assembleia municipal de lisboa mandato 2013-2017 …vasco andré lopes alves veiga morgado. -----...

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1 ------------------------ ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ----------------------- -------------------------------------Mandato 2013-2017 ------------------------------------------ ----- PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA - SEGUNDA REUNIÃO REALIZADA EM VINTE E DOIS DE ABRIL DE DOIS MIL E CATORZE ------------------------- -------------------------------ATA NÚMERO VINTE E TRÊS ------------------------------ ----- Aos vinte e dois dias do mês de abril de dois mil e catorze, em cumprimento da respetiva convocatória e ao abrigo do disposto nos artigos vigésimo sétimo e trigésimo do Anexo I da Lei número setenta e cinco de dois mil e treze, de doze de setembro, e nos artigos vigésimo quinto e trigésimo sexto do seu Regimento, reuniu a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua Sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, em Sessão Ordinária, sob a presidência da sua Presidente efetiva, Excelentíssima Senhora Maria Helena do Rego da Costa Salema Roseta, coadjuvada pelo Excelentíssimo Senhor José Maximiano Albuquerque Almeida Leitão e pela Excelentíssima Senhora Margarida Maria Moura Alves da Silva de Almeida Saavedra, respetivamente Primeiro Secretário e Segunda Secretária. ----------------------------------------------------- ----- Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados na Mesa da Assembleia, os seguintes Deputados Municipais: --------------------------------------------- ----- Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana Maria Gaspar Marques, Ana Maria Lopes Figueiredo Páscoa Baptista, Ana Sofia Soares Ribeiro de Oliveira Dias, André Nunes de Almeida Couto, António Manuel de Freitas Arruda, António Modesto Fernandes Navarro, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Augusto Miguel Gama Antunes Albuquerque, Belarmino Ferreira Fernandes da Silva, Cláudia Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, Cristina Maria da Fonseca Santos Bacelar Begonha, Daniel da Conceição Gonçalves da Silva, Diogo Feijó Leão Campos Rodrigues, Fábio Martins de Sousa, Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Floresbela Mendes Pinto, Hugo Alberto Cordeiro Lobo, Hugo Filipe Xambre Bento Pereira, Inês de Drummond Ludovice Mendes Gomes, João Alexandre Henriques Robalo Pinheiro, Joaquim Maria Fernandes Marques, José Alberto Ferreira Franco, José António Cardoso Alves, José António Nunes do Deserto Videira, José Luís Sobreda Antunes, José Manuel Marques Casimiro, José Manuel Rodrigues Moreno, José Roque Alexandre, Luís Pedro Alves Caetano Newton Parreira, Mafalda Ascensão Cambeta, Manuel Malheiro Portugal de Nascimento Lage, Margarida Carmen Nazaré Martins, Maria da Graça Resende Pinto Ferreira, Maria Elisa Madureira Carvalho, Maria Irene dos Santos Lopes, Maria Luísa de Aguiar Aldim, Maria Simoneta Bianchi Aires de Carvalho Luz Afonso, Maria Sofia Mourão de Carvalho Cordeiro, Miguel Alexandre Cardoso Oliveira Teixeira, Miguel Farinha dos Santos da Silva Graça, Miguel Nuno Ferreira da Costa Santos, Natalina Nunes Esteves Pires Tavares de Moura, Patrocínia Conceição Alves Rodrigues Vale César, Pedro Filipe Mota Delgado Simões Alves, Pedro Miguel de Sousa Barrocas Martinho Cegonho, Ricardo Amaral Robles, Ricardo Manuel Azevedo Saldanha, Rosa Maria Carvalho da Silva, Rui Paulo da Silva Soeiro Figueiredo, Rute Sofia Florêncio Lima de Jesus, Sérgio Sousa Lopes Freire de Azevedo, Victor Manuel Dias Pereira Gonçalves, Maria Cândida Rio de Freitas

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Page 1: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA Mandato 2013-2017 …Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado. ----- Fizeram-se substituir, ao abrigo do disposto no artigo 78ª da Lei nº169/99 de 18

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------------------------ ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA -----------------------

-------------------------------------Mandato 2013-2017 ------------------------------------------

----- PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA - SEGUNDA REUNIÃO REALIZADA

EM VINTE E DOIS DE ABRIL DE DOIS MIL E CATORZE ------------------------- -------------------------------ATA NÚMERO VINTE E TRÊS ------------------------------

----- Aos vinte e dois dias do mês de abril de dois mil e catorze, em cumprimento da

respetiva convocatória e ao abrigo do disposto nos artigos vigésimo sétimo e trigésimo

do Anexo I da Lei número setenta e cinco de dois mil e treze, de doze de setembro, e

nos artigos vigésimo quinto e trigésimo sexto do seu Regimento, reuniu a Assembleia

Municipal de Lisboa, na sua Sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, em

Sessão Ordinária, sob a presidência da sua Presidente efetiva, Excelentíssima Senhora

Maria Helena do Rego da Costa Salema Roseta, coadjuvada pelo Excelentíssimo

Senhor José Maximiano Albuquerque Almeida Leitão e pela Excelentíssima Senhora

Margarida Maria Moura Alves da Silva de Almeida Saavedra, respetivamente

Primeiro Secretário e Segunda Secretária. -----------------------------------------------------

----- Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados na Mesa da

Assembleia, os seguintes Deputados Municipais: ---------------------------------------------

----- Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana Maria Gaspar Marques, Ana

Maria Lopes Figueiredo Páscoa Baptista, Ana Sofia Soares Ribeiro de Oliveira Dias,

André Nunes de Almeida Couto, António Manuel de Freitas Arruda, António

Modesto Fernandes Navarro, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Augusto

Miguel Gama Antunes Albuquerque, Belarmino Ferreira Fernandes da Silva, Cláudia

Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, Cristina Maria da Fonseca Santos Bacelar

Begonha, Daniel da Conceição Gonçalves da Silva, Diogo Feijó Leão Campos

Rodrigues, Fábio Martins de Sousa, Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp,

Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Floresbela Mendes Pinto, Hugo Alberto

Cordeiro Lobo, Hugo Filipe Xambre Bento Pereira, Inês de Drummond Ludovice

Mendes Gomes, João Alexandre Henriques Robalo Pinheiro, Joaquim Maria

Fernandes Marques, José Alberto Ferreira Franco, José António Cardoso Alves, José

António Nunes do Deserto Videira, José Luís Sobreda Antunes, José Manuel Marques

Casimiro, José Manuel Rodrigues Moreno, José Roque Alexandre, Luís Pedro Alves

Caetano Newton Parreira, Mafalda Ascensão Cambeta, Manuel Malheiro Portugal de

Nascimento Lage, Margarida Carmen Nazaré Martins, Maria da Graça Resende Pinto

Ferreira, Maria Elisa Madureira Carvalho, Maria Irene dos Santos Lopes, Maria Luísa

de Aguiar Aldim, Maria Simoneta Bianchi Aires de Carvalho Luz Afonso, Maria

Sofia Mourão de Carvalho Cordeiro, Miguel Alexandre Cardoso Oliveira Teixeira,

Miguel Farinha dos Santos da Silva Graça, Miguel Nuno Ferreira da Costa Santos,

Natalina Nunes Esteves Pires Tavares de Moura, Patrocínia Conceição Alves

Rodrigues Vale César, Pedro Filipe Mota Delgado Simões Alves, Pedro Miguel de

Sousa Barrocas Martinho Cegonho, Ricardo Amaral Robles, Ricardo Manuel

Azevedo Saldanha, Rosa Maria Carvalho da Silva, Rui Paulo da Silva Soeiro

Figueiredo, Rute Sofia Florêncio Lima de Jesus, Sérgio Sousa Lopes Freire de

Azevedo, Victor Manuel Dias Pereira Gonçalves, Maria Cândida Rio de Freitas

Page 2: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA Mandato 2013-2017 …Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado. ----- Fizeram-se substituir, ao abrigo do disposto no artigo 78ª da Lei nº169/99 de 18

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Cavaleiro Madeira, Patrícia de Oliveira Caetano Barata, Nelson Pinto Antunes, Isabel

Cristina Rua Pires, João Diogo Santos Moura, Margarida Mota, Igor Boal Roçadas,

Ana Paula da Silva Viseu, Alberto Francisco Bento, Margarida Morais, Ana Rita

Teles Patrocínio Silva, José Vitor dos Reis, Luis Graça Gonçalves, Natacha Machado

Amaro e Rui Manuel Moreira Vidal Simões. ---------------------------------------------------

----- Faltaram à reunião os seguintes Deputados Municipais: --------------------------------

----- Miguel Tiago Crispim Rosado, Tiago Miguel de Albuquerque Nunes Teixeira e

Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado. ----------------------------------------------------

----- Fizeram-se substituir, ao abrigo do disposto no artigo 78ª da Lei nº169/99 de 18

de Setembro, com a redação dada pela Lei 5-A/2002, de 11 de Janeiro, o qual se

mantém em vigor por força do disposto, à contrario sensu, na alínea d) do n.º1 do

artigo 3º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do artigo 8º do Regimento da

Assembleia Municipal de Lisboa, os seguintes Deputados Municipais: --------------------

----- João Valente Pires (PS), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada

Municipal Maria Cândida Cavaleiro Madeira. -------------------------------------------------

----- Rita Neves (PS), por um dia, tendo sido substituída pela Deputada Municipal

Margarida Mota. ------------------------------------------------------------------------------------

----- Sandra Paulo (PS), por um dia, tendo sido substituída pela Deputada Municipal

Ana Paula Viseu. ------------------------------------------------------------------------------------

----- Carlos Barbosa (PSD), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada

Municipal Patrícia Caetano Barata. --------------------------------------------------------------

----- João Manuel Costa de Magalhães Pereira (PSD), por um dia, tendo sido

substituído pelo Deputado Municipal Nelson Pinto Antunes. --------------------------------

----- Rodrigo Gonçalves da Silva (PSD), por um dia, tendo sido substituído pelo

Deputado Municipal Luis Graça Gonçalves. ---------------------------------------------------

----- Carlos Silva Santos (PCP), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado

Municipal Vitor Reis. ------------------------------------------------------------------------------

----- Deolinda Carvalho Machado (PCP), por um dia, tendo sido substituída pela

Deputada Municipal Natacha Amaro. -----------------------------------------------------------

----- Mariana Mortágua (BE), por um dia, tendo sido substituída pela Deputada

Municipal Rita Silva. -------------------------------------------------------------------------------

----- Telmo Correia (CDS-PP), entre 21 e 24 de abril de 2014, tendo sido substituído

pelo Deputado Municipal João Diogo Moura. --------------------------------------------------

----- Fernando Nunes da Silva (IND), por um dia, tendo sido substituído pelo

Deputado Municipal Rui Vidal Simões. ---------------------------------------------------------

----- Davide Amado (PS), Presidente da Junta de Freguesia de Alcântara, por um dia,

tendo sido substituído por Ana Margarida de Morais. ----------------------------------------

----- André Moz Caldas (PS), Presidente da Junta de Freguesia de Alvalade, por um

dia, tendo sido substituído por Igor Boal Roçadas. -------------------------------------------

----- Carla Cristina Ferreira Madeira (PS), Presidente da Junta de Freguesia da

Misericórdia, por um dia, tendo sido substituído por Alberto Francisco Bento. ----------

----- Solicitaram a suspensão de mandato, que foi apreciada e aceite pelo Plenário da

Assembleia Municipal nos termos do disposto no artigo 77º da Lei 169/99, de 18 de

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setembro, com a redação dada pela Lei 5-A/2002, de 11 de Janeiro, o qual se mantém

em vigor por força do disposto, à contrario sensu, na alínea d) do n.º1 do artigo 3º da

Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do artigo 7º do Regimento da da Assembleia

Municipal, os seguintes Deputados Municipais: -----------------------------------------------

----- Ana Drago (BE), entre 23 de janeiro de 2014 e 23 de abril de 2014, tendo sido

substituída pela Deputada Municipal Isabel Pires. ---------------------------------------------

----- A Câmara esteve representada pelos Senhores Vereadores: Manuel Salgado,

Carlos Castro, Duarte Cordeiro, Jorge Máximo e João Afonso. -----------------------------

----- Estiveram ainda presentes os Senhores Vereadores da oposição: Fernando Seara,

João Gonçalves Pereira, Carlos Moura, António Prôa e Paulo Quaresma. -----------------

----- Às quinze horas e vinte minutos, constatada a existência de quórum, a Senhora

