não ser que haja soluções muito concretas e muito dignas para essas

pessoas. As pessoas têm o direito a morrer nas casas onde sempre viveram, e

acreditem que é muito difícil para qualquer um de nós autarcas, estarmos com pessoas

com 80 anos a chorar nos nossos braços, literalmente, a perguntar com uma carta de

despejo ou com uma carta de não renovação de contrato nas mãos a perguntar agora

para onde é que eu vou viver. --------------------------------------------------------------------

----- Nós temos que encarar este problema, este debate tem que ser prolongado, é

preciso confiar nas autarquias e já há boas propostas na Assembleia da República

sobre esta matéria, designadamente, um Projeto-Lei apresentado pelo Partido

Comunista e também pelo Bloco de Esquerda. -------------------------------------------------

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----- Já há boas propostas sobre as quais possamos trabalhar para encontrar soluções

justas, dignas que protejam autenticidade e protejam a economia da nossa cidade,

porque, se perdermos os nossos habitantes tradicionais, também o turismo e também o

alojamento local vai por água abaixo. -----------------------------------------------------------

----- Portanto é preciso refletir sobre isto encontrar soluções justas e soluções dignas

para todos nós. Muito obrigado.” -----------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “Obrigada Senhor Deputado. Vamos prosseguir”. ---------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV) no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigada Senhora Presidente, Senhores Secretários, Senhores Vereadores e

Senhores Deputados. -------------------------------------------------------------------------------

----- Lisboa tem tido um grande crescimento do turismo, que Os Verdes reconhecem

como positivo para a cidade e para o país, mas esta realidade deve ser gerida com

cautela, porque não traz apenas vantagens. -----------------------------------------------------

----- Em pouco tempo, houve alterações muito significativas na atividade turística e

nas dinâmicas habitacionais, principalmente no centro histórico, mas que estão a

alastrar a toda a cidade. ----------------------------------------------------------------------------

----- Lisboa tem mais turismo e alojamento local, mas menos habitação disponível, os

preços das casas aumentaram substancialmente, os bairros tradicionais começam a

ficar descaracterizados e as pessoas têm que abandonar as suas casas e até a cidade,

porque não conseguem pagar casa. É cada vez mais difícil morar em Lisboa e o que é

um direito, passou a ser um privilégio de poucos. ---------------------------------------------

----- Por isso, hoje, falar de turismo e de alojamento local é também falar de

gentrificação e de especulação imobiliária. -----------------------------------------------------

----- Mas este fenómeno não surge por acaso, e agravou-se com as políticas seguidas

quer pela Administração Central, quer pelo Município. --------------------------------------

----- Foi a lei das rendas, responsabilidade do PSD/CDS, que tornou possível despejar

famílias de suas casas para facilitar um negócio mais rentável que é o alojamento

local. -------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Foi o PDM de 2012, aprovado pelo PS e PSD, que liberalizou a alteração de usos

do solo e facilitou a especulação imobiliária, virada para o lucro e não para as

necessidades da população. E foram muitas as vezes que Os Verdes alertaram para

este perigo, denunciando a prevalência de interesses particulares sobre o interesse

público. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- A CML tem responsabilidades e um compromisso com as pessoas. Não se pode

limitar a licenciar e a deixar a cidade à mercê dos interesses imobiliários, contribuindo

para a subida dos preços das casas. Está na altura de a Câmara deixar de agir pelo

ímpeto do mercado e de alimentar a especulação imobiliária. -------------------------------

----- Os Verdes não ignoram que, nalguns casos, o alojamento local é uma

oportunidade para os proprietários terem um complemento do rendimento familiar.

No entanto, é preciso ter em conta que há um número crescente de entidades privadas

coletivas e fundos imobiliários a comprar casas para alojamento local, com uma

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15

natureza mais intensiva e empresarial, muitas vezes exercendo pressão sobre os donos

dos imóveis que querem comprar. ----------------------------------------------------------------

----- Também é verdade que esta nova dinâmica tem permitido reabilitar a cidade, mas

praticamente toda a reabilitação feita, em particular no centro, tem servido para

transformar os edifícios em hotéis ou alojamento local. E quando é para habitação

permanente, os preços são proibitivos para a maioria da população. -----------------------

----- Perante isto, a atividade turística deve ser planeada sob uma visão sustentável e

integrada, porque uma carga turística desregrada, intensiva e não planeada vai

continuar a levar à perda de população, ao desaparecimento das comunidades que dão

cor e vida à cidade e pode mesmo revelar-se destruidora. Além disso, é perigoso que o

desenvolvimento económico esteja excessivamente dependente da especulação

imobiliária e do turismo. --------------------------------------------------------------------------

----- Para Os Verdes, são absolutamente, indispensáveis políticas nacionais e

municipais de promoção da habitação, que favoreçam e dinamizem o arrendamento,

cumprindo um direito constitucional e consagrado na Declaração Universal dos

Direitos Humanos. ----------------------------------------------------------------------------------

----- Ninguém pode estar satisfeito nem tranquilo quando Lisboa está na moda apenas

para alguns, e quando há famílias a serem despejadas das suas casas e pessoas que

dormem, noite após noite, na rua. Uma cidade que se quer atrativa e desenvolvida não

pode pactuar com estas situações. Lisboa é uma cidade para ser vivida, não é um

objeto de consumo. ---------------------------------------------------------------------------------

----- Para concluir, o alojamento local não pode ser sinónimo de despejos, e em vez de

um mercado completamente liberalizado, deve ser gerido e controlado. Para isso, é

preciso estudos e relatórios de avaliação dos seus impactos sociais e económicos, para

se desenvolver de forma equilibrada. E a autarquia deve poder, se assim se justificar,

limitar o alojamento local, devendo as Juntas de Freguesia ter uma participação ativa

neste processo. --------------------------------------------------------------------------------------

----- Uma cidade desigual e inacessível não é boa para ninguém, nem para os turistas

nem para os lisboetas, e o que se pretende é uma cidade para todos. Obrigada” ----------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “ Muito obrigada Senhora Deputada”. -----------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Graça (IND) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente da Assembleia Municipal, Senhores Vereadores, caros

colegas Deputados. ---------------------------------------------------------------------------------

----- Antes de mais os Deputados Municipais Independentes, Cidadãos por Lisboa,

gostariam de aqui declarar que apresentam, hoje, uma Moção que acompanha este

debate de atualidade, que saudamos, pela alteração do enquadramento legal do

alojamento local. ------------------------------------------------------------------------------------

----- Como sabemos, o alojamento local tem tido um significativo impacto no

desenvolvimento da cidade de Lisboa e assume hoje um papel fundamental no setor

do turismo. Obviamente que esta condição faz também com que existam novos

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desafios, e naturalmente, diferentes posicionamentos dos vários intervenientes e partes

interessadas que vivem, trabalham ou usam a cidade. -----------------------------------------

----- Porém, apesar do crescimento económico, do aumento emprego e do

desenvolvimento turístico de serem uma oportunidade histórica para Lisboa, facto

que, também, já foi aqui frisado. Estes fenómenos têm que ser acompanhados por

políticas públicas que evitem os variados disfuncionamentos, são hoje visíveis na

cidade e aliás, como bem demonstra o estudo sobre as novas dinâmicas urbanos do

centro de Lisboa que foi promovida embora pelas Juntas de Freguesia da Misericórdia

Santa Maria Maior e São Vicente. No fundo, o que é preciso aqui assegurar é que o

equilíbrio entre a habitação permanente e o uso turístico e manter, naturalmente, e

valorizar a identidade única de Lisboa. ----------------------------------------------------------

----- O direito à Habitação é sim, um direito essencial de todos os cidadãos e é vital

que Lisboa seja cada vez mais uma cidade para todos que implica garantir habitação

acessível atrair novos habitantes e dar corpo a uma nova geração de políticas públicas

em defesa do direito à habitação e da cidade, desenvolvendo medidas incentivos para

aluguer de longa duração e a promoção de rendas acessíveis. -------------------------------

----- Nesse sentido, os objetivos fixados no programa de Governo, Lisboa precisa de

todos, no seu eixo um denominado habitação para todos, encontramos precisamente,

plasmado neste objetivo, o facto de querer tornar-se cidade de Lisboa mais atrativa

para residir a preços acessíveis, desmultiplicando oferta de instrumentos de

intervenção com impacto na oferta de habitação e regulando o mercado de habitação. --

----- Com efeito, o que se passou foi que a alteração da Lei de Rendas 2012, a Lei

31/2012 conhecida como a Lei Cristas que, aliás, é curioso não estar aqui presente, a

Vereadora não sei, se por receio, de participar neste debate, liberalizou o

arrendamento urbano teve efeitos contrários aos seus pressupostos e objetivos e foi

uma das razões mais determinantes para a desregulação do mercado atual do

arrendamento, dado que em conjugação com o Decreto-Lei 128/2014, que estabeleceu

o regime jurídico da exploração dos estabelecimentos de alojamento local que, com o

aumento do turismo e o aumento investimento imobiliário colocaram em particular

fragilidade os inquilinos com contratos de longa duração sobretudo nas zonas da

cidade com maior pressão turística, onde prolifera o alojamento local. --------------------

----- Nesse sentido juntamente com o Grupo Municipal do Partido Socialista e os

Deputados Municipais Independentes do Livre, vimos propor, através desta moção, à

Assembleia Municipal de Lisboa solicitar à Assembleia da República a alteração do

enquadramento legal do alojamento local, tendo em vista que o atual processo de

registo de alugar um processo de autorização com critérios a definir pelos municípios,

bem como possibilitar aos municípios a limitação de autorizações concebidas para

zonas específicas através do estabelecimento de quotas, que julgamos ser um

mecanismo mais útil para cumprir este objetivo.-----------------------------------------------

----- De ressaltar, também, que sobre esta matéria tínhamos já apresentado no

mandato passado, uma recomendação que propunha também estas mesmas questões e

ainda o facto de ser promovido a alteração do artigo 4º do Regulamento do PDM que,

DRAFT

17

na altura, não foi aprovado, por ser neste mandato que teríamos que o fazer e que, em

boa hora, voltaremos aqui a apresentar esta proposta. -----------------------------------------

----- Obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “ Muito Obrigada Senhor Deputado. Vamos prosseguir”. ------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Maria Luisa Aldim (CDS-PP) no uso da

palavra fez a seguinte intervenção: ---------------------------------------------------------------

----- “Exmª. Senhora Presidente da Assembleia Municipal, restantes elementos da

Mesa, Exmº. Senhor Vice-Presidente e caros membros da Vereação, Caros

Deputados, Público presente, cumprimento todos. --------------------------------------------

----- Neste debate sobre alojamento local, o CDS-PP começa por congratular o PSD

pela iniciativa de trazer este tema para a agenda do município. -----------------------------

----- O alojamento local é um fenómeno mundial que corresponde a uma nova forma

de turismo que satisfaz novos, velhos, ricos, pobres e não é, ao contrário do que

muitas vezes se diz turismo Low cost é o turismo, na realidade da nova economia. ------

----- O alojamento local é responsável pela criação de milhares de postos de trabalho,

mais concretamente, só para vos dar alguma ideia de dados, em 2016 correspondeu a

5700 postos de trabalho. Não são apenas para os proprietários, é para toda uma

indústria que está associada, lavandarias, limpezas, guias, restauração entre outros.-----

----- Este impacto teve até influência de 1.660 mil milhões de euros nas nossas

Finanças, corresponde a 1% do PIB. -------------------------------------------------------------

----- O alojamento local foi o ator principal da requalificação urbana do centro da

cidade que estava, até hoje, ao abandono. -------------------------------------------------------

----- Hoje, poucos se lembram da Baixa deserta sem vida sem ninguém a querer lá

viver, o alojamento local é sustento de muita gente da classe média, oitenta por cento

dos donos do alojamento local só tem um estabelecimento de alojamento local, o que

significa, que, também, mais uma vez ao contrário daquilo que tem sido dito, não é

uma atividade de ricos que têm dezenas e dezenas de estabelecimentos, ao contrário

de que muitos pensam, como vos disse. ---------------------------------------------------------

----- Mas o CDS-PP, ainda assim, não fecha os olhos nem ignora os efeitos

secundários que a atividade nos traz pelo que entendemos que devemos estar atentos a

eles e ser capazes de tomar medidas. ------------------------------------------------------------

----- Não é preciso, apenas debater o tema, é preciso ser pró-ativo e salvaguardar

aqueles que são os efeitos secundários e que se afirmam que não são inteiramente

verdadeiros como, por exemplo, não é ainda verdade que o alojamento local seja o

principal fator do aumento das rendas em Lisboa, esses aumentos fazem-se sentir em

freguesias pouco turísticas, onde não há alojamento local e estão relacionados com a

falta de oferta para tanta procura. -----------------------------------------------------------------

----- Não é verdade, como aqui já ouvi dizer, que tenha sido a lei das rendas a

promover a desregulação. --------------------------------------------------------------------------

----- A lei das rendas salvaguardava pessoas, salvaguarda as pessoas desfavorecidas,

permitiu o descongelamento da lei das rendas que estavam congeladas há cerca de 100

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18

anos e promoveu aquilo que foi a degradação dos edifícios e só ao mexer nesta

medida foi possível requalificar a nossa cidade. -----------------------------------------------

----- Mais uma vez reforço que não é verdade que o alojamento local seja o principal

fator da gentrificação nas zonas mais antigas de Lisboa, o número de casas

abandonadas que existia em 2011 é ainda superior ao número de estabelecimentos de

alojamento local que existem, continuam a existir muitas casas abandonadas, sabemos

que o alojamento local fez renascer estas zonas e não podemos querer que elas voltem

a morrer, importa contudo, garantir condições para que se fixem pessoas nos bairros

em particular, nos centros históricos assegurando a sua identidade. ------------------------

----- Recordo também, que este problema da gentrificação não afeta Lisboa a partir de

agora, mas sim desde os anos 80, por isso o que se conclui que não está diretamente

relacionado com a questão do alojamento local. -----------------------------------------------

----- Não é verdade que seja só alojamento local a fazer barulho, a fazer lixo nas ruas

ou criar problemas de vizinhança, se formos por esta ordem de ideias, o que faríamos,

limitávamos o arrendamento também aos estudantes, ao erasmus, às famílias que

muitas crianças, entre muitas outras situações que ocorrem na vizinhança. ---------------

----- Não é verdade que se limitarmos o alojamento local vamos aumentar o número

de casas a arrendar, para que isto suceda, temos de tornar o regime de arrendamento

muito mais atrativo e são propostas como as do Bloco de Esquerda, que condicionam

os proprietários que afugentam as pessoas do arrendamento. --------------------------------

----- Se queremos mais arrendamento tradicional, temos que torná-lo bem mais

atrativo, se limitarmos o alojamento local as casas não vão para arrendamento, mas

ficam na clandestinidade ou no abandono como aconteceu no passado, ao contrário

também, de que muitos querem fazer crer, não é verdade que tenha sido o

regulamento do alojamento local a criar este enorme número de alojamento local,

aquilo que a lei fez foi trazer essas pessoas da clandestinidade para a economia

formal, o número enorme de estabelecimentos já existia, estava era escondido, meus

amigos, recordo aliás que, onde há mais alojamento local nem é nos centros das

cidades, mas sim no Algarve, como todos vocês sabem e, ainda também, não é de

agora. -------------------------------------------------------------------------------------------------

----- O CDS defende a regulação atual, que recordo começou com o PS em 2008, em

que a figura do alojamento local foi criada na lei e foi alterada pelo CDS,

especialmente para que se tornasse mais ágil e promovesse a saída da clandestinidade

e depois disto já sofreu também alterações realizadas pelo PS. ------------------------------

----- A atual Secretária de Estado do Turismo, Socialista, diz que a regulação

portuguesa nesta matéria é exemplar e isso mesmo diz também a União Europeia, e

porquê, porque conseguimos regular o fenómeno dando-lhe segurança e trazendo as

pessoas da economia paralela para a economia formal 123 milhões de euros em

receita fiscal só no ano de 2017, no entanto, se ainda assim podemos melhorar este

regime claro que sim, o CDS está aberto, obviamente, e entende que há melhorias a

fazer. --------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Não concordamos com as medidas defendidas pelo Bloco e pelas esquerdas,

somos contra impor o máximo de 90 noites por alojamento local, difícil de formalizar

DRAFT

19

e facilmente contornável, os turistas passam a ser apresentados nos prédios como os

primos de que vêm do estrangeiro, os pagamentos passam a ser feitos por baixo da

porta, gente passa a trabalhar clandestinamente sem contratos nem recibos, nada que

nós já não tivéssemos visto no passado. ---------------------------------------------------------

----- Porque somos contra cada pessoa só poder ter um alojamento local, essa norma é

demasiado restritiva e se uma pessoa tiver em Lisboa e outra no Fundão, outra em

Belmonte, outro no Algarve, por exemplo, que valores estamos a tutelar com esta

proibição, alguma informação que nos possam esclarecer. -----------------------------------

----- Porque somos contra passar o licenciamento, no fundo destes alojamentos locais

para as Câmaras municipais e com processos de licenciamento, é preciso lembrar que,

em 2008, até 2014, as Câmaras tinham o processo nas suas mãos e correu mal, como

eram burocráticas, os processos eram longos mais uma vez, voltávamos à questão da

clandestinidade. -------------------------------------------------------------------------------------

----- Porque é que somos contra impor quotas nos bairros para o alojamento local, vai

ser complicado senão impossível definir essas mesmas quotas, quotas relativamente às

casas todas, às casas habitadas, isto é complicado, confuso, aleatório e pouco seguro. --

----- Porque somos contra o condomínio autorizar caso a caso, somos a favor do

condomínio possa ter no seu regulamento, aprovado por todos, se naquele prédio pode

ou não pode haver alojamento local, mas somos contra, obviamente que as

autorizações sejam feitas caso a caso, porque vão criar um mercado de pagamento de

autorizações, os mais ricos compram as autorizações dos restantes e os mais pobres

não conseguem, gestão de condomínios e entendimentos entre os condóminos já é,

sempre foi complexa, não é prudente trazer ainda mais complexidade. --------------------

----- Complexidade, para esta forma de gerir os condomínios, no fundo, todas estas

propostas vão mandar esta gente para a clandestinidade. -------------------------------------

----- O alojamento local não vai desaparecer, vai é tornar-se clandestino como

acontece em todos os países e cidades que proíbem ou criam medidas demasiado

restritivas. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- O CDS entende que o Governo deve realizar esforços para reconhecer realidades

diferentes pelo que há que fazer, por exemplo, uma distinção entre alojamento local

ocasional e alojamento local profissional e que isso pode motivar regimes

ligeiramente diferentes, e porque não Lisboa que tem uma realidade diferente do resto

país, definir algumas exceções adaptadas à sua realidade, também a Câmara

Municipal e juntas tem um papel fundamental no entendimento CDS, nesta matéria,

como por exemplo, a identificação dos imóveis abandonados que precisam de

reabilitação promovendo a mesma junto dos senhorios, podendo assim disponibilizar

maior oferta de arrendamento para o mercado, alojamento local ou não e,

naturalmente assim, o preço também se reajustará, pelo que podem também, ter outras

medidas como adaptar o aumento das recolhas do lixo, como já vos referi, como

sabemos é situação problemática diminuir os problemas criados com aumento desta

nova realidade em algumas zonas da cidade. ---------------------------------------------------

----- Há que pensar de forma estratégica sobre os ajustes a executar, termino

reforçando a importância deste debate na Assembleia Municipal de Lisboa pelo que

DRAFT

20

propomos aqui, através da recomendação que entregámos hoje, seja debatido o

alojamento local no âmbito da 2ª comissão e acolhemos também a sugestão para que

seja incluída na 5ª comissão para que o assunto seja discutido com maior

profundidade para que várias entidades sejam ouvidas e que consigamos chegar a

consensos sobre recomendações nas medidas a tomar e os ajustes necessários a esta

realidade. Obrigada.” -------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “ Obrigada Senhora Deputada. Vamos prosseguir”. -------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (PCP) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado, Senhora Presidente. -----------------------------------------------------

----- Falemos de Lisboa com a memória, com a história que conhecemos ou ainda

conseguimos adivinhar e viver. Nós amamos Lisboa, dependemos dela e ela depende

de nós. Não esqueçamos que podemos desaparecer e ela irá sobreviver, enquanto

centenas de milhares de lisboetas não puderam e não podem viver sem ela. Mesmo os

que foram obrigados a sair da cidade para concelhos na área metropolitana ou para

mais longe, a ela ficam ligados para sempre e aqui voltam quando podem. ---------------

----- Construir vida, ligações humanas, económicas e sociais leva muito tempo,

dezenas de anos. Fazer comunidade, ligações de bairro e de freguesia, olhar a oficina

que resiste, o comércio de proximidade, o clube e a coletividade ameaçados pelas

rendas mais elevadas, conhecermo-nos pelo nome e pelo trabalho que fazemos,

frequentar o café e a livraria, está em vias de extinção. O idoso ou a mulher que chora

à porta da casa que tem de largar porque com a lei das rendas do CDS e do PSD se

tornou impossível resistir, a mulher jovem que vive num apartamento, algures em

Campo de Ourique, e tem de o deixar porque o seu ordenado não comporta o aumento

fortíssimo que o senhorio lhe impõe, indo viver nem sabemos para onde, são as

notícias visíveis ou invisíveis em jornais e televisões. ----------------------------------------

----- Não se trata de diabolizar a atividade turística, nem o alojamento local, mas sim

de adotar medidas de moderação e de contenção de uma atividade económica de

forma a mitigar os seus impactos negativos no acesso à habitação e à

descaracterização dos bairros tradicionais, sob pena de se perder o que é autêntico e

que é procurado por quem nos visita. -----------------------------------------------------------

----- O PCP apresentou na Assembleia da República as suas propostas de alteração à

legislação que regula esta atividade, nomeadamente que os municípios possam impor

quotas máximas de alojamento local e que os proprietários fiquem sujeitos à

autorização dos condóminos e obrigados à subscrição de seguros multirriscos. ----------

----- Atendendo à complexa realidade resultante da gentrificação e da turistificação

dos centros históricos da cidade, urge tomar medidas numa perspectiva de moderação

e de contenção do alojamento local, equilibrando a existência desta atividade

económica com a necessária proteção da acessibilidade à habitação e a salvaguarda

das características dos bairros tradicionais. -----------------------------------------------------

----- Desde logo a política de licenciamento urbanístico lançada pelo PDM de 2012,

aprovada pelo PS e PSD, que contou e conta com a oposição do PCP, veio liberalizar

DRAFT

21

a alteração de usos em toda a cidade, utilizada sem critérios, permitindo e facilitando

a especulação imobiliária completamente virada para o lucro e licenciando hotéis sem

qualquer estudo que sustente a sua viabilidade futura. ----------------------------------------

----- Hoje, com o turismo a dar dinheiro e a errar de rua em rua, sem projetos que

façam valer o nosso património mais profundo, as artes, a literatura, as vivências

comunitárias de cada bairro e freguesia, Lisboa corre o risco muito sério de perder

referências fundamentais para atrair turismo que se afirme entre nós, na convivência e

na fruição que eleva o ser humano. --------------------------------------------------------------

----- A perda das dinâmicas que restam e o desaparecimento de referências

identitárias, esse crime organizado e violento que é a expulsão de famílias das casas

que habitaram desde o casamento e o nascimento dos filhos, em dezenas de anos de

convivência e vizinhança, tudo isso vai concorrendo para tornar Lisboa naquela

história da criança que aqui vivia e que saiu um dia, de carro, a passear com os pais,

para a periferia, e, ao ver pela primeira vez uma galinha, à beira da estrada, gritou

“Mãe, olha um caldo Knorr!”, porque a embalagem deste produto tinha essa imagem

enganadora. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- Não, não devemos deixar que impere a ganância dos fundos de investimento sem

lei nem pátria. Não podemos deixar que façam de Lisboa um caldo Knorr sem sabor e

sem saúde, sem amizade e ligação ao que nos identifica e ajuda a sobreviver neste

mundo de desemprego, de solidão em casa, dos que resistem e adoecem gravemente

com as pressões dos senhorios, dos agenciadores de casas para compra e aluguer,

como grupos de combate e destruição do que é nosso e nosso deve continuar. -----------

----- É possível erguer turismo de qualidade para todos. Saibamos libertar Lisboa do

folclore parvo, da ganhunça a todo o custo, do alojamento local a degradar-se e a

degradar a vizinhança, sem lei nem roque. Saibamos defender o património, o

monumento, a gastronomia que se perde para dar lugar a manjedouras de comer ao

balcão qualquer coisa que a nada sabe, e sempre a correr. -----------------------------------

----- Conviver, enriquecermos com quem nos visita e traz vida, sofrimento, cultura e

amizade de onde vem. Fazer o trabalho de bem receber com dignidade, com orgulho

do que somos e queremos ser. Pôr nos olhos, na paisagem e na rua essa mensagem

que deve guiar-nos: “Não, Lisboa não é um caldo Knorr”. Lisboa é uma cidade que

tem de continuar maravilhosa e independente, orgulhosa do que é e do que tem de ser.