Presidente declarou aberta a reunião. -----------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “Eventualmente a reunião hoje será mais breve, porque há uma proposta que nós

tínhamos no ponto 4 da nossa ordem de trabalhos e que tem a ver com a delegação de

competências para as Comissões de Proteção de Crianças e Jovens, que não pode ser

apreciada hoje porque ainda não foi apreciada na Câmara. Estava dependente de uma

alteração orçamental que ainda não teve lugar, pelo que o ponto 3, que são os

relatórios da CPCJ, será também adiado, para serem as duas propostas vistas na

mesma reunião. --------------------------------------------------------------------------------------

----- Em compensação temos um aditamento que eu mandei distribuir por todos os

Senhores Deputados Municipais, que é uma proposta sobre a realização do debate

temático para os transportes e que iremos pôr à consideração. É um assunto que já foi

falado aqui várias vezes, mas tem que começar formalmente pela aprovação de uma

proposta.” --------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------- PERÍODO DA ORDEM DO DIA -------------------------------

----- PONTO 1 - PROPOSTA Nº 878/2013 - DELIBERAR SOBRE A

PROPOSTA N.º 66/2013, REENVIADA PELA PROPOSTA N.º 878/2013 À

ASSEMBLEIA MUNICIPAL, RELATIVA “À DESAFETAÇÃO DO DOMÍNIO

PÚBLICO MUNICIPAL DE UMA PARCELA DE TERRENO, SITA NA

AVENIDA 5 DE OUTUBRO, E PERMUTA DA MESMA PARCELA PELO

PRÉDIO PARTICULAR SITO NA AVENIDA 5 DE OUTUBRO N.ºS 203 E 205,

APROVADA EM REUNIÃO DE CÂMARA DURANTE O MANDATO

TRANSATO, NOS TERMOS DA PROPOSTA”, AO ABRIGO DO DISPOSTO

NAS ALÍNEAS I) E Q) DO N.º 1 DO ARTIGO 25.º DO ANEXO I À LEI N.º

75/2013, DE 12 DE SETEMBRO; (2X34 MINUTOS – GRELHA BASE); ------------- ----- (A Proposta nº 878/2013 fica anexada a esta Ata como anexo I e dela faz parte

integrante) --------------------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da Comissão Permanente de Ordenamento do Território, Urbanismo,

Reabilitação Urbana, Habitação e Desenvolvimento Local, relativo à Proposta

nº878/2013, fica anexado a esta Ata como anexo II e dela faz parte integrante) ---------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

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----- “Esta proposta já está na Assembleia há uns meses, levantou algumas dúvidas.

Nós temos para a discutir uma grelha que permite à Câmara fazer a sua apresentação e

dizer o que entende. Depois irei perguntar à Terceira Comissão Permanente o que é

que pensa e depois teremos as intervenções dos Grupos Municipais.” ---------------------

----- O Senhor Vereador Manuel Salgado: ---------------------------------------------------

----- “Vale a pena fazer um pequeno historial desta proposta. -------------------------------

----- Esta proposta foi negociada com o proprietário do edifício e da parcela de

terreno, foi negociada a sua permuta e essa negociação iniciou-se em 2009, quando

vigorava o PDM que tinha sido publicado em 1994. Depois dessa negociação muita

coisa mudou, nomeadamente foi publicado em dezembro de 2012 o novo PDM, que

estabelece regras diferentes para a edificabilidade naquela zona e, mais importante

que isso, foi aprovado pela Assembleia Municipal o Regulamento de Incentivos a

Operações Urbanísticas, que permite acréscimos de edificabilidade desde que se

cumpram determinados objetivos definidos pelo Município. --------------------------------

----- Feito este breve enquadramento, li com atenção o parecer da Comissão de

Urbanismo sobre esta proposta e constato que de uma forma geral todas as forças

políticas referem o facto da parcela municipal poder ter um aproveitamento superior

àquele que foi considerado na permuta. Desde o BE até ao CDS, todas as forças

políticas, com exceção do PS, referiram essa possibilidade. Na realidade, como referi,

de acordo com os novos instrumentos de gestão urbanística e com o Regulamento de

Créditos, essa possibilidade existe. ---------------------------------------------------------------

----- Em face dessa situação, a Câmara propõe retirar a proposta, volta à Câmara para

ser reformulada e posteriormente submetida à apreciação da Assembleia Municipal.” --

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “O Senhor Vereador acaba de anunciar a sua intenção de retirar a proposta, pelo

que não teremos uma votação no fim, mas há Senhores Deputados Municipais

inscritos que gostariam de falar sobre esta matéria.” ------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Victor Gonçalves (PSD), Presidente da

Comissão Permanente de Ordenamento do Território, Urbanismo, Reabilitação

Urbana, Habitação e Desenvolvimento Local: -------------------------------------------------

----- “A proposta foi retirada e ainda bem. Nós congratulamo-nos com isso, na medida

em que isso perspetiva que vai ser reformulada dentro de princípios diferentes

daqueles em que foi feita. Eu acho que não tem mais discussão. Agora devemos

aguardar que a Câmara nos traga outra versão, esperemos que melhor, para depois

tomarmos uma decisão. ----------------------------------------------------------------------------

----- Eu penso que qualquer intervenção nesta fase, depois desta decisão do Senhor

Vereador Manuel Salgado, só ia prejudicar o possível futuro entendimento para

resolver este problema. Portanto, aconselho vivamente a que seja excluída qualquer

intervenção sobre esta matéria e aguardar que no futuro a proposta que a Câmara nos

trouxer seja o mais possível do nosso agrado. --------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ------------------------------------------------------------------------

----- Queria só aqui referir que o parecer da Terceira Comissão terminava com as

seguintes conclusões: -------------------------------------------------------------------------------

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----- “Ponto 1 – Face ao exposto, verificou-se a impossibilidade de colher uma posição

unânime sobre a proposta; -------------------------------------------------------------------------

----- Ponto 2 – Considerando essa ausência de consenso, recomenda-se que a Câmara

pondere as propostas vertidas no ponto 2 deste parecer, podendo fazê-lo a todo o

momento;---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Ponto 3 – A proposta está em condições de ser apreciada e votada em plenário.” --

----- Pelos vistos, a Câmara ponderou e entendeu retirar.” -----------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (PCP): --------------------------

----- “Senhora Presidente, é uma interpelação à Mesa neste sentido: a Comissão

conhece esta proposta, já fez pelo menos dois pareceres. Este é diferente do anterior, é

mais substancial e colocou questões à Câmara Municipal. A Câmara respondeu, nós

avaliámos a resposta e fizemos o nosso trabalho. ----------------------------------------------

----- Neste momento, perante a posição da Câmara de retirar a proposta, não resta

mais discussão, é esperarmos, aguardarmos as alterações a introduzir na proposta e ela

virá à Comissão, depois haverá condições para intervir no plenário.” ----------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “É razoável o que o Senhor Deputado Municipal acaba de dizer. Sucede que esta

manhã, em conferência de representantes, não sabíamos se a Câmara ia retirar a

proposta ou não, essa informação foi-nos dada neste momento. -----------------------------

----- O que combinámos foi que não haveria votação se a Câmara retirasse a proposta,

mas se algum Senhor Deputado Municipal quisesse falar teria esse direito. Se os

Senhores Deputados Municipais não concordarem com essa posição terei que colocar

à discussão, se podemos ouvir os Senhores Deputados Municipais que se inscreveram

ou não. ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Isto foi o que ficou combinado, porque se nos tivessem avisado mais cedo que a

Câmara ia retirar a proposta, naturalmente que não teríamos decidido assim.” -----------

----- O Senhor Deputado Municipal Victor Gonçalves (PSD): --------------------------

----- “É natural que os Senhores Deputados Municipais se tivessem inscrito na

perspetiva de vir a discutir a proposta, mas a partir do momento em que a proposta foi

retirada, ela deixou de existir enquanto tal na Assembleia. Quem tem competência

para propor à Assembleia qualquer tipo de proposta é a Câmara, se a Câmara retira

nós vamos aguardar que ela venha cá de novo para depois termos todos oportunidade

de dar o nosso parecer sobre ela. -----------------------------------------------------------------

----- Eu até fico muito satisfeito que a Câmara o tenha feito, porque eu era muito

crítico em relação à proposta, como a Senhora Presidente bem sabe.” ---------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “Agradeço o seu esclarecimento. No entanto, a combinação que tivemos em

conferência de representantes não foi essa e a Mesa sente-se na obrigação neste

momento de devolver a questão ao plenário. ---------------------------------------------------

----- A questão que coloco é muito simples, uma vez que a Câmara retirou a proposta,

se deve a Assembleia ouvir os Deputados Municipais que estão inscritos sobre ela.

Esta é a pergunta que eu vou pôr à votação.” ---------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Rui Paulo Figueiredo (PS): ------------------------

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----- “Na linha do que nós já temos reiterado aqui em plenário, nós achamos que sendo

pertinente aquilo que foi colocado pelo Senhor Deputado Municipal Victor Gonçalves

e também pelo Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro, de todo o modo a

Senhora Presidente tem razão em relação ao entendimento que foi expresso na

conferência de líderes. Aí não foi expressamente dito que a Câmara iria retirar a

proposta e foi acordado que mesmo que essa situação se viesse a verificar, porque era

uma possibilidade, cada grupo municipal que se quisesse inscrever para explicitar as

matérias poderia fazê-lo. ---------------------------------------------------------------------------

----- Por maioria de razão, se fosse decidido não se ler o parecer da Comissão, porque

a Senhora Presidente fez referência a isso quando falou do ponto 2, expressamente

acaba por referir as posições dos diferentes partidos. -----------------------------------------

----- Aquilo que eu tenho sempre dito noutras propostas é o que também vale para

aqui. Aquilo que é combinado na conferência de líderes e que tem o acordo da

Câmara Municipal vale também para plenário. Nós vamos votar favoravelmente que o

Senhor Deputado Municipal do BE se possa inscrever, embora seja pertinente aquilo

que foi dito, mas a Senhora Presidente tem razão, foi o combinado por todos e aceite

por todos, inclusivamente pela Câmara Municipal, na conferência de líderes e o que é

aí combinado deve ser aceite. ---------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ------------------------------------------------------------------------

----- Em todo o caso, o Regimento permite a todo o momento os Senhores Deputados

Municipais recorrerem das decisões da Mesa e a conferência de líderes, como sabem,

não é deliberativa, é um órgão consultivo da Mesa. A Mesa tomou esta decisão e pode

ser sempre recorrida.” ------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Ricardo Robles (BE): -------------------------------

----- “Uma interpelação à Mesa sobre esta questão. -------------------------------------------

----- Confirmando o que foi relatado sobre a decisão da conferência de líderes, de

facto estávamos preparados para discutir hoje esta proposta e o Executivo resolveu

retirá-la. Julgo que deve haver espaço para que as forças políticas, assim o querendo,

possam pronunciar-se sobre a proposta, fazendo os comentários que entenderem, e

sobre a própria atitude do Executivo em retirar a proposta, porque isso é um dado

novo e pode haver lugar a comentários e posições políticas das várias forças aqui

representadas.” --------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “Não vejo mais pedidos de palavra e a Mesa vai colocar à vossa consideração a

questão que tinha decidido no sentido de dar a palavra aos Senhores Deputados

Municipais e, havendo uma contestação da nossa decisão, a Mesa põe à votação um

recurso da nossa decisão nos seguintes termos: vou perguntar quem é que não

concorda que seja dada a palavra aos Senhores Deputados Municipais agora, uma vez

que a Câmara retirou a proposta.” ----------------------------------------------------------------

----- Seguidamente submeteu à votação, tendo a Assembleia produzido o seguinte

resultado: ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Não concordam – PSD, PCP e PEV; -------------------------------------------------------

----- Concordam – PS, BE, PAN, PNPN e 6 IND; ---------------------------------------------

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----- Abstenções: CDS-PP, MPT e 1PS. ---------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Ricardo Robles (BE): -------------------------------

----- “Sobre a votação que acabámos de ter, um breve comentário. Acho que abrimos

um grave precedente quando tivermos em discussão nesta Assembleia propostas e

temas, em que por alguma razão o Executivo as retirar, não possa haver comentários

dos Deputados Municipais eleitos. Parece-me que houve uma votação que valeu pela

aprovação, mas que vai no mau sentido do que é enriquecer a democracia nesta

câmara. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Sobre a proposta propriamente dita serei muito rápido, visto que a posição do