Sábia a receber, a ouvir, a honrar um passado de capital do mundo descoberto e a

descobrir, na troca de saberes, de diferenças e de contrastes. --------------------------------

----- Somos a capital do país e temos de sobreviver e afirmar as nossas

responsabilidades históricas e identitárias, o que somos e queremos continuar a ser. ----

----- Lisboa é galinha dos ovos de ouro para especuladores e fundos imobiliários, mas

isso não pode continuar. A cidade não pode ser um caldo Knorr para os lisboetas, para

os que aqui vivem e para os que são expulsos da cidade. Muito Obrigado.” --------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “ Muito obrigada Senhor Deputado. Vamos prosseguir”. -------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Mário Freitas (MPT) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

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22

----- “ Exmª. Senhora Presidente da Assembleia Municipal, Exmºs Vereadores, caros

colegas, público e membros da Comunicação Social presentes. -----------------------------

----- É inegável que o Turismo se tornou o “salvador da nossa pátria“, se não de toda

pelo menos daquela que inclui as grandes cidades deste país; no entanto, como bem

sabemos, em Lisboa, neste momento, são muitos os que se queixam do aumento de

turistas e dos preços escandalosos a que um simples T1 pode ser arrendado, já que a

aquisição é cada vez mais uma miragem para o comum cidadão nacional. ----------------

----- Se é evidente que o alojamento local contribuiu para estimular a economia,

tornando-se em muitas situações um exemplo de verdadeiro capitalismo popular,

sendo fonte de rendimento de múltiplos núcleos familiares que nas suas áreas de

conhecimento e labor originais se viram desempregados, não há qualquer dúvida que

vimos assistindo à saída dos moradores das cidades. ------------------------------------------

------ O Sr. Presidente da nossa autarquia, em Agosto transato, apresentou 25 medidas

a implementar até 2021, aquando da apresentação do seu Programa; uma delas está

relacionada com a alteração do Regime do Alojamento Local, "para, citamos, que o

município tenha o poder de autorizar o acesso ao alojamento local em zonas

determinadas”. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- A Câmara Municipal anunciou, em Novembro passado, que iria proceder a

estudos para definir as capacidades máximas de alojamento local por zona da cidade. --

----- Sabemos, por ora, que as Juntas de Freguesia de Santa Maria Maior, Misericórdia

e São Vicente promoveram um estudo de diagnóstico e prospetiva sobre o centro

histórico, intitulado "Estudo sobre Novas Dinâmicas Residenciais, Económicas e

Urbanísticas no Centro Histórico de Lisboa". --------------------------------------------------

----- O estudo recomenda, entre outras medidas: -----------------------------------------------

----- Regular a oferta de alojamento local, permitindo que a sua expansão se faça em

equilíbrio com as demais funções urbanas; -----------------------------------------------------

---- Reforçar as normas que distinguem as iniciativas de natureza individual e de

complemento de rendimento familiar desde que correspondam a um uso mais

intensivo e de natureza empresarial. -------------------------------------------------------------

----- Como por exemplo: --------------------------------------------------------------------------

----- Colocando limitações ao número de dias por ano e para cada estadia em que um

determinado alojamento pode ser alugado ou nos casos de exploração mais intensiva

ou empresarial do alojamento local, aproximando algumas exigências, como a

segurança, o serviço de tratamento de resíduos, prevenção de ruído, transportes,

estacionamento, informação aos clientes e condições laborais, daquelas que vigoram

para os empreendimentos turísticos. Esta distinção pode passar pela alteração do

regime jurídico de exploração dos estabelecimentos de alojamento local ou até pelo

aditamento de uma norma ao Código Comercial. Esta medida prevê-se ser

complementada pelo reforço de mecanismos de fiscalização. -------------------------------

----- Entende o MPT que a criação de um gabinete de fiscalização do alojamento local

é, efetivamente, necessária. ------------------------------------------------------------------------

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23

----- Aguardamos então o final destes 3 meses publicitados como data limite para a

conclusão do Estudo da Câmara Municipal. A que seguirão certamente mais alguns de

discussão de medidas. E, até lá…? ---------------------------------------------------------------

----- Até lá à que fazer alguma coisa pelos cidadãos das zonas históricas da cidade. -----

----- Para além de palavras de circunstância, temos de velar pelos interesses da

população mais envelhecida, diariamente, e pela população jovem empurrada para

periferia, e que vê o seu futuro adiado, equilibrando a Economia e quem a faz mover,

com as necessidades sociais da cidade. ----------------------------------------------------------

----- É isto, que nos cabe. Foi isto que a população nos confiou. ----------------------------

----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “ Muito obrigada Senhor Deputado. Vamos prosseguir”. -------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Isabel Pires (BE) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigada Senhora Presidente, Senhores Vereadores, Senhoras e Senhores

Deputados. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Em primeiro lugar, o Bloco de Esquerda, não pode deixar de registar que,

finalmente PSD, CDS e também PS, chegaram ao debate sobre alojamento local, que

já foi feito e que já foi tentado fazer pelo Bloco de Esquerda, já bastantes vezes nesta

Assembleia Municipal e refiro apenas a uma recomendação de 27 de Julho de 2017,

que foi chumbada por todos os partidos, especialmente por PSD, PS e CDS que vinha

exatamente propor, muitas das soluções ou possíveis soluções, que inclusivamente,

são hoje apresentadas pelo estudo que foi divulgado sobre as freguesias do centro

histórico de Lisboa. ---------------------------------------------------------------------------------

----- Portanto, ainda bem que estamos a fazer este debate, mas, na verdade já vamos

tarde, neste mesmo debate. Já tivemos oportunidade de o fazer mais vezes e já

tivemos oportunidade também, nesta Assembleia Municipal, de tomar medidas

concretas para resolver os problemas que estão agora identificados, e quando se diz

que, existem transformações que são muito variadas, desde os transportes até aos

serviços públicos e o preço da habitação, não era preciso um estudo de agora, de

2018, para nos comprovar isso, porque esta tendência tem sido verificada desde há

alguns anos para cá e, portanto, já poderíamos ter e já deveríamos ter respondido a

este problema. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Na verdade já foi aqui dito que as propostas têm que transcender a dimensão

partidária, mas o que se viu foi, de facto, que a dimensão partidária impediu que já no

Verão de 2017, esta assembleia pudesse ter tomado a dianteira das propostas políticas

e das soluções para o centro da cidade, e a verdade é que o debate sobre o alojamento

local que nós estamos aqui a ter hoje e que vamos ter que continuar a ter forçosamente

é um debate também sobre o direito à habitação e sobre a maneira como se vê a

habitação nas cidades, nomeadamente na cidade de Lisboa. ---------------------------------

----- A habitação é um direito constitucional e, portanto, temos parar de ver, de uma

vez por todas, o problema da habitação como um problema puramente de mercado,

porque se continuarmos a ver a habitação como um problema puramente mercado,

DRAFT

24

não vamos chegar a solução nenhuma, como o CDS e o PSD aqui disseram. Não

vamos chegar a solução absolutamente nenhuma e aquilo que vamos continuar a ver é

o aprofundamento da desertificação do centro histórico, e pegando em alguns dados

que vem inclusivamente neste estudo, nós verificamos que existe uma diminuição do

número de pessoas no centro histórico, que nos anos 40 era cerca 160 mil pessoas

para hoje em dia haver 40 mil pessoas a morar nas 3 freguesias que compõem o centro

histórico. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Isto é absolutamente assustador, se nós queremos ter um equilíbrio entre, quem

mora na cidade, quem trabalha na cidade e quem vem visitar a cidade, não podemos

ter uma cidade que pura e simplesmente está deserta e não vale a pena termos prédios

reabilitados, se esses prédios estão vazios. ------------------------------------------------------

----- Na eventualidade de existir uma quebra no pico de turismo na cidade de Lisboa,

o que nós vamos assistir é a uma imensidão de locais e de prédios, que até podem

estar reabilitados, mas não há ninguém a habitar neles, e, portanto, teremos uma

cidade fantasma e como temos hoje em dia, temos uma cidade em que já nem sequer a

componente cultural, a componente histórica, a componente que são as pessoas da

cidade que fazem a própria cidade já não estão lá. ---------------------------------------------

----- Portanto, temos que responder concretamente a isto, e temos que responder com

propostas que mais que vem neste estudo, como aquelas que estão em discussão e em

debate na Assembleia da República, atualmente, e que, pasme-se elas vão ao encontro

daquilo que já tinha sido apresentado várias vezes pelo Bloco de Esquerda, aqui

também, no que toca à imposição de quotas, no que toca à limitação, no que toca a

propostas que vão melhorar o serviço de, e a oferta de habitação pública -----------------

----- Porque nós falamos de habitação pública e do debate que temos que ter aqui

enquanto deputados municipais, mas enquanto sociedade, enquanto cidade de Lisboa,

as vias de resistência vão muito mais longe do que as necessárias alterações à

legislação que estão a ser trabalhadas, que vão continuar a ser trabalhadas e que aqui

também tem que ser tidas. -------------------------------------------------------------------------

----- Mas existem também vias de resistência que são populares, são vias de

resistência que são muito importantes e que nos têm demonstrado aquilo que está a

acontecer em Lisboa, e falo do exemplo e não poderia deixar de dar o exemplo do que

se está a passar hoje, do que que se passou hoje, na rua Marques da Silva com um

despejo que não teve qualquer notificação, é ilegal, os ocupantes tentaram por várias

vezes falar com a Câmara de Lisboa sobre aquela situação. ---------------------------------

----- Mas aquilo que nós vemos são movimentos destes que se estão a repercutir por

vários espaços da cidade, não só naquela rua, mas noutros espaços, movimentos de

moradores, movimentos de cidadãos que querem proteger os seus bairros, que querem

manter os seus bairros e querem fazer a sua vida nos seus bairros, e são impedidos,

porque existe um tal mercado, que está a pressionar os preços, e aumentar os preços. --

----- Vou terminar, Senhora presidente, dizendo que, para defender o direito à cidade

são preciso formas de resistência, não só de ocupação, mas também movimentação e

de movimentos de cidadãos e de moradores, mas também a necessária alteração à

legislação e não é demais, deixar de dizer que, de facto já vamos estar neste debate

DRAFT

25

por uma questão partidária, porque PS, PSD e CDS não quiseram fazer esta discussão

mais cedo.”-------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “ Muito obrigada, vamos prosseguir”. -----------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Aline Beuvink (PPM) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Excelentíssima senhora Presidente, Senhores Vereadores, Senhores Deputados,

muito boa tarde! -------------------------------------------------------------------------------------

----- Lisboa, não é um caldo knorr como diz o PCP, mas está a tornar-se uma cidade

donut, a cidade que é doce por fora e vazia no centro histórico. -----------------------------

----- Lisboa considerada no passado recente como a mais cool para quem nos visita e

cada vez mais cara para quem resiste em cá viver. O crescimento da receita fiscal da

Câmara não destapa esta tendência nos últimos anos, por isso, para quem nos visita é

cool, mas para quem cá vive é cada vez mais caro ser cool. ---------------------------------

----- Além de invadido por Tuk-Tuk desgovernados, o centro histórico sofreu nos

últimos anos a pressão da agenda do governo da cidade, dezenas de hotéis construídos

à lagar der, hotels aprovados, sem qualquer controlo ou uma vez mais qualquer

estudo prévio do impacto causado ou sequer do que tem acontecido com cidades

congéneres como, por exemplo, Barcelona. ----------------------------------------------------

----- Temos de aprender com os exemplos alheios. A cidade de Lisboa que conquista

galardões como aquele atribuído pela Bloom Consulting com o título de “Melhor

cidade para visitar e fazer negócios” pelo 3º ano consecutivo, apesar de orgulhar quem

cá vive, não vê isso convertido em verdadeiros créditos para os cerca de 500 mil que

ainda resistem em cá viver. ------------------------------------------------------------------------

----- Sabemos que o turismo tem sido, sem sombra de dúvida, a maior bênção para a

recuperação económica de Portugal devemos fomentá-lo, dar liberdade e

possibilidade ao empreendedorismo particular, mas sem perder de vista o perigo de

continuar a ter uma cidade donut. ----------------------------------------------------------------

----- Seria importante então fazer um estudo com urgência sobre isto visando a

capacidade da cidade para o alojamento local e dentro deste, qual o mais apropriado,

para que a cidade suporte. Quais os limites máximos e mínimos destes custos,

podendo utilizar parte dos lucros em benefício da cidade de Lisboa como com a ideia

de cobrar 28 % que vai para as Finanças e que deveria ser pelo menos, em grande

parte, reservado à recuperação de património. Seria sim, uma boa oportunidade de

investimento. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- É importante também diferenciar arrendamento local de arrendamento de curta

duração, são realidades diferentes com complicações várias, a regularização é

fundamental igualmente, neste sentido. ---------------------------------------------------------

----- Não podemos deixar que as coisas sigam o seu curso sozinhas ao sabor das

modas. Hoje, Lisboa é uma cidade em alta, turisticamente apetecível, chamativa, que

está no ranking das mais visitadas e mais procuradas, mas, e até quando e se essa

moda passar, qual vai ser a posição da câmara para ajudar aqueles que dependiam

financeiramente do alojamento local, como se irá comportar, com a desertificação. -----

DRAFT

26

----- Independentemente das novas realidades há algo que, nunca deveremos esquecer,

a necessidade de incentivar os munícipes a manterem-se na cidade e, para isso, a

câmara é obrigada a encorajá-los com novas propostas. Em suma, há que arranjar um

equilíbrio entre o turismo, os turistas a cidade, a sua boa vivência e convivência e

claro, acima de tudo, os munícipes. Obrigada.” ------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “ Muito obrigada Senhora Deputada, vamos prosseguir”. ------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Inês Sousa Real (PAN) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Excelentíssimo Senhor Presidente em substituição, apresento os meus

cumprimentos iniciais a todos e todas os presentes, na sua pessoa. -------------------------

----- Começo, também, por felicitar o PSD por esta iniciativa, é extremamente

relevante que todos possamos estar aqui a debater hoje o futuro da nossa cidade, tendo

em conta o impacto que o turismo vai ter para a qualidade de vida de todos e de todas.

----- Reconhecemos, obviamente, os aspetos positivos que o turismo nos traz desde

logo na requalificação do parque habitacional, a imobiliária existente na cidade, o

impacte económico, mas, não nos podemos vender por meia dúzia de patacas ou

deixarmo-nos iludir pelos efeitos, aparentemente beneméritos que traz para a cidade. -

---- Queremos que Lisboa cresça, mas que cresça com mais valor, mais valor para as

suas gentes mais valor para o seu património histórico e para a sua cidade e não nos

podemos esquecer que o fenómeno da gentrificação, tem também os seus efeitos

nefastos como nos demonstra exemplos de outros países, na cidade de São Francisco a

gentrificação trouxe consigo um aumento exponencial de pessoas em situação de sem-

abrigo. ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Temos que aprender, obviamente, com os exemplos que lá fora existem para

percebermos quais são as preocupações do futuro que estes fenómenos hoje,

aparentemente muito agradáveis, nos podem vir a trazer alguns dissabores. --------------

----- Nesse sentido e porque queremos preservar precisamente a qualidade de vida dos

lisboetas é essencial criar novas centralidades, inclusive na oferta cultural, como aqui

debatemos nas semanas anteriores, como foi o caso, por exemplo, do Teatro Maria

Matos. ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- É necessário, também, promover medidas que fomentem o incentivo à habitação

permanente, e é isso que o PAN, têm defendido. O aluguer de longa duração, com

recurso se necessário então à regulação, através das quotas, como nos mostra, de facto

aqui assim, o exemplo de outras soluções que já têm sido apontadas, hoje, foi

também, discutido na Assembleia da República e apresentada uma iniciativa do PAN,

que visa precisamente promover a reflexão em torno deste tema. ---------------------------

----- Defendemos por isso medidas como, para aliviar a pressão turística sentida,

reforçar junto do Governo Central a necessidade de criar um pacto nacional para a

habitação. Pacto este, se necessário, acompanhado de uma comissão que possa

monitorizar o avanço e o progresso deste tipo de iniciativas, para perceber então,

quais são os efeitos positivos e negativos que o turismo vai tendo na cidade. -------------

DRAFT

27

----- É necessário, também, fazer o levantamento do parque habitacional do

município, o seu estado de conservação, a ocupação que é tida, a par do levantamento

e a análise da procura de habitação no município e do tipo de agregados e de

rendimentos familiares existentes. ---------------------------------------------------------------

----- Quando falamos que a habitação é um direito fundamental, a habitação é não só

um direito fundamental como deve ser acessível a todos e a todas, incluindo às novas

realidades familiares e falamos, também, de qualidade de vida. Não basta ter

habitação, temos que ter transportes, temos que ter jardins, temos que ter qualidade de

vida, para verdadeiramente se consagrar um princípio constitucionalmente emanado. --

----- Em colaboração, também, com a Administração Central, será necessário e

defendemos afetar mais verbas a programas, como os subsídios de renda, acima de

tudo, começarmos pelas bases e não pelo telhado, que é através de um estudo sobre a

capacidade da carga turística da cidade e perceber o impacto que o turismo tem ao

nível da qualidade de vida e que foca entre outras matérias o levantamento sobre a

poluição sonora e ambiental que é produzida, o tratamento dos resíduos urbanos que

se têm agravado, nomeadamente, nas zonas de maior turismo no casco histórico da

cidade, o património habitacional, os transportes, as alterações climáticas, os próprios

serviços de saúde, a água e a sua escassez em momentos de seca extrema, são tudo

fenómenos, obviamente, que se irão agudizar com o aumento do turismo. ----------------

----- A resposta também aos planos de emergência, os mecanismos das quotas

adequados a esta nova realidade, o próprio plano da drenagem que capacidade é que

terá face a este aumento de pessoas que vêm hoje à cidade, portanto defendemos,

obviamente, que têm que haver uma reflexão necessária, antes de se implementar to

cor o sistema das quotas. --------------------------------------------------------------------------

----- Defendemos também que o produto da taxa turística deve servir para beneficiar

as pessoas que vivem na cidade e para promover a qualidade de vida, se continuarmos

a apostar a investir, como recentemente foi anunciado que o executivo, PS e Bloco,

vai investir mais onze milhões na aposta de recuperação do Palácio Nacional da

Ajuda, estaremos, aqui a fomentar mais turismo ao invés na qualidade de vida dos

lisboetas, tornando assim um ciclo vicioso que a única consequência será, afastar os

lisboetas da sua cidade. ----------------------------------------------------------------------------

----- Estou em crer que defendemos todos os mesmo, que todos queremos uma Lisboa

mais humana e mais sustentável. Está na hora de atuarmos como tal, pois. Disse!”------

----- O Senhor Presidente da Assembleia Municipal em exercício, no uso da

palavra continuou: ----------------------------------------------------------------------------------

----- “ Muito obrigada Senhora Deputada. Vamos dar continuidade à sessão”. -----------

----- O Senhor Deputado Municipal Paulo Muacho (IND) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

-----“Boa tarde, Senhor Presidente, Senhores Vereadores, Senhores Deputados. ---------

----- O Turismo tem sido uma dádiva e um desafio para a cidade de Lisboa, se por um

lado traz prosperidade e dinamismo económico à cidade, traz também uma maior

pressão sobre o mercado habitacional em Lisboa, não deixa de ser curioso que este

debate seja pedido pelo PSD, uma vez que foi o último governo do PSD e com a

DRAFT

28

Vereadora Assunção Cristas do CDS, como Ministra, que liberalizou o mercado de

arrendamento com tantos efeitos nefastos em termos de despejos e a subida dos

valores das rendas que teve na cidade de Lisboa. ----------------------------------------------

----- Do que precisamos é o contrário de liberalização e desregulação do mercado de

arrendamento é fundamental uma nova geração de políticas públicas de habitação que

possam garantir habitação acessível para todos e atrair novos habitantes para a cidade

de Lisboa. Para isso, é fundamental que os municípios e as freguesias ganhem novas

competências e recursos, os deputados municipais independentes do Livre,

consideram fundamental que seja feita uma avaliação do regime fiscal aplicado

premiando os proprietários que optem pelo arrendamento de longa duração e também

que exista uma clara distinção entre alojamento local que serve como complemento ao

rendimento familiar e o alojamento local explorado intensivamente. -----------------------

----- Nesta sessão, apresentamos conjuntamente com o Partido Socialista e os

Cidadãos por Lisboa, uma moção que vai no sentido de defender alterações legais que

permitam aos municípios estabelecer quotas e critérios de autorização para o

alojamento local, assegurando assim, o equilíbrio entre a habitação permanente e uso

turístico dos espaços é um passo no sentido certo que esperamos que esta Assembleia

e os Partidos representados no Parlamento acompanhem. Obrigado.” ----------------------

----- O Senhor Presidente da Assembleia Municipal em Exercício, no uso da

palavra continuou: ----------------------------------------------------------------------------------

----- “ Muito obrigado Senhor Deputado. Vamos prosseguir”.-------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luis Newton (PSD) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “ Senhor Presidente em Exercício. O PSD era para não fazer intervenção, nesta

altura, mas eu sinto que, perante um conjunto de barbaridades que tem vindo a ser

proferidas regularmente ao longo desta sessão e que eu entendo que prejudicam o bom

debate que se cria promover. É impossível ficarmos calados. -------------------------------