Executivo foi de retirar a proposta, mas gostaria de deixar registado que, como foi dito

e bem pelo Senhor Vereador, houve uma larga maioria que excluiu apenas o PS na

Comissão de Urbanismo e que mencionou o facto da permuta não ter uma equidade

que defenda o interesse público e o interesse municipal. De facto, esse foi o ponto

fundamental que está fixado no ponto 2 do parecer, onde estão vertidas as várias

posições dos grupos municipais, em que é registado que a parcela municipal tem uma

edificabilidade de 6762 metros quadrados e o lote particular de 3000. Portanto, há

uma diferença superior a 50%, em que há um grave prejuízo para o interesse

municipal e portanto, não fosse só por isso, já se justificava uma reapreciação da

proposta. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Naturalmente que saudamos esta posição do Executivo de a retirar e fazemos

votos para que a reapreciação e a reformulação da proposta seja no sentido deste

reequilíbrio na valorização das duas parcelas, porque tal como estava era de grave

prejuízo para o interesse municipal.” ------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “A Mesa faz um apelo à bancada do Executivo para que, quando tiverem

intenção de retirar propostas, avisem pelo menos a tempo da conferência de

representantes, porque facilita a organização dos nossos trabalhos.” -----------------------

----- PONTO 2 - PROPOSTA Nº 48/2014 - DELIBERAR SOBRE A

DESAFETAÇÃO DO DOMÍNIO PÚBLICO PARA O DOMÍNIO PRIVADO

DO MUNICÍPIO DE UMA PARCELA DE TERRENO, SITA NO CAMPO DAS

CEBOLAS E A CONSTITUIÇÃO EM DIREITO DE SUPERFÍCIE SOBRE

PARCELA DE TERRENO SITA NO MESMO LOCAL, COM DESTINO

EXCLUSIVO À CONSTRUÇÃO E EXPLORAÇÃO DE PARQUE DE

ESTACIONAMENTO EM SUBSOLO A FAVOR DA EMEL – EMPRESA

PÚBLICA MUNICIPAL DE MOBILIDADE E ESTACIONAMENTO DE

LISBOA, E.E.M., BEM COMO SOBRE A MINUTA DE CONTRATO

PROGRAMA, NOS TERMOS DA PROPOSTA, AO ABRIGO DO DISPOSTO

NAS ALÍNEA I) E Q) DO N.º 1 DO ARTIGO 25º DO ANEXO I À LEI N.º 75/2013,

DE 12 DE SETEMBRO; (2 X 34 MINUTOS – GRELHA BASE) ----------------------- ----- (A Proposta nº 48/2014 fica anexada a esta Ata como anexo III e dela faz parte

integrante) --------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Parecer da Comissão Permanente de Finanças, Património e Recursos

Humanos fica anexado a esta Ata como anexo IV e dela faz parte integrante) -----------

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----- (O Parecer da Comissão Permanente de Mobilidade e Segurança fica anexado a

esta Ata como anexo V e dela faz parte integrante) -------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “Esta proposta também já está cá há algum tempo. Ela foi submetida à apreciação

de duas Comissões Permanentes, a Comissão de Património e a Comissão de

Mobilidade.” -----------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vereador Manuel Salgado: ---------------------------------------------------

----- “Esta proposta já cá esteve no passado com contornos diferentes e na altura foi

rejeitada pela Assembleia Municipal. A proposta consiste em construir um parque de

estacionamento na zona do Campo das Cebolas.-----------------------------------------------

----- Eu recordo que dos estudos que fizemos sobre as necessidades de estacionamento

na Baixa Pombalina constatou-se que é a zona sul/nascente da Baixa, a zona junto ao

Campo das Cebolas, aquela onde existe maior carência de lugares de estacionamento.

Na zona oposta temos o parque da Praça do Município, temos inaugurado

recentemente um parque particular no Largo da Boa Hora, depois temos do lado

nascente o parque do Mercado Chão de Loureiro, que está ligado por um elevador à

Rua da Prata, e mais a norte os parques dos Restauradores, da Praça da Figueira e do

Martim Moniz. --------------------------------------------------------------------------------------

----- É exatamente nesta zona junto ao Campo das Cebolas que mais se faz sentir a

carência de lugares de estacionamento, seja para residentes, seja para comércio, como

hoje se verifica naquele terrapleno junto à estação de Sul/Sueste, que principalmente à

noite está repleto de viaturas. Sucede que esse terrapleno está destinado a ser

reorganizado como interface de transportes, para estacionamento de autocarros que

fazem depois a ligação com os barcos e a estação do metro. ---------------------------------

----- A proposta que esteve cá anteriormente previa a construção de um piso enterrado

e mais três pisos sobrelevados em silo. Na altura a proposta foi contestada por dois

tipos de argumentos diferentes, por um lado havia argumentos que punham em causa

a construção do silo e a proximidade da parte enterrada em relação ao túnel do

metropolitano, por outro lado havia objeções pelo facto de, agregado a este parque de

estacionamento, a EMEL propor a construção de um equipamento turístico. Por estes

dois tipos de argumentos, de natureza diferente, a proposta foi recusada nesta

Assembleia. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- A proposta que neste momento está em cima da mesa é exclusivamente de

construção de um parque de estacionamento e arranjo de superfície. Este parque de

estacionamento tem 110 lugares para residentes a vinte e quatro horas por dia, 50

lugares para residentes noturnos, para um total de 230 lugares. -----------------------------

----- Não há qualquer construção com outro uso que não seja o parque de

estacionamento. O que ficou previsto foi deixar a estrutura do parque preparada para

poder vir a acolher uma ludoteca e uma creche, que são reivindicações da Associação

dos Comerciantes da Baixa. É uma necessidade sentida para aumentar o número de

residentes na Baixa. --------------------------------------------------------------------------------

----- O arranjo de superfície que está previsto é que resulta do concurso público que

foi feito para o ordenamento do Campo das Cebolas, que foi ganho pelo Arquiteto

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João Luís Carrilho da Graça e que prevê o arranjo de superfície de todo o Campo das

Cebolas, incluindo a Doca da Marinha, que passará a ser aberta ao usufruto público. ---

----- Do parecer das Comissões, que foi analisado e respondido com o apoio da

EMEL, foram levantadas várias questões. A primeira era qual o número de lugares

destinados a residentes, a que já respondi. ------------------------------------------------------

----- A segunda tinha a ver com o preço das assinaturas. O preço das assinaturas é o

mesmo que a EMEL tem em todos os parques em silo que tem na cidade. É o mesmo

que tem na Calçada do Combro e que tem no Chão do Loureiro. Resultam do estudo

económico que está apenso à proposta e, como os Senhores Deputados Municipais

sabem, as empresas municipais não podem ter prejuízo, pelo que o estudo que foi feito

equilibra as contas da EMEL. ---------------------------------------------------------------------

----- Por outro lado, era posta também uma pergunta sobre o que a EMEL pagava à

Câmara. A única coisa que a EMEL paga à Câmara é o FI contratual que está previsto

pagar e que continuará a pagar. Não há qualquer outro encargo, suportando a EMEL

todos os custos com a construção do parque. ---------------------------------------------------

----- Queria acrescentar que este parque prevê, tal como os outros parques da EMEL,

lugares de estacionamento com carregamento para veículos elétricos e está previsto

também, neste caso concreto, um espaço destinado ao parqueamento de bicicletas no

subsolo.” ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Irene Lopes (PS), Presidente da Comissão

Permanente de Finanças, Património e Recursos Humanos: ---------------------------------

----- “Relativamente a esta proposta, a Primeira Comissão elaborou o parecer que já

foi distribuído há uns dias e que foi aprovado por unanimidade. ----------------------------

----- Foi pedida a presença do Senhor Vereador Manuel Salgado, que deu todos os

esclarecimentos, nomeadamente dissipou algumas dúvidas quanto ao tarifário, quanto

à construção. A anterior proposta tinha construção em altura e tinha uma creche no

último andar. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- Após a audição foi feito o parecer, que resumidamente diz que a proposta está em

condições de ser votada. Foi essencialmente isso.” --------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal José António Alves (PS), Secretário da

Comissão Permanente de Mobilidade e Segurança: -------------------------------------------

----- “Na ausência do Senhor ex Vereador Nunes da Silva, pediu-me para fazer a

leitura na íntegra deste mesmo relatório da Comissão.” --------------------------------------

----- (Leu o Parecer apenso nesta Ata como anexo V) ----------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “A Mesa gostava de esclarecer os procedimentos nesta matéria de apreciação de

propostas da Câmara. -------------------------------------------------------------------------------

----- O que a Lei prevê, quando a Assembleia é convidada a apreciar propostas

enviadas pela Câmara, é que elas sejam discutidas primeiro em comissão e depois em

sede de plenário e que é possível a Assembleia fazer recomendações para alterar as

ditas propostas. --------------------------------------------------------------------------------------

----- É o caso. Há uma recomendação específica da Oitava Comissão para alguma

precisão na redação desta proposta. Portanto, eu chamo a vossa atenção para isto, para

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agora, nas várias intervenções e na intervenção final da Câmara, podermos entender se

estas recomendações são aceites pela Câmara ou não.” ---------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Rosa Carvalho da Silva (PSD): -----------------

----- “Chamo à atenção que o mérito desta minha intervenção pertence ao Senhor

Deputado Municipal Magalhães Pereira, que por motivos pessoais não pode estar

presente. No entanto, atendendo ao trabalho que ele desenvolveu, não só na consulta

de todos os documentos, como de todos os registos magnéticos, entendeu-se por bem

que seria útil a esta Assembleia, e para maior compreensão da proposta nº48, que o

trabalho que ele fez fosse aqui apresentado. ----------------------------------------------------

----- Posto isto, passo a desenvolver o trabalho feito pelo Senhor Deputado Municipal

Magalhães Pereira:----------------------------------------------------------------------------------

----- “Está de novo perante esta Assembleia uma proposta que visa alterar

profundamente o ordenamento de umas das zonas mais emblemáticas da cidade,

agora, no mesmo local e de forma similar à proposta que a Assembleia Municipal de

Lisboa rejeitou por maioria, vai para pouco mais de um ano. --------------------------------

----- Se antes se pretendia construir um parque de estacionamento subterrâneo no

Campo das Cebolas, continua a pretender-se construir um estacionamento subterrâneo

na Praça das Cebolas. Se antes se propunha uma creche e no centro da Praça das

Cebolas, continua a achar-se que se deve construir uma creche no centro da Praça das

Cebolas, agora com ludoteca. ---------------------------------------------------------------------

----- Previa-se abater toda a mancha florestal da Praça das Cebolas para dar lugar a

esse parque de estacionamento subterrâneo e continua a propor-se a destruição do

magnífico palmeiral que representa a única área verde na zona ribeirinha de Lisboa

visível ao descer o Rio Tejo. ----------------------------------------------------------------------

----- Se a implantação desse parque subterrâneo se situava anteriormente na sua

totalidade no interior da área do plano de pormenor e salvaguarda da Baixa

Pombalina, agora tem excrescência para fora dessa área, em zona sem vocação para

tal tipo de equipamento. ----------------------------------------------------------------------------

----- Os merecimentos das propostas a esta Assembleia Municipal poderão e deverão

avaliar-se por duas vias distintas; Primeiro pelos interesses da cidade, se serão

servidos pelas condições da proposta; segundo, se para os mesmos objetivos se podem

encontrar outras soluções que melhor sirvam Lisboa. Porém, esta última via não está

claramente nas competências desta Assembleia. -----------------------------------------------

----- O facto da presente proposta ser melhor ou pior do que aquela que vem substituir

é totalmente irrelevante. Pode ser importante e até é, mas o que nos cabe agora é

avaliar esta proposta, esta e não qualquer outra. -----------------------------------------------

----- Ora verifica-se que a presente proposta repousa numa série de premissas

indefinidas e de condições impostas à pretendida superficiária, dependentes a cada

momento da vontade volúvel como expressa pela tutela municipal, leia-se do

Vereador com competência delegada nessa matéria e que completamente adulteram a

base financeira sobre a qual se ergue o Estudo de Viabilidade Económica e Financeira

que constitui o considerando nuclear da desafetação e subsequente constituição de

direito de superfície que se propõe a esta Assembleia. ----------------------------------------

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----- Alega-se que as modificações na circulação automóvel são a causa e

consequência das alterações que tem sofrido a zona ribeirinha, mas essas alterações

são exclusivamente resultantes da vontade ou da anuência camarária e de mais

nenhuma outra autoridade. ------------------------------------------------------------------------

----- Afirma-se que importa acautelar que o projeto e a execução da obra se adequem e

enquadrem nos pressupostos consagrados nos estudos e projetos realizados em

sequência da Proposta 892/2013, tornando assim esta proposta indissociável da atual,

mas a Assembleia Municipal de Lisboa não tem o menor conhecimento de tal

proposta nem desses estudos e projetos que não lhe foram minimamente transmitidos.