----- Este constante assalto à Vereadora e Ex-Ministra Assunção Cristas, tem que

acabar, porque é falso, é falso e o facto de vocês repetidamente quererem promover

uma narrativa que não corresponde à realidade, não é nada auspicioso para o debate

que se quer construir. -------------------------------------------------------------------------------

----- Por dois motivos, em primeiro lugar, porque se calhar os senhores preferiam que

nada tivesse sido feito, e hoje as mesmas casas que nós estamos a ver, nas zonas

históricas, tivessem em degradação absoluta, onde se calhar as mesmas pessoas não

tinham condições nenhumas para estar a viver e por isso, se calhar, era isso que

preferiam, aliás, é isso que nós vimos em algumas repúblicas extintas da anterior

União Soviética, é essa a qualidade de vida que vocês queriam. ----------------------------

----- Outra questão que me parece particularmente importante é essa insistência

constante em querer dizer que não foram protegidos os mais idosos, quando isso foi

claramente protegido na Lei, e estava lá e consta. ---------------------------------------------

----- Portanto essa matéria, repetida várias vezes não passa à verdade, os senhores não

podem continuar a fazer isso, isso não é profícuo para o debate e o facto de proferirem

DRAFT

29

e insultarem constantemente uma pessoa ou uma política, não torna nada do que estão

dizer, verdade. Disse.” -----------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente da Assembleia Municipal em Exercício, no uso da

palavra continuou: ----------------------------------------------------------------------------------

----- “ Muito obrigado Senhor Deputado. Vamos dar agora a palavra ao Senhor Vice-

Presidente da Câmara”. ----------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, no uso da palavra fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito Obrigado, Senhor Presidente, Senhores Deputados. Quero em primeiro

lugar cumprimentar o PSD, o Senhor Presidente da Junta de Freguesia da Estrela, pela

iniciativa deste Debate. ----------------------------------------------------------------------------

----- Quero, também, aproveitar para cumprimentar as Juntas de Freguesia do Centro

Histórico, nomeadamente, as Juntas de Freguesia de Santa Maria Maior da

Misericórdia e de São Vicente que recentemente apresentaram também um estudo e

contributos para este debate. ----------------------------------------------------------------------

----- A Câmara Municipal entende que, este debate não pode ser feito sem nós, por um

lado, reconhecermos a importância económica que o turismo tem tido na Cidade,

dados do Observatório de Turismo de Lisboa revelam, só para termos uma noção das

importâncias, que, de Janeiro a Outubro do ano passado, os proveitos do turismo

ascenderam a 929 mil, quase, mil milhões de euros, 929 mil a milhões de euros e na

prática também não podemos deixar de constatar o facto de a importância do turismo

e, em particular do alojamento local naquilo que representaram os anos de

recuperação económica de 2003 à data e naquilo que significaram, no rendimento de

muitas famílias e naquilo que significaram, até em solução para muitas pessoas

desempregadas da nossa cidade e, em particular da nossa região. ---------------------------

----- Também é impossível fazer este debate sem discutirmos o direito à habitação, o

direito constitucional à habitação e em particular, o direito a viver em qualidade nos

centros históricos da cidade e, portanto, é disto que estamos a falar quando falamos

deste debate, nós não podemos dissociar, nem da importância económica que o

turismo têm, nem da importância que alojamento teve na recuperação económica, e

em particular no rendimento das famílias, mas também não podemos dissociá-lo do

direito à habitação e em particular, o direito a viver com qualidade nos centros

históricos. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Este sistema de alojamento local tem tido e teve, e daí nós valorizarmos, têm

relevância, têm atualidade e, em particular, vivemos agora o momento em que a

Assembleia da República está a debruçar-se sobre alterações relativas sobre esta

matéria, portanto, faz todo o sentido a Assembleia Municipal pronunciar-se. -------------

----- Esta é uma matéria que mereceu a atenção do executivo da Câmara Municipal, já

tinha merecido a atenção da campanha eleitoral, praticamente de todos os partidos,

também, em particular dos partidos que hoje estão em coligação e governam a cidade

em coligação. Dizer que está absolutamente expresso no acordo coligatório que foi

feito e agora nas Grandes Opções do Plano, matérias como, propor alterações ao

enquadramento legal do alojamento local para que o atual processo de registo de

DRAFT

30

alugar a um processo de autorização com critérios a definir pelos municípios, que já

percebemos, que não tem a concordância do CDS. --------------------------------------------

----- Iniciar um estudo técnico para definição das capacidades máximas do alojamento

local por zona da cidade para assegurar a multifuncionalidade dos bairros, em

particular nas zonas históricas. --------------------------------------------------------------------

----- Aprovar, após três meses de alteração legislativa, não é para os três meses do

início do mandato, Senhor Deputado do MPT, após 3 meses de alteração legislativa o

mapa de quotas, após discussão pública e criar um Gabinete Municipal de fiscalização

do alojamento local que inclua as matérias relacionadas com a habitação, com o

turismo, com a economia da cidade e em particular, permita penalizar os proprietários

que não forem responsáveis e que, nomeadamente, permanentemente contribuam para

aquilo que se pode considerar má vizinhança, a desregulação ou prejudicar a

qualidade de vida de quem vive na cidade. -----------------------------------------------------

----- O executivo não tem estado parado, nós, neste momento, temos trabalhado em

várias áreas em paralelo, naquilo que diz respeito à nossa missão e naquilo que nós

acreditamos que são os objetivos que nós devemos prosseguir. Ao nível da higiene

urbana, por exemplo, temos estado a trabalhar em contratos interadministrativos que,

em breve, apresentaremos para reforçar as Juntas de Freguesia do casco histórico da

cidade no que diz respeito a meios, nomeadamente, para higiene urbana. -----------------

----- Temos estado a trabalhar na área da economia e da Cultura da cidade, por

exemplo, na proteção daquilo que nós consideramos ser entidades e lojas de natureza

histórica, já o fizemos com as lojas com história, classificamos 82 lojas, vamos agora

classificar mais cerca de 50 e já classificamos algumas entidades históricas e várias

áreas da Câmara também estão a trabalhar para identificar algumas áreas que devem

ser protegidas. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Ao nível da habitação temos estado a trabalhar, recentemente aprovámos em

reunião de câmara disponibilização de património para que 100 habitações municipais

no centro histórico sejam destinadas a famílias em situação de vulnerabilidade e que

vivam nestas freguesias há mais de 10 anos. ---------------------------------------------------

----- Temos estado a trabalhar no programa de rendas acessíveis, sim, porque o

programa de rendas acessíveis também está associado a este debate. Quando nós

queremos promover rendas acessíveis no centro histórico com património municipal,

programa público e programa, também, com investimento privado, o nós queremos

realmente é permitir que urge aumentar a oferta de habitação para todos os cidadãos,

em particular para as pessoas que precisam de habitação e que sentem os preços que,

neste momento, existem no mercado e que não são compatíveis com a sua realidade,

mas também ao mesmo tempo, ter um stock, para daqui a 20 anos ter um stock para

podermos regular o mercado. ---------------------------------------------------------------------

----- Ao nível do urbanismo já estamos a trabalhar no estudo técnico que possa definir

as capacidades máximas de alojamento local e já assumimos publicamente que

queremos rever o PDM, e que queremos, nomeadamente, nas zonas históricas, no

Castelo, no Bairro Alto, na Bica, estabelecer regras para o alojamento local e para a

salvaguarda do Comércio local. ------------------------------------------------------------------

DRAFT

31

----- Nós não podemos ignorar, ao contrário do que aqui foi tentado e lamento que os

Senhores Deputados do PSD e do CDS, que esta discussão acontece porque, no que

diz respeito à Lei 31/2012, a Lei das Rendas, e no que diz respeito aos regimes

jurídicos de exploração de estabelecimentos de alojamento local não se teve em conta

a proteção das Cidades, dos Centros Históricos e da população vulnerável, e se não

fosse assim, Senhor Deputado, se não fosse assim, nós não tínhamos já alterado no

Parlamento a Lei 31/2012 permitindo, nomeadamente, apoiar o período de renovação

automática dos contratos, e se não fosse assim, os Senhores Deputados do CDS, não

vinham aqui dizer que até reconheciam, que tinham que ser alteradas as Leis. -----------

----- As Leis têm que ser alteradas, foram mal feitas, Senhor Deputado, mal feitas, não

tiveram em conta, nem a proteção das populações mais vulneráveis, nem as questões

habitacionais nos Centros Históricos, não tiveram em conta que poderia haver

especulação de preços, as Leis foram mal feitas e porque foram mal feitas o

Parlamento vai corrigir. ----------------------------------------------------------------------------

---- O que nós temos que fazer, agora, Senhores Deputados, e ao contrário de que, eu

não tenho a visão que nós todos não podemos contribuir para este debate, porque

houve aqui matérias que foram ditas pelo CDS, que nós concordamos,

nomeadamente, a alteração daquilo que pode ser considerado o alojamento turístico e

naquilo que pode ser considerado o alojamento profissional, nós também

concordamos com essa perspetiva, mas a verdade é esta, vão ter que ser alteradas as

Leis e a Assembleia Municipal fará um enorme contributo se enviar ao Parlamento

aquilo que são as suas opiniões e é isso que nós temos que fazer agora como fizemos

noutros tempos, enviar um contributo para a Assembleia da República, porque

desenganem-se aqueles que acham que nós com o atual enquadramento legal podemos

fazer tudo o que quisermos, nós não podemos. -------------------------------------------------

----- Por isso é que nós concordamos com a moção que aqui foi apresentada pelo PS,

pelos Cidadãos por Lisboa e pelo Livre, que é necessário uma alteração legislativa,

mas também, entendemos, e para terminar, que também é necessário e temos a

expectativa e temos a esperança naquilo que não possa ser novas medidas

nomeadamente, aquilo possa ser considerado um pacote fiscal, da parte do Governo,

para estimular a transição ou mesmo o aumento da oferta no mercado de

arrendamento. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Foi criada a Secretaria de Estado da Habitação e nós temos enorme expectativa

que esse pacote venha reforçar alterações legislativas, do lado da Câmara Municipal,

as alterações legislativas sejam feitas, estamos preparados para, no tempo que nos

comprometemos, assumir as nossas responsabilidades. Muito Obrigada!” ----------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “ Muito obrigada Senhor Vereador, vamos prosseguir”. --------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “ A Intervenção de encerramento de quem agendou este debate. Vamos ouvir. A

Mesa lembra que há três documentos par votar no final. Uma proposta de

desenvolvimento da matéria, en sede de Assembleia apresentada pelo CDS-PP e

também apoiada, creio eu, pelo PPM e duas Moções. ”---------------------------------------

DRAFT

32

----- O Senhor Deputado Municipal Luis Newton (PSD) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, Muito Obrigado. Em primeiro lugar, não posso deixar de

constatar com alguma ironia que há um reconhecimento alargado da importância que

constituiu esta reforma e esta oportunidade que é o turismo local e o contributo que

trouxe tanto para a empregabilidade local como para a economia circular e depois

virem dizer que a final, foi feita numa base que estava toda errada. Essa é a mãe de

todas ironias e portanto, permitam-me que continue a discordar e centrar na nossa

força, naquilo que, de facto, podemos eventualmente estar de acordo. --------------------

----- Eu diria que aquilo em que concordamos de facto, é regulamentar, e

regulamentar o quê? --------------------------------------------------------------------------------

----- Bom, em primeiro lugar à que centrar aqui, naquelas que são as verdadeiras

preocupações desta Assembleia Municipal e, obviamente daqueles que se preocupam

com a cidade. Em primeiro lugar, são as pessoas que nela vivem e, em segundo lugar,

o território, e por isso, o que é que nós, de facto, podemos regular. -------------------------

----- Há uma questão que é inultrapassável e a questão que é inultrapassável é os

territórios têm divisões, no caso de Lisboa, as freguesias constituem, de facto, essa

divisão, mais importante do que isso temos um censos que promove regularmente

uma identificação daquilo que são as frações, portanto, é muito fácil estipular. ----------

----- Em primeiro lugar, uma regulamentação que assente sobre o território, porque a

nossa preocupação, antes de ser regular o negócio é regular a atividade, e regular a

atividade significa invariavelmente sermos capazes …” --------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra

interrompeu: -----------------------------------------------------------------------------------------

----- “ Peço desculpa, Senhor Deputado, mas está aqui a haver uma dúvida na mesa,

relativamente aos tempos. Esta grelha não prevê um tempo de encerramento adicional

ao tempo de intervenção no debate e, portanto, agora o PSD encontra-se na

circunstância de já ter gasto tempo durante o debate, ter dado tempo à Câmara e agora

não ter tempo para o encerramento, portanto, eu pedia-lhe que não o avisei

expressamente disto, para ser o mais sucinto possível, para terminar logo que puder e

conseguir.” -------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luis Newton (PSD) no uso da palavra

prosseguiu a intervenção: --------------------------------------------------------------------------

----- “ … Dizia eu, que então é inevitável que o nosso mecanismo regulamentação, e

eu acho que aí podemos todos concordar, incida, nomeadamente sobre questões do

próprio território, e aqui dois aspetos essenciais, eu diria que é importante podermos

identificar aqueles que são os territórios críticos e os territórios envolventes e com

base nisso começar a criar uma mancha do território onde nós pedimos e, de facto,

incidir sobre o quê? ---------------------------------------------------------------------------------

----- Sobre a atividade a licenciar e sobre a capacidade de licenciamento para

determinado tipo território, isto é um aspeto que me parece particularmente relevante.

Sobre isto temos inevitavelmente, e eu vou ter que reduzir, mas, quero aqui frisar que

não obstante, enfim, esta panóplia de divergências, há aqui, diria eu, uma vontade

DRAFT

33

muito bem expressa por todos, de podermos convergir sobre algo que seja útil para a

nossa comunidade e, por isso Senhora Presidente eu termino da forma como comecei,

que é fazendo o apelo que, independentemente do debate que possa e deva surgir no

âmbito das próprias comissões, possamos promover um debate mais alargado,

convidando as pessoas a participar à semelhança daquilo que temos feito, mas que

isso não decorra de uma iniciativa deste ou daquele partido, mas sim da própria

Assembleia Municipal, é o repto que lanço, Senhora Presidente, é o repto que lanço ao

PSD e espero que possa ter o acolhimento da sua parte, porque este é, de facto, um

tema que está visto e ficou provado, é um tema muito importante e que gera,

necessariamente aqui, uma vontade muito grande poder encontrar chão comum. Muito

Obrigado!” -------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou:

----- “ Muito Obrigada Senhor Deputado. -------------------------------------------------------

----- Agora que terminaram as intervenções, vamos pôr à vossa consideração, em

primeiro lugar a proposta de deliberação do CDS-PP, intitulada recomendação, mas

não é uma recomendação, é uma proposta de deliberação. Penso que a têm presente

do CDS-PP, julgo eu. O Senhor Deputado Miguel Graça (IND) pretende fazer uma

interpelação à Mesa. Senhor Deputado, eu tenho uma proposta do CDS-PP do

encaminhamento da matéria, depois tenho duas Moções que vão ser discutidas a

seguir, diga qual é a sua interpelação.” ----------------------------------------------------------

-----O Senhor Deputado Municipal Miguel Graça (IND) no uso da palavra fez uma

interpelação à Mesa: --------------------------------------------------------------------------------

----- “ Muito Obrigado, Senhora Presidente, é precisamente sobre essas matérias, e

antes de iniciar as votações, queríamos fazer dois pedidos. Um, relativamente à

Proposta de Deliberação do CDS-PP, se seria possível, além da 2ª e 5ª Comissão, e

pagando um pouco na intervenção que o senhor Vice-Presidente da Câmara aqui fez,

de que era útil. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Concordamos que esta Assembleia Municipal pudesse dar um contributo

substantivo sobre esta matéria, que pudesse também ser incluída a 3ª Comissão além

da 2ª e da 5ª, portanto, queríamos perguntar ao CDS-PP se estariam disponíveis para

estender, também, esta matéria 2ª, 3ª e 5ª comissão, isto era um pedido de

esclarecimento ao CDS. ----------------------------------------------------------------------------

----- Relativamente à interpelação à mesa e aos trabalhos é relativamente à Moção do

PCP, que tem dois assuntos que aqui propõe. Um deles relativamente que a

Assembleia da República legisle um determinado sentido e, que outro, que os

proprietários fiquem sujeitos à autorização dos condomínios e nós queríamos fazer

este pedido de interpelação, se era possível separar estes dois pontos, porque temos

opiniões diferentes sobre os dois.” ---------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou:

----- “ Muito Obrigada Senhor Deputado. O Senhor Deputado Luis Newton também

quer fazer uma interpelação à Mesa, faça o favor”. --------------------------------------------

-----O Senhor Deputado Municipal Luis Newton (PSD) no uso da palavra fez uma

interpelação à Mesa: --------------------------------------------------------------------------------

DRAFT

34

----- “Peço desculpa, nós recebemos, hoje aqui, esta Moção pela alteração do

enquadramento legal do alojamento local. Nós reconhecemos o Grupo Municipal do

Partido Socialista, nós reconhecemos o Grupo de Deputados Municipais

Independentes dos Cidadãos por Lisboa, eu não sei quem são os Independentes do

Livre? Portanto, esta é uma questão que tem sido reincidente. Eu gostava que a

Senhora Presidente me explicasse e resolvesse esta questão de uma vez por todas,

quem é que são estes Deputados Municipais deste partido, que não vi nos boletins de

voto em 2017 para a Assembleia Municipal.” --------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou:

----- “Senhor Deputado, essa é uma questão recorrente, eu já pedi aos Senhores

Deputados Independentes que não se identificassem. Os Senhores Deputados

Independentes que pertencem a um determinado Partido fez um acordo com o Partido

Socialista e que se integraram como Independentes nas listas do Partido Socialista,

que não se identificassem como membros desse partido, os Senhores Deputados

entendem que tem o direito a identificarem-se como membros desse partido. Não há

aqui nenhuma violação da lei, uma vez que não saíram de partido nenhum para outro,

foram sempre deste partido, mesmo quando já estavam integrados nas listas do PS e

isto foi público e notório, portanto, se o Senhor Deputado quiser reclamar, reclamará.

------ Eu já chamei à atenção, mas não posso obrigar os Senhores Deputados a terem

um comportamento que a lei não obriga e não vou abrir sequer a discussão neste

momento sobre esta matéria, isto é a explicação que estou a dar, se os Senhores

Deputados quiserem voltar a discutir este assunto, nós agendamos esta matéria em

Conferência de Representantes, uma vez, penso que não deve ser aqui que vamos

agora discutir esta questão processual. ----------------------------------------------------------

----- Senhor Deputado Municipal, Diogo Moura, pede a palavra para uma interpelação

à Mesa, faça o favor.” ------------------------------------------------------------------------------

-----O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) no uso da palavra fez

uma interpelação à Mesa: --------------------------------------------------------------------------

----- “Senhor Presidente, apenas para dizer que, relativamente àquilo que já tinha sido

a proposta do Partido Socialista, incluir a 5ª comissão, e agora os Deputados

Independentes de incluir, também, a 3ª nesta avaliação do tema de alojamento local,

nós somos favoráveis. ------------------------------------------------------------------------------

----- Achamos que a 2ª comissão, tendo a atividade económica e turística, mas,

principalmente pela atividade económica que deve liderar este processo das 3

comissões. Dizer, obviamente que ponto dois terá de ser adaptado para as forças

políticas que continuam dentro do âmbito destas três comissões a não fazer parte e

depois também secundar o pedido à bancada do Partido Comunista Português feito

pelos Deputados Independentes de, se possível, separar na parte deliberativa em dois

pontos. Obrigado.” ----------------------------------------------------------------------------------

-----A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou:

----- “ Muito Obrigada. Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro, para uma

interpelação à Mesa. --------------------------------------------------------------------------------

DRAFT

35

-----O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (PCP) no uso da palavra fez

uma interpelação à Mesa: --------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, sobre a proposta do Partido Socialista, alteramos a parte

final…” -----------------------------------------------------------------------------------------------

-----A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou:

----- “ É que não chegou essa informação à Mesa, só isso que eu queria pedir, alguém

a pode fazer chegar, era o ideal que a Mesa tivesse se não, não pode…” ------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (PCP) no uso da palavra fez

prosseguiu: -------------------------------------------------------------------------------------------

-----“ … Então ficou nas mãos do Senhor Presidente da Junta de Freguesia de

Campolide e eu lembro-me que uma das palavras que alterou, fiscalização e controlo. -

----- Senhora Presidente, isso foi feito em cima de um documento individual e eu

pensei que fosse entregue à Mesa, pelo Senhor Deputado do Partido Socialista que,

entretanto, não vejo aqui presente na sala. ------------------------------------------------------

----- Portanto, não valerá, é nosso entendimento, a pena separar, é votar no conjunto.” -

-----A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: --

----- “ Vamos aguardar e ter aqui a informação final, já darei notícia disso. ---------------

----- Quanto à Recomendação do CDS-PP aceita esta indicação. Há um pedido do

CDS-PP que a 2ª Comissão seja liderante. ------------------------------------------------------

----- Eu proponho que se vá votar a Recomendação. Caso a Recomendação seja

aprovada, aquilo que eu proponho para dirimirmos a questão de quem lidera e de

quem não lidera, que o assunto seja discutido em Conferência de Representantes,

ouvidos os Senhores Presidentes das Comissões, para que não haja situações depois

de confusão, como já houve no mandato anterior e, portanto, para que isto fique bem

clarificado. Uma coisa enviada para três Comissões ao mesmo tempo, temos que nós

definir, exatamente, quais são as regras, mas primeiro, vamos ver se há efetivamente

acordo para isso. ------------------------------------------------------------------------------------

----- Entretanto, chega-me à mesa a alteração de redação da moção do PCP. -------------

----- Eu peço a vossa atenção, vou dizer oralmente, portanto, na parte deliberativa a

primeira parte fique igual e depois onde estava … e que os proprietários fiquem

sujeitos a autorização dos condóminos e obrigados à subscrição de seguros

multirriscos, passará a estar … e que os proprietários fiquem sujeitos à fiscalização e

controlo dos condóminos e obrigados à subscrição de seguros multirriscos, portanto a

palavra fiscalização e controlo em vez da palavra autorização. É importante isto

porque tem a ver com as competências dos condomínios nestas matérias. -----------------

----- Senhores Deputados, vamos então pôr à votação em primeiro lugar, a Proposta de

Deliberação do CDS-PP, com o aditamento no ponto número acrescentar, no sentido

de mandatar a 2ª 3ª e 5ª Comissões, para avaliar o tema do alojamento local, nos

termos que aqui estão e que sejam convocadas para esta reunião, ou para esta matéria

as forças não representadas na comissão. Agora como são três comissões,

provavelmente, não haverá ninguém não representado, mas de qualquer maneira,

vamos pôr à consideração na redação em que está. --------------------------------------------

DRAFT

36

---- Vamos pôr à consideração, nestes termos, a Proposta de Deliberação nº

001/CDS-PP/2018, apresentada pelo CDS-PP, sobre o tema “Alojamento Local” -

Retificada: -------------------------------------------------------------------------------------------

----- (A Proposta de Deliberação nº 001/CDS-PP/2018 foi anexada à presente Ata

como Anexo I e dela faz parte integrante) ------------------------------------------------------

----- Não há votos contra, abstenção do BE, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP,

MPT,PAN, PPM, 8 IND. A Proposta de Deliberação nº 001/CDS-PP/2018 foi

aprovada por maioria ---------------------------------------------------------------------------- ----- É este procedimento que vai seguir, mas iremos seguramente ainda antes de dar

baixa às Comissões, ver em sede de Conferência de Representantes, como é que isto

se articula. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Vamos então passar, agora, à Moção nº 010/01 (PS-IND) apresentada no

âmbito do Debate de atualidade sobre o tema “Alojamento Local”, pelos

Senhores Deputados do Partido Socialista e os Senhores Deputados Independentes. ----

----- (A Moção nº 010/01 foi anexada à presente Ata como Anexo II e dela faz parte

integrante) --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Vamos pôr à votação a Moção nº 010/01. Votos contra do CDS-PP, abstenções

do PSD, PPM e MPT, votos a favor PS, PCP, BE, PAN, PEV, 8 IND. A Moção nº

010/01 foi aprovada por maioria. --------------------------------------------------------------

----- Moção nº 010/02 (PCP) – apresentada no âmbito do Debate de atualidade

sobre o tema “Alojamento Local - Retificada”. ---------------------------------------------

----- (A Moção nº 010/02 foi anexada à presente Ata como Anexo III e dela faz parte

integrante) --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Vamos agora pôr à votação a moção apresentada pelo PCP, na redação que foi

aqui dita pela Mesa, portanto, substituindo a palavra autorização por fiscalização e

controlo. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Continua a ser preciso separar, Senhor Deputado? É que mudou o texto. ------------

----- Vamos então, muito bem, vamos pôr em primeiro lugar votar até que a

Assembleia da República …, desculpem-me… Senhor Deputado desculpe lá, a mesa

está a dirigir os trabalhos. --------------------------------------------------------------------------

----- Vou dizer o que é que quero pôr à votação e os Senhores Deputados, se acharem

mal, pedem uma interpelação à mesa. -----------------------------------------------------------

-----Aquilo que eu entendi é que, primeiro há uma alteração de redação na parte final,

segundo havia um pedido dos Independentes para separar isto em duas partes. Os

independentes mantêm esse pedido, portanto é isso que se fará, ou seja, a mesa irá pôr

à votação, a redação da parte liberativa até … quotas máximas de alojamento local e a

segunda parte que é …. E que os proprietários fiquem sujeitos à fiscalização e

controlo, é votada separadamente. ---------------------------------------------------------------

----- Assim, penso que ficará clarificada todas as posições de toda a gente. ---------------

----- Estamos em condições de votar? -----------------------------------------------------------

----- Senhores representantes de bancada, o que estou a pedir é como se houvesse aqui

dois pontos, uma primeira parte que acaba … em alojamento local e uma segunda

parte, que começa … e que os proprietários, etc.” ---------------------------------------------

DRAFT

37

----- O Senhor Deputado Luis Newton também quer fazer uma interpelação à Mesa,

faça o favor.” ----------------------------------------------------------------------------------------

-----O Senhor Deputado Municipal Luis Newton (PSD) no uso da palavra fez uma

interpelação à Mesa: --------------------------------------------------------------------------------

---- “Senhora Presidente, peço desculpa, não quero, de forma alguma, prejudicar a

condução dos trabalhos, mas há aqui uma questão que me parece particularmente

relevante, e eu, falha minha, não apercebi. ------------------------------------------------------

----- Eu percebi que havia um pedido, por parte dos Independentes, para a separação

dos pontos numa parte deliberativa duma Moção do Partido Comunista Português,

não me apercebi de ter ficado registado em audio que havia concordância por parte do

Partido Comunista Português, nessa separação.” ----------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou:

----- “Posso perguntar formalmente. Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro,

não objeta, se houvesse discordância, certamente o Partido Comunista teria

assinalado. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro, tem a palavra.” -----------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (PCP) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, como foi proposto pelo Partido Socialista, nós alteramos a

parte final, porque eu penso que o objetivo, neste momento, é que, tanto nós aqui na

Assembleia Municipal como na Assembleia da República sejam conhecedores duma

posição, posições diversas, mas todos confluem no mesmo sentido, que é resolvermos

a sério esta questão. ---------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou:

----- Sim, Senhor Deputado, de acordo, mas a questão que o Senhor Deputado, Luis

Newton, o que está a perguntar, é se, pode ser separada a votação destes dois pontos.” -

----- O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (PCP) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “ Sim, Senhora Presidente, pode ser separada com a alteração proposta.” -----------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “Muito bem, vamos votar a primeira parte, da parte liberativa, onde termina

‘quotas máximas de alojamento local’. ----------------------------------------------------------

----- Primeira parte da parte deliberativa, votos contra do CDS-PP, abstenções do

MPT e PPM, votos a favor PS, PSD, PCP, BE, PAN, PEV, 7 IND. A Primeira parte

da parte deliberativa da Moção nº 010/02 foi aprovada por maioria. ------------------

----- (Ausência de um Deputado Municipal Independente nesta votação) -----------------

----- Agora vamos votar a segunda parte, que é… ‘E que os proprietários fiquem

sujeitos à fiscalização e controlo dos condóminos e obrigados à subscrição de

seguros multirriscos’. ------------------------------------------------------------------------------

----- Vamos votar esta parte. Votos contra do PSD e CDS-PP, abstenções do MPT,

PPM e 5 IND, votos a favor PS, PCP, BE, PAN, PEV, 2 IND. A Segunda parte da

parte deliberativa da Moção nº 010/02 foi aprovada por maioria. ---------------------

----- (Ausência de um Deputado Municipal Independente nesta votação) -----------------

DRAFT

38

----- Foi aprovada esta segunda parte com a alteração de redação considerada. -----------

----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura CDS-PP, assinala de que haverá

duas Declarações de Voto sobre as votações que acabámos de fazer.” ---------------------

----- O Grupo Municipal do CDS-PP apresentou a seguinte Declaração de Voto

relativamente à Moção 010/01 (PS-IND): ------------------------------------------------------

----- “Pela alteração do enquadramento legal do alojamento local -----------------------

----- Os Deputados Municipais do CDS‐PP, declaram que votaram contra na

votação acima referenciada por considerarem que: ------------------------------------------

----- O Alojamento local é um fenómeno mundial, que corresponde a uma nova forma

de turismo, que satisfaz novos e velhos, ricos e pobres: não é turismo low-cost,é o

turismo da nova economia. ------------------------------------------------------------------------

----- O Alojamento Local é responsável pela criação de milhares de postos de

trabalho: não são apenas os proprietários, é toda a indústria que está associada -

lavandarias, limpeza, guias, restauração. ------------------------------------------------------

-----O Alojamento Local foi principal ator da requalificação urbana do centro da

cidade, que estava ao abandono: poucos se lembram da Baixa deserta, sem vida, sem

ninguém a querer lá viver. -------------------------------------------------------------------------

----- O Alojamento Local é sustento de muita gente, de classe média. 80% dos donos

de Alojamento Local só possui, um estabelecimento de Alojamento Local, o que

significa que não é uma atividade de ricos com dezenas e dezenas de

estabelecimentos ao contrário do que muitos pensam. ----------------------------------------

----- O CDS-PP, não ignora os efeitos secundários que a atividade nos traz, pelo que

entendemos que devemos estar atentos a eles e ser capazes de tomar medidas. Mas

discordamos radicalmente da passagem do licenciamento para as Câmaras ou da

existência de processos de licenciamento elaborados por estas entidades. Basta

recordar o período de 2008 a 2014 no qual as Câmaras detinham o poder de

licenciamento para se perceber o que correu mal: burocracia infindável e processos

demorados que levaram todo um sector económico a permanecer na clandestinidade.

Também o estabelecimento de quotas conduzira a um processo complicado, confuso e

pouco seguro potenciador de discriminações e/ou injustiça.” ------------------------------- s

----- O Grupo Municipal do CDS-PP apresentou a seguinte Declaração de Voto

relativamente à Moção 010/02 (PCP): ----------------------------------------------------------

----- “Alojamento local ----------------------------------------------------------------------------

----- Os Deputados Municipais do CDS‐PP, declaram que votaram contra na

votação acima referenciada por considerarem que: ------------------------------------------

----- O Alojamento local é um fenómeno mundial, que corresponde a uma nova forma

de turismo, que satisfaz novos e velhos, ricos e pobres: não é turismo low-cost,é o

turismo da nova economia. ------------------------------------------------------------------------

----- O Alojamento Local é responsável pela criação de milhares de postos de

trabalho: não são apenas os proprietários, é toda a indústria que está associada -

lavandarias, limpeza, guias, restauração. ------------------------------------------------------

DRAFT

39

----- O Alojamento Local foi principal ator da requalificação urbana do centro da

cidade, que estava ao abandono: poucos se lembram da Baixa deserta, sem vida, sem

ninguém a querer lá viver. -------------------------------------------------------------------------

O Alojamento Local é sustento de muita gente, de classe média. 80% dos donos de

Alojamento Local só possue, um estabelecimento de Alojamento Local, o que significa

que não é uma atividade de ricos com dezenas e dezenas de estabelecimentos ao

contrário do que muitos pensam. -----------------------------------------------------------------

----- O CDS-PP, não ignora os efeitos secundários que a atividade nos traz, pelo que

entendemos que devemos estar atentos a eles e ser capazes de tomar medidas. Mas

discordamos radicalmente da passagem do licenciamento para as Câmaras ou da

existência de processos de licenciamento elaborados por estas entidades. Basta

recordar o período de 2008 a 2014 no qual as Câmaras detinham o poder de

licenciamento para se perceber o que correu mal: burocracia infindável e processos

demorados que levaram todo um sector económico a permanecer na clandestinidade.

Também o estabelecimento de quotas conduzira a um processo complicado, confuso e

pouco seguro potenciador de discriminações e/ou injustiças. Não nos opomos a que

os regulamentos dos condomínios contemplem a autorização ou o impedimento de

alojamento local. Mas só isso. Qualquer outro tipo de controle, fiscalização ou

autorização não deve estar na alçada de particulares. A gestão de condomínios e

entendimentos entre os condôminos já é sempre complexa, não é prudente trazer

ainda mais complexidade para esta forma de gerir.” -----------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- Senhores Deputados, terminada esta parte dos nossos trabalhos, vamos continuar.

----- Vou neste momento dar indicações para abrirem as urnas. -----------------------------

----- Portanto, a porta do vosso lado direito que dá acesso ao foyer pequeno, onde

estão as urnas de voto e, portanto, peço ao Senhores Deputados para irem, pouco a

pouco votando, para elegermos os Representantes, desta assembleia, no Concelho

Municipal de Segurança. ---------------------------------------------------------------------------

----- Tenho a indicação do Senhor Presidente do Conselho que é o Senhor Vereador

Miguel Gaspar, que está a assistir a esta sessão, que está a preparar tudo para

convocar a reunião ainda no mês de fevereiro. -------------------------------------------------

----- Portanto, temos que ter esta eleição feita para poder resolver uma questão que,

aliás, foi pedida pela Assembleia, o CDS-PP fez um pedido de convocação desta

reunião e ainda não aconteceu porque faltava resolver todas estas questões. --------------

----- Posto isso, e enquanto isso decorre, vamos passar às petições. ------------------------

----- PONTO 4 - APRECIAÇÃO DA PETIÇÃO 9/2017 - EXTERNATO

CAMILO CASTELO BRANCO, NOS TERMOS DA PETIÇÃO E AO ABRIGO

DO ARTIGO 85º DO REGIMENTO; 1,5 X GRELHA-BASE: 51M, A QUE

ACRESCEM 10M PARA OS PRIMEIROS SUBSCRITORES; ----------------------- ----- A Petição nº 9/2017 - Externato Camilo Castelo Branco, conforme eu anunciei

no princípio da sessão está adiada por impedimento das signatárias de estarem, hoje

aqui, para apresentarem o seu ponto de vista. --------------------------------------------------

DRAFT

40

----- PONTO 5 - PETIÇÃO Nº 16/2017 - SOLICITAÇÃO DE CONTRATAÇÃO

DE ASSISTENTES OPERACIONAIS E APROVAÇÃO DE PLANO DE

EVACUAÇÃO E EMERGÊNCIA QUE RESPEITE AS NORMAS DE

SEGURANÇA DE EDUCAÇÃO DA EB1 LEÃO DE ARROIOS, NOS TERMOS

DA PETIÇÃO E AO ABRIGO DO ARTIGO 85º DO REGIMENTO; 1,5 X A

GRELHA-BASE: 51M, A QUE ACRESCEM 10M PARA OS PRIMEIROS

SUBSCRITORES; -------------------------------------------------------------------------------- ----- (A Petição nº 16/2017 foi anexada à presente Ata, como Anexo IV e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- (O Relatório da 7ª Comissão Permanente foi anexado à presente Ata, como

Anexo V e dela faz parte integrante) -------------------------------------------------------------

----- (A Recomendação nº 010/002 (7ªCP) – Resultante do Parecer da 7ª CP sobre

a Petição nº 16/2017 – fica anexada à presente Ata, como Anexo VI e dela faz parte

integrante) --------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “Vamos agora passar diretamente à Petição nº 16/2017, sobre qual também tenho

uma informação dar, deixem-me dizer qual é. --------------------------------------------------

----- O Senhor Vereador Ricardo Robles pede para informar que a Autoridade de

Proteção Civil, já aprovou as medidas de autoproteção relativas ao edifício da Escola

Básica de Arroios, que é necessário iniciar a sua implementação e que o Serviço

Municipal de Proteção Civil iniciará a formação de equipas de segurança indicada

pela coordenação da escola, nomeação da professora coordenadora da escola Maria

das Dores Costa Machado, com responsável de segurança. Estando agendada já, para

cinco de fevereiro, a primeira reunião com os elementos da equipa de segurança da

escola para iniciar este trabalho. ------------------------------------------------------------------

----- Portanto, esta informação é importante, de qualquer modo, o Senhor Vereador

não sei se está presente, a informação está dada e será junta à ata desta sessão. ----------

----- Agora sim, em primeiro lugar, vamos dar a palavra aos signatários, tenho como

primeira peticionária, a Senhora Dona Ana Barreiros. ----------------------------------------

----- Muito Obrigada, faz favor. ------------------------------------------------------------------

----- Enquanto estão a aqui a acertar os pormenores dizer apenas, Senhores Deputados

que, esta petição já foi apresentada no mandato anterior, no final do mandato, não

pôde ser discutida, mas quiseram mantê-la e bem, com algum atraso, mas agora sim,

estamos em condições de ouvir as vossas razões.” --------------------------------------------

----- A Peticionária Ana Barreiros no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------

----- (A Peticionária Ana Barreiros, apresentou um PowerPoint que fica anexado à

presenta Ata, como Anexo VII e dela faz parte integrante). ---------------------------------

----- “Boa Tarde! Obrigada, Senhora Presidente, por me conceder a palavra e para

neste Fórum Municipal e perante esta Assembleia, explicar os motivos que me trazem

aqui. ---------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Boa tarde a todos e a todas, o meu nome é Ana Barreiros, sou mãe de duas

crianças que frequentam o estabelecimento de ensino do 1º ciclo, Leão de Arroios, e

DRAFT

41

estou aqui, enquanto, Presidente da Associação de Pais e enquanto Representante dos

Pais no Conselho Geral deste Agrupamento, que é um Agrupamento Luís de Camões. -

----- Como é do vosso conhecimento esta escola situa-se numa das zonas mais nobres

da nossa cidade no centro da capital, na freguesia de Arroios, mais precisamente, no

recém-remodelado Largo do Leão, mesmo ao lado da Embaixada da Federação da

Rússia. ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Esta escola tem dezasseis turmas em funcionamento, contando com quase, cerca

de quatrocentas crianças entre os 6 e os 10 anos e uma unidade de apoio especializado

à multideficiência. Infelizmente, não é a primeira vez que este fórum houve voz dos

pais desta escola e discute os graves problemas existentes nesta escola e neste

agrupamento, já no mandato anterior esteve aqui o Presidente, da altura, da nossa

Associação de Pais e deu voz aos pais, às preocupações e ensejos de que voltamos

aqui hoje. ---------------------------------------------------------------------------------------------

-----Hoje, estamos cá outra vez para falar do mesmo e solicitar que se tomem medidas

urgentes e definitivas face à falta de assistentes operacionais e de um plano de

evacuação e de emergência nesta escola de acordo, e reforço, de acordo com as

normas de segurança legais, antes que ocorra uma tragédia nesta escola e todos

sabemos que ultimamente, infelizmente, têm sido muitas as tragédias neste país. --------

----- Estamos no século XXI e esta escola parou no tempo. É preciso agir e investir na

melhoria das condições destas crianças para que cresçam em segurança e felizes. -------

----- Estamos conscientes de que esta escola apresenta diversos problemas cuja

competência está distribuída por três entidades, o Ministério da Educação no que se

refere à gestão de recursos humanos, aos Órgãos Autárquicos - Câmara Municipal e

Junta de Freguesia, no que diz respeito à manutenção e conservação do edificado e

claro à Direção do Agrupamento que tem a responsabilidade de gerir e diligenciar,

relativamente, a todos os assuntos com estas instituições competentes. --------------------

----- Esta situação que, de facto não facilita a resolução dos problemas, as condições

gerais da escola têm vindo a degradar-se ao longo dos anos. A insuficiência de

recursos humanos e a ausência de um plano de evacuação implementado, são apenas a

ponta do iceberg, e passo a expressão.-----------------------------------------------------------

----- Já neste ano letivo tivemos episódios de perigo nesta escola que colocam as

nossas crianças em risco de segurança e que nos deixa com o coração nas mãos,

caíram pedras no recreio oriundas de um muro da embaixada da Rússia devido ao seu

mau estado de conservação, o que levou à delimitação do já existente curto espaço de

recreio para estas crianças. No fundo, esta situação já está a ser resolvida, mas não

deixa de, desde o 1º período, que as crianças estão com uma zona de recreio vedada. ---

----- Também já caiu um vidro no ginásio, no momento em que uma turma ia entrar

no ginásio, de facto, por sorte não caiu em cima de ninguém, mas poderia ter

acontecido aqui um azar e depois como é que era? De quem é que era a

responsabilidade? Felizmente não caiu. ---------------------------------------------------------

----- No fundo, estas situações revelam falta de alguma manutenção adequada de todo

o edificado.-------------------------------------------------------------------------------------------

DRAFT

42

----- Em matéria de segurança e condições higiénicas e sanitárias, esta escola tem

deixado muito a desejar, isto, isso mesmo consta do relatório elaborado pela Direção-

Geral de Saúde na sequência de uma vistoria realizada em Março de 2017 sobre as

condições de segurança saúde e higiene que aponta para a necessidade de correção de

um vasto conjunto de deficiências encontradas. ------------------------------------------------

----- É certo, esta escola já tem sido intervencionada aos poucos, mas também é certo

que estas matérias específicas da segurança higiene e saúde ainda pouco ou nada se

fez e toda a comunidade educativa contínua em risco. ----------------------------------------

----- O nível de degradação a que chegou este estabelecimento ao longo dos anos foi

brutal, é verdade que a escola tem vindo a sofrer alguns melhoramentos ao longo dos

anos por intervenção da Câmara Municipal de Lisboa e da Junta de Freguesia de

Arroios, designadamente, no refeitório, no piso de recreio, no piso de ginásio e a

colocação de uma estrutura de sombreamento no pátio de recreio, mas, infelizmente,

ainda há muito por fazer, especialmente quando falamos de segurança de quatrocentas

crianças. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- No que se refere ao piso de recreio e que já foi alvo de intervenção, no ano letivo

2014-2015, a Associação de Pais do Leão já manifestou diversas vezes a sua

discordância quanto ao resultado final, mas em abril passado, a então Vereadora,

assumiu que o assunto para a Câmara estava encerrado. Contudo, afirmamos aqui que,

para a Associação de Pais do Leão, este assunto não está encerrado, continuamos a

querer um piso melhor para que as nossas crianças brinquem em segurança e a crer

que este problema se resolva. ---------------------------------------------------------------------

----- A segurança nesta escola passa por, quando a Câmara Municipal faz obras de

remodelação no espaço público, designadamente no Largo do Leão não esquecer de

prever um lugar de estacionamento de acesso exclusivo à unidade de apoio à

multideficiência, como aconteceu no Largo do Leão e nesta escola, apesar da

Associação de Pais, antes e durante a obra ter concluído, várias vezes, alertou a

Câmara Municipal para isto. Continuamos com uma viatura e já vos mostro

fotografias desta realidade. ------------------------------------------------------------------------

----- A segurança desta escola e a das crianças que a frequenta, passa, em primeiro

lugar, por dotá-la com um número adequado de assistentes operacionais efetivadas,

isto é, a tempo inteiro e com contrato de trabalho por tempo indeterminado para

garantir que o rácio estipulado por lei, seja cumprido, e de forma que, seja possível,

implementar urgentemente o plano de evacuação e de emergência. Sobre esta questão,

Senhora Presidente, também nós, recebemos antes de chegar aqui a esta Assembleia, o

ofício, da parte do gabinete do Senhor Vereador do qual, de alguma forma, ficamos

satisfeitos com a resposta, mas, há muito por fazer, se acontece alguma catástrofe

desta escola queremos saber de quem é que são as responsabilidades, porque, de facto,

é grave. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Precisamos de assistentes operacionais, um número adequado, para permitir a

abertura de espaços de recreio que permanecem encerrados há anos e inutilizados. -----

----- Neste momento, as crianças contam com cerca de 80 centímetros quadrados para

brincar, sendo que a Comunidade Europeia refere 11 metros quadrados, vejam a

DRAFT

43

discrepância, isto porquê? Porque há dois espaços que estão encerrados por falta de

pessoal. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- É necessário assistentes operacionais para melhorar a vigilância das crianças no

período de recreio, garantir que as crianças entram e saem da escola em segurança. ----

----- Permitir que executem as tarefas que lhe estão definidas sem que entrem em

situação de rutura por desgaste físico ou psicológico. -----------------------------------------

----- Este ano letivo, esta escola abriu as portas com 5 assistentes operacionais para

400 crianças é demais … é demais! --------------------------------------------------------------

----- Só em Setembro é que a DGEST deu autorização para se abrir um contrato a

tempo parcial de 3 horas e meia por dia, a 2.95€ à hora, o que é lamentável, é

lastimável. No entanto, foram 4 contratos para o agrupamento e a nossa escola só

recebeu uma assistente operacional a 3 horas e meia. -----------------------------------------

----- Na reunião que nós realizámos com o Delegado Regional da DGEST, na nossa

escola, entre nós, a Associação de Pais, a DGEST e a Direção do Agrupamento foi-

nos dito que iria haver mais contratação de três assistentes para o agrupamento,

contudo, só na semana passada é que, de facto, começámos a ver a chegada dessas

assistentes operacionais, vieram duas, uma desistiu logo, não sei porquê, de facto era

importante aferir, porque é que tantas assistentes operacionais se vão embora,

contudo, estes contratos todos a terminam a dia 31 de Agosto, daí a nossa petição.