Não precisará talvez de o ter, mas então não se lhe peça que analise e eventualmente

aprove uma proposta, esta mesma que tem o n.º 48/2013, cuja evidente consequência

é a consagração dos termos dessas adjudicações e subsequentes estudos e projetos que

a Assembleia não pode quantificar. ------------------------------------------------------------

----- Declara-se que o estacionamento terá 230 lugares, dos quais 160 para assinaturas

de 24 horas para residentes, mas informa-se que esses lugares podem sofrer uma

variação de 10%, ou seja 23 lugares para mais ou para menos, como entenda a tutela

municipal aprovar por mero despacho, em sede de um projeto de construção que ainda

não existe. Nem se define se se entendem como residentes os comerciantes que se

pretendem servir, nem se tais 10% correspondem a qual capitação, nem quais as

consequências sobre o Estudo de Viabilidade Económica e Financeira, produzido pela

EMEL. ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Determina-se que a superficiária irá desenvolver estudos e executar ações

tendentes à putativa concretização desse inexistente projeto de execução, incluindo

extensas demolições e aprofundadas sondagens arqueológicas e geológicas e largos

trabalhos à superfície, mas não se explica como poderá a EMEL comprometer-se

desde já com um projeto que desconhece, assim como por todas as suas consequências

financeiras. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Especifica-se que o objeto social da EMEL não comporta a construção de

equipamentos para o município, mas entende-se que a demolição dos edifício

camarários, o impiedoso abate das dezenas de palmeiras do Campo das Cebolas, a

vasta modelação do terreno necessária ao projeto de ordenamento adjudicado pela

Câmara pela proposta 892/2013, assim como as infraestruturas de suporte do edifício

da ludoteca/creche, já o seu objeto social comporta, como se essas infraestruturas não

fizessem parte integrante do edifício que diz a EMEL não poder construir, ou a

intervenção local faça parte dos equipamentos municipais. ----------------------------------

----- Diz-se que se terá de acautelar a existência de vestígios arqueológicos, mas nada

se contrata, nem nada se propõe, não se definindo como, nem quais as eventuais

consequências. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Clarifica-se que o estacionamento será construído entre a linha da Muralha

Fernandina e uma margem de tolerância relativa ao túnel do Metropolitano, mas

confessa-se não saber onde estará de facto essa linha. ----------------------------------------

----- Fala-se de um contrato com a equipe de projetistas vencedora do concurso de

ideias e de conjugar a obra com a eventual construção do Terminal de Cruzeiros assim

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como de um Protocolo com a Armada para partilha da Doca de Marinha, mas, à data

da aprovação em Câmara, nem o contrato com a equipa de projetistas estava assinado,

nem se saberia quem suportará os custos da intervenção na Av. Infante D. Henrique,

nem o Protocolo com a Armada estabelecido. --------------------------------------------------

----- Os termos do Contrato-Programa e ainda mais o documento designado

Condições de Acordo, são dúbios e suscetíveis de múltipla interpretação, impondo

soluções que apenas serão conhecidas no futuro, incluindo referências a eventual

compensação de encargos suportados pela proposta superficiária, indefinição de

política tarifária e de prazos para eventual substituição da instalação em caso de

colapso parcial, assim como a custos de comercialização das assinaturas 24Horas,

cuja quantidade a disponibilizar não é de facto conhecida, tudo com influência

determinante na credibilidade do Estudo de Viabilidade Económica e Financeira.-------

----- Finalmente e em sede de discussão de Câmara da presente Proposta, o Vereador

responsável afirma não estar certo se a cota da soleira do estacionamento subterrâneo

estará acima do nível freático máximo na praia onde se vai intervir, dizendo apenas

que provavelmente o estará, o que não poderá entender-se como garantia suficiente. ---

----- Há portanto que concluir que esta proposta não defende os interesses da cidade e

nem sequer responde aos quesitos que foram levantados quanto à proposta que

pretende substituir. ----------------------------------------------------------------------------------

----- Está colocado na Baixa um problema de segurança e de risco e já se disse neste

Plenário que a questão não é saber se vai ocorrer um sinistro, é saber quando é que vai

acontecer, sendo demasiado elevado o risco de execução naquela zona da cidade de

tão vasta construção subterrânea, entre limites tão apertados e sobre níveis freáticos

tão intempestivos e elevados. ---------------------------------------------------------------------

----- Além de liquefação sísmica e até maremotos, passíveis de ocorrer num local onde

agora se propõe a construção de relevantes equipamentos para intensa utilização

infantil. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- A memória das gentes também deveria servir para evitar a reprodução de

desastres.” --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Posto isto, só me cumpre fazer um breve esclarecimento: no relatório feito pela

Primeira Comissão, o Senhor Relator, que é o Deputado Municipal Magalhães

Pereira, no ponto 1, alínea i), houve aqui um lapso no número, quando refere o exato

procedimento na opinião pessoal do relator quanto ao número 19, efetivamente não é

o número que corresponde nesta rua.” -----------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “Ficámos a saber através da Senhora Deputada Municipal Rosa Carvalho da

Silva a opinião do Senhor Deputado Municipal Magalhães Pereira e naturalmente do

seu grupo municipal. -------------------------------------------------------------------------------

----- A Mesa quer recordar que temos um parecer da Primeira Comissão que não

levanta objeções de fundo e reserva a posição dos vários grupos municipais para o

plenário. Temos um parecer da Oitava Comissão com quatro recomendações de

alteração à proposta. Temos uma carta da CML que foi distribuída na anterior sessão

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desta Assembleia e que responde ao parecer da Oitava Comissão, precisando algumas

coisas, mas não esclarecendo totalmente as questões. -----------------------------------------

----- A Mesa solicita a vossa atenção para que até ao final do debate deste ponto fique

claro se as recomendações da Oitava Comissão foram aceites pela Câmara ou não,

porque isso é relevante para saber depois como é que cada grupo municipal irá votar.”

----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Santos (PAN): ------------------------------

----- “O PAN de uma forma geral concorda com a reabilitação da zona do Campo das

Cebolas e com a substituição de estacionamento à superfície por estacionamento

subterrâneo, que devolve o espaço da cidade às pessoas, nas condições que entretanto

foram propostas. ------------------------------------------------------------------------------------

----- Contudo, apesar da construção deste parque de estacionamento estar prevista no

PDM e ser suportada por estudos relativos às necessidades de estacionamento na

zona, não estamos convencidos de que seja positiva a criação de 160 novos lugares no

Campo das Cebolas. Defendemos que a política de mobilidade em Lisboa deve ser

ainda mais ambiciosa no que toca a desincentivar o uso do automóvel particular e

incentivar o recurso aos transportes públicos e modos de mobilidade suave. A criação

de mais lugares de estacionamento, mesmo que para residentes vai contra este

objetivo, pelo que devem ser criados mecanismos que possam de alguma forma

contrabalançar esta contrariedade.----------------------------------------------------------------

----- Defendemos assim, que neste e em novos parques de estacionamento, devam ser

reservados 10% dos lugares de estacionamento de tarifa zero, para veículos de

emissões zero, como por exemplo, os movidos a eletricidade ou hidrogénio,

incentivando assim e desde já, os cidadãos mais afluentes a preferir este tipo de

veículo. Este objetivo deve também ser gradualmente atingido em todos os parques

existentes na cidade. -------------------------------------------------------------------------------

----- É de referir também a importância de haver disponibilidade adequada de lugares

para estacionamento de velocípedes em todos os parques da cidade. -----------------------

----- Caso estas propostas possam ser acolhidas pela Câmara e incorporados na versão

final da proposta, e sujeito a esta condicionalidade, o PAN votará favoravelmente a

proposta.” --------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal João Pinheiro (PS) ----------------------------------

----- “O parecer da Oitava Comissão formula algumas recomendações, mas não deixa

de destacar uma questão essencial, enuncia vantagens inequívocas para a realização

do projeto de construção de um parque de estacionamento no Campo das Cebolas.

Nessa parte, na identificação dessas vantagens e na consideração de que isto é uma

infraestrutura essencial para a cidade, também recolheu a unanimidade de todos os

grupos municipais presentes nessa Comissão. --------------------------------------------------

----- Aproveitava para destacar alguns desses aspetos relevantes. ---------------------------

----- Em primeiro lugar, é uma infraestrutura que permite rejuvenescer Lisboa no seu

centro e também num dos bairros mais emblemáticos da cidade, o Bairro de Alfama.

Permite não só através do lugar de estacionamento atrair famílias numerosas, como

também com a creche apoia a fixação dessas famílias e a constituição de um modo de

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vida sustentável. A ludoteca também vem complementar valências essenciais à

difusão da cultura nessa zona da cidade. --------------------------------------------------------

----- Por outro lado, noutro aspeto em que Lisboa se destaca, há que pôr um fim ao

estacionamento desordenado, ao mau aspeto que se insere na rota dos cruzeiros. Quem

vem de Santa Apolónia em direção ao centro da cidade passa obrigatoriamente por

aquele espaço e vê um espaço púbico degradado e desordenado. Não é condicente

com o prestígio que a cidade atualmente tem e não é com certeza condicente com o

destino turístico mundial que é a Fundação José Saramago. É mesmo em frente à

Fundação José Saramago que este projeto permitirá requalificar a zona e requalificará

com a qualidade inquestionável do projeto da autoria do Arquiteto Luís Carrilho da

Graça. -------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Relativamente a estes aspetos, são aspetos da proposta que têm de ser valorizados

pela Assembleia Municipal. Com certeza que também têm que ser ponderadas por

esta Assembleia as outras questões subjacentes às recomendações e relativamente aos

preços do tarifário, independentemente do que possa ser acordado contratualmente, há

que também chamar à colação o Regulamento Geral de Estacionamento aplicável ao

estacionamento em Lisboa, aprovado por esta Assembleia Municipal, em que atribui

competências à Câmara Municipal para, caso a caso e a todo o tempo, optar por tarifas

diferenciadoras que favoreçam determinados núcleos populacionais, como é o caso. ---

----- Por certo a Câmara, na avaliação que fará desses aspetos, daquela população de

Alfama, daquela zona envolvente, do privilégio do comércio na zona da Baixa

Pombalina, não deixará de ponderar estes aspetos quando, no momento oportuno de

exercer a sua competência, for chamada a fazê-lo. --------------------------------------------

----- Outro aspeto que levanta aqui alguma controvérsia, mas que a meu ver será uma

controvérsia mitigada, diz respeito à atribuição de eventuais compensações. Em

nenhum local do texto do contrato do programa se estipula uma obrigatoriedade de

atribuir essas compensações. O que se fala é numa possibilidade disso acontecer no

caso da exploração da infraestrutura se revelar deficitária e der origem a um prejuízo.