Não queremos voltar a estar em Setembro a reclamar as mesmas questões junto do

Ministério da Educação. ---------------------------------------------------------------------------

----- Ficou acordado que destas três assistentes operacionais, duas seriam para o 1º

ciclo e que se esperaria que estivessem colocadas até ao fim de Dezembro, estamos no

fim de Janeiro, com disse, e só agora é que recebemos as duas assistentes

operacionais, hoje a terceira veio substituir a que desistiu. -----------------------------------

----- Salientamos que esta escola tem um horário de funcionamento de um quarto para

as 9 a um quarto para as 18, sendo que as funções destas assistentes terminam às

18h30 com a limpeza e a higienização dos espaços. -------------------------------------------

---- Precisamos que esta escola funcione sua plenitude com todos os recursos

necessários ao seu bom funcionamento, considerando as funções das assistentes

operacionais, os horários de trabalho, o funcionamento da escola, a estrutura física da

escola, porque este este fator é fundamental, designadamente o número de salas, são

dezasseis salas, uma biblioteca, uma unidade de apoio à multideficiência, corredores

portarias, vinte e quatro casas de banho, três espaços de recreio existentes, sendo que

dois estão encerrados por falta de condições de segurança a nível de vigilância. ---------

----- No fundo, queria-vos mostrar, esta é a Escola do Largo do Leão, infelizmente, a

luz não é muito boa. Esta é uma das saídas da unidade de apoio. Este é o Largo do

Leão, aqui, este é o espaço de recreio que está em funcionamento. Estão dois espaços

de recreios fechados, de facto, são 80 centímetros quadrados para cada criança, e

relembramos que são 11 os metros quadrados que estão estipulados por criança.- -------

----- Estas são as saídas de emergência, infelizmente, não se vê muito bem, são 4,

sendo cada uma delas é horrorosa em termos de barreiras arquitetónicas. -----------------

DRAFT

44

----- Este é o ponto de encontro do plano de evacuação que está estipulado, ou seja o

meio do Largo de Arroios, ou seja, as crianças têm que primeiro sair da escola,

atravessar uma estrada que é nacional, onde passam autocarros e com bastante

trânsito. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Isto são as saídas diárias da nossa escola, é só atropelos. -------------------------------

----- Este é o edificado, todo o edificado é composto por três pisos, sendo que estes

três pisos estão ligados entre rampas que, de alguma forma, há um certo perigo, mas,

até à data, ainda nunca nenhuma criança caiu dali, mas importava que a Câmara

tivesse aqui uma atenção relativamente a isto. -------------------------------------------------

----- Isto é uma das saídas de evacuação e que, de facto, não corresponde às normas

que estão previstas por lei de segurança, são umas escadas em caracol a subir com

uma porta que fecha para dentro da escola. -----------------------------------------------------

----- Isto é a nossa saída principal, as portas a abrirem para dentro da escola e não para

fora. ---------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Isto é outra das saídas, estas escadas vem confinar aqui a esta porta que é a saída

de emergência da unidade de apoio especializado, por onde saem crianças em cadeiras

de rodas, portanto imaginem, o que é que será isto numa situação de aflição. ------------

----- Isto é a falta de estacionamento que a Câmara não previu, ou seja a viatura da

Câmara estaciona na faixa de rodagem, isto seria um bom espaço para o

estacionamento. O piso abrasivo, nós continuamos a receber queixas. ---------------------

----- Isto foram acidentes na nossa escola no nosso recreio, uma criança que fraturou a

cana do nariz, isto é uma diária constante as crianças cada vez que caiem. ----------------

----- Situações de humidade e vejam uma instalação sanitária, isto é gravíssimo, há

crianças a recusaram-se a ir à casa de banho por nojo, porque não conseguem puxar o

autoclismo, que é difícil, são mãozinhas pequeninas para pressionar uma coisa

daquelas. É importante haver uma intervenção urgente. -------------------------------------

----- Obrigada.” --------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “ Muito Obrigada. Obrigada, por trazer aqui essas questões. Eu chamo à atenção,

que tudo o que tenha a ver com segurança, já na semana que vem vão ter a primeira

com a Equipa da Segurança para as normas de proteção que estão previstas na lei, mas

que não foram implementadas na escola. É da maior urgência, portanto, esta reunião

vai realizar-se já para a semana e os pontos que aqui apontou, nomeadamente, portas,

a abrir para dentro e outras situações, saídas de emergência etc., seguramente, vão ser

avaliados, porque temos que tomar providências para que isto se resolva. ----------------

----- Posto, isto, vamos dar a palavra ao Senhores Deputados que estão inscritos, eu

queria, antes de dar a palavra aos Senhores Deputados, ainda fazer um pequeno aviso

sobre a votação que está a decorrer. --------------------------------------------------------------

----- Na lista que foi distribuída houve um lapso, dos dezassete representes, falta um

nome dos indicados pelo PSD e, portanto, já mandei corrigir, será fixada,

naturalmente a lista correta, o PSD tinha direito indicar três nomes e só constavam

dois, sendo que o terceiro é o antigo, Senhor Deputado Sérgio Azevedo.” ----------------

----- Vamos prosseguir. ----------------------------------------------------------------------------

DRAFT

45

----- Antes de dar a palavra ao Senhor Deputado inscrito, vou dar a palavra ao Senhor

Deputado Relator para fazer a apresentação do parecer.” ------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal João Valente Pires (PS) no uso da palavra, e

na qualidade de Relator do Parecer da 7ª Comissão Permanente, fez a seguinte

apresentação: ----------------------------------------------------------------------------------------

-----“Senhora Presidente, Senhores Vereadores, Senhores Deputados e Senhores

Peticionários. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Após a análise, audição e discussão dos elementos referentes à petição 16/2017, a

7ª Comissão conclui que importa encetar esforços no sentido de avaliar

minuciosamente as condições físicas e a capacidade técnica da escola, em particular a

sua adequabilidade ao número de alunos que frequentam a EB1 Leão de Arroios. -------

----- Compreende esta Comissão a urgência de proceder a alterações de natureza

operacional no edificado da escola, designadamente no que às instalações sanitárias

diz respeito, bem como nos espaços exteriores, entendidos como inadequados à

utilização recreativa, salvaguardado no exercício, o melhor interesse das crianças. ------

----- Por consequência da localização geográfica da escola e dos diferenciados perfis

de crianças constituem o seu corpo discente, entende ainda esta Comissão necessário

adequar as condições envolventes às necessidades reais da instituição,

designadamente no que a acesso de crianças com necessidades educativas especiais

diz respeito, com vista a assegurar condições de frequência adequadas a todas as

crianças. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Importa ainda referir que, ao abrigo do Programa Escola Nova, iniciado em 2008

serão intervencionadas 126 escolas com um orçamento total superior a 120 milhões de

euros, dos quais 77 já se encontram concluídas, totalizando 54,2 milhões de euros, 12

estão em obras em curso, totalizando 21,7 milhões de euros e 24 escolas estão em

concurso aberto para requalificação num total de 46,11 milhões de euros. Entende esta

Comissão que numa política de continuidade com o exercício de requalificação

prevista no Programa Escola Nova importa assegurar que EB1 Leão de Arroios possa

acompanhar a valorização qualitativa dos espaços físicos das escolas de Lisboa,

garantindo as melhores condições de frequência para as crianças da freguesia de

Arroios. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Face ao exposto a 7ª Comissão Permanente, propõe ao plenário da Assembleia

Municipal de Lisboa que delibere recomendar a Câmara Municipal de Lisboa, o

seguinte: ----------------------------------------------------------------------------------------------

-----1. Que exerça o seu magistério de influência para dotar a escola de assistentes

operacionais em número correspondente às determinações da Portaria n.º 272-A/2017

que regulamenta os critérios e a respetiva fórmula de cálculo para determinação da

dotação máxima de referência do pessoal não docente, por agrupamento de escolas ou

escolas não agrupadas; -----------------------------------------------------------------------------

----- 2. Que sejam reparadas ou substituídos os equipamentos existentes nas

instalações sanitárias, incluindo a canalização e rede de esgotos; ---------------------------

----- 3. Que faça aprovar o Plano de Evacuação e Emergência;------------------------------

DRAFT

46

----- Neste ponto, se me permitem, eu gostava de agradecer e dar os parabéns ao

Senhor Vereador Ricardo Robles, que na sequência destas démarches efectuadas pelos

Senhores Peticionários e por esta Comissão, já encetou estas diligências, entregando,

ainda hoje, este ofício à Senhora Presidente da Assembleia para que de imediato se

faça o Plano de Emergência e se dê execução a ele. -------------------------------------------

----- 4. Que verifique a existência de infiltrações e humidades nos tetos e paredes do

edifício; -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- 5. Que dote a escola de quadros brancos e apetreche as salas com equipamento

informático e audiovisual; -------------------------------------------------------------------------

----- 6. Que promova a pintura interior e exterior de todos os edifícios da escola; --------

----- 7. Que altere a entrada e saída da escola; --------------------------------------------------

----- 8. Que empregue esforços no sentido de encontrar uma solução para o piso do

recreio, uma vez que o existente é muito abrasivo; --------------------------------------------

----- 9. Que coloque sinalização em frente à escola, com vista a permitir o acesso de

crianças com necessidades educativas especiais; ----------------------------------------------

----- 10. Que abra todos os espaços de recreio existentes na escola, de momento

encerrados por falta de assistentes operacionais. Disse.” -------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “Muito Obrigada, Senhor Deputado Relator. Vamos prosseguir” ---------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- Muito obrigado, Senhora Presidente, Senhores Secretários, caros Vereadores,

caros Deputados, caro Público. -------------------------------------------------------------------

----- Em primeiro lugar, como é óbvio, saudar a iniciativa destes 362 cidadãos, de

apresentar uma petição sobre a Escola Básica EB1 Leão de Arroios. É um ato de

cidadania participativa e nobre, ainda mais, quando se trata de melhoria das condições

de ensino e lazer as nossas crianças ou seja, um ato para garantir um futuro melhor. ----

----- A situação que a Associação de Pais, Encarregados de Educação, que aqui nos

traz, não é de agora. --------------------------------------------------------------------------------

----- O CDS teve a oportunidade de acompanhar o primeiro dia de aulas dos alunos

Leão de Arroios, em Setembro, e ao entrar no estabelecimento, constatou a ausência

de recursos suficientes que, como era visível, criava filas e filas para entrada no

estabelecimento. -------------------------------------------------------------------------------------

----- Ouvimos os pais, encarregados de educação e a Associação com quem havíamos

reunido previamente. Quanto à direção da escola, e, apesar das tentativas, seja a data,

seja até hoje, nunca recebemos uma única resposta. -------------------------------------------

----- A matéria que envolve a falta de assistentes operacionais é preocupante, não

apenas no Leão de Arroios, mas porque já se tornou um padrão nas escolas de Lisboa,

onde assistimos a fechos de escolas e cancelamento atividades complementares. --------

----- Em Arroios a situação coloca em causa a fruição de espaços de recreio pelos

alunos, retirando qualidade e afetando o equilíbrio entre tarefas e lazer, e basta ver os

exemplos que, foram aqui apresentados pela Presidente da Associação, em particular,

aquelas imagens lamentáveis, das consequências nefastas para as crianças

DRAFT

47

designadamente físicas e, também a pena, que a resposta tenha vindo só agora por

pressão da apresentação desta petição, e da discussão agora, e mesmo, do Programa

Escola Nova fazemos votos que a Câmara, na pessoa do Vereador Ricardo Robles,

proceda a uma alteração das obras que estão incluídas, porque as obras que estão

incluídas até um futuro próximo, a longo prazo, não inclui obras profundas na escola

Leão de Arroios. ------------------------------------------------------------------------------------

----- Depois também sobrecarga dos atuais assistentes porque provoca adiamento um

desgaste físico e psicológico impossibilita a realização de reuniões de Pais e

encarregados de educação e sobretudo poderá vir a colocar em causa a unidade de

apoio à multideficiência a única na zona central de Lisboa. Tal facto deve-se aos

atrasos nos concursos de contratação de pessoal e ao cumprimento dos rácios

previstos na lei pelo próprio Estado. -------------------------------------------------------------

----- Por outro lado, há uma matéria que não é de somenos e que não podemos deixar

de salientar e que é que a conservação e manutenção do edificado e a ausência de um

plano de evacuação, emergência. A EB1 Leão de Arroios se nunca sofreu obras

profundas conservação, pelo menos há 30 anos, a não ser o reequipamento da cozinha

e algumas alterações na zona de recreio, após muita insistência por parte dos pais e,

mediante alguns incidentes com alunos. ---------------------------------------------------------

---- A estrutura apresenta várias falhas, desde infiltrações de água, desníveis

perigosos, necessidade de adaptação das zonas comuns e ainda a ausência de um

Plano de Evacuação e Emergência e não fosse o facto de estarmos a falar de uma

maior que a salvaguarda segurança das pessoas e em particular das crianças, que esta

situação seria irónica, irónica porque temos um estabelecimento escolar da

responsabilidade do município, e são os próprios técnicos do município que se

recusam a assinar e a assumir a responsabilidade de um Plano de Evacuação de

Emergência de uma estrutura que não tem e não assegura condições mínimas em caso

de catástrofe, e portanto, como digo, já há vários anos que os técnicos de Segurança e

Proteção Civil da Câmara se recusam a subscrever e a aprovar um Plano de

Evacuação e Emergência desta escola, quando estamos a falar do equipamento que

pertence e é propriedade do município.----------------------------------------------------------

-----Obviamente que, sendo esta matéria uma responsabilidade da Câmara e um

problema que se arrasta há muito tempo, temos de exigir ao executivo, uma solução

urgente para esta comunidade escolar, de modo a garantir direitos mínimos de

segurança no ambiente escolar. -------------------------------------------------------------------

----- Por fim, afirmar que o CDS irá continuar a acompanhar situação, seja nesta

assembleia seja na Assembleia de Freguesia de Arroios e subscrevendo as

recomendações da 7ª Comissão Permanente à Câmara para que haja com rapidez, seja

dentro das suas competências municipais, seja exigindo uma tomada de posição do

Ministério da Educação relativamente aos assistentes operacionais, não apenas neste

caso, mas em todos aqueles que têm afetado o normal funcionamento dos

estabelecimentos de ensino na cidade de Lisboa. ----------------------------------------------

DRAFT

48

----- Felicitamos, ainda, a 7ª Comissão Permanente, na pessoa do seu Relator, João

Valente, pelos trabalhos e emissão das conclusões e recomendações, agora em

apreciação. Obrigado.” -----------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “Muito obrigado, Senhor Deputado. Vamos prosseguir” -------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Ricardo Moreira (BE) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “ Boa tarde, Senhora Presidente, Senhoras e Senhores Deputados. -------------------

----- Uma primeira palavra para os Peticionários e Peticionárias da Escola EB 1 Leão

de Arroios. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Saudar, a sua intervenção, saudar a Associação de Pais, como veem, quando há

intervenção as coisas começam a mudar, sabemos que nem sempre à velocidade que

queremos, mas, o vosso exemplo é de saudar e muito obrigado por nos terem trazido

esta questão. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- Sobre aquilo que se passa na EB1 Leão de Arroios temos dois problemas graves,

o primeiro sobre os assistentes operacionais e o segundo sobre a questão do Plano de

Evacuação, para além de tudo o resto que as Peticionárias aqui demonstraram. ----------

----- Queria assinalar que a 7ª Comissão teve um trabalho profundo sobre esta matéria

e que as suas 10 recomendações foram aprovadas por unanimidade, foram

consensuais entre todos. ---------------------------------------------------------------------------

----- De facto, estamos a falar de 391 crianças e algumas com multideficiência, há de

facto, espaços encerrados por falta de pessoal e esta situação não pode continuar. -------

----- Reparem que, não haver assistentes operacionais suficientes na escola é uma

situação grave, como é dito no relatório. A escola tem um rácio de um assistente

operacional por cada 77 crianças, quando aquilo que a legislação indica é que deveria

ter um assistente operacional por cada 48 crianças. -------------------------------------------

----- Portanto, a situação é grave e como sabem é uma situação que se alastra a outras

escolas da cidade de Lisboa e, com certeza, os deputados e as deputadas municipais

não são alheios esse problema e, com certeza, farão tudo aquilo que puderem junto

com a Câmara Municipal para que a situação se inverta, nomeadamente exercendo o

seu magistério de influências junto do Ministério da Educação. ----------------------------

----- Os pensos rápidos, de facto, não têm solucionado a situação e é preciso mudar. ---

----- Sabemos hoje, que o Senhor Vereador já reuniu com as Peticionárias e que junto

com a Presidente da Junta de Freguesia, Margarida Martins, tem feito grandes

esforços para a melhoria da escola, esses esforços estão a continuar e assim

continuarão nos próximos tempos, por isso apenas subscrever as conclusões da 7ª

Comissão, os trabalhos do relator e fazer votos de que esta situação, dentro de pouco

tempo, estará resolvida. Assim esperamos.” ----------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “Muito obrigada, Senhor Deputado. Vamos prosseguir” -------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Mário Freitas (MPT) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

DRAFT

49

----- “Exma. Srª. Presidente da Assembleia Municipal, Senhores Vereadores, Caros

Colegas, Peticionários e Público Presente. ------------------------------------------------------

----- O Partido da Terra gostaria de iniciar a sua intervenção em relação a este assunto,

frisando a importância e saudando por isso os peticionários desta temática, da higiene,

saúde e segurança que nem sempre tem tido o devido tratamento, quando por

exemplo, falamos na Administração Pública. --------------------------------------------------

----- Infelizmente, nós sabemos que a legislação nacional no que toca a esta temática

quando aplicada à Administração Pública, tende a nem sempre ter o cuidado que deva

ser tido. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- E aqui temos esta dupla importância. Por um lado as crianças, e foi através dos

pais que nós vimos este assunto a ser debatido. Mas por outro lado também os

trabalhadores, as pessoas que trabalham neste tipo de estabelecimentos, e esses

merecem a atenção sem esquecer que neste momento as escolas são das áreas com

maior risco, nomeadamente riscos psicossociais. ----------------------------------------------

----- É importante que tenhamos a devida atenção para isto, sabendo nós a dimensão

do Parque Escolar que está neste momento sem a vigilância para além daquela que a

DGS através do seu programa nacional de vigilância dos estabelecimentos escolares,

o programa de vigilância em termos de saúde, higiene e segurança que é

implementado pelas Unidades de Saúde Pública dos ACES e que permite desta forma

chamar a atenção e lançar alertas para o estado e as condições do Parque Escolar. ------

----- Quanto à Petição nº 16/2017 respeitante à solicitação de contratação de

assistentes operacionais e à aprovação do Plano de Evacuação e Emergência que

respeite as normas de segurança na Escola Básica EB1 Leão de Arroios, a referida

escola iniciou o ano letivo sem que as condições básicas mínimas necessárias para o

seu funcionamento estivessem garantidas, quer ao nível do pessoal não docente quer

ao nível da própria segurança das instalações. --------------------------------------------------

----- Sabemos também que a contratação de assistentes operacionais se encontra em

fase de implementação, e agora que o Plano de Evacuação e de Emergência está

aprovado. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Como é evidente, perante tudo isto o MPT não poderia deixar de acompanhará

favoravelmente a Recomendação n.º 010/002, elaborada pela 7ª Comissão. --------------

----- Obrigado! ---------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “Muito obrigado, Senhor Deputado. Vamos prosseguir” -------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Ana Margarida Carvalho (PCP) no uso da

palavra fez a seguinte intervenção: ---------------------------------------------------------------

----- “Exmª. Senhora Presidente, Exmºs Senhores Vereadores e restantes presentes. ----

----- Esta situação deplorável, aqui da Escola EB1 Leão de Arroios, não é novidade

para o PCP, nem para o PCP nem para muitos dos presentes deveria ser novidade,

uma vez que já foi alvo de dois requerimentos do PCP sobre esta escola, uma vez que

já foi alvo de uma interpelação ao Governo na Assembleia da República, nada foi

feito.---------------------------------------------------------------------------------------------------

DRAFT

50

----- Nós conhecemos bem a escola, os vereadores do PCP estiveram na escola e

foram confrontados com estas situações todas que agora nos são trazidas pelos

Peticionários, e não vale a pena estar a repeti-las. ---------------------------------------------

----- No passado dia a 14 de Dezembro de 2017, em resultado então dessa visita

efetuada, apresentamos ao senhor Presidente da Câmara, um requerimento pedindo

esclarecimentos sobre as situações descritas e sobre as medidas a tomar junto do

Governo, no sentido da colocação de um necessário número de assistentes

operacionais. Tal requerimento não obteve resposta até ao momento.----------------------

----- Nós reforçamos então aproveitando esta petição a recomendação, que

apresentámos, pelo reforço do número de funcionários não docentes nas escolas de

Lisboa e reiteramos a necessidade que o executivo camarário, realize todos os

esforços junto do Ministério da Educação para assegurar esse reforço efetivo do

número de funcionários que são muitos casos para as tais, mais de 400 crianças e

também proceder à resolução dos problemas, aqui trazidos e aqueles que se encontram

na área de responsabilidade do município. ------------------------------------------------------

----- Não nos parece, de facto, de todo, aceitável a existência de escolas neste estado,

no século XXI continuamos a ter escolas de primeira e de segunda e este fosso que se

acentua entre escolas de elite e escolas de gueto, isto é lamentável. ------------------------

----- Mas, gostaríamos de destacar um problema que identificámos também nesta e

noutras escolas que é a necessidade urgente de funcionários não docentes e em vários

graus de ensino, e por causa desse défice nas escolas de Lisboa inutilizam-se, como

vimos, espaços, serviços e atividades, acentuam-se as más condições laborais e

agravam-se os problemas não acompanhamento das crianças, como vimos também, e

situações de bowling entre os alunos. ------------------------------------------------------------

----- A escola EB1 Leão de Arroios, encontra-se profundamente desfalcada ao nível

do número de assistentes, as necessidades reais seriam de nove para os três pisos, duas

para as unidades de apoio especial, o que impede, a inexistência, impede os corretos

procedimentos de limpeza da escola, obrigando ao encerramento, como vimos

também, metade das casas de banho e a não utilização do espaço de recreio

superiores, durante os intervalos. -----------------------------------------------------------------

----- Mas damos mais dois exemplos, que já foram identificados por nós, para depois

não se dizer que não sabiam. ----------------------------------------------------------------------

----- As escolas EB23 do Bairro Padre Cruz e EB1 Aida Vieira, tem vindo a sofrer

graves problemas por falta, também, de pessoal com prejuízos óbvios para toda a

comunidade, e no Agrupamento de Escolas de Benfica que agrupa cerca de 2900

estudantes existe um psicólogo a tempo inteiro e outro a meio tempo para todo este

universo escolar. ------------------------------------------------------------------------------------

-----Muito obrigada. -------------------------------------------------------------------------------- -

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “Muito obrigada, Senhor Deputada. Vamos prosseguir” --------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

DRAFT

51

----- “Muito boa tarde, Senhora Presidente, restantes membros da Mesa, Senhoras e

Senhores Vereadores, Senhoras e Senhores Deputados, público, jornalistas,

funcionários. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- O Grupo Municipal de “Os Verdes” deseja começar por saudar os pais e

encarregados de educação que, com esta iniciativa de cidadania, se mobilizaram e

trouxeram aos órgãos do Município o grave problema das condições de segurança e

da falta de assistentes operacionais da Escola Básica do 1º Ciclo O Leão de Arroios,

pertencente ao Agrupamento de Escolas Luís de Camões. Trata-se de mais um caso

que, muito lamentavelmente, está longe de ser único entre outras escolas de Lisboa,

como é o caso do protesto que hoje decorreu, em Campo de Ourique, numa das

escolas do Agrupamento Manuel da Maia. -----------------------------------------------------

----- O Leão de Arroios foi construído na década de 80 e inaugurado em 1987. No

presente ano lectivo abriu com 16 turmas, para um total de 391 crianças, 6 das quais

requerendo acompanhamento específico pela Unidade de Apoio à Multideficiência.