Ora, tudo indica que isso não acontecerá, desde logo ocorrendo um controlo de custos

na execução daquelas empreitadas e minorando os impactos de um indesejável desvio

ou má execução da mesma. ------------------------------------------------------------------------

----- A Câmara é uma entidade auditada, assim como a EMEL, e ambas aplicam a Lei

que conhecemos e que nos diz os exatos termos em que os contratos podem ser

alterados para dar origem ou sustentar compensações financeiras. Portanto, não é o

facto de existir uma cláusula que remete em termos genéricos para a Lei que

inviabilizará a aprovação desta proposta, porque serão sempre os factos subjacentes à

execução desse contrato que poderão atribuir tal compensação ou não. --------------------

----- Concluía enaltecendo, quer a proposta do PAN no sentido de privilegiar

determinado tipo de mobilidade ecológica, que tem efetivamente que ser favorecida e

nesse aspeto estamos inteiramente de acordo, quer a disponibilidade já manifestada na

primeira intervenção do Senhor Vereador Manuel Salgado para acomodar esse tipo de

preocupações nesta proposta e no sentido de clarificar, indo um pouco na direção das

sugestões já lançadas pela Mesa. -----------------------------------------------------------------

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----- Sugeria que na deliberação que venha a incidir sobre esta proposta 48/2014, no

texto da própria deliberação, sejam incluídas as condições que vierem a ser aceites

pela Câmara Municipal. Parece-me que esta é uma das condições aceites, a reserva de

estacionamento para veículos ecológicos neste parque de estacionamento. Que tais

condições sejam incluídas no texto a propor para votação na Assembleia Municipal. ---

----- Obviamente que a questão referida pelo Senhor Deputado Municipal Miguel

Santos, de ocorrer uma posterior deliberação em Câmara que retifique a alteração

decorrente destas condições, será mais uma questão processual, mas não deixa

também de ficar aqui saliente a recomendação para o seu acatamento. --------------------

----- Terminava tal como comecei, considerando que esta é uma infraestrutura

essencial para a cidade, quer do ponto de vista do rejuvenescimento, quer do ponto de

vista da requalificação e da melhoria da oferta turística, por isso deve merecer a

aprovação desta Assembleia Municipal.” -------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Graça (IND): -------------------------------

----- “Relativamente a esta proposta que estamos aqui a discutir, sobre a construção de

um parque de estacionamento no Campo das Cebolas, gostaria de notar, ainda antes

de dizer qual é a nossa posição sobre a proposta em si, que estamos um pouco

desagradados com a forma como o processo foi conduzido. Esta manhã houve uma

conferência de representantes, em que foi dada a informação que o Presidente da

Oitava Comissão pretendia que a resposta da Câmara dada a este parecer voltasse a

ser analisada pela comissão em causa. Não houve consenso na conferência de

representantes sobre este assunto e nós achamos que tal deveria ter acontecido, porque

a resposta da Câmara parece-nos até que não é satisfatória e a intervenção seguinte irá

plasmar isto mesmo, mas deixamos desde já a nossa discordância pela forma como foi

conduzido o processo. Achamos que deveria baixar à comissão a resposta da Câmara

ao parecer e tal não foi feito. ----------------------------------------------------------------------

----- Relativamente à proposta em si, gostaríamos de referir que as recomendações

feitas pela Oitava Comissão no seu parecer quanto à definição mais estrita sobre o

número de lugares ou as tarifas e às condições específicas, também têm o nosso

acolhimento e de facto faz sentido. ---------------------------------------------------------------

----- Como bem disse o Senhor Deputado Municipal do PS, o Regulamento de

Estacionamento em Lisboa permite fazer estas tarifas diferenciadas e faria todo o

sentido que para residentes estas tarifas fossem inferiores não só aos parques que se

utilizaram como comparação, nunca superiores e com os valores que são aqui

apresentados como de referência. ----------------------------------------------------------------

----- Algo que também não compreendemos é a inclusão no contrato/programa anexo

à proposta da causa nº3 do nº2, em que refere que “os impactos financeiros negativos

com a realização deste projeto´, por força da sua natureza e do interesse público que

tem associados, serão considerados para efeitos de avaliação da performance e

poderão ser objeto de compensação no quadro normal da relação financeira entre a

Câmara e a EMEL”. --------------------------------------------------------------------------------

----- Não compreendemos esta questão das compensações financeiras e achamos que

este nº2 desta cláusula 3ª não devia existir, porque a política e o objetivo da EMEL

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deveria ser a regulação do estacionamento e da mobilidade em Lisboa. Poderá haver

aqui uma abordagem mais social relativamente à política de estacionamento da

EMEL, até porque estamos a falar em bairros que cujos residentes poderão ter níveis

mais carenciados e achamos que não faz sentido nenhum falar em compensações

financeiras quando, na realidade, o papel da EMEL deverá ser também esta política de

regulação da mobilidade e poderá ter este papel social que não tem. -----------------------

----- Por fim, e aí concordamos com o PAN, que devem ser resguardados e devem ser

reservadas todas as questões relativamente à mobilidade ecológica e sustentável, mas

o que ainda concordamos mais é que todas estas alterações que ouvimos da parte do

PAN, do PS que concordamos também, e estas que apresentámos sejam nesta

Assembleia respondidas e pelo Vereador Manuel Salgado, se as aceita ou não e, no

caso de o serem, serem ratificadas à posteriori em Câmara, porque sem isto não terão

o nosso voto positivo. ------------------------------------------------------------------------------

----- Esperamos a resposta da Câmara, ou o nosso voto será contra a proposta tal como

ela está.” ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Isabel Pires (BE): ----------------------------------

----- “Relativamente a esta proposta e ao parecer da Oitava Comissão, concordamos

no aspeto que o Senhor Deputado Municipal Miguel Graça aqui colocou sobre a

resposta que recebemos na semana passada relativamente a este parecer. Poderia e

deveria ter sido levada de novo à comissão para ser discutida, o que poderia levar

eventualmente a alguma alteração ou não, mas deveria ser discutida. ----------------------

----- Relativamente às questões que nos parecem mais essenciais quanto ao parecer e à

proposta, e que parece que falta ficar claro na resposta da Câmara em relação a esta

questão, tem a ver com o tarifário. O parecer da Oitava Comissão sobre isto é bastante

explícito, no ponto 16 diz que o limite máximo das tarifas não poderá exceder o valor

praticado para o mesmo tipo de tarifa mensal no parque de estacionamento na Calçada

do Combro, sendo que deverá ser tido em conta tudo o que venha associado ao estudo

económico que acompanhou a proposta, relativamente ao aglomerado de residentes

que compõem aquela área e que é uma questão essencial. -----------------------------------

----- Sempre que se fala de mobilidade, não se pode falar apenas de mobilidade em

questões de estacionamento puro e duro, mas ter também uma perspetiva mais social e

o tarifário que é aplicado a determinados serviços, como o estacionamento,

transportes, etc., tem que ter sempre em conta esta questão que para nós é

fundamental, que é ter em conta estudos económicos que acompanham propostas e

que vão ao encontro daquilo que será o objetivo de ajudar a população residente

daquela área, dando preços que sejam acessíveis a estas pessoas. ---------------------------

----- Podemos muito bem dizer que o número de lugares de estacionamento é de 110

lugares para residentes, mas as pessoas têm que os poder suportar economicamente.

Esta questão é absolutamente fundamental e deverá ser respondida por parte do

Executivo.” ------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Ana Páscoa (PCP): --------------------------------

----- “Realmente temos neste momento em discussão a proposta 48/2014, desafetação

do domínio público para o domínio privado do município de uma parcela de terreno,

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sita no Campo das Cebolas e a constituição em direito de superfície sobre parcela de

terreno sita no mesmo local, com destino exclusivo à construção e exploração de

parque de estacionamento em subsolo a favor da EMEL. ------------------------------------

----- Tal como já foi aqui referido, e também em sede de comissão o referimos,

consideramos que é absolutamente fundamental a regularização do espaço público e a

sua requalificação. Neste contexto, é positiva a intenção de melhorar o espaço do

Campo das Cebolas e tudo o que se poderá lá fazer em relação à situação presente, o

que pressupõe, entre outros considerandos, a necessidade de retirar o estacionamento

caótico dos passeios e espaços. Até aqui estamos todos de acordo e ainda bem que o

Senhor Deputado Municipal João Pinheiro falou antes de mim. ----------------------------

----- A questão, e aí já não estaremos todos de acordo, é se a melhor solução é um

parque subterrâneo ou outra qualquer. -----------------------------------------------------------

----- Estamos de acordo e é absolutamente essencial que se requalifique aquele

espaço, no entanto, em relação a esta proposta temos reservas que manifestámos, quer

em sessão de Câmara, quer em sede de comissão. Uma primeira reserva prende-se

exatamente com a opção por um parque subterrâneo. Não estão totalmente

esclarecidas para nós e já ouvimos Aqui hoje algumas questões relacionadas com este

aspeto, dada a sua localização na Baixa e consequentes problemas de águas,

inundações, etc. -------------------------------------------------------------------------------------

----- Na própria comissão chegou-se a falar da necessidade de mais estudos que

clarificassem esta questão. -------------------------------------------------------------------------

----- A outra reserva que justificou o nosso voto contra em sessão de Câmara prende-

se com os preços a pagar com os moradores e subscrevemos as recomendações que a

Comissão Permanente de Mobilidade e Segurança plasmou no parecer, sem o qual

não poderíamos nunca votar favoravelmente esta proposta. ----------------------------------

----- Realmente, a resposta que o Senhor Vereador Manuel Salgado deu em relação à

questão dos preços e outras não nos esclareceu completamente. Fala-se numa média

de 100 euros para assinaturas diurnas, depois o valor real 80, depois mais à frente 200

euros para avenças dos outros utentes. O que nós gostaríamos era que ficasse

absolutamente claro e escrito quais os preços, uma vez que isto é responsabilidade

também do Município, quais os preços que os moradores e comerciantes virão a pagar

para as avenças. -------------------------------------------------------------------------------------

----- Também as outras questões que foram levantadas em sede de comissão não

ficaram claras e do nosso ponto de vista, por exemplo, devia ficar qual o número

mínimo de lugares para residentes, quer em avença diurna, quer noturna. No contrato

está 160 lugares essencialmente para residentes. -----------------------------------------------

----- Face a estas questões, nós votámos favoravelmente o parecer da comissão,

porque as dúvidas que foram lá colocadas são efetivamente dúvidas que

subscrevíamos, mas na própria comissão reservámos para o plenário o nosso sentido

de voto que podia ter sido alterado ou não face ao esclarecimento cabal destas

situações, que consideramos que não houve.” --------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV): --------------------------

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----- “A Proposta nº 48/2014 tem por objetivo a desafetação do domínio público para

o domínio privado do município de uma parcela de terreno e sua constituição em

direito de superfície, para construção e exploração de um parque de estacionamento

em subsolo a favor da EMEL. Inclui também a minuta do contrato programa a

celebrar entre a CML e a EMEL. -----------------------------------------------------------------

----- Em 1º lugar, gostaríamos de destacar que subscrevemos as pertinentes reticências

inseridas pelo relator na Parte III do parecer da 1ª Comissão. -------------------------------

----- 2º, esta desafetação diz respeito a uma área de 6.042 m2. O direito de superfície a

favor da EMEL é para uma parcela de terreno com uma área de 8.240 m2. Esta área

da antiga Ribeira Velha destina-se à construção de um parque de estacionamento

automóvel subterrâneo, com a capacidade de 230 lugares, para usufruto da EMEL por

um prazo de 50 anos. Mas a proposta não contabiliza nem informa quantos lugares

virão a ser substituídos à superfície, nem quantos veículos serão retirados da Doca da

Marinha. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- 3º, a EMEL fica ainda com a obrigação de proceder a demolições de construções

municipais ditas devolutas e realizar as necessárias sondagens arqueológicas e

geológicas, bem como com a obrigação de desenvolver estudos prévios à construção

do parque em subsolo. Mas nessas casas que a CML pede à EMEL para demolir

estarão sedeadas algumas empresas como a J. Paulo Duarte Ldª, a municipal DMAV

para recolha de resíduos, uma Sociedade de Artigos de Construção e a Sociedade

‘Garage Ribeira Velha’. Para onde vai a DMAV? Ou será que fica nesse mesmo

local? --------------------------------------------------------------------------------------------------

----- 4º, a CML compromete-se a construir uma creche e uma ludoteca. É a tentativa

da CML de colocar a cereja em cima do bolo. Porém, como consta das plantas anexas

à Proposta, a dita cereja, ou seja, os equipamentos ficarão sobre parte do parque

subterrâneo. Como é possível? Equipamentos lúdicos e infantis por cima da eventual

concentração de níveis de CO2 provenientes de um parque de estacionamento? Quem

teve esta genial ideia? ------------------------------------------------------------------------------

----- 5º, depois as confrontações das parcelas a desafetar e a ceder em direito de

superfície não correspondem, de facto, à área real do Campo das Cebolas, mas sim à

da antiga Ribeira Velha, pois o Campo das Cebolas só começa a nascente do INPI. E é

neste ponto que radica a questão chave. ---------------------------------------------------------

----- Este lugar à beira rio, ao longo da antiga cerca moura, a sudeste do Arco das

Portas do Mar e da velha Rua da Ribeira, servia para embarque e desembarque de

pessoas ou mercadorias, sendo denominado Cais de Santarém. Daí que a área exterior

à antiga linha de muralha fosse dominada por funcionalidades relacionadas com o

comércio e o porto fluvial, uma área que sofreu inúmeras intervenções ao longo dos

séculos, e que só acabaria por ser desimpedida já nas décadas de 40 e de 50. -------------

----- Este local, bem em frente à Casa dos Bicos, e onde se situava a Alfândega Velha,

é historicamente reconhecido por ‘Ribeira Velha’. Aqui funcionou até meados do

século XVIII, numa faixa entre as habitações e o Rio Tejo muito mais estreita do que

hoje, um mercado de peixe e de produtos frescos, frutas e hortícolas, e exóticos, como

o atestam peças artísticas e de azulejaria da época. --------------------------------------------

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----- Em suma, não é verdade que todo o terreno fique propriamente no Campo das

Cebolas, pois segundo a placa toponímica - e ela está lá bem visível, para quem hoje o

quiser ‘ver para crer como São Tomé’ - o Campo das Cebolas apenas se inicia a

nascente do INPI. Daí que a zona da Ribeira Velha, para sul do Arco das Portas do

Mar, corresponda a um antigo pequeno braço do leito do Rio, hoje assoreado. Tal

facto apenas significa que o terreno poderá ser problemático, tal como aconteceu

aquando da construção do túnel do Metropolitano. Trata-se de uma zona onde é

necessário antever as habituais cheias, deslizamentos e hipotéticos movimentos

telúricos. Pergunta-se: não será um risco mexer no subsolo numa faixa tão sensível? ---

----- E para quem desconheça as particularidades desta zona ribeirinha, refira-se que

os torreões da Praça do Comércio foram de tal modo afetados pela construção

subterrânea do Metro que a torre poente, ainda em 2009, necessitou de reforço com a

inserção de 29 estacas à volta do torreão para evitar que deslizasse. Devido à

instabilidade dos solos, o edifício chegou mesmo a enterrar-se cerca de 1,40 m. Mas

não só. Também o torreão nascente - o do Ministério das Finanças - ainda hoje tem

parte das suas lajes levantadas e rachas nas paredes que continuam a ser

monitorizadas por meio de extensores milimétricos. Aliás, o hall de entrada do

Ministério das Finanças do lado da Rua da Alfândega costuma padecer das cheias de

Inverno procedentes da dita Ribeira Velha e, até há muito pouco tempo, o próprio

pátio e jardim interiores eram alagados com os mal cheirosos lodo e esgotos

provenientes dos refluxos do Tejo. ---------------------------------------------------------------

----- Não é assim preciso ser erudito para se entender o porquê das designações

‘Ribeira Velha’, Arco das Portas do Mar ou Cais de Santarém. O Rio entrava nesta

zona. Com efeito, até o próprio Cardeal Patriarca de Lisboa vinha do cais fronteiro do

Palácio da Mitra, a caminho da Sé… de barco para esta zona! ------------------------------

----- 6º, para a execução do projeto global, o Senhor Vereador revelou que, apesar da

vontade da autarquia em começar rapidamente a obra, há dificuldades na capacidade

de financiamento, pelo que a autarquia teria de se candidatar ao fundo comunitário

JESSICA (um instrumento financeiro do Quadro de Referência Estratégico Nacional).

Mas o contrato-programa entre a CML e a EMEL refere que “a construção será

efetuada de acordo com estudo de viabilidade económico, que constitui o Anexo I do

presente contrato”. Fica-se sem se saber muito bem se o fundo comunitário está ou

não garantido ou se a CML precisa de injetar verbas na EMEL. Haverá ou não

compensação da CML? ----------------------------------------------------------------------------

----- 7º, considerada uma zona de interface de transportes, os utentes questionam-se

sobre o que virá a acontecer à circulação local das carreiras da Carris e, em particular,

ao terminal da carreira do elétrico nº 28. Também ainda hoje dispõe de espaços verdes

com palmeiras que, na altura da sua plantação, terão custado largas dezenas de

milhares de contos. Mas irão ser derrubadas para transplante de oliveiras porquê? E já

agora, porque não antes incluir, eventualmente, um grupo escultórico com Baltazar e

Blimunda ou o elefante Salomão? ----------------------------------------------------------------

----- 8º, como garante a CML salvaguardar o património histórico, arqueológico,

arquitetónico e urbanístico, como especifica o Regulamento do PP de Salvaguarda da

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Baixa Pombalina? No seu artigo 3º, o PP estipula que deve ser mantida a segurança e

salubridade do edificado, mas também a identificação, proteção e integração dos

valores históricos e arqueológicos. Por acaso alguém sabe onde está soterrado o muro

do velho cais? E onde então os estudos arqueológicos? E o parecer do IGESPAR?

Ainda não os há! E não é o artigo 19º do PP que inviabiliza na zona a “construção de

caves para estacionamento”? E onde está o parecer do Metropolitano? Onde estão os

estudos hidrogeológicos que atestem a não existência de riscos de conflito com os

níveis freáticos? Pois foi o Senhor Vereador do urbanismo quem confirmou, em sede

de Comissão, que eles ainda não foram realizados! -------------------------------------------

----- Em conclusão, quem viabilizar a presente proposta ficará moralmente

corresponsabilizado por eventuais futuros eventos funestos para esta zona ribeirinha

tão sensível.” ----------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

------ “Vou dar a palavra ao Senhor Vereador Manuel Salgado. Precisamos que seja

muito claro, afim de nós percebermos depois como é que pomos as questões à

votação. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Há quatro recomendações feitas no parecer da Oitava Comissão, aos pontos 15,

16, 17 e 18, devendo o Senhor Vereador dizer claramente se está de acordo ou não. ---

----- Há também uma recomendação que já distribuí à bancada da Câmara, feita pelo

Senhor Deputado Municipal do PAN, que no fundo propõe uma reserva de dez por

cento de estacionamento para veículos ecológicos.” ------------------------------------------

----- O Senhor Vereador Manuel Salgado: ---------------------------------------------------

----- “Primeira questão, o parque de estacionamento tinha previsto apenas um piso e é

referido na exposição que foi aqui apresentada que eu teria dúvidas sobre a cota a que

ficaria a soleira do parque de estacionamento, mas é lógico que tenha essa dúvida,

porque vão ser feitas sondagens arqueológicas por um lado e geológicas por outro. Só

a partir do resultado dessas sondagens se estabelecerá exatamente a cota, se 2 ou 2,5.

No momento não é possível dar o valor absoluto, sabendo que o nível freático

máximo deverá andar, porque é variável, a cerca de 2.20. ------------------------------------

----- A segunda preocupação que é colocada tem a ver com o abate de árvores e

gostava de explicar que já na discussão aquando da Ribeira das Naus tinha havido

uma grande contestação sobre as árvores, mas os plátanos foram transplantados e

pelos vistos estão de boa saúde, estão alinhados junto às agências e dentro de uma

semana haverá mais árvores plantadas na Ribeira das Naus do que havia antes da

intervenção. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- O mesmo em relação à arqueologia. Quando me perguntam de que forma a

Câmara garante a salvaguarda da arqueologia, temos a prova da Ribeira das Naus. O

processo foi acompanhado desde o início por arqueólogos e o projeto ia sendo

adaptado aos vestígios arqueológicos que se encontraram. Hoje temos a doca seca

toda a descoberto. A doca da caldeirinha teve surpresas, alguns dos muros estavam na

posição prevista mas estavam tombados, outros não. Quando se trabalha com

arqueologia, nunca se sabe exatamente o que lá está. -----------------------------------------

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----- Perguntam-me qual a razão para uma variação de dez por cento. Acontece que

essa decisão de prever uma variação de dez por cento, seja na implantação, seja no

número de lugares dos parques de estacionamento, foi uma decisão tomada cerca de

três anos antes, que em todos os direitos de superfície daí para a frente assim se

estabelecesse, porque acontece que quando são feitos os projetos de execução e o

levantamento rigoroso, muitas vezes só depois da obra iniciada, das infraestruturas

que têm que ser relocalizadas, há acertos nos parques que a história mostra, em todos

os parques feitos na Cidade de Lisboa, variações de dimensão e capacidade. ------------

----- Portanto, para não estar sempre a vir com novas propostas à Assembleia

Municipal para corrigir os direitos de superfície, estabeleceu-se essa regra de admitir

uma tolerância de mais ou menos dez por cento e que resulta única e exclusivamente

desses acertos dimensionais que podem resultar de uma qualquer falha geológica, ou

de uma infraestrutura que está instalada, ou no caso concreto de vestígios

arqueológicos que se encontrem. -----------------------------------------------------------------

----- Foi também colocada uma questão com a qual estou totalmente de acordo, mas

que é contraditória, porque também foi dito o oposto, que tem a ver com a oferta de

mais lugares de estacionamento na Baixa. A posição que o Executivo Municipal vem

tomando desde seis anos antes é de restringir o acesso de veículos privados à Baixa. É

uma política que temos vindo a prosseguir e que pretendemos prosseguir, mas isso

não significa que não tenha de haver ofertas de lugares de estacionamento, porque a

mobilidade em transporte individual é um direito dos cidadãos. Nós entendemo-lo

como tal e, portanto, é importante prever lugares de estacionamento, seja para

residentes, seja para quem vai às compras, mas dentro de uma política geral de

contenção da circulação. ---------------------------------------------------------------------------

----- Foi feita uma proposta pelo Senhor Deputado Municipal do PAN que nós

aceitamos integralmente, ou seja, prever dez por cento dos lugares com carregamento

elétrico ou para veículos a hidrogénio e que essa medida seja generalizada a todos os

parques de estacionamento do Município, futuros e atuais. Neste momento o

carregamento elétrico é por conta da EMEL, não sendo um encargo de quem

estaciona. Aceitamos essa proposta e iremos confirmá-la em reunião de Câmara. -------

----- Foi também colocada uma dúvida do Senhor Deputado Municipal Sobreda

Antunes sobre a localização de equipamentos infantis por cima de um parque de

estacionamento. Mal de nós se os respiradouros do parque de estacionamento

estivessem a lançar ar contaminado para os equipamentos infantis, isso seria de uma

irresponsabilidade completa, mas é possível ter parques de estacionamento com

equipamentos em cima e já se deu o exemplo do parque de estacionamento das Portas

do Sol, ou do Chão de Loureiro, que têm outros usos por cima do estacionamento e

isso não tem qualquer implicação. Aliás, qualquer edifício que tenha estacionamento

no subsolo teria esse problema e há inclusivamente equipamentos para juventude com

estacionamento por baixo. Portanto, não me parece que esse seja um problema a ter

em conta. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Uma questão que também levantou alguma perturbação era que no protocolo

celebrado entre o Município e a EMEL se fala de uma compensação financeira. Eu

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gostava de esclarecer que isto é uma cláusula genérica existente nos

contratos/programa do Município com as empresas municipais e que tem a ver com

uma imposição do Tribunal de Contas, porque nenhuma empresa municipal pode

abraçar projetos que não sejam economicamente viáveis. -----------------------------------

----- A Lei impõe essa norma e se por absurdo pretendêssemos fazer o parque de

estacionamento naquele local em que os residentes estacionavam a custo zero, isso

não era aceite pelo Tribunal de Contas. Teria que ser o Município a financiar a EMEL

para construir um parque de estacionamento nessas condições. A razão é

simplesmente essa, só que o protocolo vem com um estudo económico e financeiro

que prova que o parque construído ali nas condições referidas, 110 lugares para

residentes mais 50 lugares noturnos, é viável com as tarifas apontadas. -------------------

----- Já vou em detalhe à questão das tarifas. ---------------------------------------------------

----- Quanto ao ponto 15, o número de lugares de 110 para assinaturas mensais de

vinte e quatro horas e 50 assinaturas mensais para o período noturno, isto é uma

recomendação da Comissão que nós aceitamos sem qualquer dúvida. ---------------------

----- No ponto 16, “o limite máximo das tarifas a praticar para as assinaturas mensais

destinadas a residentes e comerciantes na zona não poderá exceder o valor praticado

para o mesmo tipo de tarifa mensal no parque de estacionamento da Calçada do

Combro, sendo que o regime tarifário específico deverá ser objeto da prévia

aprovação pelo Município de Lisboa”. ----------------------------------------------------------

----- Primeiro, todos os tarifários são aprovados em Câmara; --------------------------------

----- Segunda questão, relativamente aos valores, a resposta que foi mandada para a

Assembleia diz o seguinte: “Foi delineado o estudo económico tendo em conta o

preço médio ponderado das avenças para residentes, não residentes, diárias e noturnas,

que se estimou em 100 euros e 50 euros”. Isso são os preços médios. Depois diz mais

à frente que: “Sendo que o valor real de 80 euros para avenças mensais, vinte e quatro

horas para residentes, 50 euros para avenças mensais noturnas para residentes, 200

euros para avenças mensais dos restantes utentes para vinte e quatro horas e 50 euros

para avenças mensais para os restantes utentes noturnos”. -----------------------------------