No entanto, como esta escola de ensino básico apenas dispõe de 5 assistentes

operacionais e 2, de forma permanente, no acompanhamento daquelas crianças que

exigem necessidades educativas especiais, não cumpre o ratio e fórmula de cálculo de

assistentes operacionais previstos por lei (Portaria nº 272-A/2017), que é de um por

cada conjunto de 21 a 48 alunos. Também no âmbito do Programa de Apoio à

Natação Curricular não existe, de momento, disponibilidade de assistentes

operacionais para procederem ao devido acompanhamento das crianças nas respetivas

deslocações. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- Logo no início deste ano lectivo, “Os Verdes” tiveram oportunidade de visitar o

edifício, acompanhados por encarregados de educação e funcionários. Entre outras

deficiências, observámos ser composto por três pisos que se interligam através de uma

rampa interior em forma de espiral, e que persistiam necessidades de manutenção

várias no edificado. ---------------------------------------------------------------------------------

----- Constatámos ainda que os espaços de recreio do segundo e terceiro pisos se

encontravam inoperacionais por falta de vigilância, apenas sendo utilizado o recreio

do piso inferior que dispõe de um pavimento que não se apresenta como o mais

adequado, por ser abrasivo e já ter originado a ocorrência de ferimentos. Para além de

ser manifestamente insuficiente para as cerca de 4 centenas de alunos, este recreio

também não dispunha de quaisquer equipamentos lúdicos infantis. ------------------------

----- Para além destas situações, a porta principal e uma outra secundária encontram-

se fechadas à chave, por não ser possível manter uma assistente operacional a

controlar as entradas e saídas. Tal facto constitui um problema óbvio a nível de

segurança, pois, em caso de eventual incidente ou catástrofe, será muito difícil

proceder a uma ágil coordenação dos alunos. --------------------------------------------------

----- A estas condicionantes acresce a incompreensível inexistência de um Plano de

Evacuação e Emergência, apesar de ele já ter sido apresentado ao Serviço Municipal

de Protecção Civil de Lisboa. ---------------------------------------------------------------------

----- E como o Estado reconhece que o sistema educativo impõe um compromisso

com a qualificação e a valorização dos trabalhadores que nele participam, há que

DRAFT

52

garantir a necessária adequação entre a satisfação das necessidades e da gestão

eficiente dos recursos humanos com as disposições essenciais para a valorização e

estabilidade do pessoal não docente, com reflexo direto na melhoria das condições de

aprendizagem dos alunos e maior apoio aos docentes e demais agentes da comunidade

educativa. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Neste contexto, em Novembro passado “Os Verdes” apresentaram na AML uma

recomendação sobre esta escola, a qual foi aprovada por unanimidade. -------------------

----- E também os peticionários vêm hoje alertar para a urgente contratação de

assistentes operacionais em número suficiente e a atempada aprovação de um Plano

de Evacuação e Emergência que respeite as normas de segurança desta escola de

ensino básico. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- “Os Verdes”, que também através do seu GP já interpolaram o Governo sobre

esta matéria, consideram inadiável que sejam assumidas as devidas diligências para a

dotação mínima de pessoal não docente, bem como que a CML prepare um programa

tendente à rápida reabilitação do edificado da EB1 O Leão de Arroios, que tenha em

vista a devida recuperação dos interiores da escola e dos equipamentos de apoio, em

particular dos pátios e das acessibilidades, contemplando a reavaliação geral do estado

sanitário desta unidade de ensino. ----------------------------------------------------------------

----- Porque, acima de tudo, o prioritário é garantir a segurança das crianças,

devolvendo a indispensável confiança e tranquilidade aos educadores, aos pais e

encarregados de educação. ------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Nós é que agradecemos, obrigado Senhor Deputado. Vamos prosseguir.” ---------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “ Senhor Presidente, bom, em primeiro lugar importa salientar que, após a

apresentação feita pelos peticionários fica particularmente evidente que a questão não

se reduz e os problemas da escola não se reduzem exclusivamente à necessidade de

ter mais assistentes ou ter um plano de segurança. --------------------------------------------

----- Aqui a questão é mesmo questão de investimento de manutenção das

infraestruturas e adequação daquelas àquilo que é a realidade de hoje em dia, de

frequência de um espaço com aquelas características e nós todos sabemos que uma

EB-1 está necessariamente dentro da esfera da Câmara Municipal de Lisboa. ------------

----- Por isso fico por um lado, particularmente impressionado de ouvir o Bloco de

Esquerda da Assembleia Municipal a ter que, necessariamente, fazer um conjunto de

críticas ao Vereador responsável pela área da Educação na Câmara, do Bloco de

Esquerda, e isto demonstrou outra questão muito importante também que é a questão

das prioridades. --------------------------------------------------------------------------------------

----- Esta é de facto uma questão importante, política tem que ser feita com base no

reconhecimento daquilo que são as capacidades de intervenção reais, quando elas não

existem, temos que assumir que temos que tomar prioridades e aqui eu vejo com

alguma preocupação, a intervenção numa escola que não foi feita, em contrapartida,

DRAFT

53

como é óbvio, 4 milhões de euros para manuais escolares para crianças, por exemplo,

naquela escola terão inevitavelmente alguma dificuldade em poder ter acesso a eles, a

questão aqui é essencialmente uma questão de usufruto das instalações e de boa

utilização. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- E aqui o apelo que se tem que fazer inevitavelmente à Câmara Municipal é tão-

somente um, é uma intervenção imediata no espaço de requalificação é um reforço

que pode ser através das próprias Juntas de Freguesia. ---------------------------------------

----- Há Juntas de Freguesia em Lisboa que têm tido capacidade de poder reforçar as

suas EB-1 com mais pessoal para assegurar o seu funcionamento, isto é transversal, há

outras que não têm ainda essas condições, que, nós temos que poder ajudar todas as

Juntas de Freguesia a poder ir a esta dobra, que, naturalmente, o Ministério da

Educação não está a conseguir assegurar. -------------------------------------------------------

----- Mas esta é uma matéria que nos responsabiliza a todos e ao responsabilizar-nos a

todos, tem inevitavelmente que ser uma partilha dessas mesmas responsabilidades,

portanto, não basta só aqui vir dizer que esperamos que as coisas se resolvam

rapidamente. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- Ficamos muito contentes com as recomendações que lá estão, ficamos porque

esperamos, mas as pessoas precisam de ouvir, de facto, outra coisa, que é “quando”,

porque as crianças continuam a ir lá todos os dias, continuam os riscos a acontecer a

qualquer altura e como os Peticionários aqui disseram e muito bem, começaram por

aqui mesmo, foi: De quem é a responsabilidade, se tivermos alguma infelicidade? ------

----- E era às infelicidades que eu gostaria que pudéssemos sempre evitar e aqui a

questão que está, a central é esta Assembleia já demonstrou no limite daquilo que são

o seu quadro de competências, o que gostava de ver ser feito, e a dificuldade que nós

encontramos agora é: qual é o próximo passo? -------------------------------------------------

----- O que é que podemos responder de concreto aos peticionários que a nós se nos

dirigem, dizendo “as vossas crianças, a partir da data tal, teremos capacidade de

salvaguardar a sua segurança e as suas vidas”, porque muitas das matérias que foram

aqui apresentadas estão em risco de vida, sim. ------------------------------------------------

----- E se até hoje não aconteceu nenhum acidente, sorte! Porque eles podem

acontecer e o que é que vamos dizer, acidente grave, porque já aconteceram vários

acidentes, conforme as fotografias que aqui também demonstraram. -----------------------

----- Portanto, que esta preocupação tem que existir por parte do Município e aqui não

é alguém em especial eu diria que temos que fazer todos, Juntas de Freguesia têm que

poder ir e ver até onde podem ir, Câmara Municipal ir ao restante, nós temos que ir

reabilitar, temos que recuperar aquela escola, aquelas instalações não estão em

condições e nós somos responsáveis, inevitavelmente, nós somos responsáveis e é

essa responsabilidade que temos que assumir. -------------------------------------------------

----- Muito obrigado.” -----------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “ Muito obrigado Senhor Deputado. Agora é a última intervenção que temos

registada para este debate.” ------------------------------------------------------------------------

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----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Santos (PAN) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente, Senhores Secretários, Senhores Vereadores,

colegas Deputados Municipais, Imprensa, Senhores Peticionários. -------------------------

----- Este é mais um exemplo de uma Petição que os cidadãos nos trazem e que

paulatinamente vai ajudando a transformar a nossa Cidade. ---------------------------------

----- Eu digo isto desta forma, porque não deveria ser assim, mas, que seja assim, que

a vocação para a cidadania dos cidadãos, pelo menos vá fazendo essa transformação, e

quando digo e estou a pensar naquilo que são as prioridades que são definidas para a

Cidade. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Quando se define o orçamento e para onde é que vai o orçamento, deve-se pensar

também em todas estas situações, que não estão ou não irão ser resolvidas. É bom

lembrar que mesmo próximo desta Escola, temos espaço público que foi remodelado,

que ficou mais bonito e que supostamente contribuiu para uma melhoria na Cidade. ---

----- Em termos estéticos, sem dúvida que contribuiu, mas para o dia-a-dia dos

lisboetas e das crianças desta escola contribuiu muito pouco, e é por isso que nós

vimos com muito agrado, não só a iniciativa dos Peticionários quando o trabalho da 7ª

Comissão. O trabalho desta Comissão que conseguiu num tempo recorde resolver um

conjunto de situações que tardavam e agora esperemos que o resto seja feito em bom

tempo pela Câmara. --------------------------------------------------------------------------------

----- São Petições com Recomendações ambiciosas, há muita coisa para fazer e

esperemos que não só nos próximos meses, possamos ser testemunhas daquilo que vai

ser feito e daquilo que a Câmara vai fazer para transformar esta situação, como em

tempos mais próximos possa ser prestada a maior atenção à situação de todos esses

espaços que agora estamos a considerar nesta sessão e esperamos que iremos observar

esta Assembleia, como entidade fiscalizadora, irá conferir o acompanhamento de

todas estas Recomendações e verificar que a população tenha um incremento de

qualidade de vida que também vai sendo feito desta forma. Muito obrigado.” ------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “Muito obrigado Senhor Deputado. --------------------------------------------------------

----- Peço aos Senhores Peticionários desculpa mas não se podem pronunciar, podem

assistir mas não podem pronunciar-se. ----------------------------------------------------------

----- Vamos então agora a dar início ao momento da votação da Recomendação que

resulta do Parecer da 7ª Comissão sobre esta Petição. ----------------------------------------

----- Eu queria informar que o Senhor Deputado Rui Costa, do Bloco de Esquerda,

tem um impedimento de votação, de qualquer maneira não o vejo aqui presente,

portanto, vamos, temos quórum na sala, estamos em condições de votar. Tanto a Mesa

vai para a vossa consideração a Recomendação de que tem o número 2, na sessão de

hoje, ou seja a Recomendação 10/002, da 7ª Comissão, que tem uma série de pontos

de resposta ao que os Peticionários acabaram de nos apresentar. ----------------------------

----- Recomendação nº. 010/002 (7ª. CP), resultante do Parecer da 7ª. Comissão

Permanente sobre a Petição 16/2017, não há votos contra e não há abstenções. A

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55

Recomendação nº. 010/002, foi aprovada por unanimidade com os votos a favor do

PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, MPT, PAN, PEV, PPM, 8IND. -------------------------------

----- (O Senhor Deputado Municipal Rui Pedro Costa Lopes do Grupo Municipal do

BE, não participou na apreciação e votação desta Moção por impedimento Legal) ------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “Senhores Peticionários, não podem exprimir-se nas Sessões, independentemente

da votação e da vossa satisfação, ainda bem que é satisfação e não é o contrário, mas

não podem exprimir-se de qualquer modo. -----------------------------------------------------

----- Deram aqui um apoio importante, certo, isso a linguagem gestual nós não

impedimos, portanto, podem fazê-lo. Deram aqui um contributo importante e,

portanto, agora penso que esta Deliberação que vai ser enviada à Câmara vai ser

publicado em Boletim Municipal e certamente a levarão para a escola, para dar

conhecimento à Associação de Pais e à Direção da Escola e agora utilizem-na para

conseguir obter o máximo de resultados no mais curto prazo. -------------------------------

----- Senhores Deputados, terminada a discussão desta Petição, lembro aos Senhores

Deputados que continua aberta a urna para votações, ali na sala à vossa direita, quem

ainda não foi votar peço-lhe que agora, durante o debate desta Petição, o faça. ----------

----- Damos agora a palavra ao primeiro Peticionário, Senhor Paulo Tavares, que vem

apresentar a Petição sobre as instalações da Sociedade de Instrução Guilherme

Cossoul.” --------------------------------------------------------------------------------------------

----- PONTO 6 - APRECIAÇÃO DA PETIÇÃO 19/2017 - INSTALAÇÕES DA

SOCIEDADE DE INSTRUÇÃO GUILHERME COSSOUL, NOS TERMOS DA

PETIÇÃO E AO ABRIGO DO ARTIGO 85º DO REGIMENTO; 1,5 X GRELHA-

BASE: 51M, A QUE ACRESCEM 10M PARA OS PRIMEIROS SUBSCRITORES; - ----- Relatório da 7ª Comissão Permanente. -------------------------------------------------

----- Recomendação 010/003 (7ª CP). ----------------------------------------------------------

----- (A Petição nº. 19/2017 fica anexada a esta Ata, como Anexo VIII e dela faz parte

integrante) --------------------------------------------------------------------------------------------

----- (O Relatório da 7ª. CP fica anexada a esta Ata, como Anexo IX e dela faz parte

integrante) --------------------------------------------------------------------------------------------

----- (A Recomendação nº. 10/003, da 7ª. CP, Resultante do Parecer da 7ª. CP,

referente à Petição nº. 19/2017, fica anexada a esta Ata, como Anexo X e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- O Peticionário, Senhor Paulo Tavares, da Guilherme Cossoul, no uso da

palavra fez a seguinte exposição: -----------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, Senhoras e Senhores Vereadores, Senhoras e Senhores

Deputados. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Cabe-me, antes de mais, agradecer a oportunidade de aqui estar hoje diante de

vós para complementar a informação constante na petição de 544 associados e

simpatizantes da Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul que foi entregue à

Assembleia Municipal de Lisboa a 7/12/2017 e analisada em sessão da 7.ª Comissão a

10 de janeiro de 2018. ------------------------------------------------------------------------------

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----- Esta petição surgiu no seguimento de um processo de iminente perda das

instalações da Cossoul, processo esse que teve, na verdade, o seu início já há alguns

anos, mais precisamente em 2008, tendo havido desde então a necessidade de reunir

todos os esforços possíveis para a resolução desta questão, que se agravou no último

ano. Interessa talvez por isso começar por fazer uma brevíssima contextualização. ------

----- A Cossoul é uma instituição de utilidade pública sem fins lucrativos que celebra

em Setembro 133 anos de existência. O raio de ação da Cossoul abrange atualmente o

teatro (área onde, desde a década de 1960, tem vindo a formar alguns dos principais

atores e encenadores portugueses), a literatura, as artes visuais, a música e, de uma

forma geral, a formação e a integração através das artes. -------------------------------------

----- A Cossoul conta também com uma chancela editorial, uma livraria, um espaço de

exposições e um bar de apoio com programação diversa. Além disso, tem dois

coletivos residentes ligados às artes performativas (o AltaCena e o Colectivo Prisma)

e, em 2016, fundou a Banda Juvenil da Guilherme Cossoul, um projeto da rede

PARTIS em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian e a Junta de Freguesia da

Estrela, a que posteriormente se juntaram outros parceiros locais. --------------------------

----- A Cossoul tem assim assumido, por um lado, uma vertente pedagógica e de

formação regular, através da promoção de cursos de iniciação e aperfeiçoamento

profissional, e, por outro, a organização de ciclos temáticos, o acolhimento de projetos

e a programação de eventos culturais. -----------------------------------------------------------

----- Para ilustrarmos este ponto, da muita programação produzida e acolhida durante

2017, salientamos o Reverso (Encontro Anual de Autores, Artistas e Editores

Independentes), a participação no Festival Silêncio com programação própria, o

acolhimento da estreia do espetáculo Fé, Caridade e Esperança (uma produção do

Teatro Maria Matos), a primeira edição do Microteatro da Cossoul, o acolhimento de

parte da programação da TRAÇA (um evento da Videoteca de Lisboa), os Curso de

Formação nas artes cénicas para o público em geral e para a população sénior, os

ciclos de música popular e erudita (entre elas, as Cossoul Jazz Sessions) e os ciclos de

leituras (como o Vão de Escada). -----------------------------------------------------------------

----- Em 2017, tivemos cerca de 10 mil espectadores e visitantes, em mais de 180

atividades (exibições, encenações e sessões para o público em geral). --------------------

----- Toda a atividade desenvolvida na Cossoul é coordenada pelos elementos da

Direção, que é eleita por períodos de dois anos e não é remunerada. -----------------------

----- Quanto à questão que nos traz aqui propriamente dita, a Cossoul tem a sua sede,

há mais de sete décadas, na Av. D. Carlos I, n.º 61, em Santos. Em 2008, este imóvel

foi comprado por um consórcio espanhol e logo posto à venda para fins habitacionais. -

----- Após conversações com a Câmara Municipal de Lisboa, a edilidade cedeu, em

2009, um imóvel em Campolide, o Palácio de Laguares, para a nova sede da Cossoul. -

---- Durante alguns anos, tentámos reunir verbas para efetivarmos definitivamente a

nossa transição para este espaço que necessitava de intervenções estruturais (aí

desenvolvendo, ainda assim, inúmeras atividades culturais e cursos de formação),

mas, posteriormente, após um ano de negociações com a Junta de Freguesia de

Campolide para uma gestão partilhada do espaço, foi decidido, em 2013, que esta

DRAFT

57

última ficaria com a gestão exclusiva do mesmo, tendo sido invocado o superior

interesse público. Há que esclarecer que se deve exclusivamente a esta razão a nossa

saída do Palácio de Laguares, sendo que as outras justificações apresentadas a esta

Assembleia em 28 de Junho de 2017 terão assentado em informações equivocadas. ----

----- A Cossoul tentou cumprir sempre o estipulado com os seus parceiros e, em

particular, com a Câmara Municipal de Lisboa. É, na realidade, esta postura ética que

fundamenta a existência e a importância de instituições como a Cossoul. ----------------

----- Desde 2013, não deixámos de tentar encontrar uma solução alternativa, mas sem

resultados práticos e com a agravante de, em Maio de 2017, nos ter sido comunicada a

nova venda do edifício da Av. D. Carlos I e a obrigatoriedade de o abandonarmos até

ao final de Dezembro de 2018. -------------------------------------------------------------------

----- Estamos, já há muito tempo, em diálogo com o Gabinete da Cultura da Câmara

Municipal de Lisboa, no sentido de sinalizar um espaço que possa servir de nova sede

à Cossoul. E temos, com efeito, um protocolo em que a Câmara se compromete a

disponibilizar-nos um espaço condigno ao desenvolvimento das nossas atividades. No

entanto, até ao momento, apenas conseguimos a garantia do Gabinete da Cultura de

que, após negociações com o novo proprietário do imóvel, poderemos permanecer na

nossa sede atual durante o primeiro semestre de 2018. ---------------------------------------

----- Nesse sentido, e não deixando de reconhecer as diligências efetuadas pelo

Gabinete da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, e em particular pela Senhora

Vereadora Dra. Catarina Vaz Pinto, bem como pelo Presidente da Junta de Freguesia

da Estrela, o Dr. Luís Newton, que nos propôs um espaço na nossa freguesia que

necessitará de obras com fim previsto para o final de 2019, não foram, ainda assim,

feitos progressos significativos, afigurando-se-nos fundamental e urgente a resolução

deste processo, para o qual solicitamos a vossa ajuda, nomeadamente na sinalização e

transição, em tempo útil, para uma nova sede. -------------------------------------------------

----- Não se trata, pois, de uma questão de cariz partidário ou de um problema menor.

Trata-se, para todos os efeitos, de não deixar desaparecer uma associação centenária

que, para além da sua longa história em vários domínios, foi capaz de se atualizar e

rejuvenescer, sem perder a sua matriz identitária, estando a atravessar neste momento

um dos seus períodos de maior dinamismo e inserção na comunidade. Como já referi,

o nosso público-alvo e o nosso raio de ação são transversais, sendo o nosso lema: Por

gosto e por um pouco mais de cultura. ----------------------------------------------------------

----- Num momento em que se debate, com particular pertinência, o rumo a dar às

políticas culturais do país e, mais especificamente, da cidade de Lisboa, julgamos ter

diante de nós uma questão em que todas as vontades podem convergir em benefício

de causas e coisas públicas – em última análise, das pessoas –, salientando que o

fazemos, efetivamente, por gosto e por um pouco mais de cultura. ------------------------

----- Obrigado a todos em nome da Cossoul.” --------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “ Muito obrigada nós pela sua intervenção e pela Petição que apresentaram. -------

DRAFT

58

----- Vamos antes de dar a palavra aos Senhores Deputados inscritos, perguntar à

Senhora Deputada Relatora, não vejo aí, há um relatório apresentado pela 7ª.