----- Os valores para residentes são idênticos aos do estacionamento da Calçada do

Combro, que são respetivamente: residentes - 78.2 euros e arredondámos para 80, os

comerciantes são 93.9 e o público em geral 166.9. Estamos dentro dos mesmos

valores previstos para o parque de estacionamento da Calçada do Combro.---------------

----- “Atendendo às condições específicas, claramente vantajosas, com que é atribuído

o direito de superfície à EMEL para construção deste parque de estacionamento, não

haverá lugar a qualquer compensação por parte da Câmara a esta empresa municipal

para que esta cumpra todas as condições que figuram no acordo entre as duas

entidades”. Não há nenhuma compensação e, portanto, esta questão não se coloca. -----

----- No ponto 18, “para efeitos da avaliação da eficácia da operação do parque de

estacionamento em causa, considera-se eficaz a situação de o mesmo não ter quebras

de serviço, em que se registem mais de doze dias num ano e desde que estas nunca

excedam três dias no mesmo mês”. Isto também é assegurado, é um compromisso

assegurado pela EMEL. ----------------------------------------------------------------------------

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----- Julgo que respondo integralmente a todas as dúvidas colocadas no parecer da

Comissão e daquelas que eu depreendo, ou que registei das intervenções dos Senhores

Deputados Municipais. A Câmara, em face deste compromisso que estou aqui a

assumir, irá confirmar estas decisões em reunião de Câmara, para dar conhecimento à

Assembleia Municipal.” ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “A Mesa sintetiza, estamos em condições, creio eu, de pôr à votação a proposta

nº 48/2014, que é uma votação condicionada à ratificação pela Câmara das condições

que o Senhor Vereador acabou aqui de aceitar. A primeira é a condicionante proposta

pelo PAN, relativa à reserva de dez por cento de estacionamento para veículos com

carregamento elétrico ou hidrogénio. ------------------------------------------------------------

----- A segunda questão é o número de lugares não ser inferior a 110 para assinaturas

mensais de vinte e quatro horas e 50 para assinaturas mensais para o período noturno.

Era o ponto 15 da Oitava Comissão e que também está aceite. ------------------------------

----- Vou deixar a questão do tarifário porque essa não está exatamente nos termos

propostos pela Comissão. --------------------------------------------------------------------------

----- A terceira que foi aceite é a questão colocada pela Comissão de não haver

compensação por parte da Câmara à EMEL. Disse o Senhor Vereador e, portanto,

aqui não é preciso acrescentar nada à deliberação, é nesse pressuposto que a proposta

será aprovada. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- O ponto 18 tem a ver com a definição do que significa a eficácia e o Senhor

Vereador também o aceitou. ----------------------------------------------------------------------

----- Quanto à questão do tarifário, há umas ligeiras diferenças. O tarifário que era

pedido pela Oitava Comissão era que não fosse superior ao praticado na Calçada do

Combro e a Câmara fez uma média ponderada e na prática há ligeiras diferenças. O

valor de 78.2 praticado na Calçada do Combro passou para 80, o de 93.9 passou para

100 e o de 166.9, tanto quanto me apercebi, passou para 200. São estas diferenças no

tarifário que não são exatamente as mesmas que vinham no parecer, no ponto 16, da

Oitava Comissão. -----------------------------------------------------------------------------------

----- Todas as outras questões foram aceites pelo Senhor Vereador e terão que ser

depois ratificadas em reunião de Câmara.” -----------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Sérgio Azevedo (PSD): -----------------------------

----- “Eu queria só antes da votação informar que existe um putativo conflito de

interesses entre a minha pessoa e a votação desta proposta, mas que me parece que é

um um conflito de interesses que não impede a participação da minha votação, pelo

que votarei na mesma, mas queria que ficasse registado em ata.” ---------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “O Senhor Deputado Municipal é juiz desse conflito de interesses. A Mesa não

vai avaliar e confiamos no seu critério para essa avaliação, porque caso a sua decisão

fosse contrária não poderia participar na votação. ---------------------------------------------

----- A Mesa vai pôr à votação a Proposta 48/2014 com as condicionantes que eu

acabei de identificar e que não vou repetir. Chamo mais uma vez à atenção que a

única condicionante no parecer da Oitava Comissão que não é exatamente igual ao

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que o Senhor Vereador aqui disse é o ponto 16 do parecer, mas os valores estão

aproximados, como foi aqui referido.” ----------------------------------------------------------

----- Seguidamente, submeteu à votação a Proposta nº 48/2014, condicionada à

ratificação em Câmara da introdução das alterações, tendo a Assembleia deliberado

aprovar, por maioria, com votos a favor de PS, PAN e PNPN, votos contra de BE,

PEV e MPT e abstenções de PSD, PCP, CDS-PP e 5 IND. ----------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “Fica assim concluída esta parte da nossa Ordem de Trabalhos, sendo que a

Assembleia agrade que Câmara que depois nos envie a ratificação destas condições,

por deliberação da Câmara Municipal. ----------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Graça anuncia que irá fazer uma

declaração de voto. Está registado. ---------------------------------------------------------------

----- No ponto seguinte, conforme eu informei no início da reunião, temos um

problema. Ele não está em condições de ser posto à votação, uma vez que a Sexta

Comissão, de acordo aliás de conversações que teve comigo, achou mais interessante

juntar o ponto 3 e o ponto 4, que têm a ver com as Comissões de Proteção de Crianças

e Jovens. O ponto 3 é a apreciação dos seus relatórios em 2013, o ponto 4 é o apoio

que a Câmara lhes vai dar para 2014, mas o ponto 4 ainda não está aprovado em

Câmara. Portanto, estes dois pontos ficam adiados. -------------------------------------------

----- O ponto 4 está agendado para a reunião de Câmara de amanhã. Penso que ficará

resolvido e em próxima reunião ordinária, ou continuação desta reunião, podemos

resolver estas duas questões. Naturalmente que a Mesa gostaria de ter presentes, no

momento em que apreciássemos estas duas questões, os Senhores ou Senhoras

Presidentes das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens, porque naturalmente

gostarão de conhecer a opinião da Assembleia sobre o seu trabalho.” ----------------------

----- PONTO 5 - PISCINA DA PENHA DE FRANÇA – APRECIAÇÃO DO

PARECER DA (7.ª) COMISSÃO PERMANENTE DE CULTURA,

EDUCAÇÃO, JUVENTUDE E DESPORTO, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA

ALÍNEA A) DO N.º 2 DO ARTIGO 25.º, DO ANEXO I À LEI N.º 75/2013, DE 12

DE SETEMBRO; ---------------------------------------------------------------------------------- ----- (O Relatório da Comissão Permanente de Cultura, Educação, Juventude e

Desporto, fica anexado a esta Ata como anexo VI e dela faz parte integrante) -----------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “Esta questão é o resultado de um trabalho especificamente municipal. Os

Senhores Deputados Municipais do PSD fizeram um requerimento à Sétima Comissão

Permanente para analisar esta questão, que foi analisada. Há um relatório da Comissão

e é esse relatório com parecer da Sétima Comissão sobre a situação na Piscina da

Penha de França que eu vou pôr à vossa consideração.” --------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Maria Begonha (PS): ------------------------------

----- “Por deliberação desta Assembleia a Sétima Comissão, de Cultura, Educação,

Juventude e Desporto, acompanhou a questão da Piscina da Penha de França em duas

matérias fundamentais: primeiro averiguar a necessidade e ressalvar a relevância de

requalificar um equipamento desportivo de grande importância para a cidade, como é

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a Piscina da Penha de França. Em segundo, acompanhar um processo de renegociação

do contrato/programa de desenvolvimento desportivo celebrado com um clube da

nossa cidade, o Estrelas de São João de Brito, para apoio financeiro e requalificação

desta mesma piscina. -------------------------------------------------------------------------------

----- O contrato de desenvolvimento desportivo para a Piscina da Penha de França

pertence a um conjunto de contratos também com outras entidades desportivas,

inovadores em Portugal e que traduzem o esforço da Câmara, na pessoa do Senhor

Vereador Jorge Máximo, em trabalhar de forma colaborativa e estratégica com os

clubes e associações para uma visão comum para o desporto em Lisboa. -----------------

----- O Clube Estrelas de São João de Brito, através do seu programa de

desenvolvimento desportivo, é um verdadeiro parceiro estratégico para a

requalificação da Piscina da Penha de França, assim como são as Juntas de Freguesia

que assumem a gestão de diversos equipamentos da nossa cidade, como será o caso da

piscina com a Junta da Penha de França. --------------------------------------------------------

----- A Comissão auscultou as diversas partes, entidades envolvidas na revisão do

programa de desenvolvimento desportivo e apoio financeiro para requalificação da

piscina, uma revisão que se provou necessária devido a recomendações suscitadas

pelo Tribunal de Contas, constrangimentos financeiros do Município

reconhecidamente identificados e pela própria alteração a que a reorganização

administrativa e delegação de competências obrigaram, que geraram por sua vez

constrangimentos ao clube, que solicitou também o acompanhamento da Comissão

sobre esta matéria. ----------------------------------------------------------------------------------

----- A Comissão contribuiu para um diálogo tripartido, do qual realçamos neste

relatório o esforço de todas as partes em resolver o processo que se arrasta desde

2011, com o encerramento da piscina. -----------------------------------------------------------

----- Após diversas propostas de adenda negociadas entre o Município, Clube Estrelas

de São João de Brito e Junta de Freguesia da Penha de França, foi este mês celebrado

e assinado por todas as partes a revisão e adenda ao programa de desenvolvimento

desportivo, encontrando soluções conjuntas e indo ao encontro do parecer da

Comissão em atender às recomendações do Tribunal de Contas e da salvaguarda

atempada de um projeto de execução. -----------------------------------------------------------

----- O acordo a que se chegou entre todas as partes permite cumprir aquela que é a

principal prioridade de todos os envolvidos e eleitos, que é a requalificação da Piscina

da Penha de França, há anos encerrada ao público, impedindo o seu processo de

deterioração e com o objetivo de abrir as suas portas ao público e ao serviço da prática

do desporto em Lisboa. ----------------------------------------------------------------------------

----- A Comissão deverá continuar a acompanhar este processo até à sua completa

implementação, tendo em vista o total funcionamento da Piscina da Penha de França,

recomendando e estimulando a Câmara para que continue a celebrar protocolos e

programas com entidades como associações culturais e desportivas, como é o caso do

Clube Estrelas de São João de Brito, que tem um papel social, formativo e desportivo

inestimável na Cidade de Lisboa, tomando-se o caso do programa desportivo com este

clube como exemplo, que apesar das dificuldades de parte a parte e um processo de

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negociação, estão hoje em condições de encontrar soluções conjuntas, dotando este

clube com meios e recursos para continuar a sua atividade e proporcionando um

projeto de significativo interesse municipal, como é a requalificação da Piscina da

Penha de França.” -----------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro: -----------------------------------

----- “A Senhora Presidente da Assembleia enunciou aqui o requerimento do PSD,

mas a Senhora Deputada Municipal Maria Begonha falou de facto da decisão desta

Assembleia, perante uma moção apresentada pelo PCP em 18 de fevereiro. O primeiro

ponto foi votado por maioria e o segundo ponto por unanimidade. -------------------------

----- Ainda no mandato anterior votámos contra a proposta da CML que estabelecia

um contrato/programa com a ACCD Estrelas São João de Brito, por entendermos que

competia à CML a reabilitação e funcionamento da Piscina da Penha de França. --------

----- O processo neste mandato sofreu uns atrasos e a paragem que conhecemos. --------

----- Nesses termos, a seu pedido, ouvimos o Presidente da Associação e propusemos

numa moção exigir à Câmara Municipal, com a maior clareza e no mais curto espaço

de tempo, que informasse esta Assembleia sobre os motivos que estavam a provocar o

atraso do início das obras de reabilitação e consequente reabertura da Piscina da

Penha de França e ainda mandatar a Comissão de Cultura, Educação, Juventude e

Desporto para acompanhar este processo até à sua efetiva conclusão.----------------------

----- Havendo uma proposta aprovada na Câmara e na Assembleia Municipal, era

necessário esclarecer a situação. Ouvindo o Senhor Vereador Jorge Máximo e a

Direção da ACCD Estrelas São João de Brito. Foi isso que a Comissão decidiu,

considerando a moção do PCP e o requerimento apresentado pelo PSD. ------------------

----- O relatório apresentado está em conformidade com o que foi apreciado em

Comissão nas duas audições e nas análises a que procedemos. ------------------------------

----- O PCP defendeu que fosse encontrada uma solução integrada, com o orçamento

correspondente, que assegurasse o funcionamento de forma adequada e duradoura.