Comissão, que é Relatora a Deputada Municipal Ana Mateus, mas ela dispensa a

leitura do relatório, de qualquer maneira ele foi divulgado e enviado aos peticionários

e podemos passar de imediato então a ouvir as pessoas que estão inscritas.” -------------

----- A Senhora Deputada Municipal Maria Luísa Aldim (CDS-PP) no uso da

palavra fez a seguinte intervenção: ---------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada mais uma vez. -------------------------------------------------------------

----- Na sequência da Petição que aqui foi apresentada sobre as instalações da

Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul gostaríamos de começar por saudar os

mais de 500 subscritores pelo ato de cidadania ativa e participativa que tanto tem feito

desta Assembleia a Casa da Democracia e que tem conseguido em muitos casos

resolver os problemas que nos são aqui apresentados. ----------------------------------------

----- A Guilherme Cossoul é uma instituição com mais de 132 anos e que tem tido

uma participação de promoção das atividades que são parte da identidade de Lisboa,

pelo que o seu contexto e trabalho não se pode perder no tempo e na ligação local à

comunitária da Madragoa, é principalmente manter ou que seja avaliar as

possibilidades e perante a necessidade de abandonar o atual espaço de encontrar uma

alternativa viável para a continuidade da sua missão, estando a menos de 5 meses da

saída definitiva do atual espaço, exige-se que a Câmara Municipal esclareça se

pretende honrar os compromissos assumidos que o protocolo com esta instituição

aprovado através de Proposta 193/2009, para definir o local de um local alternativo

para a Guilherme Cossoul. ------------------------------------------------------------------------

----- É essencial que a Câmara Municipal neste processo que ouça a direção da

sociedade, que ouça a Junta de Freguesia, não esquecendo também para o efeito a

prioridade em encontrar o espaço adequado na zona da atual sede. -------------------------

---- Por parte do CDS-PP iremos acompanhar quer de perto, quer na Assembleia

Municipal através da 7ª Comissão, mas também com os nossos Vereadores na Câmara

Municipal e através dos eleitos na Assembleia de Freguesia da Estrela. -------------------

----- Gostaríamos de deixar só esta nota. Muito obrigada.” ----------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Ricardo Moreira (BE) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Boa-tarde Senhora Presidente, Senhoras e Senhores Deputados Municipais. ------

----- Os Peticionários, antes de mais saudá-los de novo, é uma Petição que põe a

Câmara Municipal e a e a Assembleia Municipal a mexer e a tentar arranjar soluções

para uma situação que é, de facto, muito importante. -----------------------------------------

----- A Guilherme Cossoul tem 132 anos de trabalho em prol da Cultura, tem uma

história rica que não se pode perder, tem 70 anos de trabalho nas suas no sítio onde

está agora na Dom Carlos. -------------------------------------------------------------------------

----- Da Guilherme Cossoul faz parte da cidade de Lisboa e como é óbvio para todos e

creio que foi óbvio ou pelo menos foi muito patente nos trabalhos da 7ª Comissão, a

cidade não pode perder a Guilherme Cossoul.--------------------------------------------------

DRAFT

59

----- A Câmara Municipal tem, de facto, tentado arranjar de um espaço para

Guilherme Cossoul, mas creio que é hoje patente que é necessário fazer um pouco

mais, é necessário uma solução para a Guilherme Cossoul se possível perto da Dom

Carlos e estamos certos que depois deste trabalho, que que tem sido a que tem sido

realizado nos próximos meses encontrar-se-á essa solução, esse compromisso com a

Câmara Municipal de Lisboa já faz parte do protocolo que me foi aqui dito, não é, ou

seja hoje compete à Câmara Municipal de Lisboa encontrar essa solução, mas como

todos compreenderão ela tardará, ela tem tardado e um ano, 6 meses, sem a Guilherme

Cossoul ter uma casa poderá ditar o seu fim, por isso era necessário que os esforços

fossem redobrados e que nas próximas semanas, meses, agora ganharam-se meses

com um com este Debate e com o trabalho que foi feito, numa solução fosse

encontrada para a Guilherme Cossoul, parte dos eleitos do Bloco de Esquerda cá

estaremos para ajudar nesse processo também. Obrigado” -----------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Nádia Teixeira (MPT) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção ------------------------------------------------------------------------------

----- “Excelentíssima Senhora Presidente da Assembleia Municipal, Senhores

Vereadores, Caros Colegas, Caros Peticionários, Caro Público Presente.------------------

----- O Partido da Terra – MPT, não queria deixar de referir algumas notas

relativamente à situação presente das instalações da Sociedade de Instrução

Guilherme Cossoul. ---------------------------------------------------------------------------------

----- Esta instituição com quase 133 anos de existência que abrange atualmente

atividades ligadas ao teatro, à literatura, às artes visuais, à música e, de uma forma

geral, à formação e à integração do indivíduo através das artes, encontra-se,

atualmente, em sério risco de ver comprometida a continuidade das suas atividades de

carácter sociocultural por deixar de ter espaço próprio para as mesmas. -------------------

----- O Partido da Terra - MPT, partido de cariz fortemente humanista não poderia,

enquanto tal, deixar de estar solidário com os peticionários para a preservação de um

espaço de promoção dos valores culturais da cidade de Lisboa. -----------------------------

----- Desta forma o Partido da Terra - MPT acompanhará certamente, favoravelmente

a Recomendação 010/003 sobre a Petição 19/2017, fazendo votos para que

instituições privadas de utilidade pública como a Sociedade de Instrução Guilherme

Cossoul possam perpetuar os valores culturais identitários de uma cidade tão antiga,

histórica e turística como é o caso de Lisboa, e que todos os dias se vê confrontada

com uma forte especulação imobiliária. ---------------------------------------------------------

----- Gostaria ainda de felicitar o trabalho que tem sido desenvolvido na 7ª Comissão

Permanente na qual tenho tido o privilégio de participar. ------------------------------------

-----E de saudar também aqui os peticionários desta petição pela função importante

que desempenharam. Muito Obrigado!”---------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “ Ora muito boa-tarde mais uma vez. ------------------------------------------------------

----- Em primeiro lugar, “Os Verdes” desejam começar por saudar os peticionários por

terem ‘recordado’ a esta Assembleia a periclitante situação das instalações da

DRAFT

60

Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul, atualmente ainda localizada na Av. D.

Carlos I, nº 61. E insisto ‘recordado’ porque este facto não constitui novidade para

esta Casa da Cidadania. ----------------------------------------------------------------------------

----- Com efeito, já há cerca de 3 anos os deputados da 7ª Comissão tiveram

oportunidade de visitar e de se inteirar da ameaça que já então pairava sobre a

continuidade desta Sociedade. Hoje, os requerentes relembram que apenas poderão

permanecer até Junho do corrente ano, visto o prédio onde se encontra instalada a sua

sede ter recentemente sido vendido, por 3,7 milhões €, a um investidor estrangeiro

que não lhes pretende renovar o contrato anual. Perante este novo contexto necessitam

de encontrar uma nova localização. --------------------------------------------------------------

----- Recorde-se que se trata de uma instituição privada de utilidade pública fundada

em 1885 por 47 amadores de música e admiradores do compositor e violoncelista

português, do século XIX, Guilherme Cossoul. Por ela passaram ou emergiram muitos

nomes do teatro português, desde encenadores, a atores e cenógrafos, como Carlos

Avilez, Filipe Ferrer, Glicínia Quartin, Henrique Viana, Jacinto Ramos, José Viana,

Raul Solnado, Rogério Paulo, Rogério Ribeiro ou Varela Silva, entre muitos outros. ---

----- Mais recentemente, em 2010, a Sociedade havia atingido cerca de um milhar de

sócios. As suas atividades vêm cobrindo as áreas do teatro, a literatura, a música e a

formação, com integração da vertente pedagógica com as diversas artes, destinadas a

diversos públicos, incluindo o infantil, a que foram adicionados um espaço de

exposições, uma livraria e um bar/restaurante. -------------------------------------------------

----- Em segundo lugar, recordamos que o Município de Lisboa e a Sociedade

rubricaram em 2009 um protocolo, contemplando apoios diretos direcionados

fundamentalmente ao pagamento da renda. Mas já nessa altura a Sociedade havia

recebido um aviso de ordem de despejo, tendo a Câmara cedido o direito de utilização

de um imóvel municipal, sito na Rua professor Sousa da Câmara, mesmo ao lado da

atual Junta de Freguesia de Campolide, até 31/12/2018. Mais se dizia nesse protocolo

(cláusula 2ª, nº 2) que (citamos) «em caso de cessação por motivo imprevisto de

interesse público» a Câmara se comprometia a «apresentar um espaço alternativo», o

que, afinal, parece ainda não ter sido consensualizado. ---------------------------------------

----- Posteriormente, pelo menos em 2009 e em 2010 (Propostas nº 461/2009 e

476/2010), a Câmara disponibilizou-se para, de acordo com o regulamento em vigor,

transferir apoios monetários à Cossoul no valor de 21 mil €/ano, visto esta se

encontrar inscrita na Base de dados para Atribuição de Apoios pelo Município de

Lisboa (com o nº BDAA 110100). ---------------------------------------------------------------

----- Neste contexto parece, no mínimo, ser o mais adequado que a Câmara, desde já,

participe na procura de uma solução condigna e atempada, que viabilize, mesmo que

no curto prazo, um formato que permita que a Sociedade de Instrução Guilherme

Cossoul dê continuidade às suas atividades. De início, com a eventual atribuição

transitória de um novo espaço e, depois, venha a proporcionar que esta Associação

possa continuar a exercer as suas iniciativas em espaço próximo do das suas atuais

instalações. -------------------------------------------------------------------------------------------

DRAFT

61

----- “Os Verdes” registam a intensificação desta constante especulação imobiliária,

para a qual a Câmara não denota apresentar quaisquer níveis de preocupação. De que

serve o Município dispor de um Regulamento para atribuição de apoios ao

associativismo, se, em simultâneo, a Câmara não contribuir para inviabilizar a

desagregação destas coletividades? --------------------------------------------------------------

----- Em conclusão, manifestamos a nossa forte apreensão pelo caso presente, bem

como o reconhecimento por, decorrida quase uma década, os peticionários se

continuarem a debater com um problema que lhes tem sido recorrente, expressando à

Câmara a necessidade em harmonizar uma solução urgente que garanta às

coletividades, e à Cossoul em particular, preservarem a continuidade das suas

produções, em suma, das suas identidades culturais. Obrigado Senhora Presidente.” ----

----- A Senhora Deputada Municipal Simonetta Luz Afonso (PS) no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, Mesa, Senhores Vereadores, Caros Colegas, Público,

Imprensa, Senhores funcionários. ----------------------------------------------------------------

----- Eu estou aqui na qualidade de Presidente da 7ª Comissão e queria transmitir-vos

a preocupação que nós temos na 7ª demissão, não só neste mandato como já no

mandato anterior, a que também presidia à Comissão relativamente ao futuro incerto

destas Associações de Cultura, recreio educação, instrução, que existiam em

praticamente todos os bairros da cidade e que nós fomos visitando, aliás, quando nos

chegou a Petição da Guilherme Cossoul não eram assunto novo para nós, os senhores

Deputados que aqui estão do mandato anterior tinham vinho connosco e com o

Presidente da Junta de Freguesia visitar a Guilherme Cossoul, ouvir as questões e os

problemas, mas parecia naquela altura, foi para aí há 2 anos que as coisas estavam

estáveis, afinal de repente ficaram praticamente sem casa. ----------------------------------

----- Ora bem, eu não só estou aqui para transmitir, de certa forma a preocupação de

todos nós, porque foi uma preocupação partilhada, como para além de queremos que a

Guilherme Cossoul e tenho a certeza que a Senhora Vereadora vai com o Presidente

da Junta de Freguesia, aliás, durante a audição dos peticionários chegou-se aqui à

conclusão que havia uma hipótese num edifício em Santos-o-Velho, onde esteve na

Freguesia de Santos-o-Velho de poder vir a ser utilizado pela Guilherme Cossoul, o

que me parece extremamente bem, porque uma das nossas preocupações é que estas

associações de cultura, recreio instrução, etc., saiam do seu bairro. Saírem do seu

bairro é desenraizá-las, é perderem o seu Core Business, é perderem o coração

daquela instituição, que nasceu naquele bairro e deve continuar a ser capaz de ganhar

novos sócios nesse mesmo bairro e, portanto, é desejável que se mantenham naquelas

redondezas dos bairros onde nasceram, porque fazem parte deste tecido da cidade que

nós temos que preservar e saber modernizar. ---------------------------------------------------

----- Eu tenho a certeza que a Senhora Vereadora está tão preocupada como nós e que

com o Presidente da Junta vai resolver a situação da Guilherme Cossoul, mas gostaria

de fazer aqui um apelo à Senhora Vereadora e gostaria de saber da parte da Câmara

quem é afinal, o Vereador que tem o pelouro das associações de cultura, instrução e

recreio, porque dizem-nos que as associações regionais são com o Vereador Sá

DRAFT

62

Fernandes, que as culturais são com a Senhora Vereadora Catarina Vaz Pinto, e as

educacionais ou educativas, se não com o Senhor Vereador Ricardo Robles. Acho que

há aqui uma grande confusão, porque estas instituições são tudo, nasceram para isto

tudo, até nasceram para ensinar a ler para os para os seus sócios poderem votar e ler

enfim, os manifestos e, portanto, poderem participar na vida ativa política, social e

etc., da cidade. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Portanto, eu gostaria muito e tenho a certeza que os meus colegas partilham isto

comigo, estou a dizê-lo, porque falamos nisto, que houvesse alguém na Câmara que

tutelasse isto, independentemente de depois partilhar com outros Vereadores e que a

Senhora Vereadora, tenho a certeza que se vai ocupar deste assunto rapidamente e

resolvê-lo porque apareceu aqui esta oportunidade por parte da Junta de Freguesia da

Estrela e, na verdade, nós gostaríamos que não só a Guilherme Cossoul se mantivesse

neste espaço, como porque já nos surgiram nos dois mandatos anteriores, outras

questões semelhantes com associações de cultura e recreio e que nós gostaríamos de

fazer um apelo à Câmara e à Senhora Vereadora, em particular, para que tivesse um

olhar especial sobre estas instituições e que as pudesse manter na cidade, num local

onde nasceram, porque têm ali as suas raízes e tem um significado especial para

aquele local mudanças de local. ------------------------------------------------------------------

----- Mudadas de local, para mim é outra coisa qualquer, não é a mesma coisa! Muito

obrigada.” --------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “ Muito obrigada Senhora Deputada. Depois da Senhora Deputada Ana Maria de

Carvalho, há uma inscrição do Senhor Deputado Luís Newton e termina a Senhora

Vereadora Catarina Vaz Pinto, se alguém se quiser inscrever agradeço que sinalize à

Mesa.” ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Ana Margarida Carvalho (PCP) no uso da

palavra fez a seguinte intervenção: ---------------------------------------------------------------

----- “ Excelentíssima Senhora Presidente, Excelentíssimos presentes.---------------------

------ Acrescentar a tudo aquilo que já foi dito, nós queríamos em primeiro lugar,

prestar a nossa solidariedade para com os Peticionários, não só em razão pela força

das suas razões, mas também pela história que esta sociedade encerra e que a foi tão

bem resumida pelo Deputado do PEV. ---------------------------------------------------------

----- A nossa única divergência é que para nós é, ao contrário do que os Peticionários

disseram, para nós não se trata de um problema fora da área política, trata-se sim de

um problema político, trata-se de um problema de estratégias para a cidade e trata-se

de um problema de prioridades para a cidade também. ---------------------------------------

----- E quanto a esta sociedade, o que se passa é que a história, a história repete-se, há

uma série de associações culturais, recreativas, desportivas, o que quer que seja, que

se veem obrigadas a fechar por não conseguirem acompanhar o ritmo das rendas

estratosféricas ou não, resistirem à pressão dos mercados, desgovernados às vezes e

da especulação imobiliária. ------------------------------------------------------------------------

DRAFT

63

----- Eu gostava de lembrar que estas associações, como disse muito bem a Doutora

Simonetta e estas coletividades têm um papel muito importante, algumas seculares

como estas, mas tem um papel muito importante no bairro e na comunidade onde se

inserem, e lembro também que que que os turistas não vêm cá para se verem uns, e

não para verem as boulangeries, as maisons de crêpes ou as lojas de souveniers

enlatados ou as lojas descaraterizadas que há em todo o lado! -------------------------------

----- Lembro que há uma série de associações que ou se perderam ou estão em vias

disso e estão a ser deslocalizas, é o caso do Ateneu, da Casa dos Amigos do Minho,

do Lusitano, dos Leais Amigos, do Sport Clube do Intendente, do Ginásio do Alto do

Pina, e a verdade é que a cidade é feita, isto pega ou cola um bocadinho com o nosso

Debate inicial sobre alojamento local, a cidade é feita de gente e de vida, a cidade não

são só prédios, por mais que ele seja a que eles estejam reabilitados! Muito obrigada.”

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “ Eu peço aos amigos, que estão aí a pôr a sua tarja tem que a retirar, não se

podem manifestar na Assembleia Municipal, mas desde já os convido, se assim o

quiserem fazer, a apresentarem uma Petição a esta Assembleia. Os Senhores estão a

assistir, façam favor, retiram as tarjas, estou-vos a pedir educadamente retirarem as

vossas tarjas, estou-vos a pedir educadamente para retirarem as vossas tarjas, não as

podem ter, já fizeram o boneco, já temos o boneco para os jornais, façam favor de

retirar as tarjas, porque se não eu tenho que mandar evacuar. -------------------------------

----- Os Senhores que estão a assistir não podem manifestar-se na Assembleia! Os

Senhores desculpem, não podem! A Mesa interrompe os trabalhos imediatamente! -----

----- Está interrompida a Sessão Senhores Deputados.” ---------------------------------------

----- (Nesta momento foi interrompida a Sessão da Assembleia Municipal de Lisboa) --

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “Se os Senhores não tiverem com os cartazes podem perfeitamente continuar a

assistir, só não podem manifestar-se, é a única coisa que eu estou a pedir! ----------------

----- Se quiserem continuar aqui a assistir muito bem, se quiseram manifestar-se não

podem. Podem fazer as manifestações todos quiseram na cidade toda, não as podem

fazer num momento em que estamos a decorrer numa Assembleia Municipal. ----------

----- Vamos prosseguir Senhores Deputados, peço que voltem aos vossos lugares e

vamos prosseguir. -----------------------------------------------------------------------------------

-----A Senhora Deputada Ana Maria de Carvalho foi interrompida. Não quer

continuar? Prescinde. -------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Vereadora Catarina Vaz Pinto tem agora a palavra para poder

responder, não? --------------------------------------------------------------------------------------

----- Primeiro falta o Senhor Deputado Luís Newton, quer usar da palavra? Se faz

favor.“ ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

DRAFT

64

----- “Senhor Presidente, muito obrigado, em primeiro lugar dar nota de que este, à

semelhança de outros processos que infelizmente têm surgido na cidade de Lisboa,

merece todo o nosso empenho. -------------------------------------------------------------------

----- Eu aqui queria começar por destacar a lisura de processo e a forma sempre leal

com que a Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul tem procurado fazer valer

aquela que é a sua maior preocupação e também aquela que também a sua maior

ansiedade, uma instituição com estas características, não é só pela sua antiguidade,

mas é também pelo trabalho que tem vindo a desenvolver e continua a desenvolver

junto da comunidade, merece sempre todo o nosso apoio! -----------------------------------

----- E aqui há que distinguir duas coisas muito importantes, em primeiro lugar, o

facto de esta relação que existe com a Junta de Freguesia da Estrela ser também já

uma relação já muito antiga, cujas raízes estão na muitas antigas Juntas de Freguesia

que constituem a atual Junta de Freguesia da Estrela, que a Junta de Freguesia de

Santos-o-Velho e, portanto, justiça seja feita, é um trabalho que tem vindo a

ultrapassar cores políticas, inclusivamente, a organizações autárquicas. -------------------

----- Eu diria que aqui um outro aspeto particularmente relevante, é o facto de

podermos desenvolver de forma salutar e numa comunhão de esforços e uma

cooperação de objetivos, este que é um grande desígnio da solução definitiva para a

Guilherme Cossoul e quero frisar muito esta questão da solução definitiva para a

Guilherme Cossoul, porque deve ficar claro que nós não podemos depois continuar ad

eterno nesta e noutras situações, a acalentar situações temporárias que pode

inevitavelmente prejudicar substancialmente o trabalho que elas vêm desenvolver e,

sobretudo numa das questões tem sido aqui muito evidenciada, e que foi pela Senhora

Presidente da 7ª Comissão, evitar o seu desenraizamento, e esta é uma questão

fundamental, porque é aqui que reside a força destas instituições tão características de

alguns bairros da nossa cidade e tão diferenciadoras também na oferta que nós temos

para nós próprios em primeiro lugar e em segundo lugar, para quem nos visita e quer

conhecer a nossa diversidade cultural. -----------------------------------------------------------

----- Portanto, aqui o apelo que eu faria é um apelo de comunhão de esforços, Senhora

Presidente. Tem Junta de Freguesia da Estrela demonstrado total disponibilidade

desde o primeiro dia em procurar promover uma solução que envolva a Câmara, a

Guilherme e a Junta de Freguesia. Temos aqui um exemplo claro de que isso é

possível em muitos momentos ao longo da reforma administrativa, temos visto

transitar equipamentos para acudir a necessidades da Freguesia, estamos aqui perante

um cenário particularmente novo, mas também é muito interessante, do ponto de vista

daquilo que é real cooperação entre organizações autárquicas dentro de mês

Município, que é a própria Junta de Freguesia disponibilizar espaços próprios para

acudir a uma situação que a Câmara não está a conseguir encontrar solução, eu diria

que aqui esta comunhão, esta cooperação que é de destacar e, portanto, quer deixar

terminando, não quero deixar e terminar sem fazer uma menção especial à Senhora

Vereadora Catarina Vaz Pinto, é sobre ela que geralmente recai adicionalmente o peso

de encontrar soluções para todo o tipo de situações e obviamente que qualquer pessoa

que tem as funções, independentemente de cores partidárias, que tem estas funções,

DRAFT

65

obviamente que tem uma preocupação clara sobre aquilo que é o destino das

associações e das instituições que estão no final do dia, sobre a sua tutela a sua

responsabilidade. Isto é um penso que, inevitavelmente, um peso político, mas é

também um peso humano, porque as pessoas não se dissociam do seu eu político e,

portanto, terminado o trabalho de gabinete são preocupações que, inevitavelmente,

levamos para casa, e portanto eu aqui quero destacar que tenho sentido sempre um

esforço muito grande parte da Senhora Vereadora em poder estar disponível para

encontrar soluções, a Câmara a tem feito uma pesquisa intensa sobre as soluções que

tem em cima da mesa, a Proposta que a Junta de Freguesia da Estrela fez, fê-la em

primeiro lugar à Guilherme Cossoul, porque entendeu que não fazia sentido estar a

discuti-la com mais ninguém se a própria Guilherme Cossoul não entendesse

relevante. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Os associados Guilherme Cossoul já tiveram oportunidade de sobre isso também

refletir e, neste momento, perante os cenários todos, eu parece-me particularmente

evidente que esta é, não é só uma questão de ser a melhor solução, começa, de facto, a

desenhar-se, como sendo a única solução e, por isso, reitero a disponibilidade da Junta

de Freguesia da Estrela e da comunidade da Freguesia da Estrela para ajudar a

resolver este problema, em parceria com a Câmara Municipal e com a Instituição

Guilherme Cossoul. Muito obrigado.” -----------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Inês Sousa Real (PAN) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito boa tarde. ------------------------------------------------------------------------------

----- Começo por saudar os Peticionários e a Sociedade de Instrução Guilherme

Cossoul, as associações em particular têm desempenhado um forte papel no

comprometimento social e no apoio e fomento da cultura também na nossa cidade.