Propusemos e propomos um esforço tripartido, Câmara, Junta de Freguesia da Penha

de França e Associação, para uma solução que salvaguarde o futuro da Piscina da

Penha de França, para que o investimento seja o necessário e para que o equipamento

tenha viabilidade a sirva a população por tempo que seja satisfatório. ---------------------

----- Acompanharemos agora a adenda, revisão ao contrato/programa de

desenvolvimento desportivo, nos termos das conclusões da Comissão de Cultura,

Educação, Juventude e Desporto.” ---------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro, agradeço a retificação que fez.

Foi um lapso da Mesa não ter feito referência à vossa moção. Foi um defeito da minha

parte e peço desculpa.” -----------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Elisa Madureira (PS), Presidente da Junta de

Freguesia da Penha de França: --------------------------------------------------------------------

----- “As conclusões do relatório da Comissão Permanente de Cultura, Educação,

Juventude e Desporto da Assembleia Municipal sobre o contrato/programa de

desenvolvimento para a Piscina da Penha de França, nas suas linhas gerais vai ao

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encontro do que a Junta de Freguesia a que presido pretende para que o processo de

requalificação deste equipamento avance, tendo em vista no mais curto espaço de

tempo possível o total funcionamento desta infraestrutura que está fechada desde

janeiro de 2011. -------------------------------------------------------------------------------------

----- A Junta de Freguesia, enquanto entidade parceira e entidade gestora da Piscina da

Penha de França, realça mais uma vez a importância vital que este equipamento

representa para a prática desportiva e considera que deve participar conjuntamente

com a Câmara Municipal de Lisboa e a ACCD Estrelas São João de Brito na

elaboração do plano anual de atividades conjuntas, com vista ao incremento da

atividade desportiva da população, onde se inclui o programa de natação curricular

para as escolas do primeiro ciclo do ensino básico, programa para jovens e crianças

em risco, programa “Lisboa a Nadar” e ainda atividades dirigidas à população juvenil

e sénior da Freguesia da Penha de França, garantindo no plano de atividades aquáticas

para a população sénior da Freguesia um total de horas nunca inferior ao que a Junta

de Freguesia ocupava antes do encerramento da piscina. -------------------------------------

----- Participar igualmente na elaboração conjunta do regulamento interno da piscina,

enquadrando legislação e os regulamentos em vigor e aplicáveis. --------------------------

----- Emitir parecer obrigatório e vinculativo sobre a proposta de preçário anual

apresentada pelo Clube Desportivo. --------------------------------------------------------------

----- Supervisionar e fiscalizar, em conjunto com a CML, a gestão do espaço

desportivo, bem como integrar a comissão tripartida de acompanhamento da gestão do

plano de água da piscina. --------------------------------------------------------------------------

----- No que concerne à Junta de Freguesia enquanto entidade gestora, a

responsabilidade do pagamento dos custos de eletricidade, gás e água que digam

diretamente respeito ao funcionamento da piscina, aplica-se o ponto 6 da deliberação

nº 6/2014, aprovada nesta Assembleia, ou seja: “Necessitando a piscina de

intervenção profunda, mantém-se sob gestão do Município até conclusão da

intervenção”. Aliás, está incluído no auto de transferência de competência nº 1/2014,

anexo f), assinado a 10 de março nos Paços do Concelho por esta Freguesia.-------------

----- Por último, reitero todo o meu empenho para que o processo de renegociação do

contrato/programa seja levado a cabo no mais curto espaço de tempo e

consequentemente sejam criadas todas as condições para que a reabertura ao público

deste equipamento desportivo seja uma realidade. ---------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ------------------------------------------------------------------------

----- Hoje mesmo recebi um mail do Presidente do clube desportivo em causa, Senhor

Nuno Lopes, que vou passar a ler:----------------------------------------------------------------

----- “Excelentíssima Senhora Presidente e Deputados, envio em anexo a nova

proposta de protocolo da Piscina da Penha de França apresentada pela Câmara e desde

já informamos que estamos de acordo com as condições apresentadas. --------------------

----- Quero aqui deixar a todos os Deputados desta comissão os meus mais sinceros e

profundos agradecimentos relativamente ao empenho e atenção dispensada a este

projeto. -----------------------------------------------------------------------------------------------

Page 28: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA Mandato 2013-2017 …Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado. ----- Fizeram-se substituir, ao abrigo do disposto no artigo 78ª da Lei nº169/99 de 18

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----- No que nos diz respeito, estão reunidas as condições necessárias para avançarmos

com este projeto e assim podermos iniciar e ter oportunidade de demonstrar o nosso

trabalho. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Queremos desta forma ter as melhores relações com a Junta de Freguesia a Penha

de França, bem como com a Câmara Municipal de Lisboa. Esperemos que a

assinatura desta proposta seja a mais breve, para assim podermos dar à população de

Lisboa a tão desejada abertura deste mediático equipamento desportivo.” ----------------

----- Pelos vistos, a iniciativa da Assembleia, com a colaboração da Comissão e da

Câmara, surtiu os seus efeitos e esperemos que assim continue. ----------------------------

----- A Mesa, no final, para reforçar as conclusões do parecer da Sétima Comissão, vai

pedir-vos o voto relativamente às conclusões do parecer da Sétima Comissão, para

que possam ser conclusões de toda a Assembleia e não só da Sétima Comissão.” -------

----- O Senhor Vereador Jorge Máximo: -----------------------------------------------------

----- “Gostaria só de tomar a palavra para agradecer à Sétima Comissão todo o

trabalho que desenvolveu neste processo, que eu considero que foi muito importante.

Foi um processo complicado, que no início não foi bem percebido qual era a intenção

do Município, que sempre foi uma intenção positiva de resolver rapidamente a

situação do equipamento e garantindo também os princípios pilares da reforma

administrativa da política desportiva municipal. -----------------------------------------------

----- Neste contexto, demos passos importantes com a ajuda da Comissão e nesse

aspeto penso que a nova adenda do contrato, que eu penso que prevalecem os

interesses do Município, do clube a da Freguesia da Penha de França e

fundamentalmente dos cidadãos da cidade. -----------------------------------------------------

----- Muito obrigado a todos e estarei disponível para continuar a envolver a Comissão

no desenvolvimento deste projeto.” --------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “A Mesa também se associa à congratulação pelo trabalho desenvolvido pela

Sétima Comissão.” ----------------------------------------------------------------------------------

----- Seguidamente, submeteu à votação as Conclusões do Parecer da Sétima

Comissão relativamente à Piscina da Penha de França, tendo a Assembleia deliberado

aprovar, por maioria, com votos a favor de PS, PSD, PCP, CDS-PP, PEV, PAN,

PNPN e 6IND, e abstenções de BE E MPT. ----------------------------------------------------

----- PONTO 6 – PROPOSTA Nº 5/AM/2014 - DELIBERAR SOBRE A

RECOMPOSIÇÃO DAS COMISSÕES PERMANENTES, AO ABRIGO DO

DISPOSTO NO ARTIGO 77.º DO REGIMENTO DA ASSEMBLEIA

MUNICIPAL; --------------------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº5/AM/2014 fica anexada a esta Ata como anexo VII e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “Temos mais dois pontos ainda na Ordem de Trabalhos, um que já estava inscrito

e outro que é um aditamento. O ponto que estava inscrito tem a ver com a deliberação

da recomposição das comissões permanentes. --------------------------------------------------

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----- Com a aprovação do novo Regimento, algumas normas que nós tínhamos

definido no ano passado sobre a composição das comissões têm que ser ajustadas ao

novo Regimento. Temos que fazer a revogação daquilo que aprovámos e ajustar um

novo Regimento. Basicamente, a questão principal é que no antigo Regimento os

grupos municipais de um ou dois Deputados Municipais podiam nomear para três

comissões e os restantes só podiam nomear para duas, com o novo Regimento todos

podem nomear para três comissões cada um dos Senhores Deputados Municipais.

Cada um tem que ter pelo menos uma comissão e pode ter o máximo de três. É esta a

alteração principal. ----------------------------------------------------------------------------------

----- Há uma segunda alteração, que tem que ver com o número de membros das

comissões. Com a passagem do Senhor Deputado Municipal Nunes da Silva do grupo

Municipal do PS para a qualidade de Deputado Municipal Independente, mas

mantendo-se nesta comissão, foi necessário alterar as proporcionalidades e muito

concretamente o que nós propomos é que a Oitava Comissão, que tinha 19 membros,

passe a ter 23, cabendo aos Grupos Municipais do PS, do PSD, do PCP e do conjunto

dos Independentes indicar mais um Deputado Municipal para esta comissão e assim

restabelecer o equilíbrio de proporcionalidade em todas as comissões. --------------------

----- O último ponto da proposta é pedir a todos os grupos municipais que, no prazo de

oito dias, atualizem as suas listas de Deputados Municipais efetivos e suplentes em

todas as comissões e que passarão a vigorar sistematicamente, exceto quando algum

grupo queira fazer alterações.” --------------------------------------------------------------------

----- Seguidamente, submeteu à votação a Proposta nº 5/AM/2014, tendo a

Assembleia deliberado aprovar, por unanimidade. -----------------------------------------

----- Ponto 11 – Proposta nº 6/AM/2014; ------------------------------------------------------

----- (A Proposta nº6/AM/2014 fica anexada a esta Ata como anexo VIII e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “Como os Senhores Deputados Municipais sabem e já foram ouvidas várias

intervenções neste sentido, há uma intenção de desenvolver um debate temático sobre

o sistema de transportes em Lisboa. Essa proposta já foi formulada à Mesa, através da

Oitava Comissão e analisada em Conferência de Representantes, que me pede para

submeter à vossa apreciação. ----------------------------------------------------------------------

----- Trata-se de aprovar a realização de um debate temático subordinado ao tema “Os

Transportes em Lisboa, o que temos e o que queremos” e o formato é semelhante ao

que tivemos para a Colina de Santana. Serão quatro sessões, sempre às 18 horas. -------

----- Já temos propostas ca Oitava Comissão e dos vários grupos de trabalho com

nomes de pessoas a convidar para cada um destes painéis. Nós não pusemos os nomes

na proposta porque poderá haver pessoas que não podem vir e terão que se fazer

ajustamentos. A Conferência de Representantes irá acompanhando isso. ------------------

----- Também queria dizer-vos que nos dias 13 e 20 de maio estamos no decurso da

campanha eleitoral para as Eleições Europeias, pelo quem não teremos a nossa sessão

das 15 horas. Teremos apenas estas situações do fim da tarde, pressupondo que os

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grupos municipais e os Senhores Deputados Municipais poderão ter atividades de

campanha eleitoral.” --------------------------------------------------------------------------------

----- Seguidamente, submeteu à votação a Proposta nº 6/AM/2014, tendo a

Assembleia deliberado aprovar, por unanimidade. -----------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “Para a semana, 29 de abril, nós teremos pronto o mural comemorativo dos 40

Anos do 25 de Abril. Está a ser executado lá fora, na fachada norte, pela artista

Tamara Alves. Com o acordo da Conferência de Representantes vamos fazer um

pequeno evento, às 15 horas, de celebração dos 40 Anos do 25 de Abril junto do

mural. Estão convidados a não se dirigirem diretamente aqui para começarmos a

sessão, mas dirigirem-se lá fora à fachada norte e só depois desse pequeno evento é

que começaremos os nossos trabalhos. ----------------------------------------------------------

----- Desejamos um bom 25 de Abril para todos.” ---------------------------------------------

----- Seguidamente, deu por encerrada a reunião. ----------------------------------------------

----- Eram dezassete horas e trinta minutos. ----------------------------------------------------

----- Eu ______________________________, Chefe de Gabinete, a exercer funções

no Gabinete de Apoio à Assembleia Municipal lavrei a presente ata que também

assino, nos termos do disposto no n.º 2 do art.º 57.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013 de

12 de setembro, do n.º 2 do art.º 90.º do Regimento da Assembleia Municipal de

Lisboa e do despacho da Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa

exarado em 10 de Setembro de 2014 na folha de rosto anexa à Proposta n.º

1/SMAM/2014. --------------------------------------------------------------------------------------

---------------------------------------A PRESIDENTE --------------------------------------------