Devemos por isso, a estender a nossa solidariedade à instituição e pedir, de facto,

apelar aqui à Câmara Municipal, à Assembleia Municipal que acompanhem esta

necessidade de encontrar um novo espaço, preferencialmente de facto, na área

geográfica onde já se encontram instalados, mantendo assim a identidade e a

proximidade da associação com os seus parceiros, e que os seus também a utentes e

filiados, porque efetivamente não nos podemos esquecer que temos vindo a falar ao

longo de várias sessões dos problemas decorrentes da pressão turística e da

valorização do património imobiliário, esta é precisamente uma das consequências, é

vermos cada vez mais associações ou entidades que se veem forçadas a sair do local

onde estão instaladas e, portanto, não basta estarmos no plano da intenção, falarmos

que queremos, de facto, manter a identidade lisboeta. ----------------------------------------

----- Temos que assim atuar em conformidade e, portanto, o PAN vem aqui manifestar

a sua solidariedade perante esta Petição e apelar de facto que se encontre uma solução

que possa harmonizar os diferentes interesses e, de facto, manter acima de tudo a

DRAFT

66

identidade e o valor histórico também daqueles parceiros que têm atuado em prol da

Sociedade. Obrigada.” -----------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigada Senhora Deputada. ---------------------------------------------------------------

----- Tem a palavra agora a Senhora Vereadora Catarina Vaz Pinto, é a intervenção

final antes da votação.” ----------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Vereadora Catarina Vaz Pinto, no uso da palavra, fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Presidente, em relação a esta questão da Guilherme

Cossoul, queria dizer que na verdade é um assunto que já nos preocupa há bastante

tempo, porque tudo aquilo que aqui foi dito é o que se tem o que se tem passado. -------

----- Na verdade já em 2009 a Guilherme Cossoul tinha a perspetiva de ter um outro

espaço, depois foi em 2011 que na Freguesia de Campolide, depois não foi possível

dar seguimento a esse projeto, na verdade ou a questão ficou um pouco, enfim, parada

porque também nada se passou ao nível dos proprietários do edifício, que várias vezes

ameaçaram, mas não concretizaram, sendo que é verdade que só apenas no último ano

a situação adquiriu um caráter de urgência e agora sim definitiva. --------------------------

----- Portanto, para nós foi claro que tínhamos que encontrar uma solução, temos tido

várias conversas com a Sociedade Guilherme Cossoul, claro que é uma Instituição que

nós acarinhamos, cuja relevância no património cultural e artístico da cidade nós

reconhecemos absolutamente, estamos cientes de todo o trabalho que ao longo das dos

seus mais de 100 anos a Guilherme Cossoul fez em prol do teatro e das artes

performativas e também por ter sido o ninho de vários grandes encenadores e atores,

lembro, por exemplo, o Raul Solnado, que foi na Guilherme Cossoul que começou a

sua carreira e, portanto, para nós é claro que é uma Instituição que tem que continuar

a existir e que nós temos que acarinhar e para a qual temos que encontrar uma

solução. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Como disse também, portanto, nos últimos meses, temos andado a fazer uma

pesquisa na cidade, inclusive também noutras Freguesias, mas estou de acordo que o

ideal será manter a Guilherme Cossoul na sua área geográfica onde sempre existiu e

também já falámos com o Senhor Presidente da Junta de Freguesia e penso que, da

nossa parte há também todo o empenho de em conjunto construímos uma solução

definitiva, tanto quanto as soluções hoje podem ser definitivas, mas de uma maior

estabilidade para a Guilherme Cossoul, com uma grande envolvimento da Junta de

Freguesia, eu quer dizer que também nós temos tido contactos com os proprietários e

temos tentado, enfim, de alguma forma não apressar a saída, de forma e que a

encontrar uma solução mais, uma transitória e depois trabalhar para a definitiva e que,

em princípio. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- Eu já tenha identificado um espaço que poderá resolver provisoriamente a

situação, não na sua plenitude, mas em articulação com outros e, portanto, vou marcar

uma reunião já na próxima semana, se calhar também com a unta e com a Sociedade

Guilherme Cossoul para então que trabalharmos nesta fase de transição que se poderá

DRAFT

67

iniciar a partir do segundo semestre deste ano e de construirmos então a solução de

fundo que permitirá, então que encontremos uma nova vida para a Guilherme

Cossoul. Muito obrigada.” -------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Vereadora. Senhores Deputados, chegámos ao final

deste da discussão deste ponto, temos agora em apreciação uma Recomendação

resulta do Relatório da 7ª Comissão permanente, é a Recomendação nº 010/003

apresentada pela 7ª. Comissão Permanente, estamos em condições de votar --------------

----- A Mesa pede aos Senhores Deputados que assumam os seus lugares. ----------------

------ Recomendação nº. 010/003 (7ª. CP) resultante da do Parecer da 7ª.

Comissão Permanente. Não há votos contra e não há abstenções, votos a favor do

PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, MPT, PAN, PEV, PPM e 8 IND. A Recomendação nº.

010/003 (7ª. CP) foi aprovada por unanimidade. -------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “Eu pedia aos Senhores Deputados Silvino Correia e Diogo Moura que se

encaminhassem para o foyer pequeno, para se poder dar por terminada a votação para

os representantes desta Assembleia Municipal no Conselho Municipal de Segurança e

para serem escrutinadores dos resultados, que serão proclamados muito em breve,

logo que… Peço desculpa, mas o escrutínio é rápido e vamos que vamos prosseguir. ---

----- Não sei se o Senhor do Deputado Diogo Moura estava inscrito para falar no

ponto que vamos ver agora a seguir, não sei se algum dos outros Senhores Deputados

do CDS-PP o pode substituir, sim? Para falar já? Certo. --------------------------------------

----- Mas primeiro, antes disso, vamos saber se há apresentação da Proposta e se há

relatório, fazemos o escrutínio só com um Senhor Deputado relator, não há problema

nenhum. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado pode voltar ao seu lugar para usar da palavra e vamos

prosseguir. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, temos agora uma Proposta de “Autorização para a Câmara

Municipal adquirir um imóvel correspondente à Vila Dias, por exercício do direito

legal de preferência”. -------------------------------------------------------------------------------

----- PONTO 7 - PROPOSTA Nº. 769/CM/2017 – APRECIAÇÃO DA

PROPOSTA 769/CM/2017 - AUTORIZAÇÃO PARA A AQUISIÇÃO DO

IMÓVEL SITO NO BECO DOS TOUCINHEIROS, CORRESPONDENTE À

DESIGNADA “VILA DIAS”, POR EXERCÍCIO DO DIREITO LEGAL DE

PREFERÊNCIA, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DA I) DO

N.º 1 DO ARTIGO 25.º DO REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS

LOCAIS, APROVADO EM ANEXO À LEI 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO,

NA REDACÇÃO ACTUAL; GRELHA-BASE – 34 MINUTOS;----------------------- ----- Parecer da 1ª Comissão Permanente. ---------------------------------------------------

----- (A Proposta 769/CM/2017 está anexada a esta Ata como Anexo XI e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

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68

----- (O Parecer da 1ª. Comissão Permanente está anexada a esta Ata como Anexo

XII e dela faz parte integrante) -------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “Pergunto à Câmara se quer fazer a apresentação da Proposta? -----------------------

----- Senhores Vereadores é a proposta conjunta, nem um nem o outro, não fazem a

apresentação da Proposta. -------------------------------------------------------------------------

----- Temos um Parecer do Senhor Deputado Fábio Sousa. Pergunto se o Senhor

Deputado quer apresentar o Parecer? O Senhor Deputado dispensa a apresentação do

Parecer. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Vamos dar a palavra aos Senhores Deputados inscritos.”-------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente dá para fazer as duas funções, muito rápido. --------------------

----- Apenas para felicitar a Câmara pela apresentação desta Proposta que vem

resolveu um problema já antigo da Vila Dias, que se encontra em avançado estado de

degradação e, portanto, queria apenas felicitar a Câmara, relembrar que nós na última

Assembleia Municipal, aprovámos, por proposta do CDS, salvaguardar o direito dos

moradores da Vila Dias após as obras de requalificação por parte da Câmara, seja do

edificado seja do espaço público, tenham direito a regressar às suas casas. Penso

também que essa medida já tinha sido assegurada ao representante dos moradores por

parte da Câmara, algo que de facto nós desconhecíamos e, portanto, também

regozijarmo-nos por esse entendimento da Câmara relativamente a estes moradores.

Obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Nádia Teixeira (MPT) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Excelentíssima Senhora Presidente da Assembleia Municipal, Senhor Presidente

da Câmara e Vereadores, Caros Colegas, Público Presente. ---------------------------------

----- No que diz respeito à Proposta 769/2017, o Partido da Terra – MPT, pretende

tecer aqui algumas considerações. ----------------------------------------------------------------

----- A centenária Vila Dias, foi erguida em 1888 com o objetivo de alojar os

operários da Fábrica de Fiação e do Tabaco de Xabregas. -----------------------------------

----- Com o gradual declínio do sector fabril do Século passado, a “Vila Dias”,

propriedade particular, foi sendo lentamente transformada, tornando-se nas últimas

décadas, num bairro popular. Desde então, tem-se verificado uma degradação física

acentuada do seu parque habitacional a que se somará, seguramente, a frustração

emocional dos moradores que colecionam promessas não cumpridas. ---------------------

----- A este propósito, cumpre referir que em Abril do ano passado, a Vila Dias foi

comprada por um investidor privado – A Sociedade Vila Dias (SVD) – com a

promessa de ali fazer um grande investimento de reabilitação, o que, se por um lado

veio reacender a esperança de quem ali vive de ver promessas de anos finalmente

concretizadas, por outro veio despoletar uma certa inquietude quanto ao valor das

rendas a serem praticadas. -------------------------------------------------------------------------

DRAFT

69

----- Neste ínterim, surgiram várias denúncias de irregularidades que levaram a

Associação de Moradores das Vilas Operárias do Beato a apelar à Câmara Municipal

para que interviesse no processo. -----------------------------------------------------------------

----- Com o intuito de responder a algumas das situações que lhe foram apresentadas,

a Câmara Municipal de Lisboa reuniu em outubro do ano passado para debater e

deliberar sobre a aquisição do imóvel sito no Beco dos Toucinheiros, correspondente

à designada “Vila Dias”, exercendo, dessa forma, o seu direito de preferência. ----------

----- Neste ponto, gostaria de referir que a Câmara Municipal de Lisboa não havia

exercido o seu direito de preferência, até então, por desconhecer, em absoluto, que a

Vila Dias ia ser vendida, facto esse que deu origem à proposta em apreciação. ----------

----- Importa ainda referir que esta Assembleia aprovou por unanimidade a

constituição da Área de Reabilitação Urbana do Vale de Chelas (ARU - Vale de

Chelas), na qual se insere o imóvel supra mencionado e dá, por esse facto, direito de

preferência ao Município na aquisição deste imóvel. -----------------------------------------

----- Face ao exposto, e não obstante a proposta em apreciação pecar por tardia, o

MPT entende que a ratificação do ato do Senhor Presidente é, não só necessária, como

fundamental para alavancar a necessária promoção e salvaguarda da identidade

patrimonial e histórica deste bairro operário, bem como da sua utilização habitacional,

dotando-o de condições de habitabilidade. ------------------------------------------------------

----- Posto isto, o Partido da Terra - MPT considera que a Câmara Municipal de

Lisboa tem de assumir, perante esta Assembleia e perante os lisboetas, um

compromisso claro e evidente de que durante o período das obras de reabilitação

concederá alojamento temporário aos moradores permanentes da Vila Dias, e que

findo esse mesmo período os mesmos poderão regressar às suas casas pagando uma

renda condizente com o seu agregado familiar e as suas condições económicas. ---------

----- Porque o Partido da Terra - MPT é um Partido de cariz fortemente humanista

como ainda há pouco referi, preocupado com os interesses da população lisboeta e, no

caso presente, dos moradores permanentes deste bairro, e porque entende que a

salvaguarda da identidade patrimonial e histórica do bairro operário conhecido por

“Vila Dias” deve ser uma prioridade deste executivo camarário, os deputados do MPT

irão acompanhar favoravelmente a proposta em discussão. Muito Obrigado!” -----------

----- A Senhora Vereadora Paula Marques, no uso da palavra, fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigada Senhora Presidente, boa-tarde a todas e todos. ------------------------------

----- Eu queria só mais uma vez esclarecer, já tinha feito a este esclarecimento em

sede de Comissão quando a questão foi posta, mas queria mais uma vez deixar a claro

para toda a Assembleia que o empenho da Câmara Municipal de Lisboa na questão da

defesa dos moradores da Vila Dias é inequívoco, a ação que nós estamos hoje aqui a

apresentar de aquisição da Vila Dias é mais do que notória do empenhamento da

Câmara. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Quanto à questão da proteção dos moradores e do regresso às suas casas depois

das obras de reabilitação, que não reste qualquer dúvida, a aquisição da Vila Dias

passa a ser, a Vila Dias passará a ser, seja ele qual for o método de aquisição,

DRAFT

70

Municipal e os moradores da Vila Dias passam a ser inquilinos municipais e, portanto,

obviamente, que regressarão às suas casas, se houver necessidade que haverá, com

certeza, de fazer realojamento provisório dos moradores para fazermos as obras de

intervenção é um realojamento provisório, assim como todos os outros inquilinos da

Câmara Municipal, quando nós temos que fazer obras na propriedade Municipal são

realojados e regressam às suas casas, assim seja o seu desejo. -------------------------------

----- A única situação que não aconteceu foi na primeira intervenção que a Câmara

Municipal de Lisboa fez na defesa da Vila Dias, quando fez a demolição das casas

insalubres da zona de cima da Vila Dias e que os moradores não regressaram à Vila

Dias, porque a Vila Dias, aquele conjunto casas deixou de existir porque não tinha

condições de habitabilidade e que são hoje inquilinos municipais e nas imediações e,

portanto, o processo será sempre igual, será sempre o mesmo, portanto, que não

restem dúvidas em qual é o empenho da Câmara Municipal de Lisboa na defesa dos

moradores da Vila Dias, não há qualquer dúvida disso e tenha sido acompanhado

sempre pela Associação de Moradores e pela Junta de Freguesia do Beato. Muito

obrigada Senhora Presidente.” --------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “ Muito obrigada Senhora Vereadora. -----------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, chegámos ao fim deste ponto, estamos em condições de se

votar a proposta 769/2017, sobre a autorização para adquirir este imóvel e vou por à

votação a Proposta 769/2017. ---------------------------------------------------------------------

----- A Proposta 769/CM/2017 não tem votos contra e não tem abstenções. Votos a

favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, MPT, PAN, PEV, PPM e 8 IND. A Proposta

769/CM/2017 foi aprovada por unanimidade. -----------------------------------------------

----- PONTO 3 - ELEIÇÃO DE REPRESENTANTES PARA O CONSELHO

MUNICIPAL DE SEGURANÇA DE LISBOA - 8 PRESIDENTES DE JUNTA

DE FREGUESIA E 17 PERSONALIDADES DE RECONHECIDA

IDONEIDADE, INDICADOS PELOS GRUPOS MUNICIPAIS SEGUNDO O

MÉTODO DE HONDT E AO ABRIGO DO DISPOSTO NAS ALÍNEAS F) E S)

DO N.º1 DO ARTIGO 4.º DO REGULAMENTO DO RESPECTIVO

CONSELHO (APROVADO PELA DELIBERAÇÃO N.º 55/AM/99, COM A

ALTERAÇÃO INTRODUZIDA PELA DELIBERAÇÃO N.º 51/AM/2003,

PUBLICADAS NO BOLETIM MUNICIPAL N.º 283, DE 22 DE JULHO DE

1999, E NO SUPLEMENTO AO BOLETIM MUNICIPAL N.º 463, DE 2 DE

JANEIRO DE 2003); ----------------------------------------------------------------------------- ------ Eleitos: ----------------------------------------------------------------------------------------

------ 8 Presidentes de Junta de Freguesia: ---------------------------------------------------

----- Grupo Municipal do PS --------------------------------------------------------------------

----- Carla Cristina Ferreira Madeira -------------------------------------------------------------

----- Davide Miguel Santos Amado --------------------------------------------------------------

----- Margarida Carmén Nazaré Martins---------------------------------------------------------

----- Ana Maria Gaspar Marques -----------------------------------------------------------------

----- André Nunes de Almeida Couto ------------------------------------------------------------

DRAFT

71

----- Grupo Municipal do PSD ------------------------------------------------------------------

----- Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa --------------------------------------------------

----- Luis Pedro Alves Caetano Newton Parreira -----------------------------------------------

----- Grupo Municipal do PCP ------------------------------------------------------------------

----- Fábio Martins de Sousa ----------------------------------------------------------------------

----- 17 Cidadãos de reconhecida idoneidade: -----------------------------------------------

----- 9 Indicados pelo GM do PS: ---------------------------------------------------------------

----- António Dias Baptista ------------------------------------------------------------------------

----- André Valentim -------------------------------------------------------------------------------

----- Nuno Ferreira Pintão -------------------------------------------------------------------------

----- António Nunes ---------------------------------------------------------------------------------

----- Manuel Brito -----------------------------------------------------------------------------------

----- Duarte Sapeira ---------------------------------------------------------------------------------

----- Ludovico Jara Franco -------------------------------------------------------------------------

----- Pedro Ângelo ----------------------------------------------------------------------------------

----- Miguel Marques -------------------------------------------------------------------------------

----- 3 Indicados pelo GM do PSD: -------------------------------------------------------------

----- José Cal Gonçalves ---------------------------------------------------------------------------

----- Rosa Maria Carvalho da Silva --------------------------------------------------------------

----- Sérgio Azevedo -------------------------------------------------------------------------------

----- 2 Indicados pelo GM do CDS-PP: -------------------------------------------------------

----- Gabriel Maria Simplício Baptista Fernandes ---------------------------------------------

----- Alberto António Rodrigues Coelho --------------------------------------------------------

----- 1 Indicado pelo GM do PCP: -------------------------------------------------------------

----- Major General José Hermínio Estêvão Alves ------------------------------------------

----- 1 indicado pelo GM do BE: ----------------------------------------------------------------

----- Mamadou Baila Ba ---------------------------------------------------------------------------

----- 1 Indicado pelo GM do PPM: -------------------------------------------------------------

----- Paulo Vitorino ---------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

-----“ Vamos passar, antes de passar à proposta seguinte, dar conhecimento do

apuramento da Eleição para os Representantes da Assembleia Municipal no

Conselho Municipal de Segurança, os Senhores Escrutinadores já me vieram aqui

trazer os resultados e ele é o Seguinte e vou proclamá-lo: ------------------------------------

-----Votaram 67 Senhores Deputados Municipais; ---------------------------------------------

-----Votos a favor, 56; ------------------------------------------------------------------------------

----- Votos contra 5; --------------------------------------------------------------------------------

----- Abstenções 6; ----------------------------------------------------------------------------------

----- Não há votos brancos e nem há votos nulos; ----------------------------------------------

----- Portanto, a lista está aprovada por maioria e será naturalmente agora dado

conhecimento ao Senhor Presidente do Conselho Municipal de Segurança, para se

poder proceder à Convocatória do Órgão. ------------------------------------------------------

DRAFT

72

----- Vamos passar à proposta 784/2017, a aquisição pelo Município também por

direito de preferência de dois imóveis sítios na Rua das Barracas. --------------------------

----- PONTO 8 - PROPOSTA Nº. 784/CM/2017 - APRECIAÇÃO DA

PROPOSTA 784/CM/2017 - AQUISIÇÃO PELO MUNICÍPIO DE DOIS

IMÓVEIS SITOS NA RUA DAS BARRACAS, N.º 82, TORNEJANDO PARA O

BECO DO FÉLIX, N.º 4 E 6, E NO BECO DO PETINGUIM N.ºS 31 E 33,

BECO DO FÉLIX N.º 1, POR EXERCÍCIO DO DIREITO LEGAL DE

PREFERÊNCIA, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DA I) DO N.º

1 DO ARTIGO 25.º DO REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS,

APROVADO EM ANEXO À LEI 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, NA

REDACÇÃO ACTUAL; GRELHA-BASE – 34 MINUTOS; ------------------------------- ---- Parecer da 1ª Comissão Permanente. ----------------------------------------------------

----- (A Proposta 784/CM/2017 está anexada a esta Ata como Anexo XIII e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da 1ª Comissão Permanente está anexado a esta Ata como Anexo

XIV e dela faz parte integrante) ------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “Pergunto se os Senhores Vereadores proponentes querem apresentar a proposta?

O Senhor Vereador Manuel Salgado dispensa e a Senhora Vereadora Paula Marques

também? A Senhora Vereadora Paula Marques quer usar da palavra.”---------------------

----- A Senhora Vereadora Paula Marques, no uso da palavra, fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

----- “ Senhora Presidente obrigada, queria só reforçar que a aquisição destes imóveis,

na Rua das barracas é para a concluir aquilo que é o nosso processo de intervenção do

Programa de Renda Acessível numa zona central da cidade para prover habitação

arrendamento acessível às pessoas da cidade de Lisboa e que queiram viver e que

queiram regressar à cidade de Lisboa. -----------------------------------------------------------

----- Dizer também que ao contrário de outras circunstâncias em que a Câmara esteve,

que muito se tem falado sobre a questão da alienação de património da Câmara, eu

gostava de deixar referido e que fique claro que esta ação da Câmara é no sentido

contrário, é da aquisição de património para podermos associar àquilo que é o

Programa de Renda Acessível, mais unidades de habitação na cidade de Lisboa e,

portanto, quando se faz a referência de que a Câmara aliena património, e é verdade

que tenha alienado, estamos hoje num momento exatamente inverso, de aquisição de

património para poder responder às questões da habitação. Obrigada Senhora

Presidente.” ------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “ Muito obrigada Senhora Vereadora, a Proposta tem um Parecer da 1ª Comissão

Permanente. Pergunto ao Senhor Relator se quer apresentar o Parecer? O Senhor

Deputado Fábio Sousa dispensa apresentação do Parecer. -----------------------------------

----- Senhores Deputados, a Mesa não regista inscrições para a apreciação desta

Proposta, pelo que vamos desde já passar à votação. ------------------------------------------

DRAFT

73

------ A Proposta nº. 784/CM/2017 não tem votos contra, abstenções do CDS-PP,

MPT e PPM. Votos a favor do PS, PSD, PCP, BE, PAN, PEV e 7 IND. A Proposta

784/CM/2017 foi aprovada por maioria. ------------------------------------------------------

----- (Ausência de um Deputado(a) Municipal Independente nesta votação) --------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “Senhores Deputados, está encerrada a Sessão. Muito obrigada.” ---------------------

----- A sessão terminou, eram dezoito horas e quarenta e cinco minutos. ------------------

----- Nota: As propostas votadas na presente reunião foram aprovadas, em minuta, nos

termos da deliberação n.º 353/AM/2018 tomada pela Assembleia, por unanimidade,

na reunião realizada no dia 21 de Novembro de 2018. ----------------------------------------

----- Eu ______________________________, a exercer funções no Gabinete de

Apoio à Assembleia Municipal lavrei a presente ata que também assino, nos termos

do disposto no n.º 2 do art.º 57.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, do

n.º 2 do art.º 90.º do Regimento da Assembleia Municipal de Lisboa e do despacho da

Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa exarado em 6 de Novembro

de 2017 na folha de rosto anexa à Proposta n.º 1/SMAM/2017. -----------------------------

---------------------------------------A PRESIDENTE --------------------------------------------